MERCOFRIO 2000 - CONGRESSO DE AR CONDICIONADO, REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E VENTILAÇÃO DO MERCOSUL PROGRAMA DE SELEÇÃO DE FAN-COILS João C. B. Schmitt - e-mail jschmitt @portoweb.com.br Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Prof. Assistente aposentado Resumo. Os programas existentes, para seleção de Fan-Coils, pedem as condições do ar na entrada da serpentina de refrigeração. Para estimar estas condições, parte-se um fator de bypass de serpentina que geralmente não se enquadra nos padrões de construção dos fabricantes. Como conseqüência, a carga total é atendida porém as cargas sensível e latente não o são. Qualquer modificação da vazão de modo a otimizar a seleção, modifica as condições de entrada, exigindo o retorno ao programa de psicrometria. Este programa propõe a seleção do equipamento simultânea com a solução psicrométrica, aceitando particularidades como qualquer padrão de construção de serpentina, posição do ventilador no processo, água ou etileno glicol, 0 a 100% de ar exterior, reaquecimento e by-pass de retorno.. A refrigeração encontra limitações à retirada de calor latente. O programa auxilia na procura da melhor solução, traçando automaticamente as cartas psicrométricas, localizando os pontos do tratamento do ar. O uso de um fator de by-pass multifileira, independente do fator de calor sensível em jogo, tanto para obter o ponto de orvalho de serpentina(ADP) como no cálculo da depressão de bulbo úmido são aproximações de um fenômeno mais complexo que ainda comporta pesquisa e desenvolvimento de programas mais poderosos. Palavras-chave: Psicrometria, Umidificação, Etileno-glicol 1. Fan-coils, Ar-condicionado, ByPass, Reaquecimento, INTRODUÇÃO As novas gerações não avaliam o trabalho de uma época sem computadores ou simples calculadoras não programáveis! Mas a eficiência dos computadores não substitui o conhecimento técnico. As máquinas são os robôs, não os operadores... O melhor “software” será sempre o próximo... Não fosse assim e ainda estaríamos na idade da pedra. Alguns programas são muito eficientes mas incompletos ou limitados em seu objetivo. O programa proposto também é limitado, por não incluir resfriadores de expansão direta, e suas múltiplas opções de novos fluídos refrigerantes ecológicos . Também está em aberto o dimensionamento dos ventiladores. Em transmissão de calor e mecânica de fluídos, não podemos dispensar o cálculo interativo, pois variáveis como temperaturas de fluído e parede não são previamente conhecidas. Usar alternadamente dois programas que se completam, transferindo dados manualmente, exige mão de obra e paciência que não corresponde ao dinamismo atual. Embora o “basic” e o “fortran” disponham de recursos mais poderosos que as planilhas, para fazer a convergência de resultados, não apresentam o apelo dos recursos gráficos. Parece que o uso de macros ou do Visual Basic poderia superar esta dificuldade mas, certamente não é uma linguagem lógica e intuitiva. Acredito que há lugar para novas formas de processamento de planilhas... Não sendo um especialista em programação, considero o presente trabalho válido no seu objetivo mas carente de maiores recursos de processamento e apresentação. 