PSICOPEDAGOGIA NA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Profa.Ms.Paloma Alinne A.Rodrigues
[email protected]
Site:https://sites.google.com/site/palomaalinne/
O QUE DISCUTIMOS NA ÚLTIMA AULA?
RELEMBRANDO...

Introdução:
História
da
educação
inclusiva
no
sistema
educacional mundial e brasileiro;

Definição

Educação Especial x Educação Inclusiva;

Terminologias:

Entre elas destacamos o conceito correto de Pessoa com
Deficiência e não Portador de Deficiência;

Leis relacionadas a Educação Especial:
PRINCIPAIS MARCOS LEGAIS NO BRASIL

Legislação que regulamenta a Educação Especial no Brasil

Constituição Federal de 1988 - Educação Especial

Lei nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN

Lei nº 9394/96 – LDBN - Educação Especial

Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente - Educação Especial

Lei nº 8069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente

Lei nº 8859/94 - Estágio

Lei nº 10.098/94 - Acessibilidade

Lei nº 10.436/02 - Libras

Lei nº 7.853/89 - CORDE - Apoio às pessoas portadoras de deficiência

Lei n.º 8.899, de 29 de junho de 1994 - Passe Livre

Lei nº 9424 de 24 de dezembro de 1996 - FUNDEF

Lei nº 10.845, de 5 de março de 2004 - Programa de Complementação ao

Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência

Lei nº 10.216 de 4 de junho de 2001 - Direitos e proteção às pessoas acometidas

de transtorno mental

Plano Nacional de Educação - Educação Especial
SEGUNDO O NOSSO CRONOGRAMA

Deficiência Adquirida x Deficiência Congênita

Deficiência Física
Deficiência Intelectual
Deficiência Visual
Deficiência Auditiva









Síndrome de Down
Autismo
Superdotação
Transtorno de Déficit de Atenção (TDAH)
Discalculia
Dislexia
DEFICIÊNCIA
ADQUIRIDA X
DEFICIÊNCIA
CONGÊNITA
ADQUIRIDA X CONGÊNITA

Adquirir: v.t. Obter, alcançar, conseguir: adquirir as boas graças de
alguém; Comprar, tornar-se proprietário de: adquirir um terreno.

Deficiência Adquirida:
Por meio de acidente;AVC;entre outros

Congênito: adj. Que nasce com o indivíduo, natural. Presente desde a
nascença, mas não necessariamente hereditário.

Deficiência Congênita:
A deficiência nasce com o individuo;
DEFICIÊNCIA FÍSICA
DEFICIÊNCIA FÍSICA

É a disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros:
superiores, inferiores ou ambos e conforme o grau do comprometimento ou
tipo de acometimento fala-se em paralisia ou paresia.

O termo paralisia se refere à perda da capacidade de contração muscular
voluntária, por interrupção funcional ou orgânica em um ponto qualquer da
via motora, que pode ir do córtex cerebral até o próprio músculo; fala-se em
paralisia quando todo movimento nestas proporções são impossíveis.

O termo paresia refere-se quando o movimento está apenas limitado ou
fraco.

O termo paresia vem do grego PARESIS e significa relaxação, debilidade.

Nos casos de paresias, a motilidade se apresenta apenas num padrão abaixo
do normal, no que se refere à força muscular, precisão do movimento,
amplitude do movimento e a resistência muscular localizada, ou seja, referese a um comprometimento parcial, a uma semiparalisia.

DEFICIÊNCIA FÍSICA

Tipos de Deficiência Física:

a lesão cerebral (paralisia, hemiplegias);

a lesão medular (tetraplegias, paraplegias);

as miopatias (distrofias musculares);

as patologias degenerativas do sistema nervoso central (esclerose
múltipla, esclerose lateral amiotrófica);

as lesões nervosas periféricas;

as amputações;

as sequelas de politraumatismos;

as malformações congênitas;

os distúrbios posturais da coluna; as sequelas de patologias da coluna;

os distúrbios dolorosos da coluna vertebral e das articulações dos
membros;

as artropatias;

os reumatismos inflamatórios da coluna e das articulações;

as lesões por esforços repetitivos (L.E.R.).
DEFICIÊNCIA FÍSICA

Causas

Em relação à paralisia cerebral, as causas mais citadas para a deficiência
são:

a) causas pré-natais – ocorrem devido a infecções ou a doenças
contraídas pela mãe durante a gestação, como, por exemplo, meningite,
rubéola, herpes, diabetes. A falta de oxigênio na corrente sanguínea
também pode causar lesão cerebral. Outro fator causador pode ser a falta
de compatibilidade sanguínea (fator Rh) entre o sangue do feto e o da
mãe.Pode ocorrer paralisia cerebral ainda devido à deformação
congênita;

b) causas natais – decorrem de um parto difícil, devido a bebês grandes e
mães pequenas. A cabeça do bebê pode deformar-se rompendo os vasos
sanguíneos e danificar o cérebro. Segundo Wernek (1994), bebês que
nascem prematuramente (antes dos nove meses e com menos de 2 kg)
têm maior probabilidade de apresentar paralisia cerebral. A falta de
oxigênio no bebê por mais de alguns minutos durante o parto pode
causar paralisia cerebral;
DEFICIÊNCIA FÍSICA

c) causas pós-natais – dizem respeito a tudo o que pode ocorrer
com o indivíduo após o seu nascimento. Portanto uma criança que
acabou de nascer ou um idoso de oitenta anos estão igualmente
sujeitos ao risco de uma lesão cerebral. As hemiplegias resultam de
acidente vascular cerebral, aneurisma cerebral, tumor cerebral.

A lesão medular pode decorrer de ferimento por arma de fogo ou
branca, de acidentes de trânsito, de mergulho em águas rasas, de
traumatismos diretos, como quedas, processos infecciosos,
processos degenerativos. As amputações são normalmente
ocasionadas por causas vasculares, traumas, malformações
congênitas, causas metabólicas. No caso das más formações
congênitas, temos como possíveis causas: exposição à radiação e
uso de drogas.
DEFICIÊNCIA FÍSICA

As artropatias podem acontecer por processos inflamatórios ou
degenerativos,
alterações
biomecânicas,
hemofilia,
distúrbios
metabólicos.

As deficiências físicas podem ser classificadas em:

Quadriplégica/Triplegia:quando a paralisia atinge todos os membros;

Hemiplegia:quando são afetados os membros do mesmo lado.

Monoplegia:condição rara em que apenas um membro é afetado.

Paraplegia: a paralisia afeta apenas os membros inferiores;

Diplegia:quando dois membro são afetados.

Além disso, a paralisia cerebral pode ser classificada quanto à qualidade
de tônus em: atetóide, atáxica, espástica e hipotônica.

Tanto a classificação do tipo de deficiência física quanto da qualidade do
tônus do aluno permitem a adequação das atividades pedagógicas em
sala de aula.
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Segundo o censo divulgado pelo IBGE em 2000, no Brasil existe 24
milhões de pessoas com alguma Deficiência Física, isso corresponde a
14,5% da população.
Sugestão de reportagem: http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/deficientes-fisicos-vidasegue-4-rodas
DEFICIÊNCIA
INTELECTUAL
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

O conceito de deficiência intelectual preconizado pela AAIDD (American Association
on Intellectual and Developmental Disabilities), e descrito por Luckasson e cols.
(2006), como "limitações significativas, tanto no funcionamento intelectual quanto no
comportamento adaptativo, como também nas habilidades adaptativas conceituais,
sociais e práticas. Esta deficiência origina-se antes dos 18 anos" (p. 209).

