+ Tecnologia: Reciclagem automotiva Fusion chega ao Brasil + Complementos: Nos EUA, a reciclagem do alumínio utilizado na fabricação de Acessórios em alumínio veículos já é maior do que aquela obtida por meio do + Transporte: reaproveitamento de latinhas de bebida, desde 2005. Para O lado alumínio da Coca-Cola + Na linha de montagem: um país como o Brasil, que ainda se vale pouco do metal de Montadoras apostam em motores liga leve nas linhas de montagem automotiva e é seis vezes de alumínio campeão mundial em reciclagem de latas de alumínio, essa + Ensaio: inversão surpreende. Mas é com base nessa realidade que Reciclagem automotiva Subodah Das, diretor do Centro de Tecnologia em Alumínio da Universidade de Kentucky e seus colegas de departamento, J.A.S. Green e J. Gilbert Kaufman, partem para a redação desse artigo. Dado que as peças automotivas utilizadas no Brasil podem facilmente ser feitas com ligas oriundas da reciclagem – como as ligas SAE 306 (A308), 305 (413), 390 (A360) – o artigo é um alerta. Subodh K. Das estará no Brasil em agosto para uma apresentação detalhada sobre reciclagem automotiva no "IX Seminário Internacional de Reciclagem do Alumínio". Mais detalhes em: http://www.abal.org.br/seminario/programa-preliminar.htm. Desenvolvendo ligas de alumínio que facilitem a reciclagem O contínuo crescimento do uso de ligas de alumínio em aplicações para transporte, especialmente em carros de passeio e mini vans, e os já demonstrados benefícios econômicos de se reciclar veículos ricos em alumínio, aumentam a necessidade de se pensar seriamente sobre a conveniência de se criar ligas amigáveis à reciclagem. Um dos componentes deste raciocínio é identificar e aproveitar totalmente os fluxos de metal de refusão provenientes de produtos reciclados, direcionando o desenvolvimento de novas ligas passíveis de serem usadas diretamente na produção desses mesmos produtos ou de outros de maior valor agregado. A consideração deste aspecto pela indústria automotiva (norte-americana) levou-a a produzir diversas composições para seus componentes automotivos, incluindo possíveis aplicações para sua re-utilização diretamente após a reciclagem. É especialmente adequado nos concentrarmos na reciclagem automotiva devido ao aumento do metal secundário (isto é, metal refundido proveniente de centros de reciclagem) oriundo de sucata automotiva. Desde 2005, o alto volume de alumínio reciclado proveniente de componentes automotivos excede o metal reciclado de latas de bebidas. Este é um fator muito positivo, já que o metal secundário produzido por produtos reciclados exige apenas ~2.8 kWh/kg de metal produzido, enquanto que a produção de alumínio primário exige ~45 kWh/kg de metal produzido. Isso poderia significar uma economia de 1 trilhão de BTU/ano. Além disso, como a reciclagem emite apenas ~5% de CO2, comparado com a produção primária, as vantagens ecológicas são tão grandes quanto as vantagens de economia de energia. Um benefício acrescentado à maximização da capacidade de reutilização direta do metal secundário é a redução nos custos do processo pós refusão. A análise do processo ideal para reciclagem de veículos automotivos aponta para os seguintes elementos: (a) a reciclagem de todos os veículos descartados [ou sucateados] deveria ser padrão; (b) os maiores componentes de alumínio como pára-choques, rodas e painéis da carroceria, devem ser desmontados e separados por tipo de liga (ex.: 5xxx, 6xxx, etc); (c) o restante do chassi deve ser retalhado e selecionado automaticamente, usando-se uma tecnologia como a espectroscopia de decomposição induzida por laser (“laser-induced breakdown spectroscopy”); (d) os materiais selecionados devem ser refundidos pelos processos mais eficientes para reduzir a drosse [ou borra] e maximizar a recuperação; (e) fundições apropriadas de composições reutilizáveis devem enfocar a reutilização direta. Subodh K. Das É presidente da Secat Inc., empresa de tecnologia em alumínio para a indústria, diretor do Centro de Tecnologia em Alumínio da Universidade de Kentucky e membro adjunto do departamento de engenharia mecânica da mesma instituição de ensino. J.A.S. Green J. Gilbert Kaufman