Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRAS CARLOS EUGÊNIO SUSSELA MECANISMOS DE INTRUSÃO Lages – 2011 CARLOS EUGÊNIO SUSSELA MECANISMOS DE INTRUSÃO Monografia apresentada ao programa de pós-graduação do Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/ SOEBRAS Núcleo Lages, como parte dos requisitos a obtenção do título de Especialista em Ortodontia. Orientador: Prof. Vilmar Campos Lages – 2011 AGRADECIMENTOS Ao meu orientador, Prof. Vilmar Campos, que por sua capacidade e ensinamentos generosamente compartilhados, contribuiu de maneira incisiva para o enriquecimento de meus conhecimentos científicos e clínicos. Sua confiança, dedicação e amizade foram fundamentais para o meu crescimento profissional. Aos professores Álvaro Furtado, Deise da Rosa, Gisela Crippa Furtado e Dr. Ronaldo Ruela pela gentileza e disponibilidade em compartilhar seus conhecimentos e pelo privilégio do convívio. A equipe de funcionários do Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/ SOEBRAS Núcleo Lages, pela dedicação profissional e auxílio prestados durante o período de nosso curso. A todos os colegas do Curso de Especialização que imbuídos pelo mesmo objetivo proporcionaram agradáveis momentos de convivência e pela amizade conquistada nesse período em que estivemos juntos. Aos pacientes, pela confiança e oportunidade em permitir aprender àqueles que buscam o aprimoramento da Odontologia. Epígrafe Gostar do que se faz é um estado de espírito. Trabalhar com amor e dignidade é uma responsabilidade. Seguir princípios éticos e morais é um dever. Procurar sempre a evolução científica é ir “em busca do ideal”. J. A. Barbosa SUSSELA, C.E. Mecanismos de Intrusão, 2011, 29 p.[Monografia: Especialização em Ortodontia]. Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/SOEBRAS NÚCLEO LAGES, Lages, 2011. RESUMO A intrusão dentária tem sido almejada na ortodontia há muito tempo. A mecânica intrusiva convencional, apesar de viável, é complexa, no que diz respeito ao controle de seus efeitos colaterais. Este trabalho de revisão de literatura discute variadas técnicas intrusivas, visando facilitar os movimentos ortodônticos. E concluiu que no tratamento ortodôntico mordida utiliza-se aberta da anterior; intrusão na migração sobremordida dentária pela exagerada; falta dos antagonistas, e que a forma mais rápida e estável para que se obtenha a intrusão dentária de um único elemento dental ou de um grupo de dentes, é através da mecânica com mini-placas ou miniparafusos. Palavras-Chave: Ancoragem, Intrusão dentária, mordida aberta, sobremordida. SUSSELA, C.E. Intrusion Mechanisms, 2011, 29 p.[Monografia: Especialização em Ortodontia]. Instituto de Ciências da Saúde – FUNORTE/SOEBRAS NÚCLEO LAGES, Lages, 2011. ABSTRACT The intrusion has been longed for dental orthodontics in a long time. The conventional mechanical intrusive, although possible, is complex, with respect to the control of its side effects. This review of the literature discusses various techniques intrusive, to facilitate orthodontic movement. He concluded that orthodontic treatment is used in the intrusion of excessive overbite, open bite, tooth migration by the lack of antagonists, and that the faster and more stable in order to obtain dental intrusion of a single tooth or a group of teeth, it is through mini-boards with mechanical or mini-screws. Key-Words: Anchorage, Intrusion dentistry, Open bite, Overbite. LISTA DE ABREVIATURAS CTA - Arco de intrusão de Connecticut MEAW - Arco Multiloop Edgewise Molar Intruder - Aparelho para intrusão de molares RMI - Dispositivo para rápida intrusão dos molares SAS – Sistema de ancoragem esquelética Test-t - Teste de Tukey SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................... 8 2. PROPOSIÇÃO ................................................................ 9 3. REVISÃO DE LITERATURA .......................................... 10 4. DISCUSSÃO ................................................................ 21 5. CONCLUSÃO ................................................................ 24 REFERÊNCIAS .............................................................. 