1 Proposta de estrutura para o texto base PME-SP 1. Preâmbulo – fala da secretaria. Apresentação: contextualização do processo de construção atual do PME-SP. Conceito de plano. Articulação entre os entes federados. O financiamento da Educação. 2. Controle social. Formas de participar nas etapas 1, 2, 3 e 4. Escrever sobre o incentivo a participação e diagnósticos locais. 3. Discorrer sobre os eixos: Educação como direito. Educação como fator de inclusão social Educação como instrumento de desenvolvimento econômico e social Educação como politica para a paz 4. Concepções: Educação Escola Educador Criança, adolescente, jovem, adulto 5. Diagnóstico – Explicação sobre o que é o diagnóstico. - Dados Educacionais (acesso, permanência, qualidade) nas diferentes esferas (rede municipal, rede estadual, rede federal, rede privada), com relação aos diferentes níveis, etapas e modalidades: - Por níveis, etapas e modalidades Educação infantil Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Superior Educação de Jovens e Adultos Educação Indígena Educação Profissional Educação Especial Educação do Campo Educação a distância Tecnologias educacionais Gestão Educacional - Por insumos Infra-estrutura Equipamentos e materiais Valorização dos profissionais da Educação - Recortes de diversidade/desigualdade - Regiões da Cidade ANEXOS orientações formulários implementação, monitoramento e avaliação 2 Texto base para o Plano de Educação da Cidade de São Paulo – SP I – APRESENTAÇÃO O Plano Municipal de Educação é uma Lei Municipal que se pretende seja construída com a ampla participação de todos os segmentos da sociedade civil e poder público de nossa cidade. O objetivo desse documento é o estabelecimento de metas a médio e longo prazos, a serem perseguidas pelos governos, assim como de processos de avaliação e controle social de políticas educacionais. Esse processo vem em atendimento ao recomendado pela Lei 10.172/01 (Plano Nacional de Educação) e se pretende integrado aos Planos Nacional e Estadual. Como previa a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394/96, em seu artigo 87, “A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei, encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre Educação para Todos” e com o artigo 214 da Constituição Federal. Neste artigo da Constituição, foram definidas as finalidades de um Plano Nacional de Educação, com os quais, obviamente, os planos estaduais e municipais devem contribuir: “A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder público que conduzam à: I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – melhoria da qualidade do ensino; IV – formação para o trabalho; V – promoção humanística, científica e tecnológica do país”. Os Planos de Educação devem ser planos de Estado, aos quais os planos das gestões municipais e estaduais, com ciclo de quatro anos, estejam subordinados. São instrumentos fundamentais que buscam evitar a descontinuidade na gestão de políticas educacionais. Em agosto de 2008 foi formado um grupo composto de organizações da sociedade civil, sindicatos, movimentos sociais e fóruns de educação e governo municipal para construir o processo de discussão e elaboração do Plano. Pretende-se que os Planos Municipais de Educação sejam forjados como Planos de Educação para a cidade e, dessa forma, não se restringirem somente à rede municipal de educação. É desejável que se envolva o conjunto das redes municipal, estadual, federal e o atendimento privado disponível na cidade. Por isso, sua construção representa um desafio de colaboração entre os três entes federados (município, governo e União) e de envolvimento dos diferentes setores da sociedade civil. Nos meses de março e abril de 2008, foram organizadas pela sociedade civil reuniões para elaboração de uma proposta de metodologia e cronograma de construção do Plano Municipal de Educação, no sentido de instaurar um processo amplo e participativo, que mobilizasse e fosse significativo para os diferentes setores da sociedade civil e que comprometesse o poder público com sua elaboração e implementação. Nesse processo, o objetivo central é o de mobilizar as escolas, comunidades e diversos setores de toda a cidade para a discussão dos problemas e caminhos para melhorar a educação na cidade. Em 23 de abril, o Secretário Municipal de Educação Alexandre Schneider assumiu junto ao GT Educação do Movimento Nossa São Paulo, Sinesp e Sinpeem o compromisso de instaurar um processo de construção participativa do PME ainda em 2008, evitando que houvesse interrupções com o processo eleitoral. Após nova reunião em 24 de julho, do mesmo ano, o poder público procedeu à convocatória para a construção do plano, através da portaria 3.169, publicada no Diário Oficial do Município. As organizações do GT Educação do Movimento Nossa São Paulo e os sindicatos também se envolveram com a divulgação da reunião de lançamento oficial do Plano Municipal de Educação, ocorrida em 15 de agosto de 2008. Nessa data, compôs-se uma ampla Comissão 3 Organizadora – cerca de 100 integrantes - com participação de diferentes segmentos do poder público e da sociedade civil, para coordenar e acompanhar o processo de construção do PME. Na reunião seguinte, em 3 de setembro, definiu-se uma Comissão Executiva a partir de critérios pactuados de representação dos seis segmentos da Comissão Organizadora (poder público, movimentos sociais, sindicatos, estudantes e juventude, universidades, entidades empresariais), com a finalidade de desenvolver a construção do plano. A composição da Comissão Executiva e um cronograma de reuniões das duas comissões para o segundo semestre de 2008 foram oficializados por meio da portaria 4.638, publicada no Diário Oficial do Município. A Comissão Executiva, composta por 24 representantes de diferentes segmentos, reúne-se quinzenalmente desde setembro de 2008. A construção participativa do Plano de Educação da Cidade de São Paulo será um marco, não só para o município, mas para todo o Brasil, ao concretizar os princípios da participação e da gestão democrática em educação no maior município do país. Será ainda um instrumento fundamental de incentivo à formulação de planos de educação a nível local e regional na cidade, com a elaboração de diagnósticos locais, metas e propostas de ação. Breve caracterização de nossa cidade É outro objetivo do Plano Municipal de Educação considerar as desigualdades de nossa cidade com vistas a diminuí-las ou erradicá-las, propiciando tratamento adequado, considerando que há em nosso território regiões pauperizadas e outras repletas de serviços. São Paulo tinha, de acordo com o último censo (2000), 10.434.252 habitantes e uma taxa de crescimento populacional decrescente, pois passou de 1,2 em 1991 para 0,9 em 2000. Tinhase uma densidade demográfica de 6.915 habitantes por quilometro quadrado. A cidade de São Paulo é marcada pela diversidade populacional. De acordo com os dados do Censo de 2000, 52,45% de sua população é do sexo feminino 47,55% é do sexo masculino. Eram 67,98% de brancos, 24% de pardos, 4,9% de pretos, 2% de amarelos, 0,3% de indígenas, 2,3% de outros e 0,8% de ignorados. Ainda de acordo com o censo de 2000, eram cerca de 4.010.457 pessoas não naturais residentes na cidade de São Paulo. Temos migrantes oriundos de diversos estados: ao todo 2.960.109 habitantes, dos quais 2.047.168 da região nordeste. No que diz respeito à imigração, temos estrangeiros de quase todas as regiões do planeta; os maiores grupos eram, em 2000, os portugueses (63.274), japoneses (22.005), italianos (19.786), espanhóis (13.782), bolivianos (7.722) e coreanos (7.029). Em 2000, a renda per capita média no município era de 4,03 salários mínimos, sendo que 5,02% dos domicílios têm uma renda de até ¼ do salário mínimo e 9,48% dos domicílios uma renda de até ½ salário mínimo. A escolaridade média dos chefes de domicílios era de 8,37 anos de estudos, com renda familiar média de R$ 1.479,69. Nesse mesmo ano, São Paulo apresentou uma taxa de 30,81% de vínculos empregatícios. (dados do Censo do IBGE e 2000). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da cidade é baixo, inferior a 0,499 em 38 distritos nos extremos leste, sul e norte; e elevado, ou seja, superior a 0.800, apenas em seis distritos da região sudoeste do município. Os dados abaixo revelam que a população em idade escolar da cidade evoluirá no seguinte sentido: 4 Município de São Paulo Projeção da População de 0 a 19 anos por Grupos de Idade 2001 a 2010 ANO Nível de Grupos Ensino de Idade Demandado (*) 2001 2005 2008 2009 2010 TGCA 2010/2001 Creche 0a3 720.585 753.652 721.486 710.313 698.936 -0,34 Pré-Escola 4a5 338.426 362.905 369.360 371.352 373.258 1,09 6 166.842 176.548 182.658 185.012 187.021 1,28 7 a 10 668.866 673.447 705.850 719.265 726.463 0,92 11 a 14 700.874 642.232 658.744 663.817 668.666 -0,52 Ensino Médio 15 a 17 567.984 499.864 480.349 473.642 466.848 -2,16 Pós-Médio 18 a 19 394.686 350.811 325.213 316.766 308.368 -2,70 População Idade Escolar (0a19) 3.558.263 3.459.459 3.443.960 3.437.167 3.429.560 -0,41 Ensino superior 18 a 24 1.041.357 1.294.017 1.187.066 1.152.427 1.118.309 -2,48 População Idade Ensino 1.041.357 1.294.017 1.187.066 1.152.427 1.118.309 Superior -2,48 Ensino Fundamental Total - 4.599.620 4.753.476 4.631.026 4.589.594 4.547.869 Fonte: Fundação SEADE – Dados de Projeção ajustados para 1º de julho Notas: (*) Considerando adequação idade-série (**)TGCA – Taxa Geométrica de Cres Crescimento Anual Breve caracterização das redes de ensino na cidade A rede municipal de São Paulo, segundo dados de maio de 2009, tem em sua estrutura 1468 unidades educacionais, assim distribuídas: 357 CEIs diretos, 503 EMEIs, 529 EMEFs, 8 EMEFMs, 6 EMEEs, 14 CIEJAs, 3 CMTCs, 45 CEUs, 309 CEIs indiretos, 653 Creches Particulares, 503 turmas do MOVA e 12 CCI/CIPS. Estavam efetivamente matriculados nessas unidades em fevereiro de 2009, 1.028.002 alunos: na rede direta, 892.994 alunos: 307.164 alunos em Educação Infantil, 496.462 em Ensino Fundamental, 2.775 em Ensino Médio, 84.564 em EJA, 576 em Educação Profissional; na rede indireta, 135.008 alunos: 120.418 em Educação Infantil (convênios), 14.590 nas turmas do MOVA. Têm-se, em educação infantil, 302 unidades que funcionam em 3 turnos e 200 unidades em dois turnos. A região com maior número de unidades com três turnos é Campo Limpo (37) e a com maior número de unidades com dois turnos é Guaianases (25). Dentre as 518 EMEFs e EFEFMs, são 21 funcionando em três turnos diurnos, 48 em quatro turnos, 202 em dois turnos diurnos e 247 em três turnos - um diurno e dois noturnos. Campo Limpo é a região com o maior número de unidades que funcionam em 4 turnos (17). Os CIEJAS atendem em 4 turnos. Em 2008, considerando o atendimento proporcionado em todas as esferas administrativas, foram contabilizadas, no Município de São Paulo, 2.878.675 matrículas na Educação Básica e 85.933 na Educação Profissional. Desse universo, 1.336.096 registros correspondem a matrículas 5 sob responsabilidade do Governo do Estado, sendo 1.297.542 na Educação Básica, e 38.554 na Educação Profissional. Portanto, 45,1% dos alunos do município freqüentavam escolas mantidas pela administração estadual. A Rede Estadual tinha em 2008 na cidade 1057 unidades escolares que atendem: de 1ª a 4ª série (379 unidades), 5ª a 8ª (404 unidades), 1ª a 8ª (242 unidades), Ensino Médio (31 unidades), EJA (1 unidade), Escolas vinculadas (27 unidades) e 17 Centros de Ensino de Língua Estrangeira. A rede particular da cidade tem 3.149 unidades escolares, dentre as quais 1593 de Educação Infantil, 17 de Educação Especial, 730 de Ensino Fundamental, 547 de Ensino Fundamental e médio, 37 de Ensino Médio, 16 de EJA e 182 de Educação Profissional. Quanto à média de alunos por turma nas diferentes redes de ensino na cidade, temos a seguinte distribuição: MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Número Médio de Alunos por Turma, segundo Dependência Administrativa e Nível, no Período 1999-2006. Dependência Administrativa Total Municipal Estadual Federal Privada Nível Creche Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Pré-Escola Creche Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Pré-Escola Creche Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Pré-Escola Creche Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Pré-Escola Creche Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Pré-Escola 1999 16,90 32,20 36,40 34,30 39,00 24,40 16,90 37,00 37,60 37,30 37,20 36,90 4,70 35,30 39,70 37,70 43,50 14,00 25,00 23,00 0,00 23,00 35,40 25,00 16,90 21,10 26,90 23,60 26,80 12,10 2000 15,60 36,00 31,80 33,80 39,20 23,10 16,60 36,60 37,00 36,70 35,90 34,40 11,00 35,50 39,90 37,80 43,40 6,00 25,00 24,10 0,00 24,10 37,20 25,00 15,30 20,20 26,10 22,80 26,70 12,20 2001 15,00 30,90 34,40 32,70 37,90 23,80 16,20 36,40 36,60 36,50 35,40 35,80 4,70 34,40 38,10 36,00 41,40 16,00 22,80 24,50 0,00 24,50 39,40 25,00 14,70 19,60 25,20 22,10 27,00 12,30 2002 14,80 30,60 33,70 32,10 37,80 23,50 15,80 36,40 36,20 36,40 35,20 34,60 4,50 34,10 37,30 35,40 40,80 0,00 15,30 24,30 0,00 24,30 41,00 32,30 14,60 19,10 24,70 21,50 27,30 12,50 2003 15,20 30,30 33,70 31,90 38,10 23,10 17,60 36,20 36,00 36,10 36,00 34,90 2,30 33,80 37,50 35,20 41,00 0,00 14,00 24,30 0,00 24,30 40,10 32,30 14,40 19,00 24,60 21,40 27,70 12,30 2004 14,40 30,30 33,50 31,70 37,90 23,30 15,60 35,80 35,70 35,80 35,70 34,50 5,30 33,70 37,30 35,10 40,70 0,00 21,30 23,40 0,00 23,40 42,00 24,30 13,90 19,30 24,40 21,40 27,80 12,20 2005 13,60 30,20 33,60 31,60 37,20 22,70 12,40 35,40 35,20 35,30 34,30 33,10 18,50 33,80 37,70 35,40 40,10 23,10 20,60 23,50 0,00 23,50 40,90 24,70 13,90 19,20 24,20 21,30 27,30 12,10 2006 10,00 29,70 33,50 31,40 36,90 22,30 10,00 35,10 35,50 35,30 34,50 32,00 18,60 33,90 37,50 35,50 39,90 23,70 21,90 22,60 0,00 22,60 0,00 24,20 9,80 18,80 23,90 20,80 27,10 13,80 Fonte: MEC/INEP – Edudatabrasil, 2007. Quanto à distorção idade-série no ensino Fundamental e Médio nas diferentes redes de ensino na cidade, temos a seguinte evolução: MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Distorção de idade-série no Fundamental e Médio, por Dependência Administrativa, de 19992003. Dependência Administrativa Ensino Fundamental 5ª à 8ª 1ª à 8ª 1ª à 4ª Série Série Série Ensino Médio 6 1999 (total) Pública Estadual Municipal Federal Particular 2000 (total) Pública Estadual Municipal Federal Particular 2001 (total) Pública Estadual Municipal Federal Particular 2002 (total) Pública Estadual Municipal Federal Particular 2003 (total) Pública Estadual Municipal Federal Particular 13,2 15,4 14,9 15,9 2,4 2,2 10,3 11,9 10,9 13,1 2,6 2,3 8,2 9,4 7,9 11,2 1,5 2,1 7,4 8,4 7,2 9,9 1,5 2,2 6,4 7,3 5,9 9,1 1,5 2,1 31,9 36,6 37,4 35,1 6,4 27,9 32,2 33,2 30,2 5,8 24,0 27,7 28,3 26,7 5,6 21,0 24,4 24,9 23,6 5,2 19,4 22,6 23,3 21,5 4,6 22,8 26,4 27,6 24,3 2,4 4,3 19,4 22,4 23,6 20,6 2,6 4,1 16,1 18,6 19,0 18,0 1,5 3,9 14,0 16,2 16,3 15,9 1,5 3,7 12,7 14,6 14,6 14,7 1,5 3,3 43,9 49,7 50,1 29,9 12,3 18,0 42,3 47,5 47,9 28,0 10,0 15,9 38,5 43,6 43,9 25,7 4,6 13,2 35,8 40,7 40,9 26,6 4,7 9,6 33,2 38,0 38,1 31,5 3,9 7,9 Fonte: Ministério da Educação/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais - Inep; Fundação Seade, 2007. É importante destacar aqui que em São Paulo a rede municipal tem a organização em ciclos (4 ciclos no Ensino Fundamental) e a rede estadual organiza-se pela progressão continuada (checar). II - A PARTICIPAÇÃO NO PLANO DE EDUCAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO A construção do Plano Municipal de Educação de São Paulo é uma reivindicação histórica de sindicatos, fóruns, organizações e movimentos sociais da cidade. Em resposta a esta reivindicação, na última década, iniciativas pontuais de parlamentares e gestores(as) buscaram impulsionar o processo sem, no entanto, terem continuidade. Em resposta a este desafio histórico, e em diálogo com um grupo de movimentos e entidades, foi convocado em agosto de 2008 o processo de construção do Plano Municipal de Educação pela Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo. Como decorrência, foram instituídas: a Comissão Organizadora (composta por mais de cem instituições do poder público e da sociedade civil) e a Comissão Executiva, composta por 24 integrantes vinculados aos seis segmentos: 1. Poder Público, 2. Sindicatos, 3. Movimentos e Fóruns Sociais, 4. Estudantes e Juventude, 5. Universidades e 6. Empresariado. As atribuições de cada uma das comissões constam do Regimento Interno, elaborado pela Comissão Executiva. As memórias, o cronograma e outros documentos resultantes das reuniões das Comissões Organizadora e Executiva devem estar disponíveis no site de SME, conforme decisão da Comissão Executiva. Para explicitar que este não é um plano da rede municipal de ensino, mas um documento que aborda o atendimento educacional em todo território, passaremos a chamá-lo de Plano de Educação da Cidade de São Paulo. 