IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
nas
TERAPÊUTICAS de MEDICINA NUCLEAR
Sofia Oliveira, Catarina Barros
Serviço de Medicina Nuclear
IPOC-FG, E.P.E.
Director: Dr. João Neto
Hotel Meliá Aldeia dos Capuchos, Costa da Caparica
7 e 8 de Fevereiro de 2014
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
CONCEITOS e GRANDEZAS FÍSICAS
IPOC-FG, E.P.E.
Restrição de Dose
A limitação das doses prospectivas recebidas pelos indivíduos que
possam ser provenientes de uma determinada fonte, em que aquela se
destina a ser utilizada na fase de planeamento da protecção contra as
radiações, sempre que se pretenda atingir a sua Optimização.
Limites de Dose
Referências máximas fixadas para as doses resultantes da exposição a
radiações ionizantes de trabalhadores, aprendizes e estudantes, e público
em geral.
Aplicam-se à soma das doses relevantes provenientes da exposição
externa e de incorporações num período de 50A (70A para as crianças).
CONCEITOS e GRANDEZAS FÍSICAS
IPOC-FG, E.P.E.
Efeitos produzidos pelas partículas ionizantes
Quantidade de ENERGIA fornecida.
Local e extensão da(s) região(ões) do corpo exposta(s).
Intervalo de tempo durante o qual a energia é transferida.
Objectivo das Práticas de Segurança contra a radiação
↓ o quanto for razoavelmente possível a exposição.
ALARA (As Low As Reasonable Achievable, economic and social
considerations being taken into account) (ICRP 1973)
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II
Artigo 75.º
TERAPÊUTICA
Regime AMBULATÓRIO
Dose Efectiva – Calculada a partir do valor de taxa de dose medida à
distância de 1m das “zonas quentes”, não ultrapasse os limites de
dose para membros do público.
Terapêutica com 131I – Valores nela envolvidos < 740 MBq
A unidade de terapêutica deve dispor de uma zona limpa nos termos
do Artigo 63.º
Instruções escritas
Fornecidas e convenientemente explicadas com as normas de
procedimento adequadas ao seu caso, de forma a proteger o
respectivo agregado familiar e a população em geral.
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II
Artigo 75.º
TERAPÊUTICA
Regime INTERNAMENTO
Em todas as outras situações.
Física Médica
0.4 EHC Físicos Qualificados em Física Médica/ 100 dts
internamento/ A.
0.1 EHC Físicos Qualificados em Física Médica/ 100 dts
internamento/ A.
Pelo menos UM dos Físicos Qualificados deverá ser especialista
em Física Médica (existentes desde Dez de 2013).
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II
Artigo 75.º
TERAPÊUTICA
Regime INTERNAMENTO
Unidade de Internamento - Quartos com protecção radiológica,
tendo em conta a actividade máxima prevista para cada quarto.
I.S. - Separação dos excreta sólidos e líquidos; drenagem dos
excreta líquidos para tanques de decaimento (previstos no Artigo
79.º), com acesso controlado, medidores de nível e de actividade;
dispor de chuveiro e alarme.
Quarto - Uma só cama, com mobiliário restrito, de fácil limpeza;
materiais de revestimento do chão e das paredes idênticos ao de
laboratórios; dispor de um circuito interno de televisão, telefone e
intercomunicador centralizado na zona de enfermagem; deve ser
descartável todo o material manipulado pelo doente.
Anteparos móveis - Protecção do pessoal que assista o doente.
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II
Artigo 75.º
TERAPÊUTICA
Regime INTERNAMENTO – Idade Pediátrica
Unidade de Internamento - Deve ainda dispor:
Quarto - Contíguo ao quarto da criança, para alojamento do
respectivo acompanhante.
Circuito interno de televisão - Instalado no quarto da criança que
permita igualmente a observação desta nas instalações do
acompanhante.
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II; Artigo 78.º
ZONA de ARMAZENAMENTO
TERAPÊUTICA
Regime INTERNAMENTO
Unidade de Internamento - Deve ainda dispor:
Zona de Armazenamento - Requisitos:
Local - Armazenar produtos biológicos eliminados pelos
doentes e recolhidos por razões clínicas.
