A Universidade de São Caetano do Sul – USCS.
Projeto de pesquisa acadêmica.
Pesquisa no âmbito do curso de Graduação em Administração.
Linha de pesquisa: Gestão Empresarial e Operacional
Área Temática: Gestão Ambiental.
Nome do Projeto: A influência da gestão ambiental na estrutura organizacional
Resumo
O presente projeto desenvolve levantamento em 649 empresas de diferentes áreas de atuação, para
determinar o perfil que a gestão ambiental está assumindo dentro da estrutura organizacional. As
questões ambientais estão se tornando uma realidade na gestão das empresas, o que demanda o
entendimento do perfil que a mesma está assumindo dentro da estrutura organizacional. Este projeto
objetiva identificar aspectos tais como: a área responsável pela gestão ambiental, quem é o
responsável, a que nível hierárquico se reporta, se a administração reconhece os impactos
decorrentes da operação bem como torna pública as informações sobre a gestão ambiental. Para
atingir os objetivos da pesquisa se realizará um levantamento do referencial teórico das principais
abordagens da gestão ambiental, possibilitando o entendimento do contexto que norteia o presente
trabalho. O levantamento de dados será baseado em informações disponibilizadas pelas empresas
nos meios de comunicação externa. Os dados coletados serão tratados estatisticamente, a fim de
estabelecer um panorama que retrate o atual estágio da estrutura organizacional responsável pela
gestão ambiental.
Palavras-chave: Práticas de Gestão, Gestão Ambiental, Estrutura Organizacional.
Introdução
O presente trabalho se posiciona como elemento nuclear na linha de pesquisa voltada para o
entendimento da abordagem ambiental no contexto do comportamento organizacional. O foco da
pesquisa estará voltado para a investigação do comportamento organizacional no tocante a
identificar a área responsável pela gestão ambiental, quem assume a responsabilidade e a que nível
hierárquico se reporta.
A discussão da importância da variável ambiental na gestão das empresas é uma realidade
presente em muitas organizações, desta forma se faz necessário entender como estas estão
incorporando esta abordagem na sua estrutura organizacional. As empresas possuem culturas
próprias que moldam suas ações, sua estrutura organizacional e a forma como agem frente aos
novos desafios, desta forma é de se esperar diferentes arranjos organizacionais para a gestão
ambiental. Nesse sentido o presente projeto busca identificar a existência de fatores comuns entre as
empresas pesquisadas, colaborando como elemento primário na elaboração de uma teoria
organizacional, ainda em construção, que incorpora a variável ambiental.
A preocupação ambiental se configura em tema recente e crescente, mais claramente
manifestado na necessidade de fontes de recursos para a manutenção das operações. Somente no
final do século XX, mais precisamente a partir da década de 1970, observa-se formalmente a
mudança de foco para a sustentabilidade dos recursos para a sociedade como um todo e não apenas
para as operações diárias das organizações. Segundo Seiffert (2005) e Barbieri (2004) somente nas
três últimas décadas do século XX os aspectos ambientais passaram a ser debatido em
profundidade. A conferência mundial sobre o Meio Ambiente realizada em 1972 na cidade de
Estocolmo constitui-se num importante marco desta nova fase.
O aprofundamento da discussão da importância do Meio Ambiente envolvendo as empresas,
o governo e a sociedade civil como um todo se destaca na ECO-92 (CNUMAD), promovida pela
UNCED (United Nations Conference on Environment and Development) realizada na cidade do Rio
de Janeiro. O resultado final desta reunião foi à elaboração da Agenda 21, caracterizando-se como
referência na implantação de programas e políticas de preservação do meio ambiente. Destaca-se
que este conjunto de fatores influenciou empresas a incluírem as variáveis ambientais em seu
conjunto de ações de decisões organizacionais (ROSEN, 2001 e SEIFFERT, 2005).