7 Objetivo Geral • Construir um Plano de Educação da Cidade de São Paulo que oriente o planejamento, a avaliação e o controle social das políticas educacionais para os próximos dez anos, por meio de um processo amplo e participativo que envolva creches, escolas, comunidades e diferentes setores da sociedade. Incentivar a formulação de planos de educação a nível local e regional, com a elaboração de diagnósticos locais, metas e propostas de ação. Metodologia Em resposta aos objetivos colocados, a metodologia está comprometida em gerar um processo participativo que possibilite: o envolvimento de profissionais de educação, estudantes, familiares e de organizações e movimentos que atuam no campo educacional, assim como a ampliação dessa participação para outros setores da sociedade; espaços e oportunidades de debate crítico que estabeleçam conexões entre a realidade vivida no cotidiano e as políticas educacionais; a identificação de expectativas, sonhos, demandas e de propostas de curto, médio e longo prazo; a construção de diagnósticos e agendas de ação local (escola ou comunidade), distrital, regional e municipal, assim como agendas temáticas ou vinculadas a setores discriminados; o fortalecimento político das organizações e movimentos que atuam no campo educacional e daquelas com interface com a educação; o diálogo entre educação formal e educação não-formal. Para isso, será priorizado o critério de participação ancorado nos territórios, do local ao municipal, em articulação com os critérios temáticos e por segmento social. Por segmentos, entendemos os seguintes segmentos: poder público; trabalhadores de educação; fóruns e movimentos sociais; estudantes e juventude; familiares; universidades e institutos de pesquisa; iniciativa privada com e sem fins lucrativos. A metodologia participativa tem os seguintes eixos gerais: 1. o que vivemos (diagnóstico), 2. qual a educação que sonhamos (para a nossa escola, comunidade, setor educacional, distrito ou região, para a cidade), 3. quais as nossas propostas de metas: o que podemos fazer em nossa escola e comunidade, setor educacional, distrito ou região? E quais as propostas que devem ser encaminhadas para o Plano da Cidade, visando influenciar as políticas públicas educacionais? O processo será desenvolvido em quatro etapas: Etapa 1 (local): envolvendo escolas e comunidades. Discussão interna nas escolas (comunidade escolar) das redes municipal, estadual, federal e privada (diretor/a, professor/a, coordenador/a, familiares, alunos, Conselho de Escola...) e discussões protagonizadas por uma escola com participação da comunidade local (associações comunitárias, organizações locais, comunidade do entorno). Essa etapa não definirá representação para a etapa seguinte. Também será garantida a possibilidade de realização de plenárias livres protagonizadas por um mínimo de dez atores comunitários sobre temas que possam ser relacionados à agenda educacional. As plenárias livres deverão ser inscritas junto à comissão executiva (em formulário padrão na internet). 8 Etapa 2 (por setor educacional): reuniões nos setores educacionais (477). Esta etapa será desenvolvida por meio de reuniões por setor educacional, com base na sistematização da etapa anterior. Serão definidas prioridades por setor (também conhecido como micro-área) e encaminhadas propostas gerais para o Plano da Cidade. Nessa etapa, serão eleitas/os as/os delegadas/os para a etapa seguinte, distrital. Também será garantida a possibilidade de realização de plenárias livres protagonizadas por um mínimo de dez atores da microregião ou distrito sobre temas que possam ser relacionados à agenda educacional, mas nelas não serão eleitos delegados para a etapa seguinte. As plenárias livres deverão ser inscritas junto à comissão executiva (em formulário padrão na internet). Etapa 3 (distrital): plenárias por distrito ou reunindo dois ou mais distritos, em um total de 45 plenárias (locais e listagem em anexo), com envolvimento das diretorias regionais de ensino (DRE) da rede municipal, em articulação com as diretorias de ensino da rede estadual na capital e demais atores da organização do processo. Esta etapa será desenvolvida por meio de plenárias por distrito, com base na sistematização da etapa anterior, e serão eleitas/os delegadas/os para a etapa seguinte, municipal. Os critérios de representação estarão previstos no Regimento Interno, considerando a prioridade territorial em articulação com critérios de segmentos e de vinculação a temáticas. Nesta etapa, também está prevista a realização de Encontros Temáticos ou por Segmento em nível municipal. Esses encontros poderão ser organizados por organizações ou fóruns ou propostos pela Comissão Organizadora com relação a temas estratégicos que não contem com um ator articulador, envolvendo um mínimo de 80 participantes. O número e os temas dos encontros propostos pela Comissão Organizadora serão definidos no regimento interno do processo. Os Encontros Temáticos também elegerão delegados/as (1 a cada 40 participantes) para a etapa municipal. Etapa 4 (municipal): Conferência de Educação da Cidade de São Paulo. A Conferência terá como referência para a discussão o documento de sistematização, produto de todas as etapas anteriores de construção do Plano de Educação da Cidade de São Paulo que será discutido, aprimorado e aprovado pela plenária. Além do documento do Plano de Educação da Cidade de São Paulo, a ser encaminhado à Câmara Municipal e à Assembléia Legislativa do Estado, será gerado um documento com a memória do processo, que não será submetido à Plenária da Conferência, mas poderá ser disponibilizado em site e devolvido para as escolas para possíveis ajustes. Os critérios de representação estarão previstos no Regimento Interno, considerando a prioridade territorial em articulação com critérios de segmentos e de vinculação a temáticas. As etapas serão implementadas por meio das seguintes fases de execução: Fase preparatória (já executada): Convocatória pública do processo do PME pela Secretaria Municipal de Educação; Constituição da Comissão Organizadora, da Comissão Executiva e da SecretariaExecutiva; Definição de procedimento de comunicação para se tornar públicos as decisões e o cronograma das reuniões das Comissões e iniciar o processo de divulgação junto às direções regionais das redes de ensino municipal, estadual, federal e da iniciativa privada; Discussão e definição do regimento interno, da metodologia do Plano, do cronograma, responsabilidades, recursos necessários, documento-referência e material de apoio; Articulação entre Secretarias Municipal e Estadual de Educação e Representação do MEC em São Paulo para participação plena das redes municipais, estaduais e federal no processo de construção do PME. Envolvimento dos sindicatos da rede privada; Discussão sobre o processo de construção do Plano nas reuniões de planejamento das redes municipal, estadual e federal; 9 Disponibilização de informações sobre a situação do atendimento educacional na cidade por parte de SME, SEE e MEC; Definição da linha de base (diagnóstico) inicial da situação educacional no município com informações sobre o atendimento educacional, demanda por acesso, problemas das redes municipal, estadual, federal e das escolas privadas, entre outros; Produção, aprovação e distribuição dos textos e materiais de apoio ao processo. Fase de mobilização para o processo – pondo o bloco na rua: mobilização das escolas, das diretorias de ensino da rede municipal e da rede estadual, das organizações comunitárias e da sociedade civil. divulgação ampla do processo de construção do PME nos veículos de comunicação da prefeitura, governo estadual e governo federal; da sociedade civil e nos meios de comunicação comerciais e alternativos, convidando todos os cidadãos e cidadãs a participarem do processo. Para o desenvolvimento desta etapa, serão desenvolvidos: a alimentação semanal do área do site de SME dedicada ao processo do Plano; o levantamento de veículos e espaços de comunicação da prefeitura, governo estadual e Remec/SP com a população, que poderiam ser utilizados para a divulgação do processo do Plano; as reuniões entre as assessorias de comunicação/imprensa de SME, SEE e MEC para definição de estratégia de comunicação conjunta; a reunião das assessorias de comunicação de SME, SEE e Remec com as Secretarias de Comunicação dos governos municipal e estadual para definição de estratégia conjunta; a proposição e aprovação da logomarca, slogan, coração da mensagem, identidade visual e das peças de divulgação (folheto, cartaz, spot, vídeo) na Comissão Organizadora. Essas peças poderão ser adaptadas conforme o veículo; o plano de comunicação deverá prever a intensificação do processo no início de cada uma das etapas (escolar/comunitária, distrital, regional e municipal). o levantamento de veículos e espaços de comunicação da sociedade civil para divulgação das peças de divulgação. reuniões com as direções dos jornais da cidade para o envolvimento deles no processo de convocação do Plano (por meio de matérias sobre o significado do processo). Etapa 1 – atividades nas escolas e comunidades: discussão de propostas para o PME nas escolas (comunidade escolar) das redes municipal, estadual, federal e privada (diretor/a, professores/as, coordenador/a, alunos/as, familiares, conselho de escola...) e discussões protagonizadas por uma escola com participação da comunidade local (associações comunitárias, organizações locais, comunidade do entorno). Destaque para metodologias específicas para organização das discussões junto às crianças e junto aos adolescentes e jovens. Essa etapa não definirá representação para a etapa seguinte. Também será garantida a possibilidade de realização de plenárias livres protagonizadas por um mínimo de dez atores comunitários sobre temas que possam ser relacionados à agenda educacional. As plenárias livres deverão ser inscritas junto à comissão executiva (em formulário padrão na internet). Para o desenvolvimento desta etapa, há uma série de possibilidades de atividades (de maior ou menor fôlego) a serem desenvolvidas pela escola/comunidade. Entre elas: sugestão de planos de aula (para serem discutidos em sala de aula); 10 levantamento de demanda por direito à educação no bairro como parte do diagnóstico da educação na escola ou comunidade (poderão ser aplicadas metodologias participativas já disponíveis); metodologias específicas para levantamento de demandas e realização de discussões junto às crianças (rodas de conversa, desenhos, maquetes, atividades teatrais, cartazes, textos) e junto aos adolescentes e jovens (debates, atividades teatrais, atividades de comunicação, Educom etc.); propostas de atividades para debates e reuniões por turma/turno/etc seguidos de Plenária da Escola. No caso de escolas com pouca capacidade de mobilização, reunião ampliada do Conselho de Escola para discussão e elaboração de propostas. plenárias locais livres (por segmento, por bairro, por grupo de interesse, por comunidade, etc). As plenárias livres possibilitam que diferentes grupos se organizem de forma mais flexível, discutam o temário e apresentem suas propostas. Estrutura organizativa Escola – definição de 2 pessoas por escola, responsáveis pela mobilização da escola e da comunidade para o processo de construção do plano de educação da cidade de São Paulo, sendo um/a representante dos profissionais de educação da escola e outro/a um/a representante do Conselho de Escola (preferencialmente da categoria dos familiares ou dos alunos); Comitê regional – formado por dois profissionais da diretoria regional de ensino da rede municipal, dois da diretoria regional de ensino da rede estadual e dois representantes da sociedade civil, sob coordenação de SME; Comissão Executiva e Comissão Organizadora (nível municipal). Cronograma geral Preparação e mobilização (bloco na rua): maio a julho de 2009 Etapa escolar/comunitária: entre 15 de agosto e 5 de outubro de 2009 Etapa por setor educacional: entre 6 de outubro e 13 de dezembro de 2009 Etapa distrital/regional: fevereiro e março de 2010 Etapa da cidade: maio de 2010 Encaminhamento à Câmara e à Assembléia Legislativa: 2º semestre de 2010 Observação: o cronograma leva em consideração a importância que as diretrizes do Plano de Educação sejam contempladas na revisão do Plano PluriAnual (PPA) da cidade em 2010. III - EIXOS A) Educação como direito Vários são os documentos que tratam da Educação enquanto direito da pessoa humana1. Ao Brasil, signatário de diversos documentos, inclusive internacionais, cabe a responsabilidade de 1 -Destacamos aqui alguns dos mais citados documentos: Declaração de Jomtien (Tailândia-1990); Declaração de Salamanca (Espanha-1994); Constituição da República Federativa do Brasil (1988); Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – L.9394/96; Estatuto da Criança e do Adolescente – L.8069/90; Constituição do Estado de São Paulo; Lei Orgânica do Município de São Paulo, entre outros. 11 assegurar à população o direito à educação. Num esforço integrado, às três esferas de Poder Público do sistema federativo, cabe a responsabilidade de organizar, propor e administrar ações que garantam à população este direito. Ao Município, “ainda que não fosse uma clara determinação legal, ainda persistiria” 2 a obrigatoriedade de organizar-se para também garantir este direito. Esse direito deve ser assegurado pelo Estado e todos, sem exceção, têm direito à educação: mulheres e homens, crianças e adolescentes, jovens, adultos e idosos, pessoas com deficiências, ricos e pobres, negros, brancos e indígenas, assim como todos que sofrem qualquer forma de marginalização: privados de liberdade, moradores de rua, entre outros. B) Educação como fator de inclusão social Enquanto fator de inclusão social, o poder público e a sociedade civil têm na educação uma importante alavanca para alcançar seus ideais, metas e objetivos, sintetizados na premissa constitucional de que são objetivos fundamentais de nossa república federativa, a constituição de uma sociedade livre, justa e solidária, a garantia do desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Hoje, a inclusão constitui-se numa das questões sociais que, de forma progressiva, vem alcançando destaque na agenda de definição, discussão e implementação de políticas públicas governamentais, em âmbito nacional e internacional. Nos termos da Declaração de Salamanca, as escolas regulares são: “os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias, criando comunidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos, [...]”3 o que, em outras palavras, traduz-se por “mudanças metodológicas e organizativas que têm por fim responder aos alunos que apresentam dificuldades”4, sugerindo também mudanças na concepção de ensino e das práticas pedagógicas realizadas na escola. Deve-se, também, ficar patente que inclusão das pessoas com deficiências “não significa, simplesmente, matricular os educandos com necessidades especiais na classe comum, ignorando suas necessidades específicas, mas significa dar ao professor e à escola o suporte necessário à sua ação pedagógica” 5. C) Educação e o desenvolvimento econômico e social O poder público defronta-se, hoje, com um de seus maiores desafios: políticas para redução das desigualdades sociais, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e garantia dos direitos sociais (trabalho, educação, saúde, moradia, cultura etc.). Em uma cidade marcada por diferentes formas de segregação sócio-espacial, dentre as quais o acesso desigual a serviços e equipamentos, a garantia do acesso, permanência e qualidade do atendimento nas creches, pré-escolas, escolas e universidades mostra-se fundamental por ser a garantia de um direito fundamental, o direito à educação, mas também como afirmação do espaço público, de todos, na cidade. 2 - Indicação CME nº 04/02-CNPAE - Aprovada em 05.09.02. - Declaração de Salamanca. 4 - Mel AINSCOW. Educação para todos: torná-la uma realidade. Comunicação apresentada no Congresso Internacional de Educação Especial. Birmingham, Inglaterra, abril de 1995.(http://redeinclusão.web.ua.pt/files/fl_38.pdf. Acesso em 25.05.09). 