25 1 . INTRODUÇÃO Dentre os diversos tipos de movimentos dentários induzidos ortodonticamente, o de intrusão é, sem dúvida um dos mais difíceis de serem conseguidos, todavia, se a necessidade for a intrusão de dentes anteriores, a possibilidade de se obter melhores resultados são maiores quando comparados a intrusão de dentes posteriores, devido ao menor volume radicular de incisivos e caninos, o que proporciona menor reação do osso alveolar e menor tempo de tratamento. Portanto em muitos tratamentos ortodônticos, um adequado planejamento de ancoragem é imprescindível para o sucesso da terapia proposta. A intrusão dentária, seja para a correção da sobremordida exagerada, da mordida aberta anterior, ou para a correção de dentes extruídos pela falta dos antagonistas, representa grande desafio mecânico, pela dificuldade de controle de movimentos indesejáveis nas unidades de ancoragem. Obviamente, ao longo dos anos, a literatura tem apontado resultados satisfatórios com a utilização de aparelhos auxiliares extra e intrabucais. Porém, nem sempre é fácil conseguir do paciente a colaboração necessária, pelo desconforto físico e/ou estético que esses aparelhos podem causar. Neste contexto, excelente alternativa é a utilização dos mini-implantes. Seu desenvolvimento, ao longo dos últimos anos, tem proporcionado uma ancoragem bastante eficiente, que prescinde da utilização de dentes e não acarreta qualquer comprometimento estético, além de demandar mínima ou nenhuma colaboração do paciente. O objetivo do presente trabalho foi estudar a intrusão dentária em seus aspectos e aplicações no tratamento de pacientes adultos e infantis. 2. PROPOSIÇÃO O propósito deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura sobre os mecanismos de intrusão, seus propósitos, aplicações e particularidades. 3. REVISÃO DE LITERATURA Burstone (1966) apresentou algumas técnicas na mecânica do arco segmentado onde falou que, procedimentos com arco segmentado foram desenvolvidos a fim de que forças contínuas pudessem ser utilizadas para os dentes em movimento sem a perda de ancoragem. Como o aparelho ortodôntico é ativado, o operador tem potencialmente controle sobre três variáveis que podem determinar o sucesso do tratamento. A primeira delas é o momento em relação a força, o segundo, a magnitude do momento ou da força utilizada, e terceiro, a constância da força ou momento. Um dos grandes desafios do tratamento da Classe II é a correção da sobremordida profunda. Planejamento do tratamento diferenciado para o paciente Classe II requer que a quantidade relativa de intrusão anterior e extrusão posterior seja determinada antes do tratamento e que a mecânica a ser utilizada possa produzir a correção desejada. Nem todos os pacientes com sobremordida profunda devem ser tratados com a mesma mecânica. Alguns pacientes necessitam de intrusão dos dentes anteriores, enquanto outros exigem principalmente extrusão dos dentes posteriores. (BURSTONE, 1977). Kim (1987), investigou o tratamento da mordida aberta anterior em três pacientes, através do Arco Multiloop Edgewise (MEAW). O arco de MEAW pode ser aplicado como um mecanismo de multiuso em diferentes tipos de más oclusões, em mordida aberta, sobremordida profunda, Classe I, II ou III. O mesmo pode também ser usado em muitas situações como uma mecanoterapia final para a conclusão do tratamento. Woods e Nanda (1988) descreveram a intrusão de dentes posteriores utilizando blocos de mordida oclusal em acrílico contendo magnetos para intrusão. Obtiveram mudanças clínicas e cefalométricas significativas. Com base nos resultados, as seguintes sugestões podem ser feitas: Se o objetivo do tratamento é conseguir a intrusão dos dentes posteriores sem causar qualquer deslocamento da mandíbula, devem ser feitas tentativas para desenvolver aparelhos com magnetos que não causem aumento da dimensão vertical. Segundo Burzin e Nanda (1993) mostraram também que a intrusão dos incisivos parece ser um procedimento estável. Portanto, uma outra opção para a correção da sobremordida profunda inclui a intrusão dos incisivos superiores e/ou dos incisivos inferiores; e está particularmente indicada em pacientes com uma grande dimensão vertical, um espaço interlabial aumentado e uma excessiva distância dos incisivos ao ponto Stômio. Southard et al.