2. O TRATAMENTO DO AR A seleção de um condicionador de ar, deve ser precedida pelos cálculos, em separado, das cargas térmicas a seguir descritas: Carga sensível ambiente QSA, é todo o calor transmitido ao ar após a serpentina de refrigeração, dutos de insuflamento e ambiente condicionado, até a grelha de retorno do recinto. Carga latente ambiente QLA, é todo o calor latente ou vapor d´água adicionado ao ar no mesmo percurso. Carga sensível no retorno QSR, é todo o calor fornecido ao ar após a grelha de retorno até o condicionador de ar. Inclui as perdas nos dutos e Sala de Máquinas fora do ambiente condicionado Carga latente no retorno QLR, é todo o calor latente ou vapor d´água transferido ao ar , da grelha de retorno até o condicionador de ar. As cargas totais ambiente QTA e no retorno QTR correspondem à soma das cargas sensível e latente, acima. Para o ar de renovação ou de pressurização do ambiente, calculamos: Carga total de ar exterior: QTE = ME / 3600 . (he - ha) kW (1) kW (2) Carga latente de ar exterior: QLE = ME / 3600 .(xe - xa ).2,499 onde: ME = kg/h massa de ar seco exterior, de renovação do ambiente he e ha = entalpia específica do ar externo e ambiente em kJ / kg de ar seco xe e xa = umidade específica do ar externo e ambiente em g/kg de ar seco Com a remoção das cargas expressas pelas Eq.(1) e Eq.(2) o ar exterior poderia ser misturado ao ar ambiente sem modificá-lo. A carga sensível de ar exterior QSE, preferimos calcular pela diferença QTE - QLE evitando os erros de aproximação do calor específico do ar, ao tomar 1,004 kJ / (kg ºK) quando, na realidade é 1,004 +0,001967*xe junto ao ar exterior e 1,004 +0,001967*xa nas condições do ambiente. Este procedimento é adotado a seguir, em todos os cálculos do calor sensível. As condições do ambiente interno podem ser as exigidas por um processo industrial ou para conforto térmico, e podem ser representadas pelo ponto “A” na carta psicrométrica, traçada para a altitude do local da instalação. O “fator de calor sensível ambiente” = QSA/QTA permite traçar a “linha de carga ambiente”, passando pelo ponto “A”, Fig.1. Qualquer ponto sobre esta linha reúne condições de temperatura e umidade que permitem retirar as cargas sensível e latente ambiente, na proporção desejada. Consideremos “ I ” a condição do ar no insuflamento. Para obter a condição “ A “, devemos ter: QLA = M /3600 . (xa - xi).2,499 kW (3) QTA = M/3600 . (ha-hi) kW (4) onde: M é a massa de ar seco de insuflamento no ambiente. hi e xi Entalpia e umidade específicas no ponto “ I ” he X ! hL E xe ha hi xi FCSA A xa I M .hS Figura 1. Remoção das cargas térmicas do ambiente: QTA, QLA e QSA As cargas no retorno são transferidas à massa de ar (M-ME) Fig.4 que retorna ao equipamento, a partir da condição “ A “, resultando no ponto “ R “, tal que: QLR = (M-ME) /3600 . (xr - xa) . 2,499 kW QTR = (M-ME) /3600 . (hr-ha) (5) kW (6) Portanto, o ar que chega ao condicionador, estará na condição “ R “ e não na condição “ A “, a menos que as cargas das Eq.(5) e Eq.(6) sejam nulas. Na caixa de mistura de ar exterior, a massa de ar M - ME -MD na condição “ R “ encontra a massa ME de ar exterior, resultando na condição “ M “, da mistura. MD é a massa de ar de desvio ou de “by-pass” de retorno que pode, eventualmente, ser utilizada na instalação.Fig.3. As condições da mistura podem ser calculadas pelas equações: xm = xr + ME / (M-MD) . ( xe - xr ) (7) hm = hr + ME /(M-MD) . ( he - hr ) (8) tm = ( hm - 2,4995 . xm ) / ( 1,004 + 0,001968 . xm ) sendo: xm a umidade específica da mistura g/kg de ar seco (9) hm a entalpia específica da mistura tm a temperatura da mistura kJ/kg de ar seco ºC Nas instalações sem by-pass de retorno, MD = 0, podendo também ocorrer instalações de 100% de ar exterior onde: M = ME. A soma das cargas térmicas Ambiente, no Retorno e de ar Exterior, fornecem as cargas totais QST, QLT e QT e o “fator de calor sensível total” QST / QT cuja “linha de carga total” , a partir da condição “ M “, indica a remoção de calor sensível, latente e total, nas proporções desejadas, ao passar pela serpentina do equipamento. Chamando de “ S ” a condição de saída da serpentina de refrigeração, devemos ter as seguintes relações: QLT = M / 3600 . (xm - xs) . 