5 - Rosana GLAT, Rejane de Souza FONTES e Márcia Denise PLETSCH. Inclusão social: desafios de uma educação cidadã. Rio de Janeiro: UNIGRANRIO Editora, Cadernos de Educação, 6, nov/2006, p.13-30. 3 12 Esperamos que o Plano de Educação da Cidade de São Paulo seja um importante instrumento para a ampliação e qualificação da demanda social por direito humano à educação na cidade de São Paulo a partir do reconhecimento das diversidades, das desigualdades, dos recursos e possibilidades presentes no território. D) Educação para uma cultura de paz A UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, estabeleceu o período entre 2001 e 2010 como a década para a superação da violência, afirmando a necessidade de uma pedagogia da paz. A Declaração de Princípios sobre a Tolerância, proclamada e assinada em novembro de 1995 pelos Estados membros da UNESCO, traz como princípio fundamental a tolerância, compreendida como “o respeito, a aceitação e o apreço da riqueza e da diversidade das culturas de nosso mundo, de nossos modos de expressão e de nossas maneiras de exprimir nossa qualidade de seres humanos. É fomentada pelo conhecimento, a abertura de espírito, a comunicação e a liberdade de pensamento, de consciência e de crença. A tolerância é a harmonia na diferença. Não só é um dever de ordem ética; é igualmente uma necessidade política e jurídica. A tolerância é uma virtude que torna a paz possível e contribui para substituir uma cultura de guerra por uma cultura de paz”. De nada valerão os esforços de todos nós, se os esforços não forem canalizados para a permanente construção da cultura da paz. O desafio está em, além do aprender a conhecer e a fazer, também aprender a conviver e a ser. A necessidade de termos uma sociedade fundada em princípios dialógicos, que cultivem a paz, deve ser manifesta expressamente em âmbito coletivo e individual. A Educação e a instituição escolar devem assumir essa função essencial visando à formação de cidadãos e agentes de transformação social. IV - CONCEPÇÕES Concepção de Educação A Constituição Federal de 1988 define a educação como direito de todos e dever do Estado e da família, a ser “promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (artigo 205). A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e define, em seu artigo 1º que a Educação “abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais”. Porém, o Estado disciplina a educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias buscando que a mesma vinculese ao mundo do trabalho e à prática social. A constituição Federal e a LDB definem ainda que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; respeito à liberdade e apreço à tolerância; coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; valorização do profissional da educação escolar; gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; garantia de padrão de qualidade; 13 valorização da experiência extra-escolar; vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. A Constituição Federal define no artigo 208 ser dever do Estado no que se refere à educação garantir: ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos aqueles que a ele não tiveram acesso na idade própria; progressiva universalização do ensino médio gratuito; atendimento educacional especializado aos educandos com deficiências, preferencialmente na rede regular de ensino; educação infantil em creches e pré-escolas às crianças de zero a cinco anos de idade; acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um; oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. Por fim, a Constituição Federal define o acesso ao ensino obrigatório e gratuito como direito público subjetivo e o seu não oferecimento pelo Poder Público, ou sua oferta irregular “importa responsabilidade da autoridade competente”. A LDB define ainda ser dever do Estado a garantia de padrões mínimos de qualidade de ensino definido como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. Considera-se ainda a importância da promoção, nos âmbitos social, administrativo e judicial, de encaminhamentos à mídia, ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário local, sempre que se esgotem os recursos educativos nos assuntos que se constituam em demandas e objeto de ação e apuração desses órgãos de mediação de conflitos, de controle e de exigibilidade de direitos. Tais encaminhamentos podem partir de quaisquer dos segmentos da comunidade da educação: mães e pais de alunos, profissionais da educação, alunos, sempre com objetivo de que os direitos sejam respeitados. Concepção de Escola Como estabelecido na LDB 9394/96, a Escola é a instituição que tem a outorga de ministrar a educação, organizando tempos, espaços e conteúdos com vistas a garantir o pleno desenvolvimento dos alunos atendidos considerando suas especificidades educativas. De acordo com a LDB, os estabelecimentos de ensino, ou seja, as escolas, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: elaborar e executar sua proposta pedagógica; administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. Concepção de educador Os educadores são imprescindíveis no processo educativo e na execução de quaisquer propostas educativas. Como sintetizou Paulo Freire, a educação é constituída, necessariamente, por sujeitos em relação, em diálogo: “Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (Pedagogia da Autonomia, p.25). A Constituição Federal definiu como princípios com base nos quais o ensino será ministrado nacionalmente, a valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e 14 títulos aos profissionais da educação escolar das redes públicas, e o piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos da lei federal, a mesma lei que define as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e fixa prazos para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios. A LDB, com a intenção de garantir as especificidades do trabalho do educador, define como suas incumbências: participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; zelar pela aprendizagem dos alunos; estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade. Ainda de acordo com a LDB, a formação dos profissionais de educação deve atender aos diferentes níveis e modalidades de ensino. Concepção de educando: crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos Como definido no artigo 227 da Constituição Federal, é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069/90, acrescenta a noção de que as crianças e adolescentes, ou seja, todas as pessoas com até 12 anos incompletos (crianças) e com 12 a 18 anos (adolescentes) ”gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade”. Especificamente com relação ao direito à educação, o ECA reafirma os direitos assegurados pela Constituição e assegura às crianças e adolescentes a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, o direito de ser respeitado por seus educadores, o direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores, o direito de organização e participação em entidades estudantis e o acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. Afirma ainda o direito dos pais ou responsáveis de “ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais”. Vale à pena destacar que foi aprovada a Lei Federal 11.525/07, que determina a inclusão no currículo do Ensino Fundamental de conteúdos que tratem dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz o ECA e garantindo a produção e distribuição de material didático adequado. Com relação aos jovens, ou seja, todas as pessoas com 18 a 24 anos de idade, uma série de especificidades têm sido afirmadas com relação aos seus direitos fundamentais (educação, trabalho, saúde, cultura, lazer, moradia etc.), no sentido de reverter desigualdades e discriminações a que essa parcela da população tem sido submetida. Apenas para destacar, o acesso ao trabalho e ao emprego (os jovens têm sido a parcela mais atingida pelo desemprego) e o direito à vida (os jovens das periferias urbanas, em especial os negros, têm sido os maiores atingidos pelas altas taxas de homicídio). Com relação aos idosos, a Constituição estabelece ainda que a família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. 15 Especificamente com relação aos jovens, adultos e idosos que não tiveram acesso à educação, retomamos aqui o dever do Estado, assegurado pela Constituição, de garantir a oferta gratuita do ensino fundamental para todos aqueles que a ele não tiveram acesso na idade própria. V- DIAGNÓSTICO A LDB 9394/96 organiza a educação escolar por etapas: Educação Básica - formada pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, tem por finalidades: desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores - e Educação Superior. Define ainda que a organização desses sistemas será feita pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios em regime de colaboração. Nesse processo, de acordo com o artigo 11, os municípios incumbir-se-ão de: “I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino; IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema de ensino; V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino; VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação básica.” Além dos dados já apresentados no item de Apresentação deste texto-base, no que diz respeito ao espaço físico, temos, na rede municipal, o que se segue: Dentre os 357 CEIs, 6 tem laboratório de informática, 21 tem sala de leitura, 8 tem quadra de esportes e 85 tem brinquedotecas. Dentre as 503 EMEIs 278 tem laboratório de informática, 120 tem sala de leitura, 106 tem quadra de esportes, 137 tem brinquedoteca.] Dentre as 522 EMEFs/EMEFMs/CEU EMEF existem 591 laboratórios de informática, 128 laboratórios de outros tipos, 511 sala de leitura, 757 quadras de esportes e 15 brinquedotecas. Dentre as 6 EMEEs, 5 tem laboratório de informática, 5 tem slaa de leitura, todas tem quadra de esportes e nenhuma tem brinquedoteca. Dentre os 14 CIEJAS 13 tem laboratório de informática (o de Capela do Socorro não tem), 4 tem sala de leitura, 2 tem quadra de esportes. Passaremos então a um breve diagnóstico da situação educacional na cidade de São Paulo, em cada um dos níveis e modalidades de ensino. Educação Infantil O artigo 208 da Constituição Federal, em seu parágrafo IV, define como dever do Estado garantir educação infantil nas creches e pré-escolas às crianças de 0 a 5 anos de idade. A educação infantil é definida pela LDB 9394/96 como a primeira etapa da educação básica, e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de zero até seis anos de idade, em seus 16 aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. E, de acordo com a LDB, deve ser oferecida em creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; ou pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade. No Município de São Paulo, os Conselhos de Educação (Estadual e Municipal) postergaram para 2010 a implantação do ensino fundamental de nove anos (Deliberação CEE nº 73/2008 e Deliberação CME nº 03/ 2006). Portanto, a partir de 2009, o cenário das matrículas em educação infantil no município deverá ser alterado, principalmente no que diz respeito ao atendimento nas duas etapas de ensino: creche e pré-escola. As matrículas na Educação Infantil, na cidade de São Paulo estão distribuídas conforme o gráfico de setores abaixo: Matrículas - Educação Infantil Berç. 1 3% Berç. 2 7% 3º Estágio 29% Mini_Grupo 14% 1º Estágio 21% 2º Estágio 26% 17 Município de São Paulo – Educação Infantil Matrícula Inicial por Rede de Ensino 2000 a 2007 Ano Estadual (¹) Municipal Particular 1998 - Federal Total 226.014 70.422 - 296.436 1999 75 243.690 143.610 350 387.725 2000 61 234.032 152.331 350 386.774 2001 77 262.601 162.535 332 425.545 2002 9 275.508 170.819 316 446.652 2003 7 289.648 182.681 306 472.642 2004 32 320.671 191.700 316 512.719 2005 6.003 321.183 206.439 313 533.938 2006 5.528 312.969 206.659 320 525.476 2007 24 304.186 183.527 269 488.006 Fonte: M EC / INEP – Censo Escolar, in SEE/SP – CIE: "Série Histórica" Nota: (¹) A partir de 1999 corresponde aos Centros de Convivência Infantil (CCI) imp lantados em órgãos públicos p ara atender filhos de funcionários. Taxa de Participação por Rede de Ensino Federal Total 1998 Ano Estadual (¹) Municipal Particular - 76,2 23,8 - 100,0 1999 0,0 62,9 37,0 0,1 100,0 2000 0,0 60,5 39,4 0,1 100,0 2001 0,0 61,7 38,2 0,1 100,0 2002 0,0 61,7 38,2 0,1 100,0 2003 0,0 61,3 38,7 0,1 100,0 2004 0,0 62,5 37,4 0,1 100,0 2005 1,1 60,2 38,7 0,1 100,0 2006 1,1 59,6 39,3 0,1 100,0 2007 0,0 62,3 37,6 0,1 100,0 Município de São Paulo Matrícula Inicial Educação Infantil 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 1998 1999 2000 Estadual (¹) 2001 2002 Municipal 2003 2004 2005 Particular 2006 2007 Federal 18 Evolução das Matrículas - Educação Infantil 350000 320671 321183 312969 301904 289753 300000 275631 262761 243852 250000 234194 200000 135852 150000 118472 107550 127149 123057 111452 96542 100000 94555 88120 87734 55803 55579 54800 59527 63977 68756 73848 Convênio Municipal 50000 6003 75 61 77 9 7 32 1999 2000 2001 2002 2003 2004 79540 Privada 5528 23 0 2005 2006 2007 -50000 Estadual Municipal Nesse período, houve crescimento do atendimento e concentração na rede municipal, porém, em maio/09 a demanda não atendida, cadastrada por SME, era de 67.519 vagas em creches e 34.100 vagas em pré-escola. 19 Taxa de Participação - Educação Infantil 0,7 62,9% 6 1,8% 60,6% 61,7% 6 2,5% 61,3% 62,3% 59,8 % 0,6 59,6% 0,5 0,4 0,3 25,3% 25,0% 25,1% 24,9% 25,3% 24,0% 24,2% 22,6 % 19,5% 18,2% 0,2 14,4% 15,1% 14,4% 13,5% 13,3% 12,9% 13 ,7% 13,4% 0,1 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0 ,0% 1,1% 1,1% 0,0% 0,0% 0,0 1999 2000 2001 2002 Estadual Municipal 2003 2004 Convênio Municipal 2005 2006 2007 Privada A rede direta possui 12.478 classes de Educação Infantil. Destas, 4.308 são creches e 8.170 são de pré-escola. São 791 classes de berçário I, 1.467 de berçário II, 2005 mini-grupos, 1901 classes de 1º estágio, 2.949 de 2º estágio e 3.320 de 3º estágio. A rede conveniada tem 9742 classes. Destas, 11.979 creches e 10.241 pré-escolas, sendo 2.334 de Berçário I, 4.146 de berçário II, 5499 de mini-grupo, 3364 de 1º estágio, 3356 de 2º estágio e 3521 de 3º estágio. A média de alunos por classe obedece à Portaria 4448/08, de SME, de 29 de outubro de 2008, que estabelece que as classes/estágios e a proporção adulto/criança nos CEIs/Creches da rede direta, indireta e particular conveniada deverão observar a seguinte conformidade: Berçário I (crianças de 0 anos) - 7 crianças por educador; Berçário II (crianças de 1 ano) - 9 crianças por educador; Mini-Grupo (crianças de 2 anos) - 12 crianças por educador; 1º estágio (crianças de 3 anos) - no mínimo, 18 crianças por educador; 2º estágio (crianças de 4 anos) - no mínimo, 20 crianças por educador; 3º estágio (crianças de 5 anos) - no mínimo, 25 crianças por educador. A portaria acrescenta que, respeitada a capacidade física das salas, as classes de 1º, 2º e 3º estágios, nos CEIs da rede direta e indireta e nas Creches Particulares Conveniadas, deverão ser formadas com até 35 alunos. São orientações específicas para o atendimento à demanda de Educação Infantil nas Escolas Municipais de Educação Infantil - EMEIs: destinam-se ao atendimento de crianças na faixa etária de 3 (três) a 5 (cinco) anos, completos até 31/12/2008, considerando a ordem decrescente de idade e de acordo com os seguintes critérios: 1º estágio - 3 anos; 2º estágio - 4 anos; 3º estágio - 5 anos. A definição da classe/estágio para matrícula deverá considerar, sempre, a idade da criança até 31/12/2008 e as diferentes formas de organização dos grupos, previstas no Projeto Pedagógico da Unidade Educacional, não devem implicar em diminuição no atendimento à demanda. As classes/estágios deverão ser formadas com até 35 (trinta e cinco) alunos. As matrículas em Educação Infantil totalizam 427.582. São 117.977 no atendimento em creches e 309.605 em pré-escolas. São 526 nos CCI/Cips, 339 nos CECIs, 39.817 em CEIs diretos, 43.911 em CEIs indiretos, 10.443 em CEIs dos CEUs, 25.805 em EMEIs dos CEUs, 75.819 em Creches Particulares e Conveniadas e 230.922 em EMEIs. 