RODRIGO CAETANO ARANTES
A LONGEVIDADE NA METRÓPOLE DE SÃO
PAULO PELAS NOTAS DE FALECIMENTO
NO JORNAL DA TARDE (2004-2005)
MESTRADO EM GERONTOLOGIA
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM GERONTOLOGIA
SÃO PAULO, MAIO DE 2007
RODRIGO CAETANO ARANTES
A LONGEVIDADE NA METRÓPOLE DE SÃO
PAULO PELAS NOTAS DE FALECIMENTO
NO JORNAL DA TARDE (2004-2005)
Dissertação
apresentada
à
Banca
Examinadora da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo como exigência
parcial para obtenção do título de mestre
em Gerontologia, sob orientação da Profª.
Drª. Beltrina Côrte.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO
PROGRAMA DE ESTUDOS PÓS-GRADUADOS EM GERONTOLOGIA
SÃO PAULO, MAIO DE 2007
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________
______________________________________________
______________________________________________
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a reprodução total ou
parcial desta dissertação por processos fotocopiadores ou eletrônicos.
Assinatura: _____________________________________
Local: _________________________ Data: _________________
DEDICATÓRIA
•
Este trabalho é dedicado a todos os longevos, pessoas que
trazem consigo a marca de suas histórias, experiências de vida.
•
Em memória aos participantes diretos deste estudo, cujas notas
de falecimento foram analisadas.
•
A meu pai, Joaquim Teixeira Arantes (in memorian) pela luz
constante a iluminar meus caminhos.
•
Esta dedicação também se estende aos profissionais, das mais
diversas áreas, que escolheram o idoso como foco principal de
suas atividades.
AGRADECIMENTOS
•
À Deus, luz constante a iluminar meus caminhos.
•
À Profª. Drª. Beltrina Côrte pelo apoio, conselhos nos momentos difíceis e
por toda a orientação dada na elaboração desta dissertação de mestrado.
•
À minha mãe, Nazaré Caetano Arantes; minha irmã, Rogéria Caetano
Arantes Vidal; meu cunhado, Franck Vidal; e, minha sobrinha, Júlia,
obrigado a vocês por todo o apoio dado e incentivo durante esta etapa.
•
À minha noiva, Luciana das Graças Gonçalves, por todo o incentivo e
ânimo nos momentos difíceis.
•
Às professoras: Drª. Nádia Dumara e Drª. Ruth Gelerther pela participação
no exame de qualificação, por todas as orientações dadas.
•
À secretária do programa de mestrado em Gerontologia da PUC-SP,
Manoela, por toda a prontidão na resolução das diversas questões
burocráticas.
•
A todos os colegas que ao longo do curso fizeram-se presentes com suas
opiniões, às vezes divergentes, mas que me agregaram valores e
conhecimentos.
•
Ao coordenador do curso de Fisioterapia da Faculdade São Lucas – Porto
Velho/RO, Profº. Drº. Marcelo Custódio Rubira, por toda a ajuda na
interpretação estatística dos dados desta pesquisa e por todos os conselhos
dados.
•
Aos meus familiares e todos aqueles que de alguma forma contribuíram
para a realização desta pesquisa.
RESUMO
Esta dissertação é o estudo da longevidade na metrópole de São Paulo / Brasil, pela análise das
notas de falecimento no Jornal da Tarde, um jornal local. Foram analisadas 665 notas de
falecimento nos períodos de junho, julho e agosto de 2004 e 2005.
Objetivou-se verificar a longevidade dos idosos moradores da metrópole de São Paulo e
aspectos contidos nas notas de falecimento, como: faixa etária dos idosos, estado civil,
prevalência de sexo (feminino ou masculino), se o idoso deixou familiares e familiares deixados
pelo idoso.
Utilizou-se o SPSS (versão 11.0) para tratamento estatístico dos dados, pois se trabalhou com
perguntas fechadas, por meio de um questionário, elaboradas a partir dos próprios recortes de
notas de falecimento.
Os resultados obtidos mostram uma média de idade maior para o sexo feminino, de 87,4 anos
com desvio padrão de 8,6 anos e, para o sexo masculino de 82,1 anos com desvio padrão de 9
anos. Em relação ao estado civil a grande maioria das idosas se enquadrava na categoria de
viúvas e os homens na categoria de casados / vive junto. No estado marital sem companheiro
(solteiro, viúvo, separado / divorciado) a maior freqüência foi verificada no sexo feminino e
com companheiro (casado / vive junto) no sexo masculino. Houve ainda resultado significante
em relação ao estado marital, sendo que o falecimento de idosos sem companheiros se
concentrou em faixas etárias maiores e com companheiros em faixas etárias menores. Não foi
encontrada associação significativa com relação aos familiares deixados e tipo de familiar
deixado.
O processo do aumento da longevidade no Brasil pode ser evidenciado pelas notas de
falecimento de idosos. A longevidade é um fenômeno atual no país e é determinada pelo tempo
de vida maior alcançado pelos idosos. Esse processo tem maior predominância no sexo
feminino, sendo chamado de feminização da velhice.
Palavras-chave: Longevidade; Envelhecimento; Dados Demográficos; Idosos; Metrópole de
São Paulo; Notas de Falecimento.
ABSTRACT
This dissertation is the study of longevity in the metropolitan area of São Paulo / Brazil, by the
analysis of the obituaries on Jornal da Tarde, a local paper. The 665 obituaries were analyzed
throughout the periods of June, July and August of 2004 and 2005.
The goal was to verify the longevity of the elderly residents of the metropolitan area of São
Paulo and the aspects contained in the obituaries like: age range of the elderly, marital status,
gender prevalence (feminine or masculine), if the elderly left their families and families left by
the elderly.
