Projetos de Integração da Infraestrutura
na América do Sul
São Paulo, 06.05.13
Ministro João Carlos Parkinson de Castro
Ministério das Relações Exteriores
Coordenação-Geral de Assuntos Econômicos da América do Sul
Ministério das Relações Exteriores
CONTEÚDO
Ministério das Relações Exteriores
1
DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
2
INICIATIVAS EM ANDAMENTO
3
DESAFIOS PARA A INTEGRAÇÃO
DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
1. Apesar dos modelos de desenvolvimento diferentes, os países
sul-americanos têm atribuído importância crescente à integração
da infraestrutura física:
 É expressiva a brecha entre infraestrutura existente e desejada:
investimentos em infraestrutura: 2,3% do PIB em 2007-08; ideal seria
4%;
 Ganhos de competitividade pressionam por redução dos custos
logísticos;
 Custos de transporte ainda são altos. São determinados não só pela
distância, mas também pelo modal utilizado:
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DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
 Na América do Sul, a maior parte dos bens produzidos são “intensivos
em transporte”.
 Os custos de logística e transporte influenciam a localização da
produção. A mudança da geografia do consumo determina a criação
de novos “hubs” e soluções logísticas.
 Na América Latina e Caribe, redução em 10% nos custos de transporte
aumenta em 10% as exportações e 9% as importações (fonte: BID);
 A integração como meio de rompimento do isolamento: ainda há
áreas isoladas na América do Sul com potencial pouco aproveitado.
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DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
2. A necessidade de redução dos custos logísticos se
acentuará no futuro:
 Impacto da redução dos custos logísticos é maior do que o da
redução de tarifas;
 Desmembramento das cadeias produtivas para obter ganhos de
competitividade;
 Comércio eletrônico, personalização do consumo e tecnologias do
tipo “NFC” exigirão logística cada vez mais eficiente.
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DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO
3. Competição será cada vez mais acirrada:
 Aumento da concorrência internacional. A China constrói um sistema
produtivo integrado e global;
 Crescente presença de outros países na região;
 Crédito restrito para alguns países coloca a região em desvantagem;
 Desfazimento da separação entre bens e serviços afeta a competitividade
da região. O setor de manufaturas cria demanda por insumos de serviços
e serviços também geram demanda por bens manufaturados.
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INICIATIVAS EM ANDAMENTO
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DESAFIOS PARA A INTEGRAÇÃO
INICIATIVAS REGIONAIS
 O principal foro multilateral para integração da infraestrutura é
o Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e Planejamento da
UNASUL (COSIPLAN), criado em 2009;
 O COSIPLAN aproveitou os trabalhos da Iniciativa para a
Integração Sul-Americana (IIRSA), como a identificação de
carteira de mais de 500 projetos de integração;
 O objetivo do COSIPLAN é dotar o processo de integração da
infraestrutura de suporte político de alto nível, direcionamento
estratégico e ferramentas institucionais, metodológicas e
financeiras para o planejamento e execução dos projetos.
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INICIATIVAS REGIONAIS
 Em 2011, o COSIPLAN aprovou:
 Plano de Ação Estratégico (PAE) 2012-22;
 “Agenda de Projetos Prioritários de Integração” (API): 31
projetos “estruturantes”, compostos por 88 projetos individuais
(US$ 17,2 bilhões);
 Criação do GT sobre Mecanismos de Financiamento e
Garantias;
 Além desses documentos, O COSIPLAN tem desempenhado
importante função de coordenação e planejamento : metodologias de
planejamento territorial, plataformas de uniformização de informações
e entendimentos sobre “processos setoriais” (integração aérea,
harmonização do marco regulatório).
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INICIATIVAS BILATERAIS
 Integração ferroviária Brasil-Argentina:
 conexão entre a linha “Mesopotámica” e a rede ferroviária
do Brasil, por Uruguaiana, ligando projetos do PAC-II e PIL
com a rede argentina;
 uniformização das bitolas e modernização da linha;
 integração entre o Sul do Brasil e as províncias de
Corrientes, Entre Ríos, Santa Fé (Argentina);
cooperação técnica e integração das indústrias ferroviárias;
 GT bilateral, criado em 2013, coordenado pela EPL (Brasil)
e “Secretaría de Transporte” (Argentina);
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INICIATIVAS BILATERAIS
 Rodovia Boa Vista-Georgetown – pavimentação do
trecho Linden-Lethem, na Guiana:
acesso mais rápido ao mar para Manaus e Estado de
Roraima;
Pavimentação e construção de ponte sobre o rio Essequibo
(US$ 270 milhões);
 GT Brasil-Guiana, criado em 2012, para discutir:
 Pavimentação da rodovia;
 Construção de duas usinas hidrelétricas (4.500 MW) conectadas
ao sistema brasileiro;
 Porto de águas profundas na foz do rio Berbice.
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PROJETOS EM ANDAMENTO
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DESAFIOS PARA A INTEGRAÇÃO
DESAFIOS PARA A INTEGRAÇÃO
Cruzamento das redes de infraestrutura com fluxos de
comércio;
 Identificação de nódulos logísticos existentes e potenciais;
 Complementariedade entre os modais rodoferroviário, fluvial,
marítimo (incluindo cabotagem) e aéreo;
 Desenvolvimento de novas estruturas de financiamento,
envolvendo o mercado de capitais e coordenação das
instituições financeiras de fomento da região (BID, CAF, Fonplata,
BNDES);
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DESAFIOS PARA A INTEGRAÇÃO
Esvaziamento dos ganhos com reduções tarifárias gerará maior
demanda por infraestrutura eficiente;
 Dificuldades de financiamento poderão levar ao aumento do
déficit de infraestrutura regional, ao invés de sua redução;
 Engajamento do setor privado na indicação dos eixos de
integração produtiva de interesse;
 Fortalecimento da cooperação bilateral fronteiriça e do
diálogo entre os diferentes órgãos dos países da região para
facilitação dos trâmites de fronteira.
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Muito obrigado!
Ministro João Carlos Parkinson de Castro
Coordenação-Geral Econômica da América do Sul
Ministério das Relações Exteriores
(61) 2030 8232
[email protected]
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