Contentores - Lixos dos quartos.
Contentores - Roupas dos doentes e posterior tratamento
destas.
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II; Art 79.º
TANQUES de RETENÇÃO
TERAPÊUTICA
Regime INTERNAMENTO
Unidade de Internamento - Deve dispor:
Tanques de recolha e retenção - Excreta + resíduos líquidos de
toda a unidade, para declínio radioactivo.
Local e construção - Garantir as Normas de Segurança em
vigor.
Capacidade mínima - Calculada em função da Utilização
máxima das instalações, de modo a garantir que as
actividades máximas de descarga respeitem os valores
mencionados no Artigo 71.º
Munidos de equipamento de indicação de nível e de controlo
da actividade.
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II; Artigo.79º
TANQUES de RETENÇÃO
TERAPÊUTICA
Regime INTERNAMENTO
Unidade de Internamento
Tanques de recolha e retenção
Débito de Dose - O cálculo no exterior do tanque deve ser
feito tendo em consideração o valor máximo de actividade
existente nos tanques cheios.
Dimensionamento das barreiras - Baseado na avaliação da
dose de radição que atinge as áreas adjacentes aos tanques.
Acesso - Controlado pelo pessoal técnico responsável pela
segurança radiológica.
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II; Artigo.80º
ZONA de TRANSIÇÃO
TERAPÊUTICA
Regime INTERNAMENTO
Unidade de Internamento
Zona de Transição - A transição da zona não activa para a zona
dos quartos é uma zona de acesso reservado e exclusiva do
pessoal de saúde.
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II; Artigo.82º
LIMITES de ACTIVIDADE a MANIPULAR
TERAPÊUTICA
Regime INTERNAMENTO
Limites de actividade a manipular - Os limites a manipular de cada
vez, bem como os totais a armazenar e manipular por ano, serão
indicados na licença de funcionamento de cada instalação, de
acordo com a classificação da instalação e tendo em conta a classe
dos radionúclidos a utilizar.
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180/ 2002, Subsecção II; Artigo.71º
ÁREAS de RESÍDUOS RADIOACTIVOS
TERAPÊUTICA
ÁREA de RESÍDUOS RADIOACTIVOS
Contentores - Retenção temporária, para declínio radioactivo, de
resíduos e produtos biológicos radioactivos, quer no estado sólido quer
no estado líquido, e que devem ter a capacidade suficiente para
garantir os seguintes limites de descarga:
Resíduos sólidos - A actividade a eliminar de cada vez não pode
exceder 370 kBq num volume de lixo não inferior a 0,1m3 e não
pode incluir nenhum artigo com actividade superior a 3,7 kBq.
Resíduos líquidos - Em sistemas de esgoto sanitário, as
concentrações médias, calculadas com base no caudal mínimo,
garantindo do sistema de esgoto na zona que serve a instalação,
deverão ser:
IPOC-FG, E.P.E.
D.L. – nº 180, Subsecção II; Artigo.71º
ÁREAS de RESÍDUOS RADIOACTIVOS
TERAPÊUTICA
ÁREA de RESÍDUOS RADIOACTIVOS
Limites de descarga:
Resíduos líquidos - Em sistemas de esgoto sanitário, as
concentrações médias, calculadas com base no caudal mínimo,
garantindo do sistema de esgoto na zona que serve a instalação,
deverão ser controladas.
IPOC-FG, E.P.E.
RADIONÚCLIDOS usados em M.N.
TERAPÊUTICA
Tabela 1 – Nuclear Medicine Therapy:
Estimated numberof annual
procedures 1991-1996 [1-3]
(adapted from: UNSCEAR 2000 [1-3])
IPOC-FG, E.P.E.
RADIONÚCLIDOS usados em M.N.
TERAPÊUTICA
Terapêutica Paliativa da Dor óssea
Tabela 2 - Bone targeting radiopharmaceuticals including 223Ra.