(1995) realizaram um estudo cuja proposta foi comparar a ancoragem ortodôntica usada em dentes e implantes de titânio ósseo integrados, com a finalidade de intrusão. No lado dos implantes a unidade de ancoragem se manteve rígida, na área dos terceiros pré-molares houve rotação horária e intrusão, a qual era desejada. No lado convencional, ancoragem dentária, houve rotação anti-horária e não ocorreu intrusão do dente. Kucher e Weiland (1996) avaliaram uma técnica simples de intrusão e correção de mordida cruzada posterior dos 2°ˢ molares. Para tanto utilizaram uma modificação na barra transpalatina que apresentava um gancho soldado e que permitia conectar este gancho a um botão colado na face palatina do 2° molar superior. Concluíram que esta técnica de intrusão palatina dos 2°ˢ molares mostrou-se simples e efetiva. Melsen e Fiorelli (1996) disseram que para conseguir a intrusão de dentes posteriores através de mecânica ortodôntica convencional é necessário unir os demais dentes para servirem de unidade de ancoragem com uma estrutura metálica soldada ou uma estrutura de acrílico. Mendonça (1997) observou se havia diferença quantitativa no grau de reabsorção endodônticamente e radicular dentes apical com entre vitalidade dentes pulpar, tratados quando submetidos a movimentação ortodôntica de intrusão. Concluiu que, para os dentes superiores, houve uma quantidade de reabsorção radicular apical significativamente maior nos dentes com vitalidade pulpar em relação aos dentes tratados endodônticamente. Já nos dentes inferiores, apesar de ter sido observada uma tendência maior de reabsorção nos dentes com vitalidade pulpar, esta diferença não foi estatisticamente significativa. Nanda et al. (1998) relataram sobre o Arco de intrusão de Connecticut (CTA), o qual difere do arco de intrusão de Burstone por não ser inserido dentro do slot do braquete. Os autores definiram que, com um bom diagnóstico e plano de tratamento, o CTA pode rapidamente corrigir um overbite profundo e Classe II molar, exigindo um número mínimo de ajustes no aparelho. Sua simplicidade de confecção e exigência mínima de ativação, torna-o uma boa opção quando comparado ao arsenal de arcos e mecânicas existentes para a realização de determinados movimentos durante o tratamento ortodôntico. Umemori et al. (1999) desenvolveram um sistema de ancoragem intrabucal esquelética por meio de mini-placas de titânio na maxila e/ou mandíbula, com o propósito de corrigir mordidas abertas esqueléticas pela intrusão de molares. Concluíram que a intrusão de molar associa-se a uma mínima extrusão de incisivos inferiores e uma rotação do plano oclusal no sentido anti-horário. Além disso, o sistema de ancoragem esquelética não apresenta efeitos colaterais indesejáveis, simplifica a mecanoterapia, encurta o tempo de tratamento e minimiza o desconforto do paciente. Sugawara et al. (2002) concluíram que, apesar da intrusão dos molares para a correção da mordida aberta ser efetiva, pode ocorrer uma recidiva em aproximadamente trinta por cento dos casos. Dessa forma seria recomendável uma sobrecorreção nesses casos. Sherwood et al. (2003) em um relato de caso clínico, apresentaram o tratamento de dois pacientes que foram encaminhados para mecânica ortodôntica de intrusão de molares, para uma posterior reabilitação protética. O plano de tratamento, com o consentimento do paciente, foi a intrusão dos molares com o auxílio de mini-placas de titânio para a ancoragem esquelética. Como resultado os autores obtiveram uma intrusão de 4 e 4,15mm. Paik et al. (2003) observaram o tratamento de uma paciente de 26 anos, classe II esquelética, que apresentava um aumento severo na dimensão vertical. Utilizaram nesse tratamento uma mecânica utilizando mini-parafusos para ancoragem. O tempo total de tratamento foi de 27 meses. Os traçados cefalométricos mostraram uma intrusão de 3mm nos molares superiores. Uma melhora considerável foi observado no perfil, devido a uma redução de 2,5mm na altura