O que é IA?
Viviane Ventura
O que é IA?
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O conceito de Inteligência Artificial é
bastante difícil de se definir, possuindo
muitas interpretações, por vezes,
conflitantes ou circulares.
A inteligência artificial (IA) é uma área de
pesquisa da Ciência da Computação
dedicada a buscar métodos ou dispositivos
computacionais que possuam ou simulem
a capacidade humana de resolver
problemas, pensar ou, de forma ampla, ser
inteligente.
Ela tenta reproduzir, em sistemas
artificiais, os pensamentos e as
características normalmente associadas à
inteligência humana.
O que é IA?
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Comporta quer aspectos de psicanálise
quer de psicossíntese. Possui uma
vertente de investigação fundamental
acompanhada de experimentação, e uma
vertente tecnológica, as quais, em
conjunto, estão a promover uma revolução
industrial: a da automatização de
faculdades mentais por via da sua
modelização em computador.
Abrange, portanto, desde de estudos
epistemológicos e filosóficos até a robótica
e sistemas adaptativos, passando por
modelos formais de raciocínio, redes
neurais artificiais, teoria do caos,
algoritmos genéticos e assim por diante.
O que é IA?
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O computador permite-nos explorar melhor
certas dimensões do pensamento, tanto
pela sua capacidade de retenção de
informação como pela sua velocidade.
Com o computador é possível ir mais longe
na capacidade de lidar com o complexo.
Ele é, na verdade, o primeiro instrumento
com quantidades significativas de memória
passiva manipulável de forma rápida,
racional e automática por memória ativa
(as instruções) com uma possibilidade de
complexificação ilimitada.
O que é ser inteligente?
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A questão sobre o que é IA pode ser
separada em duas partes: "qual a natureza
do artificial" e "o que é inteligência". A
primeira pergunta aponta para questão “o
que poderá o homem construir”.
A segunda pergunta levanta a questão da
consciência, identidade e mente (incluindo
a mente inconsciente). Os componentes
estão envolvidos no único tipo de
inteligência que universalmente se aceita
como estando ao alcance do nosso
estudo: a inteligência do ser humano. O
estudo de animais e de sistemas artificiais
que não são modelos triviais, começam a
ser considerados como matéria de estudo
na área da inteligência.
O que é ser inteligente?
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Indo à raiz da palavra, "inteligência" deve
entender-se no sentido amplo do grego
"entelekia", ou seja, a capacidade de
inteligir. Esta envolve a percepção, a
criação de modelos de realidade
percepcionada, e a capacidade de decidir
agir sobre essa realidade, confrontando as
expectativas com o resultado da ação para
depois a corrigir. "Entelekia" significa
literalmente a capacidade de poder agir em
acordo com ("en") um objectivo ("telos").
Ou seja, a IA pode ser definida como a
tentativa de se resolver problemas por
meio de técnicas que ensinam o
computador a aprender e a tomar decisões
com base em suas experiências.
IA e Ética
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Inteligência artificial fraca: Trata-se da noção de
como lidar com problemas não determinísticos.
Uma contribuição prática de Alan Turing foi o que
se chamou depois de Teste de Turing (TT), de
1950.
O teste consiste em se fazer perguntas a uma
pessoa e um computador escondidos. Um
computador e seus programas passam no TT se,
pelas respostas, for impossível a alguém distinguir
qual interlocutor é a máquina e qual é a pessoa.
A inteligência artificial fraca centra a sua
investigação na criação de inteligência artificial que
não é capaz de verdadeiramente raciocinar e
resolver problemas. Uma máquina com esta
característica de inteligência agiria como se fosse
inteligente, mas não tem autoconsciência ou noção
de si. O teste clássico para aferição da inteligência
em máquinas é o Teste de Turing.
IA e Ética
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Inteligência artificial forte: Aborda a criação da
forma de inteligência baseada em computador que
consiga raciocinar e resolver problemas; uma forma
de IA forte é classificada como auto-consciente.
Envolve temas como consciência e fortes
problemas éticos ligados ao que fazer com uma
entidade que seja cognitivamente indiferenciável de
seres humanos.
A Ficção Científica tratou de muitos problemas
desse tipo. Isaac Asimov, por exemplo, escreveu O
Homem Bicentenário, onde um rôbo consciente e
inteligente luta para possuir um status semelhante a
de um humano na sociedade. Por outro lado, o
mesmo Asimov reduz os robôs a servos dos seres
humanos ao propor as três leis da robótica.
IA e Ética
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O debate sobre a IA reflete, em última instância, a própria
dificuldade da ciência contemporânea em lidar
efetivamente com a ausência de um primado superior. Os
argumentos pró-IA forte são esclarecedores dessa
questão, pois são os próprios cientistas, que durante
décadas tentaram e falharam ao criar uma IA forte, que
ainda procuram a existência de uma ordem superior.
Ainda que a IA forte busque uma ordem dentro da própria
conjugação dos elementos internos, trata-se ainda da
suposição de que existe na inteligência humana uma
qualidade superior que deve ser buscada, emulada e
recriada. Reflete, assim, a difícil digestão do legado
radical da Teoria da Evolução, onde não existe
positividade alguma em ser humano e ser inteligente;
trata-se apenas de um complexo de relações que
propiciaram um estado particular, produto de um
cruzamento temporal entre o extrato biológico e uma
complexidade simbólica.
IA e Ética
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Serão as máquinas inteligentes instrumentos mais
perigosos que outros concebidos pelo Homem para
domínio do mundo natural e criação de um mundo
artificial? Qualquer artefato, do medicamento ao
computador, e qualquer conhecimento, da
engenharia da conservação dos alimentos à
sociologia ou à física nuclear, são igualmente
perigosos. O perigo, para passar à escala do social,
necessita de institucionalização. As instituições,
esses instrumentos sociais, elas sim podem
potenciar ou despotenciar e promover o perigo
inerente a todo o conhecimento e a todo o artefato.
A IA não é exceção.
Conclusão
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A utilização da IA permite obter não
somente ganhos significativos de
performance, mas também
possibilita o desenvolvimento de
aplicações inovadoras, capazes de
expandir de forma extraordinária
nossos sentidos e habilidades
intelectuais. Cada vez mais
presente, a inteligência artificial
simula o pensamento humano e se
alastra por nosso cotidiano.
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