Conceito:
Deficiência Intelectual é a designação que caracteriza os problemas que ocorrem
no cérebro e levam a um baixo rendimento, mas que não afetam outras regiões ou
áreas cerebrais.

Diagnóstico:
Deve-se considerar o contexto social e as características das pessoas da mesma
faixa etária e da mesma cultura do avaliado, as diferenças culturais e linguísticas,
bem como a comunicação, os fatores sensoriais, motores e comportamentais.
(LUCKASSON E COLS,2006)
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Avaliação:
É importante ter em mente a coexistência das limitações e das
potencialidades do avaliado. Assim, segundo Luckasson e cols., a
descrição das limitações ajudará a desenvolver um perfil para os
apoios necessários. Os autores acrescentam que neste período é
fundamental propiciar a esses alunos apoios personalizados,
apropriados e desenvolvidos, para melhorar o funcionamento
cotidiano dessas pessoas.

Segundo a psicopedagoga especialista em Inclusão, Daniela Alonso,
as limitações impostas pela deficiência dependem muito do
desenvolvimento do indivíduo nas relações sociais e de seus
aprendizados, variando bastante de uma criança para outra
(ALONSO,2011).
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Desse modo, são consideradas DI “todas as pessoas que tenham um QI abaixo de
70 e cujos sintomas tenham aparecido antes dos dezoito anos considera-se que têm
deficiência mental.” - Paula Romana.

Embora existam diferentes correntes para determinar o grau de deficiência
intelectual, são as técnicas psicométricas que mais se impõem, utilizando o QI para a
classificação desse grau. O conceito de QI foi introduzido por Stern e é o resultado da
multiplicação por cem do quociente obtido pela divisão da IM (idade mental) pela IC
(idade cronológica).

Segundo a OMS, a deficiência divide-se:

Profunda:

Grandes problemas sensorio-motores e de comunicação,bem como de comunicação
com o meio;

São dependentes dos outros em quase todas as funções e atividades, pois os seus
handicaps físicos e intelectuais são gravíssimos;

Excepcionalmente terão autonomia para se deslocar e responder a treinos simples de
auto-ajuda.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Grave/severa:

Necessitam de proteção e ajuda, pois o seu nível de autonomia é muito pobre;

Apresentam muitos problemas psicomotores;

A sua linguagem verbal é muito deficitária – comunicação primária;

Podem ser treinados em algumas atividades de vida diária básicas e em
aprendizagens pré-tecnológicas simples;

Moderado/média:

São capazes de adquirir hábitos de autonomia pessoal e social;

Podem aprender a comunicar pela linguagem oral, mas apresentam dificuldades
na expressão e compreensão oral;

Apresentam um desenvolvimento motor aceitável e têm possibilidade para adquirir
alguns conhecimentos pré-tecnológicos básicos que lhes permitam realizar algum
trabalho;

Dificilmente chegam a dominar as técnicas de leitura, escrita e cálculo;
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Leve/ligeira:

São educáveis;

Podem chegar a realizar tarefas mais complexas;

A sua aprendizagem é mais lenta, mas podem permanecer em classes
comuns embora precisem de um acompanhamento especial;

Podem desenvolver aprendizagens sociais e de comunicação e têm
capacidade para se adaptar e integrar no mundo laboral;

Apresentam atraso mínimo nas áreas perceptivas e motoras;

Geralmente não apresentam problemas de adaptação ao ambiente
familiar e social.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Causas e fatores de risco:

Fatores Genéticos

Existem dois tipos de causas genéticas:

Geneopatias – alterações genéticas que produzem metabolopatias ou alterações de
metabolismo;

Cromossomopatias – que são síndromes devidos a anomalias ou alterações nos
cromossomas.
Fatores pré-natais

Desnutrição materna;

Má assistência à gestante;

Doenças infecciosas;

Intoxicações;

Perturbações psíquicas;

Infecções;

Fetopatias; (atuam a partir do 3º mês de gestação)

Embriopatias (atuam durante os 3 primeiros meses de gestação)

Genéticos.
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Fatores Perinatais e neonatais

Metabolopatias;

Infecções;

Incompatibilidade RH entre mãe e recém nascido;

Má assistência e traumas de parto;

Hipóxia ou anóxia;

Prematuridade e baixo peso;

Icterícia grave do recém nascido (incompatibilidade RH/ABO).

Fatores Pós-Natais

Desnutrição, desidratação grave, carência de estimulação global:

Infecções;

convulsões;


Anoxia (paragem cardíaca, asfixia…)
Intoxicações exógenas (envenenamento);

Acidentes;

Infestações.
DEFICIÊNCIA
AUDITIVA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

A deficiência auditiva, é conhecida como surdez, e consiste na
perda parcial ou total da capacidade de ouvir, isto é, um indivíduo
que apresente um problema auditivo.

Para tanto, é considerado surdo todo o individuo cuja audição não
é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialmente surdo todo
aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional
com ou sem prótese auditiva.

A deficiência auditiva é uma das deficiências contempladas e
integradas nas necessidades educativas especiais (NEE);
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Portanto, a deficiência auditiva é a perda parcial ou total das
possibilidades auditivas sonoras, com as seguintes variações de graus e
níveis:

de 41 a 55 decibéis (dB) – surdez leve;

de 56 a 70 dB – surdez moderada;

de 71 a 90 dB – surdez severa;

acima de 91 dB – surdez profunda.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, existe a deficiência
auditiva leve, moderada e severa, com comprometimento do ouvido
médio, em casos de infecção, e a deficiência auditiva profunda, com
comprometimento do ouvido interno, em virtude de problemas ocorridos
com a mãe, durante a gestação (doenças, uso de medicamentos
inadequados), ou com o filho, após o nascimento.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Indivíduos com níveis de perda auditiva leve, moderada e severa são chamados de
deficientes auditivos, enquanto os indivíduos com níveis de perda auditiva profunda
são chamados de surdos.

SURDEZ x DEFICIÊNCIA AUDITIVA (DA)

A surdez, é de origem congênita, ou seja, a criança nasce surda, isto é, não se tem a
capacidade de ouvir nenhum som. Por consequência, surge uma série de dificuldades
na aquisição da linguagem, bem como no desenvolvimento da comunicação.

A deficiência auditiva é um déficit adquirido, ou seja, é quando se nasce com uma
audição perfeita e que, devido a lesões ou doenças, a perde. Nestas situações, na
maior parte dos casos, a pessoa já aprendeu a se comunicar oralmente.

Porém, ao adquirir esta deficiência, vai ter de aprender a comunicar de outra forma.
Em certos casos, pode-se recorrer ao uso de aparelhos auditivos ou a intervenções
cirúrgicas (dependendo do grau da deficiência auditiva) a fim de minimizar ou corrigir
o problema.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Tipos de deficiência auditiva

Deficiência Auditiva Condutiva:
A perda de audição condutiva afecta, na maior parte das vezes, todas as
frequências do som. Contudo, por outro lado, não se verifica uma perda de audição
severa. Este tipo de perda de capacidade auditiva pode ser causada por doenças
ou obstruções existentes no ouvido externo ou no ouvido interno. A surdez
condutiva pode ter origem numa lesão da caixa do tímpano ou do ouvido médio.

