MATÉRIA DE CAPA C2.3 FOTOS: DIVULGAÇÃO TERÇA-FEIRA, 22 DE DEZEMBRO DE 2015 A GAZETA Ryan Adams e Taylor Swift têm visões totalmente diferentes de “1989” 15 VERSÕES MELHORES QUE SUAS ORIGINAIS Selvagens, crus ou delicados, alguns covers merecem aplausos LUÍSA BUZIN [email protected] Quando Ryan Adams decidiu regravar “1989”, álbum da cantora americana Taylor Swift, ele não estava querendo melhorar ou zoar as músicas da cantora, queria apenas lidar com uma grande decepção amorosa. Despidas da roupagem pop, o álbum ganhou ares roqueiros e intimistas e se tornouumgrandeexemplo de como versões muitas vezes podem superar as originais. O legal foi que a cantora o recebeu como um elogio e chegou a elogiá-lo ao próprio Adams. Há também o caso de coverstãoincríveisqueointér- prete acaba “roubando” a posse da canção. É o caso de “Valerie”, canção da banda The Zutons que, na voz de Amy Winehouse não só ganhou projeção, mas profundidade e aquela melancolia que só ela sabia imprimir. A versão que Mark Ronson – produtor e amigo de Amy – fez logo após sua morte, pode até ter tornado essa uma das faixas que mais provocam nostalgia do talento da cantora britânica. Outra versão que merece destaque é a que Alice Caymmi fez para “Princesa”,deMCMarcinho.Ascores e a profundidade que a vozroucadacantoraconfe- White Stripes fez versão selvagem de Dolly Parton riram à música são tanto marcas da rebeldia de Alice quanto exemplo de uma voz tão poderosa que engrandece. Um dos covers mais famosos do White Stripes é “Jolene” da cantora country Dolly Parton. A guitar- ra de Jack White e seu canto gritado formam um espetáculo enquanto ele chora para que Jolene não leve seu homem. Atéadivadocountryteria gostado da versão e declarado que toparia um dueto com Jack White. Nós com certeza gostaríamos de ter visto essa parceria, apesar da pouca habilidade de Meg White com as baquetas. Na direção contrária, a delicadeza que Adriana Calcanhotto conferiu ao hit de Claudinho e Buchecha “Eu Fico Assim Sem Você” permitiu até que a canção entrasse no repertório do seu disco voltado para o público infantil: “Partimpim”. Enquanto procurávamos por grandes versões, também achamos bizarrices como Paula Fernandes cantando Metallica e Alanis Morissette fazendo um cover satírico de “My Calcanhotto brilha em adaptação de funk carioca Humps”, do Black Eyed Peas, além de pérolas como os caras do Hot Chip mandando “She Wolf” da Shakira. Confira outras versões memoráveis numa das listas mais divertidas que fizemos neste ano. MELHORES COVERS “Hot In Here” t Jenny Owen Youngs cantando a música do rapper Nelly é uma das versões mais divertidas desta lista. “Maracatu Atômico” t Chico Science e Nação Zumbi cantam “Maracatu Atômico” com tanta propriedade que poucos sabem que a música é cover dos grandes compositores Jorge Mautner e Nelson Jacobina. “Eu Não Existo Sem Você” t Nana Caymmi é famosa por deixar sua marca indelével nas canções. Sua voz única tornou a música um clássico. “Feels Like We Only Go Backwards” t Em uma versão cheia da malemolência de Alex Turner, a música da Tame Impala perdeu a psicodelia mas ganhou todo o “swag” do frontman do Artic Monkeys. “Diamonds And Rust” tO heavy metal do Judas Priest traz outras camadas ao clássico de Joan Baez. “Emotions” t Poucos sabem que um dos hits do extinto Destiny’s Child é cover de uma música de 1977, de Samantha Gibb. “Love Buzz” t Também pouco se sabe que a música do Nirvana é de uma banda holandesa desconhecida, a Shocking Blue. Conhece? Acho que só Kurt conhecia... “Crazy” tA clássica canção de Seal, na voz de Alanis Morissette, acabou entrando na trilha sonora de “O Diabo Veste Prada”. “No Diggity” t Chet Faker faz uma versão inspirada da música do rapper Blackstreet. “Hurt” concours dos covers, a versão de Johny Cash para a música da banda Nine Inch Nails é tão boa que a própria banda “abdicou” a posse da faixa. Cash é melhor. t Hors