A PERSPECTIVA DA TÉCNICA ALEXANDER SOBRE OS
PROBLEMAS FÍSICOS DA PERFORMANCE PIANÍSTICA
Patrícia Furst Santiago
[email protected]
UEMG/UFMG
Resumo
Este artigo lida com os problemas físicos enfrentados por músicos instrumentistas e
especificamente por pianistas, tais como as desordens posturais e o uso de tensão excessiva
durante a performance. O artigo se propõe a analisar estes problemas através da perspectiva holística oferecida pelos princípios da Técnica Alexander, em oposição à visão fragmentada apresentada por alguns médicos pesquisadores do assunto. O artigo apresenta uma
fração de pesquisa realizada na Técnica Alexander e pedagogia no piano, que endossa a
perspectiva adotada pela Técnica Alexander sobre o problema abordado. Os resultados
dessa pesquisa sugerem que os problemas físicos dos músicos estão associados a outras
instâncias de seu organismo e são, na verdade, psico-físicos. Assim, abordagens holísticas
como a Técnica Alexander poderiam favorecer a prevenção de tais problemas e o desenvolvimento de uma educação instrumental que ultrapasse a especificidade da performance
per se, preservando a integridade do organismo do músico instrumentista.
Palavras-chaves: Performance instrumental, Técnica Alexander, Modelo experimental
Abstract
This article deals with the physical problems presented by musicians and specifically by
pianists, such as postural disorders and excessive tension during performance. The article
analyses these problems through the holistic perspective offered by the Alexander Technique
principles, in opposition to the fragmented view offered by some medical researchers who discuss the issue. The article shows a fraction of research on the Alexander Technique and piano
pedagogy, which endorses the Alexander Technique perspective on the topic. The results of
this research suggest that musicians’ physical problems are associated with other instances of
their organism and are, in fact, considered to be psycho-physical. So holistic approaches to the
musicians’ problems, such as the Alexander Technique is, may provide a good basis for the
development of an instrumental education which goes beyond the performance per se and
helps and musicians’ to preserve the integrity of their organisms.
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A preocupação com o uso do corpo na performance instrumental é confirmada por
crescente pesquisa médica dedicada ao assunto. Ênfase tem sido dada a discussões sobre as
desordens físicas apresentadas por músicos instrumentistas, de natureza muscular e postural e, especialmente, à “lesão por esforço repetitivo” ou LER, que causa fatiga muscular e
neural (Fry, 1986a: 621; Andrade e Fonseca, 2000: 120). Essa pesquisa tem sido sistematicamente apresentada em periódicos especializados, como Medical Problems of Performing
Artistis e o The Medical Journal of Austrália.
Além dos instrumentistas de corda, pianistas são os mais afetados por estes problemas
(Fry, 1986b: 182-3; Dawson, 2001: 152; Warrington, 2002: 131). Segundo Fonseca (em
Santiago, 2002: 14-15), dentre os típicos desvios posturais apresentados por pianistas estão
projeção da cabeça e flexão do tronco para frente, elevação dos ombros com conseqüente
tensão excessiva nos cotovelos e polegares e fixação da musculatura da área lombar, o que
acarreta grande tensão nas pernas; tais desvios e contrações excessivas levam o pianista a
desenvolver uma cadeia de tensão generalizada em seu organismo. Além disso, como sugerem Merriman et al. (1986), as desordens das mãos como as tendosinovites, causadas por
uso muscular excessivo durante a performance pianística, geram grandes dificuldades de
controle motor.
A pesquisa de Sakai (1992, 2002) sugere que a prática excessiva de determinados requisitos técnicos pianísticos, como oitavas, arpejos, passagens extensas, passagens em fortíssimo e longas seqüências de acordes podem gerar dor em diversas partes do membro
superior. Outros fatores são indicados como responsáveis por tensão muscular excessiva
apresentada por pianistas: estudo intensivo de peças musicais de grande dificuldade técnica; execução de movimentos rápidos e repetitivos; aplicação de abordagens técnicas específicas de forma indiscriminada, sem se levar em consideração as diferenças anatômicas
entre indivíduos; desenvolvimento de maus hábitos de uso do corpo na performance devido
a inadequação técnica; incremento do estudo antes de apresentações em recitais e; retorno
abrupto ao estudo após longo período de interrupção (Fry, 1986b: 183; Warrington at al,
2002: 131; BPAMP, 2002: 3).