Utilized the SPSS (version11.0) to deal with statistics of data, because of the use of multiple
choice questions, through a questioner, elaborated from the obituary clippings.
The results obtained showed a greater range of age for the feminine gender, of 87,4 years of age
with the deviation standard of 8,6 years and, for the masculine gender of 82.1 years with
deviation standard of 9 years. In relation to the marital status a big majority of the elderly was
in the category of widows and the men in the category of being married/living together. In the
marital status without a partner (single, widow, separated/divorced), a bigger frequency of the
feminine gender was observed and with a partner (married/living together), a bigger frequency
of the masculine gender was noticed. Another significant association was encountered in
relation to the marital status, given that the obituaries of the elderly without partners
concentrated in the biggest age ranges and with partners in the smallest age ranges. It was not
encountered significant association with relation to the families left and type of family left.
The process to increase longevity in Brazil can be evidenced by obituaries of the elderly. The
longevity is a current phenomenon in the country and it is determined by the highest age
reached by the elderly. This process has major predominance in the female gender, being called
by feminism of old age.
Keywords: Longevity; Aging; Demographic Data; Elderly; Metropolitan area of São Paulo;
Obituaries.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................. 10
I PARTE - A METRÓPOLE DE SÃO PAULO E AS NOTAS DE FALECIMENTO ........... 22
1.1. Contextualizando a metrópole de São Paulo ..................................................................... 23
1.2. O que as notas de falecimento acrescentam na leitura demográfica ................................. 39
II PARTE - A LONGEVIDADE ............................................................................................. 48
2.1. Contextualização ............................................................................................................... 49
2.2. A longevidade no Brasil .................................................................................................... 51
2.3. Os diferentes olhares ao longo dos tempos ....................................................................... 54
2.4. Tempo máximo de vida, centenários e longevos .............................................................. 56
2.5. A feminização da velhice .................................................................................................. 59
2.6. Demandas da longevidade ................................................................................................. 62
III PARTE - POTENCIALIDADES NA LONGEVIDADE ................................................... 69
3.1. A velhice e seus aspectos .................................................................................................. 70
ÚLTIMA PARTE - ALGUMAS REFLEXÕES ....................................................................... 80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 87
APÊNDICE .............................................................................................................................. 97
EZA REDORAT - Ontem, aos 99
Catanduva. Filha do sr. Miquel
de d. Rita Maria Redorat, faleciiúva e irmã de d. Alzira Redorat,
xa sobrinhas e sobrinhos. O enrealizado hoje, às 11 horas, no
Nossa Senhora do Carmo naquela
A (Delica) MESSAS BITAR - Aos
Viúva do com. Jorge Bittar, deixa
NA MARTHA DE MELLO - Aos
Viúva do sr. Accindino Fernandes
deixa filhos.
RALDA ROSSINI CALIA - Aos 92
va do sr. Gaspar Calia, deixa fi-
NA YARID ALBUQUERQUE DE
- Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
que de Barros, deixa filhos, nora,
etos e bisneto. A missa de sétimo
elebrada no dia 3, às 19h30, na
maculada Conceição, na Avenida
o Luís Antonio.
A MONTEIRO LIMA - Aos 81
ada com o sr. Álvaro Lima, deixa
A DA SILVA LUNA - Aos 79 anos.
xa filhos.
SEBASTIANA DE CASTRO SIL79 anos. Viúva, não deixa filhos.
Y LINS WANDERLEY - Aos 77
ada com o sr. Marinezio de Lima
y, deixa filhos.
ECIDA MARTINS ANJO - Aos 73
sada com o sr. Osvaldo Ferreira
a filhos.
DE GONÇALVES LOPES - Aos
Casada com o sr. Luiz Lopes, dei-
ALICE MASSETI - Aos 69 anos.
om o sr. Vicenzo Masseti, deixa
ALINA APARECIDA SILVA DOS
- Aos 67 anos. Viúva do sr.
Manoel dos Santos, deixa filhos.
IS DE ALMEIDA - Aos 89 anos.
om d. Maria de Jesus, deixa filhos.
COSTENARO - Aos 74 anos. Viúdois filhos.
MARIA CLARET DE LIMA - Aos
Deixa uma filha.
O ORESTE DE FELICE - Aos 64
xa mulher, filha, neta e irmãos.
A MACUL GATTÁS - Aos 85 anos.
sr. Hafed Gattás, deixa os filhos
ina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera
xa ainda genro, noras e netos. No
mingo), às 11 horas, na Igreja
ana do Jardim das Oliveiras, na
Jaú, 752, será realizado culto em
raças.
O ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo
a Piovan Arnesi, deixa filhos.
DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83
Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza
Oliveira, deixa filhos e netos. O
alizou-se ontem, no cemitério lo-
ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos.
sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos,
o e irmãos. O enterro será realinhã, às 10 horas, no Cemitério
o Butantã.
O DOS SANTOS - Aos 91 anos.
d. Holandina (Neca) O. dos Sanfilhos, noras e netos. O enterro
ado hoje, às 10 horas, no Cemiorumbi.
ONÇALVES - Aos 95 anos. ViúAdriano de Magalhães e Sousa,
A SABA BUCALEM – Aos 95
va do sr. Miguel Bucalem, deixa
AELA MARQUES BARGE - Aos
Viúva do sr. Caetano Marques
xa filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
dos Santos, deixa filhos.
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos 89 anos. Casado com d. Maria de Jesus, deixa filhos.
BRUNO COSTENARO - Aos 74 anos. Viúva, deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE LIMA - Aos 70
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELICE - Aos 64 anos.
Deixa mulher, filha, neta e irmãos.
D. SALUA MACUL GATTÁS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Hafed Gattás, deixa os filhos Omar, Regina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera Lúcia. Deixa
ainda genro, noras e netos. No dia 6 (domingo),
às 11 horas, na Igreja Presbiteriana do Jardim das
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, será realizado
culto em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo de d.