20 A lotação é superior a 10% do módulo em 5,6% das unidades de Capela do Socorro e é zerada em Butantã na rede direta. Na rede conveniada, a média de lotação superior a 10% do módulo é de 22%, sendo que a DRE de Freguesia/Brasilândia é de 42,5% e em Itaquera é 8,2%. Na rede direta, a média de lotação inferior a 10% do módulo é de 16,7%, com 6,9% para Guaianases e 30,7% para Pirituba. A rede conveniada tem média de 13,9% de lotação inferior a 10% do módulo, sendo que 21,3% em Itaquera e 6,3% em Capela do Socorro. Importante destacar que em Educação Infantil não há defasagem idade-série. A distribuição por sexo e cor/raça dá-se na educação infantil a partir dos seguintes números: sexo feminino são 48,7%, dos quais são 20,07% brancas, 1,6% pretas, 12% pardas, 0,1% amarelas, 0,2% indígenas e 14,1% não declarados. O sexo masculino totaliza 51,3%, dos quais 21,2% brancos, 1,8% pretos, 13,2% pardos, 0,1% amarelos, 0,2% indígenas e 14,9% não declarados. São atendidas na Educação Infantil, 2.511 crianças com deficiências, altas habilidades ou distúrbios gerais do desenvolvimento (376 em creches e 2.135 em pré-escolas): 6 com altas habilidades, 81 com autismo, 115 com visão sub normal, 20 com cegueira, 206 com distúrbios gerais do desenvolvimento, 757 com deficiência física, 338 com deficiência mental, 339 com deficiência múltipla, 2 com deficiência visual, 460 com síndrome de down, 85 com surdez leve ou moderada, 59 com surdez severa ou profunda e 3 com surdez/cegueira. Ensino Fundamental No que diz respeito ao Ensino Fundamental, a LDB 9394/96 afirma que o ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. Define também que a jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. Assegura que, o acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público, acionar o Poder Público para exigi-lo e que em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e legais. Em São Paulo, o número médio de alunos por classe nesse nível é de 32 para o Ciclo I e 33 para o Ciclo II – a menor média é da região do Ipiranga. A média de lotação superior ao módulo em 10% no Ensino Fundamental é de 2,5%, sendo que 4,8% em Guaianases e 0,0% em Jacanã/Tremembé. A média de lotação inferior ao módulo é de 26,8% sendo que é de 52,9% no Ipiranga e de 13,3% em Capela do Socorro. Dentre as turmas de 8º ano, 20% tem lotação superior a 10% do módulo e dentre as turmas 7ºs e 8º anos – 14% tem lotação inferior a 10% do módulo. Quanto à distribuição por sexo e cor/raça no Ensino Fundamental, 48,9% dos alunos são do sexo feminino sendo que 19,9% brancas, 2,1% pretas, 19,9% pardas, 0,3 amarelas, 11,5% não declarado. E 51,1% são do sexo masculino: 19,8% brancos, 2,4% pretos, 15,5% pardos, 0,3% 21 amarelos, 0,2% indígenas e 12,9% não declarados. A taxa de distorção idade/série com tolerância de um ano da série é de 10,42% em média, atingindo índices maiores para os alunos das séries finais 7º e 8º anos. Mais de 16%, conforme tabela abaixo: REDE MUNICIPAL Taxas de Distorção Idade-Série Ciclo Ciclo I II Tolerânc Total ia 1º a Total de 01 Total 4º 5º a 8º ano 10,42 5,48 15,30 da série % % % Ciclo I 1º Ano 1,46 % Ciclo II 2º Ano 2,74 % 3º Ano 4,36 % 3º Ano PIC 6,78% 4º Ano 8,49 % 4º Ano PIC 38,75 % 5º Ano 14,37 % 6º Ano 14,65 % No Ensino Fundamental Regular a porcentagem de aprovação cresceu de 84,6% em 1996% em 1996 para 92,5% em 2008, a porcentagem de repetência foi reduzida de 11% em 1996 para 6,4% em 2008, e a porcentagem de evasão também decresceu de 4,4% em 1996 para 1,1,% em 2008. Ensino Fundamental Regular 550.000 500.000 450.000 400.000 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 (1) Aprovação Repetência 2006 2007 2008 Evasão 7º Ano 16,19 % 8º Ano 16,12 % 22 Município de São Paulo – Ensino Fundamental de 8 Anos / Total das Redes Número e Percentual de Alunos Defasados por Série em Relação ao Total de Matrícula 1998 a 2007 Nº de alunos Séries Ano matriculados 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª Total 199.699 206.051 237.886 231.965 236.321 237.217 212.360 195.128 1998 Defasados 14.738 27.913 50.429 56.267 73.765 86.030 78.448 72.615 % 7,4 13,5 21,2 24,3 31,2 36,3 36,9 37,2 Total 210.980 198.867 211.371 221.195 241.639 232.773 212.067 202.018 1999 Defasados 10.941 18.620 34.803 46.421 67.426 73.967 69.719 72.245 % 5,2 9,4 16,5 21,0 27,9 31,8 32,9 35,8 Total 201.283 203.491 192.729 217.822 216.546 229.929 215.844 200.801 2000 Defasados 7.113 14.334 18.993 43.507 50.805 62.791 63.806 63.767 % 3,5 7,0 9,9 20,0 23,5 27,3 29,6 31,8 Total 210.929 194.673 196.722 209.717 199.627 204.192 208.211 206.219 2001 defasados 6.582 9.577 14.655 35.652 42.141 46.464 48.837 58.683 % 3,1 4,9 7,4 17,0 21,1 22,8 23,5 28,5 Total 205.216 205.409 191.710 218.939 191.209 192.039 191.451 205.831 2002 defasados 6.163 9.344 11.634 33.443 34.221 40.422 39.105 50.204 % 3,0 4,5 6,1 15,3 17,9 21,0 20,4 24,4 Total 205.923 200.254 202.254 211.907 200.687 186.063 181.684 191.693 2003 defasados 5.603 8.923 11.079 27.088 33.301 34.992 36.132 42.968 % 2,7 4,5 5,5 12,8 16,6 18,8 19,9 22,4 Total 204.724 200.257 197.538 221.029 196.223 193.991 177.877 184.135 2004 defasados 4.600 7.715 10.251 24.753 29.481 32.384 31.852 40.388 % 2,2 3,9 5,2 11,2 15,0 16,7 17,9 21,9 Total 204.192 199.029 196.444 217.932 202.783 189.769 184.842 179.732 2005 defasados 4.498 7.004 9.637 24.541 26.817 28.917 29.812 37.184 % 2,2 3,5 4,9 11,3 13,2 15,2 16,1 20,7 Total 217.289 195.068 192.998 211.814 198.312 192.899 178.663 183.000 2006 defasados 4.023 6.454 8.487 22.257 26.058 25.842 25.912 33.797 % 1,9 3,3 4,4 10,5 13,1 13,4 14,5 18,5 Total 169.170 186.231 170.588 187.406 177.435 171.068 165.548 163.016 2007 defasados 3.319 5.614 7.753 17.933 25.327 24.717 22.877 30.417 % 2,0 3,0 4,5 9,6 14,3 14,4 13,8 18,7 Redução da Taxa de Distorção 2007 / 1998 (%) % -5,4 -10,5 -16,7 -14,7 -16,9 -21,8 -23,1 -18,6 Fonte: MEC / INEP – Censo Escolar in SEE-SP / CIE: "Informe do Censo Escolar"/ Série Documentos Total 1.756.627 460.205 26,2 1.730.910 394.142 22,8 1.678.445 325.116 19,4 1.630.290 262.591 16,1 1.601.804 224.536 14,0 1.580.465 200.086 12,7 1.575.774 181.424 11,5 1.574.723 168.410 10,7 1.570.043 152.830 9,7 1.390.462 137.957 9,9 -16,3 23 Município de São Paulo – Ensino Fundamental de 8 Anos / Total das Redes Evolução da Taxa de Distorção por Série 1998 a 2007 Séries Ano Total 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 1998 7,4 13,5 21,2 24,3 31,2 36,3 36,9 37,2 26,2 1999 5,2 9,4 16,5 21,0 27,9 31,8 32,9 35,8 22,8 2000 3,5 7,0 9,9 20,0 23,5 27,3 29,6 31,8 19,4 2001 3,1 4,9 7,4 17,0 21,1 22,8 23,5 28,5 16,1 2002 3,0 4,5 6,1 15,3 17,9 21,0 20,4 24,4 14,0 2003 2,7 4,5 5,5 12,8 16,6 18,8 19,9 22,4 12,7 2004 2,2 3,9 5,2 11,2 15,0 16,7 17,9 21,9 11,5 2005 2,2 3,5 4,9 11,3 13,2 15,2 16,1 20,7 10,7 2006 1,9 3,3 4,4 10,5 13,1 13,4 14,5 18,5 9,7 2007 2,0 3,0 4,5 9,6 14,3 14,4 13,8 18,7 9,9 Fonte: MEC / INEP – Censo Escolar in SEE-SP / CIE: "Informe do Censo Escolar"/ Série Documentos 24 EVOLUÇÃO DAS MATRICULAS - ENSINO FUNDAMENTAL 1200000 1012051 965616 1000000 930 075 89456 8 854682 803907 772316 800000 771023 747124 775382 747622 742208 600000 554628 536871 53 1302 516202 550954 546218 551263 549091 556489 552 792 550450 515417 400000 305977 300 392 28968 1 281017 275038 276771 2762 65 274963 27689 1 277822 248389 283983 200000 0 0 0 196 193 0 194 194 187 188 181 2002 2003 2004 2005 2006 0 222 1996 1997 1998 1999 2000 Estadual 1ª a 8ª 2001 Federal 1ª a 8ª Municipal 1ª a 8ª 2007 Privada 1ª a 8ª Taxa de participação - Ensino Fundamental 0,6 55,18% 53,73% 52,95% 51,70% 50,94% 49,32% 0,5 49,23% 49,11% 48,31% 47,40% 47,48% 47,10% 0,4 0,3 0,2 28,14% 16,68% 29,56% 16,71% 30,56% 16,49% 32,06% 16,24% 32,55% 33,80% 16,87% 16,50% 34,48% 35,07% 35,32% 34,87% 35,06% 32,72% 17,20% 17,53% 17,57% 18,03% 17,64% 15,82% 0,1 0 1996 1997 1998 Estadual 1ª a 8ª 1999 2000 2001 Municipal 1ª a 8ª 2002 2003 Privada 1ª a 8ª 2004 2005 2006 2007 25 Município de São Paulo – Ensino Fundamental de 8 Anos Taxas de Aprovação, Reprovação e Abandono Rede Estadual – SE 1998 a 2007 Ano 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Aprovação 93,4 92,2 90,6 91,2 91,6 90,6 91,1 91,4 90,9 90,6 Reprovação 2,2 3,4 4,4 5,2 5,3 6,0 6,8 6,6 7,3 7,6 Abandono 4,4 4,4 5,0 3,5 3,1 3,4 2,1 2,0 1,8 1,8 Movimento Escolar 2008 do Ensino Fundamental da Rede Estadual no Município de São Paulo - Censo Escolar 2008 Ensino Fundamental 1ª a 4ª Ensino Fundamental 5ª a 8ª Diurno Aprovação Reprovação Abandono Aprovação Reprovação Abandono Aprovação Reprovação Abandono 5ª a 8ª Noturno 96,8 2,64 0,54 87,42 10,56 2 50,26 18,63 8,02 Fonte: CIE/SEE São atendidos na Rede Municipal no Ensino Fundamental 8.201 alunos com deficiências, altas habilidades ou distúrbios gerais do desenvolvimento, conforme a tabela abaixo: Necessidade Especial Altas Habilidades/Superdotacao Autismo Baixa Visao/Visao Subnormal Cegueira Disturbios Gerais do Desenvolvimento Deficiencia Auditiva Deficiencia Fisica Deficiencia Mental Deficiencia Multipla Deficiencia Visual Sindrome De Down Total Ciclo I Total 1º a 4º Ciclo II Total 5º a 8º 19 197 9 121 10 76 539 51 299 30 240 21 1.328 1 1.486 2.913 780 2 440 755 0 907 1.446 544 1 326 573 1 579 1.467 236 1 114 26 Surdez Leve/Moderada Surdez Severa/Profunda Surdocegueira Total 275 139 31 8.201 169 69 11 4.687 106 70 20 3.514 Dentre os alunos com deficiências e distúrbios gerais do desenvolvimento, há 17 matriculados em cursos noturnos – 12 com deficiência mental, 1 com deficiência física, 1 com autismo e 3 com distúrbios gerais do desenvolvimento. Os dados do censo escolar 2008, recém publicados, comprovaram que, na capital paulista, a administração estadual permanece como a esfera administrativa majoritária quanto à responsabilidade pela oferta e manutenção do ensino fundamental, arcando com 48,0% do total das matrículas desse nível de ensino. De um total geral de 1.626.987 matrículas contabilizadas pelo levantamento, 780.747 eram de responsabilidade do governo do Estado, sendo 780.199 registradas nas escolas vinculadas à Secretaria de Estado da Educação e 548 na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. A oferta proporcionada pelo poder público municipal – 529.771 matrículas – correspondeu a 32,6% do total geral de matrículas registradas no ensino fundamental. O atendimento proporcionado pela rede federal ficou restrito a somente 214 matrículas. Quanto à participação do setor privado, cabe destacar que, em 2008, alcançou 316.255 matrículas, o correspondente a uma taxa de atendimento da ordem de 19,4%, principalmente em razão da ampliação do processo de implantação do ensino fundamental organizado em nove anos, que implica necessariamente na absorção, no 1º ano do ensino fundamental de nove anos, de matrículas de crianças anteriormente atendidas na última etapa da educação infantil. Em contrapartida, a rede estadual que desde 1995 registrava uma tendência de diminuição no número de matrículas do ensino fundamental, a partir de 2005 apresentou acréscimos constantes. No comparativo de 2005 em relação a 2004, crescimento de 0,7 ponto percentual, incorporando mais 5.415 matrículas; no período subseqüente, 2006 em relação a 2005, um crescimento de 3,1%, absorvendo 23.401 alunos; em 2007, incorpora mais 12.711 matrículas, o correspondente a um incremento da ordem de 1,6% em relação ao ano de 2006. Assim sendo, o acumulado no triênio, 2005 a 2007, representou, em percentuais, uma expansão da ordem de 5,4% da oferta e, em números absolutos, a absorção de mais 41.527 matrículas, pela rede estadual. Entretanto, os efeitos da expansão da rede particular com a incorporação de crianças de 6 anos interromperam esse processo de crescimento e, em 2008, o Censo Escolar apontou uma pequena queda de 3.107 matrículas em relação ao ano anterior. O comportamento da rede particular, em relação à proporção de matrículas em cada uma das séries, foi sempre mais homogêneo. Também quanto à proporção de matrículas entre os dois segmentos, anos/séries iniciais e finais, a esfera privada sempre manteve uma situação de maior equilíbrio; em 1998, o primeiro segmento representava 51,1% do total das matrículas e, no último censo, essa parcela subiu para 56,7%, em razão da implantação do ensino fundamental organizado em nove anos, em processo de grande expansão nesta esfera administrativa. No segmento final observou-se uma tendência de decréscimo na taxa de participação; correspondia a 48,9% do total de matrículas em 1997 e, em 2008, o registro em séries/anos finais passa a representar 43,3% do total de matrículas do setor privado. 27 CHECAR ESSE GRÁFICO – LEITURA ESTÁ DIFÍCIL Ensino Fundamental (9 Anos) Ensino Fundamental - Rede Particular 28 Ensino Fundamental - Total das Redes (8 Anos) Ensino Fundamental - Total das Redes Quanto aos recursos didático-pedagógicos e tecnológicos disponíveis nas redes de ensino, temos a seguinte situação entre 2000 e 2006: MUNICÍPIO DE SÃO PAULO 29 Proporção de Escolas do Ensino Fundamental Segundo Recursos Disponíveis (DidáticoPedagógicos), por Dependência Administrativa, no período 2000-2006. Ano Dependência Administrativa Total Estadual 980 Federal 1 Municipal 417 Total 2366 Estadual 1009 Federal 1 2.001 Municipal 442 Total 2470 Estadual 1040 Federal 1 2.002 Municipal 443 Total 2563 Estadual 1053 Federal 1 2.003 Municipal 449 Total 2610 Estadual 1058 Federal 1 2.004 Municipal 465 Total 2650 Estadual 1043 Federal 1 2.005 Municipal 466 Total 2659 Estadual 1023 Federal 1 2.006 Municipal 465 Total 2678 Fonte: INEP – Edudatabrasil, 2007. 2.000 Biblioteca 72,14 100,00 64,03 78,06 70,07 100,00 18,55 68,38 73,37 100,00 18,74 69,76 74,36 100,00 19,38 70,61 44,90 100,00 6,24 51,70 0,00 100,00 11,16 29,48 25,71 100,00 0,86 39,69 Lab de Informática Lab de Ciência 39,39 100,00 87,29 65,43 43,51 100,00 81,67 65,95 48,94 100,00 82,17 69,22 50,24 100,00 93,76 71,61 86,48 100,00 99,14 91,55 68,36 100,00 95,28 79,99 84,65 100,00 98,06 87,19 39,80 0,00 26,14 50,80 34,29 0,00 26,24 47,53 34,62 0,00 26,41 47,52 33,81 0,00 27,17 46,78 30,81 0,00 29,46 44,30 31,54 0,00 29,61 46,03 31,87 0,00 27,31 45,74 Quadra de Esportes 91,63 100,00 91,61 87,53 88,60 100,00 93,89 88,34 89,23 100,00 95,26 89,86 90,03 100,00 97,10 90,54 88,66 100,00 95,27 89,43 90,89 100,00 93,56 90,00 91,50 100,00 95,48 91,15 MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Proporção de Escolas do Ensino Fundamental Segundo Recursos Disponíveis (Tecnológicos), por Dependência Administrativa, no período 2000-2006. Ano 2.000 2.001 2.002 2.003 2.004 2.005 2.006 Dependência Administrativa Estadual Federal Municipal Total Estadual Federal Municipal Total Estadual Federal Municipal Total Estadual Federal Municipal Total Estadual Federal Municipal Total Estadual Federal Municipal Total Estadual Federal Municipal Total Total 980 1 417 2366 1009 1 442 2470 1040 1 443 2563 1053 1 449 2610 1058 1 465 2650 1043 1 466 2659 1023 1 465 2678 Fonte: INEP – Edudatabrasil, 2007. Sala para TV/Vídeo 71,43 100,00 48,92 65,72 71,66 100,00 50,90 67,77 70,87 100,00 52,37 68,24 73,22 100,00 52,34 69,73 75,24 0,00 53,98 70,91 73,63 0,00 52,58 70,44 73,90 0,00 48,17 70,50 c/ TV/ Vídeo/ Parabólica 14,49 0,00 9,83 11,12 16,15 0,00 6,33 11,30 15,19 0,00 5,42 10,96 11,49 0,00 6,24 10,04 72,50 100,00 53,76 43,51 77,09 100,00 41,42 43,06 14,76 0,00 10,75 13,82 Microputadores 97,45 100,00 94,24 97,08 96,83 100,00 91,18 96,84 94,81 100,00 96,16 96,61 94,30 100,00 98,66 97,13 97,54 100,00 99,57 98,72 98,18 100,00 99,57 98,91 98,44 100,00 100,00 99,29 acesso à Internet 84,08 100,00 75,78 75,87 93,16 100,00 85,75 86,48 91,25 100,00 93,91 89,31 90,31 100,00 96,21 91,15 95,37 100,00 99,57 95,81 95,30 100,00 99,36 96,13 0,00 0,00 0,00 0,00 30 Ensino Médio Como definido pela LDB, o ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, tem como finalidades: a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. Nos últimos anos, houve uma importante alteração de cenário de evolução do conjunto das matrículas do ensino médio regular, constituindo-se, na verdade, em uma inversão da tendência ascendente registrada até 2003, que projetava uma evolução positiva constante das matrículas. Entre 2004 e 2007 houve uma redução no número de alunos no ensino médio regular, que se manteve constante, resultando, consequentemente, em seguidas taxas negativas de crescimento, no período. O censo escolar de 2008 mostra uma estabilização nesse processo, pois registra um acréscimo de 632 matrículas no total das redes: de 457.680 matrículas em 2007 para 458.312 em 2008. Contribuíram efetivamente para a redução no número de matrículas do ensino médio regular, a conjugação de alguns fatores: primeiro, a variável demográfica, em função de alterações na estrutura etária da população, com a desaceleração do crescimento populacional no grupo etário de 15 a 17 e 18 e 19 anos, que é justamente a faixa de idade de adolescentes e jovens, correspondente à demanda escolar a ser atendida no ensino médio. As projeções populacionais elaboradas pela Fundação SEADE para a Capital, no período de 