GT30. Renovação urbana e grandes eventos: mobilizações coletivas, políticas públicas e práticas informais na concepção, produção e gestão da cidade CONVIVÊNCIA INTERCULTURAL E POLITICAS CULTURAIS LOCAIS: SABERES TEÓRICOS E PRÁTICOS Beatriz Padilla (com Joana Santos) ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, CIES-IUL, Lisboa, Portugal [email protected] [email protected] Resumo As sociedades contemporâneas se caracterizam hoje por possuir um certo grau de diversidade, que varia conforme vários padrões e situações, embora um elemento que definitivamente tem vindo a contribuir no processo de transformação e incorporação da dita diversidade, é a imigração. Uma forma comum de abordar este fenómeno é faze-lo olhando para a chamada “integração” dos imigrantes, no entanto esta abordagem integracionista implica limitações. Um olhar diferente e mais abrangente resulta ao tentar perceber por um lado, como decorre a convivência intercultural a nível local (cidade/bairro) o que significa um olhar às relações entre autóctones e imigrantes no quotidiano e, por outro lado, como a organização de eventos interculturais, como política cultural da cidade/bairro, pode ser uma nova via de comunicação que fomenta o diálogo entre os diferentes grupos locais e o estado (câmara municipal). Esta parceria de stakeholders pode servir aos objectivos de renovação urbana, em bairros degradados onde os imigrantes convivem com autóctones identificados com culturas nacionais de cariz popular. Pretendemos explicar como convivem o cosmopolitismo com o bairrismo e como as políticas culturais ajudam ou não nesta convivência intercultural, tentando desvendar se as práticas ultrapassaram ou não o chamado “imaginário dos descobrimentos” e a lusofonia como justificação do diálogo. O trabalho que se apresentará faz parte dum projecto binacional (Portugal/Espanha) que compara duas cidades (Lisboa/Granada) e utiliza como método a etnografia em espaços formais e informais. Na aproximação aos conceitos de culturas de convivência e super-diversidade, começamos por desafiar o significado comum de multiculturalismo e interculturalidade do presente. A 1 globalização muitas vezes leva-nos a pensar que ser cosmopolita, multi ou intercultural e sensível a diversidade é um produto da história contemporânea sem antecedentes. Esta afirmação não é completamente verdadeira. Aliás, partir deste pressuposto é alinhavar uma reflexão que parte de uma visão reificada e estanque da noção de ‘cultura’. Uma vez que a ‘cultura’ se manifesta através da interacção, ela é resultado de dinâmicas relacionais entre actores sociais e a interconexão complexa que se estabelece entre estruturas objectivas e subjectivas de existência. Deste modo, poder-se-á alegar que a ‘cultura’ é a manifestação de sociabilidades que são quotidianamente forjadas (constituem uma articulação entre dimensões incorporadas das estruturas sociais e a experiência vivida dos sujeitos). Deste modo, não é possível abordar a ‘cultura’, a ‘interculturalidade’ (e outros termos análogos) sem ter em consideração que estas noções se referem fundamentalmente a processos que resultam das relações sociais em que os sujeitos se encontram imersos (Toren, 1999). Todavia, a ‘globalização’ efectivamente contribui para que a circulação de imaginários, discursos, atribuindo à comunicação seja mais veloz e nessa medida contribui para que o ritmo das transformações e a interacção entre mundos distintos sejam mais efémeros e mais difíceis de circunscrever. Valerá então a pena reforçar a ideia sustentada por Garcia Canclini, sendo esta a de que as culturas mudam e evoluem incorporando elementos de outras culturas, quer seja pela invasão, a migração, o turismo, quer seja mais recentemente por intermédio da internet e da televisão. As culturas por definição não são estáticas mas dinâmicas, ainda que no momento de as estudar, consigamos identificar elementos e características que as singularizam e/ou diferenciam umas das outras. Numa era cuja interdependência é exponencialmente mais visível e experienciada, as relações de poder assumem contornos multi -direccionais assumindo configurações que resultam da especificidade dos actores sociais e das instituições (em que se combina a manipulação de símbolos no espaço mediatizado). Se adoptarmos uma visão herdada de Bourdieu sobre o processo de construção identitária, ressalva-se que tem subjacente uma lógica política no campo social, e reside na capacidade que os grupos têm se definirem e criarem mecanismos para se defenderem. Assim, o mundo social é mediado por categorias construídas no espaço social. 