Adélia Piovan Arnesi, deixa filhos.
NELSON DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83 anos,
em Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza de Salles
Oliveira, deixa filhos e netos. O enterro realizouse ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos. Viúva do sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos, nora, genro
e irmãos. O enterro será realizado amanhã, às 10
horas, no Cemitério Israelita do Butantã.
EDUARDO DOS SANTOS - Aos 91 anos. Viúvo
de d. Holandina (Neca) O. dos Santos, deixa filhos, noras e netos. O enterro será realizado hoje,
às 10 horas, no Cemitério do Morumbi.
D. ANA GONÇALVES - Aos 95 anos. Viúva do sr.
Adriano de Magalhães e Sousa, deixa filha.
D. ELVIRA SABA BUCALEM – Aos 95 anos. Viúva do sr. Miguel Bucalem, deixa filhos.
D. RAPHAELA MARQUES BARGE - Aos 92
anos. Viúva do sr. Caetano Marques Barge, deixa
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
Apresentação
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos
do com d. Maria de Jesus, deixa
BRUNO COSTENARO - Aos
deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELIC
Deixa mulher, filha, neta e irmão
D. SALUA MACUL GATTÁS - A
va do sr. Hafed Gattás, deixa os
gina, Sonia, Nelson, Cláudio e V
ainda genro, noras e netos. No
às 11 horas, na Igreja Presbiteria
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, s
to em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 a
Adélia Piovan Arnesi, deixa filho
NELSON DE SALLES OLIVEIR
em Brasília. Viúvo de d. Ineida
Oliveira, deixa filhos e netos. O
se ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, a
va do sr. Lejbus Zalcman, deixa
ro e irmãos. O enterro será realiz
10 horas, no Cemitério Israelita d
EDUARDO DOS SANTOS - Ao
de d. Holandina (Neca) O. dos
lhos, noras e netos. O enterro ser
às 10 horas, no Cemitério do Mo
D. ANA GONÇALVES - Aos 95
sr. Adriano de Magalhães e Sou
D. ELVIRA SABA BUCALEM
Viúva do sr. Miguel Bucalem, de
D. RAPHAELA MARQUES BA
anos. Viúva do sr. Caetano Marq
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAU
83 anos. Deixa fllhos. O enterro
tem mesmo, à tarde, no Cemité
Horto da Paz, em Itapecerica da
D. ESCOLASTICA BRAGATO
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mar
D. MARIA ALICE ZAVITOSCK
COSTA - Aos 77 anos. Casada
Mariano da Costa, não deixa filh
D. JUDITH BARTHOLMEU A
anos. Viúva do sr. Diomedes Alv
D. APPARECIDA NICOLINI MA
anos. Casada com o sr. Pascoa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 8
com d. Tereza de Jesus Bernacc
filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 an
d. Benedita Tracanella Delfino, d
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZ
Viúvo de d. Julieta Della Santa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viú
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 an
d. Antonia Mendes Gomes, deix
ABENICIO JOSÉ DOS SANTO
Casado com d. Maria Lourdes S
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA
Casado com d. Erna Vieira da S
D. THEREZA REDORAT - Onte
em Catanduva. Filha do sr. Miqu
d. Rita Maria Redorat, falecidos,
de d. Alzira Redorat, viúva. De
sobrinhos. O enterro será realiz
horas, no Cemitério Nossa Senho
quela cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS
anos. Viúva do com. Jorge Bitta
D. JORGINA MARTHA DE M
anos. Viúva do sr. Accindino Fern
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CAL
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa
D. HELENA YARID ALBUQUE
ROS - Aos 85 anos. Viúva
Albuquerque de Barros, deixa f
ros, netos e bisneto. A missa de
celebrada no dia 3, às 19h3
lmaculada Conceição, na Avenid
Antonio.
11
APRESENTAÇÃO
A
reflexão sobre o motivo de minhas escolhas ao longo da vida reflete
diretamente na exteriorização de muitas coisas que até então estavam
ocultas. Acontecimentos que nunca expressei verbalmente ou por
escrito, como faço agora. A ocorrência desses fatos que me marcaram e delinearam o
meu perfil pessoal e profissional faz parte da minha história de vida.
Meu pai veio de uma família de 13 filhos. E minha mãe veio de uma
família de sete filhos. Os dois tiveram somente dois filhos, minha irmã e eu, o que
me intrigava muito. Também me chamava a atenção meus avôs terem morrido bem
antes de minhas avós. Vivia-se o que hoje se chama de transição demográfica.
O meu contato com a velhice começou ainda na infância, nas relações
que estabelecia com minhas avós. Aproveitei muito pouco o relacionamento com
elas, pois meu pai era um dos filhos mais novos e casou-se numa época em que meus
avós já eram idosos. O mesmo ocorreu com os avós maternos. Esses contatos
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
12
duraram pouco, pois a última avó viva faleceu em 1993, quando eu estava com 13
anos de idade.
O relacionamento com idosos começou a se estreitar novamente ao
cursar fisioterapia. A partir do segundo ano, em 2000, comecei a fazer estágio em
instituição asilar, em Campo Belo, Minas Gerais. A instituição tem origem vicentina.
Os idosos viviam de maneira bem precária. O pouco que nós fazíamos tomava
grandes dimensões, a partir da atenção a eles dispensada. E isso independentemente
de qualquer tratamento feito. Uma “simples” conversa às vezes sanava todos os
problemas.
Ficava explícito, nos diversos atendimentos feitos, que os idosos
relatavam dores somente para provocarem a atenção dos estagiários da fisioterapia.
Queriam alguém para conversar, relatar passagens, momentos da vida e da família.
