Espelho treinamento de Redação 3º ano Leia com atenção os textos abaixo. Deputado-pastor que odeia negros e gays no comando dos Direitos Humanos? A imagem abaixo é de Marco Feliciano, o pastor-deputado que ganhou destaque no Congresso por frases como “Aids é um câncer gay”, “Negro é negro e não pode mudar, diferente dos homossexuais” e “Africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”. “A ignorância é a mãe de boa parte de nossos males. Precisamos ser educados, informados, para compreender e escolher. Ideias são fruto de educação. Apesar da imoralidade de muitos, poderemos ter esperança se nos tornarmos um povo mais ético – habituado à honradez, implacável quando se trata de escolher seus representantes e até mesmo as condições da própria vida pessoal.” (A revolução da decência – Lya Luft) “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,” (Artigo 5º da Constituição Federal Brasileira) ARTIGO 7.º (A Declaração Universal dos Direitos Humanos) Todos são iguais perante a lei e, sem distinção, têm direito a igual proteção da lei. Todos têm direito à proteção igual contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação. PROPOSTA DE PRODUÇÃO A partir de uma leitura dissociada de toda perspectiva preconceituosa e generalista dos textos acima, sobretudo quanto aos aspectos religiosos (os quais não nos interessam nesta redação), produza um texto de caráter opinativo (que, acima de tudo, respeite a liberdade de credo) acerca dos mais recentes e polêmicos conflitos morais (e constitucionais), relativos aos Direitos Humanos, evidenciados no Brasil de hoje. PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão escrita da língua portuguesa sobre o tema Legalização das drogas no Brasil: aspectos positivos e negativos. Apresente propostas que representem ações capazes de minimizar ou resolver o problema. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto 01 O mundo não se tornou mais liberal da noite para o dia. O modelo repressivo é que se mostrou um fracasso retumbante. Segundo um estudo da Transform Drug Policy Foundation de 2012, só os EUA gastaram mais de 1 trilhão de dólares na guerra às drogas nos últimos 40 anos. Como resultado, o número de presos em território americano por violações saltou de 38 mil para 500 mil O país gasta 30 mil dólares ao ano por preso e só 11 mil dólares por aluno da rede pública. Apesar da repressão, o tráfico não diminuiu. O país vive agora uma epidemia de heroína, não apenas concentrada nos grandes centros urbanos, segundo descreve de Nova York o colaborador Eduardo Graça, em texto publicado no site da revista (www.cartacapital.com.br). Se regulamentasse o consumo, aponta o Instituto Cato, os EUA recolheriam em impostos 46 bilhões de dólares por ano. Cansados da ineficiência do modelo, 49% dos americanos aprovam a legalização da maconha (o dobro de 20 anos atrás) e 79% acreditam que a cadeia não é o melhor para os usuários. No Colorado e Washington, o consumo recreativo de maconha foi legalizado, o que deve injetar 1 bilhão de dólares de impostos na economia. Em outros 18 estados, o uso medicinal está autorizado. TEXTO 02 TEXTO 03 A droga mais popular e presente no universo adolescente é a maconha. Pesquisa realizada pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) revela que 01 em cada 10 adolescentes que usa maconha é dependente e mais de 60% dos usuários experimentou a substância antes de 18 anos. A maconha não é uma droga inocente como muitos jovens imaginam, ela é um alucinógeno, uma droga psicoativa perturbadora do sistema nervoso central. Um gatilho para o desenvolvimento de psicopatologias psiquiátricas como Esquizofrenia Transtorno Bipolar, Fobia Social, Pânico, etc. A maconha vem sendo usada inadvertidamente há séculos, em função principalmente de suas propriedades sedativas e da capacidade de induzir sensações de bem-estar, relaxamento. Uma série de estudos indica que a potência negativa desta droga vem aumentando e, com isso, causando maiores prejuízos à saúde mental daqueles que a consomem (UNODC, 2012). A maconha é a substância proibida por lei mais usada em nosso país. Cerca de 1,5 milhões de adolescentes e adultos usam maconha diariamente no Brasil. O dado faz parte do II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD). Estudo apresentado em 2012, pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), 3,4 milhões de pessoas entre 18 e 59 anos usaram a droga no último ano e 8 milhões já experimentaram maconha. Estes dados parecem sugerir que a disponibilidade da maconha esteja crescendo, inclusive entre os jovens, que vêm utilizando esta substância de forma compulsiva, não obstante seus efeitos nocivos à saúde. Profa. Dra. Edna Paciência Vietta- UFRGS http://www.ufrgs.br/psicoeduc/ed23/2013/04/07/maconha-uma-droganada-inocente/ PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão escrita da língua portuguesa sobre o tema O trabalho escravo, no Brasil de hoje, e a degradação do ser humano. Apresente propostas que representem ações capazes de minimizar ou resolver o problema. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO 01 A boliviana Idalena Furtado vive há cinco anos no Brasil e, como tantos outros imigrantes sul-americanos, veio trabalhar numa confecção de roupas no bairro paulistano do Bom Retiro. Seu relato, publicado nesta Folha, descreve condições análogas às de uma situação de trabalho escravo. Trabalhava 15 horas por dia. Comia sobre a máquina de costura e dormia em um cômodo,“todo mundo amontoado”. Aliciados em seus países de origem, bolivianos, peruanos e paraguaios se juntam a trabalhadores brasileiros para viver em oficinas clandestinas, sem direito a férias e a um dia de descanso semanal, enredados numa espiral de dívidas e degradação. O ambiente de clausura em que trabalham não poderia oferecer maior contraste com o das lojas de grife para as quais fornecem seus produtos. Vistorias do Ministério do Trabalho responsabilizaram algumas marcas conceituadas por compactuar com o abuso. Nas oficinas que confeccionam roupas para suas lojas, verificou-se um regime de hiperexploração do trabalho: funcionários das empresas clandestinas tinham, por exemplo, de pedir autorização para deixar o local onde costuravam e viviam. Relatos das condições nas chamadas “sweatshops” (oficinas-suadouro), em especial nos países em desenvolvimento, renderam publicidade negativa a marcas de artigos esportivos, brinquedos e roupas que, para uma sociedade ofuscada pelo brilho do consumo, parecem assim ainda associadas a prazer, desejo e sedução. O consumidor raras vezes tem acesso à realidade que pode ocultar-se sob a aparência reluzente. A inclinação para o “consumo consciente” – trate-se de móveis de madeira certificada, empresas com responsabilidade social ou selos atestando compromisso contra o trabalho infantil – é algo relativamente recente no Brasil. Depende, para fortalecer-se, do empuxo de fiscalização do Estado, que revela o avesso de algumas grifes. Ciente de fatos assim, o consumidor também se torna responsável, como pagante, pela degradação de seres humanos. (Adaptado: Folha de S. Paulo. A2 opinião, sábado, 20 de agosto de 2011) TEXTO 02 Laerte- 28/01/2011 – EXPLORAÇÃO – Domínio Público Treinamento de Redação 3º ano – Prof. Tárcio Carvalho Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o poder de transformação da realidade social brasileira nas mãos dos jovens. Apresente proposta de ação social que viabilize a concretização de alguma das mais relevantes reivindicações feitas nas recentes manifestações públicas, sem ferir os Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. "Eu sou favorável a arranhar carro de autoridade, eu sou favorável a jogar ovo, eu sou favorável à revolta, a quebra-quebra... Ah, isso é vandalismo? Vandalismo é o cacete! Vandalismo é matar meu filho dentro de um hospital público por falta de médico, de remédio, enquanto o esquema de corrupção é esse que a gente vê dentro dos hospitais" Ricardo Boechat - Jornalista Enquanto isso a molecada, no seu saudável inconformismo, vai para as ruas defender – FUNDAMENTALMENTE – o seu direito de sonhar com um mundo diferente. Um mundo onde o ensino, os trens e os ônibus sejam de qualidade e gratuitos para quem deles precisa. Onde os cidadãos tenham autonomia de decidir sobre o que devem e o que não devem fumar ou beber. Onde os índios possam nos mostrar que existem outros modos de vida possíveis nesse planeta, fora da lógica do agribusiness e das safras recordes. Onde crenças e religião sejam assunto de foro íntimo, e não políticas de Estado. Onde cada um possa decidir livremente com quem prefere transar, casar e compartilhar (ou não) a criação dos filhos. Onde o conceito de Democracia não se resuma à obrigação de digitar meia dúzia de números nas urnas eletrônicas a cada dois anos. Desde a Antiguidade, esses jovens ingênuos e irresponsáveis são o sal da terra, a luz do sol que impede que a humanidade apodreça no bolor da mediocridade, na inércia do conformismo, na falta de sentido do consumismo ostentatório, nas milenares pilantragens travestidas de iluminação espiritual. Esses moleques que tomam as ruas e dão a cara para bater incomodam porque quebram vidros, depredam ônibus e paralisam o trânsito. Mas incomodam muito mais porque nos obrigam a olhar para dentro das nossas próprias vidas e, nessa hora, descobrimos que desaprendemos a sonhar. (Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar - Por André Borges Lopes) E Vamos à Luta - Gonzaguinha Eu acredito é na rapaziada Que segue em frente e segura o rojão Eu ponho fé é na fé da moçada Que não foge da fera e enfrenta o leão Eu vou à luta é com essa juventude Que não corre da raia a troco de nada Eu vou no bloco dessa mocidade Que não tá na saudade e constrói a manhã desejada... REDAÇÃO PROFESSOR: Abdon Guerra Com base na leitura dos textos abaixo e nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão escrita da língua portuguesa sobre o seguinte questionamento: Protestar com civilidade é exercer a democracia,mas protestar com atos de vandalismo é exercer a demagogia? Apresente propostas de ação social que possam fomentar a construção de uma consciência cidadã.Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista. TEXTO 01 DEMOCRACIA 1governo do povo; governo em que o povo exerce a soberania 2 sistema político cujas ações atendem aos interesses populares 3 governo no qual o povo toma as decisões importantes a respeito das políticas públicas, não de forma ocasional ou circunstancial, mas segundo princípios permanentes de legalidade 4 sistema político comprometido com a igualdade ou com a distribuição equitativa de poder entre todos os cidadãos 5 governo que acata a vontade da maioria da população, embora respeitando os direitos e a livre expressão das minorias DEMAGOGIA 1. poder de natureza tirânica ou imoral exercido em nome das multidões 2. ação que se utiliza do apoio popular para conquista ambiciosa ou corrupta de poder 3. ação ou discurso que simula virtude com objetivos escusos Fonte:Dicionário Antônio Houaiss TEXTO 02 Embora o direito de livre manifestação deva ser respeitado, evidentemente não se deve aceitar atos de vandalismo, pichações, depredação de veículos e lojas. Os manifestantes que se valem desses expedientes acabam por apequenar a ação política. Criam antipatias desnecessárias e perdem aliados. Apesar desse comportamento se tratar de ato de grupos isolados nas passeatas do movimento passe livre, tal fato não pode ser ignorado, nem tampouco considerado normal. É dever dos manifestantes zelar pela democracia e lembrar constantemente aos seus colegas que a política é a guerra por outros meios. E é por meio da política que poderão ter êxito. De outro lado, é inconcebível que a repressão policial ocorra de forma truculenta. Da mesma forma que o vandalismo civil, ela não tem espaço numa democracia. Gazeta do Povo – 24/06/2013 TEXTO 03 TEXTO 04 O poder, quando não é efeito de graça divina, vem dos próprios cidadãos e é condicional: só posso reconhecer e respeitar a autoridade que me reconhece e me respeita. Uma autoridade que me desrespeita merece uma violência equivalente à que ela exerce contra mim. Além disso, é bom não perder o senso das proporções. "Olhe, olhe!", grita um repórter, enquanto a tela mostra alguém que foge de uma loja saqueada levando algo no ombro. Tudo bem, estou olhando e não estou gostando, mas minha indignação é mais antiga e por saques muito maiores. Outro repórter pensa nos coitados que perderão o avião, em Cumbica, por causa dos manifestantes que bloqueiam o acesso ao aeroporto. Mas o verdadeiro desrespeito é o de nunca ter construído uma linha de trem entre São Paulo e o maior aeroporto do país. Enfim, à presidenta Dilma gostaria de dizer: não acredito que os "baderneiros" das últimas semanas tenham envergonhado o Brasil --nem mesmo quando alguns depredaram o patrimônio público. Presidenta, você sabe isto mais e melhor do que muitos de nós: o que envergonha o Brasil é uma outra baderna, bem mais violenta, que dura há 500 anos e que gostaríamos que parasse. ContardoCalligarisé psicanalista, doutor em psicologia clínica e escritor. Ensinou Estudos Culturais na New School de NY e foi professor de antropologia médica na Universidade da Califórnia em Berkeley. Reflete sobre cultura, modernidade e as aventuras do espírito contemporâneo. Treinamento de Redação 3º ano Leia os textos abaixo. Eles deverão servir de referência parcial para suas argumentações. Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa através da qual você discorra sobre a seguinte frase: “O respeito à dignidade da pessoa humana deve ser o limite à liberdade de expressão.” (Deputado Jean Wyllys – PSOL-RJ). Apresente proposta de ação social que vise atenuar com o problema da violência contra homoafetivos, no Brasil, sem ferir os Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Texto 01 O parágrafo único do PL (Projeto de Lei nº 5003/01, de autoria da ex-deputada Iara Bernardi (PT-SP)) estabelece a proibição da “adoção de qualquer prática discriminatória e limitativa para efeito de acesso a relação de emprego, ou sua manutenção, por motivo de sexo, orientação sexual e identidade de gênero, origem, raça, cor, estado civil, situação familiar ou idade, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção ao menor [...]”