Darren Brady, MD, Chris C. Parker, MD, and Joe M. O’Sullivan, MD, FRCPI FFRRCSI, FRCR
The Cancer Journal. Volume19, Number 1, January/ February 2013
IPOC-FG, E.P.E.
RADIONÚCLIDOS usados em M.N.
TERAPÊUTICA
Terapêutica do CDTOF e do HIPERTIROIDISMO
Figura 1 – Características Físicas do 131I.
IPOC-FG, E.P.E.
RADIONÚCLIDOS usados em M.N.
TERAPÊUTICA
Terapêutica do Neuroblastoma, Feocromocitoma, Paraganglioma,
TNE, … - 131I-MIBG
Figura 1 – Características Físicas do 131I.
IPOC-FG, E.P.E.
RADIONÚCLIDOS usados em M.N.
TERAPÊUTICA
LINFOMA NÃO-HODGKIN folicular, de baixo grau, CD20+ –
Recidiva/ Refractário, ou LNH células B em transformação.
TNE com Receptores da Somatostatina
Gastro-Entero-Pancreáticos
Brônquicos
Timoma
Paragangliomas,Feocromocitomas
Metástases de primário desconhecido
Carcinoma Medular da Tiróide
Meningioma
Sinovite
IPOC-FG, E.P.E.
RADIONÚCLIDOS usados em M.N.
TERAPÊUTICA
Yttrium - 90
Figura 2 – Características Físicas do 90Y.
IPOC-FG, E.P.E.
RADIONÚCLIDOS usados em M.N.
TERAPÊUTICA
TNE com Receptores da Somatostatina
Meningioma, …
Figura 3 – Características Físicas do 177Lu.
IPOC-FG, E.P.E.
RADIONÚCLIDOS usados em M.N.
TERAPÊUTICA
Yttrium - 90, Lutetium - 177
Núclido
Tipo de
Emissão
Semi-Vida
(Dias)
Energia média
(Mev)
Energia máxima
(Mev)
Penetração
tecidular
máxima
90Y
β-
2,7 dias
0,935
2,270
1,2 cm
0,149
0,497
0,25 cm
0,113 e 0,208
-
-
177Lu
βγ
6,7 dias
Tabela 3 – Características Físicas do 90Y e do 177Lu.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
IPOC-FG, E.P.E.
Figura 4 – Fontes de exposição para dose efectiva colectiva.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
IPOC-FG, E.P.E.
Incidência de Cancro na Europa
≈ 25%
Probabilidade de Cancro radioinduzido foi estimada (ICRP-60):
≈ 5%/ Sievert∗ - Doses e Débitos de Dose Baixos
Probabilidade de Dças genéticas graves (ICRP-60):
≈ 1%/ Sievert - Doses e Débitos de Dose Baixos
∗ - Se 100 000 pessoas estiverem expostas a 1mSv, se partirá do princípio que 5
pessoas terão um cancro mortal radioinduzido. De igual modo que, se a
exposição dessa mesmas pessoas for de 5mSv, pressupor-se-á que serão
afectadas 25 pessoas.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
IPOC-FG, E.P.E.
Probabilidade de Cancro radioinduzido
Pessoas ≥ 60A
3 x Inferior
Pessoas ≥ 65A
5 - 10 x Inferior
O período de vida restante dos idosos pode não ser suficientemente
longo para se detectar o aparecimento do cancro.
Crianças ≤ 10A
2 - 3 x Superior
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
IPOC-FG, E.P.E.
Probabilidade de Cancro radioinduzido
Grávidas
Risco ≈ Média da População
Nascituro
Risco ≈ Crianças
As instruções destinadas a cada um destes grupos serão
diferentes!
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
IPOC-FG, E.P.E.
Trabalhadores Expostos
Pessoas submetidas durante o trabalho, por contra própria ou de outrem, a
uma exposição decorrente de práticas susceptíveis de resultar numa dose
superior a qualquer um dos limites de dose fixados para os membros do
público.
