A ORALIDADE NA CONSTITUIÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA:
UM OLHAR A PARTIR DE LINGUISTAS
WINCH, Paula Gaida
Etapa inicial de pesquisa de Doutorado – Financiamento Bolsa – Programa REUNI
Doutoranda em Estudos Linguísticos pelo Programa de Pós-graduação em Letras/UFSM
[email protected]
RESUMO
Em orientações para ensino de Língua Portuguesa (LP) nos PCN-LP (BRASIL, 1998) e para
elaboração de coleções didáticas, no Guia–PNLD 2011 (BRASIL, 2010), percebemos certa ênfase no
desenvolvimento da expressão oral nas aulas de LP. A partir disso, questionamo-nos sobre como a
oralidade tem sido tratada no decorrer do ensino da LP. Assim, neste artigo, visamos identificar como
o tratamento da oralidade é manifestado no decorrer da constituição do ensino da LP. Para tanto,
utilizamos textos de linguistas, em especial, os que abordam a relação entre linguística e ensino de
LP e mencionam a oralidade. Em geral, os apontamentos de Genouvrier; Peytard (1974), Geraldi
(1984), e Castilho (2005) explicitam que a oralidade era utilizada para facilitar o tratamento de outros
conteúdos. Espera-se que a oralidade conquiste espaço como conteúdo a ser trabalhado nas aulas
de LP, de forma igualitária à leitura, à produção textual e à análise linguística.
Palavras-chave: oralidade; ensino de LP; textos de linguistas.
INTRODUÇÃO
Nas orientações para ensino de Língua Portuguesa (LP), contidas nos PCN-LP
(BRASIL, 1998), bem como nos princípios e critérios aos quais as coleções didáticas devem
atender a fim de participarem do conjunto de coleções didáticas a serem oferecidas para
ensino de LP nos anos finais do Ensino Fundamental, conforme Guia Nacional do Livro
Didático de 2011 – Guia 2011 (BRASIL, 2010), percebemos o desenvolvimento da
capacidade do aluno de expressar-se oralmente como um dos objetivos a ser alcançado no
ensino da língua materna.
Trata-se de um objetivo do ensino de LP mais recente, pois, consoante apontado nos
PCN-LP, tradicionalmente tem-se considerado que “a aprendizagem da língua oral, por se
dar no espaço doméstico, não é tarefa da escola” (BRASIL, 1998: 24). Sabemos da não
pertinência dessa justificativa, pois a língua oral utilizada pelo aluno em um contexto
informal, como o ambiente familiar, diferencia-se da língua oral a ser utilizada por ele em
contextos formais, tal como em uma entrevista de emprego, por exemplo.
Distanciando-se dessa ideia de que o aluno já aprendera a utilizar a língua em sua
modalidade oral, na comunicação cotidiana; no referido documento, pode-se notar a
preocupação com a expressão oral a partir da concepção de ensino de oralidade que é
apresentada:
Ensinar língua oral deve significar para a escola possibilitar acesso a usos
da linguagem mais formalizados e convencionais, que exijam controle mais
consciente e voluntário da enunciação, tendo em vista a importância que o
domínio da palavra pública tem no exercício da cidadania. Ensinar língua
oral não significa trabalhar a capacidade de falar em geral. Significa
desenvolver o domínio dos gêneros que apoiam a aprendizagem escolar da
língua portuguesa e de outras áreas (exposição, relatório de experiência,
entrevista, debate, etc.) e, também, os gêneros da vida pública no sentido
mais amplo do termo (debate, teatro, palestra, entrevista, etc.) (BRASIL,
1998: 67-68)
Mediante essa definição, observamos alguns aspectos que devem nortear o ensino
da oralidade nas aulas de LP, a saber: a) uso da oralidade em situações nas quais não haja
um planejamento prévio quanto ao que vai ser dito – situações de improviso; b) ensino da
oralidade visto como uma forma de capacitar o aluno a atuar em seu meio social como
cidadão; c) distinção entre trabalhar expressão oral e propor trabalho envolvendo leitura em
voz alta; d) preocupação em o aluno saber organizar sua fala, saber expressar-se oralmente
nas diferentes situações comunicativas em que possa vir a inserir-se.