2,499 kW (10) QT = M / 3600 . (hm-hs) kW (11) Se o ponto “ S “ coincidir com o ponto “ I “, nenhum outro tratamento é necessário. Fig.2. he X ! hL E xe ha xm xa hm FCST M hi A xi R I (S) O .hS Figura 2. Efeito das cargas no retorno, condições da mistura (entrada na serpentina de resfriamento e desumidificação do ar), e condição ideal de saída, no ponto de insuflamento I Realmente, fazendo a soma QT = QTA+QTR+QTE e substituindo as parcelas pelas Eq.(4), Eq.(6) e Eq.(1), esta última desdobrada nos saltos E-R e R-A, temos: QT.3600 = M . (ha - hi) + ( M-ME ) . (hr - ha) + ME. (he - hr) +ME . (hr - ha) = M . (ha - hi) + M . (hr - ha) + M . (hm - hr) = M . (hm - hi) (12) confirmando a Eq.(11). O mesmo vale para a Eq.(10). Pode ocorrer que, para a linha de carga total encontrar a linha de saturação, obtendo o ponto “ O “, Fig.2, “ponto de orvalho de serpentina”, a temperatura de saída do ar no ponto “ S “ resulte muito baixa para insuflamento nos ambientes, além de reduzir muito a massa M de ar insuflado. Além da sensação de ambiente com ar estagnado, resulta em difícil distribuição, com temperaturas não uniformes. Nesse caso, a massa de ar de insuflamento, M, pode ser aumentada, acrescentando uma massa de ar termicamente inerte MD de ar de desvio ou by-pass de retorno. A massa de ar tratado não é modificada, passando a ser representada por M - MD M Cargas no insuflamento ME M-ME M-ME-MD MD ME Cargas no retorno Figura 3. Identificação das massas de ar em evolução no Fan-Coil Difusores de alta indução, fazem o mesmo efeito, sem levar a massa MD até o condicionador de ar. he X ! hL E xe hm ha FCST M xm xa Evolução com massa M-MD hs A xs S R Evolução com massa M I O .hS Figura 4. Uso de by-pass de retorno Para cálculo da mistura, obtendo o ponto “ I “ , temos: QTA = (M-MD) / 3600 . (ha - hs) = M / 3600 . (ha - hi) (13) hi = hs + MD / M . (ha - hs) (14) xi = xs + MD / M . (xa - xs) (15) O Fator de Contato da Serpentina é caracterizado pela relação: FC = (hm - hs) / (hm - ho) (16) No uso de condicionadores padronizados, para não modificar o espaçamento de aletas, o bypass de retorno pode ser usado como recurso para corrigir as proporções de carga sensível e latente removidas. Fan-Coils dimensionados para operar com sistemas de acumulação, frequentemente removem calor sensível em excesso. Reduzindo o volume de ar tratado, o fator de contato aumenta com a redução da velocidade. Como se pode ver na Fig.5. a linha de carga ambiente com by-pass, corresponde a maior remoção de umidade. A massa de insuflamento original é mantida, com a diferença que o ponto “ I “ vai para a condição desejada. he X ! hL E xe hm ha xm xa FCST M hs S´ A xs Evolução com massa M-MD Alteração do FCSA I S O ti ta .hS Figura 5. Uso do By-pass para adaptação de um Fan-coil às condições do projeto. Quando a carga latente ambiente é muito elevada, a tentativa de deslocar a linha de carga total (FCST) para a esquerda para obter um ponto de orvalho de serpentina ( ponto “ O “) , pode deixar de interceptar a linha de carga ambiente. Se mesmo com 100% de ar exterior, não se obtém a interseção da Linha de carga total com a linha de carga ambiente e também com a linha de ar saturado, só resta o recurso de aumentar os fatores FCSA e FCST , reduzindo a inclinação das linhas de carga. O aumento de carga sensível é obtido mediante o reaquecimento do ar. Para esse fim, esta carga deve ser dissipada em algum ponto após a serpentina de resfriamento , no condicionador, no duto de insuflamento, ou até no ambiente. Sendo QH a carga de reaquecimento, temos: FCST: passa de 1- QLT/QT para 1 -QLT / (QT + QH) , FCSA: passa de 1- QLA/QTA para 1- QLA/ (QTA+QH) Como as cargas latentes não se modificam, o aumento da carga total de QH representa um aumento do consumo de energia no aquecimento, e um aumento de potência frigorífica. Chamando a nova condição de saída de “S” , temos: QLT = M / 3600 . (xm - xs) . 