Sensório-Neural
A perda de audição neurossensorial resulta de danos provocados pelas células
sensoriais auditivas ou no nervo auditivo. Este tipo de perda pode dever-se a um
problema hereditário num cromossoma, assim como, pode ser causado por lesões
provocadas durante o nascimento ou por lesões provocadas no feto em
desenvolvimento, tal como acontece quando uma grávida contrai rubéola.
.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Deficiência Auditiva Mista

Na deficiência auditiva mista verifica-se, conjuntamente, uma lesão do
aparelho de transmissão e de recepção, ou seja, quer a transmissão
mecânica das vibrações sonoras, quer a sua transformação em percepção
estão
afectadas/perturbadas.
Esta deficiência ocorre quando há alteração na condução do som até ao
órgão terminal sensorial ou do nervo auditivo. A surdez mista ocorre
quando há ambas as perdas auditivas: condutivas e neurossensoriais.

Deficiência Auditiva Central / Disfunção Auditiva Central / Surdez Central
A deficiência auditiva Central, Disfunção Auditiva Central ou Surdez
Central não é, necessariamente, acompanhada de uma diminuição da
sensibilidade auditiva. Contudo manifesta-se por diferentes graus de
dificuldade na percepção e compreensão das quaisquer informações
sonoras. Este tipo de deficiência é determinado por uma alteração nas
vias centrais da audição. Tal, decorre de alterações nos mecanismos de
processamento da informação sonora no tronco cerebral, ou seja, no
Sistema Nervoso Central.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Como Evitar:

Embora nenhuma deficiência seja transmitida, por não ser uma doença,
alguns cuidados ajudam a prevenir a deficiência auditiva. A mulher, por
exemplo, deve sempre tomar a vacina contra a rubéola, de preferência
antes da adolescência, para que, durante a gravidez, esteja protegida
contra a doença. Se a gestante tiver contato com rubéola nos primeiros três
meses de gravidez, o bebê pode nascer surdo.

Observações para os professores:

Alguns sinais de deficiência auditiva podem ser observados por
professores, pais ou pessoas do convívio diário: defeito de linguagem
expressão oral pobre ditados com muitos erros irritabilidade; falta de
interesse; dificuldade para a leitura e a escrita. A constatação desses sinais
implica no encaminhamento da criança, do adolescente ou do adulto para
uma avaliação clínica e fisiológica da audição, por meio de exames
audiológicos e complementares.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
DEFICIÊNCIA
VISUAL
DEFICIÊNCIA VISUAL




Deficiência visual é a perda ou redução da capacidade visual em
ambos os olhos, com carácter definitivo, não sendo susceptível de ser
melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou
cirúrgico.
Ela é representada por uma acuidade visual, ou seja, o grau de
aptidão do olho, para discriminar os detalhes espaciais, e a
capacidade de perceber a forma e o contorno dos objetos.
Essa capacidade discriminatória é atributos dos cones (células
fotossensíveis da retina), que são responsáveis pela visão de forma e a
visão de cores.
A pessoa tem deficiência visual quando acuidade visual dela for igual
ou menor a 20/200 no melhor olho, após a melhor correção, ou por um
campo visual inferior a 20º (tabela de Snellen), ou por uma ocorrência
simultânea de ambas as situações.
TABELA DE
SNELLEN
DEFICIÊNCIA VISUAL

Causas da Deficiência Visual

Congênitas: amaurose congênita de Leber,
oculares, glaucoma congênito, catarata congênita.

Adquiridas: traumas oculares, catarata, degeneração senil de
mácula, glaucoma, alterações relacionadas à hipertensão arterial
ou diabetes.

Classificação:

Cegueira: perda total da visão em ambos os olhos ou resíduos
mínimos de visão que levam o indivíduo à necessidade do sistema
Braille, como meio de leitura e escrita, e do Sorobã, para o
raciocínio lógico matemático.
malformações
DEFICIÊNCIA VISUAL

Baixa-visão: perda parcial da visão com correção óptica máxima
que permita ao educando ler impressos à tinta, desde que não se
empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais.
Variáveis que podem interferir no desenvolvimento educacional
do deficiente visual:

idade da manifestação
tempo transcorrido
tipo de manifestação (súbita ou gradativa);
causa do distúrbio: pode indicar se o estado geral do indivíduo
está comprometido ou não.



DEFICIÊNCIA VISUAL

Consequências da Baixa Visão

Percepção Turva
Os contrastes são poucos perceptíveis;
As distâncias são mal apreciadas;
Existe uma má percepção do relevo;
As cores são atenuadas.

Escotoma Central e Visão Periférica
Funciona apenas a retina periférica, que não é tão discriminativa, pelo que pode ser
necessária a ampliação da letra para efeitos de leitura;
É em geral impeditiva das atividades realizadas com proximidade dos restantes
elementos ,bem como da leitura;
Apresenta acuidade visual baixa (cerca de 1/10).

Visão Tubular
A retina central funciona, podendo a acuidade visual ser normal;
A visão noturna é reduzida, pois depende funcionalmente da retina periférica;
Podendo não limitar a leitura, é muito limitativa das atividades de autonomia.
DEFICIÊNCIA VISUAL

Como identificar?

Desvio de um dos olhos;

Não seguimento visual de objeto;

Não reconhecimento visual de pessoas ou objetos;

Baixo aproveitamento escolar;

Atraso de desenvolvimento.

Sinais de alerta

Olhos vermelhos, inflamados ou lacrimejantes;

Pálpebras inchadas ou com pus nas pestanas;

Esfregar os olhos com frequência;

Fechar ou tapar um dos olhos, sacode a cabeça ou estende-a para a frente;

Segura os objetos muito perto dos olhos;

Inclina a cabeça para a frente ou para trás, pisca ou semicerra os olhos para
ver os objetos que estão longe ou perto;

Quando deixa cair objetos pequenos, precisa de tactear para os encontrar;

Cansa-se facilmente ou distrai-se ao aplicar a vista muito tempo.
DEFICIÊNCIA VISUAL

Além disso, para Kirk (1996), o histórico familiar de deficiência visual por
doenças de caráter hereditário, por exemplo, o glaucoma, é um dos
fatores de risco para a deficiência visual, assim como também o histórico
pessoal de diabete, hipertensão arterial, senilidade, catarata,
degeneração senil de mácula e outras doenças sistêmicas que podem
levar ao comprometimento visual.

Também podem ser considerado fatores de risco a não realização de
cuidados pré-natais, a não utilização de óculos de proteção durante a
realização de determinadas tarefas (por exemplo, durante o uso de solda
elétrica), a não imunização contra rubéola da população feminina em
idade reprodutiva. Todos nós estamos sujeitos a esses riscos, por isso
devemos nos conscientizar e, na medida do possível, precaver-nos.
DEFICIÊNCIA VISUAL
Galileu Galilei
Atriz Danieli Haloten
Camões
SÍNDROME DE DOWN
PARA INICIAR..E ANIMAR..
SÍNDROME DE DOWN
Definição de Síndrome:
Para a medicina a síndrome é um conjunto determinado de sintomas que não
caracterizam só uma doença, mas podem traduzir uma modalidade
patogênica. E esse conjunto de características qprejudicam de algum modo
o desenvolvimento do indivíduo.

O nome Síndrome de Down surgiu a partir da descrição de John Langdon
Down, médico inglês que descreveu em 1866, pela primeira vez, as
características de uma criança com esta síndrome.