Há outras referências à oralidade nos PCN-LP. Vale sinalizarmos, nesse momento,
que a oralidade também está explicitamente demarcada nas práticas sugeridas como forma
de organização dos conteúdos e das atividades, tendo como eixos os usos da linguagem e a
reflexão sobre a linguagem. As práticas, baseadas em GERALDI (1984), são: (1) prática de
escuta e de leitura; (2) prática de produção de textos escritos e orais; e, (3) prática de
análise linguística. A oralidade se manifesta na escuta, entendida como “movimentos
realizados pelo sujeito para compreender e interpretar textos orais” (BRASIL, 1998: 35); e na
produção de textos orais.
No Guia 2011, a necessidade de as coleções didáticas proporem atividades para
desenvolver a expressão oral dos alunos está bem pontuada seja nos critérios para
avaliação das coleções didáticas, seja na forma como os conteúdos devem estar
organizados a partir de quatro eixos de ensino: (1) leitura; (2) produção de textos escritos;
(3) oralidade; e, (4) conhecimentos linguísticos.
Conforme apontado em WINCH (2011), ao compararmos a organização do ensino de
LP proposta pelos PCN-LP, a partir das três práticas mencionadas acima, com a
organização do ensino de LP, proposta pelo Guia 2011, a partir dos quatro eixos de ensino,
percebemos que
...há um desdobramento no que se refere à produção escrita e à produção
oral do aluno, o que podemos entender como forma de dar maior ênfase ao
fato de que, na escola, a oralidade também deve ser trabalhada e na
mesma proporção que a escrita, a leitura e os conhecimentos linguísticos.
Ela não é um apêndice do trabalho com a escrita. (WINCH, 2011: 6)
Tendo em vista essa recente ênfase atribuída ao tratamento da língua na modalidade
oral como um conteúdo de ensino nas aulas de LP, questionamo-nos sobre como o
tratamento da oralidade foi considerado no decorrer da constituição do ensino de LP.
Assim, neste artigo, temos por objetivo identificar como o tratamento da oralidade é
manifestado no decorrer da constituição do ensino da LP.
METODOLOGIA
Para atender ao objetivo deste artigo, tomamos como fonte de informação, textos de
alguns linguistas que abordam a relação entre linguística e ensino de LP, em especial, a
influência da primeira sobre o ensino. Os textos utilizados datam de a partir da década de
60, quando tem-se início de uma relação mais explícita entre teorias linguísticas e ensino de
línguas, em função da inserção da linguística como disciplina obrigatória nos Cursos de
Letras na década em questão.
A seleção dos textos ocorreu a partir do conjunto de textos trabalhados na disciplina “A
ciência linguística e o ensino de Língua Portuguesa”, ministrada pela Profa. Dra. Graziela
Lucci de Angelo, no Curso de Doutorado em Estudos Linguísticos, no âmbito do Programa
de Pós-graduação em Letras da UFSM.
Na referida disciplina, foi tratado, até o momento, um total de 12 textos, cuja autoria
são linguistas, e os quais apresentam como foco principal a relação entre as teorias
linguísticas e o modo de se realizar o ensino de língua portuguesa ao longo de sua história.
Observamos que boa parte das produções de linguistas, contemplando as décadas
de 60, 70 e 80, está voltada a relacionar teorias linguísticas com o ensino da gramática, por
ser esse o foco predominante nas aulas de Língua Portuguesa. Por exemplo, FRANCHI
(1986), no texto Mas o que é mesmo “Gramática”?, apresenta outra forma de se conceber e
trabalhar a gramática, propondo deslocar da posição central a gramática normativa. Junto a
esse deslocamento, o autor propõe que seja considerado o fato de que o aluno, ao ingressar
no espaço escolar, já tem desenvolvida uma gramática internalizada, que deve ser tomada
como ponto de partida para se pensar o ensino da língua materna.