. O texto estabelece penas diversas a práticas consideradas homofóbicas. Texto 02 É de conhecimento geral que a maioria das religiões considera a prática homossexual como sendo uma conduta que deve ser evitada. (...) Se por um lado não podemos deixar de combater a discriminação (não só contra homossexuais, mas contra toda e qualquer espécie de discriminação), não podemos, por outro lado, nos esquecer da liberdade religiosa. Trata-se, então, de questão de choque entre dois direitos humanos fundamentais. (Enéas Castilho Jr – Advogado) Texto 03 Texto 04 Art. 5º da Constituição Brasileira: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: III - ninguém será submetido à tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; A seeguir, a proposta de d redação para esta semana. Analisee-a, anota ando as ideias i do tema e dos textos de ap poio. Façaa seu plaanejamen nto e escrreva seu teexto. Prroposta Temática T 2 – Professsor Tárciio Carvallho Com m base naa leitura dos d textoss motivad dores seguuintes e nnos conheecimentos consstruídos aoo longo de d sua forrmação, reedija textoo dissertattivo-argum mentativo em norma n paddrão da língua porttuguesa attravés da qual vocêê discorra sobre as calam midades que assollam a saú úde públiica no Brrasil. Apreesente pro oposta de açãoo social quue vise atenuar a essa grave mazela soocial, sem m ferir oss Direitos I. Hum manos. Seelecione, organize e relaciione, de forma ccoerente e coesa, argum mentos e fatos paraa defesa dee seu ponto de vista. I. I. Presidêência da Reepública Casa Civill LEI Nº 8.080, DE 19 1 DE SET TEMBRO DE D 1990. Dispõe sobre as condições para a prom moção, proteeção e recupperação da ssaúde, a organnização e o funcionamento dos serrviços correespondentess e dá outrass providênccias. TÍTU ULO I - DA AS DISPOSIIÇÕES GER RAIS Art. 2º A saúde s é um direito funddamental do o ser humanno, devendo o Estado prrover as coondições inddispensáveiss ao seu pleeno exercíciio. § 1º O devver do Estaddo de garanttir a saúde consiste c na formulação f e execução o de polítiicas econôm micas e sociiais que viseem à reduçãão de riscos de doençass e de outross agravvos e no esttabelecimennto de condiições que asssegurem accesso univerrsal e igualiitário às açções e aos seerviços paraa a sua prom moção, proteeção e recupperação. § 2º O devver do Estaddo não excluui o das pesssoas, da fam mília, das em mpresas e da socieedade. II. III. O que é o Programa Mais Médicos? ''Um passo ousado e corajoso'', assim justificou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a polêmica do Programa Mais Médicos, em discurso, nesta segunda-feira, 26, em Brasília, a médicos estrangeiros que passarão por processo de avaliação nas próximas três semanas. Na ocasião, o ministro afirmou que os brasileiros estão agradecidos. “O povo brasileiro está muito emocionado e muito feliz com o fato de vocês terem aceitado nosso convite para atender a população que mais precisa." No Ceará, fazem parte desta fase, 92 profissionais cubanos, que terão aulas em universidades públicas federais, sobre saúde pública, com foco na organização e funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e língua portuguesa. A partir de 16 de setembro, eles serão encaminhados para atender a população nas unidades básicas de saúde dos municípios que não foram selecionados por nenhum médico brasileiro nem estrangeiro. Os médicos que não alcançarem desempenho satisfatório serão desligados do programa e voltarão aos seus países. Ministérioda Saúde 26/08/2013 COLÉGIO OFICINA 1 PROPOSTA DE REDAÇÃO I TEXTO 01 A medicina que, no passado, era simples, ineficaz e razoavelmente inócua, com a revolução tecnológica se tornou complexa, eficaz, mas potencialmente perigosa. Publicação recente da American Hospital Association aponta o número de 98 mil para as mortes anuais nos EUA em consequência de erros cometidos na prática médica. Assinala que, naquele país, morrem mais pessoas a cada ano em resultados de erros cometidos nos atos médicos do que em acidentes rodoviários (43.458), câncer de pulmão (42.297) ou AIDS (16.516). Estes números assustadores revelam que as iatrogenias e os erros profissionais do médico poderão se tornar o maior problema de saúde no século XXI. Este cenário trágico poderá ser revertido se formarmos médicos além de tecnicamente competentes, que sejam portadores de sólido embasamento ético-humanístico, capazes, portanto, de estabelecer uma relação médico-paciente generosa, solidária, empática e prudente. Jecé Freitas Brandão, Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia TEXTO 02 Naturalmente os pressupostos da Ética Médica são direcionados aos médicos no seu exercício profissional, ou seja, durante o ato médico. Moura Fé (2000:1) imagina que a Medicina nasceu com o homem. Cita que: “Quando o primeiro ser humano se queixou de dor, a mão de alguém se estendeu para trazer alívio. Ali ocorria o primeiro ato médico”. Assim sendo, acredita que o nascimento da Medicina tem uma ligação muito íntima com o sofrimento humano e a tentativa de minimizá-lo. A força propulsora que gerou a atividade médica foi o desejo de curar as doenças. Todavia, nem sempre isto é possível, e o mesmo autor orienta que a conduta médica deve: “curar quando possível, mas aliviar sempre”. Neste sentido, o foco da Medicina sai da cura e passa a ser o cuidado, buscando aliviar o sofrimento. O autor ressalta que é necessário que se reconsidere de forma premente a inclusão do humanismo na formação acadêmica do médico. O humanismo que é capaz de fazer do médico não um técnico especializado na máquina humana, mas um ser que compreende a integração perfeita entre a matéria e o espírito (PEREIRA, 1985:184). O mesmo autor defende ainda que de nada vale um diagnóstico bem elaborado através de sofisticados exames, sem a aproximação efetiva e afetiva do médico. Muitas vezes a dedicação é suficiente para dirimir a angústia e o padecimento dos dias restantes de um paciente terminal. Mais vale, por vezes, uma palavra de carinho, um afago, do que medicações de última geração. TEXTO 03 A filosofia hipocrática defende que a ação do médico deve ser realizada inicialmente em benefício do paciente, esta postura evita a caracterização de uma ação primariamente comercial e sim numa relação de ajuda e confiança, sendo este princípio denominado de princípio da obrigação fiduciária e posteriormente princípio da lealdade prioritária ao paciente, que se constitui um dos componentes essenciais da Ética Médica. Três valores hipocráticos merecem consideração para o exercício da profissão: a filantropia, a filosofia e a filotécnica. O primeiro a filantropia cujo significado é amor às pessoas, amor aos seres humanos, trata-se de gostar de gente. O médico deve no mínimo gostar dos pacientes para ao menos consolar quando não consegue curar ou aliviar o sofrimento humano. Vale ressaltar que o oposto da filantropia, ou seja sua negação, seria a indiferença, que também pode ser relatada como a falta de indignação com atitudes descabidas, socialmente prejudiciais. Já o termo filosofia significa amor ao conhecimento, seria gostar de aprender. Refere-se a uma pessoa desejosa de saber cada vez mais, de se atualizar, de descobrir, seria o