2,499 kW (17) QT + QH = M / 3600 . (hm - hs) kW (18) QH = M / 3600 . (hi - hs) kW (19) A carga total ambiente com reaquecimento passa a ser QTA + QH tal que: M / 3600 . (ha - hi) + M / 3600 . (hi - hs) = M / 3600 . (ha - hs) (20) Também se pode demonstrar de forma análoga à Eq.(12) que M / 3600 . (hm - hs) = QTA + QH + QTR + QTE (21) caracterizando uma nova linha de calor sensível ambiente, com reaquecimento (MS). Ver Fig.6. he X ! hL E xe xm xa xi hs FCST hm ha M hi A FCSA® FCST® S O FCSA R I .hS Figura 6. Carga ambiente com elevado calor latente e uso do reaquecimento para elevar e viabilizar um ponto de orvalho Na calefação, pode ser necessário elevar a umidade do ar, mediante sistema de umidificação adiabático (por aspersão de água) ou isotérmico (por injeção de vapor): QL = M /3600 . (xa - xi) . 2,499 kW No primeiro caso, o calor é fornecido ao ar, na forma sensível para ceder o calor (22) necessário à vaporização da água; na umidificação por vapor, a energia é fornecida diretamente ao vapor. 3. VAZÃO DE AR DO SISTEMA As curvas de seleção dos ventiladores são referidas ao “ar standard” (ar seco a 21,1OC e pressão atmosférica: 101,325 kPa). Para ar úmido, outra temperatura, altitude ou pressão, o volume específico do ar úmido por kg de ar seco é: v = 0,28704 . T / PB . ( 1-1,6078 x /1000) m3/kg de ar seco (23) onde: T = Temperatura em ºK PB = Pressão barométrica em kPa ou kJ/m3 x = umidade específica em g/kg Ra = 0,28704 kJ/kg/ºK = constante do Ar ma / mv = 28,9645 / 18,01534 = 1,6078 = 1 / 0,62198 (relação das massas moleculares do ar e vapor d´água). Para determinar a vazão do ventilador devemos, portanto, definir a posição do ventilador na instalação e obter o volume específico do ar neste local. A modificação do volume específico não afeta a vazão do ventilador. A pressão do ventilador e a perda de carga do sistema são igualmente corrigidos pela densidade relativa d = vs / v , sendo vs o volume específico “standard”. Assim, o cálculo da perda de carga do sistema e a seleção do ventilador podem ser determinados para as condições do ar “standard”. Resta, em cada caso, fazer a correção da potência de acionamento, calculando o produto da Potência “standard” pela densidade relativa. 4. CÁLCULO DAS SERPENTINAS DE RESFRIAMENTO E DESUMIDIFICAÇÃO O programa parte das características construtivas das serpentinas de tubos com aletas continuas transversais, determinando o rendimento de aleta pelas funções modificadas de Bessel de 1a. e 2a. classe ordem N (Kern, 1950). O coeficiente de convecção no ar em fluxo cruzado com feixe de tubos, pode ser determinado a partir da analogia de Colburn e experiências de Grimison para 10 filas de tubos, com fatores de correção para um número menor de filas e arranjo dos tubos (Kreith, F., 1969), (Haláz L., 1980), com número de Reynolds calculado pelo diâmetro hidráulico definido como abaixo e, Fluxo de massa na seção mais estrangulada: Dh = 4 . VL / ST (24) Nu = 0,294 . Re 0,6 (26) Re = M/SL . Dh / m a = k . Nu / Dh (25) (27) onde: VL = volume livre da serpentina = Volume total - V. tubos - V.aletas m3 ST = superfície total de contato com o ar: tubos mais aletas m2 SL = superfície de passagem do ar no ponto de maior obstrução por tubos e aletas m = viscosidade absoluta do ar Pa . s = 1 kg/m/s Nu = número de Nusselt k = condutividade do ar W/m/ºC As propriedades do ar junto ao aletado são determinadas conservativamente pela temperatura