por Paulo Floro
Revista O Grito
Isaar é peça importante para entender como a música pop no
Recife conseguiu se apropriar da cultura popular sem perder seu
lado cosmopolita. A cantora se prepara para lançar seu terceiro
disco solo, que traz 11 músicas que falam da relação dela com a
cidade.
Entre os temas estão o desapego, o amor e claro, o Recife. São 70
minutos bem enérgicos, com forte presença de metais, o que
mostra uma nova fase da carreira da cantora. Isaar começou no
Cumadre Florzinha, ainda na época do mangue beat e depois
passou ser parceira de DJ Dolores em seus projetos. Foi aí que
ganhou maior projeção. Sua voz suave, mas firme, soube explorar
bem ritmos como ciranda dentro de um contexto eletrônico, que
eram marcas de projetos como a Orquestra Santa Massa.
Em seu novo disco, bem mais pesado que seus trabalhos anteriores
Azul Claro e Copo de Espuma, tem composições da própria
cantora, além de canções de Beto Vilares, Lito Viana, Cássio Sette,
e os poetas marginais França, Zizo e Graxa. Ela lançou algumas
prévias desse trabalho. Uma delas foi “Casa Vazia”, que fez parte
da coletânea No Mínimo Era Isso, da revista Outros Críticos
curada por Carlos Gomes.
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