prazer do conhecimento. O princípio da filotécnica refere-se ao amor a arte, no sentido de oficio, ocupação, profissão, seria gostar do seu trabalho, amor pelo que faz. Neste sentido seria dedicar-se ao trabalho com amor (SÁ JR, 2002:80). Este conjunto de valores poderia formar o ideal de médico, como formação primária seria um arcabouço para receber posteriormente o substrato. (...) Neves, Nedy Cerqueira. Ética para os futuros médicos: é possível ensinar? / Nedy Cerqueira Neves. – Brasília: Conselho Federal de Medicina, 2006. PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir dos fragmentos apresentados, construa um texto dissertativo-argumentativo posicionando-se sobre a seguinte afirmativa: “O humanismo é capaz de fazer do médico não um técnico especializado na máquina humana, mas um ser que compreende a integração perfeita entre a matéria e o espírito” Pereira (1985:185) 2010Salvador/Revisão 2011/Rev_Bahiana2011.1/20101126_Redação.pmd/lau COLÉGIO OFICINA 2 TEXTO COMPLEMENTAR Pesquisas e leituras adicionais levaram à constatação de que muitos conceitos precisavam ser revistos, porque a disciplina se origina e se embasa em questões filosóficas, não rotineiras ao currículo da graduação em Medicina. Além disso, o ensino de Ética Médica encontrou resistência nas faculdades, sendo subjugado a pequenas cargas horárias e não recebendo a necessária importância, tanto do corpo docente quanto do discente. Como matéria, a Ética Médica se propõe a desenvolver valores no aluno, orientando para os aspectos éticos e humanísticos da profissão, propiciando a formação de preceitos morais, além de possibilitar o conhecimento de filosofia, sociologia e direito. O Conselho Regional de Medicina da Bahia (CREMEB) recebe mensalmente entre 30 e 40 denúncias contra médicos, demonstrando que a sociedade clama por mudanças. A justificativa da escolha do tema é consequência da reflexão sobre humanização da Medicina, pois, segundo Pereira (1985:185): “O humanismo é capaz de fazer do médico não um técnico especializado na máquina humana, mas um ser que compreende a integração perfeita entre a matéria e o espírito”. (...) Atualmente a Medicina tem um cunho técnico-científico muito grande, gerador de uma gama de exames e procedimentos dando um novo direcionamento à Medicina científica ocidental contemporânea. Este modelo não deve evoluir para o distanciamento da relação médico-paciente, mas para auxiliar o diagnóstico e a terapêutica. Desta forma o percurso da disciplina contextualiza este significado norteado pelo aprendizado do “saber-ser”, saber se conduzir frente aos inúmeros problemas interpostos pela atividade profissional. Este aprendizado é tão importante quanto o “saber-fazer” e o “saber-saber”, que estaria relacionado ao conhecimento técnico-profissional. A disciplina, portanto, possibilita a reflexão, tirando o aluno da alienação e levando-o à tomada de consciência para os aspectos sociais e das transformações societárias. Vale a pena incentivar o desenvolvimento do pensamento crítico sobre o papel do médico na comunidade, assim como sua atitude frente a determinados dilemas éticos e morais. Origem etimológica A palavra ética, do latim éthicus e do grego éthikós, etimologicamente é o ramo de conhecimento que estuda a conduta humana, estabelecendo os conceitos do bem e do mal, numa determinada sociedade em uma determinada época (CUNHA et al., 1986:336) . De acordo com McFaden (1961:164) a palavra ética deriva do grego ethos, que significa costume ou prática, maneira característica de agir nos atos deliberados do ser humano. De acordo com o Dicionário de Filosofia (BLACKBURN, 1997:129) ética (do gr.ethos: caráter) é o estudo dos conceitos envolvidos no raciocínio prático: o bem, a ação correta, o dever, a obrigação, a virtude, a liberdade, a racionalidade, a escolha. É também o estudo de segunda ordem das características objetivas, subjetivas, relativas ou céticas que as afirmações feitas nesses termos possam apresentar. Pode também ser definida como os estudos dos juízos de apreciação que se referem à conduta humana suscetível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja de determinada sociedade numa determinada época, seja de modo absoluto. Ética é hábito, arte, de fazer o bem, que torna bom aquilo que é feito e quem o fez (PLATÃO, 428 a. C., apud ROSAS, 2004:1). A ética propriamente dita como estudo sistemático sobre os conceitos relativos ao bem e ao mal, supõe-se que nasceu quando o ser humano começou a refletir como seria a melhor maneira de viver e conviver. Este estágio reflexivo, provavelmente, iniciou-se após o desenvolvimento de algum tipo de moralidade nas sociedades humanas, na forma de padrões de comportamento de conduta certa e errada. Faz-se necessário um momento de reflexão sobre questões verdadeiramente éticas suscitadas pela vida e as que são os reais alicerces dos códigos morais e de conduta da área médica. Diferenciar conduta moral “pessoal” de conduta moral “profissional” é inviável e disto têm conhecimento os profissionais que trabalham com os conceitos de pessoa, responsabilidade, respeito, verdade, consciência, autonomia, justiça entre outros, presentes no cotidiano da prática médica e que deverão ser interiorizados, como valores, para que possam balizar o comportamento médico. Não apenas o paciente deve ser visto como pessoa na totalidade de seu ser, liberto de processos alienantes, mas também o médico e o estudante de Medicina (CAMARGO, 1996:50). (...) As teorias éticas são elaborações filosóficas que se encaminham na elucidação da natureza da situação ética, na elucidação conceitual e nos questionamentos. A terceira categoria é a que mais se aproxima do tema relacionado à Disciplina de Ética Médica, porque trata da normatização de condutas. A ética retrata o acordo entre a consciência e os preceitos consagrados. Seria uma avaliação acerca dos costumes, podendo aceitá-los ou reprová-los, de acordo com os valores da cultura que a sociedade estabeleceu como padrão de comportamento. Dessa forma a ética traz em seu bojo a ideia que seu aprendizado se faz juntamente com o processo de aculturação, com os valores que determinam a conduta humana (CUNHA, 1994:7) . Na definição deste autor a decisão estaria relacionada a um processo racional, fazendo com que as atitudes humanas se definam de acordo com a formação individual. Rosas (2000:1) afirma que: “Ética é o estudo do comportamento humano visando a sua valorização”, ou seja, atribui-se significados e valores aos atos, com a finalidade de se avaliar o que é bom e o que é mau. O ser humano nasce sem juízo e os adquire durante a vida, com os ensinamentos da família, nas experiências vividas na comunidade e na postura na sociedade que está inserido. Este conceito abarca os aprendizados que o indivíduo traz a partir das experiências vividas. De acordo com Gomes (1996:54): Ética se constitui no princípio e fim da própria vida, no sentido que se torna o próprio sentido da existência, a razão essencial de ser e haver, o motivo pelo qual a existência se relaciona com o todo, pelo qual se transforma e por sua vez transforma o próprio meio agente e sujeito dessa mudança. O pensamento descrito