O saber ouvir torna-se fundamental ao acolhimento do paciente. A
possibilidade de escuta é importante para o profissional de saúde. O diálogo legítimo
entre o profissional de saúde e o paciente é indissociável de um bom atendimento
(AYRES, 2004).
Todos esses acontecimentos foram me aproximando gradativamente
dessa área de conhecimento, a gerontologia. Mas o que é gerontologia? Segundo
Netto (2001, p. 46):
“Um
novo
ramo
do
saber
científico,
denominado
gerontologia, tudo isso evidenciando que o envelhecimento
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
13
humano assumiu o status de fenômeno, com o qual todos
precisam aprender a conviver, estudar e apresentar soluções
para
seus
aspectos
problemáticos
atuais
e
futuros,
envolvendo especialistas, governos e a população em geral,
na medida em que suas repercussões são amplas e
significativas”.
Procurei me aprofundar academicamente, fazendo pós-graduação. A
partir do mestrado na PUC-SP obtive o embasamento teórico necessário para ver
confirmados muitos questionamentos que fazia desde a infância. Por exemplo, meus
pais terem vindo de famílias com número grande de filhos, e sermos apenas dois
irmãos. Essa questão se explica pela queda da fecundidade, que é um fenômeno
mundial. E o fato de meus avôs terem morrido antes de minhas avós, que se
explicava pela feminização da velhice.
Os contatos que mantive com a velhice, no exercício da profissão de
fisioterapeuta, também me chamavam a atenção para realidades diversas. As pessoas
atingiam tempo maior de vida, e por isso demandavam mais atenção. Nos serviços de
saúde, entre eles a fisioterapia, o número de velhos1, em geral, era mais alto. Esses
fatores, no âmbito profissional, foram esclarecidos pela leitura de artigos científicos
durante o mestrado.
1
Cf. Beauvoir (1990), que denomina velhos as pessoas de 65 anos em diante. Messy (1993), citado
por Lopes (2000, p. 32), diz: “(...) prefiro usar o termo velhos, pois relembra que todos somos sempre
o velho de alguém e que o velho é o outro”.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
14
Como aluno do mestrado ingressei em um grupo de pesquisa certificado
pelo CNPq, denominado LEC – “Longevidade, Envelhecimento e Comunicação” 2.
Nesse grupo tive acesso aos recortes de notas de falecimento, também
uma forma de se retratar o envelhecimento da população. Nas diversas reuniões das
quais participei surgiu a idéia de focar a dissertação no estudo demográfico dessas
notas de falecimento, o que explica a aproximação do material de estudo deste
trabalho.
O processo do aumento da longevidade no Brasil pode ser evidenciado
pelas notas de falecimento de idosos. A longevidade é determinada pelos anos
alcançados pelos idosos, estabelecidos à coorte3, sendo que esses dados enfatizam
um fenômeno atual no país.
De acordo com Côrte (2005, p. 253):
“[...] se olharmos os classificados de jornais brasileiros, por
exemplo, em relação a óbitos, veremos que grande parte
ultrapassa os 90 anos [...].
2
O LEC está inserido no Programa de Estudos Pós-Graduados em Gerontologia da PUC-SP, e teve
seu início em 2002, coordenado por Beltrina Côrte, docente do programa. Tem por objetivo o estudo
de como a mídia (jornais, rádios e tevês) trata o envelhecimento. É formado por 12 pesquisadores de
áreas disciplinares distintas: Letras, Psicopedagogia, Pedagogia, Psicologia, Jornalismo, Fisioterapia,
Serviço Social, Terapia Ocupacional, Nutrição e Economia. Desses, seis são mestres em Gerontologia
(PUC-SP); dois doutores: um em Ciências da Comunicação (USP) e outro em Educação-Currículo
(PUC-SP); dois doutorandos: Ciências aplicadas à Pediatria (UNIFESP) e Ciências Sociais (PUC-SP);
um estudante de Economia (PUC-SP), segundo Côrte (2006).
3
Coorte é um tipo de estudo observacional da exposição dos sujeitos a determinados fenômenos num
período de tempo determinado (ESTUDOS DE COORTES, 2005).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
15
A análise de dados na qual se estabelece uma coorte e registram-se as
mortes ocorridas dentro dela, denomina-se “tabelas de vida”. O ponto final das
tabelas de vida é a morte e não o envelhecimento. Os dados de morte na coorte
monitorada, durante determinado tempo, resultam, segundo Hayflick (1997), de
aumento da vulnerabilidade, ou seja, pessoas vivendo mais, marca do
envelhecimento. Isso fundamenta a escolha de notas de falecimento para se mensurar
longevidade.
Outros aspectos inerentes ao idoso, como a cidadania e as questões de
políticas públicas, também sempre chamaram a atenção. A multidisciplinaridade
proposta pelo mestrado em gerontologia da PUC-SP resultou no conhecimento da
função de cada profissional que atua com esse segmento.
A esse respeito, Véras (2004, p. 123) assinala:
“Talvez o esforço de cada um seja a chave da formação de
profissionais para equipes multidisciplinares. O sociólogo, o
médico, o psicólogo, o fisioterapeuta: o que cada um pode
dar para que se tenha a clareza de lutar pela cidadania”.
O que leva Côrte (2005, p. 243) a assinalar:
“A longevidade e o envelhecimento populacional devem ser
objetos de novas propostas profissionais, de novos
investimentos sociais e de uma nova postura da sociedade,
pois traça o perfil de uma realidade complexa que precisa
ser pesquisada, estudada e divulgada [...]”.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
16
Trabalhos científicos que enfocam a longevidade e o envelhecimento se
tornam necessários, pois para a prática das leis existentes e para a melhoria dos
serviços de saúde, é imprescindível frisar a magnitude da ocorrência do fato, para
que projetos para idosos saiam do papel e tornem-se realidade.