Para lidar com suas desordens e dores físicas, músicos admitiram fazer uso de xilocaína, esteróides, anti-inflamatórios, relaxantes e até mesmo se submeteram a tratamentos
cirúrgicos; porém, o tratamento considerado mais eficiente foi o descanso absoluto (Sakai,
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1992: 63-4, Sakai, 2002; 179; Fry, 1986a: 623, 1986b: 183; Dawson, 2001: 155; Yee,
2002: 80; Fry,; 1986b: 183;). Para Fry (1986b: 183):
A prevenção do uso muscular excessivo está no controle do uso. Um estudante ou um músico profissional deveria limitar seu estudo a períodos de 20-30 minutos. Um descanso de 5 minutos promoverá a recuperação dos músculos e juntas do
corpo e possibilitará uma melhor atuação destes na próxima seção de estudo.
O “controle do uso” sugerido por Fry é certamente apropriado para a realização de
qualquer prática instrumental. Porém, este comentário sugere que os problemas físicos
enfrentados por músicos podem ser vistos como específicos e localizados, uma vez que o
simples descanso muscular favoreceria sua prevenção ou melhoria. Outros argumentos
apresentados por médicos pesquisadores também enfatizam uma visão fragmentada do
problema dos músicos. Por exemplo, de acordo com Merriman at al (1986: 18), a LER é
um fenômeno localizado e não progressivo. Para Sakai (2002:180), os músicos que sofrem
de tal síndrome devem dar atenção aos movimentos realizados pelos membros superiores.
Outros pesquisadores apresentam uma visão holística do assunto e consideram que as
desordens físicas dos músicos estão relacionadas à condição e postura física em geral
(Colman, em Fry, 1986a: 623; Andrade e Fonseca, 2000: 120-2; Yee, 2002: 76-7, 81; Warrington et al., 2002: 133; BPAMP, 2003: 3). Para eles, a excessiva tensão usada por pianistas tende a estar associada à má postura e má posição no banco, o que pode gerar dor e
fixação muscular em determinadas áreas do corpo. Se este for o caso, o simples descanso
não seria suficiente para mudar a condição física do pianista; uma revisão de sua postura
em geral e da forma como o corpo é usado durante o estudo e a performance seriam necessárias. Os princípios da Técnica Alexander endossam a perspectiva holística apresentada
por esses pesquisadores. Para o praticante da Técnica Alexander, os problemas específicos
apresentados por pianistas são, geralmente, sintomas de um uso habitual inadequado do
mecanismo postural como um todo, e estão associados a outros aspectos do organismo
humano, de ordem psicológica e mental.
As desordens físicas dos pianistas sob a perspectiva da Técnica Alexander
A Técnica Alexander nasceu das observações e experiências realizadas por F. Matthias Alexander (1869-1955) sobre o uso de seu próprio corpo na performance de atividades.
De acordo com Alexander (1923: 55) sua técnica é um método de “re-educação e re-
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ajustamento consciente” da coordenação do organismo humano como um todo. O equilíbrio entre mecanismos sensório-motores possibilita ao indivíduo manter a posição ereta
com mínimo esforço muscular. Porém, nem todos usam seu organismo de forma apropriada, empregando enorme contração muscular para mantê-lo equilibrado. Segundo Carrington (1970: 13), “o equilíbrio adequado e liberdade de movimentos não são garantidos pela
herança genética, mas determinados pela forma como usamos nosso organismo”.
A expressão “uso e funcionamento” refere-se à maneira como o indivíduo usa seu organismo em atividade, ou seja, sua forma de reagir aos estímulos gerados pela atividade
em questão (Alexander, 1941: 10). O termo “self psico-físico”, adotado por Alexander
(1941: 104), sugere uma visão holística do organismo humano, uma vez que inclui os aspetos mental e psicológico bem como o físico (anatômico e fisiológico). Para o praticante da
Técnica Alexander, toda ação, aparentemente realizada por um segmento do corpo, será
realizada pelo self psico-físico. Caso haja hábitos inadequados de uso do self psico-físico
durante a realização de uma determinada atividade, o funcionamento do ser como um todo
e, consequentemente a atividade em si, serão afetadas por tal uso.
Assim, para os praticantes da Técnica Alexander, a expressão “controle do uso” ganha
a conotação de “controle consciente do self psico-físico”; um indivíduo que possui tal controle estará apto a reagir aos estímulos que o cercam de forma consciente, prevenindo hábitos de uso inadequado do organismo, como, por exemplo, o uso excessivo de tensão durante a performance de uma atividade. O controle do uso consciente requer que o indivíduo se
responsabilize pelo uso e funcionamento do seu organismo e depende de sua habilidade de
auto-percepção e de uma atitude postural adequada, ou uma “atitude de vantagem mecânica”, que envolve a prevenção de fixação postural e tensões excessivas, favorecendo a liberdade de movimentos (Carrington, 2003: 1). Sob este prisma, o pianista que estiver apto
a assumir de forma responsável e consciente o uso de seu self psico-físico durante a performance, não estará sujeito à força de seus próprios hábitos de uso e poderá adotar as melhores atuações psico-físicas necessárias à boa realização de diferentes passagens pianísticas.