facial inferior. Uma aparência mais estética também foi obtida, devido a rotação anti-horária da mandíbula. Daimaruya et al. (2003) descreveram um trabalho com o objetivo de observar os efeitos da intrusão do molar superior na raiz do dente e no assoalho do seio maxilar, usando o sistema de ancoragem esquelética (SAS) em cães. Durante o primeiro mês a quantidade de intrusão foi mínima, e somente a partir do segundo mês tornou-se aparente. A quantidade média de intrusão aumentou de forma linear, e foi de 1,8 mm após quatro meses e 4,2 milímetros, depois de sete meses. A membrana do assoalho nasal e uma fina camada de tecido ósseo recém formado cobriram a raiz do molar e conseqüentemente levantaram o seio maxilar. Pouca ou nenhuma alteração patológica grave foi vista na polpa dos molares intruídos. Nakao (2004) demonstrou um estudo de intrusão dos dentes posteriores superiores com o sistema de mini-placas para ancoragem esquelética e relatou que a mordida aberta, a altura facial e o ângulo do plano mandibular diminuem com esse tipo de tratamento sem a necessidade de extrusão dentária anterior. Yao et al. (2004) realizaram a intrusão do 1° e 2° molar superior esquerdo, extruídos pela falta dos dentes antagonistas, utilizando aparelho ortodôntico fixo parcial em conjunto com miniparafusos e mini-placas de titânio para ancoragem esquelética. O traçado cefalométrico, sobreposto sobre as estruturas maxilares estável, revelou que os molares superiores do lado esquerdo foram intruídos 3mm em média e o segundo molar foi ligeiramente distalizado. Kuroda et al. (2004) mostraram o sucesso do tratamento de uma mordida aberta esquelética anterior severa com ancoragem de mini-parafusos de titânio. Foram fixados mini-parafusos em ambas as arcadas, e uma força de intrusão foi feita com elástico corrente por 13 meses. Depois do tratamento ativo de 19 meses, seus molares foram intruídos cerca de 3,0mm cada (superior/inferior), e uma boa oclusão foi alcançada. Gurton et al. (2004) apresentaram um estudo clínico, cujo objetivo era apresentar um novo aparelho para intrusão de molares (Molar Intruder) e determinar seus efeitos no tratamento de mordida aberta anterior de pacientes em crescimento. O tempo médio de tratamento com o (Molar Intruder) foi de cinco meses, sendo que a intrusão média dos molares superiores e inferiores foi de 1,86mm e 1,04mm, respectivamente. Masioli et al. (2005) estudaram um caso clinico onde dois molares foram intruídos com a utilização de uma mini-placa e um miniparafuso de titânio, instalados no osso zigomático e no palato, respectivamente. A mecânica utilizada de ancoragem intrabucal permitiu a realização do movimento sem a necessidade de aparatos extrabucais e de colaboração do paciente. Ao final da mecânica o resultado apresentado foi uma intrusão dos molares de 5mm. Carano et al. (2005) descrevem o tratamento de uma mordida aberta esquelética, com um dispositivo para uma rápida intrusão dos molares (RMI). O aparelho para a intrusão rápida dos molares, consiste de dois módulos elásticos que são seguro nas bandas ortodônticas dos molares superiores e inferiores. Forças verticais a partir destes módulos, normalmente produzem intrusão dos molares permanentes de quatro a seis meses. DemirKaya et al. (2005) relataram um estudo cujo o objetivo foi avaliar radiograficamente a reabsorção radicular apical nos primeiros molares superiores, após a intrusão dentária realizada com o auxílio de mini-placas de ancoragem. Dentro das limitações do estudo, mostraram que a reabsorção radicular apical dos primeiros molares superiores após a intrusão utilizando mini-placas, não foi significativamente diferente da reabsorção radicular apical associada ao tratamento ortodôntico fixo sem mecânica intrusiva. Yao et al. (2005) tinham como objetivo investigar os movimentos intrusivos de um molar superior em casos utilizando mini-placas e/ou mini-implantes como ancoragem e aparelho ortodôntico fixo parcial ou total. Foram selecionados 22 pacientes que haviam sido submetidos a tratamento ortodôntico de intrusão de molares superiores. A quantidade de intrusão no segundo molar superior foi geralmente