NOVA LIDE Nº 62 JUNHO 2007 Boletim da Comunidade Paroquial de Santo António de Campolide www.paroquia-santo-antonio-campolide.org Aos leitores E disse Deus: Vamos falar um pouco de coisas dos tempos e coisas da educação moderna. Recebemos uns textos muito interessantes e temos também uma ou duas histórias para contar. Fica como material de reflexão. Bem actual. De resto, quanto ao Boletim: contactem-nos, dêem sugestões, façam comentários, critiquem… Ajudem a que o nosso Boletim seja melhor! Obrigado. O duo do Boletim Junho 2/6 – São Marcelino e São Pedro 3/6 – Santíssima Trindade 7/6 - Santíssimo Corpo de Deus 12/6 – Nossa Senhora do Sameiro 13/6 – Santo António de Lisboa 15/6 – Sagrado Coração de Jesus 16/6 – Imaculado Coração de Maria 20/6 – Beatas Sancha, Teresa e Mafalda de Portugal 24/6 – São João Baptista 29/6 – São Pedro e São Paulo, apóstolos Apareceu a Ternura e o Amor de Deus (Tito 3, 4) E disse Deus: Se ninguém te ama, a minha alegria é amar-te. Se choras, Eu desejo consolar-te. Se és fraco, Eu dar-te-ei a minha força e energia. Se ninguém precisa de ti, Eu preciso. Se te julgam inútil, Eu não posso prescindir de ti. Se estás vazio, a minha plenitude te encherá. Se tens medo, Eu levo-te aos ombros. Se queres caminhar, Eu irei contigo. Se Me chamas, Eu venho ao teu encontro. Se te perdes, Eu não descanso até te encontrar. Se estás cansado, Eu sou o teu descanso. Se pecas, Eu sou o teu perdão. Se precisas de Mim, Eu digo-te: estou aqui dentro de ti. Se andas nas trevas, Eu sou a luz para os teus passos. Se tens fome, Eu sou para ti o Pão da vida. Se queres falar comigo, Eu escuto-te sempre. Se estás preso, Eu vou libertar-te. Se queres ver o meu rosto, olha para uma flor, para uma fonte, para uma criança. Se és marginalizado, Eu estou a teu lado. Se se esquecem de ti, Eu nunca te esqueço. Se nada tens, tens-me a Mim. Se meditas no silêncio, a minha palavra habitará no teu coração. J.F. Moratiel ENVIE INFORMAÇÕES E NOTÍCIAS. ESTE ESPAÇO É DE TODOS PARA TODOS! PARÓQUIA DE SANTO ANTÓNIO DE CAMPOLIDE Travessa de Estêvão Pinto ● 1070-124 LISBOA ● Tel.: 213 885 368 ● Fax: 213 862 218 1 PARA REFLECTIR – Mães Doutoras «Não se preocupe por não poder dar aos seus filhos o melhor de tudo... Dê-lhes o seu melhor.» (autor desconhecido ) Certo dia, uma mulher foi renovar a sua carta de condução. Quando lhe perguntaram qual era a sua profissão, ela hesitou. Não sabia bem como se classificar. O funcionário insistiu: - O que eu pergunto é se tem um trabalho. - Claro que tenho um trabalho - exclamou Anne. - Sou mãe. - Nós não consideramos isso um «trabalho». Vou colocar «dona de casa» - disse o funcionário friamente. Uma amiga sua soube do ocorrido e ficou pensando nisso por algum tempo. Num determinado dia, ela encontrou-se numa situação idêntica. A pessoa que a atendeu era uma funcionária de carreira, segura, eficiente. O formulário parecia enorme, interminável. A primeira pergunta foi: - Qual é a sua ocupação? Ela pensou um pouco e, sem saber bem como, respondeu: - Sou doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas. A funcionária fez uma pausa e ela precisou de repetir pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Depois de ter anotado tudo, a funcionária indagou: - Posso perguntar, o que é que a senhora faz exactamente? Sem qualquer traço de agitação na voz, com muita calma, ela explicou: - Desenvolvo um programa a longo prazo, dentro e fora de casa. - pensando na sua família, ela continuou: - Sou responsável por uma equipa e já recebi quatro projetos. Trabalho em regime de dedicação exclusiva. O grau de exigência é de 14 horas por dia, às vezes até 24 horas. À medida que ia descrevendo suas responsabilidades, ela notou o crescente tom de respeito na voz da funcionária, que preencheu todo o formulário com os dados fornecidos. Quando voltou para casa, ela foi recebida pela sua equipa: uma menina com 13 anos, outra com 7 e outra com 3. Subindo ao andar de cima da casa, ela pôde ouvir o seu mais novo projeto, um bebé de seis meses, testando uma nova tonalidade de voz. Feliz, Marta tomou o bebé nos braços e pensou na glória da maternidade, com suas multiplicadas responsabilidades. E horas intermináveis de dedicação... «Mãe, onde está o meu sapato? Mãe, ajuda-me a fazer a lição? Mãe, o bebé não pára de chorar. Mãe, vai-me buscar à escola? Mãe, vai assistir à minha dança? Mãe, compra? Mãe...» Sentada na cama, ela pensou: «Se ela era doutora em desenvolvimento infantil e em relações humanas, o que seriam as avós?» E logo descobriu um título para elas: «Doutoras-sénior em desenvolvimento infantil e em relações humanas». As bisavós, «Doutoras-executivas sénior». As tias, «Doutoras-assistentes». E todas as mulheres, mães, esposas, amigas e companheiras: «Doutoras na arte de fazer a vida melhor». Num mundo em que se dá tanta importância aos títulos, em que se exige sempre maior especialização, na área profissional, torne-se um(a) especialista na arte de amar. (Anónimo. Recebido por e-mail.) 2 PARA PENSAR - Criancinhas A criancinha quer Playstation. A gente dá. A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa. A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate. A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres, muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha. A criancinha quer camisola Adidas e ténis Nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente. A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando. A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua. Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher. Desperta. É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares. A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada. A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira. A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido; suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca». Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo. A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc. e tal. Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor «que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu!». A criancinha cresce. Cresce e cresce. Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias». Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo. E então teremos muitos congressos, tempo de antena e debates para nos entretermos. Basta ver a TV... Notícias não faltam sobre a violência juvenil (por enquanto não ainda em Portugal), maltratando ou matando desde o gato, os pais, irmãos e vizinhos, para não falar dos professores e colegas. É bom não esquecer que o Futuro está sendo escrito por todos nós, intervenientes do Presente! Enviado por «jolofa@...». Obrigado. PENSAMENTO «Se encontrares um caminho sem obstáculos, é porque provavelmente não leva a parte nenhuma.» (Henry Wadsworth Longfellow) 3 HORÁRIOS DAS MISSAS De 2ª a 6ª-feira A NOSSA IGREJA A nossa igreja precisa de obras. A nossa igreja precisa de SI! • Capela das Irmãzinhas dos Pobres: 11h30 •AJUDA Capela ... do com Externato do Parque: 18h30 donativos! • Igreja Paroquial: 18h30 (excepto à 2ª-f.) OBRAS: CGD –Sábado conta 200.004999.230 IGREJA: CGD – conta • Capela das Irmãzinhas dos200.004014.630 Pobres: 11h30 Eucaristia de Domingo Eucaristia vespertina: O desafio é: o que é que VOCÊ posso fazer? • Igreja Paroquial: 18h30 • Capela da Bela Flor: 1º e 3º sábado de cada mês (excepto Abril – só o 1º) • Capela do Externato do Parque: 12h00 Eucaristia do Dia: • Igreja Paroquial: 11h00 • Capela das Irmãzinhas dos Pobres: 11h00 • Capela do Externato do Parque: 12h00 Sacramento da Reconciliação • Por marcação com o Pe. João Horário do Cartório Paroquial • 2ª a 6ª-feira: das 15h às 19h30 • Sábado: das 10h às 13h URL do site do Agrupamento 263 Campolide – CNE - ESCUTEIROS: http://cne263campolide.no.sapo.pt E-mail Centro Soc. Paroq. de Stº Antº de Campolide: [email protected] E-mail Nova Lide: [email protected] CORO da Paróquia de SAC AQUAE CANTATAE – ensaios: das 21h30 às 23h30, todas as 3ªs-feiras na Igreja. Mais coralistas são bem-vindos! AGRADECIMENTOS ... aos que têm dado a sua contribuição para o Boletim. Quanto custa apadrinhar (pagar) um nº do Nova Lide? 40 €. Ou fazer as fotocópias a partir da matriz. FICHA TÉCNICA NOVA LIDE – Boletim da Comunidade Paroquial de Santo António de Campolide Tiragem: 250 ex Periodicidade: mensal Distribuição: gratuita Redacção: Alfredo Pinto, Marta Cancela Contactos: Carta: Nova Lide - Boletim da Comunidade Paroquial de Stº Antº de Campolide Tr. de Estêvão Pinto ▫ 1070-124 LISBOA E-mail: [email protected] Fax : 213 862 218 (referir: Nova Lide) PSP Para os mais incautos e «excluídos» das modas da tão louvada infância e juventude actuais (sendo que a segunda se estende até aos 35 anos, mais coisa, menos coisa…), PSP não quer dizer Polícia de Segurança Pública ou é a sigla de um partido. Não. PSP significa PlayStation Portable. Um computador (caro) para jogos (caros) reduzido a um minicomputador portátil com cerca de 15 x 8 cm. Bom, e, por ser portátil, a malta nova joga com a PSP em todo o lado. «Em todo o lado» inclui: em casa, durante as visitas de (ou com a) família e amigos; no restaurante, enquanto a família come; em locais onde se está (ou não) com os pais e/ou adultos e «é uma seca». Há uns bons domingos atrás, fui à missa a Campolide ao domingo. Até aí tudo bem. À minha frente estava uma avó e uma tia (ou mãe?), ambas ao lado de um rapazinho de cerca de 10 anos. Vou escrever de novo: cerca de 10 anos. O rapazinho parecia atinado, muito sossegadinho, mas estava muito pacatamente a jogar na sua PSP. A missa não tinha começado ainda. Tudo bem… Esperar (seja por que for), nos tempos de hoje, sem «nada» para fazer, pode realmente ser «uma seca». A missa começou – e o jogo continuou. A seguir à primeira leitura, a avó deu-lhe um toque de cotovelo e a PSP foi para a mala dela. Depois do salmo, já a PSP tinha de novo saído da mala e estava de novo em acção. O mocinho simplesmente se levantava e sentava ao ritmo das suas companhias laterais, que cumpriam o ritual da missa. Depois do sermão, nem já valia a pena o rapaz levantar-se, porque o jogo de futebol da PSP tinha muito mais atractivos do que a missa… uma «seca». E assim se foi avançando na eucaristia até à bênção final, que marcou uma saída do lugar ordeira e «cega», mas sempre sem perder de vista o ecrã do jogo. E assim até à porta. Depois já não vi mais. Eh, pá, e se a catequese e a vida de Cristo pudessem ser jogos para a PSP? As possibilidades de acção e aventura são infinitas! 4 MC