Assim, a prevenção do uso inadequado do psico-físico self durante a performance se
torna uma questão crucial na prática pianística e, principalmente, na pedagogia do piano.
Com o intuito de endossar, clarificar e ilustrar a visão holística da Técnica Alexander sobre
os problemas físicos enfrentados por pianistas e estudantes de piano, a próxima seção apre-
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sentará uma pequena parcela do material empírico recolhido em investigação sobre a Técnica Alexander e a pedagogia do piano (Santiago, 2004).
Pesquisa sobre as desordens psico-físicas de jovens alunos de piano
A pesquisa parcialmente apresentada nesta seção, de caráter qualitativo, teve como
objetivo investigar até que ponto a Técnica Alexander poderia ajudar jovens alunos de piano a melhorar seu desempenho pianístico e sua abordagem ao aprendizado do instrumento.
A estrutura empírica da pesquisa incluiu: (1) um modelo experimental com emparelhamento de 20 jovens alunos de piano selecionados ao acaso e divididos em dois grupos, experimental (10 alunos) e de controle (10 alunos); (2) o uso de variáveis independentes (Técnica
Alexander para o grupo experimental e sessões de mitologia para o grupo de controle) e;
(3) o estabelecimento de período de base (4 semanas) e período experimental (12 semanas)
culminando na gravação de pré-e pós-testes da performance pianística de cada um dos alunos, para que suas condições psico-físicas (física e de atitude) e o nível de sua performance
pudessem ser observados posteriormente.
O design da pesquisa também incluiu uma triangulação de métodos de coleta de dados: (1) materiais áudio-visuais: vídeos das aulas de piano e fotos dos alunos de piano; (2)
observações orais sobre as condições psico-físicas e a performance dos alunos: grupos focais realizados pelos observadores participantes e pelos observadores independentes, que
assistiram os pré-e pós- testes e; (3) observações por escrito sobre as condições psicofísicas e a performance dos alunos: pequenos questionários preenchidos pelos alunos de
piano e observações escritas semanalmente pelos professores de piano e pela professora da
Técnica Alexander que trabalhou com o grupo experimental.
Uma vez que este artigo discute os problemas do uso do self psico-físico na performance pianística, apenas a descrição sobre as condições e transformações psico-física de
um dos alunos do grupo experimental e uma síntese geral dos resultados da pesquisa sobre
este aspecto serão apresentadas a seguir, evitando-se detalhar outros aspectos da pesquisa.
Resultados da pesquisa
Como foi afirmado anteriormente, na visão holística da Técnica Alexander, os problemas físicos enfrentados por pianistas e estudantes de piano são, na realidade, de ordem
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psico-física. Para endossar esta visão, é relevante considerar os resultados da pesquisa
(Santiago, 2004) no que diz respeito às condições psico-físicas de um dos alunos do grupo
experimental - Beto1 - antes e depois de ter aulas da Técnica Alexander. No pré-teste, Beto
(foto 1a) apresentava um padrão generalizado de tensão corporal e comportamento compulsivo, com movimentação excessiva do tronco, pernas e boca, encolhimento dos ombros
e dificuldades motoras durante toda a performance Beto também apresentava um colapso
da área lombar na posição sentada e respiração curta.
Em termos de atitude, Beto parecia motivado a tocar piano, mas tinha dificuldade de
se concentrar nas atividades, apresentava pouca auto-confiança ao tocar o instrumento,
duvidando de sua capacidade para realizar as atividades propostas pela professora e se
mostrava irritado com seus próprios erros. Beto estava nervoso por ter suas aulas de piano
gravadas em vídeo e interrompia a performance frequentemente. Enfim, tanto nas aulas da
Técnica Alexander como nas de piano, Beto apresentou um comportamento hiperativo e
dificuldade de concentração; ele parece ter experimentado mudanças benéficas no nível
físico e na atitude após ter tido aulas da Técnica Alexander, como os Quadros 1 e 2 sugerem.
Quadro 1 - Síntese dos problemas psico-físicos de Beto e suas mudançaas
Condições físicas iniciais
Beto
1. Problemas posturais
- Má postura ao sentar
- Má posição das mãos no teclado
- Má coordenação motora
Mudanças nas condições físicas
1. Melhora da postura
- Melhoria da postura ao sentar
2. Tensão excessiva
2. Diminuição da tensão
3. Falta de suporte no chão
3. Melhoria do suporte no chão
4. Movimentos excessivos
4. Melhoria da movimentação
excessiva
5. Falta de vitalidade
Quadro 2 - Síntese das dificuldades de attitude de Beto e suas mudançaas
Atitude inicial
Beto
1
Mudanças na atitude
1. Pouca concentração
1. Melhora na concentração
2. Alto nível de ansiedade
2. Diminuição da ansiedade
3. Baixa auto-estima
3. Aumento de auto-estima
- Melhor controle da performance
4. Ótima motivação para
tocar piano
4. Melhoria na motivação
- Maior responsabilidade
- Maior interesse nas aulas
- Sem dificuldades com a filmagem
das aulas
Os alunos de piano receberam codinomes para que sua identidade fosse resguardada.