2 Um olhar histórico às sociedades ajuda a perceber as mudanças, especialmente aquelas trazidas ou provocadas pelas migrações. Neste sentido, concordamos com Harvey que a compressão do tempo e espaço, são algumas das novas características das sociedades contemporâneas e possivelmente um novo marcador das diversidades e da mudança cultural, dando origem a práticas culturais mais imprevisíveis e voláteis. Uma última consideração antes de entrar no tema, é salientar que, tal como o assinalou Tourraine, hoje vivemos as forças centrípetas e centrífugas da diversidade e da homogeneidade na qual a cultura tem um papel duplo de unir e dividir ao mesmo tempo, e neste sentido, podemos perceber como na cidade intercultural e cosmopolita, o cultural é também uma força económica (Santos 2008) e até política. Tensões entre conceitos universais com instrumentalizações particulares e particularismos instrumentalizados procurando alcançar o universal, são dinâmicas presentes no domínio da definição de políticas e práticas de intervenção social, não descurando nesta amálgama a própria definição dos sujeitos, cuja ‘identidade’ se cria e recria (é negociada) ao sabor da convivialidade e sociabilidade decorrente da interacção e mobilidade encetada pelos sujeitos nos diversos espaços públicos e privados por onde se mobilizam, também eles pautados pelas vicissitudes advindas das relações de poder (Ribeiro, 2003). Tendo isto em conta e partindo do pressuposto que as cidades e as metrópoles hoje pretendem ser interculturais e cosmopolitas, nós temos como objectivo desenvolver uma abordagem às relações sociais e ao ‘contacto cultural’, partindo de uma perspectiva que reconhece os contextos de convívio como campos de poder onde diversas tensões emergem. Deste modo pretendemos desenvolver uma compreensão sobre as dinâmicas assim como os factores históricos, sociais e pessoais que intervêm na disponibilidade (ou não) dos sujeitos em conviver num meio ‘etnicamente’ e ‘culturalmente’ diversificado. Neste contexto o conceito de convivialidade apontado por Paul Gilroy, é-nos útil na medida em que este o define como sendo um conceito que designa “processos de co-habitação que tornam o multicultural um fenómeno recorrente da vivência quotidiana (…) é um conceito que aufere da capacidade de nos facultar recursos de distanciamento no que respeita à análise de raça, etnicidade e políticas”. Também Vertovec, propõe o conceito de ‘super-diversidade’ como um instrumento que possibilita ultrapassar as limitações associadas à projecção e imposição de categorias como a ‘etnia’, que eventualmente acaba por ofuscar a emergência de novas 3 conjunções estabelecidas pela interacção entre várias outras variáveis e indicadores” manifestamente expressas nas realidades sociais. Explicitado os referenciais teóricos e algumas das ferramentas analíticas que elas nos facultam importa mencionar que o trabalho desenvolvido, tem como base uma forte componente etnográfica em dois bairros diferentes de Lisboa, onde a ‘super-diversidade’ e o ‘convívio cultural’ assumem maior visibilidade (Mouraria e Cacém). Marco conceptual Como estudar a temática da convivencialidade e da diversidade de uma forma não tradicional? Ou seja, não focando-nos só nos imigrantes mas também incluindo os nacionais. Porque Lisboa e Granada e não Portugal e Espanha? A partida pensamos que o nível de generalização do “nacional” é demasiado abstracto e pouco preciso, e