de parede ou temperatura de orvalho da serpentina (valor determinado interativamente). Esta temperatura, na realidade é um valor médio de temperatura da parede que, suposto fixo, permite relacionar com o Número de Unidades de Transferência aplicado à superfície externa da serpentina e obter o Fator de By-Pass: (NTU) = a . Se . NF / M / Cpar FBP = e -NTU FC = 1 - FBP Se = Sa. ha.hc + Sp (28) (29) (30) onde: Se = superfície efetiva equivalente a tubo liso Sa = superficie externa total das aletas em contato com o ar ha = rendimento de aleta hc = rendimento de contato aleta/tubo Sp = superfície primária de tubo em contato com o ar NF = número de filas Cpar = Calor específico do ar kJ/kg/ºK Para o fluxo de refrigerante secundário, é determinado o número mínimo e máximo de circuitos baseado num critério de velocidade. O programa também informa se o escoamento entra em regime laminar ou em transição. Com o coeficiente de convecção forçada do líquido, calculase o coeficiente de transmissão global, referido à superfície de face e corrigido do fator de serpentina úmida. Com a carga térmica total , obtemos o número de filas de serpentina (um número geralmente fracionário). O cálculo das condições de operação é refeito para um número inteiro de filas, para a potência total de projeto, reduzindo a vazão de líquido refrigerante. Desta forma, temos a modificação da temperatura de saída do refrigerante e a modificação da temperatura média do mesmo, alterando, as propriedades do líquido: água ou solução de etileno glicol O calculo é, então, repetido até se observar a convergência dos resultados, dentro da tolerância estabelecida. Finalmente, para a vazão máxima indicada, determina-se a potência máxima que se pode tirar do Fan-Coil. 5. CÁLCULO DAS CONDIÇÕES DE SAÍDA DO AR REFRIGERADO O programa estipula uma temperatura de orvalho de serpentina e ajusta a mesma para a carga térmica de projeto, determinando as cargas sensível e latente resultantes, em função do fator de contato calculado para o Fan-Coil escolhido. Obtemos, assim as condições de saída do ar (bulbo seco e úmido). O programa também calcula as condições de saída do ar, usando o mesmo fator de contato, aplicado ao método de aproximação de bulbo úmido. Os procedimentos seriam equivalentes se a linha de saturação fosse uma reta. Teríamos, assim lados de triângulos semelhantes: Mo hm M Depressão na entrada : M Mo Depressão aparente na saída: S So hs So S S´ O S So SO FBP = --------- = --------MMo MO Figura 7. O valor SSo calculado por excesso resulta num ponto S´ que não satisfaz as proporções de carga sensível e latente do projeto. Cabe ao operador analisar os resultados de carga sensível e latente obtidos e fazer modificações do número de filas, aletamento, número de circuitos, reaquecimento ou by-pass de retorno para obter o resultado desejado. O programa também é útil para analisar o comportamento do Fan-Coil operando com cargas parciais de meia estação. REFERÊNCIAS Halász, L., 1980, Capítulos da técnica de refrigeração, Fundação Tropical de Pesquisas e Tecnologia, Unicamp, pp 33-87 Kays, W.M.& London, A L., 1964 Compact heat exchangers, McGraw Hill Book Co. pp 1-20 Kern, D.Q.,1950 Process Heat Transfer, Extended Surfaces, Transverse Fins, pp 538-542, McGraw - Hill Book Co. Kreith, F.1973 Princípios da Transmissão do Calor, Convecção forçada sobre superfícies externas. pp.423-448. Edgard Blücher Ltda., Brasília Rigot G. 1972-1973 Revista Chaud, Froid et Plomberie Vols. 309-322 ABSTRACT This paper review the traditional psycrometric technics as support to a new software for solve cooling and heating moist air in any configuration, simultaneous with Fan-Coil selections of any standard.