menor do que no primeiro molar, sendo que a intrusão no primeiro molar superior foi de 3 a 4 mm e 2 a 2,5 mm no segundo molar superior. A intrusão também foi obtida nos dentes adjacente ao primeiro molar, ou seja, no segundo molar e no primeiro e segundo pré-molares. Steenbergen et al. (2005) objetivaram determinar se a magnitude da força intrusiva dos incisivos superiores influencia a taxa de intrusão dos molares, inclinação axial, extrusão, e estreitamento da região posterior. Selecionaram pacientes ortodônticos que precisavam de pelo menos dois milímetros de intrusão dos incisivos superiores. Após a realização do tratamento, concluíram que uma força de 80g não resulta em uma maior intrusão, quando comparado a uma força de 40g. Zétola et al. (2005) utilizaram uma barra transpalatina nos elementos dentários 15 e 25 para ancoragem com objetivo de intruir os molares superiores esquerdos. Concluíram que a intrusão ortodôntica com apenas ancoragem dentária não apresenta um resultado muito satisfatório. Com isso, instalaram uma placa de titânio em forma de “L” na região apical dos elementos 26 e 27 com o objetivo de obter uma ancoragem ortodôntica rígida para a intrusão desses elementos. Como resultado, obtiveram a intrusão de seis milímetros nos dentes 26,27 e 28 em um período de cinco meses. Al-Buraiki et al. (2005) investigaram a estabilidade a longo prazo (12 anos) da mecânica de intrusão de incisivos em 25 pacientes com sobremordida de pelo menos 4mm. As alterações póstratamento da correção da sobremordida foram consideradas clinicamente insignificantes, com uma recidiva de apenas 0,7mm no aumento da sobremordida. Ohnishi et al. (2005) denotaram um caso clínico com miniimplante para ancoragem ortodôntica em caso de sobremordida profunda de um paciente de 19 anos do sexo feminino. Os objetivos do tratamento foram a realização da intrusão dos incisivos superiores e sobremordida e sobressaliência satisfatório. No intruídos alinhados com o e pós-tratamento os adequada incisivos mini-implante para um superiores sorriso foram sem depender da cooperação do paciente. Fotografias mostraram uma melhora do sorriso gengival e uma relação de classe I de molar e canino, com excelente alinhamento dos dentes. Bae e Kyung (2006) apresentaram um caso clínico onde havia a ausência dos molares superiores no lado esquerdo. Devido à extrusão do primeiro e do segundo molar no arco inferior, não houve espaço suficiente para a confecção da prótese no arco superior. Foram inseridos dois mini-parafusos entre as raízes primeiro e segundo molar, um por vestibular e outro por lingual. Seis meses mais tarde os molares tinham intruído o suficiente para permitir a confecção da prótese no arco superior. De acordo com Janson et al. (2006), para a intrusão de dentes anteriores, o mini-parafuso pode ser instalado entre ou abaixo das raízes dos dentes incisivos, sendo a 1 opção mais interessante, pois fica mais próxima da área onde será exercida a força. No entanto, quando não há espaço, o mini-parafuso pode ser instalado na região apical a qual apresenta como desvantagem a maior distância do ponto de aplicação da força e o fato da região ser coberta por mucosa alveolar. Park et al. (2006) observaram o tratamento de uma menina de 16 anos com mordida aberta anterior, tratada sem extração, e que incluiu a intrusão dos dentes posteriores superiores e inferiores com mini-parafusos ortodônticos. A mordida aberta anterior que era de 3 mm, foi corrigida em 11 meses de tratamento, depois de ocorrer a intrusão dos dentes superiores e inferiores e rotação anti-horária da mandíbula. Aos 8 meses de contenção, houve uma mínima perda de contato dos dentes anteriores. Araújo et al.