que o olhar nacional não retrata correctamente as características do local nem do bairro. No caso de Portugal, o fenómeno da imigração a nível nacional não é tão relevante como ao nível da Área Metropolitana de Lisboa, que concentra mais do 50% do fenómeno. No caso da Espanha, por um lado o fenómeno adquire características regionais muito diferentes e por outro, as comunidades autónomas desenvolvem uma diversidade de políticas para lidar (bem ou mal) com a imigração. Dai, que o estudo a nível local, seja desejável, e mais útil e permita também uma melhor comparação de âmbitos locais. Mesmo assim, o local pode ainda ser focado ao nível da área metropolitana, da cidade ou do bairro. No nosso caso, optamos por dois níveis, a área metropolitana e o bairro (embora podem existir diferentes definições do bairro). A área metropolitana foi escolhido porque na sedentarização e fixação da imigração, a ocupação dos espaços pode não coincidir com os limites geográfico da cidade, mas sim acontece geralmente dentro das denominadas áreas metropolitanas (AM) localizadas à volta das grandes capitais e que podem ou não funcionar em lógicas de cidades dormitórios, e onde muitas vezes acontecem os fenómenos de realojamento e/ou de fixação das populações migrantes (rurais e internacionais). Contudo, no coração das AM, geralmente no centro da cidade, acontecem fenómenos de degradação urbana onde também algumas populações migrantes se instalam em bairros populares. Em qualquer dos casos, interessa comparar como acontece tanto a convivência 4 entre nacionais e imigrantes e como decorrem as práticas e políticas culturais dentro do seio dos bairros. Assim a metodologia escolhida é o da etnografia duplamente multi situada dentro da AM e dos bairros, em Lisboa e Granada, embora hoje apresentemos só o caso de Lisboa, e pretendemos desvendar: 1-) como a convivialidade acontece no espaço public dos bairros ecolhidos: mercados, praças, ruas, negócios, sociabilidades evidentes, etc. (como a convivencialidade é vivida, experimentada /sofrida) 2) como a interculturalidade /diversidade é ensinada /aprendida /vivida nas escolas 3-) como a convivialidade é planificada / organizada para ser mostrada num evento intercultural, como exemplo claro de política cultural. Nesta apresentação, o foco será ao nível dos bairros, mesmo que inseridos nas AM de Lisboa, onde os imigrantes oferecerem o capital simbólico para enriquecer a cidade diversa cosmopolita, embora também sejam vistos ou percebidos como problema social a nível local. Embora ambas as áreas delimitadas para o estudo sejam efectivamente espaços caracterizados por uma diversidade cultural efervescente, situam-se em áreas que efectivamente suscitam representações sociais e imaginários distintos. Sintra, embora tenha um número significativo de redes sociais culturalmente diversificadas, do ponto de vista da imagem pública que cultiva, esta tende a apostar no turismo (dirigido ao centro) com referências a legados históricos, (optimizando os recursos que possui em termos de e monumentos e edifícios), a questão de diversidade cultural tende a não ser enaltecida enquanto dimensão potenciadora de mais-valia (pelo menos no que concerne do ponto de vista turístico, sendo que é passível de ser enquadrada em domínios relacionados com a segurança). Lisboa tende a apresentar-se mais como cosmopolita e intercultural, onde se entrecruzam dimensões como o lazer (turismo), o trabalho e a habitação (englobando neste domínio aspectos relacionados com a imigração, comércio ‘tradicional’, comércio ‘étnico’). Isto significa que as políticas de renovação e revitalização que actualmente 5 decorrem em determinadas áreas de Lisboa (como é o caso da Mouraria) são perpassadas também por agendas culturais que englobam turismo, gastronomia, entre outros aspectos que abrem maiores possibilidades à co-existência entre imigrantes e ‘nativos’. Esta duas imagens co-existem no que nós denominámos como “cosmopolitismo globalizado” e “localismo exótico” (numa primeira abordagem) São