Um pai, bem de vida, querendo que o seu filho soubesse o que é ser pobre. Levou-o para passar uns dias com uma família de camponeses. O menino passou 3 dias e 3 noites vivendo no campo. No carro, ao voltar para a cidade, perguntou o pai: - Como foi a experiência? - Boa… Responde o filho, com o olhar perdido à distância. - E o que te aprendes? Insistiu o pai. O filho respondeu: 1 - Que nós temos um cão e eles têm quatro... 2 - Que nós temos uma piscina com água tratada, que chega até a metade do nosso quintal. Eles têm um rio sem fim, de água cristalina, onde têm peixinhos e outras coisas lindas... 3 - Que nós importamos lustre do Oriente para iluminar o nosso jardim enquanto eles têm as estrelas e a lua para iluminá-los... 4 - O nosso quintal chega até o muro, o deles chega até o horizonte... 5 - Nós compramos a nossa comida, eles cozinham... 6 - Nós ouvimos CDs... Eles ouvem uma perpétua sinfonia de pássaros, periquitos, sapos, grilos e outros animaizinhos... Tudo isso, às vezes acompanhado pelo sonoro canto de um vizinho que trabalha a sua terra... 7 - Nós usamos microondas, tudo o que eles comem tem o glorioso sabor do fogão a lenha... 8 - Para nos protegermos vivemos rodeados por um muro, com alarmes. Eles vivem com as suas portas abertas, protegidos pela amizade dos seus vizinhos... 9 - Nós vivemos conectados ao tele móvel, ao computador, à televisão. Eles estão conectados à vida, ao céu, ao sol, à água, ao verde do campo, aos animais, às suas sombras, à sua família... O pai ficou impressionado com a profundidade do seu filho e então o filho terminou: - Obrigado, pai, por me teres ensinado o quanto somos pobres! Cada dia está mais pobres de espírito e de observação da natureza, que são as grandes obras de Deus. Preocupamo-nos em TER, TER, TER, CADA VEZ MAIS TER, em vez de nos Preocuparmos em SER. BRASÍLIA (Reuters) - Apesar dos avanços nos últimos anos em áreas como educação e combate à pobreza, o Brasil continua a ter uma das piores distribuições de renda do mundo, perdendo apenas para Serra Leoa, na África, mostrou um estudo divulgado na quartafeira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O instituto, ligado ao Ministério do Planejamento, apontou que, em 2003, 1% dos brasileiros mais ricos detinham uma renda equivalente aos ganhos dos 50%. No mesmo período, cerca de um terço da população --ou 53,9 milhões de pessoas-- foi considerada pobre, em critério que inclui todos os que viviam com renda familiar per capita de até meio salário mínimo (R$ 120 na ocasião). O Ipea indicou que, para avançar no combate à desigualdade, é preciso alcançar um nível de crescimento econômico e um modelo de desenvolvimento que viabilizem a inserção da população no mercado de trabalho, além das ações sociais. "Pode-se dizer que os maiores desafios das políticas públicas hoje são a geração de oportunidades de trabalho, a redução da informalidade e a melhoria da renda real do trabalhador." Em 2003, a taxa de desemprego no Brasil foi de 10%, comparando-se a 6,2% no mundo e 8% na América Latina e Caribe, de acordo com o estudo. O índice no país em 1995 era de 6,2%. O levantamento do Ipea, chamado "Radar Social", faz uma compilação de dados apurados, em sua maioria, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2003, além de se utilizar de informações Organização das Nações Unidas (ONU). O relatório, que está disponível na Internet, também apresenta as principais ações do governo voltadas para o combate dos problemas relacionados. O instituto pretende divulgar o levantamento a cada dois anos a partir desse primeiro lançamento, a fim de facilitar o acompanhamento da evolução da questão social no país. "As pessoas têm de ter acesso aos elementos que possibilitem o entendimento da realidade", afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. "O Radar tem o mérito de ser escrito em uma linguagem que vai ser acessível não apenas aos pesquisadores..., mas aos conselhos estaduais e municipais de educação e saúde". IDH - Índice de Desenvolvimento Humano IDH - Índice de Desenvolvimento Humano, é parte integrante do Relatório de Desenvolvimento Humano produzido pelo Pndu - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Humano, abrange 177 países, tendo esse índice a finalidade de ser um indicador de qualidade de vida das populações. Foi desenvolvido em 1990 pelo economista paquistanês Mahbub Haq, esse relatório é emitido desde 1993. IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - Definição O Índice de desenvolvimento Humano - IDH é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros fatores entre os países membros da ONU. Também