Limites de Dose - Trabalhadores Expostos, Público
Categoria
Trabalhadores
Público
Corpo Inteiro
100 mSv/ 5Anos
< 50 mSv /Ano
5 mSv/ 5 Ano
< 1 mSv /Ano
Extremidades
500 mSv/ Ano
50 mSv/ Ano
Pele
500 mSv/ Ano
15 mSv/ Ano
Cristalino
150 mSv/ Ano
15 mSv/ Ano
Tabela 5 – EURATON: DirectivaS nº96/ 29, nº97/ 43.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
IPOC-FG, E.P.E.
Formas de exposição às radiações
Irradiação global
Irradição localizada
Contaminação interna
Contaminação externa

Figura 5 - Formas de exposição à
radiação.
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Contaminação Interna
Ingestão
Inalação
Absorção cutânea

Figura 6 - Formas de contaminação
interna.
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Irradiação Externa
Fontes:
Não seladas (radiofármacos)
Próprio doente
Factores básicos que a diminuem:
Distância  Aumentar
Tempo  Diminuir
Materiais absorventes  Atenuam o feixe de radiação
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Irradiação Externa
Fontes:
Não seladas (radiofármacos)
Próprio doente
131I
Figura 7 – Irradiação Exerna.
Factores básicos que a ↓
Distância  Aumentar
Tempo  Diminuir
Materiais absorventes
Atenuam o feixe de radiação
Figura 8 – Irradiação Exerna proveniente de fonte
pontual.
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Irradiação Externa
Distância
A exposição a uma fonte radioactiva varia com o inverso do quadrado
da distância.
2x a distância à fonte de radiação  a exposição ↓ 4x.
Manipulação de fonte radioactiva:
Procurar conseguir a > distância
possível entre a fonte radioactiva e o
trabalhador.
Figura 9 – Instrumentos que aumentam a
distância à fonte radioactiva.
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Irradiação Externa
Tempo
↓ Tempo de exposição à fonte radioactiva.
Preparação prévia da instrumentação e material necessários antes de
manipular a fonte radioactiva.
O trabalho com exposição à radiação não deve demorar mais tempo do
que o estritamente necessário.
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Usar Protecções (Barreiras)
Exemplos de uso efectivo de protecções
Contentores de chumbo - Armazenamento dos radiofármacos.
Protecções de seringas, aventais de chumbo
Tijolos de chumbo - Zonas de armazenamento.
Vidros de chumbo - Visão aceitável e boa protecção contra a radiação.
Figura 10 – Protecções de
seringas
usadas
para
radiofármacos emissores β.
Imagens cedidas pelo SMN,
IPOC-FG, EPE.
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Radiação Interna
Regra principal para a manter tão baixa quanto possível:
Evitar a entrada  Substâncias radioactivas no organismo.
Não comer, beber, fumar, ou aplicar cosméticos em áreas onde possam
estar fontes radioactivas - Ex.: Laboratório “quente”, salas de estudo
dos pacientes.
 Manipução Substâncias radioactivas
Luvas - Evitar a contaminação da sua superfície interior
Batas e outra roupa de protecção - laboratório durante a noite, i.e.,
não levar para casa.
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Radiação Interna
Regras para a manter tão baixa quanto possível:
Alimentos e bebidas não armazenar junto de fontes radioactivas (p.ex.:
frigoríficos do laboratório “quente”).
Expressamente proibido pipetar com a boca.
 Trabalhador - Lavar as mãos:
Após manipulação de substâncias radioactivas
Antes das refeições
Nos intervalos
Ao fim do dia, antes de ir para casa
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Radiação Interna
Regras para a manter tão baixa quanto possível:
Trabalhos - Efectuados sobre bases absorventes, de modo a fixar os
derramamentos de líquidos e salpicos; usar (RBS) para descontaminar
eventuais salpicos.
Gases radioactivos ou outras substâncias voláteis (ex.: soluções
concentradas de Iodo) - Realizados dentro de uma câmara
ventilada, sendo também de recomendar o uso de máscaras.
Após manipulação de substâncias radioactivas
Antes das refeições
Nos intervalos
Ao fim do dia, antes de ir para casa
PROTECÇÃO RADIOLÓGICA
IPOC-FG, E.P.E.
Radiação Interna
Regras para a manter tão baixa quanto possível:
Zonas de trabalho - Manter-se limpas.