Ainda centrados nessa relação entre teorias linguísticas e o predominante ensino da
gramática, vale destacarmos o texto de LOBATO (1978), Teorias linguísticas e ensino do
português como língua materna, e de KATO (1983), O ensino de línguas após implantação
da linguística. Lobato traz uma discussão acerca da evolução das teorias linguísticas e a
possibilidade de renovação do ensino de LP, apontando que o ensino não deve se basear
em uma única teoria, deve-se tentar um aproveitamento eclético das teorias ou modelos
linguísticos disponíveis. Kato menciona as consequências da utilização de conceitos e
princípios das teorias linguísticas sem que se tivesse desenvolvido uma boa compreensão e
reflexão sobre eles, por exemplo, a adoção de princípios do estruturalismo no ensino, que
acarretou em exercícios mecânicos e repetitivos.
Para este artigo, conforme nosso objetivo, selecionamos, para tratar com um maior
grau de profundidade, os textos que fazem menção ao ensino da oralidade nas aulas de LP,
a saber: CASTILHO (2005), GENOUVRIER e PEYTARD (1974), GERALDI (1984) e
RODRIGUES (1966).
DESENVOLVIMENTO
Em decorrência dos estudos linguísticos e da difusão de suas ideias, foram se
evidenciando apontamentos, ainda que tímidos, quanto à importância de abordar a oralidade
no ensino de LP. RODRIGUES (1966: 9), em artigo sobre problemas de natureza linguística
presentes na realidade brasileira naquele período, menciona, dentre vários aspectos a
serem considerados na organização e no desenvolvimento do ensino de LP, que “cada
cidadão depende incomensuravelmente mais da língua falada que da língua escrita para
sua vida social, não importa qual seja a sua profissão”.
Podemos compreender, na colocação de Rodrigues, que se deveria dar maior ênfase
ao desenvolvimento da oralidade, tendo em vista a importância contínua dessa modalidade
– língua oral – no convívio social do aluno e, futuramente, na sua vida profissional.
Na obra de GENOUVRIER e PEYTARD (1974), que em sua versão original trata da
relação entre linguística e o ensino de Língua Francesa - Linguistique et enseignement du
français, e que foi traduzida e adaptada à realidade do ensino de LP por Rodolfo Ilari –
Linguística e ensino do Português, encontramos menção ao uso da língua na modalidade
oral como forma de desenvolver outras habilidades que não a expressão oral por parte do
aluno.
Na versão que trata da LP, é apontado que a criança, quando inicia a aprendizagem
da escrita, apresenta dificuldade em reconhecer a grafia e seu respectivo som. Para facilitar
esse reconhecimento, utiliza-se a língua oral, propondo-se atividades de leitura em voz alta
e recitações. Conforme explicam os autores: “Quer dizer que o aluno descobre a fala e
ouve-a, mas não é mais a fonte da mesma; fala a partir de um texto. Graças a essa fala,
compreende o escrito; a ajuda do oral é-lhe indispensável para que a grafia se revele”
(p.21).
Nessas atividades, notamos que a oralidade serve apenas como intermediária entre
aluno e texto escrito. Em outras palavras, a ênfase recai sobre o desenvolvimento da
escrita, marcando sua maior valorização em relação à oralidade, apesar dessa estar mais
próxima da língua utilizada pelo aluno em seu cotidiano. Essa primazia da escrita em prol da
oralidade é explicitada pelos autores: “a atividade de falar é tão natural que pode parecer
supérfluo deter-se nela; a escrita invadiu a tal ponto a vida escolar que chama para si toda a
atenção” (GENOUVRIER e PEYTARD, 1974: 55).