Langdon Down apresentou cuidadosa descrição clínica da síndrome,
entretanto erroneamente estabeleceu associações com caracteres étnicos,
seguindo a tendência da época. Chamou a condição inadequadamente de
idiotia mongolóide (MOREIRA et.al.,2000).
SÍNDROME DE DOWN
No seu trabalho ele relata:
“A grande família Mongólica apresenta numerosos representantes e
pretendo neste artigo chamar atenção para o grande número de
idiotas congênitos que são Mongóis típicos. O seu aspecto é tão
marcante que é difícil acreditar que são filhos dos mesmos pais... O
cabelo não é preto, como em um Mongol típico, mas de cor
castanha, liso e escasso. A face é achatada e larga. Os olhos
posicionados em linha oblíqua, com cantos internos afastados. A
fenda pálpebra é muito curta. Os lábios são grossos, com fissuras
transversais. A língua é grande e larga. O nariz, pequeno. A pele,
ligeiramente amarelada e com elasticidade deficiente. É difícil
acreditar que se trate de um europeu, mas pela frequência com que
estas características são observadas, não há dúvida de que estes
aspectos étnicos resultam de degeneração. O tipo de idiotia
Mongólica ocorre em mais de 10% dos casos que tenho observado.
São sempre idiotas congênitos e nunca resultam de acidentes após
a vida uterina. Eles são, na maioria, exemplos de degeneração
originada de tuberculose nos pais”.
SÍNDROME DE DOWN

A Síndrome de Down também pode ser chamada de trissomia do 21. Este
nome passou a ser utilizado depois que Jerome Lejèune, um médico
francês, identificou um pequeno cromossomo extra nas células destas
pessoas.

Sendo que, cada uma das células possui 46 cromossomos, que são iguais,
dois a dois,quer dizer, existem 23 pares ou duplas de cromossomos dentro
de cada célula.

Desse modo, a causa da síndrome de Down é a alteração dos cromossomos
de número 21.A pessoa que possui a síndrome de Down tem um
cromossomo de n. 21 a mais, ou seja, tem três ao invés de dois
cromossomos de n. 21 em todas as suas células.

Esse acidente genético chama-se também de trissomia 21. Por ser uma
anomalia das próprias células, a síndrome de Down não tem cura
SÍNDROME DE DOWN

Além do atraso no desenvolvimento, outros problemas de saúde
podem ocorrer a pessoa com síndrome de Down:

cardiopatia congênita (40%);
hipotonia (100%);
problemas de audição (50 a 70%);
de visão (15 a 50%);
alterações na coluna cervical (1 a 10%);
distúrbios da tireóide (15%);
problemas neurológicos (5 a 10%);
obesidade e envelhecimento precoce.








Em termos de desenvolvimento, a síndrome de Down, embora
seja de natureza subletal, pode ser considerada geneticamente
letal quando se considera que 70–80% dos casos são eliminados
prematuramente
Moreira et.al.,2000
SÍNDROME DE DOWN

Koremberg et al (1994) consideram que a defasagem mental é uma
característica patognomônica na síndrome de Down, concordando com
Benda (1960) quando argumenta que essa denominação define uma forma
específica de deficiência intelectual associada a certas características
físicas.

Por outro lado há registros na literatura e a experiência dos autores
mostram, casos de pessoas com Síndrome de Down com desenvolvimento
intelectual limítrofe ou mesmo normal.

Deve ser também ressaltado que as habilidades intelectuais do Down têm
sido historicamente subestimadas. Estudos contemporâneos mostram que a
maioria dos Down tem um desempenho na faixa de retardo mental entre
leve e moderado.

A melhor capacidade cognitiva tem sido atribuída ao mosaicismo
cromossômico, além de outros fatores como o conjunto genético do
indivíduo e a influência de fatores epigenéticos e ambientais.
SÍNDROME DE DOWN

Devido a baixa resistência imunológica, as crianças com Síndrome de
Down, principalmente nos primeiros anos de vida, são mais susceptíveis
a infecções, principalmente no sistema respiratório e digestivo. Esta
propensão vai diminuindo com o crescimento.

As pessoas com Síndrome de Down devem praticar atividade física para
seu bem estar físico e emocional. A prática de atividade física deve ser
realizada aonde for mais conveniente para a pessoa (academia, parques,
praças...). Lembrando que para todas as pessoas a avaliação física é
importante antes do início de qualquer atividade

A Síndrome de Down não apresenta nenhuma barreira para acessar o
código da linguagem, portanto todas as crianças, se não apresentarem
outro comprometimento, podem falar.
SÍNDROME DE DOWN
AUTISMO E SÍNDROME
DE ASPERGER
AUTISMO

O autismo e a síndrome de Asperger são os mais conhecidos entre os
transtornos invasivos do desenvolvimento (TID), uma família de condições
marcada pelo início precoce de atrasos e desvios no desenvolvimento das
habilidades sociais, comunicativas e demais habilidades. (KLIN,2006)

O autismo, também conhecido como transtorno autistico, autismo da
infância, autismo infantil e autismo infantil precoce, é o TID mais
conhecido. Nessa condição, existe um marcado e permanente prejuízo na
interação social, alterações da comunicação e padrões limitados ou
estereotipados de comportamentos e interesses. As anormalidades no
funcionamento em cada uma dessas áreas devem estar presentes em
torno dos três anos de idade

Aproximadamente 60 a 70% dos indivíduos com autismo funcionam na
faixa do retardo mental, ainda que esse percentual esteja encolhendo em
estudos mais recentes. (KLIN,2006)
AUTISMO

Histórico:

Em 1943, Leo Kanner descreveu, pela primeira vez, 11 casos do que
denominou distúrbios autísticos do contato afetivo.Nesses 11 primeiros casos, havia
uma "incapacidade de relacionar-se" de formas usuais com as pessoas desde o
início da vida. (KLIN,2006)

Kanner também observou respostas incomuns ao ambiente, que incluíam
maneirismos motores estereotipados, resistência à mudança ou insistência na
monotonia, bem como aspectos não usuais das habilidades de comunicação da
criança, tais como a inversão dos pronomes e a tendência ao eco na linguagem
(ecolalia). (KLIN,2006)

Kanner foi cuidadoso ao fornecer um contexto de desenvolvimento para suas
observações. Ele enfatizou a predominância dos déficits de relacionamento social,
assim como dos comportamentos incomuns na definição da condição. (KLIN,2006)
AUTISMO

Um marco na classificação desse transtorno ocorreu em 1978, quando
Michael Rutter propôs uma definição do autismo com base em quatro
critérios:
1) atraso e desvio sociais não só como função de retardo mental;
2) problemas de comunicação, novamente, não só em função de retardo
mental associado;
3) comportamentos incomuns, tais como movimentos estereotipados e
maneirismos; e
4) início antes dos 30 meses de idade.


Então em 1980, quando o autismo pela primeira vez foi reconhecido e
colocado em uma nova classe de transtornos, tornou-se conhecido como:
os transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs).
O termo TID foi escolhido para refletir o fato de que múltiplas áreas de
funcionamento são afetadas no autismo e nas condições a ele
relacionadas.
(KLIN,2006)
AUTISMO

Diagnóstico:

Um diagnóstico de transtorno autístico requer pelo menos seis
critérios comportamentais, um de cada um dos três agrupamentos
de distúrbios na interação social, comunicação e padrões restritos
de comportamento e interesses.