2007 a 2010, estimam taxas geométricas de crescimento anual negativas de (1,32%) para o grupo etário de 15 a 17 anos e uma redução ainda mais significativa de (2,48%) entre a população de 18 e 19 anos. Do ponto de vista quantitativo isso equivale a dizer que em apenas quatro anos haverá uma diminuição de 19.122 jovens na faixa etária de 15 a 17 anos e uma queda ainda maior de 24.290 jovens no grupo subsequente de 18 e 19 anos. O número de matrículas do período noturno registrou, entre 1995 e 2008, uma taxa de crescimento negativa (-40,6%) o correspondente, em números absolutos, a uma queda de 113.038 matrículas. O levantamento de 1995 contabilizou 278.264 matrículas de um universo de 363.337 alunos. Esse comportamento crescente alcançou, em 1995, em termos relativos, a maior proporção de uma série de dados de vinte e três anos, representando 76,6% da oferta das vagas de ensino médio oferecidas pelas escolas estaduais. Evolução das matrículas: Município de São Paulo – Ensino Médio Matrícula Inicial por Rede de Ensino 1995, 1998 – 2007 Estadual Ano Municipal Particular Federal Total SE Outras (¹) Total 1995 363.337 18.519 381.856 2.755 126.072 510.683 1998 434.226 13.431 447.657 5.338 113.154 566.149 1999 470.412 10.915 481.327 5.503 110.144 2.404 599.378 2000 484.166 8.303 492.469 4.016 102.776 2.010 601.271 2001 469.368 5.767 475.135 4.280 97.627 1.142 578.184 2002 479.676 5.553 485.229 3.733 92.698 1.188 582.848 2003 480.324 5.500 485.824 3.309 92.982 1.203 583.318 2004 461.493 5.519 467.012 3.213 87.635 1.260 559.120 2005 425.617 5.455 431.072 3.157 84.964 1.228 520.421 31 2006 397.502 5.326 402.828 3.282 82.100 488.210 2007 375.700 5.273 380.973 3.088 72.553 1.066 457.680 Fonte: MEC / INEP – Censo Escolar, in SEE-SP / CIE: "Série Histórica / Documentos" Nota: (¹) Outras: conjunto de escolas estaduais mantidas e administradas pelas universidades estaduais paulistas – USP, UNESP e UNICAMP, e pelo Centro Estadual de Educação Tecnológica "Paula Souza", órgãos vinculados à Secretaria Estadual de Ensino Superior e Secretaria Estadual de Desenvolvimento, além de outras Secretarias de Estado. Ensino Médio 32 Ensino Médio - Rede Estadual / SE Ensino Médio - Rede Municipal 33 Ensino Médio - Rede Particular Ensino Médio - Total das Redes Tabela 9 – MUNICÍPIO DE SÃO PAULO 34 Movimento Escolar 2008 do Ensino Médio da Rede Estadual no Município de São Paulo Censo Escolar 2008 Ensino Médio Diurno Aprovação 79,13 Reprovação 17,66 Abandono 3,19 Noturno Aprovação 68 Reprovação 23,8 Abandono 8,2 Quanto aos recursos didático-pedagógicos e tecnológicos disponíveis nas redes de ensino, temos a seguinte situação entre 2000 e 2006: Proporção de Escolas do Ensino Médio Segundo Recursos Disponíveis (Didático-Pedagógicos), por Dependência Administrativa, no período 2000-2006. Ano Dependência Administrativa Estadual 2.000 79,97 65,63 59,59 97,41 100 100 100 100 Municipal 8 50 100 87,5 100 1.130 86,19 78,85 72,48 91,77 595 79,16 72,1 53,11 94,12 1 100 100 100 100 10 30 100 80 90 1.162 85,89 82,36 71,17 92,51 612 83,33 81,54 54,08 95,26 1 100 100 100 100 11 45,45 100 72,73 100 1.195 87,95 88,28 71,72 94,31 Federal Municipal Estadual Federal Municipal Total Estadual 619 83,52 81,26 52,99 95,8 Federal 1 100 100 100 100 Municipal 8 37,5 100 87,5 100 1.184 88,51 87,75 71,54 94,68 Total Estadual 2.004 637 57,14 93,88 47,57 94,98 Federal 1 100 100 100 100 Municipal 8 12,5 100 87,5 100 1.213 72,14 96,13 65,38 94,15 96,86 Total Estadual 2.005 636 0 86,64 48,58 Federal 1 100 100 100 100 Municipal 8 12,5 100 87,5 87,5 1.224 35,05 90,44 69,61 94,85 613 31,81 93,47 50,73 97,06 Federal 0 0 0 0 0 Municipal 8 0 100 87,5 100 1.203 54,86 94,68 70,66 95,76 Total Estadual 2.006 Quadra de Esportes 1 Total 2.003 N.A Lab de Ciência 579 Estadual 2.002 Lab de Informática % Biblioteca Federal Total 2.001 Total Total Fonte: INEP – Edudatabrasil, 2007. 35 MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Proporção de Escolas do Ensino Médio Segundo Recursos Disponíveis (Tecnológicos) , por Dependência Administrativa, no período 2000-2006. Ano Dependência Administrativa Total Estadual Federal 2.000 Municipal Total Estadual Federal 2.001 Municipal Total Estadual Federal 2.002 Municipal Total Estadual Federal 2.003 Municipal Total Estadual Federal 2.004 Municipal Total Estadual Federal 2.005 Municipal Total Estadual Federal 2.006 Municipal Total Fonte: INEP – Edudatabrasil, 2007. N.A 579 1 8 1.130 595 1 10 1.162 612 1 11 1.195 619 1 8 1.184 637 1 8 1.213 636 1 8 1.224 613 0 8 1.203 Sala para TV/Vídeo 76,68 100 50 75,75 76,97 100 60 78,57 75 100 63,64 78,16 78,35 100 62,5 80,66 78,49 100 87,5 79,8 76,73 100 62,5 79,17 76,67 0 87,5 79,8 c/ TV/ Vídeo/ Parabólica % 10,36 0 12,5 7,88 12,61 0 10 9,47 9,97 0 0 7,95 6,95 0 25 6,76 72,37 100 62,5 46,66 82,7 100 37,5 51,63 10,6 0 0 9,48 Microcomputadores 98,96 100 100 99,2 99,83 100 100 99,74 97,55 100 100 98,33 96,93 100 100 98,14 98,74 100 100 99,18 98,43 100 100 99,1 99,67 0 100 99,83 acesso à Internet 87,05 100 75 85,31 98,49 100 70 95,09 93,63 100 90,91 93,97 92,89 100 100 95,02 96,55 100 100 97,77 95,28 100 100 97,3 0 0 0 0 Ensino Superior Segundo a LDB, a educação superior tem por finalidade: estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua; incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na instituição. A LDB define ainda que a educação superior será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização. É importante destacar ainda que, segundo a Constituição Federal, as universidades têm autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial e obedecem ao princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. A cidade de São Paulo tem, de acordo com o censo do Inep de 2007, 150 instituições de 36 Educação Superior, das quais 6 públicas (2 federais, 2 estaduais e ....) e 144 privadas (113 particulares e 31 comunitárias/confessionais/filantrópicas). Entre estas instituições, 15 são universidades, 14 são Centros Universitários, 11 Faculdades Integradas, 87 Faculdades, Escolas e institutos e 23 Centros de Educação Tecnológica. Num total de 1.825 cursos de graduação, 13 estão em instituições federais, 106 em instituições estaduais, 1347 em instituições particulares e 359 nas comunitárias, confessionais e filantrópicas. São 45.910 alunos matriculados na rede pública e 426.942 alunos na rede privada. EJA – Educação de Jovens e Adultos A educação de jovens e adultos destina-se àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. A LDB define que os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente, com a educação profissional, na forma do regulamento. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. A Declaração de Hamburgo sobre a Educação de Jovens e Adultos (1997) destaca o conhecimento básico como um direito humano, um pilar para o desenvolvimento de outras habilidades. A necessidade de contínuo desenvolvimento de capacidades e competências para enfrentar as transformações que vêm ocorrendo no mundo do trabalho alterou a concepção tradicional de educação de jovens e adultos, não mais restrita a um período particular da vida ou a uma finalidade circunscrita, mas ao conceito de educação ao longo da vida. No Município de São Paulo, considerando o conjunto das redes e os dois níveis de ensino, fundamental e médio, constata-se um crescimento significativo no número de matrículas, no período de 1995 a 2008. O total de matrículas, que em 1995, somava 142.295 registros, no último censo, atingiu 259.386, representando um crescimento, em treze anos, da ordem de 82,3%. No período de 1995 a 2005, houve uma tendência contínua do crescimento das matrículas nessa modalidade de ensino, especialmente no ensino médio. Em 2006 essa tendência se inverteu, apontando uma redução da ordem de 26.910 matrículas em relação a 2005, e de 47.244 entre 2006 e 2007. Todavia os resultados do censo escolar de 2008 apontam um crescimento de 10.719 alunos em relação ao ano de 2007: de 248.667 matrículas para 259.386 em 2008. A retração das matrículas na rede particular foi mais relevante no ensino fundamental, que teve um decréscimo de 16.217 matrículas no período de 1995 a 2008, correspondendo a uma queda de (-87,7%). No ensino médio essa retração, em números absolutos, foi ligeiramente inferior; o levantamento de 1995 contabilizou 22.425 alunos para essa esfera administrativa e em 2008 apontou 4.326 registros, o equivalente a uma retração de 18.099 matrículas, em números relativos uma redução bastante expressiva da ordem de (-80,7%) na oferta dessa modalidade, nesse nível de ensino. A EJA da Rede Municipal de Ensino tem matriculados 73.022 alunos, sendo que 14.937 de Ciclo I e 58.085 de Ciclo II. São 4.962 na primeira etapa, 9975 na segunda etapa, 22.943 na terceira etapa e 35142 na quarta etapa. Os CIEJAs atendem 11542 alunos: 1592 no módulo I, 1979 no módulo II, 3658 no módulo II e 4313 no módulo IV. A média de alunos por classe da EJA é de 37 e do CIEJA 25. Na EJA, a maior média é de 37 Guaianases (42) e a menor é a do Ipiranga (32). No CIEJA, a maior média é de Guaianases (39) e a menor de Campo Limpo (18). A média de lotação superior a 10% do módulo é de 43,5% para a EJA e de 6,4% para os CIEJAs. A maior porcentagem para a EJA é de 80,9% em Guaianases e a menor de 9,3% em São Miguel. No CIEJA, a maior porcentagem é de Guaianases 55,2% e a menor é do Butantã – zero. Matrículas - Ensino Fundamental - EJA 8º Termo (*) 0,0% 1ª Etapa 6,8% 2ª Etapa 13,7% 4ª Etapa 48,1% 3ª Etapa 31,4% 38 Matrículas - Ensino Fundamental - CIEJA Módulo I 13,8% Módulo IV 37,4% Módulo II 17,1% Módulo III 31,7% A lotação inferior a 10% do módulo de EJA é de 14,1%, estando a maior porcentagem no Butantã (22,2,%) e a menor em Freguesia/Brasilândia (5,4%). Nos CIEJAs, a média de lotação inferior a 10% do módulo é de 76,2% - a maior porcentagem é de Freguesia/Brasilândia (100%) e a menor é de 20,7%, em Guaianases. Quanto à distribuição por sexo e cor/raça, na EJA estão matriculadas 57% de alunas do sexo feminino, dentre elas 12,3% são brancas, 2,3% pretas, 12,2% pardas, 0,1% amarelas, 0,1% indígenas e 30,1% não declararam. São, então, 43% de alunos do sexo masculino, dentre eles 8,5% brancos, 2,3% pretos, 9,6% pardos, 0,1% amarelos, 0,1% indígenas e 22,4% não declararam sua cor/raça. Na EJA noturno são atendidos 375 alunos com necessidades educacionais especiais: 1 com altas habilidades, 3 com autismo, 27 com baixa visão/visão subnormal, 2 com cegueira, 76 com distúrbios gerais do desenvolvimento, 44 com deficiência física, 164 com deficiência mental, 13 com deficiência múltipla, 4 com síndrome de down, 16 com surdez leve/moderada e 6 com surdez severa/profunda. Nos CIEJAS, quanto à distribuição por sexo e cor/raça, são 58,7% de mulheres: 23% brancas, 4,7% pretas, 17,6% pardas, 0,2% amarelas, 0,1% indígenas e 12% não declaradas. São homens 41,3%, dentre eles 14,9% brancos, 4,1% pretos, 12,5% pardos, o,1% amarelos, o,1% indígenas e 0,7% não declarados. São atendidos 688 alunos com necessidades educacionais especiais nos CIEJAs. Dentre eles, 9 com autismo, 19 com baixa visão/visão subnormal, 16 com cegueira, 34 com distúrbios gerais do desenvolvimento, 58 com deficiência física, , 397 com deficiência mental, 47 com deficiência múltipla, 62 com síndrome de down, 11 com surdez leve/ moderada, 33 com surdez severa/profunda e 2 com surdo cegueira. Observa-se que o número de alunos com necessidades especiais nos CIEJAs (688) é quase o dobro do atendimento nas demais unidades (375). 39 Evolução das Matrículas - EJA 160000 140000 120000 100000 80000 60000 40000 20000 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 Estadual EJA 1ªa8ª 2003 Municipal EJA 1ªa8ª 2004 2005 2006 2007 Privada EJA 1ªa8ª Taxa de Participação por Rede no EJA Fundamental 1,0 91,6 % 91,3% 0,9 79,3% 0,8 75,0% 81,2% 89,7% 80,4% 74,8 % 74,7% 72,5% 71,7% 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 17,3% 16,8% 15,6% 12 ,6% 12,9% 13 ,0% 12 ,1% 13,6% 12,1% 0,1 11,1% 9 ,6% 10,7% 9,9% 8 ,9% 8 ,0% 6 ,1% 8,4% 6,4% 5,2% 3 ,2% 2 ,4% 1,9% 0,0 1997 1998 1999 2000 2001 Estadual EJA 1ªa8ª 2002 Municipal EJA 1ªa8ª 2003 Privada EJA 1ªa8ª 2004 2005 2006 2007 40 140000 120000 100000 80000 60000 40000 20000 0 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 -20000 Estadual EJA Médio Municipal EJA Médio Privada EJA Médio 1,2 1,0 96,9% 95,6% 94,2% 89,7% 87,7% 8 0,6% 0,8 74 ,9% 66,2% 59 ,5% 58,3 % 0,6 52,6% 45,4% 41,7% 39,7% 0,4 30,6% 25,1% 19,4 % 0,2 12,3% 10,3 % 5,8 % 0,0% 1,9 % 3,1% 0,6% 4 ,4% 0 ,0% 0,0% 0,0% 0,0 % 0,0% 0,0% 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Municipal EJA Médio Privada EJA Médio 3,1% 0,0% 0,0 1997 1998 1999 2000 Estadual EJA Médio 2007 41 Estado de São Paulo e Município de São Paulo – Educação de Jovens e Adultos Matrícula Inicial por Nível de Ensino segundo Curso 2007 Fundamental Médio Total Região / Curso Nº % Nº % Nº % Estado de São Paulo Presencial 375.600 82,8 379.734 79,3 755.334 81,0 Semipresencial 77.938 17,2 99.386 20,7 177.324 19,0 Total 453.538 100,0 479.120 100,0 932.658 100,0 Proporção por Nível 48,6 51,4 100,0 Município de São Paulo Presencial 112.973 96,4 122.504 93,2 235.477 94,7 Semipresencial 4.264 3,6 8.926 6,8 13.190 5,3 Total 117.237 100,0 131.430 100,0 248.667 100,0 Proporção por Nível 47,1 52,9 100,0 Taxa de Participação: Município de São Paulo / Estado de São Paulo (%) Presencial 30,1 32,3 31,2 Semipresencial 5,5 9,0 7,4 Total 25,8 27,4 26,7 Fonte: MEC / INEP – Censo Escolar MOVA O MOVA atende 14.590 alunos, 4.162 no diurno e 10.428 no noturno. Dentre eles, são 10.499 mulheres, 3.441 no diurno e 7.058 no noturno. E 4.091 homens: 721 no diurno e 3370 no noturno. Entre as mulheres, são 8,38% brancas, 2,29% pretas, 6,44% pardas 7% amarelas, 5% indígenas e 82,76% não declararam. Dentre os homens, são 8,11% brancos, 2,34% pretos, 6,72% pardos, 4% amarelos, nenhum indígena e 82,71% não declararam. O atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais no Mova é de 18 alunos com baixa visão, 9 com distúrbios gerais de desenvolvimento, 6 com deficiência física, 45 com deficiência mental, 5 com deficiência múltipla, 7 com síndrome de Down, 8 com surdez leve/moderada e 2 com surdez severa/profunda. Educação para as relações étnico-raciais A diversidade étnico-cultural está presente no contexto brasileiro, expressando-se na música, na dança, na culinária, na nossa língua. Para abordar essas questões, é preciso ir além da constatação, da contemplação e da folclorização que muitas vezes se faz em torno das diferenças existentes. O sistema educacional escolar é ainda estruturado numa visão eurocêntrica, que reproduz preconceitos na sala de aula e no espaço escolar. Articular igualdade e diferença, a base cultural comum e expressões da pluralidade social e cultural, constitui hoje um grande desafio para todos os educadores. Neste contexto, faz-se necessário ressaltar as Leis no. 10.639/03 e 11.645/08, que se constituem em elemento essencial no processo de construção/reconstrução, conhecimento/reconhecimento e valorização de diferentes perspectivas e compreensões concernentes a formação e às configurações da sociedade brasileira contemporânea, no sentido de desconstruir as significações e representações preconceituosas e racistas que tem se configurado nos conteúdos didáticos e no espaço da escola. 