Outros eventos de destaque ocorreram em Kioto no ano de 1998, em que o impacto das
emissões gasosas ao meio ambiente estava no centro das discussões, e em Johannesburgo (Rio mais
dez), em 2002, na conferência das Nações Unidas sobre o ambiente e desenvolvimento sustentável.
O Painel Intergovernamental de mudança do Clima (IPCC), que ocorreu em 2007 na cidade de
Paris, vinculado ao programa das Nações Unidas para o meio ambiente (Pnuma) e a Organização de
Meteorologia Mundial (OMM), enfatiza na publicação do seu resumo a influência das atividades
humanas no processo de alterações climáticas, bem como o agravamento desde o levantamento
anterior realizado em 2001. A publicação do relatório final deverá fornecer um conjunto maior de
fatores que poderão intensificar as pressões ambientais sobre as empresas e os efetivos responsáveis
dentro da estrutura organizacional pela gestão ambiental.
Somente abordagens sistêmicas e integradas incorporando várias disciplinas e seus universos
de conhecimento poderão atender às demandas concernentes às relações de trabalho, aos processos
de produção e consumo, à saúde dos indivíduos e ao meio ambiente (Franco, 2002). A composição
de fatores que influenciam a gestão das organizações demanda das mesmas ações que atendam a
nova complexidade do ambiente no qual estão inseridas, significativamente marcadas por pressões
legais e públicas. Desta forma a estratégia das organizações deve contemplar a relação que
estabelecerão com o meio ambiente. Para Donaire (1999) as pressões ambientais sobre as
organizações manufatureiras podem ser atendidas de três formas, a saber: a) utilizando dispositivos
que neutralizam os ataques ambientais, porém sem a interferência nos processos estabelecidos –
controles do tipo fim-de-tubo; b) reprojetos dos processos reduzindo as pressões ambientais,
reaproveitamento de materiais e racionalização dos insumos energéticos, controles em processos; ou
c) a missão da empresa retratar um elevado desempenho ambiental, usualmente associado à pressão
do mercado consumidor, tão atuante quanto os agentes legais, incorporando assim a missão da
empresa. Outros fatores de destaque no estabelecimento de estratégias e ações que contemplam a
variável ecológica emanam da natureza inerente das atividades realizadas pelas organizações, bem
como do grau de conscientização e comprometimento da alta administração para as questões
voltadas ao meio ambiente (CONRAZZA, 2003).
Para Barbieri (2004) o estágio evolutivo da gestão ambiental se constitui em um processo
composto por um conjunto de fases, o qual é passível de implantação gradual mediante práticas
apropriadas. Assim sendo, a empresa pode se posicionar quanto ao êxito obtido até determinado
momento, bem como o quanto ainda falta para atender um estágio considerado adequado pelo poder
público e pela sociedade. Destaca-se que as demandas envolvendo o meio ambiente ainda estão em
fase de construção de tal forma que empresas entendidas como maduras em seu processo de gestão
ambiental, podem apresentar deficiências mediante as novas condições jurídicas ou sociais,
caracterizando-se o estabelecimento de uma nova fase a ser atendida, marcando assim o dinamismo
que envolve a gestão ambiental. Esta situação tende a estabelecer uma condição de intensa troca de
energia entre a empresa e o meio ambiente, fato benéfico à ampliação das questões ambientais nas
gestões empresariais.
Este projeto se estabelece como continuidade ao recente trabalho intitulado “O Meio
Ambiente e os Processos Produtivos, a Preocupação da Gestão da Energia e dos Recursos
Produtivos nas Empresas da Grande São Paulo” de autoria Celso Machado Jr e Cristiane Jaciara
Furlaneto, apresentado no X SEMEAD – Seminários em Administração FEA/USP (2007). O artigo
apresentou resultado obtido em pesquisa realizada em 82 empresas da Grande São Paulo onde a
coleta de dados foi realizada por um grupo de pesquisadores, constituídos de alunos do curso de
graduação em Administração de Empresas de uma importante instituição de ensino superior da
região da grande São Paulo, mais precisamente da cidade de São Caetano do Sul (Universidade
USCS).