Há quatro critérios de definição no grupo "Prejuízo qualitativo nas
interações sociais", incluindo prejuízo marcado no uso de formas
não verbais de comunicação e interação social; não
desenvolvimento de relacionamentos com colegas; ausência de
comportamentos que indiquem compartilhamento de experiências e
de comunicação e falta de reciprocidade social ou emocional.
(KLIN,2006)
AUTISMO


Quatro critérios definidores de "Prejuízo qualitativo na comunicação"
incluem atrasos no desenvolvimento da linguagem verbal, não
acompanhados por uma tentativa de compensação por meio de modos
alternativos de comunicação, tais como gesticulação em indivíduos não
verbais; prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversação
com os demais (em indivíduos que falam); uso estereotipado e repetitivo
da linguagem; e falta de brincadeiras de faz de conta ou de imitação social
(em maior grau do que seria esperado para o nível cognitivo geral daquela
criança).
Quatro critérios no grupo "Padrões restritivos repetitivos e
estereotipados de comportamento, interesses e atividades" incluem
preocupações abrangentes, intensas e rígidas com padrões
estereotipados e restritos de interesse; adesão inflexível a rotinas ou
rituais não-funcionais específicos; maneirismos estereotipados e
repetitivos (tais como abanar a mão ou o dedo, balançar todo o corpo); e
preocupação persistente com partes de objetos (e.g., a textura de um
brinquedo, as rodas de um carro em miniatura).
(KLIN,2006)
AUTISMO

Há uma variação notável na expressão de sintomas no autismo. As
crianças com funcionamento mais baixo são caracteristicamente
mudas por completo ou em grande parte, isoladas da interação
social e com realização de poucas incursões sociais.

No próximo nível, as crianças podem aceitar a interação social
passivamente, mas não a procuram. Nesse nível, pode-se observar
alguma linguagem espontânea.

Entre as que possuem grau mais alto de funcionamento e são um
pouco mais velhas, seu estilo de vida social é diferente, no sentido
que elas podem interessar-se pela interação social, mas não podem
iniciá-la ou mantê-la de forma típica.
AUTISMO

As características comportamentais do autismo se alteram durante o
curso do desenvolvimento. Há um considerável potencial para
diagnósticos equivocados, especialmente nos extremos dos níveis de
funcionamento intelectual.

A avaliação da criança com autismo deve incluir um histórico detalhado,
avaliações de desenvolvimento, psicológicas e de comunicação
abrangentes e a gradação das habilidades adaptativas
1) Idade de início
O início do autismo é sempre antes dos três anos de idade. Os pais
normalmente começam a se preocupar entre os 12 e os 18 meses, na
medida em que a linguagem não se desenvolve.
2) Prejuízos qualitativos na interação social

Crianças com desenvolvimento normal possuem um marcado interesse
na interação social e no ambiente social a partir do nascimento.
AUTISMO
3) Prejuízo qualitativo na comunicação verbal e não-verbal e nas
brincadeiras

De 20 a 30% dos indivíduos com autismo nunca falam. Esse percentual
é consideravelmente menor do que era há cerca de 10 a 15 anos,
graças, em grande parte, à intervenção precoce e intensiva. Retardos na
aquisição da linguagem são as reclamações mais frequentes dos pais.
4) Repertório notavelmente restrito de atividades e interesses

Crianças com autismo frequentemente possuem dificuldade em tolerar
alterações e variações na rotina.

O autismo é um comprometimento permanente e a maioria dos
indivíduos afetados por esta condição permanece incapaz de viver de
forma independente, e requer o apoio familiar ou da comunidade ou a
institucionalização. No entanto, a maioria das crianças com autismo
apresenta melhora nos relacionamentos sociais, na comunicação e nas
habilidades de autocuidado quando crescem.
(KLIN,2006)
SÍNDROME DE ASPERGER

A síndrome de Asperger (SA) caracteriza-se por prejuízos na interação
social, bem como interesses e comportamentos limitados, como foi
visto no autismo, mas seu curso de desenvolvimento precoce está
marcado por uma falta de qualquer retardo clinicamente significativo na
linguagem falada ou na percepção da linguagem, no desenvolvimento
cognitivo, nas habilidades de autocuidado e na curiosidade sobre o
ambiente.

Interesses circunscritos intensos que ocupam totalmente o foco da
atenção e tendência a falar em monólogo, assim como incoordenação
motora, são típicos da condição, mas não são necessários para o
diagnóstico.

Histórico:

Em 1944, Hans Asperger, um pediatra austríaco com interesse em
educação especial, descreveu quatro crianças que tinham dificuldade
em se integrar socialmente em grupos.
(KLIN,2006)
SÍNDROME DE ASPERGER

Desconhecendo a descrição de Kanner do autismo infantil precoce
publicado só um ano antes, Asperger denominou a condição por ele
descrita como "psicopatia autística", indicando um transtorno estável
de personalidade marcado pelo isolamento social.

Apesar de ter as habilidades intelectuais preservadas, as crianças
apresentaram uma notável pobreza na comunicação não-verbal, que
envolvia tanto gestos como tom afetivo de voz, empatia pobre e uma
tendência a intelectualizar as emoções, uma inclinação a ter uma fala
prolixa, em monólogo e às vezes incoerente, uma linguagem tendendo
ao formalismo.

Ao contrário dos pacientes de Kanner, essas crianças não eram tão
retraídas ou alheias; elas também desenvolviam, às vezes
precocemente, uma linguagem altamente correta do ponto de vista
gramatical e não poderiam, de fato, ser diagnosticadas nos primeiros
anos de vida.
(KLIN,2006)
SÍNDROME DE ASPERGER

O trabalho de Asperger, publicado originalmente em alemão, tornou-se
amplamente conhecido no mundo anglófono somente em 1981, quando
Lorna Wing publicou uma série de casos apresentando sintomas
similares.

Sua codificação da síndrome, no entanto, descaracterizou um pouco as
diferenças entre as descrições de Kanner e Asperger, pois incluiu um
pequeno número de meninas e crianças com retardo mental leve, bem
como de algumas crianças que tinham apresentado alguns atrasos de
linguagem nos primeiros anos de vida.

As tentativas iniciais de comparar as duas condições foram difíceis
devido às grandes diferenças nos pacientes descritos – os pacientes de
Kanner eram mais jovens e tinham maior prejuízo cognitivo.
(KLIN,2006)
SÍNDROME DE ASPERGER


Dada a falta de definições diagnósticas até recentemente tem
havido uma proliferação de associações de apoio familiar,
organizadas em torno do conceito de SA, e há indicações de que
esse diagnóstico está sendo feito pelos clínicos de forma muito
mais frequente do que há somente alguns poucos anos.
Há também indicações de que a SA também esteja funcionando
atualmente como um diagnóstico residual dado a crianças com
nível de inteligência normal e com um grau de comprometimento
de habilidades sociais que não preenchem os critérios de autismo
SÍNDROME DE ASPERGER

Diagnóstico:

O diagnóstico de SA requer a demonstração de prejuízos qualitativos na
interação social e padrões de interesses restritos, critérios que são
idênticos aos do autismo.

Ao contrário do autismo, não há critérios para o grupo dos sintomas de
desenvolvimento da linguagem e de comunicação e os critérios de início
da doença diferem no sentido de que não deve haver retardo na
aquisição da linguagem e nas habilidades cognitivas e de autocuidado.
Aqueles sintomas resultam num prejuízo significativo no funcionamento
social e ocupacional.

Contrastando um pouco com a representação social no autismo, os
indivíduos com SA encontram-se socialmente isolados, mas não são
usualmente inibidos na presença dos demais. Normalmente, eles
abordam os demais, mas de uma forma inapropriada e excêntrica.
(KLIN,2006)
SÍNDROME DE ASPERGER

Os indivíduos com SA normalmente acumulam uma grande quantidade de
informações factuais sobre um tópico, de uma forma muito intensa. O
tópico em questão pode alterar-se de tempos em tempos, mas em geral
domina o conteúdo do intercâmbio social.