Lixo radioactivo, as toalhas absorventes  Eliminação frequente.
Zonas de armazenamento de produtos radioactivos (ex. laboratório
“quente”)  Não utilizar para armazenamento de outros materiais
(materiais de escritório, roupas, ...).
Contaminação de: interruptores, puxadores das portas, e outros ítens
que podem resultar em contaminação não consciente do pessoal.
Contentores para materiais radioactivos, ou outros equipamentos de
laboratório  Esquinas agudas ou partidas.
IPOC-FG, E.P.E.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
Directiva 96/29/EURATOM
Terapêutica de CDTOF ou HIPERTIROIDISMO
Das aplicações médicas mais frequentes que dá origem à exposição
Familiares e amigos próximos – 6 Categorias
Grávidas, crianças ≤ 2A, crianças 3-10A, parceiros sexuais, parceiros
sexuais > 60A, outros.
Nascituros + crianças ≤ 2A  > Sensibilidade radioindução cancro.
Restrição de Dose
1 mSv
Crianças ≤ 2A  > Contacto com os pais.
Idosos > 60A  < Propabilidade de cancro radioinduzido.
Terceiros = Membros do público
Se o familiar do dte não o quiser apoiar/ reconfortar no domicílio
Limites de Dose = Limite de dose acumulada
Restrição de Dose
0.3 mSv
< 1 mSv
IPOC-FG, E.P.E.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
Directiva 96/29/EURATOM
Terapêutica de CDTOF ou HIPERTIROIDISMO
Restrições de dose propostas [mSv] para familiares e amigos próximos por
terapêutica.
Tabela 6 – EURATON: DirectivaS nº96/ 29.
IPOC-FG, E.P.E.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
Directiva 96/29/EURATOM
131I
1ªs 24-48h - Parte da ingestão (variável) vai concentrar-se na tiróide.
Período de retenção inicial e de reciclagem no corpo
Irradiação da tiróide
Morte células tumorais: Carcinoma da Tiróide
Quantidade substancial de células normais: Dças benignas tiróide
Período 8 dias - 131I decai 50%
Principal produto - 131Xénon  Rapidamente eliminado: Expiração
Células tiroideias: Perdem capacidade de organificar 131I  Corrente
sanguínea: Excreção
Quantidade total de 131I: ↓ 50%
Carcinoma da Tiróide - 1 dia
Hipertiroidismo - 4-5 dias
T1/2 Efectiva (T1/2 Física, T1/2 biológica)
IPOC-FG, E.P.E.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
Directiva 96/29/EURATOM
Fixação de 131I pela tiróide
Hipertiroidismo - 50-70%
Nível de hiperfunção
Ingestão diária normal de iodo alimentar
Actividades até 740 MBq
Bócios volumosos, eutiroideus - ≈ 30%
Sinais e sintomas
Objectivo: ↓ volume tiróide
Actividades podem ser > 740 MBq
IPOC-FG, E.P.E.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
Directiva 96/29/EURATOM
Fixação de 131I pela tiróide
CDTOF
Tecido tiroideu normal
Células tumorais - perdem parte da capacidade de fixar iodo; processo
de organificação perturbado  Fixação de 131I < Células normais
Actividades: 1110 - 1850 MBq (3700 MBq)
Actividades: > 3700 MBq  Metástases
Fixação de pequena percentagem de 131I
Se tecido tiroideu normal ausente/ tecido tumoral incapaz de fixar 131I
Excreção de ≈ 80% da actividade administrada.
IPOC-FG, E.P.E.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
Directiva 96/29/EURATOM
Doses recebidas por Familiares, amigos proximos e terceiros
Terapêuticas com 131I/ 131I-MIBG (CDTOF, Feocromocitoma, ...)
Actividade (residual) do doente no regresso a casa: 400 MBq 131I
Débito de kerma no ar ≈ 5 - 40 µSv/ hora, a 1m de qualquer ponto do
corpo.
Se cumprirem cuidadodsamente recomendações escritas:
Dose a que estarão expostos: < 1 mSv
Figura 11 – Medição do
débito de dose.