Na obra em questão, fica evidente uma oposição, por parte dos autores, a essa
despreocupação com o ensino da modalidade oral da língua. Ressalta-se a necessidade de
uma pedagogia que contemple o desenvolvimento da oralidade, sendo, para isso,
fundamental utilizar-se de conhecimentos linguísticos disponíveis naquele momento, a
saber: os fatores constitutivos do ato de comunicação verbal propostos por Jakobson; as
diferenças entre fonema e grafema, entre gramática oral e gramática escrita; enfim, entre os
aspectos determinantes na comunicação oral e os determinantes na comunicação escrita.
Além dos estudos linguísticos, mencionados acima, que poderiam auxiliar a se
pensar e se organizar um ensino que também tivesse como objetivo o desenvolvimento da
expressão oral, na obra são apresentados, também como contribuição da Linguística,
alguns aspectos diferenciadores entre código oral e código escrito que podem ser utilizados
para ensino desses códigos nas aulas de LP. Dentre esses aspectos, destacamos: a) o
intervalo de tempo entre emissão e recepção, sendo esse menor no código oral; b) o
compartilhamento entre emissor e receptor de um mesmo contexto social, o que não ocorre
no código escrito; c) a utilização de elementos informativos como a entonação, pausa,
rapidez na elocução, que não fazem parte do código escrito; d) elaboração de mensagens
mais curtas no código oral.
Assim, encontramos, nesta versão adaptada de GENOUVRIER e PEYTARD (1974),
além de uma menção ao fato de que a oralidade era utilizada em sala de aula a fim de que o
aluno desenvolvesse a escrita, uma sugestão de se trabalhar com a modalidade oral da
língua a partir do tratamento de aspectos que a diferencia da modalidade escrita. Trata-se
de propor um trabalho com a oralidade de forma mais precisa, mais detalhada,
contemplando suas características fundamentais.
Em artigo de GERALDI (1984), no qual ele propõe a organização do ensino a partir
de três práticas, mencionadas acima, encontramos, na prática referente à produção de
textos, sugestões de atividades, tais como: escuta de palestras, leitura de notícias em voz
alta e organização e realização de entrevistas. Podemos associar essas atividades com o
desenvolvimento da oralidade, ainda que de forma restrita, e com a atribuição de maior
importância ao desenvolvimento do saber ouvir.
Castilho, em entrevista concedida à Revista Virtual de Estudos da Linguagem,
aponta que a ideia de se trabalhar oralidade no ensino de língua materna ganhou maior
notoriedade no final da década de 80, a partir de dois projetos - Projeto Norma Urbana Culta
(NURC) e Projeto de Gramática do Português Falado - os quais têm como objeto a língua
falada em diferentes regiões, visando sua descrição. Com o desenvolvimento desses
projetos, notou-se que
a oralidade abria caminhos de muito interesse para uma nação pouco
letrada como a nossa. Por meio da língua falada, poderíamos chegar à
língua escrita, num percurso mais proveitoso, porque fundamentado no que
o aluno já sabe para chegar a domínios que ele não conhece. (CASTILHO,
2005: 2).
Observamos, na constatação de Castilho, que a oralidade também serve como
intermediária entre o aluno e a escrita, reiterando o colocado por Genouvrier e Peytard
(1974). Devido ao caráter de espontaneidade que está subjacente à oralidade, já que o
aluno faz uso da língua oral em seu cotidiano, ela auxiliaria o aluno a se sentir com maior
disposição e confiança para realizar a atividade de escrita – foco central da aprendizagem.
Assim, fazer o aluno expressar-se oralmente seria um meio de criar condições favoráveis à
produção da escrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De um modo geral, os apontamentos dos linguistas Genouvrier; Peytard, Geraldi, e
Castilho mostram-se em consonância com a descrição, presente nos PCN-LP, de como a
oralidade tradicionalmente vinha sendo tratada em sala de aula: “as situações de ensino
vêm utilizando a modalidade oral da linguagem unicamente como instrumento para permitir
o tratamento dos diversos conteúdos.” (BRASIL, 1998: 24).