através destas (talvez) imagens antagónicas, enquadramos as culturas de convívio. In these antagonic, maybe not, images, we frame the convivial cultures. Algo que suscita algum interesse e atenção é o facto de o ‘discurso dos descobrimentos’ ser algo até ao momento absolutamente ausente, quer em reuniões, quer em conversas com os nosso interlocutores. Atendendo precisamente aos nossos interlocutores, e a invocação recorrente da vontade e necessidade de desenvolver um ‘convívio salutar’, renovar a Mouraria e dialogar, não deixamos (embora ainda seja uma hipótese preliminar que começa a transparecer através do terreno) de suspeitar que o discurso dos descobrimentos neste contexto e tendo em vista os objectivos dos actores sociais (institucionais mas não só), que procuram “na diferença, um bem comum”, seria um discurso contra producente. Na medida em que é um discurso, cuja instrumentalização possivelmente não produziria os efeitos pretendidos, tendo em conta todo o conjunto de representações (contraditórias) que lhe está associado (por um lado, a “grandiosidade da nação portuguesa”, a coragem a bravura e por outro fenómenos e condenáveis factos históricos como sendo a colonização, a escravatura, a hegemonia etc.). Instrumentos e Ferramentas teórico - analíticas: No que respeita aos quadros e conceitos (ferramentas analíticas) de que nos munimos, seguimos a sugestão da Mary Louise Pratt (1992) e a noção de “espaço de contacto” (contact space) por si apontada, para expressar o estabelecimento e desenvolvimento de relações entre pessoas geograficamente e historicamente separadas. Também entendemos que o recurso que Wise (2007) faz da noção de “espaço de contacto e da comunicação 6 (improvisada) entre ‘culturas’ diariamente encetada pelos actores sociais, como meio de desvendar as estratégias mundanas que as pessoas desenvolvem com intuito de cultivar e amenizar as eventuais diferenças” nos é particularmente útil. De acordo com Wise, as ‘estratégias mundanas’ são denominadas de “transversalidade quotidiana” que consiste na troca, estabelecida entre diferentes pessoas, que fomenta diversos processos de reconfiguração identitária. Ela recorre aos termos Intertwined biographies & Transversal enablers. A noção de “transversalidade” sustentada por Wise, tem como base outra noção, sendo esta a de “políticas transversais” desenvolvida pela Nira Yuval-Davis (2004). Esta noção pretende ilustrar “as estratégias inter – grupais que pretendem ultrapassar o conflito, por intermédio de diversos processos de negociação, que induzem reconfigurações identitárias nos sujeitos”. Por fim, socorremo-nos também de Santos (2008) e da sua sugestão no que respeita à crescente importância das políticas culturais direccionadas para a diversidade, como meio e instrumento de revitalização e renovação urbana (resolvendo problemas) que simultaneamente fomenta o turismo e o marketing cultural (criação de empregos). A seguinte tabela sintetiza as características dos bairros ou zonas estudadas: Mouraria Cacém Centro histórico Periferia Imigrantes recém-chegados Imigrantes sedentarizados / descendentes Autóctones Autóctones - Idosos - Retornados e migração interna - Jovens profissionais/artistas - Classe operária e média trabalhadora Sociedade civil organizada Sociedade civil pouco organizada Brecha geracional Várias gerações representadas Mercado imobiliário Mercado imobiliário - Aluguer - Proprietários 7 Redes sociais e familiares endogámicas Redes sociais diversificadas Concentração negócios étnicos Pouca visibilidade dos negócios étnicos Diversidade religiões Diversidade religiosa cristâ A Mouraria, tem sido um espaço de alguma história de intervenção urbana, com vários programas implementados ao longo do tempo. O último está a ser implementado neste momento e é conhecido como QREM, Plano de Desenvolvimento Social, no qual partcipam várias entidades que trabalham em parcerias (câmara municipal, associações, etc). Dos vários parceiros podemos mencionar o Alto-Comissariado para a Imigração e