IPOC-FG, E.P.E.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
Directiva 96/29/EURATOM
Doses recebidas por Familiares, amigos proximos e terceiros
7 Vias fundamentais de exposição:
1. Irradiação externa de pessoas próximas do doente.
2. Contaminação interna - Inalação de aerossóis de 131I expirados pelo dte.
3. Contaminação interna - 131I excretado por contacto directo, inalação
ou ingestão.
4. Contaminação interna - 131I que os atinge através de esgotos ou
descargas directas para as águas superficiais.
5. Irradiação externa de terceiros - Situações de emergência (cirurgia,
tratamento de emergência do dte).
6. Contaminação interna - Cinzas do corpo cremado
7. Irradiação externa de terceiros - Autópsia, vigília do corpo, cremação.
IPOC-FG, E.P.E.
CONCEITOS BÁSICOS de PROTECÇÃO
Directiva 96/29/EURATOM
Doses recebidas por Familiares, amigos proximos e terceiros
7 Vias fundamentais de exposição:
Vias 1 e 7 - Podem originar doses relativamente elevadas.
Via 2 - Pode proporcionar uma dose substancial  Boa ventilação
Via 3
Se dte continente: Pode originar doses 2 ordens de grandeza inferiores
às vias 1 e 7;
Se dte incontinente: Causa apreensão  Algaliação
Via 4 - Negligenciável
Via 5 - Pode provocar dose relativamente elevada
Procurar conselho junto do especialista em protecção radiológica.
Via 6 - Não origina dose significativa.
Não é necessário desaconselhar cremação.
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
DOENTE
Terapêuticas com 131I/ 131I-MIBG (CDTOF, Feocromocitoma, ...)
Excreção da Actividade administrada
Muita é rapidamente eliminada por via renal. Fracção de eliminação
vai depender:
Extensão da tiróide residual.
Presença/ não e da extensão das metástases.
> 50 - 60% - 1ªs 24 horas
≈ 80% - 3 - 5 dias
Nível de contaminação na urina é significativo.
Se dte incontinente:  Algaliação
 Hidratação (oral/ e.v.): 2-3 l de líquidos em cada 24 horas.
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
DOENTE
Terapêuticas com 131I/ 131I-MIBG (CDTOF, Feocromocitoma, ...)
Concentração selectiva de 131I nas glândulas salivares
50 - 100 xs > [sérica].
≤ 24% actividade administrada: Eliminada após estimulação salivar.
Gl. Parótidas – Mais vulneráveis à radiação ionizante.
Edema transitório, frequentemente bilateral.
Dor
 Estimular a secreção salivar - 4 horas após a adminsitração de 131I
Regularmente (1/1 hora durante o dia; 2/2 horas durante a noite)
Antes de cada refeição.
Oral Surg Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2007; 103: e47 – e47.
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
DOENTE
Terapêuticas com 131I/ 131I-MIBG (CDTOF, Feocromocitoma, ...)
Concentração selectiva de 131I nas glândulas salivares
Meses após terapêutica: Parotidite obstrutiva assimétrica, sendo
infrequente o envolvimento da gl. submaxilar  > às refeições.
Degeneração da célula acinar secretora.
Fibrose vascular com isquémia
Sialoadenite dependente da dose com/ sem xerostomia.
↓ secreção da gl. Parótida:
≈ 40%  Dose cumulativa 270 mCi 131I
≈ 50 - 60%  Dose cumulativa 500 mCi 131I
Oral Surg Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2007; 103: e47 – e47.
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
DOENTE
Terapêuticas com 131I/ 131I-MIBG (CDTOF, Feocromocitoma, ...)
Concentração selectiva de 131I nas glândulas salivares
Deveremos mesmo estimular a secreção
?
Lemon juice estimulation of salivary-gland flow increases de obsorved
doses of 131I to the salivary glands after the admnistration of 131I ClinicalThyroidology; 103: e47 – e47/
The influence of saliva flow stimulation on the absorved dose to the
salvary glands during radiodine therapy of thyroid cancer using 124I- PET/
CT - Eur Nucl Med Mol Imaging 2010
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
DOENTE
Terapêuticas com 131I/ 131I-MIBG (CDTOF, Feocromocitoma, ...)