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Como pode ser observado no Quadro 3, assim como Beto, a maioria dos alunos do
grupo experimental apresentaram mudanças positivas no nível físico e na atitude após as
aulas da Técnica Alexander. Baseado nestes resultados parece plausível sugerir que a prática da Técnica Alexander causou um grande impacto na atitude e nas condições físicas da
maioria dos alunos do grupo experimental. Este resultado coincide com aquele apresentado
por pesquisadores na Técnica Alexander e performance instrumental (por exemplo, Jones,
1968; Armstrong, 1975; Lewis, 1980; Lloyds, 1986; Head, 1996; Stevens, 1995; Valentine
et al, 1995;) e com textos informais sobre o assunto (por exemplo, Naylor, 1977; Collins,
1978; Dennis, 1983; Klijsing, 2002).
Tabela 3 - Resumo da combinação das mudanças psico-físicas dos alunos
Grupo experimental
Mudanças positivas
evidentes oudiscretas
no aspecto físico
e
Mudanças positivas
evidentes na atitude
Comparação
Ari (experimento 1)
Carlos (experimental 2)
Daniel (experimental 3)
Beto (experimental 4)
Fred (experimental 7)
Hugo (experimental 10)
Grupo de controle
Mudanças positivas
evidentes oudiscretas
no aspecto físico
e
Mudanças positivas
evidentes na atitude
Nenhum aluno
Mudanças positivas
evidentes ou discretas
no aspecto físico
e
Sem mudanças
perceptíveis na atitude
Nenhum aluno
Adão (controle 1)
Caio (controle 2)
Dora (controle 3)
Sem mudanças perceptíveis
no aspecto físico
e
Mudanças positivas
evidentes na atitude
Ivete
(experimento 8)
Joe (control 7)
(special case)
Sem mudanças perceptíveis
no aspecto físico
e
Sem mudanças perceptíveis
na atitude
Piora no aspecto físico
e
Mudanças positivas
evidentes na atitude
Piora física
no aspecto físico
e
Sem mudanças perceptíveis
na atitude
Elisa
(experimento 5)
Gal (experimento 9)
Nenhum aluno
Mudanças positivas
evidentes ou discretas
no aspecto físico
e
Sem mudanças
perceptíveis na atitude
Sem mudanças perceptíveis
no aspecto físico
e
Mudanças positivas
evidentes na atitude
Edson
Sem mudanças perceptíveis
(controle 5)
no aspecto físico
Flora
e
(controle 6)
Iris (controle 8) Sem mudanças perceptíveis
na
atitude
Henrique
(controle 10)
Nenhum aluno
Bernardo
(controle 4)
Geraldo
(controle 9)
Piora no aspecto físico
e
Mudanças positivas
evidentes na atitude
Piora física
no aspecto físico
e
Sem mudanças perceptíveis
na atitude
Mais importante é notar que os resultados da pesquisa sugerem a existência de forte
correspondência entre as melhorias físicas e de atitude apresentadas pela maioria dos
alunos que tiveram aulas da Técnica Alexander. Dos 10 alunos do grupo experimental, 7
apresentaram mudanças positivas evidentes nos níveis físico e na atitude concomitantemente; 1 apresentou mudanças positivas evidentes apenas em atitude; 1 apresentou alguma
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piora física, porém com mudanças positivas evidentes em atitude e; apenas 1 não apresentou mudanças positivas evidentes nestes níveis. Dos 10 alunos do grupo de controle, apenas 1 aluno apresentou mudanças positivas evidentes em atitude por motivos específicos,
analisados em detalhe na pesquisa (motivo pelo qual o aluno foi considerado um caso especial).
Se os problemas físicos enfrentados por pianistas e instrumentistas em geral estão associados a outras instâncias do organismo do indivíduo, eles são, na verdade, psico-físicos
como Alexander afirma. Abordagens holísticas a estes problemas seriam, portanto, mais
eficazes, e favoreceriam uma compreensão mais ampla da problemática na qual a performance instrumental se insere. Neste sentido, Técnica Alexander poderá oferecer princípios
práticos de ação para a prevenção de tais problemas bem como bases teóricas para reflexão
sobre o assunto, favorecendo o desenvolvimento de uma educação instrumental holística
que extrapole a especificidade da performance em si e que promova e preserve a integridade psico-física do músico instrumentista.
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