Dentre os resultados obtidos nesta pesquisa se identificou aspectos relevante tal com o
recurso energia elétrica é controlado e esta sob ações de redução em 82% das empresas pesquisadas,
caracterizando-se assim que uma parcela significativa de empresas insere o consumo da energia
elétrica na pauta de atenção de seu gerenciamento. Da mesma forma 55% das empresas que
apontaram a água como um recurso importante dentro de seus processos, realiza controle e
implementa ações de redução de consumo. Destaca-se que uma parcela de 13% das empresas que
não dependem da água em seus processos, executam controle e ações de melhorias para o consumo
nas atividades corriqueiras das pessoas que ali atuam. O presente projeto caracteriza-se como uma
expansão do apresentado em 2.007 considerando o volume de empresas a serem pesquisadas bem
como as variáveis do objeto de pesquisa.
Revisão da literatura
O estágio da consciência ambiental e social da organizacional se inicia a partir da década de
1970, marcada por conferências e eventos internacionais que agregaram o poder público, a
sociedade e as organizações. Tais agentes buscaram entendimento de que esta era uma causa
comum e que necessitaria da participação coletiva para o atendimento da demanda que surgia. A
ênfase e a expansão da preocupação ambiental posicionam o ser humano no centro da possibilidade
de uma terrível ameaça, fator este que o desperta para a condição de parte integrante da natureza de
forma indivisível e participante da relação causa e efeito. Logo, ao agredir o meio ambiente, o ser
humano agride a si próprio, com conseqüências às futuras gerações (MOTTA e ROSSI, 2003). O
novo paradigma que se estabelece demanda o desenvolvimento sustentável compartilhado por ações
conjuntas dos atores participantes, ou seja, os políticos, os agentes econômicos e a sociedade.
Dessa forma, as empresas possuem uma importante parcela de responsabilidade no objetivo
de alcançar o desenvolvimento sustentável desejado por uma sociedade em transformação. Segundo
Slack et al (2002), a magnitude do impacto ambiental possui uma relação direta entre a parcela
consumidora da população, os processos produtivos e os produtos que consomem. Esta relação de
cumplicidade da sociedade com a empresa, que em um primeiro momento agride o meio ambiente
com a extração de recursos naturais, em um segundo momento agridem novamente a natureza com
os efeitos colaterais de seus processos produtivos. Adicionalmente incentiva em algumas
circunstâncias o descarte dos produtos pelos usuários para a aquisição de novos produtos, a fim de
atender seu crescimento econômico. Tal ciclo está sendo questionado pela sociedade, que
entendendo os males decorrentes deste cenário demanda das empresas uma nova abordagem, a
abordagem ecológica. Dessa forma as empresas se deparam com uma nova exigência de seus
clientes, os fatores ecológicos tendem a ser determinante no momento da compra de um produto ou
serviço. Segundo Jimenez e Lorente (2001), a questão demográfica também é uma variável
importante na discussão ambiental, pois é um assunto polêmico e muitas vezes impraticável. Todo
aumento populacional desencadeia uma pressão por mais produtos e as empresas devem atender a
este aumento produtivo com produtos e processos de fabricação com reduzido impacto ambiental.
Para Rohrich e Cunha (2004), a gestão ambiental está relacionada ao conjunto de
políticas e práticas operacionais e administrativas que incorporam o contexto amplo da
empresa e da sociedade. Tal conjunto inclui a saúde e a segurança das pessoas, bem
como a proteção do meio ambiente por meio da eliminação ou mitigação de impactos e
danos ambientais decorrentes do planejamento, implantação, operação, ampliação,
realocação ou desativação de empreendimentos ou atividades. Incluem-se aí todas as
fases do ciclo de vida do produto. A proposta desses autores estabelece importante
correlação entre a saúde das pessoas e o meio ambiente, ressaltando assim a
importância do meio ambiente não somente sobre as bases econômicas, mas também
sobre a saúde pública, incrementando assim o interesse da sociedade sobre as questões
ambientais.