acima, traz a rede relacional dos conceitos com a própria vida, portanto, não existiria vida sem ética. De acordo com o autor, a ética é inerente ao indivíduo pensante. O conceito de ética remete a algo mais vasto, implica 2010Salvador/Revisão 2011/Rev_Bahiana2011.1/20101126_Redação.pmd/lau COLÉGIO OFICINA em uma análise crítica dos costumes que podem ser aceitos ou questionados pelo sujeito da ação. Estes valores formam o Axiograma de cada pessoa, que seria a autodeclaração de valores e antivalores, de acordo com a teoria dos valores, Axiologia. (Fernandes, 1998: 137). Para falar de ética deve-se ter consciência de que qualquer tentativa de construção de uma ciência de valores terá a espinhosa tarefa de romper com a política (BIGNOTTO, 1992:36). Assim, ética implica em juízo de valores e vem de dentro para fora do indivíduo, está imbricada com o seu próprio eu e depende das opções dadas ao sujeito, portanto, precisa de liberdade. Pelo exposto, entende-se que diante de uma determinada situação, o ser humano age de uma determinada maneira, de acordo com seus valores e com as alternativas que tem no momento, fazendo, portanto, suas escolhas. Além de necessitar de liberdade, o exercício da ética implica em responsabilidade. A ética, deste modo, convida o indivíduo a tomar parte na elaboração das regras de sua conduta. Os comandos éticos engajam sempre a liberdade do sujeito, afirmando sua autonomia, condição, si ne qua non, para o diálogo da ética. Desta forma, a ética é individual e crítica, implica em liberdade de escolha e responsabilidade. Neste sentido, a ética será sempre fruto de um debate societário, entre sujeitos conscientes e livres para definirem valores, condutas e regras concernentes ao seu futuro e ao futuro da sociedade em que vivem (Gomes, 1996:54). Desta maneira, de acordo com o autor é impossível o exercício da ética na ausência do estado de direito democrático, quando há cerceamento de pensamento e da palavra e, por conseguinte, impossibilidade de escolhas. 2010Salvador/Revisão 2011/Rev_Bahiana2011.1/20101126_Redação.pmd/lau 3 A ética é alvo em movimento, cuja posição espaço-temporal é determinada por variáveis sóciopolíticas a cada sociedade, não sendo possível, assim, associar a “ética absoluta” à arte médica. Muitas intervenções médicas estiveram fora do universo ético em algum momento histórico. Questiona-se como é possível proteger o individuo e ao mesmo tempo rejeitar preconceitos e não sucumbir ao medo (SANTOS, 2004:16-17). A edificação de preconceitos é realizada de forma inconsciente e antecede a formação universitária, deste modo, refletir sobre o tema é uma boa prática para a eliminação de conjunções rígidas. A identificação dos valores permite classificá-los, assim como atribuir diferentes pesos a cada um, buscando os que facilitam as inter-relações humanas e valorizando os que trazem mais benefícios aos cidadãos. (...) As novas tecnologias trouxeram para a área médica, inúmeros dilemas éticos. Questões relativas à engenharia genética, fertilização in vitro, intervenções na herança genética, transplantes de órgãos e tecidos, assistência em unidades de terapia intensiva com equipamentos de última geração para manutenção e prolongamento da vida, colocaram o médico diante de situações inusitadas não relatadas especificamente em tratados de condutas. Como agir em situações de risco em que dois pacientes necessitavam de um único aparelho ventilatório existente na unidade? Ou como lidar com famílias que são contrárias a transfusões sanguíneas por crenças religiosas? Neves, Nedy Cerqueira. Ética para os futuros médicos: é possível ensinar? / Nedy Cerqueira Neves. – Brasília : Conselho Federal de Medicina, 2006. PROPOSTA DE REDAÇÃO PROFESSOR: Abdon Guerra Com base na leitura dos textos abaixo e nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão escrita da língua portuguesa sobre o seguinte tema: A mulher no século XXI e a luta contra o preconceito de gênero, apresentando sugestões ou medidas interventivas que respeitem os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista. TEXTO 01 Apesar dos direitos conquistados pela mulher ao longo dos últimos anos no mercado de trabalho, como a licença maternidade e a licença para aleitamento materno, ela ainda enfrenta alguns preconceitos. A opinião é da diretora da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 1ª Região (Amatra1), juíza Márcia Cristina Cardoso. "No Brasil, as mulheres já são 97,3 milhões, contra 93,4 milhões de homens, mas a nossa igualdade, de verdade, ainda não foi alcançada, porque o velho problema do desnível salarial persiste”, disse a juíza. Persiste também, segundo ela, o preconceito na distribuição dos cargos de liderança. “As mulheres ainda representam apenas 27% [das chefias]”. Embora várias instituições públicas mostrem um número crescente de juízas, de ministras e de mulheres liderando, “desde a presidente Dilma Rousseff”, a magistrada analisou que ainda há essa distância em termos de igualdade nos cargos de liderança. “E ainda existe diferença salarial”. No entanto, a juíza acredita que, no cômputo geral, os avanços registrados pelas mulheres superam as deficiências. Segundo ela, as mulheres ampliaram sua participação na população economicamente ativa, que passou de 44,4%, em 2003, para 46,1%, em 2011.“No setor de serviços, nossa situação está melhor, mas na parte da indústria nós estamos ainda com 49,7%, contra 66,7% de homens”. Já o trabalho doméstico está diminuindo. “Nós tínhamos uma porcentagem de 16,7% e hoje são 14,5%”. Os dados são do IBGE. Segundo a juíza, há avanços, ainda que não tão rápidos.“Mas, realmente, nós temos avanços palpáveis, bastante mensuráveis e sólidos, porque eles vêm se consolidando ao longo do tempo”. “Hoje em dia nós somos uma maioria especial, porque temos mais mulheres do que homens no mercado de trabalho”.Ela lembrou que o modelo de mulher que não trabalhava por imposição social, que ficava restrita ao lar, “está ficando para trás”. Fonte: Agência Brasil TEXTO 02 Ninguém sofreu uma opressão tão prolongada ao longo da história quanto a mulher. Mutiladas em países da África com a supressão do clitóris; censuradas em países islâmicos onde são proibidas de exibir o rosto; subjugadas como escravas e prostitutas em regiões da Ásia; estupradas em sua dignidade, despidas em outdoors e capas de revistas, condenadas à anorexia e à bulimia, impedidas de envelhecer nas sociedades “livres e democráticas do Ocidente”; carregam o maior peso da pobreza que atinge 4 dos 7 bilhões de habitantes da Terra. As belas, burras, meigas e obedientes têm mais ”valor de mercado“ do que as feias, inteligentes e desobedientes (seja lá o que representem esses conceitos). Texto 03 Mulher da Vida Milton Nascimento Mulher é muito mais que ter um sexo É mais que ser do homem complemento É mais que ser o avesso e o diverso Mulher é muito mais que sofrimento Mulher é muito mais que companhia É mais que ser sujeito ou objeto É mais que ser amor e alegria Estrela Montenegro do universo [...] Mulher é a vida A vida é mulher Toda mulher é mulher da vida Link: http://www.vagalume.com.br/simone/mulher-da-vida.html#ixzz2RwMkDXGJ PROPOSTA DE