Esse comportamento é extravagante no sentido de que, na maior parte das
vezes, grandes quantidades de informações factuais são aprendidas sobre
tópicos muito circunscritos (e.g., cobras, nomes de estrelas, guias de
programação da TV, panelas de fritura comerciais, informações sobre o
tempo, informações pessoais sobre membros do Congresso), sem uma
genuína compreensão dos fenômenos mais amplos envolvidos.

Indivíduos com SA podem ter um histórico de aquisição atrasada das
habilidades motoras, tais como andar de bicicleta, agarrar uma bola, abrir
garrafas e subir em brinquedos de parquinho ao ar livre. Com freqüência,
são visivelmente desajeitados e têm uma coordenação pobre
(KLIN,2006)
AUTISMO E SÍNDROME DE ASPERGER

As síndromes autísticas e a de Asperger são síndromes
originadas de alterações precoces e fundamentais no
processo de socialização, levando a uma cascata de
impactos no desenvolvimento da atividade e adaptação, da
comunicação
e
imaginação
sociais,
entre
outros
comprometimentos. Muitas áreas do funcionamento cognitivo
estão frequentemente preservadas e, às vezes, os indivíduos
com essas condições exibem habilidades surpreendentes e
até prodigiosas. (KLIN,2006)
AUTISMO E SÍNDROME DE ASPERGER
ALTAS HABILIDADES/
SUPERDOTAÇÃO
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Superdotação: Superdotado é o indivíduo que demonstra desempenho
superior ao de seus pares em uma ou mais das seguintes áreas:
habilidade acadêmica, motora ou artística, criatividade, liderança.

Altas habilidades: Habilidades acima da média em um ou mais
domínios: intelectual, das relações afetivas e sociais, das produções
criativas, esportivas psicomotoras. (Ourofino e Guimarães, 2007)

Conceito de alunos com altas habilidades/superdotação utilizado pela
Secretaria Estadual de Educação, de acordo com a Política Nacional de
Educação Especial/1994: Alunos superdotados caracterizam-se pelo
alto desempenho e/ou elevada potencialidade em qualquer dos
seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual
geral, aptidão acadêmica específica, pensamento criativo e/ou produtivo,
capacidade de liderança, talento especial para as artes, capacidade
psicomotora. (CAPE, 2007)
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Para Ourofino e Guimarães (2007), as altas habilidades podem ser
definidas, exatamente, por essa assíncrona: a pessoa com altas
habilidades tem um desenvolvimento desigual nos diferentes
aspectos que a constituem. Isso vem apenas confirmar o que foi dito
acima, que o estabelecimento dessas definições implica relatividade,
mais que dados precisos e absolutos

Alencar e Fleith (2001) discorrem sobre a variedade usada
internacionalmente como: ‘habilidades especiais’ e ‘alunos mais
capazes’ (Austrália), ‘supernormal’ (China), ‘crianças excepcionais
(Indonésia),
‘mais
capazes
ou
altamente
capazes’
(Inglaterra),‘sobredotados’ (Portugal), ‘dotado’ traduzido do gifted
(EUA). As referidas autoras chamam a atenção para a confusão de
muitos especialistas entre os termos superdotado e talentoso. As
referidas autoras chamam a atenção para a confusão de muitos
especialistas entre os termossuperdotado e talentoso.
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

O superdotado é uma criança como qualquer outra, mas há algo
que o distingue: o talento. Todo talento deve ser estimulado,
regado como se fosse uma planta. Entretanto, existe uma teoria
antiquada, segundo a qual a criança superdotada encontra um
caminho para desenvolver seus
potenciais sob quaisquer
circunstâncias. (LANDAU, 2002, p. 27)

Gagné (2010, p. 1) aponta dois termos distintos – dotação e
talento,assim definidos: Dotação designa posse e uso de
capacidades naturais notáveis chamadas aptidões, em pelo
menos um domínio de capacidade, a um grau que coloca o
indivíduo pelo menos entre 10% mais altos no grupo de pares
etários. Talento designa desempenho notável de habilidades
sistematicamente desenvolvidas, em pelo menos um campo de
atividade humana, a um grau que coloca o indivíduo entre pelo
menos os 10% mais altos.
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

O termo superdotado ficou estagnado por quase vinte anos (DELOU,2007).
Em 1994, surge, com a publicação das Políticas Nacionais de Educação
Especial (BRASIL, 1994) o termo ‘altas habilidades’, que vem da
terminologia usada na Europa pelo Conselho Europeu ‘High Abilitity’ que,
em português,significa capacidade alta, elevada, que se traduziu por ‘altas
habilidades’(GUENTHER, 2000).

Sobre a inclusão dos alunos no contexto educacional, Gama (2006, p. 11)
assinala:Há duas razões importantes para se ampliar o atendimento a
crianças com superdotação no Brasil: a primeira é que o oferecimento de
oportunidades educacionais diferentes a alunos com potenciais diversos é
uma determinação legal; e a segunda, sobretudo no caso de superdotados
com potencial superior, é que isto deveria ser uma questão nacional
prioritária, uma vez que poderá garantir a formação de adultos capazes de
resolver os inúmeros problemas que assolam o país e o mundo hoje.
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Recursos para identificar as pessoas com AH/SD:

observação direta do comportamento;
avaliação do desempenho;
escalas de características;
questionários;
entrevistas, ou conversas (profundas, prolongadas) com a própria
pessoa, com a família, com os professores;
testes, desde que usados mais como metáforas da vida real do
que em busca de resultados numéricos absolutos.





ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Quais são as características de uma pessoa com AH/SD?

Existem várias listas de características, que se arranjam de diferentes
maneiras, o que mostra a complexidade do fenômeno.

As listas falam de características intelectuais e características afetivas e
sociais, criatividade, motivação, liderança. Ourofino e Guimarães (2007)
oferecem uma boa amostra delas.

Nos Parâmetros Curriculares Nacionais são apontadas as seguintes
características:

Alto grau de curiosidade;

Boa memória;

Atenção concentrada;

Persistência;
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Independência e autonomia;

Interesse por áreas e tópicos diversos;

Facilidade de aprendizagem;

Criatividade e imaginação;

Iniciativa;

Liderança;

Vocabulário avançado para a idade cronológica;

Riqueza de expressão verbal (elaboração e fluência de ideias);

Habilidade para considerar pontos de vista de outras pessoas;

Facilidade para interagir com crianças mais velhas ou adultos;

Habilidades para lidar com ideias abstratas;

Habilidade para perceber discrepâncias entre ideias e pontos de
vista;

Interesse por livros e outras fontes de conhecimento;

Alto nível de energia;

Preferência por situações/objetos novos;

Originalidade para resolver problemas.
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Assim, quanto à habilidade intelectual, podemos identificar:

Habilidade para lidar com abstrações;

Facilidade para lembrar informações;

Vocabulário avançado para a idade ou série;

Facilidade para perceber relações de causa e efeito;

Habilidade para fazer observações perspicazes e sutis;

Grande bagagem sobre um tópico específico;

Habilidade em entender princípios não diretamente observados;

Grande bagagem de informações sobre uma variedade de tópicos;

Habilidade para transferir aprendizagens de uma situação para outra;

Habilidade de fazer generalizações sobre eventos, pessoas e coisas
ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Quanto à motivação:

Persistência quando se busca atingir um objetivo ou realizar tarefas;
Interesse constante por certos tópicos ou problemas;
Comportamento que requer pouca orientação dos professores;
Envolvimento intenso quando trabalha certos temas ou problemas;
Obstinação em procurar informações sobre tópicos do seu
interesse;
Compromisso com projetos de longa duração;
Preferência por situações nas quais possa te responsabilidade
pessoal sobre o produto de seus esforços;
Pouca necessidade de motivação externa para finalizar trabalho que
inicialmente se mostrou estimulante.







ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO

Com relação à liderança:

Tendência a ser respeitado pelos colegas;
Autoconfiança quando interage com colegas de sua idade;
Comportamento cooperativo ao trabalhar com outros;
Habilidade em articular ideias e de se comunicar bem com os
outros;
Habilidade de organizar e trazer estrutura a coisas, pessoas e
situações;
Tendência a dirigir as atividades quando está envolvido com
outras pessoas;
Responsabilidade






TRANSTORNO DE
DÉFICIT DE
ATENÇÃO (TDAH)
TDAH

É
uma
síndrome
(conjunto
de
sintomas)
caracterizada
por distração, agitação /hiperatividade, impulsividade, esquecimento, desorga
nização, adiamento crônico, entre outras.

Pessoas com TDAH - Déficit de Atenção tem dificuldade em manter a
concentração, costumam ser agitadas e tem problemas para fazer as coisas
até o final. Encontrar este sintomas em crianças e adultos é comum. Porém,
quando se trata do transtorno, as queixas são mais frequentes e os sintomas
muito mais intensos.

As primeiras referências aos transtornos hipercinéticos na literatura
médica apareceram no meio do século XIX. Entretanto, sua nomenclatura
vem sofrendo alterações contínuas. Na década de 40, surgiu a designação
"lesão cerebral mínima", que, já em 1962, foi modificada para "disfunção
cerebral mínima", reconhecendo-se que as alterações características da
síndrome relacionam-se mais a disfunções em vias nervosas do que
propriamente a lesões nas mesmas.(ROHDE,et.al.2000)
TDAH

O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é uma síndrome
psiquiátrica de alta prevalência em crianças e adolescentes, apresentando
critérios clínicos operacionais bem estabelecidos para o seu diagnóstico.
Modernamente, a síndrome é subdividida em três tipos principais e apresenta
uma alta taxa de comorbidades, em especial com outros transtornos disruptivos
do comportamento. (ROHDE,et.al.2000)

O processo de avaliação diagnóstica é abrangente, envolvendo
necessariamente a coleta de dados com os pais, com a criança e com a escola.
O tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando
intervenções psicossociais e psicofarmacológicas, sendo o metilfenidato a
medicação com maior comprovação de eficácia neste transtorno.

Os sistemas classificatórios modernos utilizados em psiquiatria, CID-10 e DSMIV, apresentam mais similaridades do que diferenças nas diretrizes diagnósticas
para o transtorno, embora utilizem nomenclaturas diferentes (transtorno de
déficit de atenção/hiperatividade no DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico
de Transtornos Mentais) e transtornos hipercinéticos na CID-10).
.(ROHDE,et.al.2000)
TDAH

A síndrome é caracteriza-se por desatenção, hiperatividade e
impulsividade. Independentemente do sistema classificatório
utilizado, as crianças com TDAH são facilmente reconhecidas em
clínicas, em escolas e em casa.

Diagnóstico

A desatenção pode ser identificada pelos seguintes sintomas:
dificuldade de prestar atenção a detalhes ou errar por descuido em
atividades escolares e de trabalho; dificuldade para manter a
atenção em tarefas ou atividades lúdicas; parecer não escutar
quando lhe dirigem a palavra; não seguir instruções e não terminar
tarefas escolares, domésticas ou deveres profissionais; dificuldade
em organizar tarefas e atividades; evitar, ou relutar, em envolver-se
em tarefas que exijam esforço mental constante; perder coisas
necessárias para tarefas ou atividades; e ser facilmente distraído por
estímulos alheios à tarefa e apresentar esquecimentos em
atividades diárias. (ROHDE,et.al.2000)
TDAH


A hiperatividade se caracteriza pela presença frequente das
seguintes características: agitar as mãos ou os pés ou se remexer
na cadeira; abandonar sua cadeira em sala de aula ou outras
situações nas quais se espera que permaneça sentado; correr ou
escalar em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado;
pela dificuldade em brincar ou envolver-se silenciosamente em
atividades de lazer; estar frequentemente "a mil" ou muitas vezes
agir como se estivesse "a todo o vapor"; e falar em
demasia.(ROHDE,et.al.2000)
Os sintomas de impulsividade são: frequentemente dar respostas
precipitadas antes das perguntas terem sido concluídas; com
frequência ter dificuldade em esperar a sua vez; e frequentemente
interromper
ou
se
meter
em
assuntos
de
outros
.(ROHDE,et.al.2000)
TDAH

Tipos de TDAH:

O DSM-IV subdivide o TDAH em três tipos:
a) TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
b) TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade;
c) TDAH combinado.

O tipo com predomínio de sintomas de desatenção é mais frequente no
sexo feminino e parece apresentar, conjuntamente com o tipo combinado,
uma taxa mais elevada de prejuízo acadêmico.

As crianças com TDAH com predomínio de sintomas de
hiperatividade/impulsividade, por outro lado, são mais agressivas e
impulsivas do que as crianças com os outros dois tipos, e tendem a
apresentar altas taxas de rejeição pelos colegas e de impopularidade.
TDAH

Tratamento:

O tratamento do TDAH envolve uma abordagem múltipla, englobando
intervenções psicossociais e psicofarmacológicas.

Intervenções psicossociais: o primeiro passo deve ser educacional,
através de informações claras e precisas à família a respeito do
transtorno. Muitas vezes, é necessário um programa de treinamento para
os pais, a fim de que aprendam a manejar os sintomas dos filhos. É
importante que eles conheçam as melhores estratégias para o auxílio de
seus filhos na organização e no planejamento das atividades.

Intervenções psicossociais centradas: psicoterapia individual de apoio
ou de orientação analítica pode estar indicada para:
a) abordagem das comorbidades (principalmente transtornos depressivos
e de ansiedade); e
b) a abordagem de sintomas que comumente acompanham o TDAH (baixa
autoestima, dificuldade de controle de impulsos e capacidades sociais
pobres).
TDAH

O que são as siglas TDAH, DDA, TDAHI, ADD, TDA, THDA?

Todas estas siglas fazem referência aos problemas centrais que
caracterizam o Transtorno de Déficit de Atenção com ou sem
Hiperatividade.

Pode ser descrito como TRANSTORNO ou DISTÚRBIO, por isto
T ou D. DDA é a sigla mais antiga e atualmente menos usada,
referente Distúrbio de Déficit de Atenção.

A Desatenção pode vir acompanhada de Hiperatividade e
impulsividade, assim as variam de acordo. Em inglês, os termos
mais comuns são ADD and ADDH - Attention Deficit Disorder with
Hiperactivity.
DISLEXIA
DISLEXIA



Dislexia do desenvolvimento é disfunção do sistema nervoso central,
frequentemente de origem constitucional, caracterizada pela dificuldade na
aquisição ou no uso da leitura e/ou escrita, que acomete crianças com
inteligência normal, sem déficit sensoriais, com instrução supostamente
adequada e na ausência de problemas físicos ou emocionais significativos.
(BODER,1973;HEILMAN,et.al.,1996)
Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem
neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo
escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender
a ler e escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em
diferentes graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem
estabelecer a memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
De acordo com a Associação Brasileira de Dislexia, o transtorno acomete de
0,5% a 17% da população mundial, pode manifestar-se em pessoas com
inteligência normal ou mesmo superior e persistir na vida adulta.
DISLEXIA


Boder (1973) distinguiu três tipos de disléxicos (disfonéticos, diseidéticos e
mistos);
Os disléxicos disfonéticos:
Conseguem ler bem as palavras que eles conhecem, ou seja, que memorizam
visualmente, mas não lêem nem escrevem palavras que encontram pela
primeira vez. Eles as advinham, a partir do contexto e de indicações como a
letra inicial ou a extensão da palavra, e cometem muitos erros de substituição
semântica.