Segundo Maimon (1994), a pressão da sociedade no âmbito do meio ambiente é atendida
pelas empresas através de três estágios típicos: a) pela adaptação da empresa à regulamentação ou
exigência do mercado, por meio da instalação de equipamento de controle de poluição nas saídas,
sem alterar a estrutura produtiva ou o produto; b) pela adaptação das atividades empresariais
alterando processos e/ou produtos para atender à regulamentação ou exigências do mercado
relativas à questão ambiental, a fim de prevenir a geração de poluição e problemas que prejudiquem
a consecução da estratégia empresarial; c) pela adoção de um comportamento pró-ativo e de busca
pela gestão sustentável, antecipando-se aos problemas ambientais futuros, cujo princípio é
estabelecer um planejamento estratégico que incorpore as variáveis ambientais.
A integração da variável ambiental na empresa pode ser de dois tipos, segundo Sanches
(2000): a) como elemento de entrave à expansão dos negócios da empresa, pois a dimensão
ambiental é compreendida como um fator gerador de custos operacionais extras; b) vista como uma
oportunidade real de geração de lucros, pois fomenta um melhor relacionamento da empresa com o
ambiente natural, por meio de avaliação e controle dos impactos ambientais, mobilizando todos os
setores da organização em uma atitude pró-gestão ambiental.
Objetivos
As ações executadas pelas empresas na realização de suas atividades e os
impactos no meio ambiente se compõe de uma grande gama de aspectos possíveis e que
demandam
analises direcionadas,
para tanto
se
torna
necessário
comportamento das empresas para as questões ambientais e sua gestão.
levantar o
O presente trabalho objetiva realizar levantamentos e comparações focando respostas a
questão: como as empresas organizam sua estrutura funcional para atender as questões
ambientais da sua gestão. Este objetivo será desdobrado nos seguintes focos de atenção:
•
Área responsável pela gestão ambiental.
•
O cargo do profissional que responde pela gestão ambiental.
•
O nível hierárquico do responsável pela gestão ambiental na estrutura da
empresa.
•
Se a administração da empresa reconhece os impactos decorrentes da
operação.
•
Se a organização divulga as informações sobre a gestão ambiental.
O estudo verificará se há predominância destes fatores em diferentes propostas de
agrupamentos, a saber:
•
O primeiro grupo de análise se assenta no entendimento da conduta das empresas
certificadas segundo a ISO 14.001 e as não certificadas.
•
O segundo grupo de análise se assenta no ramo de atuação da empresas.
•
O terceiro grupo de análise se assenta no porte da empresa – pequeno, médio e
grande.
Com o estabelecimento do perfil das empresas, desenvolvido por este estudo, será
possível visualizar a atual estrutura organizacional nas empresas para atender as
questões ambientais, e ainda se há diferenças entre os grupos de atenção estabelecidos.
O presente estudo possibilita o estabelecimento de algumas hipóteses iniciais para o objetivo
estabelecido. A primeira é que empresas certificadas pela norma ISO 14.001 apresentem uma
estrutura funcional na qual o responsável pela gestão ambiental esteja mais próximo das decisões
estratégicas, bem como possua maior poder decisório, justamente por sua condição de certificação.
A segunda se refere às empresas de maior porte que por possuírem uma maior departamentalização
devem apresentar cargos exclusivos para a gestão ambiental, enquanto as de médio e pequeno porte
devem apresentar uma superposição de responsabilidades para o gestor ambiental.
Plano de trabalho
O trabalho está sendo planejado de forma a possibilitar aprendizado continuado ao aluno e
ainda a divulgação dos resultados obtidos na pesquisa. A tabela abaixo expressa as fases desta
pesquisa.