42 Diante do perverso processo histórico, sutil e dissimulado do racismo, existente em nossa sociedade, que impede e dificulta o acesso de negros e indígenas à condições de igualdade e de direito, no acesso e permanência aos espaços sociais, historicamente visto pela cultura hegemônica, como restritos a sociedade branca. Neste sentido, é que ressaltamos a necessidade de se dispensar novos olhares sobre a africanidade e ancestralidade brasileira incluindo no currículo do ensino fundamental e médio das escolas públicas e particulares, a temática da história e Cultura da África e dos negros e indígenas no Brasil, entendendo ser imprescindível tal propositura para se construir novas concepções de educação que possam ser inteiramente comprometidas no combate a todas as formas de preconceito e discriminação. Vale lembrar que no Brasil costuma-se dizer que há uma grande mestiçagem humana; que basicamente todos somos mestiços, portanto somos todos iguais. Assim, aparentemente mostrase uma situação racial muito harmônica da sociedade brasileira. Esta visão foi se construindo através do Mito da Democracia Racial e por causa dessa perspectiva, observa-se a contradição na percepção da maioria dos brasileiros que embora percebam a existência e a manutenção do racismo, não se percebem ou se reconhecem com posturas ou atitudes racistas. A existência dessas questões implica rever o rumo assumido pelas concepções educacionais brasileiras adotadas, exigindo que estas sejam transformadas de modo que se caracterizem pela busca de alternativas e práticas necessárias que possam possibilitar o avanço no debate, e na compreensão das contradições e das pressões das mais diferentes ordens que remete os seres humanos para além da desigualdade e da exclusão social. MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Proporção da População que não Freqüentava Escola, por Raça/Cor, segundo Sexo e Grupos de Idade, em 2000. Sexo e Grupos de Idade TOTAL 0 a 6 Anos 7 a 14 Anos 15 a 24 Anos 25 Anos e mais Mulheres 0 a 6 Anos 7 a 14 Anos 15 a 24 Anos 25 Anos e mais Homens 0 a 6 Anos 7 a 14 Anos 15 a 24 Anos 25 Anos e mais Não Freqüentava, mas já Freqüentou Branca Negra (1) Total (2) 61,37 57,49 60,34 0,29 0,29 0,29 1,74 2,91 2,15 49,12 57,01 51,51 90,88 86,69 89,69 62,73 57,85 61,43 0,27 0,27 0,27 1,78 2,88 2,16 50,53 58,30 52,74 90,16 85,19 88,82 59,82 57,12 59,14 0,31 0,31 0,31 1,70 2,94 2,14 55,42 57,61 55,57 91,76 88,29 90,71 Nunca Freqüentou Branca Negra (1) Total (2) 10,17 13,01 10,99 64,21 68,03 65,36 1,13 1,80 1,41 0,77 1,33 0,98 4,14 8,19 5,31 10,14 13,30 11,03 64,66 67,97 65,62 1,03 1,66 1,29 0,64 1,08 0,80 4,85 9,24 6,06 10,21 12,71 10,95 63,78 68,09 65,11 1,23 1,93 1,54 0,70 1,06 0,85 3,28 7,06 4,43 Fonte: IBGE. Censo Demográfico 2000; Fundação Seade. (1) Inclui população preta e parda. (2) Inclui populações amarelas, indígenas e sem declaração. Educação Indígena Como estabelecido pela LDB, o Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilingüe e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos: proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências; garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-índias. A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo programas integrados de ensino e 43 pesquisa. Os programas serão planejados com audiência das comunidades indígenas e serão incluídos nos Planos Nacionais de Educação, com os seguintes objetivos: fortalecer as práticas sócio-culturais e a língua materna de cada comunidade indígena; manter programas de formação de pessoal especializado, destinado à educação escolar nas comunidades indígenas; desenvolver currículos e programas específicos, neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades; elaborar e publicar sistematicamente material didático específico e diferenciado. Como parte da rede municipal de ensino em São Paulo, temos os Centros de Educação e Cultura Indígena – CECIs, que atendem crianças de 0 a 6 anos de idade, localizados nas três Aldeias Guarani existentes na cidade de São Paulo: Aldeia Tenonde Porã – Morro da Saudade – Distrito de Parelheiros – com uma população de 501 indígenas - 207 crianças de 0-6 anos. Aldeia Krucutu – Distrito de Parelheiros – com 160 indígenas, 83 crianças de 0-6 anos. Aldeia Jaraguá – Distrito do Jaraguá – com 247 indígenas, 67 crianças de 0-6 anos. (Dados levantados junto à comunidade de cada Aldeia em janeiro de 2004. Informação divulgada na proposta político-pedagógica dos CECIs, que consta no site da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo). Quanto à rede estadual de São Paulo, há o Núcleo de Educação Indígena (NEI/SP), vinculado ao gabinete da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e composto por representantes de SEE, representantes de entidades governamentais e não governamentais e profissionais que desenvolvem trabalhos voltados à educação indígena, representantes das comunidades indígenas. O NEI tem como finalidades contribuir para a definição dos parâmetros da política de educação escolar indígena, garantindo a valorização das culturas, línguas e tradições dos povos indígenas, respeitando as peculiaridades e demandas de cada comunidade; propor, articular, apoiar, assessorar, acompanhar e avaliar a execução da política de educação escolar indígena intercultural, bilingüe, específica e diferenciada, conforme definido pela legislação. Educação Profissional A LDB define que a educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia, abrangendo os seguintes cursos: de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; de educação profissional técnica de nível médio; de educação profissional tecnológica de graduação e pós-graduação. Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nível de ensino. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade. A cidade de São Paulo, em 2008, segundo dados CIE/SEE, tinha 275 estabelecimentos de ensino de Educação Profissional: 26 estaduais, 4 municipais, 244 particulares e 1 federal. Atendem um total de 85.933 alunos, dos quais 42.091 são atendidos pela Rede Particular, 38.554 alunos são atendidos pela Rede Estadual e 4.535 pela Rede Municipal. 44 Educação Inclusiva6 A LDB define como educação especial a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com necessidades especiais. A Constituição Federal prevê o atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino. A LDB estabelece também que o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, mediante articulação com os órgãos oficiais afins; acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Importante destacar que os dados de atendimento dos alunos com deficiências, altas habilidades/superdotação e distúrbios globais de desenvolvimento no ensino regular já foram apresentados nos níveis e modalidades de ensino em que estão os alunos. As redes municipal e particular compartilham o atendimento em escolas ou classes exclusivas de educação especial, sendo responsáveis, respectivamente, em 2008, por 33,2% e 37,8% da oferta. Taxa de Participação – Educação Especial 6 Ano Estadual Municipal 1985 1990 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 97,9 74,2 66,3 62,4 61,4 59,8 60,9 62,1 55,0 54,2 53,3 47,8 38,3 38,0 33,2 29,0 8,7 15,6 17,6 18,1 18,3 18,9 20,9 18,8 19,6 21,1 23,1 25,1 24,1 31,9 33,2 Particular Total 2,1 17,1 18,1 20,0 20,6 21,9 20,2 17,0 26,2 26,3 25,6 29,1 36,7 37,9 34,8 37,8 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 Utilizamos o termo Educação Inclusiva por acreditar que ele traduza mais adequadamente o pressuposto da inclusão das crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiências no ensino regular, em todos os níveis e modalidades. Quando nos referirmos aos textos legais, será utilizado o termo Educação Especial, ainda em vigor. 45 Educação à distância/Tecnologias Educacionais Ainda de acordo com a LDB, o poder público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino à distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada. A educação à distância, organizada com abertura e regime especiais, será oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União, que regulamentará os requisitos para a realização de exames e registro de diploma relativos a cursos de educação à distância. As normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas. Valorização dos profissionais da Educação A LDB define que os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da educação, assegurando-lhes, “inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público: I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos; II aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento periódico remunerado para esse fim; III - piso salarial profissional; IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação do desempenho; V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho; VI - condições adequadas de trabalho. Um importante fator para o entendimento da qualidade do ensino refere-se à situação do corpo de profissionais da educação. Neste sentido, as variáveis tais como a jornada de trabalho, o nível de formação e o número de professores e sua rotatividade são aspectos que abrangem as condições de trabalho na educação. Disto resulta um cenário sobre a carreira, as condições de exercício da docência e a qualidade deste exercício. Esses aspectos são fruto da mobilização, de conquistas e de derrotas da categoria docente frente ao poder público. Os dados da tabela que se segue indicam que, na rede municipal de ensino de São Paulo em 2007, a grande maioria é de profissionais efetivos, representando cerca de 92,8% do total das DREs. As localidades que apresentaram menor proporção de efetivos são: Campo Limpo, Capela do Socorro e Guaianases. Em Pirituba, zona norte, o cenário é bastante semelhante ao da zona sul, porém a diferença reside no fato de sua extensão territorial ser menor. De qualquer forma o número de profissionais efetivo é relevante e indica uma condição de maior estabilidade para a prática docente. (Fonte: pesquisa Educação e Exclusão na cidade de São Paulo, de Ação Educativa, no prelo). MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Número Total de Professores Efetivos e Não Efetivos da Rede Municipal, por Local de Trabalho, em 2007. Tipo de Contratação Local de trabalho NAE Butantã Campo Limpo Capela do socorro Freguesia do Ó Guaianases Ipiranga Itaquera Jaçanã/ Tremembé Penha Pirituba/ Jaraguá Santo Amaro São miguel Marsilac/ Parelheiros Total Coord. Órgãos Centrais Total SME CON AE SME GAB Efetivos N.A. 2.280 5.189 3.170 3.065 3.365 3.200 3.169 3.730 3.667 4.236 3.017 4.676 5.076 47.840 269 109 48.218 Não Efetivos N.A. 198 559 292 233 327 223 194 296 216 408 169 288 271 3.674 2 1 3.677 Total (efetivos e não) N.A. 2.478 5.748 3.462 3.298 3.692 3.423 3.363 4.026 3.883 4.644 3.186 4.964 5.347 51.514 271 110 51.895 46 Fonte: SME/ATP/CI-Sistema APM (Fog-Setembro/2007-06/09/2007). *Considerados Cargos Base. Nota: Não estão considerados os professores de desenvolvimento infantil (PDI). MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Quantitativo Porcentual de Professores da Rede Municipal, por Jornada e Nível de Ensino (%), período 2000-2007 2003 2004 Infantil Jornada Básica 19% 13% 31% 41% 36% Jornada Especial Ampliada 32% 33% 25% 22% 25% Jornada Especial Integral 47% 51% 41% 35% 37% Jornada Básica e Especial 40 hrs 2% 3% 3% 2% 2% Fundamental I Jornada Básica 29% 18% 22% 21% 16% Jornada Especial Ampliada 34% 37% 34% 34% 36% Jornada Especial Integral 36% 44% 42% 43% 46% Jornada Básica e Especial 40 hrs 1% 1% 2% 2% 2% Fundamental II Jornada Básica 35% 31% 38% 29% 29% Jornada Especial Ampliada 24% 25% 20% 24% 23% Jornada Especial Integral 40% 43% 40% 44% 46% Jornada Básica e Especial 40 hrs 1% 1% 2% 3% 2% Medio Jornada Básica 62% 54% 57% 42% 40% Jornada Especial Ampliada 18% 22% 22% 26% 27% Jornada Especial Integral 19% 24% 20% 31% 31% Jornada Básica e Especial 40 hrs 1% 0% 1% 1% 2% Fonte: Secretaria Municipal de Educação – ATP/Centro de Informática, 2007. Jornada/ Nível Ensino 2000 2001 2002 2005 2006 2007 22% 31% 47% 0% 29% 26% 43% 2% 21% 29% 47% 3% 17% 36% 47% 0% 20% 34% 44% 2% 17% 37% 44% 2% 17% 36% 47% 0% 29% 20% 49% 2% 28% 22% 48% 2% 29% 31% 40% 0% 47% 16% 36% 1% 44% 19% 35% 2% Quanto à rede estadual, em maio de 2009 havia na capital paulista 52.697 profissionais da educação estadual, dos quais 51.309 eram docentes (PEB I, Professor II e OE PEB II), enquanto 1.388 pertenciam ao suporte pedagógico (Diretor, Coordenador, etc). Os professores PEB I representavam 16.351 (32%) e os professores PEB II representavam 34.940 (68%), e os professores II somavam 18 (0,04%). – EXPLICAR. Entre os 16.351 professores PEB I, os efetivos representam 8.573 (52%) enquanto os nãoefetivos (ACT) somam 7.778 (48%). Todos os 18 professores II são não-efetivos. Entre os 34.940 professores PEB II, os efetivos representam 20.256 (58%), enquanto os não-efetivos (ACT) somam 14.684 (42%). Cerca de 50% dos professores ministra aulas em mais de uma escola. Quanto ao perfil dos professores da rede estadual, algumas informações: 5.111 professores (10%) têm menos de 30 anos, enquanto 46.198 professores (90%) têm 30 anos ou mais. As mulheres são maioria na classe docente: 40.620 mulheres (79%) e 10.689 homens (21%). Com relação às condições salariais dos profissionais da educação, o piso salarial dos professores, segundo informações do Sindicato Estadual dos Professores, sofreu aumento contínuo no período 2001-2007 em todos os segmentos (ver tabela que se segue). Conforme estudo realizado pelo DIEESE, a incorporação da gratificação deve elevar o salário base em cerca de 37%, passando para R$ 915,50. O impacto da incorporação sobre a despesa de pessoal no Estado é de R$ 898 milhões ou 11 % sobre o total da folha da SEE-SP prevista para 2000. Para atingir o salário mínimo do DIEESE – 1.620,6 em maio – é preciso um aumento de 77% sobre o ‘novo’ salário base. 47 Tabela 25 – ESTADO DE SÃO PAULO Piso Salarial dos Professores, de 2001-2008. Segmento Educação infantil, nas escolas que só possuem cursos de educação infantil educação infantil / ensino fundamental (1ª a 4ª) 1º.mar.2007 a 28.fev.2008 1º mar 2006 a 28 fev 2007 1º mar 2005 a 28 fev 2006 1º ago 2004 a 28 fev 2005 1º out 2002 a 28 fev 2003 1º mai 2002 a 30 set 2002 1º mar 2001 R$ 590,46* (+ 5% de horaatividade) R$ 573,09 R$ 549,63 R$ 514,92 R$ 421,07 R$ 411,64 R$ 375,93 R$ 659,80* (+ 5% de horaatividade) R$ 640,39 R$ 614,17 R$ 575,39 R$ 470,48 R$ 459,74 R$ 429,66 R$ 7,80** (+ DSR*** (1/6) R$ 7,57 R$ 7,26 e 5% de hora5ª a 8ª série atividade) R$ 8,69 (diurno)** R$ 7,80 R$ 8,42 R$ 8,08 (noturno)** (+ DSR (1/6) e 5% de horaEnsino Médio atividade) R$ 7,92 ** (+ DSR (1/6) e R$ 7,88 R$ 7,37 5% de horaEnsino Técnico atividade) R$ 12,12 ** (+ DSR (1/6) e R$ 11,76 R$ 11,28 5% de horaPré Vestibular atividade) Fonte: Sindicado dos Professores de São Paulo, 2008. * jornada máxima de 22 horas semanais ** a duração máxima da hora-aula em cursos diurnos é de 50’ *** Descanso semanal remunerado R$ 6,80 R$ 5,58 R$ 5,44 R$ 5,08 R$ 7,57 R$ 6,19 R$ 6,05 R$ 5,65 R$ 6,90 R$ 5,64 R$ 5,51 - R$ 10,57 R$ 8,64 R$ 8,44 R$ 7,69 e nos cursos noturnos é de 40’ Outro aspecto fundamental para a compreensão da qualidade do ensino é a formação docente. No período 1999-2005, podemos notar a tendência geral de aumento da proporção de docentes com nível superior em todas as modalidades e dependências administrativas. Esse aumento da escolaridade deve em muito a LDB (9.394/96) na qual consta uma exigência pela elevação gradativa dos anos de escolarização dos profissionais da educação. Os professores do ensino médio em 2005 todos apresentaram uma proporção de 100% com formação de nível superior. Já a proporção de profissionais do ensino fundamental com nível superior variou conforme a dependência administrativa de 75% (federais) a 90% (municipais). Cabe indicar ainda que os profissionais das creches e educação pré-escolar apresentam as menores proporções de formação de nível superior, pois até a promulgação da última LDB, em 1996, as exigências de qualificação para essas modalidades de ensino eram de até o fundamental completo. (Fonte: pesquisa Educação e Exclusão na cidade de São Paulo, de Ação Educativa, no prelo). MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Percentual de Docentes com Nível Superior, por Dependência Administrativa e Nível e Modalidade de Ensino, período 1999-2005. Dependência Administrativa Total Nível e Modalidade Creche Pré-Escola Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Jovens e Adultos Educação Especial 1999 10.8 47.9 47 93.9 73.7 95.1 90.8 85.5 2000 23 49.3 50.1 93.5 74.8 93.2 93.6 87.7 2001 26.1 51.7 53.3 94.8 76.7 94.9 93.9 90 2002 24.4 51.4 55.9 96.6 78.8 96.7 94.8 91.2 2003 25.3 55.9 63.2 95.9 81.2 95.1 96 92.8 2004 25.9 59.5 68.9 98.3 85 98.8 97.7 92.4 2005 31.8 62.2 71.4 99 86.8 100 98.6 92.1 48 Municipal Estadual Federal Privada Creche Pré-Escola Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Jovens e Adultos Educação Especial Creche Pré-Escola Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Jovens e Adultos Educação Especial Creche Pré-Escola Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Jovens e Adultos Educação Especial Creche Pré-Escola Até a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio Jovens e Adultos Educação Especial 11.6 33.6 49.8 92.1 73.8 93 89.6 78.6 8.1 61.5 58.1 97.4 78.5 100 90.5 97.3 14.3 0 35.6 92.9 70.2 96.3 92.4 84.6 0 0 0 0 62.9 62.7 96.5 78.9 100 92.4 97.3 0 0 35 92.2 71.3 93.4 94.9 89.6 10 0 37.5 0 63.3 62.6 97.6 79.6 100 95 94.7 100 100 42 93.8 73.9 95.1 94 90.7 0 0 75 11.5 59.2 68.6 98.7 84 98.9 93.8 96.4 0 18.3 64.2 71.1 98.5 85.5 100 96.6 93.6 0 30.6 66.4 75.1 99.5 87.7 100 97.2 94.8 0 40.2 97.2 74.6 97.1 96.4 92.5 55.6 95.5 78.2 95.2 96.5 92.1 100 66.7 100 72.7 62.4 98.2 82.4 99.1 98.9 95.3 100 50 62.5 35.7 69.9 80.2 99.6 90.8 100 97.9 