REDAÇÃO Professor: Abdon Guerra Com base na leitura dos textos abaixo e nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal sobre o seguinte tema: Disputa de espaço nas ruas: um problema de infraestrutura ou incivilidade?, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista. Texto 01 Sempre gostei de bicicleta, passei minha infância e adolescência em cima de uma, percorrendo longas distâncias e me arriscando, tentando não arriscar a vida dos outros. Mas agora, em plena obsolescência, tenho a impressão de que bandos de usurpadores roubaram-me o prazer de passear sobre duas rodas. Pior, e não é impressão, esses bárbaros que se apresentam como militantes não apenas impedem qualquer um de ser ciclista, como ameaçam quem tenta ser. Se isso ocorresse só no mundo concreto, já seria horrível. Mas eles vão muito além, e atacam seus alvos pelas redes sociais, blogs, fóruns de discussão e sites. Eles pedalam por todos os mundos possíveis. Os cicloativistas – os quais prefiro chamar de ciclochatos ou velobestas – tornaram-se uma ameaça à segurança e à dignidade do cidadão. Luís Antônio Giron, http://revistaepoca.globo.com/cultura/luis-antonio-giron/noticia/2012/06/parem-os-ciclistas.html - 07/06/2012 Texto 02 A incivilidade nas vias decorre do stress dos congestionamentos. Até morte por tiros já ocorreu. Acidentes com ciclistas, motoboys ou pedestres decorrem da disputa do exíguo espaço viário, que tem impedido destinar a eles um espaço segregado e protegido. Existem milhares de ruas com calçadas de apenas um metro de largura, onde postes, árvores e inclinação lateral obrigam o pedestre e o ciclista a andar na rua. Carros cada vez maiores, que vão se assemelhando a veículos militares de combate para impor respeito, proliferam na guerra diária do trânsito. Cândido Malta Campos, http://www.estadao.com.br/noticias/suplementos,horizontes-urbanos,734252,0.htm TEXTOS COMPLEMENTARES Chatos sobre duas rodas Quem é o sujeito mais chato da cidade? Não sei, mas tenho a impressão de que é o Poeta Sem Poesia e Sem Obra. Esqueci o nome, alguém sabe? Toda vez que um livro é publicado, o sujeito entra nas redes sociais e, sem ler a obra, tenta desconstruir o autor. Não, o Poeta Sem Poesia e Sem Obra é o ser mais invejoso da capital do Paraná. Talvez a chatice se revele plenamente na Banda da Internet, a que lançou a canção de uma frase só, e depois sumiu. Esqueci o nome do projeto, chato, muito chato. O sujeito mais chato da cidade são vários. É uma legião. São os chamados cicloativistas. Eles são chatos por serem equivocados. Em primeiro lugar, pelo óbvio ululante. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) informa que tem chuva a cada dois dias em Curitiba. Como o sujeito que pedala poderá se deslocar? Vai chegar encharcado e sujo aos compromissos? Além da onipresente chuva, há uma outra questão. Vamos supor que o cicloativista more no Sítio Cercado e trabalhe no Centro. Vai sair de casa e suar 17 quilômetros antes de bater o cartão? O cicloativismo é farsa. É fraude, sobretudo, porque quem se diz cicloativista mora perto. De tudo. São pessoas que podem caminhar, poucos passos, até o trabalho, a escola, o bar e o evento. Mas não. Cicloativismo é proposta de uma minoria mimada e chata que, a exemplo de um candidato a ditador latinoamericano, engrossa a voz para – autoritariamente – enunciar ordens e equívocos. O que caracteriza o cicloativista, além da chatice, é – de fato – o autoritarismo. Qualquer pedestre sabe que nas calçadas e, pior, nas ciclovias, cada passo é uma África. Os sujeitos que circulam sobre duas rodas, com capacete e ideologia, são tão agressivos como os motoristas descontrolados. Querem se impor e, em ação afirmativa, quase atropelam – diariamente – bípedes com polegar opositor que apenas caminham. O ciclativista é como o Poeta Sem Poesia e Sem Obra: reclama que o mundo deve algo a ele. Mas não faz nada para mover a roda viva. Ou melhor, faz sim. O ativista de bike quer circular em meio aos carros, mas segue na contramão, sobre calçadas, fazendo tudo errado, inclusive a desrespeitar sinais de trânsito. Nem motorista, nem pedestre, o cicloativista é, além de chato, o equívoco social contemporâneo. Quer causar. Busca autopromoção. E, ora direis, consegue holofote e até ocupa espaço no jornal. Hoje, invadiu até esta coluna. Há sujeito mais chato? Sim. Talvez, eu. ***** Gazeta do Povo - Marcio Renato dos Santos 17 TEXTO 02 "Chatos sobre duas rodas" - uma resposta ao jornal Gazeta do Povo. Resposta ao artigo Chatos Sobre Duas Rodas, publicado pelo jornal Gazeta do Povo. Não podemos falar por toda a diversidade de cicloativistas, organizações e coletivos correlatos, mas entendemos que podemos compartilhar a crítica ao artigo, que foi uma injusta desqualificação ao cicloativismo. O MOTE DO CICLOATIVISMO. O cicloativismo desenvolve e avaliza propostas técnicas? Talvez sim, mas se este for o mote principal, os cicloativistas que se preparem para trabalhar de graça para terceiros. O cicloativismo deve estar atento para a manipulação e não se transformar em lobby para validação de projetos do IPPUC e da prefeitura, caso contrário, que se preparem para trabalhar para terceiros novamente... São pequenos erros que não diminuem a importância do cicloativismo, mas sim colaboram para seu amadurecimento. O cicloativismo desenvolve uma proposta política? Possivelmente sim, visando propostas a um coletivo mais amplo: os cidadãos. CICLOATIVISMO X ACESSO À CIDADE. Uma questão importante é a íntima relação da mobilidade urbana com a especulação imobiliária. Como é possível propormos a alguém deslocar-se 30 km por dia para ir e voltar do trabalho ou para ter acesso à cidade como um todo (saúde, educação, lazer, etc...)? Certamente há uma complicada pergunta que deveria vir antes dessa: Porque os trabalhadores que constroem a cidade (especialmente os “braçais”) moram tão longe? AUTORITARISMO E REPRESENTATIVIDADE. O cicloativismo legítimo não tem a pretensão de ser representante dos ciclistas de Curitiba. A proposta pode ser mais política, levantando um debate mais amplo. Não se pode falar pelo ciclista que opta pela bicicleta por que não tem dinheiro para passagem de ônibus. Entretanto é possível denunciar as dívidas do atual modelo de mobilidade urbana para com estas pessoas. A proposta de viés político precisaria incluir um diálogo e comunicação muito mais amplos, mas não se tem a potência de comunicação sequer próxima das grandes mídias privadas ou governamentais que atualmente monopolizam os debates sobre quaisquer questões sociais e coletivas. O que resta é o grito e a atitude. Em tempo: oportunismo e autoritarismo podem ser qualquer coisa menos cicloativismo legítimo. ELITISMO. Sim, em termos muito relativos, somos elite. E é apenas por isso que geramos algum impacto em nossas demandas. Pobre não consegue fazer isso, seja por falta de redes de influência, falta de recursos, organização, etc... É importante ressaltar que esta definição de elite é extremamente relativa, pois os cicloativistas não são os donos das concessionárias de ônibus, transnacionais automobilísticas, latifundiários urbanos ou ainda seus parceiros do governo. Aliás, é esta a classe de “elites absolutas”, que de forma autoritária ou sedutora conduzem o “negócio da mobilidade urbana”. O cicloativismo de Curitiba pode se esforçar mais para ser um meio complementar para atingir o amplo acesso à cidade por todas e todos? Sem dúvida, mas também já está muito amadurecido em sua proposta anti-consumista, alertando ainda sobre a ameaça do racionamento energético, a segurança e a viabilidade do tráfego, restrições cada vez maiores ao urbanismo de metrópoles. MAS COMO O CICLOATIVISMO TEM PROTAGONIZADO? Com erros e acertos, de diversas formas em Curitiba. Suas pressões auxiliam o debate relacionado a mobilidade urbana. A fragilidade dos ciclistas (de qualquer classe) é denunciada constantemente nos acidentes com carros e nos conflitos com o "negócio do transporte coletivo modelo". Certamente sempre é possível amadurecer e, neste momento, pode-se avaliar a unificação de pautas com movimentos pela acessibilidade à pessoa com deficiência, movimentos sociais pelo transporte público em oposição ao "negócio do transporte coletivo modelo" e, indo mais adiante, as “engenharias financeiras” que levam a uma cidade sectária. SOBRE A LINHA EDITORIAL DO JORNAL GAZETA DO POVO. É interessante notar como as grandes mídias tratam destas questões sob ótica questionável, senão vejamos: - Semanalmente, um caderno inteiro do jornal de domingo tem editorial dedicado à promoção dos novos lançamentos da indústria automobilística, especialmente os luxuosos SUV´s. - O grave acidente no transporte coletivo do Rio de Janeiro (8 mortos – mais que o atentado de Boston) é tratado como culpa do motorista e do usuário, com a mais absoluta isenção da concessionária, que possuía mais de 40 multas só no ônibus em questão (multas de outros motoristas – não o acusado). - Em Porto Alegre, a luta contra o tarifaço no transporte coletivo mobilizou milhares, incluindo os cicloativistas de lá, e praticamente nenhum espaço foi dado a uma reportagem deste fenômeno que vem ocorrendo também em outras metrópoles. - Localmente, em Curitiba, situações gravíssimas já foram denunciadas por este blog e continuam sem uma cobertura mais aprofundada e perene. O autor do artigo poderia contribuir ainda mais para o debate da mobilidade urbana e acesso a cidade se propusesse ou desenvolvesse com frequência matérias mais aprofundadas no debate. Sabemos das dificuldades que ele enfrentará se considerar o papel da mídia como comunicação popular isenta, mas não vamos desqualificá-lo se não tiver o êxito desejado. Esperamos sim que ele entenda que também os cicloativistas estão inseridos numa realidade de limitações, com um elevadíssimo custo pessoal ao levantar pautas coletivas que confrontem o atual sistema políticoeconômico. A crítica pode ser válida em sua essência, mas a maneira como é feita pode ser menos superficial. PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos abaixo e nos conhecimentos adquiridos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre Os problemas advindos do excesso de exposição no “ mundo virtual” , já que as ações humanas têm responsabilidade social, econômica, penal e ética no mundo real em que vivemos.. Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa do seu ponto de vista. TEXTO 01 Crimes na internet 2000 é a média de denúncias diárias recebidas pela SaferNet Brasil, organização não-governamental brasileira cuja missão é a defesa dos direitos humanos na internet. As denúncias dizem respeito a crimes diversos, tais quais pedofilia, racismo, incitação a maus-tratos contra animais, intolerância religiosa, tráfico de drogas, calúnia e difamação, dentre outros. Assim como às gerações passadas coube aprender a lidar com o rádio e a televisão, o nosso desafio é entender as especificidades da internet, utilizando-a na sua plenitude, mas com responsabilidade. A rede oferece um universo quase ilimitado de novos recursos, possibilitando o tráfego de informações numa velocidade nunca antes vista. Não deixa de ser, contudo, ferramenta, instrumento. A internet não se sustenta sem que seja alimentada, e quem a alimenta somos nós mesmos. Desde que a internet surgiu, intensificou-se o uso da expressão “mundo virtual”. E passamos a discutir a necessidade de um código de ética e de leis específicas para este novo plano. Mais adequado seria, no entanto, falar em “espaço virtual”, porque a internet faz parte do mundo real – e está regida pelas regras de conduta social que regulam as nossas relações físicas. Voltemos às duas mil denúncias recebidas diariamente pela ONG brasileira que se propõe a combater a criminalidade virtual. As provas colhidas pela instituição, que posteriormente são enviadas à Polícia Federal e ao Ministério Público, dizem respeito a crimes que estão previstos no Código Penal de 1940, ou em outras leis que também foram elaboradas muito antes de se imaginar o advento da internet. O crime de racismo, por exemplo, está previsto em uma lei promulgada em 1989. O de distribuição de material contendo pornografia infantil, por sua vez, foi estabelecido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que é de 1990. A internet se revelou um novo meio para prática destes delitos. Mas não é um mundo apartado, em que crimes podem ser praticados impunemente, como se aquele espaço não estivesse sob a égide da justiça brasileira. Essa história de “second life” é complicada... na prática, life mesmo, só temos uma. Via de regra, entretanto, o que se vê é que as práticas criminosas na internet são aquelas que já o eram antes dela. Isto é: difamar ou caluniar alguém, assumir a identidade de outra pessoa, furtar, expressar preconceito de cor, raça ou origem, já eram moralmente e legalmente condenáveis antes da criação da internet. Ou será que invadir o “internet banking” de alguém, e transferir determinada quantia, é tão diferente de furtar-lhe a carteira na rua? Outro aspecto interessante da nossa relação com a internet é a ilusão do anonimato. E antes mesmo de desmistificar essa noção, precisamos entender que o anonimato representa deslealdade, tanto nas relações físicas quanto virtuais. Tanto é assim que a Constituição Federal assegura a livre manifestação do pensamento, mas veda o anonimato. Então porque pensarmos que na internet estamos aptos a falar o que bem entendermos, sem nos identificarmos? Felizmente, cada vez mais, instrumentos tecnológicos possibilitam a identificação dos usuários no caso de prática de ilícitos. Recursos como o endereço IP, número que permite a localização de computadores conectados à internet, vêm se mostrando efetivos aliados da polícia no combate aos crimes virtuais, e na efetiva punição dos responsáveis. Diz-se que o homem revela o seu caráter quanto está sozinho – ou quando pensa que está, como é o caso de usuários da internet que não têm a exata dimensão que, embora sozinhos no “espaço físico”, não o estão no plano virtual. E, frente a isto, é inevitável que nos perguntemos: será que não é arriscado expor-se tanto? Será mesmo necessário fornecer tantas informações sobre as nossas vidas e rotinas em sites de relacionamento como o Facebook, no qual não podemos ter uma dimensão exata de quantas pessoas terão acesso àquelas informações? Além