Síndrome de
Asperger
Origem
•
•
Esta designação foi utilizada, pela
primeira vez, no ano de 1981,
em
homenagem ao pediatra Hans Asperger
que identificou vários casos de “psicopatia
autística infantil”.
Apesar de não haver um génese definida,
segundo vários autores esta síndrome é o
resultado de um conjunto de factores de
desencadeamento que surgem num dado
momento e numa dada sequência de
circunstâncias.
Definição
•
De acordo com o site “Portal dos Psicólogos” é
possível definir esta Síndrome como sendo:
“… o termo aplicado mais aplicado ao mais suave
e de alta funcionalidade daquilo que é conhecido
como o espectro de desordens pervasivas (…) de
desenvolvimento (espectro do Autismo).”
“É caracterizada por desvios (…) em três
amplos aspectos do desenvolvimento: interacção
social, uso da linguagem para a comunicação e
certas
características
repetitivas
ou
perserverativas (…).”.
Prevalência
•
•
•
Em Portugal existem entre 20 000 a 30 000
pessoas com esta síndrome;
Há uma maior prevalência no sexo masculino
(não existem razões explicativas para tal);
Afecta maioritariamente pessoas com um
nível de inteligência média ou acima da
média.
Critérios de Diagnóstico
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Sinais de alerta precoces indiciadores de autismo.
Idade
0 aos 6 meses
Sintomas precoces de autismo
- Indiferença ao mundo sonoro (impressão de surdez);
- Anomalias do olhar (fugaz, mal orientado);
- Anomalias do comportamento: bebé demasiado calmo ou demasiado excitado;
- Perturbações do sono ou da alimentação que podem ser graves ou atípicas (distintas das formas apresentadas por
outros bebés);
- Anomalias da motricidade e do tónus muscular: actividade reduzida, hipotonia, ausência de atitude antecipatória,
défice de ajustamento corporal;
6 aos 12 meses
- Desenvolvimento de hábitos bizarros;
- Actividades solitárias: jogos com os dedos e as mão diante dos olhos, balanceios;
- Utilização inusual dos objectos: sacudir, raspar ou rodar;
- Ausência de interesse pelas pessoas: defeito de contacto;
- Poucas ou nenhumas emissões verbais;
- Confirmação das particularidades motoras
- Hipotonia ( por vezes hipertonia), hipoactividade (por vezes hiperactividade;
12 aos 24 meses
- O não desenvolvimento da linguagem, torna-se a maior preocupação;
- Jogo pobre;
- Aparecimento de estereotípias;
- A habitual indiferença transforma-se em certos fascínios muito evidentes, por exemplo por luzes ou música;
- Sinais de auto agressividade, que podem ser pouco frequentes, (morder-se, bater com a cabeça)
Critérios de Diagnóstico
•
Os critérios de diagnóstico para o Síndrome
de Asperger encontram-se definidos no
DSM-IV:
Problemáticas Associadas
•
•
Segundo alguns estudos efectuados foi
possível verificar a existência de uma
maior prevalência de Epilepsia em
indivíduos portadores de Síndrome de
Asperger.
Regista-se também uma maior propensão
para o aparecimento de Hiperactividade
com Défice de Atenção e até mesmo de
Dislexia.
Problemáticas Associadas
•
O
Síndrome
de
Asperger
pode,
casualmente, encontrar-se associado às
seguintes problemáticas:
- Síndrome de X-Frágil;
- Esclerose tuberosa;
- Hipotiroidismo;
- Síndrome Fetal Alcoólico;
- (…).
Intervenção
• Face a todas as características já enunciadas e
como forma de suprimir os comportamentos
desajustados é importante que os alunos com
Síndrome de Asperger beneficiam de um Ensino
Estruturado.
• Esta
intervenção
deve
basear-se
no
conhecimento que o professor dispõem acerca
das limitações, necessidades e competências
demonstradas pelo aluno.
