Teoria Crítica
Frankfurt
Escola de
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http://www.youtube.com/watch?v=0XfrUPWet68&feature=player_embedded
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Escola de Frankfurt
Histórico
1923 – abertura do Instituto de Pesquisa Social, por
Félix Weil, filiado à Universidade de Frankfurt.
1930 - Max Horkheimer assume a direcção do
Instituto.
1933 – o Instituto (Escola de Frankfurt) é fechado
pelo Estado nazi, que considera suas actividades hostis ao
Estado.
Os principais membros da Escola emigram para Paris e,
posteriormente, para Nova Iorque.
1940 - Nos Estados Unidos, é criado o Institute of
Social Research.
1950 - O Instituto de Pesquisa Social é reaberto na
Alemanha.
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Principais teóricos
Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert
Marcuse,
Walter
Benjamin,
Jürgen
Habermas.
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Obras importantes
Dialética do Iluminismo (1947), Adorno e Horkheimer.
Apresentam reflexões sobre a transformação do progresso
cultural no seu contrário, a partir da análise dos fenómenos
sociais, típicos da sociedade norte-americana, entre os anos
30 e 40.
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A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica
(1937), Walter Benjamin.
Reflecte sobre a relação arte e tecnologia na
modernidade, a redefinição do conceito de arte e a
sua função social.
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Eros e Civilização (1955) e O Homem Unidimensional (1964),
Herbert
Marcuse.
Crítica
da
cultura
burguesa,
influência nos movimentos estudantis de contestação do
establishment (anos 60), na Europa e nos Estados Unidos.
Consciência moral e agir comunicativo (1981), Jürgen Habermas. O
autor critica a função ideológica da ciência e da técnica nas
sociedades modernas. Propõe o redireccionamento da razão
instrumental para a emancipação da humanidade através do “agir
comunicacional”, que possa orientar as acções dos sujeitos, com
base num “sentido comunitário”.
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Teoria Crítica: propostas gerais
Os frankfurtianos elaboram uma teoria crítica das sociedades
contemporâneas, especificamente dos desdobramentos do
capitalismo aliado à técnica e aos seus impactos sobre a vida
dos indivíduos.
Analisam o sistema da economia de mercado, abordando questões
como: desemprego, crises económicas, terrorismo, antisemitismo, condição global das massas, mercantilização da
cultura.
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Propõem temáticas novas através da análise de fenómenos
superestruturais e do comportamento colectivo nas sociedades
capitalistas industrializadas.
Em nome da racionalização, os processos sociais são dominados
pela óptica da ciência aliada à técnica, traduzida como
racionalidade da dominação da natureza para fins lucrativos.
Denunciam a separação e oposição do indivíduo em relação à
sociedade.
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Criticam a dominação dos indivíduos nos
Estados capitalista e fascista.
Apontam o positivismo como estratégia de manutenção e
reprodução do status quo.
Defendem a actividade reflexiva como solução da
reorganização racional da sociedade, embora não
apresentem soluções práticas para os impasses
engendrados pelo capitalismo aliado à industrialização.
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As teses postuladas pelos frankfurtianos enfatizam o
papel central que a ideologia desempenha em formas
de comunicação nas sociedades urbanas modernas.
E apontam os media como agentes da barbárie
cultural, veículos propagadores da ideologia das
classes dominantes, imposta às classes subalternas
pela persuasão ou manipulação.
Entendem as pesquisas sectoriais e os media como
instrumentos de manutenção do sistema, através da
reprodução de modelos e valores sociais.
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Indústria Cultural
Expressão utilizada por Adorno e Horkheimer na Dialética do
Iluminismo (1947) no capítulo, “A Indústria Cultural: O
Iluminismo como Mistificação das Massas”, em substituição do
termo “cultura de massas”, para designar a produção e difusão
de bens simbólicos em escala industrial.
Para Adorno e Horkheimer, a Indústria Cultural, como subsistema
da sociedade capitalista, reproduz a sua ideologia e estrutura.
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A Indústria Cultural configura produtos veiculados pelos mass
media. Portanto, não designa peças culturais provindas da elite
nem da população menos favorecida.
As reflexões de Adorno e Horkheimer assentam na constatação
de que a sociedade industrial não realizou as promessas do
iluminismo humanista. Pois o desenvolvimento da técnica e da
ciência não trouxe um acréscimo de felicidade e liberdade para o
Homem.
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Ao invés de libertar o Homem, o progresso da técnica acabou por
o escravizar, alienando-o.
A reprodutibilidade técnica retirou, tanto da cultura popular,
como da cultura erudita, o seu valor real. O resultado, a indústria
cultural, não conduz à experiência libertadora da fruição
estética.