Secreção Gástrica de 131I
Deveremos administrar Bloqueadores-H2 ou Inibidores da bomba de
protões (Omeprazol/ Esomeprazol)
Estudo prospectivo para determinação o nível de captação gástrica de
131I na Cintigrafia Corporal após dose de 131I.
28 dts
Grupo I (15 dts):Sem medicação prévia/ durante terapêuica
Grupo I (13 dts):Medicação (OM 20mg/ dia) pelo menos 24 horas
antes da terapêutica e até à Cintigrafia Corporal após dose de 131I.
Captação gástrica de 131I  Avaliada por um expert de MN
131I gastric uptake with and without Oomeprazole in patients undergoing radiodine therapy for
differentiated thyroid carcinoma - Eur Nucl Med Mol Imaging 2012: 39: 1356 – 1357
Gabriel Castro et al
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
DOENTE
Terapêuticas com 131I/ 131I-MIBG (CDTOF, Feocromocitoma, ...)
Secreção Gástrica de 131I
Captação gástrica de 131I  Classificação às cegas.
Score visual
0 - Sem captação gástrica.
1 - Captação gástrica ligeira.
2 - Captação gástrica moderada.
3 - Captação gástrica intensa.
Score semi-quantitativo
Imagens planares obtidas em projecção anterior e posterior (média
aritmética), o nº máx. de ctgs foi quantificado desenhando uma ROI
10x10 píxeis, comparada com ROI similar no pulmão direito.
Os dts medicados com OM tinham captação gástrica ↑
131I gastric uptake with and without Oomeprazole in patients undergoing radiodine therapy for
differentiated thyroid carcinoma - Eur Nucl Med Mol Imaging 2012: 39: 1356 – 1357
Gabriel Castro et al
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
DOENTE
Terapêuticas com 131I/ 131I-MIBG (CDTOF, Feocromocitoma, ...)
Secreção mucosa nasal
Massajar externamente após instilação de algumas gts de s.f.
Regularmente.
Eliminação gastro-intestinal
Promover trânsito intestinal normal  Dejecções diárias.
Prescrição de laxantes (Lactulose antes de cada refeição principal)
Eliminação Cutânea
Banhos – Ao deitar e ao levantar
Mudança de roupa do doente e da cama – diária.
IPOC-FG, E.P.E.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
DOENTE
Terapêutica com 153 Sm-EDTMP (Etileno-diamino-tetrametileno
Actividade administrada: 1GBq (37 MBq/ kg)
Administração: e.v.
Excreção urinária
fosfonato)
24 horas após a administração.
Estadia temporária na Unidade de Internamento: ≈ 6 horas
Hidratação - Ingestão ≥ 3 l de líquidos.
Dts incontinentes  Algaliar.
Até que ocorram pelo menos 2 micções após terapêutica.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
IPOC-FG, E.P.E.
Terapêutica com 153 Sm-EDTMP (Etileno-diamino-tetrametileno
Grávidas e Crianças:
fosfonato)
Permanecer à distância de 1 braço nas 48h seguintes.
Utilização das I.S., utensílios para alimentção e roupas:
1ºs dias – Normas similares à terapêutica com 131I.
CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO
IPOC-FG, E.P.E.
Terapêutica com 177 Lu-DOTA-TATE/ 90 Y-DOTA-TOC
Actividade administrada: 5 GBq (150 mCi)
Administração: e.v., durante 30’.
Protecção renal:
30’ antes da administração do rf  Lisina + arginina (25 gr + 25 gr) em
1000 ml soro, durante 4h.
(Aminosteril N-Hepa 8% + 30 ml sulfato de Mg a 10% + 500ml
Lactato de Ringer)
Ondastrom, domperidona
Vigilância na unidade de internamento: 5 dias.
Evitar contacto próximo  Grávidas e crianças jovens.
Distância: ≈ 1m
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CUIDADOS de RADIOPROTECÇÃO nas TERAPÊUTICAS de