João Carlos Luz Poemas Violência e Poesia Rio de Janeiro, milhares de soldados do exercito vigiando o que supostamente é certo. Garantir o voto sem ser manipulado pelo esperto. Violências fatias no dia a dia sem perder o show no diário da notícia. O poeta anda pelas ruas recitando versos trazendo um pouco de alegria. O grito sai da garganta garantindo a reflexão sem hemorragia. A cidade a passo de quotidiano, muitos só pensando no fim do ano. Anestesiados sem meio de reagir levantando o que é sagrado. Recebo fanzine xerografado alguns até autografados. As palavras do universo poético a refletir o manifesto. As praças comemorações lembrando Machado. parece que o tempo do que é lúdico do que é educador com frescor. Na tarde quase chuvosa, pessoas ouvindo versos e prosas. Enaltecendo o emocional na vida literária Nacional. Assim se faz um cotidiano ímpar a nos exaltar. POETAS E POETAS que ainda não foi vencido encontra seu lugar. João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 1 João Carlos Luz Poemas Crônica da Poética existencialista Poema da praticidade Poema da agilidade Da presença do poeta Na cidade Nos lugares Sua voz Sua agilidade A favor do corpo Sem dor Da liberação Das endorfinas Entre outras finas Manifesto do concreto Participativo Quando digo É isso!!! É isso!!! Onde participo? Um Agro Tóxico Enquanto a multidão encontra um caminho um pequeno grupo está de retorno sozinho as agruras de encontrar os seus ninhos continua-se cometendo erros mesquinhos João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 2 João Carlos Luz Poemas Profanar Profanar tua crença Em cátedras Da imensa queda Solene escrita Da folha À grotesca poesia João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 3 João Carlos Luz Poemas O Rio de minhas veias O Rio de minhas veias Corre em direção Ao coração que bombeia O rio de minhas lágrimas Corre em direção Às mãos que afagam O rio de minhas entranhas Corre em direção Ao alimento dos emolumentos O Rio de minhas praias Corre o rosto abaixo Sem destruir meus afagos O Rio de meus passos Segue em direção Ao Corcovado. O rio de minhas veias Corre em direção A uma função O rio de minhas veias Corre comigo a vida inteira João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 4 João Carlos Luz Poemas A vida é um poema Quem é... É. A sociedade reconhece se quiser... Na ótica da vivencia vejo flores por uma fenda. Porque a vida é um poema. João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 5 João Carlos Luz Poemas O sorriso de Morfeu O sorriso no meu sonho Inesperado. Por entre portas No quarto isolado. O seu rosto me sorriu Sem semblantes. Apresentou-se bem antes Por entre vidros me viu. Seu andar imponente me perseguiu. Antes de ver seu rosto acordei viril. Seus passos o som eclodiu. Tantas vezes esse sonho se repetiu. No rolar da cama acordo em demanda que a noite engoliu. João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 6 João Carlos Luz Poemas Biologia do feminino Toda mulher No fundo é uma menina Que sente o mundo Em sua vida intima Sua biologia Segue o ritmo Da existência Na labuta do dia a dia João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 7 João Carlos Luz Poemas Água no teu jardim Se soubesse o que se passa dentro de ti poria flores em todos os seus jardins para ocupar a água em repouso sentir a sensação de está por assim dizer vivendo o seu presente com louros ouça a voz e alma das coisas que compreende um pouco teu eu por muitas vezes distante do regador que deixou a água secar que se ocupou de te dizer que até a água da chuva pode ocupar de regar o teu próprio amor. João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 8 João Carlos Luz Poemas Para bom entendedor. Meia América Latina basta América Latina Marcha dos povos Enriquece teus ossos Rima teus esforços Ide avante Cruza o Continente Arma-te teus dentes Lutas cadentes, invasoras, predadoras... Andina, Planícies, Florestas, Caatingas... Tal qual, ancestral Imortal no teu sangue vital Nacional, Continental Arma-te pela Vitória final. João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 9 João Carlos Luz Poemas Poemia na Cidade Vazia Ando de "meias" furadas Aparecendo o "dedo" no gatilho Da rajada dos "inimigos" Na sola do sapato um "buraco" na calçada Piso na viela "descalça" Apago a "guimba" do mendigo Que vê o menino de chinelo sem "abrigo" Drogado assustado "vendendo" o umbigo Bêbado perdido "trocando" o sentido A Cidade "cheirando" a bolor Que "horror"!!! A policia "fardada" De "coturno" com calor Cantando "ronda" Extorquindo com "fervor" Que "fedor"!!! A Cidade precisando de "banho" e de frescor Uma "ducha" de poesia nela Na "orla" do comendador Mingau quente na "boca" do repassador Queimando "arquivos" da Historia no corredor Raspando à "sujeira" da panela A "depressão" no jato d'água Roupa de grife que "de'gola" A galera "manifesta" Uivando em festas "perversas" Em "desodorizar" um pequeno favor Na "limpeza" do restaurante Banheiro de botequim com "escritor" Escritos nas "paredes" Em versos nos "dejetos" João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 10 Lá vai o "poema" água abaixo Esgoto entupido e "trans" bordado Na noite sem "lema" Na "lama" do asfalto saqueado Inspirados pelo "fosfato" Da "cabeça" de peixe Que amanhece no jornal "embrulhado" Noticias do "cunhado" No jornal de cada "falso" Na "coluna" prestes ao obituário Penetra na noite pra ser "roubado" Bebe "todas" as esquinas Pelo curral do "eleitorado" Varre o "limpador" de vidro Dos carros de sinal "trocado" Do rosto "identificado" Na delegacia dos "pró-curados" O boi "marcado" pela Gripe do frango "congelado" Preços de "fome gerados" No "tigre de papel" Na "carta" do advogado Você está "intimado"!!! Deixou de "pagar" o aluguel E está "desempregado" João Carlos Luz Poemas www.artepoetica.net 11