O princípio da reprodução deformaria a obra, nivelando-a por
baixo. Por exemplo: adaptações de livros a filmes, que são
adocicadas para se tornar mais apetecíveis ao consumo.
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Para os frankfurtianos, os produtos da Indústria Cultural teriam
3 funções:
(1) Ser comercializados;
(2) Promover a deturpação e a degradação do gosto popular;
(3) Obter uma atitude passiva dos consumidores.
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Críticas à Indústria Cultural
”Aquilo que a indústria cultural oferece de continuamente novo não
é mais do que a representação, sob formas sempre diferentes,
de algo que é sempre igual” (Adorno, 1967, 8).
O sistema condiciona o tipo, a qualidade e a função do consumo
na sociedade.
A indústria cultural provoca a homogeneização dos padrões de
gosto.
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O indivíduo deixa de decidir autonomamente. O conflito
soluciona-se com a adesão acrítica de valores impostos.
À medida que a indústria cultural se consolida, mais adquire
poder sobre as necessidades do consumidor, guiando-o e
disciplinando-o. “O consumidor não é soberano, como a
indústria cultural queria fazer crer, não é o sujeito, mas o seu
objecto” (Adorno, 1967: 6).
A individualidade é substituída pela pseudo-individualidade. A
ubiquidade, a repetitividade e a estandardização da indústria
cultural fazem da moderna cultura de massa um meio de
controlo inaudito.
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“O espectador não deve agir pela sua própria cabeça:
o produto prescreve todas as reacções: não pelo seu
contexto objectivo que desaparece mal se volta para a
faculdade de pensar – mas através de sinais.
Qualquer conexão lógica que exija perspicácia
intelectual, é escrupulosamente evitada”
(Horkheimer; Adorno, 1947: 148).
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“A sociedade é sempre a vencedora e o indivíduo não passa de
um fantoche manipulado pelas normas sociais” Adorno apud
Wolf (1994: 77).
Os produtos da indústria cultural paralisam a imaginação e a
espontaneidade, impedindo a actividade mental do indivíduo.
A indústria cultural reflecte o modelo do mecanismo económico,
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A estrutura multiestratificada das mensagens reflecte a
estratégia de manipulação da indústria cultural.
A recepção das mensagens dos media escapam ao controlo da
consciência. O espectador absorve ordens, indicações,
proibições, sem senso crítico.
Uma das estratégias de dominação da indústria cultural é a
estereotipização, modelos simplificados indispensáveis para
organizar e antecipar as experiências humanas.
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A divisão dos produtos em géneros conduz ao desenvolvimento
de formas fixas e impõe modelos estabelecidos de expectativas.
Os sujeitos encontram-se privados da verdadeira compreensão
da realidade e da experiência de vida pelo uso constante de
óculos esfumaçados, oferecidos pelo sistema através da
indústria cultural.
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“O espectador olha (...) Tudo se desenrola diante dos seus olhos,
mas ele não pode tocar, aderir corporalmente àquilo que
contempla. Em compensação, o olho do espectador está em
toda a parte (...) sempre vê tudo em plano aproximado (...)
mesmo o que está mais próximo está infinitamente distante da
imagem, sempre presente, é verdade, nunca materializada. Ele
participa do espectáculo, mas a sua participação é sempre pelo
intermédio do corifeu, mediador, jornalista, locutor, fotógrafo,
cameraman, herói imaginário” (Edgar Morin, Cultura de massas
no século XX: o espírito do tempo, p. 74).
CULTURA DE MASSA
Segundo Eclea Bosi a cultura de massa não passa, na verdade,
de um oceano de imposições ditadas pelos meios de
comunicação, muitas vezes identicamente destinadas às mais
diferentes regiões e povos. Não é por outro motivo que as
massas, sejam da América, Europa ou Ásia, apreciam e
produzem a mesma arte, vestem as mesmas roupas, gostam das
mesmas comidas. Não é por razão diversa que os estilos, as
maneiras, as tradições, enfim, a cultura peculiar de cada povo
vem dando lugar, em larga medida, a uma triste vitrine universal
(BOSI, 2000: 102).
BOSI, Eclea (2000), Cultura de massa e cultura popular. Rio de Janeiro: Vozes.
CULTURA DE MASSA
Para Orlando Fideli, cultura de massa, nos nossos dias, é
um conceito amplo, que abrange por muitas vezes toda e
qualquer manifestação de actividades ditas populares.
Assim sendo, do carnaval ao rock, dos jeans à coca-cola,
das novelas de televisão às revistas em quadrinhos, tudo
hoje, pode ser inserido no cómodo e amplo conceito de
cultura de massa (FIDELI, 2008: 1).
FEDELI, Orlando (2008), Cultura Popular e Cultura de Elite,
cultura de massa. São Paulo: Associação Cultural Montfort.
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