José Augusto de Paula Freitas é o novo presidente da AAFIT/MG
No dia 22 de junho, a Diretoria e o Conselho Fiscal da AAFIT/MG foram solenemente
empossados para cumprir o mandato 2012/2015, diante de uma plateia de AuditoresFiscais do Trabalho, parentes e convidados. A solenidade começou com a execução
do Hino Nacional, interpretado por Margareth Pettersen, que também foi a Mestre de
Cerimônias do evento, acompanhada do acordeonista Francisco de Assis Naves.
A mesa foi composta por Elizabeth Ávila, presidente da Comissão Eleitoral da
AAFIT/MG e representante do Superintendente Regional do Trabalho e Emprego
Alysson Alves; por Luiz Carlos Ferreira de Melo, que encerrava seu mandato como
presidente da Associação; José Augusto de Paula Freitas, presidente eleito;
Rosângela Rassy, presidente do Sinait; Tânia Maria Tavares e Silva, presidente da
Associação dos Auditores-Fiscais do Trabalho da Paraíba; Álvaro Garcia,
representante da Delegacia Sindical de Belo Horizonte, do Sindifisco Nacional; e
Afonso Ligório, presidente da Associação dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do
Brasil em Minas Gerais – Anfip-MG.
Após a assinatura do Termo de Posse, Luiz Carlos, presidente que deixou o cargo,
falou aos presentes afirmando que a Associação sempre cumpriu seu papel social,
desde a fundação, em 1960, e na gestão que terminou não foi diferente. Disse que
durante seu mandato enfrentou momentos de turbulência com a campanha salarial em
curso, exigindo a realização de assembleias e mobilizações, que ainda continuam, e
deverão continuar durante mais alguns meses, pois o governo não negociou ainda.
Segundo o Auditor-Fiscal, há uma cultura de que o “servidor público não é
imprescindível! Ao passo que, se pararmos, tudo para! E todos reclamam! Por sorte, o
velho ditado de que os governos passam e nós, que somos o Estado, permanecemos,
é pura verdade! Felizmente!”. Ele entende que a luta conjunta com as carreiras típicas
de Estado é importante e perene, pois os governos não se comprometem em melhorar
as condições de trabalho dos servidores públicos. Conclamou os Auditores-Fiscais do
Trabalho a se associarem à AAFIT/MG e fortalecer a entidade para trabalhar em
conjunto com o Sinait e demais categorias.
Por fim, agradeceu aos membros de sua diretoria, às empregadas da Associação, e
parabenizou a diretoria que agora dirigirá a entidade.
Esperança e coragem
Rosângela Rassy, presidente do Sinait, ressaltou que as entidades estaduais são
como um braço do Sinait e que no ano passado o Estatuto do Sindicato foi modificado
para fortalecer ainda mais a sua ação, nacional e localmente, com a criação de
Delegacias Sindicais. Sobre a eleição de José Augusto, ela lembrou que ele já é
membro da diretoria do Sindicato Nacional, ao lado do Auditor-Fiscal do Trabalho
Marcos Botelho, e agora será também Delegado Sindical, em sintonia com as lutas e
desafios da categoria.
A mobilização da campanha salarial, em conjunto com outras carreiras de Estado,
segundo Rosângela, é uma consequência da postura do governo em não oferecer
uma contraproposta à pauta de reivindicações apresentada. A categoria está em
“estado de mobilização” e, se necessário for, partirá para outras instâncias de luta por
melhores condições de trabalho, de forma legal e organizada. A presidente do Sinait
disse que confia na resposta positiva da categoria ao chamado do Sindicato e assim,
alcançar vitórias.
Mesmo confiante em um futuro de resultados positivos, resultantes de lutas,
Rosângela Rassy afirmou que o passado recente ainda é uma ferida aberta, referindose à Chacina de Unaí, cujo processo retornou à 9ª Vara da Justiça Federal em Minas
Gerais. O primeiro julgamento, espera-se, será realizado ainda este ano. A ferida,
disse ela, só será cicatrizada com o julgamento e punição dos réus.
As palavras foram de esperança e coragem, para todas as situações vividas pelos
Auditores-Fiscais do Trabalho atualmente, e para a caminhada da diretoria da
AAFIT/MG, na luta em defesa dos direitos da categoria.