Atividades
Atualização bibliográfica
continuada
Coleta de dados
Transcrição, digitação e
análise dos dados
1º
mês
2º
mês
3º
mês
4º
mês
5º
mês
6º
mês
7º
mês
8º
mês
9º
mês
10º
mês
11º
mês
12º
mês
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Análises estatísticas dos
dados
X
X
X
X
Redação do relatório final do
estudo
X
X
Redações e envio de artigos
para publicação
X
X
X
Apresentar relatório parcial
Fevereiro de 2.010
do projeto
X
Participar do Workshop de
Marco de 2.010
Iniciação Cientifica
X
Apresentar relatório final do
Agosto de 2.010
projeto
X
Nota: O planejamento contempla o período de doze meses a se iniciar a partir da dada oficial de
aprovação do projeto de iniciação cientifica.
Planejamento diário voltado à pesquisa de iniciação cientifica
Estudo voltado ao projeto
Visita a biblioteca
Segunda
2 horas
1 hora
Terça
2 horas
1 hora
Quarta
2 horas
Quinta
2 horas
Sexta
2 horas
Encontro com o Orientador
1 hora
O estudo voltado para o projeto será realizado pelo aluno em sua própria residência ou em
local apropriado para a atividade especifica em andamento, mas há um componente destinado a
estudos realizados obrigatoriamente na biblioteca que objetiva incentivar e familiarizar o aluno a
prática de pesquisa teórica e finalmente ocorrerá encontros com o orientador a fim de monitorar o
andamento do projeto.
Procedimento metodológico
A fase inicial do projeto consiste em identificar fontes bibliográficas para ampliar o
arcabouço teórico do aluno de iniciação cientifica recorrendo a consultas em bibliotecas, e
publicações direcionadas a este seguimento. O aluno deverá estudar o material a fim de
ampliar o conhecimento referente ao assunto em pesquisa.
A linha de atuação do projeto se classifica como um estudo de natureza quantitativa. A
amostra será composta por 649 empresas que disponibilizaram suas informações para a
publicação na revista “análise GESTÃO AMBIENTAL” (2008). A revista em questão
realizou durante o ano de 2.008 um trabalho de quatro meses envolvendo vinte
profissionais no processo de distribuir e captar questionário nas empresas alvo de
pesquisa, análise de consistência dos dados e preparo para publicação. A revista realiza
as totalizações das respostas, porém não estabelece estudos ou analises objetivando
levantar correlações entre os dados obtidos. Vale destacar que os questionários foram
encaminhados e respondidos diretamente pelas empresas, por meio de seus
representantes legais, constituindo-se assim em material de credibilidade e não sujeito à
abordagem restrita das empresas que publicam balanço sócio-ambiental.
A seleção desta publicação para a obtenção dos dados para análise reside em dois
fatores: o primeiro está relacionado à sistemática empregada na coleta dos dados, que
utiliza questionário com perguntas fechadas e diretas a ser respondida pelos
representantes das empresas, com posterior análise de consistência das informações
fornecidas, esta sistemática se adéqua ao escopo de pesquisas cientificas, validando
assim sua utilização. O segundo fator esta relacionado às variáveis pesquisadas, que se
alinham ao objetivo estabelecido neste projeto, estrutura voltada para a gestão ambiental
na empresa.
Os dados a serem utilizados se configuram como secundários. Vale destacar que a
obtenção de dados disponíveis em publicações ao invés de material obtido de forma
primária não diminui a importância da pesquisa. Para tanto é importante posicionar a
diferença entre conhecimento e informação.
Segundo Fransman (1.999), a informação é uma commodity – artigo ou objeto de uso
comum, conveniência, que é capaz de produzir conhecimento. O conhecimento, por sua vez, é
identificado como a informação processada (ou sustentada) com convicção. Fransman admite que o
conhecimento envolve, mas não se limita ao processamento da informação.
O presente estudo utilizará variáveis que permitam estabelecer um cenário na qual
possamos identificar a estrutura da organização conforme definido no objetivo, a saber:
•
Área responsável pela gestão ambiental.
•
O cargo do profissional que responde pela gestão ambiental.
•
O nível hierárquico do responsável pela gestão ambiental na estrutura da
empresa.