Nas colocações dos linguistas bem como no documento legal, percebemos a
oralidade como um instrumento, no sentido de ser utilizada para facilitar o tratamento
didático de outros conteúdos, como a escrita, por exemplo. Logo, a expressão oral não é
vista por si só como um conteúdo a ser trabalhado ao lado dos demais conteúdos que
constituem o ensino de LP – leitura, produção textual e conhecimentos linguísticos. Vale
ressaltarmos que a colocação de Rodrigues parece ir mais em direção ao entendimento da
oralidade como um conteúdo de ensino e não como um meio para ensino de outros
conteúdos.
Em linhas gerais, dentre um conjunto de 12 textos, encontramos referência ao
desenvolvimento da expressão oral em quatro deles, sendo colocações referentes à
importância de desenvolver a expressão oral dos alunos e/ou à sugestões de atividades que
podem ter como foco a língua na modalidade oral, ficando bem evidente que se tratam de
expectativas em relação a uma reorganização do ensino da língua materna, contemplando
um aspecto que foi pouco ou quase nada abordado ao longo da constituição do ensino da
LP – a oralidade.
Se compararmos esse resultado com as orientações para ensino de LP contidas nos
PCN-LP e no Guia 2011, mencionadas na introdução, podemos inferir que o pensar a
oralidade como conteúdo a ser trabalhado nas aulas de LP, de forma igualitária à leitura, à
produção textual e à análise linguística, é recente e, assim, podemos esperar que a
oralidade conquiste mais espaço nas aulas de LP, bem como se multipliquem os estudos
linguísticos sobre esse conteúdo de ensino.
REFERÊNCIAS
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Portuguesa. Brasília: Ministério da Educação, 2010. 152 p. Disponível em:
<http://www.fnde.gov.br/index.php/pnld-guia-do-livro-didatico/2349-guia-pnld-2011>. Acesso
em: 21 mar. 2011.
______. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e
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Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/portugues.pdf>. Acesso em: 12
jan. 2011.
CASTILHO, A. T. Estudos de Língua Falada: uma entrevista com Ataliba Teixeira de
Castilho. Revista Virtual de Estudos da Linguagem - ReVEL. v. 3, n. 4, mar., 2005.
Disponível em: <http://www.revel.inf.br/site2007/_pdf/4/entrevistas/revel_
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FRANCHI, C. Mas o que é mesmo “gramática”? In: POSSENTI, S. (Org.) Mas o que é
mesmo “gramática”?. São Paulo: Parábola, 2006.
GERALDI, J. W.. Unidades básicas do ensino de Português. In: GERALDI, J. W. (Org.). In:
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GENOUVRIER, E.; PEYTARD, J. Linguística e ensino do Português. Tradução de Rodolfo
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KATO, M. O ensino de línguas após a implantação da linguística. In: Boletim da Abralin,
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LOBATO, L. M. P.. Teorias linguísticas e ensino do Português como língua materna. Tempo
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<http://biblio.etnolinguistica.org/rodrigues_1966_tarefas>. Acesso em: 12 jun. 2011.
WINCH, P. G.. Leitura, produção textual, oralidade e conhecimentos linguísticos: possíveis
avanços entre PCN-EF e PNLD 2011. In: SEMINÁRIO SOBRE INTERAÇÃO
UNIVERSIDADE/ESCOLA, 2; SEMINÁRIO SOBRE IMPACTOS DE POLÍTICAS
EDUCACIONAIS NAS REDES ESCOLARES, 2, 2011, Santa Maria. Anais... Santa Maria,
Universidade Federal de Santa Maria, 2011. CD-ROM.
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