Intervenção Pedagógica
Ao professor de ensino regular cabe a função de:
• Criar um ambiente de sala de aula calmo;
• Conhecer os interesses do alunos para trabalhar a partir
deles;
• Redefinir a estrutura da sala de aula;
• Ajustar as tarefas escolares às necessidades e
especificidades do aluno autista;
• Garantir que o aluno compreende o que se espera dele;
• Estruturação de tarefas com progressiva complexidade,
• Participação na elaboração do Programa Educativo;
• Avaliar as estratégias de intervenção;
• Trabalhar de forma estreita e continuada com o professor de
ensino especial;
• Manter uma regular ligação casa/escola.
Intervenção na Comunicação
• Simplificar a linguagem utilizada com a criança;
• Dar apenas uma instrução de cada vez;
• Usar apenas expressões faciais e gestos simples,
pois a criança autista não entende situações
ambíguas;
• É necessário dar tempo para que a criança possa
responder sem ser pressionada;
• Usar sinais visuais para ajudar a criança a
comunicar e a compreender o que lhe é pedido;
• Preparar situações diversas que estimulem a
comunicação da criança e a interacção com os
pares.
Ensino Estruturado – Sala Teacch
Em alguns casos é necessário que a criança com
Síndrome de Asperger seja integrado numa sala Teacch,
a qual se encontra apetrechada para desenvolver as
actividades específicas para cada criança autista e
treinar as suas competências sociais. Visam uma melhoria
no comportamento adaptativo e comportam grupos com
6 a 8 crianças.
A intervenção educacional aplicada neste modelo baseiase numa organização altamente estruturada das
actividades e dos contextos. Ou seja, na organização
dos espaços, dos estímulos visuais, das rotinas
estabelecidas, na organização dos horários e actividades
e também na organização de sistemas individuais de
trabalho adaptados a cada criança.
Intervenção Social
• É necessário permitir á criança alguns momentos
de isolamento, dada a sua dificuldade de
interacção;
• É importante conhecer as preferências e
antipatias da criança a nível social – estas devem
ser tidas em conta na estruturação das
actividades;
• É necessário permitir que a criança conheça bem o
seu professor, para mais facilmente interagir com
ele de forma ajustada. O professor deve dar
tempo para que a criança o conheça e saiba o que
espera dela.
Exemplo de uma Sala Teacch
ÁREA DA REUNIÃO – área onde se
pretende
desenvolver
a
comunicação e a interacção social.
Os alunos reúnem-se neste espaço
para dar as boas vindas uns aos
outros,
conversar
sobre
o
calendário, o tempo ou ouvir
pequenas histórias, lengalengas e
canções.
ÁREA
DO
TRABALHO
INDIVIDUAL – Local onde cada
aluno realiza as tarefas que é
capaz de individualmente, com a
ajuda da visualização de um plano
de trabalho que traduz as
actividades que vai desenvolver.
ÁREA DE TRABALHO DE GRUPO –
É uma das áreas destinada ao
desenvolvimento da interacção
social, a partir da concretização de
actividades que estimulam a
participação de todas as crianças
(Exemplos: construções com legos,
trabalhos
com
plasticina,
reconhecimento de sons, ...).
ÁREA DE TRANSIÇÃO –É onde estão
os horários. As crianças dirigem-se a
esta área para saberem a próxima
actividade, o que permite orientá-las
na mudança. A área de transição é uma
forma concreta e visual para
introduzir de forma segura as muitas
mudanças que ocorrem durante o dia
na Escola. É, então, um aspecto que
minimiza muita da agitação e
problemas
comportamentais
existentes no Autismo.
Os horários permitem á criança ter a noção de
sequência e indicar as actividades que irá realizar
durante o dia. Permite ainda:
• Minimizar os problemas que dificultam a memória e a atenção;
• Reduzir os problemas relacionados com o tempo e a
organização;
• Compensar os problemas relativos à linguagem receptiva, os
quais constituem obstáculos à compreensão de ordens verbais;
• Proporcionar uma maior autonomia às crianças;
• Aumentam a motivação da criança pela visualização imediata,
uma vez que a seguir ao trabalho pode brincar.
Bibliografia
•
CUMINE, Val; LEACH, Julia; STEVENSON,
Gill; (2006); Compreender a Síndrome de
Asperger; Porto. Porto Editora.
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www.psicologia.com.pt (Portal dos Psicólogos).
www-apsa.org.pt.
www.diferencas.net/objectos/s_asperger.pd
f
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