97.4 17.7 21.6 63.3 99.9 83.9 100 99.4 94.7 20 66.7 75 0 100 100 37.5 100 100 75 100 100 66.7 100 72.7 100 62.5 100 75 100 23.2 35.6 52.4 92.8 75.5 92.5 93.6 73.3 26.2 40.4 55.8 93.6 77.6 94.3 91.8 85.7 24.7 43.8 60.3 93.5 79.1 95.8 94.3 85.5 26.3 47.8 64.6 93.7 81 94.8 93.2 93 23.8 52.3 71.4 97.3 86.1 98 95.1 86.6 29.7 54.4 73.4 97 86.7 99.9 97.7 85.9 Fonte: INEP – Edudatabrasil, 2007. Um dos problemas apontados pelas comunidades escolares é o da instabilidade das equipes. O problema acontece especialmente nas áreas mais distantes e mais carentes, onde as condições de segurança e infra-estrutura urbana e educacional oferecidas são também piores. Assim, os profissionais ingressam na rede por estas localidades, onde há vagas, mas gradativamente solicitam a remoção para locais mais próximos das áreas centrais e de seus locais de moradia. Por isso a necessidade de observarmos os índices de remoção de docentes. A partir dessa constatação o poder público poderia elaborar um plano de estratégias – atrativos financeiros, de carreira e infra-estrutura - para atrair os profissionais de maior experiência para se fixarem nessas escolas mais periféricas. Desta forma, haveria uma intencionalidade explícita de combate às desigualdades implícitas na distribuição dos profissionais por unidades escolares e sua localização territorial. Na rede municipal, conforme dados da tabela que se segue, em 2006, 6.454 profissionais tiveram remoção realizada, representando cerca de 18% do total de profissionais locados. As coordenadorias que apresentaram maior índice de remoção foram as seguintes: Capela do Socorro (zona sul), Guaianases (zona sul) e São Mateus (zona Leste); seguidas pelas coordenadorias de Itaquera (zona leste) e Pirituba/Jaraguá (zona Norte). Estas coordenadorias estão situadas nos limites municipais, portanto, distantes da maior concentração de infra-estrutura urbana e onde estão concentrados os maiores índices de vulnerabilidade social e ambiental. (Fonte: pesquisa Educação e Exclusão na Cidade de São Paulo, de Ação Educativa, no prelo). MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Índice de Remoção do Docente Por Coordenadoria na Rede Municipal de Ensino, em 2006. Coordenadorias de Ação Educativa - CONAES Butantã Campo Limpo Capela do socorro Freguesia do Ó Guaianases Ipiranga Total de Remoção 273 591 565 378 639 416 Total de Profissionais Locados 1.754 3.799 2.311 2.325 2.496 2.343 Índice de remoção (%) 15,56 15,56 24,45 16,26 25,6 17,76 49 Itaquera Jaçanã/ Tremembé São Miguel Paulista Penha Pirituba/ Jaraguá Santo Amaro São Mateus Total Fonte: SME/SP, 2006. 434 411 668 378 644 356 701 6.454 2.353 2.725 3.778 2.817 3.231 2.203 3.433 35.568 18,44 15,08 17,68 13,42 19,93 16,16 20,42 18,15 Gestão Educacional De acordo com a Constituição Federal, a gestão democrática é um dos princípios que orienta o ensino público. A LDB define como princípios orientadores da gestão democrática a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. Define ainda que “os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público”. Com relação aos gestores, a LDB define que, para o exercício profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de ensino, a experiência docente é pré-requisito. São consideradas funções de magistério as exercidas por professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. Colaboração entre os entes federados A Constituição Federal define que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino (artigo 211). Quanto às atribuições de cada ente federado, define que a União, além de organizar o sistema federal de ensino, “exercerá função redistributiva e supeltiva, de forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”, que os municípios atuarão prioritariamente no Ensino Fundamental e na Educação Infantil e os estados e o Distrito Federal, no ensino fundamental e médio, sendo que estados e municípios “definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino obrigatório”. O Plano de Educação da Cidade de São Paulo poderá se constituir em um importante instrumento para aprimorar a colaboração efetiva entre entes federados (Município, Estado e União) e entre áreas dos governos para a garantia do atendimento educacional de qualidade. Com relação a este último aspecto, destacamos a importância da atuação conjunta das diferentes secretarias do governo municipal e estadual (Educação, obviamente, mas também Cultura, Esportes, Trabalho, Habitação, Saúde, Segurança etc). Financiamento da Educação A Constituição Federal e, em consonância com esta, a LDB em vigência, definem que esses recursos devem ser provenientes de receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; receita de transferências constitucionais e outras transferências; receita do salário-educação e de outras contribuições sociais; receita de incentivos fiscais; além de outros recursos previstos em leis específicas. A Constituição Federal define que a União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito por cento, e os Estados, o Distrito Federal e 50 os Municípios, vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendidas a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino público. A LDB define ainda, em seu artigo 74, que a União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, “estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de assegurar ensino de qualidade. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela União ao final de cada ano, com validade para o ano subseqüente, considerando variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino” e, em seu artigo 75, que “a ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão mínimo de qualidade de ensino”. A forma de financiamento da educação por meio do mecanismo de fundos foi implantada inicialmente por meio do Fundef em 1996, para repasse de recursos ao ensino fundamental. Posteriormente, houve a ampliação do financiamento para a educação a educação básica pelo Fundeb, em 2007. MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Matrículas da Educação Básica de 2006, consideradas no FUNDEB em 2007, Coeficientes de Distribuição dos Recursos e Estimativas da Receita Anual do Fundo, por Ente Governamental, em 2007. Segmentos Creche Pré-Escola Município 9.084,7 94.279,0 287.001,0 482,0 259.411,0 1.197,0 0 0 Urbano Rural Fundamental (1) Urbano Series Finais Rural Tempo Integral (1) Urbano Ensino Médio Rural E. Médio Em Tempo Integral (3) E. Médio Integ. À Educ. Profissional 0 Educação Especial (2) 4.966,7 EJA Com Avaliação No Processo 41.062,3 Educação Indígena/Quilombola 92,3 Coeficiente De Distribuição De Recursos Do FUNDEB Para 2007 0,1 Estimativa De Receita Do FUNDEB 2007 1.294.572.999,2 Fonte: MEC/SEB/Fundebef, 2007. Matrículas Censo Escolar 2006 INEP/MEC (1) Consideradas todas as matrículas (2) Consideradas todas as matrículas do ensino fundamental e 1/3 das matrículas verificadas no segmentos da creche, pré-escola, ensino médio e EJA (3) Consideradas as matrículas dos alunos com pelo menos 06 (seis) horas-aula diárias. NOTA: - Não consideradas as matrículas da EJA Integrada à educação profissional de nível médio, com avaliação no processo, visto que estes dados não foram coletados no Censo Escolar de 2006. - Os quantitativos de matrículas com números fracionados resultam da consideração de 1/3 dos alunos, na forma do art. 31, § 2º, II, "a" da MP 339/2006. Series Iniciais Em 2007, o município de São Paulo recebeu diversos repasses e liberações da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, da Prefeitura de São Paulo, do Governo do estado e da Secretaria de Ciência Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Turismo. Em 2007 os repasses de quotas estaduais/municipais da Secretaria de Educação do Estado e da Prefeitura Municipal representavam 77,53% e 15,70% do total de repasses, respectivamente. O repasse do Programa Nacional de Alimentação Escola (PNAE) da Secretaria de Educação do Estado e da Prefeitura Municipal representavam 3,72% e 2,55% do total de repasses respectivamente em 2007. Os repasses dos Programas Dinheiro Direto na Escola da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, Programa Nacional de Alimentação Escolar para Creche (PNAC-PNAE Creche) da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, o Programa Nacional de Alimentação Escolar Indígena (PNAI - PNAE Indígena) da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e da 51 Prefeitura Municipal de São Paulo, o Programa Nacional de Alimentação Escolar Quilombos (PNAQ-PNAE Quilombola) da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e, por fim, o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE) da Prefeitura Municipal de São Paulo somados resultam na quantia de cerca de 261,4 mil reais, ou seja, representavam cerca de 0,02245% do total de repasses realizados em 2007. (Fonte: pesquisa Educação e Exclusão em São Paulo, de Ação Educativa, no prelo). Tabela 30 – MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Repasses e Liberações das Unidades Governamentais, em 2007* Programa PDDE - Programa Dinheiro Direto Na Escola PNAC - PNAE Creche - Programa Nacional De Alimentação Escolar P/ Creche PNAC - PNAE Creche - Programa Nacional De Alimentação Escolar P/ Creche Unidade Governamental Secretaria De Educação Do Estado De São Paulo Secretaria De Educação Do Estado De São Paulo 2007 87.860,20 130.838,40 Prefeitura Municipal De São Paulo 1.831.280,00 Secretaria De Educação Do Estado De PNAE - Programa Nacional De Alimentação Escolar São Paulo 43.328.454,40 PNAE - Programa Nacional De Alimentação Escolar Prefeitura Municipal De São Paulo 29.719.889,10 PNAI - PNAE Indígena - Programa Nacional De Secretaria De Educação Do Estado De Alimentação Escolar Indígena São Paulo 20.908,80 PNAI - PNAE Indígena - Programa Nacional De Prefeitura Municipal De São Paulo Alimentação Escolar Indígena 17.063,20 PNAQ-PNAE Quilombola - Programa Nacional De Secretaria De Educação Do Estado De Alimentação Escolar Quilombos São Paulo 1.619,20 PNATE - Programa Nacional De Apoio Ao Transp Prefeitura Municipal De São Paulo Do Escolar 3.084,32 PROEP - Programa De Expansão Da Educação Secretaria Da Ciência Tecnol Desenv Profissional Econômico E Turismo 1.438.684,65 PROEP - Programa De Expansão Da Educação Governo Do Estado São Paulo Profissional 2.316.394,19 Secretaria De Educação Do Estado De QUOTA - Quota Estadual / Municipal São Paulo 902.634.305,23 QUOTA - Quota Estadual / Municipal Prefeitura Municipal De São Paulo 182.782.194,59 Total Geral 1.164.312.576,28 Fonte:Ministério da Fazenda/SIOP -Secretaria Estadual e Municipal e Educação de São Paulo, Secretaria Da Ciência Tecnol Desenv Econômico E Turismo, Prefeitura Municipal De São Paulo, Governo Do Estado São Paulo * Dados referentes ao fechamento do dia: 24/10/2007 VI – METODOLOGIA “(...) para mim, é impossível existir sem sonho. A questão que se coloca é, em primeiro lugar saber se o sonho é historicamente viável. Segundo, se a viabilidade do sonho demanda um pedaço de tempo e de espaço a caminhar. Terceiro, se demanda um espaço longo para caminhar e viabilizar , é o caso de se aprender como caminhar e, em caminhando, reaprender inclusive a realizar o sonho, quer dizer, buscar os caminhos do sonho.” (Freire & Beto, 2000) O Plano Municipal pretende semear, construir, transformar a sua, a nossa fábrica de sonhos em busca de um horizonte sustentável com qualidade na educação. Sonhar é apropriar-se do futuro, daquilo que ainda não é. Para buscar o novo, é necessário não temer a mudança, não ter medo de errar, compreender que sempre há um jeito de olhar e fazer as coisas de forma diferente, melhor. Para tanto, são necessários empenho pessoal e coletivo e o desejo de superar o que está dado. Compreender o ambiente onde se desenrola o sonho é conhecer tudo que é necessário ou que possa contribuir para a sua realização. Devem ser analisadas as condições econômicas, sociais, políticas, legais, tecnológicas, culturais que podem influenciar na realização do sonho: 52 quais são e como adquirir os conhecimentos necessários, quais pessoas podem colaborar e como ter acesso a elas, quais experiências e competências podem contribuir, quais são os recursos, como adquiri-los e controlá-los. O objetivo do sonho é algo que se transforma na ação e está inserido em uma realidade que sofre constantes transformações, exigindo, portanto, um aprendizado que começa a cada dia. Na música Disparada, Geraldo Vandré relata que já passou nessa vida como boi, hoje é boiadeiro, que leva sua boiada. Houve o crescimento, o amadurecimento. “Os sonhos foram se clareando, até que um dia acordei [...] Agora sou cavaleiro, laço firme e braço forte, num reino que não tem rei.” Vamos pensar a educação que temos e que sonhamos para a nossa cidade... Projeto educativo Lúdica Compromisso Cooperativa Sonho Em suas diferentes abrangências... NA ESCOLA NA REGIÃO EDUCAÇÃO NA CIDADE NA COMUNIDADE 53 NA ESCOLA Diversidade/Desigualdades7 enfrentamento das várias formas de discriminação (raça-etnia8, gênero9 e orientação sexual10) formação dos profissionais de educação que inclua os temas relativos às relações étnicoraciais, de gênero e orientação sexual correção das discriminações (cor/raça, gênero e econômicas) no acesso aos vários níveis e modalidades de ensino introdução da variável demográfica cor/raça na obtenção e avaliação dos dados educacionais educação das relações étnico-raciais e enfretamento do racismo no ambiente escolar implementação das leis 10.639/03 e 11.645/08 que tornam obrigatória a inclusão da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” no currículo oficial participação de grupos do movimento negro e indígena e de grupos culturais nas unidades escolares indicadores para monitoramento da implementação das leis 10.639/03 e 11.645/08 financiamento para as ações de implementação das leis 10.639/03 e 11.645/08 construção de relações de gênero igualitárias no ambiente escolar e ruptura de preconceitos, estereótipos e modelos rígidos para meninos e meninas, mulheres e homens respeito às diferentes orientações sexuais e enfrentamento das discriminações por orientação sexual material didático pedagógico e acervo bibliográfico que abordem a construção de relações igualitárias do ponto de vista étnico-racial, de gênero e orientação sexual gestão democrática que pressupõe a construção de relações igualitárias equipes técnicas impulsionadoras dessas temáticas avaliação constante das ações construção de marco legal para enfrentamento das discriminações outros A educação que temos 7 A educação que queremos Metas Elaboração por Ceert, Geledés e Ação Educativa. Relações étnico-raciais: construção social e histórica das relações entre brancos e negros e o pertencimento aos diferentes grupos étnicos. Referência ao conceito de raça social, tal como sintetizado por Antônio Sérgio Guimarães, no artigo “Raça e os estudos de relações raciais no Brasil” - Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 54, p. 147-156, 1999. Afinal, a noção de raça do ponto de vista biológico não existe. 9 Relações de gênero: construção social e histórica das relações entre homens e mulheres, dos diferentes significados do que é feminino e masculino. 10 Orientação sexual diz respeito à atração sexual que os indivíduos sentem uns pelos outros, independente do sexo que possuem. 