(2006) afirmaram que a intrusão de molares é, talvez, o movimento mais difícil de se conseguir ortodonticamente. Em alguns casos, quando se trata da intrusão de uma única unidade ou de um só lado da arco, seja por perda das unidades antagonistas, seja por assimetria no crescimento, a mecânica pode se tornar ainda mais complexa. Xun et al. (2007) desenvolveram um estudo, cujo objetivo foi avaliar a eficácia da ancoragem com mini-parafusos na intrusão da região dentoalveolar posterior, para corrigir uma mordida aberta esquelética. Uma força de 150 g foi aplicada aos mini-parafusos de cada lado para intruir os dentes posteriores. Os resultados mostraram que a mordida aberta anterior em todos os pacientes foi corrigida em uma média de 6,8 meses. Os primeiros molares superiores foram intruídos em média 1,8mm e os primeiros molares inferiores em média 1,2mm. O ângulo do plano mandibular foi reduzido em 2,3°, o que resultou em uma rotação anti-horária da mandíbula, e uma diminuição significativa na altura facial inferior. Moon et al. (2007) avaliaram o tratamento ortodôntico de uma paciente de 26 anos, sexo feminino, com extrusão dos molares superiores esquerdo. Os autores realizaram uma corticotomia associada a uma ancoragem ortodôntica esquelética com mini-placa e microparafusos ortodônticos. Com essa mecânica, foram capazes de atingir uma quantidade suficiente de intrusão dos molares, sem desconforto, reabsorção radicular, ou extrusão dos dentes adjacentes. O primeiro molar foi intruído 3,0mm e segundo molar foi intruído 3,5mm durante dois meses de tratamento. Kravitz et al. (2007) estudaram a intrusão de um primeiro molar superior extruído usando dois mini-implantes, cujos objetivos foram eliminar a necessidade de tratamento endodôntico, colocação de coroa total e prótese fixa inferior. A superposição de radiografias cefalométricas tomadas antes e após tratamento revelou que o molar superior intruiu 4,4mm, gerando espaço para a colocação de um implante para a reabilitação no arco inferior. Melo et al. (2007) consideram que a intrusão de molar é uma alternativa menos invasiva, contudo é um procedimento clínico extremamente complicado para a prática ortodôntica já que requer mecânica complexa e freqüentemente os resultados obtidos não são suficientes para permitir a reabilitação. A intrusão dentária, seja para a correção da sobremordida profunda, da mordida aberta anterior e da correção de dentes extruídos pela falta dos antagonistas, representa um grande desafio para o ortodontista. A necessidade de intrusão dos dentes posteriores ocorre principalmente em função da perda de unidade(s) antagonista(s) ou quando há excesso vertical na região posterior, causando mordida aberta anterior. Quando comparada à intrusão de dentes anteriores, a intrusão na região posterior é um movimento mais difícil de ser obtido, devido ao maior volume radicular dos molares e pré-molares, o que proporciona maior reação do osso alveolar e maior tempo de tratamento. (ARAÚJO et al., 2008). Bellamy et al. (2008) examinaram os efeitos da intrusão ortodôntica de incisivos desgastados em pacientes adultos com a finalidade de facilitar a restauração dos mesmos. Teve como foco específico as alterações no nível do osso alveolar e no comprimento das raízes. Em geral, os resultados mostraram que houve uma pequena quantidade de perda de tecido ósseo. No entanto, a mudança foi semelhante ao observado nos incisivos que não foram intruídos. Freitas et al. (2008) descreveram a intrusão de dentes posteriores utilizando mini-implantes cujos os objetivos foram intruír o segmento posterior superior esquerdo, que se encontrava extruído devido à perda precoce dos elementos inferiores posteriores do mesmo lado. Com superposição das radiografias panorâmicas foi possível obter a mensuração da intrusão obtida. Da diferença entre as medidas, obteve-se o valor de intrusão máxima, que foi de 6,33mm, evidenciando o sucesso do tratamento ortodôntico. A sobremordida, também chamada de mordida profunda, pode ser encontrada nas más-oclusões de Classes I, II e III, sendo caracterizada por um trespasse vertical excessivo entre o arco dentário superior e o inferior, ou seja, que ultrapassa dois a três milímetros. Existem várias opções de tratamento para a correção da sobremordida profunda de acordo com o diagnóstico e objetivo do tratamento. A intrusão de dentes anteriores superiores além de corrigir a sobremordida profunda, promove melhora da estética facial em casos de excesso vertical de maxila (MOURA et al., 2008). Park et al. (2008) explanaram o tratamento de uma mordida