o Diálogo Intercultural (ACIDI) localizado perto ou no limiar do bairro, o novo gabinete do presidente da Câmara Municipal de Lisboa (no Largo do Intendente) que tem como objectivos “limpar/melhorar a imagem do bairro”, e “promoer a economia e os negócios a nível local”. Dentro do conjuntos de acções previstas, no relativo a políticas de renovação urbana, está se promovendo as denominadas de “cultural block”, no que se refere as políticas culturais e turísticas, pretende-se incluir o bairro da Mouraria no mapa mapa turístico de Lisboa capital, ilustrando o tradicional e cosmopolita ao mesmo tempo. Ainda em 2011, Lisboa foi sido nomeada e reconhecida como cidade intercultural, integrando agora a rede de cidades interculturais (devido ao trabalho desenvolvido no Festival Todos de 2009, que teve lugar na Mouraria. Uma primeira aproximação, permite-nos sugerir os seguintes tipos de convive Tipos de Convivialidade: - Convivialidade Económica (intercambio) nos centros comerciais e arredores • Com vizinhos (compras quotidianas) • Consumos étnicos e cosmopolitas 8 • Vendas de retalho - Convivialidade Turística • Itinerários turísticos • Visitantes / turistas pedestres - Convivialidade social, cívica, religiosa, cultural (proximidade & distancia) - Convivialidade nos eventos interculturais (vizinhos, autoridades, artistas, associações e pessoas de outsiders) - (Não) Convivialidade dos conflitos e as tensões (tráfico de drogas, prostituição, delinquência, etc.) No caso o Cacem, a situação é muito diferente. Ela é uma cidade semi-dormitório, mas com vida própria, e que recentemente tem sido algo duma nova reconfiguração administrativa (2001), pelo que as Juntas de Freguesias do antigo Cacém (Agualva, MiraSintra, São Marcos) do antigo território que integravam o Cacem, são novas e a ideia (comunidade imaginada) do Cacem como um todo ainda está presente. Assim, afirmamos que o Cacém tem múltiplas identidades: • Cacém como comunidade imaginada • Cacém como junta de freguesia • Cacém como espaço de contacto Estas mudanças significaram a reorganização do distrito escolar, mas até agora tem sido algo de uma renovação urbana limitada à nova estação dos comboios e avenida comercial. A ideia subjacente é a de melhorar a imagem do espaço à volta do comboio como passo obrigatório dos turistas em caminho de Sintra. Assim os tipos de convivialidade identificados neste território são: - Convivialidade económica de negócios tradicionais e étnicos (para os vizinhos) - Convivialidade social, religiosa e cultural (proximidade & distancia) - Convivialidade dos conflitos e tensões (tráfico de drogas, delinquência juvenil, etc.) 9 - Convivencialidade dos eventos interculturais mais limitada porque evento é organizado fora do bairro Estes tipos de convivialidade não tem consequências (spillovers) para o bairro. Politicas de Intervenção Urbana Estes tipos de politicas podem adquirir diferentes elementos. Consideramos que os elementos fundamentais no relativo à nossa preocupação intercultural, são: • Acrescenta o elemento imigrante • Significado simbólico e económico os eventos interculturais • Espaço de contacto, familiarização do “outro” com o bairro • Característica da interculturalidade – Imigrantes: são objecto e não sujeitos de políticas culturais – Potencial dos eventos: por exemplo o Festival TODOS e semelhantes Uma comparação rápida ao fenómeno estudado indica que mesmo que a escala ou dimensão varie, as políticas de renovação urbana e as políticas culturais podem fazer a diferença. Igualmente, podemos pensar que a localização cêntrica, mesmo que seja um bairro degradado, também tem uma importância ao alcance a as possibilidades de intervenção e de desenvolvimento quer seja de políticas culturais quer seja de renovação ou requalificação urbana. Quando a renovação urbana vai acompanhada dum investimento no potencial cultural (especialmente intercultural) e turístico, o impacte parece ser maior. Até o momento do congresso, em Agosto, esperamos ter mais tempo para avançar na análise. 10