•
Se a administração da empresa reconhece os impactos decorrentes da
operação.
•
Se a organização divulga as informações sobre a gestão ambiental.
Forma de análise dos resultados
A revista que servirá de base para a pesquisa disponibiliza uma grande quantidade
de informações, desta forma as variáveis do objeto desta pesquisa serão selecionadas e
digitadas em planilha, para posterior analise estatística por meio do software SPSS,
construindo os resultados de analise deste estudo. As analises estatísticas passiveis de
serem aplicadas são: o teste de normalidade da amostra com o objetivo de definir o teste
estatístico a ser utilizado. Caso a distribuição se apresente normal se utilizará um teste do
grupo dos Testes paramétricos tal como T de Student ou Anova, caso a amostra não seja
normal utilizaremos um teste da família dos Não paramétricos como o Qui-Quadrado.
De posse das analises e com o respectivo conhecimento originado pelo material
cientifico teórico se emitira uma conclusão em consonância as propostas definidas no
objetivo, expandindo assim a fronteira de entendimento da estrutura das empresas para
atender a abordagem ambiental em sua gestão.
Bibliografia e Referências
ANÁLISE GESTAO AMBIENTAL. São Paulo: análise editorial, 2.008.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14.001: sistemas de gestão
ambiental – requisitos com orientação para o uso. Rio de Janeiro, 2004, 27p.
BARBIERI, J. C. Gestão ambiental empresarial. São Paulo: Saraiva, 2004.
CONRAZZA, R. I. Gestão ambiental e mudanças na estrutura organizacional. Revista de
Administração de Empresas (RAE - Eletrônica), v. 2, n. 2, p. 1-23, 2003.
DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
FRANCO, Tânia. Padrões de produção e consumo nas sociedades urbano-industriais e suas relações
com a degradação da saúde e do meio ambiente. In MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.) Saúde
e ambiente sustentável: estreitando nós. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002.
FRANSMAN, M. Vision of innovation: the firm and Japan. Nova York: Oxford University Press
Inc., 1999.
JIMENEZ, J. B. L.; LORENTE, J. J. C. Environmental performance as an operations objective.
International Journal of Operations & Production Management, v. 21, n. 12, p. 1553-1572,
2001.
MACHADO JUNIOR, Celso; FURLANETO, C. J. O Meio Ambiente e os processo Produtivos, a
Preocupação da Gestão da Energia e dos Recursos Produtivos nas Empresas da Grande São Paulo.
In: X-SEMEAD - Seminários em Administração FEA-USP, 2007, São Paulo. X SEMEAD Globalização e Internacionalização de Empresas, 2007.
MAIMON, D. Eco-estratégia nas empresas brasileiras: realidade ou discurso? Revista de
Administração de Empresas (RAE), v. 34, n. 4, p. 119-130, 1994.
MOTTA, S.L.S..; ROSSI, G. B. A influência do fator ecológico na decisão da compra de bens de
conveniência: um estudo exploratório na cidade de São Paulo. Revista de Administração de
Empresas (RAE), v. 38. n 1, p. 46-57, 2003.
ROHRICH, S. S.; CUNHA, J. C. A proposição de uma taxonomia para a análise da gestão
ambiental no Brasil. Revista de Administração Contemporânea, v. 8, n. 4, p. 86-95, 2004.
ROSEN, C. M. Environmental strategy and competitive advantage: an introduction. California
Management Review, v. 43, n. 3, p. 9-20, 2001.
SANCHES, C. S. Gestão ambiental pro ativa. Revista de Administração de Empresas (RAE), v.
40, n. 1, p. 76-87, 2000.
SEIFFERT, M. E. B. ISO 14001: sistemas de gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2005
SLACK, N.; CHAMBERS, S.; HARLAND, C.; HARRISON, A.; JOHNSTON, R. Administração
da produção. São Paulo: Atlas, 2002.
Download

USCS. Projeto de pesquisa acadêmica. Pesquisa no âmbito do