Quaresma (2004, p. 4) enfatiza:
“Os trabalhos desenvolvidos na segunda metade do século
XX, em especial a partir dos anos 60, procuram identificar,
apreender, as alterações no ciclo de vida conseqüentes ao
substancial alongamento desta e ao reposicionamento das
diferentes fases do seu percurso”.
O aumento da longevidade na metrópole de São Paulo retrata um
acontecimento que ocorre em todo o Brasil. Precisa-se entender melhor esse processo
para nós, os idosos de amanhã, vivamos em um país mais preparado, no qual as leis
existentes sejam praticadas.
Os aspectos que permeiam a temática da longevidade é a feminização da
velhice, sua vivência nos mais diversos tempos, os diferentes conceitos relacionados
e suas demandas específicas. Esses assuntos serão delineados neste trabalho. Pelo
fato dos mais diversos estudos contemplarem as doenças que comumente afetam os
idosos, aqui não se pretende discorrer sobre a sua anatomia e fisiopatologia, mas a
ocorrência das mesmas.
O conhecimento da situação da longevidade direcionando para o caso
específico da metrópole de São Paulo é importante para contextualizar as temáticas
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
17
abordadas, propondo a implantação de políticas públicas direcionadas para a
população idosa. E para isso o fator socioeconômico, moradia e índices de violência
devem ser investigados em estudos futuros (MEDEIROS e CASTRO, 2004).
Os idosos na metrópole de São Paulo se vêem diante de situações de
verdadeiro despreparo da cidade para acolhê-los. Em conseqüência da notória
existência de barreiras arquitetônicas, precariedade do transporte público e violência
moral ou física sofridas.
Este trabalho pretende contribuir, mesmo modestamente, dentro das
possibilidades de uma pesquisa acadêmica ao entendimento do aumento da
longevidade vivida nestes tempos e todas as suas conseqüências. O material do banco
de dados, notas de falecimento do Jornal da Tarde, é farto.
Tornou-se objetivo pesquisar a longevidade na metrópole de São Paulo,
identificando os aspectos demográficos contidos nas notas de falecimento do Jornal
da Tarde, em um período de três meses consecutivos (junho, julho e agosto) em 2004
e em 2005; analisou-se a prevalência do sexo, estado civil, média de idade ao morrer,
freqüência de centenários4, o fato de o falecido ter deixado familiares e familiares
deixados.
O banco de dados foi criado para obter mais informação como: editorial,
ou seja, o local do qual a nota foi retirada do jornal (polícia/segurança,
economia/finanças, cidade, cotidiano); referência de religião na nota (sim/não); tipo
de referência (missa de sétimo dia, NSA – não se aplica); referência a cemitério
4
Pessoas com 100 anos ou mais.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
18
(sim/não); referência de crematório (sim/não); quem anunciou (familiares, vizinhos,
funcionários, NSA – não se aplica); presença de biografia (sim/não); nacionalidade
do idoso falecido (brasileira, estrangeira, indeterminada); naturalidade do idoso
falecido (São Paulo, indeterminada); ocupação (advogado, religioso, político,
comerciante, indeterminada); se o idoso falecido era pessoa comum ou pessoa
pública (pessoa comum, pessoa pública, indeterminado); local onde ocorreu o
falecimento do idoso (casa, hospital, instituição de longa permanência, rua,
indeterminado).
Como esses dados, em sua maioria, tiveram como resposta “não se
aplica” ou “indeterminado”, resolveu-se retirá-los.
Optou-se, então, pela quantificação dos falecimentos de idosos
levantados durante os seis meses não consecutivos de estudo, criando e alimentando
o banco de dados a partir do software SPSS (Statistical Package for the Social
Sciences).
Utilizou-se o SPSS (versão 11.0) para tratamento estatístico dos dados,
pois se trabalhou com perguntas fechadas, por meio de um questionário, elaboradas a
partir dos próprios recortes de notas de falecimento (APÊNDICE).
O SPSS é um programa de computador utilizado para executar análises
estatísticas, manipular dados e gerar tabelas e gráficos, a partir dos dados da
pesquisa. Esse programa tem sido utilizado pelos centros de pesquisas com o
objetivo de auxiliar as análises estatísticas dos dados (WAGNER, 2004).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
19
Optou-se por tal procedimento porque a informática é usada em
grande escala para tratamento de dados estatísticos de diversas pesquisas
(BISQUERRA, 2004).
A análise dos dados iniciou desde a coleta dos textos e sua primeira
organização, pois à medida que se recortaram as notas de falecimento já se obtinha a
percepção do fenômeno, e isso se deixa guiar pelas especificidades do material
selecionado, começando pelo instrumental elaborado pelo pesquisador para
classificar conteúdos. Foram analisados 665 recortes de notas de falecimento de
idosos: 288 recortes de notas de falecimento do ano de 2004 e 377 do ano de 2005,
nos respectivos meses de junho, julho e agosto. Admite-se, tradicionalmente, no
processo de clipagem, erro de até 10% na coleta das matérias.
Dos meios de comunicação, foram escolhidas as páginas do Jornal da
Tarde como fonte de pesquisa e análise, especialmente pela expressividade local e
grande circulação. O Jornal da Tarde é jornal da cidade, e as notas de falecimento são
de pessoas que viveram na metrópole de São Paulo.
A opção por um jornal diário da grande metrópole de São Paulo ocorreu
pela grande quantidade de idosos nela concentrados, é a cidade lugar de expressão da
discursividade e facilidade de acesso a esse veículo por parte do pesquisador, como
membro do grupo de pesquisa LEC.