8 54 55 EDUCAÇÃO INFANTIL11 direito das crianças de 0 até 6 anos de idade à Educação Infantil recursos públicos destinados à Educação Infantil (creches diretas, indiretas e conveniadas, pré-escolas públicas) ampliação da Educação Infantil (mais creches diretas, indiretas e conveniadas, pré-escolas públicas) credenciamento das instituições conveniadas levantamento da demanda potencial para atendimento nas instituições de Educação Infantil formação dos profissionais da Educação Infantil (formação inicial adequada, cursos de formação continuada, atividades culturais) profissionais da Educação Infantil que atuam diretamente com as crianças são professores/as número suficiente de profissionais da Educação Infantil (segundo os critérios dos Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil, publicado pelo MEC/SEB em 2006): um/a professor/a para cada 6 a 8 crianças de 0 a 2anos; um/a professor/a a cada 15 crianças de 3 anos e um/a professor/a a cada 20 crianças acima de 4 anos atendimento integrado das crianças de 0 até 6 anos acompanhamento e supervisão das instituições de Educação Infantil estrutura física adequada às necessidades específicas da criança pequena, tais como: área verde, espaço para atividades ao ar livre, espaço para repouso recursos pedagógicos (brinquedos, livros etc.) alimentação adequada à especificidade da faixa etária atendida atendimento em período integral/horários flexíveis projeto pedagógico específico para o atendimento às especificidades e necessidades da criança pequena adequação do tempo e do espaço, com a organização das atividades diárias, de acordo com o desenvolvimento da criança pequena, respeitando o seu ritmo biológico educar e cuidar de maneira articulada no fazer das/os professoras/es importância do movimento e do brincar como forma da criança se relacionar com o mundo e aprender participação das famílias no cotidiano da instituição diferentes linguagens na Educação Infantil, em especial as linguagens artísticas atenção ao desenvolvimento individual das crianças atenção à saúde das crianças pequenas inclusão das crianças com deficiências nas creches e pré-escolas, com atendimento educacional especializado existência de Conselhos de Escola e instâncias de participação nas instituições de Educação Infantil articulação da Educação Infantil com o Ensino Fundamental, em especial quanto ao acolhimento da criança de 6 anos no Ensino Fundamental de 9 anos articulação entre as diversas Secretarias (Educação, Saúde, Cultura, Esportes entre outras), pelo estabelecimento de uma política social para a infância outros A educação que temos 11 A educação que queremos Elaboração pelo Fórum Regional de Educação Infantil da Grande São Paulo. Metas 56 57 ENSINO FUNDAMENTAL Acesso (público atendido, unidades de atendimentos, dados de matrícula, cobertura atual) número de crianças por turmas jornada de atendimento (parcial/integral) quantidade de profissionais / jornada / formação projeto político-pedagógico gestores (formação, forma de escolha) colegiados (existem, funcionam) processos participativos da comunidade condição dos prédios e equipamentos domínio da leitura e escrita domínio dos elementos da Matemática compreensão do ambiente natural e social formação artística educação para os esportes atenção ao desenvolvimento individual das crianças especificidades do território em que se insere a escola formação para a cidadania e democracia avaliação dados de desempenho (aprovação, reprovação, evasão) diversidade/ desigualdade destinação e gestão de recursos (adequados às necessidades) acessibilidade e inclusão outros A educação que temos A educação que queremos Metas 58 ENSINO MÉDIO Acesso (público atendido, unidades de atendimentos, dados de matrícula, cobertura atual) número de estudantes por turmas jornada de atendimento (parcial/integral/noturno) quantidade de profissionais / jornada / formação projeto político-pedagógico gestores (formação, forma de escolha) colegiados (existem, funcionam) processos participativos da comunidade condição dos prédios e equipamentos relações entre os conhecimentos e o mundo do trabalho relações entre a escola e as vivências juvenis integração entre ensino médio e educação profissional atenção ao desenvolvimento individual dos jovens avaliação dados de desempenho (aprovação, reprovação, evasão) diversidade/ desigualdade destinação e gestão de recursos (adequados às necessidades) acessibilidade e inclusão horas adicionais de estudos para os exames de acesso ao ensino superior público cursos pré-vestibular comunitários outros A educação que temos A educação que queremos Metas 59 ENSINO SUPERIOR Acesso (público atendido, unidades de atendimentos, dados de matrícula, cobertura atual) permanência (assistência estudantil nas universidades públicas e privadas, inadimplência nas universidades privadas) número de estudantes por turma quantidade de profissionais / jornada / formação gestores (formação, forma de escolha) colegiados (existem, funcionam) processos participativos da comunidade condição dos prédios e equipamentos indissocialibidade entre ensino, pesquisa e extensão articulação entre formação crítica e para a cidadania e para o mundo do trabalho autonomia universitária dados de desempenho (aprovação, reprovação, evasão) avaliação e definição de metas de melhoria diversidade/ desigualdade ações afirmativas destinação e gestão de recursos (adequados a necessidade) acessibilidade e inclusão parcerias e convênios outros A educação que temos A educação que queremos Metas 60 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS12 Educação de Jovens e Adultos como direito inalienável avanços na legislação/regulamentação estadual/municipal referente à EJA na última década cooperação entre a educação pública oficial e os núcleos populares de educação de jovens e adultos levantamento da demanda de EJA no município (censo amplo, chamada escolar) oferta do atendimento com perfis diferenciados para atender às expectativas das/os educandas/os flexibilidade dos turnos e horários para atender as expectativas das/os educandas/os flexibilidade do número de dias letivos organização da Educação de Jovens e Adultos em diferentes Etapas de aprendizagem princípios, organização curricular e processo de avaliação na Educação de Jovens e Adultos novos espaços e tempos pedagógicos para a modalidade Educação de Jovens e Adultos formação dos professores de Educação de Jovens e Adultos execução das ações alfabetizadoras formas de articulação entre educação e trabalho valorização das diferentes expressões culturais no âmbito da EJA formas de inserção das tecnologias de informação e comunicação nas propostas pedagógicas material didático espaço físico recursos humanos outros A educação que temos 12 A educação que queremos Elaboração pelo Fórum Paulista de Educação Jovens e Adultos. Metas 61 EDUCAÇÃO INDIGENA oferta de educação escolar bilingüe e intercultural aos povos indígenas recuperação das memórias históricas das comunidades e povos indígenas reafirmação das identidades étnicas das comunidades e povos indígenas valorização das línguas e ciências das comunidades e povos indígenas articulação entre as diferentes secretarias para integração de políticas e garantia dos direitos das populações indígenas, com destaque para as políticas de saúde e assistência (ex: taxas de mortalidade infantil e desnutrição ainda são altas entre as aldeias guarani onde estão os CECIs) garantia às comunidades e povos indígenas, o acesso às informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e nãoíndigenas programas integrados de ensino e pesquisa para educação intercultural fortalecimento das práticas sócio-culturais e da língua materna de cada comunidade indígena programas de formação de pessoal especializado currículos e programas específicos, neles incluindo os conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades material didático específico e diferenciado criação de cargos e estrutura organizacional específica nos CECIs serviços de vigilância, limpeza e preparação da merenda feita nos moldes da cultura guarani nos CECIs trabalho de monitores e de oficineiros nos moldes da cultura guarani nos CECIs designação com critérios transparentes de funcionário do magistério municipal responsável pelo projeto pedagógico dos CECIs outros A educação que temos A educação que queremos Metas 62 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Acesso (público atendido, unidades de atendimentos, dados de matrícula, cobertura atual)l levantamento da demanda ampliação da oferta de vagas nas escolas técnicas e profissionais públicas programas de apoio social para estudantes em situação de vulnerabilidade nas escolas técnicas e profissionais públicas incentivo à ampliação da oferta de vagas em estágios e trabalhos de meio período número de estudantes por turmas atualidade dos currículos formação crítica e para auto-gestão vínculos escola-universidade-centros de pesquisa para aperfeiçoamento do trabalhador integração das políticas de educação profissional às políticas de desenvolvimento locais e às políticas de geração de emprego e renda quantidade de profissionais / jornada / formação projeto político-pedagógico gestores (formação, forma de escolha) colegiados (existem, funcionam) processos participativos da comunidade condição dos prédios e equipamentos dados de desempenho (aprovação, reprovação, evasão) diversidade/ desigualdade destinação e gestão de recursos (adequados a necessidade) acessibilidade e inclusão parcerias e convênios outros A educação que temos A educação que queremos Metas 63 EDUCAÇÃO INCLUSIVA13 Acesso (público atendido, unidades de atendimentos, dados de matrícula, cobertura atual) mapeamento das crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência, altas habilidades/superdotação e transtornos globais do desenvolvimento garantia do acesso à escola regular comum em todos os níveis e modalidades de ensino para todas as crianças, adolescentes, jovens e adultos com deficiência, altas habilidades/superdotação e transtornos globais do desenvolvimento garantia do direito ao Atendimento Educacional Especializado extraturno aos alunos com deficiência, altas habilidades/superdotação e transtornos globais do desenvolvimento organização dos sistemas de ensino em todas suas instâncias e unidades para garantia da inclusão dos alunos com deficiência, altas habilidades/superdotação e transtornos globais do desenvolvimento participação e aprendizagens dos alunos com deficiência, altas habilidades/superdotação e transtornos globais do desenvolvimento em todos os níveis e modalidades de ensino formação de educadores, pais e demais agentes públicos na perspectiva do direito à diversidade na educação formação em relação aos saberes específicos aos professores do Atendimento Educacional Especializado e aos pais dos alunos com deficiência, altas habilidades/superdotação e transtornos globais do desenvolvimento outros A educação que temos 13 A educação que queremos Elaboração pelo Fórum Permanente de Educação Inclusiva. Metas 64 EDUCAÇÃO DO CAMPO Acesso (público atendido, unidades de atendimentos, dados de matrícula, cobertura atual) numero de estudantes por turmas dados de desempenho (aprovação, reprovação, evasão) jornada de atendimento (parcial/integral) quantidade de profissionais / jornada / formação projeto de trabalho gestores (formação, forma de escolha) colegiados (existem, funcionam) processos participativos da comunidade condição dos prédios e equipamentos diversidade/ desigualdade destinação e gestão de recursos (adequados a necessidade) acessibilidade e inclusão parcerias e convênios outros A educação que temos A educação que queremos Metas 65 EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA/TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS Acesso (público atendido, unidades de atendimentos, dados de matrícula, cobertura atual) dados de desempenho (aprovação, reprovação, evasão) quantidade de profissionais / jornada / formação projeto de trabalho gestores (formação, forma de escolha) colegiados (existem, funcionam) processos participativos da comunidade condição dos prédios e equipamentos educação à distância nos níveis e modalidades de ensino educação à distância nos programas de educação continuada organização com abertura e regime especiais credenciamento das instituições realização de exames e registro de diploma normas para produção, controle e avaliação de programas de educação à distância autorização para sua implementação destinação e gestão de recursos (adequados às necessidades) parcerias e convênios acessibilidade e inclusão diversidade/ desigualdade outros A educação que temos A educação que queremos Metas 66 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO14 quantidade suficiente de profissionais proporção professor-aluno compatível com um ensino de qualidade ingresso somente por concurso de provas e títulos processo avaliativo do estágio probatório dos profissionais do magistério, com participação desses profissionais comissão paritária entre gestores e trabalhadores para assegurar as condições de trabalho vencimentos nunca inferiores ao piso salarial profissional nacional, diferenciados de acordo com a habilitação, com revisão anual, sendo vedada a diferenciação entre níveis e modalidades de ensino ações que visem à equiparação salarial com outras carreiras profissionais de formação semelhante jornada de trabalho deve ser preferencialmente integral, de 40 horas, com o progressivo crescimento de horas atividade horas de trabalho pedagógicas coletivas como momento de formação do profissional da educação critérios objetivos para a movimentação dos profissionais entre unidades escolares tendo como base os interesses da aprendizagem dos educandos carreira do magistério que possibilite aos docentes a evolução salarial sem que, para isto, tenham de deixar a sala de aula plano de carreira do magistério em que conste a natureza dos cargos e funções mecanismos de progressão na carreira também com base no tempo de serviço incentivos de progressão por qualificação do trabalho profissional plano de carreira com regras claras para o cálculo dos proventos dos profissionais ligados ao Regime Próprio de Aposentadoria formação dos profissionais da educação, com destaque para o período reservado a estudos, planejamento e avaliação oferta de programas permanentes e regulares de formação continuada para aperfeiçoamento profissional, inclusive em nível de pós-graduação concessão de licenças para aperfeiçoamento e formação continuada dos professores gestão democrática das unidades (formação, forma de escolha) outros A educação que temos 14 A educação que queremos Metas Elaboração pelos sindicatos, com base no Parecer CEB-CNE 02/2009 e Resolução 09/2009. 67 68 GESTÃO EDUCACIONAL gestão democrática do sistema e das escolas diretrizes para o sistema avaliação do sistema espaços de gestão democrática nas escolas, especialmente os Conselhos Escolares autonomia nas decisões político-pedagógicas, administrativo-financeiras descentralização da gestão educacional levantamento de dados estatísticos regionalizados fóruns regionalizados de debates, elaboração de propostas, avaliação e acompanhamento de políticas públicas na área de educação outros A educação que temos A educação que queremos Metas 69 COLABORAÇÃO ENTRE ENTES FEDERADOS (MUNICÍPIO, ESTADO E UNIÃO) coordenação da política nacional de educação pelo MEC sistemas de ensino com liberdade de organização organização dos órgãos e instituições oficiais dos sistemas de ensino pelo estado e pelo município manutenção e desenvolvimento dos órgãos e instituições oficiais dos sistemas de ensino pelo estado e pelo município colaboração entre estado e município na oferta do ensino fundamental oferta do ensino médio pelo estado oferta da educação infantil pelo município organização do transporte escolar dos alunos de cada rede pelo município e pelo estado avaliação das instituições de ensino superior pelo estado A educação que temos A educação que queremos Metas 70 FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO origem do financiamento e forma de gestão instalações dos prédios parcerias e convênios aplicação integral dos recursos constitucionais da educação ampliação dos recursos públicos para educação ampliação das receitas de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE) informações sobre orçamento e financiamento da educação na cidade participação da sociedade civil nos conselhos relacionados à educação (como os conselhos do Fundo da Educação Básica (Fundeb) e o Conselho Municipal de Educação (CME), por exemplo) fiscalização da execução orçamentária da educação outros A educação que temos A educação que queremos Metas 71 CONTROLE SOCIAL E MONITORAMENTO processos e instâncias participativas e de controle social em educação na escola processos e instâncias participativas e de controle social em educação nas regiões processos e instâncias participativas e de controle social em educação na gestão municipal processos e instâncias participativas e de controle social em educação na gestão estadual influência da sociedade civil na definição de prioridades nas escolas influência da sociedade civil na definição de prioridades nas políticas educacionais avaliação e monitoramento da implantação do Plano de Educação da Cidade de São Paulo A educação que temos A educação que queremos Metas OBS: Insumos (infra-estrutura, equipamentos e materiais, valorização dos profissionais da educação) transversais (em todos os níveis e modalidades) Recortes de diversidade/desigualdade (étnico-raciais, de gênero, etários, orientação sexual) em item próprio. Gestão (no sentido de administração das unidades escolares e supervisão; no sentido de gestão dos sistemas de ensino) e valorização dos profissionais em itens próprios.