das questões de segurança, os novos dilemas trazidos pela internet são os mais diversos. Não podemos perder de vista, entretanto, que a rede não configura uma nova realidade, mas apenas um novo ambiente de convívio social. Por isso é que, ao questionarmo-nos sobre a “ética na internet”, melhor é pensarmos como nos portaríamos nas nossas relações “concretas”. Não esqueçamos que, embora aparentemente sozinhos frente ao computador, estamos conectados a milhares de outros indivíduos. E, mais, que as conseqüências dos atos praticados no virtual podem, sim, ser sentidas no plano físico. Pedro Leal Fonseca Ex-aluno do Curso e Colégio Oficina, graduando em Direito pela UFBA, estudioso de direito eletrônico e da internet e ex-analista de conteúdo da SaferNet Brasil (www.safernet.org.br). TEXTO 02 (ITA 2006) ENCOMENDANDO UMA PIZZA EM 2020 Telefonista: Pizza Hot, boa noite! Cliente: Boa noite! Quero encomendar pizzas... Telefonista: Pode me dar o seu NIDN? Cliente: Sim, o meu número de identificação nacional é 610204791993-8456-54632107. Telefonista: Obrigada, Sr. Lewis. Seu endereço é 1742 Meadowland Drive e o número de seu telefone é 494-2366, certo? O telefone do seu escritório da Lincoln Insurance é o 745-2302 e o seu celular é 266- 2566. De que número o Sr. ligou? Cliente: Bem, estou em casa. Como você conseguiu essas informações todas? Telefonista: Nós estamos ligados em rede ao Grande Sistema Central. Cliente: Ah, sim, é verdade! Eu queria encomendar duas pizzas, uma quatro queijos e outra calabresa... Telefonista: Talvez não seja uma boa idéia... Cliente: O quê? Telefonista: Consta na sua ficha médica que o Sr. sofre de hipertensão e tem a taxa de colesterol muito alta. Além disso, o seu seguro de vida proíbe categoricamente escolhas perigosas para a sua saúde. Cliente: É, você tem razão! O que você sugere? Telefonista: Por que o Sr. não experimenta a nossa pizza Superlight, com tofu e rabanetes? O Sr. vai adorar! Cliente: Como é que você sabe que vou adorar? Telefonista: O Sr. consultou o site "Recettes Gourmandes au Soja" da Biblioteca Municipal, dia 15 de janeiro, às 14:27h, onde permaneceu ligado à rede durante 36 minutos. Daí a minha sugestão... Cliente: OK, está bem! Mande-me duas pizzas tamanho família! Telefonista: É a escolha certa para o Sr., sua esposa e seus 4 filhos, pode ter certeza. Cliente: Quanto é? Telefonista: São $49,99. Cliente: Você quer o número do meu cartão de crédito? Telefonista: Lamento, mas o Sr. vai ter que pagar em dinheiro. O limite do seu cartão de crédito já foi ultrapassado. Cliente: Tudo bem, eu posso ir ao Multibanco sacar dinheiro antes que chegue a pizza. Telefonista: Duvido que consiga, o Sr. está com o saldo negativo. Cliente: Meta-se com a sua vida! Mande-me as pizzas que eu arranjo o dinheiro. Quando é que entregam? Telefonista: Estamos um pouco atrasados, serão entregues em 45 minutos. Se o Sr. estiver com muita pressa pode vir buscá-las, se bem que transportar duas pizzas na moto não é aconselhável, além de ser perigoso... Cliente: Mas que história é essa, como é que você sabe que eu vou de moto? Telefonista: Peço desculpas, apenas reparei que o Sr. não pagou as últimas prestações do carro e ele foi penhorado. Mas a sua moto está paga, e então pensei que fosse utilizá-la. Cliente: @#%/§@&?#>§/%#!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Telefonista: Gostaria de pedir ao Sr. para não me insultar... não se esqueça de que o Sr. já foi condenado em julho de 2009 por desacato em público a um Agente Regional. Cliente: (Silêncio) Telefonista: Mais alguma coisa? Cliente: Não, é só isso... não, espere... não se esqueça dos 2 litros de refrigerante que constam na promoção. Telefonista: Senhor, o regulamento da nossa promoção, conforme citado no artigo 3095423/12, nos proíbe de vender bebidas com açúcar a pessoas diabéticas... Cliente: Aaaaaaaahhhhhhhh!!!!!!!!!!! Vou me atirar pela janela!!!!!!!!!!!!!!! Telefonista: E machucar o joelho? O Sr. mora no andar térreo... TEXTO 03 Prof. Abdon Guerra Redação TEXTO 01 "Cada vez que respiramos, afastamos a morte que nos ameaça. (...) No final, ela vence, pois desde o nascimento esse é o nosso destino e ela brinca um pouco com sua presa antes de comê-la. Mas continuamos vivendo com grande interesse e inquietação pelo maior tempo possível, da mesma forma que sopramos uma bolha de sabão até ficar bem grande, embora tenhamos absoluta certeza de que vai estourar." Arthur Schopenhauer Texto 02 “(...) Dispomos de um número incessantemente aumentado de objetos e de lazeres: não se vê a sociedade mais radiante por isso. Consome-se três vezes mais energia que nos anos 1960: a quem faremos crer que somos três vezes mais felizes? A ideia é justa: o Produto Interno Bruto não é a Felicidade Nacional Bruta, a vida boa não pode ser confundida com o avanço consumista. (...)” Gilles Lipovetsky Texto 03 O homem moderno, ávido por relacionar-se, ao mesmo tempo em que busca uma relação, e desta maneira repudia a solidão, não abre mão de sua liberdade, e para manter a liberdade mantém a relação, entretanto, com uma outra configuração . Desta maneira, temos um novo modelo de relação amorosa: é a relação líquida, frouxa. O homem moderno busca o outro pelo horror à solidão, mas mantém este outro a uma distância que permita o exercício da liberdade. Diante da dúvida é que o outro e o eu se relacionam, toda relação oscila “entre sonho e o pesadelo e não há como determinar quando um se transforma no outro”. Zygmund Bauman TEXTO 04 O RIO E O OCEANO Diz-se que, mesmo antes de um rio cair no oceano ele treme de medo. Olha para trás, para toda a jornada, os cumes, as montanhas, o longo caminho sinuoso através das florestas, através dos povoados, e vê à sua frente um oceano tão vasto que entrar nele nada mais é do que desaparecer para sempre. Mas não há outra maneira. O rio não pode voltar. Ninguém pode voltar. Voltar é impossível na existência. Você pode apenas ir em frente. O rio precisa se arriscar e entrar no oceano. E somente quando ele entra no oceano é que o medo desaparece. Porque apenas então o rio saberá que não se trata de desaparecer no oceano, mas de tornar-se oceano. Por um lado é desaparecimento e por outro lado é renascimento. Assim somos nós.[...] Osho Texto 05 [...] O que será que será Que dá dentro da gente e que não devia Que desacata a gente, que é revelia Que é feito uma aguardente que não sacia Que é feito estar doente de uma folia Que nem dez mandamentos vão conciliar Nem todos os unguentos vão aliviar Nem todos os quebrantos, toda alquimia BUARQUE, Chico. O que será (à flor da pele).In: Chico Buarque – Ao vivo Paris Le Zenith PROPOSTA TEMÁTICA Nunca fomos tão barrocos. Se no século XVII o que permeava a angústia do Homem era o conflito existente entre o “pecado” e perdão divino, na contemporaneidade, com toda sabedoria e avanço tecnológico adquiridos, somos bombardeados por uma gama de incertezas, de natureza diversa, geradora de enorme angústia. A partir desse comentário, da leitura dos textos apresentados, das ideias neles contidas e da sua forma de enxergar o mundo, produza um texto dissertativo/argumentativo sobre o tema: O caráter barroco do Homem no século XXI