pode ser calculado para um estado, município ou região. Os Critérios Para Obtenção do IDH O IDH também tem a particularidade de na sua avaliação da qualidade de vida da população considerar critérios abrangentes dessa população, pois considera os aspectos econômicos, e outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana. IDH e os indicadores sociais considerados para sua obtenção • Expectativa de vida - Numa dada população é o número médio de anos que um indivíduo pode esperar viver, se submetido, desde o nascimento, às taxas de mortalidade observadas para aquele momento. • Taxa de alfabetização - percentual de adultos com mais de 15 anos que sabem ler e escrever. • Taxa de matrícula - razão entre o número total de estudantes no ensino fundamental, médio e superior e a população em idade escolar para esses três níveis. • PIB per capita - em dólares PPC, essa sigla PPC - quer dizer Poder de Paridade de Compra indica que a conversão em dólares é feita levando em conta o custo de vida em cada país. Variação do IDH O IDH é um índice que varia de zero (0) (em países com nenhum desenvolvimento humano) até um (1) (países com desenvolvimento humano total). Países com IDH de zero (0) até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo, nesta faixa estão todos os 22 países da África subsaariana, considerados de "baixo desenvolvimento humano", Serra Leoa é a última colocada com um IDH de 0,336. Países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano, era o caso do Brasil no relatório anterior com IDH de 0,792. Países com IDH superior a 0,800 têm desenvolvimento humano considerado alto, é o caso do Brasil que a partir do relatório de 2007/2008, obteve um IDH igual a 0,800 ou seja é o último da escala na faixa de países de alto desenvolvimento humano. O país com mais alto IDH passou a ser a Islândia com um IDH igual a 0,968 e, em segundo a Noruega. A Posição do Brasil O IDH do Brasil variou de 2004 para 2007 de 0,788 para 0,800, um aumento de 0,002 em relação a 2004, o que o faz sair no grupo das 83 nações de desenvolvimento médio, passando a ocupar o último lugar (70º) no grupo de países de alto desenvolvimento humano. Num grupo de 177 países o Brasil ficou em 70º(septuagésimo) lugar,posição ainda bem atrás de vários países latinos americanos. Essa mudança não significa uma alteração significativa das condições sócio-econômicas, pois o Brasil possui um componente pouco captado pelos cálculos do IDH, que é a desigualdade sócio-econômica, ou desigualdade na distribuição de renda que é avaliada pelo Índice Gini. Brasil - Situação dos Indicadores A expectativa de vida é a esperança de quantos anos de vida se espera viver desde o nascimento, no caso brasileiro, o relatório de 2004 apontava para uma expectativa de vida de 70,8 anos, neste relatório de 2007 subiu para 71,7 anos. A taxa de alfabetização manteve-se na mesma posição de 88,6%, porém a taxa de matrícula, foi de 85,7 para 87,5. A renda é avaliada pelo PIB per capita, que foi de 8.195 dólares PPC em 2004 e neste relatório de 2007 chegou a 8.402 dólares. O Melhor e o Pior do IDH Quanto mais próximo de 1, melhor é a situação do desenvolvimento humano. O país com melhores indicadores sociais no relatório foi a Islândia que superou a Noruega, com IDH de 0,968 ficando com o título de país com melhor qualidade de vida no mundo. Enquanto que na parte de baixo do ranking estão todos os 22 países da África subsaariana, e Serra leoa é agora a última colocada com IDH de 0, 336. IDH - Brasil - e o Mundo A Finlândia lidera o ranking, com IDH de 0,968. O Brasil (0,800) neste relatório ocupa 0 70º (septuagésimo) lugar, abaixo da Argentina (0,869), Chile (0,867), Panamá (0,812), Uruguai (0,852), Costa Rica (0,846), Cuba (0,838), México (0,829), isto com relação a países latinos americanos. Distribuição de Renda - Coeficiente de Gini coeficiente de Gini é um parâmetro internacionalmente usado para medir a concentração de renda. O coeficiente de Gini varia de zero a 100. Zero significaria, hipoteticamente, que todos os indivíduos teriam a mesma renda, e 100 mostraria que apenas um indivíduo teria toda a renda de uma sociedade. Ou seja, no caso desse índice, o ideal é caminhar em direção a zero, quanto mais próximo de zero, melhor é a distribuição da renda do país. O país que apresenta menor índice de desigualdade na distribuição de renda é o Japão com índice Gini de 24,9. Desigualdade na distribuição de renda O Brasil permanece com uma brutal desigualdade na distribuição de renda, apresenta pequenos avanços e lentamente sinaliza o afastamento do grupo de países que lideram esse ranking negativo. O desempenho brasileiro avaliado pelo indicador de desigualdade de renda - Gini, no relatório de 2007 coloca o país entre o grupo dos doze países mais desiguais do mundo, com um índice Gini igual a 57,0, o que o coloca numa posição pior do que a do Panamá com 56,0. Glossário: PIB - Produto Interno Bruto (somatória de tudo que o país produz durante um ano). PIB per capita - é o resultado do quociente entre PIB e o número de habitantes. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (ou PNUD) é o órgão da Organização das Nações Unidas (ONU) que tem por mandato promover o desenvolvimento e eliminar a pobreza no mundo. Entre outras atividades, o PNUD produz relatórios e estudos sobre o desenvolvimento humano sustentável e as condições de vida das populações, bem como executa projetos que contribuam para melhorar essas condições de vida, nos 166 países onde possui representação. É conhecido por elaborar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), bem como por ser o organismo internacional que coordena o trabalho das demais agências, fundos e programas das Nações Unidas - conjuntamente conhecidas como Sistema ONU - nos países onde está presente. Além disso, o PNUD dissemina as metas de desenvolvimento do milênio, conjunto de 8 objectivos, 18 metas e 48 indicadores para o desenvolvimento do mundo, a serem cumpridos até 2015, definidas pelos países membros da ONU em 2000, e monitora o progresso dos países rumo ao seu alcance. Os 8 MDM são: 1. A redução pela metade da pobreza e da fome 2. A universalização do acesso à educação primária 3. A promoção da igualdade entre os gêneros 4. A redução da mortalidade infantil 5. A melhoria da saúde materna 6. O combate ao HIV/AIDS, malária e outras doenças 7. A promoção da sustentabilidade ambiental 8. O estabelecimento de parcerias para o desenvolvimento Ideologia é um termo usado no senso comum com tendo o sentido de "conjunto de idéias, pensamentos, doutrinas e visões de mundo de um indivíduo ou de um grupo, orientado para suas ações sociais e, principalmente, políticas". A origem do termo ocorreu com Destutt de Tracy, que criou a palavra e lhe deu o primeiro de seus significados: ciência das idéias. Posteriormente, esta palavra ganharia um sentido pejorativo quando Napoleão chamou De Tracy e seus seguidores de "ideólogos" no sentido de "deformadores da realidade". Karl Marx iria desenvolver uma teoria da ideologia concebendo-a como uma forma de falsa consciência cuja origem histórica ocorre com a emergência da divisão entre trabalho intelectual e manual. É a partir deste momento que surge a ideologia, derivada de agentes sociais concretos (os ideólogos ou intelectuais), que autonomeariam o mundo das idéias e assim inverteriam a realidade. Depois de Marx, vários outros pensadores abordaram a temática da ideologia. Muitos mantiveram a concepção original de Marx, outros passaram a abordar ideologia como sendo sinônimos de “visão de mundo”, inclusive alguns pensadores que se diziam marxistas, tal como Lênin. Alguns explicam isto graças ao fato do livro A Ideologia Alemã, de Marx, onde ele expõe sua teoria da ideologia, só tenha sido publicado em 1926, dois anos depois da morte de Lênin. Vários pensadores desenvolveram análises sobre o conceito de ideologia, tal como Karl Mannheim, Louis Althusser, Paul Ricoeur. Toda ideologia é um sistema de idéias, de símbolos, de critérios, de atitudes que têm uma coerência entre si, de tal modo que se distingue e mesmo se opõe a outro sistema de idéias, etc. Toda ideologia serve para acolher, selecionar e controlar a informação. Embora a ideologia participe de toda a cultura humana, nem por isso se confunde com esta. A cultura é mais ampla que a ideologia, porque inclui idéias, símbolos, atitudes não coerentes, não lógicas entre si (como os sonhos, a poesia, os gestos espontâneos), além de objetos, de costumes e mesmo de crítica à ideologia, de atitudes éticas. Cultura é cuidada ou cultivos da vida em todas as suas formas sejam humanas, espirituais ou naturais. As ideologias podem ser mais ou menos consolidadas, na medida em que expressam idéias, símbolos, critérios, atitudes de indivíduos ou de grupos sociais. Geralmente, as ideologias articulam idéias de grupos e mesmo de classes sociais. Nestes casos, o controle das informações é mais evidente do que o acolhimento e a seleção. O controle expressa o poder de dividir, de separar o que está dentro e o que está fora da ideologia e portanto do grupo que a defende. As ideologias grupais estabelecem e matêm alguma forma de dominação entre dirigentes e dirigidos, funcionando como cimento social dos grupos.