Os disléxicos diseidéticos:
Caracterizam-se por apresentarem uma leitura lenta, trabalhosa, mas
correta, baseada na decodificação fonética. Lêem tanto palavras familiares
quanto não familiares, mas apresentam dificuldade em palavras irregulares.

Os disléxicos mistos:
Reúnem as dificuldades desses dois tipos e frequentemente apresentam
confusões espaciais.
DISLEXIA

Sintomas
Os sintomas variam de acordo com os diferentes graus de gravidade
do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da
alfabetização. Entre os mais comuns encontram-se as seguintes
dificuldades:

para ler, escrever e soletrar;

de entendimento do texto escrito;

para de identificar fonemas, associá-los às letras e reconhecer rimas
e aliterações;

para decorar a tabuada,
matemáticos (discalculia);

ortográficas: troca de letras, inversão, omissão ou acréscimo de
letras e sílabas (disgrafia);

de organização temporal e espacial e coordenação motora.
reconhecer
símbolos
e
conceitos
DISLEXIA

Diagnóstico

O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe
multidisciplinar
(médico,
psicólogo,
psicopedagogo,
fonoaudiólogo, neurologista). Antes de afirmar que uma pessoa é
disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais
e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada,
problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que
possam interferir na aprendizagem.

É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce para
evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos
depreciativos, com reflexos negativos sobre sua auto-estima e
projeto de vida.
DISLEXIA
DISLEXIA
Leonardo da Vinci
Walt Disney
Tom Cruise
DISCALCULIA
DISCALCULIA

O termo discalculia foi referido, primeiramente, por Kosc (1974) que
realizou um estudo pioneiro sobre esse transtorno relacionado às
habilidades matemáticas.

Para ele, a discalculia ou a discalculia de desenvolvimento é uma
desordem estrutural nas habilidades matemáticas, tendo sua origem
em desordens genéticas ou congênitas naquelas partes do cérebro
que são um substrato anatômico-fisiológico de
maturação das
habilidades matemáticas. (BERNADI & STOBAUS,2011)

Na perspectiva de Vieira (2004, p.111), a “discalculia significa,
etimologicamente, alteração da capacidade de cálculo e, em um
sentido mais amplo, as alterações observáveis no manejo dos
números: cálculo mental, leitura dos números e escrita dos números.”
A autora acrescenta ainda que, na discalculia pura, a única habilidade
específica da matemática que pode sofrer alteração é a perda da
noção do conceito de número.
DISCALCULIA



A discalculia não é causada por lesões na região cerebral e está
associada, principalmente, a estudantes que apresentam
dificuldades durante a aprendizagem das habilidades matemáticas.
O termo foi referido por Garcia (1998) como discalculia ou
discalculia de desenvolvimento, caracterizando- a como uma
desordem estrutural da maturação das capacidades matemáticas,
sem manifestar, no entanto, uma desordem nas demais funções
mentais generalizadas.
Uma classificação apresentada nos estudos de Kosc (1974) engloba
seis tipos de discalculia, afirmando que essas Discalculia podem se
manifestar sob diferentes combinações e unidas a outros transtornos
de aprendizagem, como é o caso, por exemplo, de crianças com
dislexia ou déficit de atenção e hiperatividade. (BERNADI &
STOBAUS,2011)
DISCALCULIA

Estes subtipos dividem-se em:

discalculia verbal: dificuldades em nomear quantidades
matemáticas, os números, os termos e os símbolos;
discalculia practognóstica: dificuldades para enumerar, comparar,
manipular objetos reais ou em imagens;
discalculia léxica: dificuldades na leitura de símbolos matemáticos;
discalculia gráfica: dificuldades na escrita de símbolos
matemáticos;
discalculia ideognóstica: dificuldades em fazer operações mentais
e na compreensão de conceitos matemáticos; e
discalculia operacional: dificuldade na execução de operações e
cálculos numéricos.





DISCALCULIA

A discalculia também pode manifestar-se em alunos aparentemente
inteligentes, potencialmente dotados de capacidades em diversas áreas
do conhecimento. (BERNADI & STOBAUS,2011)

As crianças discalculicas também poderá desenvolver todas as
habilidades cognitivas necessárias nas demais disciplinas escolares,
mas possuir certa deficiência durante a realização de uma ou mais
operações matemáticas. (BERNADI & STOBAUS,2011)

Conforme pesquisas de Shalev (1998; 2004), aproximadamente 5% a
15% das crianças que frequentam as escolas normais de Ensino
Fundamental manifestam dificuldade na aquisição de habilidades
aritméticas ligadas basicamente ao deficitário desenvolvimento e
funcionamento das estruturas cognitivas em seus diferentes domínios,
configurando uma discalculia.
DISCALCULIA

Fonseca (1995) aponta algumas dificuldades de aprendizagem
que estão comumente associadas à discalculia e que
necessitam ser identificadas pelos educadores das séries
inicias.

São dificuldades que a criança enfrenta ao relacionar termo a
termo; associar símbolos aditivos e visuais aos números; contar;
aprender sistemas cardinais e ordinais; visualizar grupos de
objetos; compreender o princípio da conservação; realizar
operações aritméticas; perceber a significação dos sinais de
adição (+) e subtração (-), de multiplicação (x) e divisão (/) e de
igualdade (=); ordenar números espacialmente; lembrar
operações básicas, tabuadas; transportar números; seguir
sequências; perceber princípios de medidas; relacionar o valor
de moedas, entre outros. (BERNADI & STOBAUS,2011)
DISCALCULIA

A discalculia não é causada por lesões na região cerebral,
mas está associada, principalmente, a estudantes que
apresentam dificuldades durante a aprendizagem das
habilidades matemáticas.

Desse modo, o educador necessita acompanhar ativamente a
trajetória da aprendizagem do aluno, principalmente quando
este apresentar símbolos matemáticos malformados,
demonstrar incapacidade de operar com quantidades
numéricas, não reconhecer os sinais das operações,
evidenciar memória insuficiente, apresentar dificuldades na
leitura de números e não conseguir localizar espacialmente a
multiplicação e a divisão.
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
Todos os alunos, sejam suas dificuldades e
incapacidades reais ou circunstanciais, físicas,
intelectuais ou sociais, têm a mesma necessidade
de serem aceitos, compreendidos e respeitados em
seus diferentes estilos e maneiras de aprender,
quanto ao tempo, interesse e possibilidades de
ampliar e de aprofundar conhecimentos, em
qualquer nível escolar. (MANTOAN, 2004, p. 33)
A educação inclusiva é um “estudo de caso”,o que
significa dizer que cada caso é único. Nãose pode
perder de vista a singularidade do sujeito,seu
momento, nem sua história construída na família
e continuada na escola. (MOUSINHO,et.al.2010)
CONCLUSÃO

[...] todos os seres humanos são diferentes e
únicos, com direitos e deveres que devem respeitar
e celebrar a diversidade. Nesse contexto, a
Educação [...] é um direito subjetivo de todo ser
humano; deve ser pública, gratuita, de boa
qualidade, para todos, e dever do estado, portanto,
e necessariamente, tem que estar centrada nesses
seres humanos diferentes e únicos que constituem
seus objetos-sujeitos dialéticos em todas as suas
etapas de vida. (PÉREZ, 2006)
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