Parceria
Álvaro Garcia e Afonso Ligório, ambos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil,
ressaltaram a parceria com a AAFIT/MG na gestão de Luiz Carlos e de José Augusto,
que cumpriu o mandato anterior, e agora retorna à presidência. Álvaro ressaltou que a
mobilização dos Auditores-Fiscais da Receita surpreendeu o mais otimista dos
dirigentes sindicais na semana passada, com forte adesão da categoria, que faz uma
paralisação de serviços internos e áreas de aduana. “As entidades, agora, estão a
reboque da categoria, que fortaleceu a mobilização”, disse ele. Segundo ele, a
produtividade foi reduzida a 1/3 de sua capacidade normal. Ele convidou os AuditoresFiscais do Trabalho a estarem mais juntos nesta luta.
Ligório, da Anfip-MG, falou da importância da atividade dos Auditores-Fiscais do
Trabalho e que o governo não tem valorizado devidamente as carreiras de Estado,
que desempenham papel essencial e merecem remuneração digna. Ele concordou
com a Rosângela que Unaí ainda é uma chaga aberta e disse que quando um agente
de Estado não tem segurança toda a sociedade é atingida. “É preciso, mesmo, cobrar
a punição, com firmeza, como fez a presidente”. Enviou um abraço fraterno a todos os
Auditores-Fiscais do Trabalho e conclamou a categoria a continuar mobilizada e unida
aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil.
Luta e homenagens
O presidente eleito, e agora já exercendo seu mandato, iniciou sua fala dizendo que
não acredita em coincidências. Ele se referia ao fato de a posse solene estar sendo
realizada na sede do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de
Minas Gerais – CREA-MG, mesmo local onde foi realizado o velório dos AuditoresFiscais do Trabalho e do motorista assassinados em Unaí, em 28 de janeiro de 2004.
Disse que não faria qualquer ato, pois, em respeito à memória dos colegas, o único
ato digno é o julgamento dos executores e mandantes, independente do poderio
econômico dos acusados. O crime, para José Augusto, foi contra o Estado, que não
deu a “resposta firme, pronta e enérgica que dele se esperava”. E foi também um
divisor de águas, pois “encerrou o período de amadorismo e a improvisação que
ficaram no passado e nos impôs a necessidade de um aparelhamento cada vez maior
para a execução das ações fiscais”.
José Augusto fez referência ao trabalho escravo rural e urbano, o primeiro, muito
ligado ao agronegócio, valorizado pelo governo como fonte de divisas. Enfrentar
situações adversas requer segurança e boas condições de trabalho, que estão sendo
buscadas na campanha salarial conjunta com o Sinait e outras carreiras de Estado.
Observou que o Ministério do Trabalho e Emprego, por meio de suas
superintendências e gerências, são a casa do trabalhador que, para se referir a ele
chama “simplesmente de MINISTÉRIO, sendo despido de qualquer outro adjetivo, por
desnecessário. E ministério nos remete a mister, a missão. Não podemos mais admitir
o sucateamento e a carência de estrutura física, de pessoal e de equipamentos em
que vivem muitas Superintendências e Gerências regionais. Vamos denunciar e lutar
por melhorias. É nosso ministério, enquanto associação”.
O novo presidente agradeceu aos diretores empossados e aos que encerraram seu
mandato, assim como à Comissão Eleitoral. Homenageou os colegas que estiveram
ao lado dele e da Associação por tantos anos, mas que já partiram, e o fez nas
pessoas de seu pai e do colega Gildásio. Agradeceu também à sua mãe, Adelina, que
compareceu à solenidade com seus 87 anos e que, sempre presente, dando exemplo
aos filhos, ao longo de muitos anos, operou “uma máquina de costura dia e noite para
que seus filhos pudessem ter um futuro melhor. E o futuro chegou e é agora. Obrigado
por ele, mãe.” Os dois filhos, José Augusto e Otaviano, formaram-se médicos.
Por fim, agradeceu a Deus “por ter deixado cair em nossa casa duas estrelinhas que
se chamam Maria Alice e Ana Carolina e que estão aqui presentes, sem entender
nada que está acontecendo, mas fazendo a felicidade minha e de Jane”. As meninas
são filhas adotivas do casal.
Texto: Aafit-MG
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