Título: ORIENTAÇÃO VOCACIONAL/PROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE RIO DE JANEIRO: ALUNOS DE GRADUAÇÃO CONHECENDO PRÁTICAS Tema: 6 – Educação Autor responsável por apresentar o Trabalho: KELY CRISTINA MAGALHÃES Autor(es) adicionais: LÍVIA OLIVEIRA, NILTON NUNES JÚNIOR, CLERISTON PHILIP BURICHE BARTALINI e DIVA LÚCIA GAUTÉRIO CONDE Financiador: UFRJ Resumo: O presente trabalho resulta de uma atividade acadêmica, realizada no âmbito da disciplina Psicologia da Orientação Vocacional, no primeiro semestre de 2007, por alunos do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Os estudos da Orientação Vocacional / Profissional (OV/OP) apontam para três grandes paradigmas que têm orientado suas práticas: as teorias psicométricas; a vertente psicanalítica, proposta por Rodolfo Bohoslavsky; e a abordagem sócio-histórica. As teorias psicométricas, inauguradas na primeira metade do século XX, explicitaram seu conceito de vocação humana ao mensurar aptidões, investigar traços da personalidade, e fazer levantamento de interesses. Nasce com esse paradigma a idéia de perfis pessoais e profissionais convergentes. O paradigma clínico, proposto por Bohoslavsky, considerou como condição fundacional para a vocação humana a interveniência de aspectos relativos às identificações do sujeito e às fantasias inconscientes, interferindo na escolha profissional. Por fim, pode-se afirmar que a abordagem Sócio-Histórica comporta um terceiro paradigma, pensando a vocação humana como resultante das variadas condições sociais, econômicas, culturais, políticas, que vão se constituir como determinações historicamente construídas, e às quais estão submetidos os jovens no momento de sua escolha profissional. Tomando como referência os estudos de Thomas Khun sobre a produção de paradigmas como modos de produção de conhecimento, importando suas possibilidades e limites, o trabalho proposto teve como objetivos investigar a presença de tais paradigmas nas práticas em OV/OP desenvolvidas por psicólogos, no Município do Rio de Janeiro, a partir de: 1) a indicação pelo profissional de sua filiação teórica; 2) os instrumentos e técnicas empregados; 3) o formato do programa proposto; 4) sua avaliação do trabalho. Constituiu uma pesquisa exploratória, qualitativa, que tinha como objetivo situar os alunos de um programa de formação em Psicologia no campo da prática psicológica em serviços de Orientação Vocacional / Profissional. Foram obtidas nessa investigação quinze relatos, por psicólogos e não psicólogos, constituindo um primeiro mapeamento das propostas de atuação em OV/OP em marcha no município do Rio de Janeiro. Foram contatadas uma escola pública, escolas particulares, cursos pré-vestibulares comunitários, uma empresa de consultoria, psicólogos autônomos, e um serviço de psicologia aplicada em uma universidade particular, totalizando quinze proposições analisadas. Foi utilizada como instrumento de coleta de dados a entrevista semi-estruturada, indagando sobre a escolha teórica e o plano de atividades do trabalho. Em relação ao plano de trabalho, foram considerados: o número de sessões, modelo de encontros (individual ou em grupo), instrumentos e técnicas utilizadas e como ocorria a entrevista devolutiva. Os resultados obtidos trouxeram informações relevantes sobre o quadro de referências teóricas, planos de trabalho e seleção de instrumentos e técnicas nas práticas em OV/OP, empreendidas junto a jovens em situação de escolha profissional, permitindo reflexões sobre a implicação teoria–prática como imperativo ético, construtor de princípios norteadores das práticas profissionais.