aberta com a intrusão dos dentes posteriores, com o auxílio de miniparafusos ortodônticos. Quatro objetivos de tratamento foram identificados: correção da mordida aberta, melhora no perfil, estabelecimento de um bom overjet e overbite, e presença de guia canina. Após cinco meses, a intrusão do molar foi obtida e a mordida aberta anterior foi corrigida. Sifakakis et al. (2009) avaliaram as forças e momentos gerados na mecânica de intrusão dos incisivos superiores e inferiores. Foram utilizados cinco espécies de fios para cada um dos seguintes arcos de intrusão, ou seja; arco utilidade com fio 0,016” x 0,016” Elgiloy azul não tratado termicamente (Rocky Mountain Orthodontics), arco utilidade com fio 0,017” x 0,025” TMA (Ormco) e arco de intrusão de Burstone com fio 0,017” x 0,025” TMA (Ormco). Sendo assim, concluíram que as forças intrusivas, bem como os momentos gerados, foram sempre mais elevados na mandíbula, onde foram observadas diferenças significativas entre as configurações testadas. Entre os pacientes adultos, é frequente a extrusão de dentes posteriores decorrente da perda do antagonista, com redução do espaço interoclusal necessário para a reabilitação protética. Nestes casos, a aplicação de mini-implantes como ancoragem esquelética para a intrusão dos molares tem sido cada vez mais comum, devido a sua variedade de benefícios, tanto para o paciente como para o ortodontista (VALARELLI et al., 2010). Togawa et al. (2010) denotaram o tratamento de um caso de classe III esquelética e mordida aberta, com intrusão de molares com mini-parafusos e osteotomia sagital bilateral. Os resultados, através da análise cefalométrica, mostraram que no pré-cirúrgico ocorreu a intrusão dos molares superiores e inferiores, fazendo com que a mandíbula girasse no sentido anti-horário, favorecendo o fechamento da mordida. Após a cirurgia, foi possível observar uma enorme mudança no perfil facial e na relação oclusal. Valarelli et al. (2010) investigaram uma paciente de 42 anos com a extrusão do primeiro molar superior direito no espaço interoclusal do primeiro molar inferior direito ausente. O planejamento ortodôntico incluiu a instalação de três mini-implantes, no processo alveolar, para a intrusão do molar superior. Uma força intrusiva média de 150-200g foi aplicada, e, após 4 meses, obteve-se uma intrusão de 3mm do primeiro molar superior direito. 4. DISCUSSÃO Conforme Araújo et al.(2006), Melo et al. (2007), a intrusão de molar é um procedimento clínico extremamente complicado na prática ortodôntica, já que requer mecânica complexa e freqüentemente os resultados obtidos não são os esperados. Para Burstone (1977), um dos grandes desafios do tratamento da Classe II é a correção da sobremordida profunda. Na maioria dos casos esta correção é produzida por extrusão de dentes posteriores. Já para Burzin e Nanda (1993), a correção da sobremordida profunda inclui a intrusão dos incisivos superiores e/ou dos incisivos inferiores, parecendo ser um procedimento estável. No mesmo pensamento AlBuraiki et al. (2005), avaliaram a estabilidade a longo prazo (12 anos) da mecânica de intrusão de incisivos em 25 pacientes com sobremordida de pelo menos 4mm, mostraram que as alterações pós-tratamento da correção da sobremordida foram consideradas clinicamente insignificantes, com uma recidiva de apenas 0,7mm no aumento da sobremordida. Os trabalhos de Umemori et al. (1999) e Nakao (2004), apresentaram um sistema de ancoragem intrabucal esquelética por meio de mini-placas de titânio na maxila e/ou mandíbula, com o propósito de corrigir mordidas abertas esqueléticas pela intrusão de molares. Concluíram que as miniplacas de titânio comportaram-se de forma estável como ancoragem esquelética para a intrusão real dos dentes posteriores, promovendo mudanças proporcionais na inclinação do plano oclusal, rotação anti-horária da mandíbula, diminuição da altura facial anterior e fechamento da mordida aberta anterior. Mendonça (1997) e DemirKaya et al. (2005), avaliaram radiograficamente a reabsorção radicular apical, após a intrusão dos mesmos como auxílio de miniplacas para ancoragem. Os autores mostraram que a