O período de seis meses (não consecutivos nos anos de 2004-2005) foi
determinado por causa da existência de um número significativo de falecimentos,
principalmente porque, nesses respectivos anos, o tema envelhecimento teve grande
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
20
destaque na mídia pelos seguintes acontecimentos: o Ano Internacional do Idoso; os
idosos foram tema central da Campanha da Fraternidade; entrou em vigor o Estatuto
do Idoso (1° de janeiro de 2004) e foi aprovado o Conselho Nacional de Direitos do
Idoso. Portanto, interessou-se conhecer a grandiosidade do fenômeno.
Inicialmente, as análises estatísticas das variáveis foram estudadas na
estatística descritiva, por meio do cálculo de média, desvio padrão e freqüências.
Para avaliar a diferença estatística entre as idades utilizou-se o teste estatístico T de
Student.
Os falecimentos de idosos, segundo faixas etárias, foram avaliados por
meio do teste Qui-Quadrado de tendência (Cochran Armitage), quando a tabela de
contingência pôde ser resumida em duas categorias e, por meio do Teste Exato de
Fisher quando não foi possível. A associação das variáveis ao sexo, exceto idade, foi
realizada pelos testes de Qui-Quadrado de Pearson ou Exato de Fisher, quando uma
das freqüências apresentadas fosse inferior a 25% do valor esperado. O nível de
significância foi assumido em 5%.
Os resultados obtidos encontram-se nas três partes deste trabalho. A
primeira parte – A metrópole de São Paulo e as notas de falecimento – apresenta dois
subitens: “Contextualizando a metrópole de São Paulo”, retrata a situação atual da
metrópole e as condições de vida, e o outro: “O que as notas de falecimento
acrescentam na leitura demográfica”, mostra como essas notas contribuem para a
verificação da maior longevidade dos idosos.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
21
Na segunda parte – A Longevidade – há seis subitens. O primeiro –
“Contextualização” – retrata a situação da longevidade na metrópole e os aspectos do
idoso nela inserido; no segundo – “A longevidade no Brasil” – estuda-se o fenômeno
relativamente novo no Brasil, país que até pouco tempo era considerado país de
jovens. Agora se vê em um processo de envelhecimento rápido da sua população. O
terceiro – “Os diferentes olhares ao longo dos tempos” – descreve as formas de
vivência da longevidade e como foi vista nos mais diversos tempos e lugares. O
quarto – “Tempo máximo de vida, centenários e longevos” – ressalta a diferença
entre esses conceitos narrados por estudiosos e a situação vivenciada pelos idosos
nas respectivas fases. O quinto – “A feminização da velhice” – descreve a narrativa
do fenômeno do envelhecimento das mulheres, que é maior em anos em relação aos
homens. O sexto – “Demandas da Longevidade” - discorre sobre tudo o que precisa
ser melhorado, em conseqüência a novas demandas dos mais diversos serviços para
essa população envelhecida.
Na terceira parte – Potencialidades na longevidade – há o subitem “a
velhice e seus aspectos”. Interroga-se o que o envelhecimento traz como aspectos
positivos, em contraposição ao envelhecimento visto somente como fase de perdas e
declínios. Como as demais etapas da vida, a velhice também é época de
potencialidades.
Na última parte – Algumas reflexões – faz-se abordagem reflexiva sobre
a morte como necessidade para os seres humanos. E que a longevidade vem
juntamente com novas vivências e experiências. Também se retrata a vivência do
envelhecimento na metrópole de São Paulo.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
EZA REDORAT - Ontem, aos 99
Catanduva. Filha do sr. Miquel
de d. Rita Maria Redorat, faleciiúva e irmã de d. Alzira Redorat,
xa sobrinhas e sobrinhos. O enrealizado hoje, às 11 horas, no
Nossa Senhora do Carmo naquela
A (Delica) MESSAS BITAR - Aos
Viúva do com. Jorge Bittar, deixa
NA MARTHA DE MELLO - Aos
Viúva do sr. Accindino Fernandes
deixa filhos.
RALDA ROSSINI CALIA - Aos 92
va do sr. Gaspar Calia, deixa fi-
NA YARID ALBUQUERQUE DE
- Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
que de Barros, deixa filhos, nora,
etos e bisneto. A missa de sétimo
elebrada no dia 3, às 19h30, na
maculada Conceição, na Avenida
o Luís Antonio.
A MONTEIRO LIMA - Aos 81
ada com o sr. Álvaro Lima, deixa
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
dos Santos, deixa filhos.
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos 89 anos. Casado com d. Maria de Jesus, deixa filhos.
BRUNO COSTENARO - Aos 74 anos. Viúva, deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE LIMA - Aos 70
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELICE - Aos 64 anos.
Deixa mulher, filha, neta e irmãos.
D. SALUA MACUL GATTÁS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Hafed Gattás, deixa os filhos Omar, Regina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera Lúcia. Deixa
ainda genro, noras e netos. No dia 6 (domingo),
às 11 horas, na Igreja Presbiteriana do Jardim das
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, será realizado
culto em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo de d.
Adélia Piovan Arnesi, deixa filhos.
NELSON DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83 anos,
em Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza de Salles
Oliveira, deixa filhos e netos. O enterro realizouse ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos. Viúva do sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos, nora, genro
e irmãos. O enterro será realizado amanhã, às 10
horas, no Cemitério Israelita do Butantã.
EDUARDO DOS SANTOS - Aos 91 anos. Viúvo
de d. Holandina (Neca) O. dos Santos, deixa filhos, noras e netos. O enterro será realizado hoje,
às 10 horas, no Cemitério do Morumbi.
D. ANA GONÇALVES - Aos 95 anos. Viúva do sr.
Adriano de Magalhães e Sousa, deixa filha.