reabsorção radicular apical após o mecanismo de intrusão não foi significativamente diferente da reabsorção radicular apical associada ao tratamento ortodôntico fixo sem mecânica intrusiva. Para Xun et al. (2007), a intrusão de molares com miniparafusos na região superior foi em média de 1,8mm, e na inferior de 1,2mm. Segundo Paik et al. (2003), Sherwood et al. (2003), Kuroda et al. (2004), Yao et al. (2004), Yao et al. (2005), Bae e Kyung (2006), Park et al. (2006), Moon et al. (2007), Valarelli et al. (2010), a intrusão média obtida em pacientes com molares extruídos através de mini-placas ou mini-parafusos foi de 3,5mm. Já Masioli et al. (2005), Kravitz et al. (2007), mostraram que conseguiram intrusão de 4 a 5mm. Neste mesmo contexto, Freitas et al. (2008), apresentaram uma intrusão máxima de 6,33mm dos molares, utilizando mini-parafusos. Segundo Burstone (1966), procedimentos com arco segmentado foram desenvolvidos a fim de que forças contínuas pudessem ser utilizadas para os dentes em movimento, sem a perda de ancoragem. Para Moura et al. (2008), na técnica do arco segmentado de três peças, a intrusão é contínua e possibilita a intrusão genuína de dentes anteriores. Steenbergen et al. (2005), realizaram um estudo onde teve por objetivo determinar se a magnitude da força intrusiva dos incisivos superiores influencia a taxa de intrusão dos molares, inclinação axial, extrusão, e estreitamento da região posterior. Os autores afirmaram que uma força de 80g não resultará em uma maior intrusão, quando comparado a uma força de 40g. Já Sifakakis et al. (2009), em um estudo, a fim de avaliar as forças e momentos gerados na mecânica de intrusão dos incisivos superiores e inferiores, afirmaram que as forças intrusivas, bem como os momentos gerados, foram sempre mais elevados na mandíbula do que na maxila. Do mesmo modo Janson et al. (2006), disseram que para a intrusão de dentes anteriores, a fixação de mini-parafusos entre as raízes é a opção mais conveniente, pois fica mais próximo da área onde será exercida a força. Estudos de Kucher e Weiland (1996), apresentam a utilização de uma barra transpalatina modificada para a intrusão palatina dos 2° molares onde a mesma mostrou-se simples e efetiva. Zétola et al. (2005), utilizaram uma barra transpalatina nos elementos dentários 15 e 25 para ancoragem, com objetivo de intruir os molares superiores; concluíram que a intrusão ortodôntica com apenas ancoragem dentária não apresenta um resultado muito satisfatório. No mesmo contexto, Southard et al.(1995), relataram a comparação entre a ancoragem ortodôntica usada em dentes e implantes de titânio ósseo integrados, com a finalidade de intrusão. No lado dos implantes a unidade de ancoragem se manteve rígida e ocorreu a intrusão. No lado convencional, ancoragem dentária, não ocorreu intrusão dentária. 5. CONCLUSÃO Com base na literatura revista e discutida, pode-se concluir que: 1. No tratamento ortodôntico utiliza-se da intrusão em situações como: Tratamento da sobremordida profunda; mordida aberta anterior; migração dentária pela falta dos antagonistas. 2. Para tanto, o diagnóstico diferencial dessas má oclusões devem ser realizados com critério, e os objetivos ideais do tratamento plenamente estabelecidos. 3. Atualmente a forma mais rápida e estável para que se obtenha a intrusão dentária de um único elemento dental ou de um grupo de dentes, é através da mecânica com mini-placas ou mini-parafusos, sendo que para essa mecânica o ortodontista deve elaborar uma estratégia de tratamento individualizada para cada satisfatórios. paciente, visando alcançar sempre resultados REFERÊNCIAS AL-BURAIKI, H.; SADOWSKY, C.; SCHNEIDER, B. The effectiveness and long-term stability of overbite correction with incisor intrusion mechanics. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 127, n. 1, p. 47-55, jan. 2005. ARAÚJO, T. M.; NASCIMENTO, M. H. A.; BEZERRA, F.;SOBRAL, M. C. Ancoragem esquelética em Ortodontia com mini-implantes. R Dental Press Ortodon Ortop Facial, Maringá, v.11, n.4, p.126-156, jul./ago. 2006. ARAÚJO, T. M.; NASCIMENTO, M. H. 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