D. ELVIRA SABA BUCALEM – Aos 95 anos. Viúva do sr. Miguel Bucalem, deixa filhos.
D. RAPHAELA MARQUES BARGE - Aos 92
anos. Viúva do sr. Caetano Marques Barge, deixa
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos
do com d. Maria de Jesus, deixa
BRUNO COSTENARO - Aos
deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELIC
Deixa mulher, filha, neta e irmão
D. SALUA MACUL GATTÁS - A
va do sr. Hafed Gattás, deixa os
gina, Sonia, Nelson, Cláudio e V
ainda genro, noras e netos. No
às 11 horas, na Igreja Presbiteria
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, s
to em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 a
Adélia Piovan Arnesi, deixa filho
NELSON DE SALLES OLIVEIR
em Brasília. Viúvo de d. Ineida
Oliveira, deixa filhos e netos. O
se ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, a
va do sr. Lejbus Zalcman, deixa
ro e irmãos. O enterro será realiz
10 horas, no Cemitério Israelita d
EDUARDO DOS SANTOS - Ao
de d. Holandina (Neca) O. dos
lhos, noras e netos. O enterro ser
às 10 horas, no Cemitério do Mo
D. ANA GONÇALVES - Aos 95
sr. Adriano de Magalhães e Sou
D. ELVIRA SABA BUCALEM
Viúva do sr. Miguel Bucalem, de
D. RAPHAELA MARQUES BA
anos. Viúva do sr. Caetano Marq
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAU
83 anos. Deixa fllhos. O enterro
tem mesmo, à tarde, no Cemité
Horto da Paz, em Itapecerica da
D. ESCOLASTICA BRAGATO
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mar
D. MARIA ALICE ZAVITOSCK
COSTA - Aos 77 anos. Casada
Mariano da Costa, não deixa filh
D. JUDITH BARTHOLMEU A
anos. Viúva do sr. Diomedes Alv
D. APPARECIDA NICOLINI MA
anos. Casada com o sr. Pascoa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 8
com d. Tereza de Jesus Bernacc
filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 an
d. Benedita Tracanella Delfino, d
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZ
Viúvo de d. Julieta Della Santa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viú
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 an
d. Antonia Mendes Gomes, deix
ABENICIO JOSÉ DOS SANTO
Casado com d. Maria Lourdes S
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA
Casado com d. Erna Vieira da S
D. THEREZA REDORAT - Onte
em Catanduva. Filha do sr. Miqu
d. Rita Maria Redorat, falecidos,
de d. Alzira Redorat, viúva. De
sobrinhos. O enterro será realiz
horas, no Cemitério Nossa Senho
quela cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS
anos. Viúva do com. Jorge Bitta
D. JORGINA MARTHA DE M
anos. Viúva do sr. Accindino Fern
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CAL
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa
D. HELENA YARID ALBUQUE
ROS - Aos 85 anos. Viúva
Albuquerque de Barros, deixa f
ros, netos e bisneto. A missa de
celebrada no dia 3, às 19h3
lmaculada Conceição, na Avenid
Antonio.
I Parte - A Metrópole de São Paulo
e as Notas de Falecimento
A DA SILVA LUNA - Aos 79 anos.
xa filhos.
SEBASTIANA DE CASTRO SIL79 anos. Viúva, não deixa filhos.
Y LINS WANDERLEY - Aos 77
ada com o sr. Marinezio de Lima
y, deixa filhos.
ECIDA MARTINS ANJO - Aos 73
sada com o sr. Osvaldo Ferreira
a filhos.
DE GONÇALVES LOPES - Aos
Casada com o sr. Luiz Lopes, dei-
ALICE MASSETI - Aos 69 anos.
om o sr. Vicenzo Masseti, deixa
ALINA APARECIDA SILVA DOS
- Aos 67 anos. Viúva do sr.
Manoel dos Santos, deixa filhos.
IS DE ALMEIDA - Aos 89 anos.
om d. Maria de Jesus, deixa filhos.
COSTENARO - Aos 74 anos. Viúdois filhos.
MARIA CLARET DE LIMA - Aos
Deixa uma filha.
O ORESTE DE FELICE - Aos 64
xa mulher, filha, neta e irmãos.
A MACUL GATTÁS - Aos 85 anos.
sr. Hafed Gattás, deixa os filhos
ina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera
xa ainda genro, noras e netos. No
mingo), às 11 horas, na Igreja
ana do Jardim das Oliveiras, na
Jaú, 752, será realizado culto em
raças.
O ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo
a Piovan Arnesi, deixa filhos.
DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83
Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza
Oliveira, deixa filhos e netos. O
alizou-se ontem, no cemitério lo-
ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos.
sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos,
o e irmãos. O enterro será realinhã, às 10 horas, no Cemitério
o Butantã.
O DOS SANTOS - Aos 91 anos.
d. Holandina (Neca) O. dos Sanfilhos, noras e netos. O enterro
ado hoje, às 10 horas, no Cemiorumbi.
ONÇALVES - Aos 95 anos. ViúAdriano de Magalhães e Sousa,
A SABA BUCALEM – Aos 95
va do sr. Miguel Bucalem, deixa
AELA MARQUES BARGE - Aos
Viúva do sr. Caetano Marques
xa filhos.
23
I PARTE: A METRÓPOLE DE SÃO PAULO E
AS NOTAS DE FALECIMENTO
1.1.
Contextualizando a metrópole de São Paulo
A
s notas de falecimento cruzam discursos, vivências, corpos e múltiplas
histórias experienciadas na metrópole. Como já demonstrou Ítalo
Calvino (1990), a cidade reflete construções imaginárias, fabulações e
falas que nela circulam. E a partir dela são elaboradas, como esta que se tenta narrar
a partir de dados brutos, fragmentos.
A morte, ou como assinala Morin (1997), “a ferida irreparável do
homem”, sempre exigiu o território fixo. A origem da cidade se encontra no respeito
do homem pelos seus mortos (MUNFORD, 1998). Segundo o mesmo autor:
“Em meio às mudanças inquietas do homem paleolítico, os
mortos foram os primeiros a ter uma morada permanente:
uma caverna, uma cova assinalada por um monte de pedras,
um túmulo coletivo. Constituíam marcos aos quais
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
24
provavelmente retornavam os vivos, a intervalos, a fim de
comungar com os espíritos ancestrais ou de aplacá-los [...].
A cidade dos mortos antecede a cidade dos vivos”
(1998, p. 13).
Em um tempo que nega a morte, lê-la em um jornal – na maioria dos
textos associada à saudade e entendida como tristeza do familiar que fica -, é também
compartilhar a perda e aplacar os espíritos ancestrais que podem estar
imaginariamente nas notas de falecimento.
Para melhor compreensão sobre a “cidade dos mortos”, eis a seguir o
retrato do que vem a ser a “cidade dos vivos”, a metrópole de São Paulo.
A metrópole de São Paulo5 possui 39 municípios e 17 milhões de
habitantes. Por causa do fato de cada município ter sua prefeitura e não se ter
mecanismo de gestão metropolitana torna-se difícil gerir políticas públicas. Todas as
questões de precariedade na habitação, transporte e saúde, por exemplo, atingem não
somente os idosos, mas adultos e jovens (VÉRAS, 2004).
A desigualdade social instalada na metrópole é observada na existência
de edifícios modernos e inteligentes, habitados por executivos na região Sudoeste da
cidade, como a avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini (Brooklin), bairro de classe
média. Nas regiões centrais há cenário de bastante pobreza, que se alastra nas mais
diversas áreas da metrópole, com a presença de favelas (VÉRAS, 2004).
5
Utiliza-se o termo metrópole como sede de uma região.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
25
Segundo Véras (2000, p. 21):
“Uma das características marcantes da cidade global é a
presença
de
imensos
contrastes.
Embora
aparente
concentração de poder e riqueza, ela não é o espaço de
fartura e prosperidade. Ao contrário, há sempre novas
manifestações de pobreza e formas cruéis de exclusão social,
sugerindo
a
segmentação
idéia
de
urbana)
dualização
–
uma
(fragmentação
cidade
com
e
‘dupla
velocidade’”.
A metrópole de São Paulo é conhecida como região que oferece aos seus
moradores bom acesso à saúde, educação e compras. É importante ser estudada a
partir da longevidade de sua população (MEDEIROS E CASTRO, 2004).
Entretanto, o estudo é uma das maneiras de se investigar o quanto os
idosos paulistanos estão vivendo mais. A partir desse ponto, dirimir investigações e
propor mudanças no cenário do envelhecimento.
Segundo Medeiros e Castro (2004), a longevidade na metrópole de São
Paulo é maior entre as mulheres, ou seja, segue os dados nacionais. Os idosos estão
em maior número nas regiões centrais da metrópole. Em relação ao fator
socioeconômico, os idosos de renda mais alta estão localizados em maior
porcentagem também nessa região. Nas regiões periféricas os idosos são em menor
número e, de modo geral, possuem renda mais baixa.
Sugahara (2005) assinala que 50% dos idosos brasileiros têm renda
pessoal menor ou igual a um salário mínimo. O gasto mensal com medicamentos
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
26
compromete um quarto da renda (23%) da metade da população idosa do país. O que
é importante frisar, para o estabelecimento de políticas públicas que facilitem o
acesso do idoso ao medicamento.
Na Figura 1 está ilustrada a distribuição de idosos na metrópole de São
Paulo em salários mínimos. Verifica-se que os idosos residentes nas regiões centrais
ganham de 6 a 35 salários mínimos, e nas regiões periféricas valor inferior a 2,27
salários mínimos (MEDEIROS E CASTRO, 2004).
F R AN C ISC O MOR ATO
SAN TA ISAB EL
F R AN C O D A R OC H A
MAIR IPOR A
C AJAMAR
PIR APOR A D O B OM JESU S
C AIEIR AS
AR U JA
GU AR U L H OS
PER U S
AN H AN GU ER A
JAR AGU A
SAN TAN A D O PAR N AIB A
TR EMEMB E
TU C U R U VI
PIR ITU B A
L IMAO SAN TAN A
B AR U ER I
C AR APIC U IB A
IPIR AN GA
SAU D E
C AMPO B EL O
SAN TO AMAR O
TAB OAO D A SER R A
EMB U
ITAIM PAU L ISTA
PEN H A
POA
B OM R ETIR O
ITAQU ER A
TATU APE
B R AS
AL TO D E PIN H EIR OS
F ER R AZ D E VASC ON C EL OS
MOOC A
B U TAN TA
PAR QU E D O C AR MO
MOR U MB I
VAR GEM GR AN D E PAU L ISTA
JAR D IM H EL EN A
C AN GAIB A
L APA
OSASC O
ITAPEVI
GU AR AR EMA
ITAQU AQU EC ETU B A
C AC H OEIR IN H A
SAPOPEMB A
SAO C AETAN O
IGU ATEMI
MOGI D AS C R U Z ES
SAL ESOPOL IS
SU Z AN O
SAO R AF AEL
B IR ITIB A MIR IM
MAU A
C OTIA
JAR D IM SAO L U IS
D IAD EMA
JAR D IM AN GEL A
ITAPEC ER IC A D A SER R A
R IB EIR AO PIR ES
SAN TO AN D R E
GR AJAU
SAO B ER N AR D O
PAR EL H EIR OS
SAO L OU R EN C O D A SER R A
Renda dos Idosos (Salários mínimos)
0.00
2.27
2.88
3.90
6.00
MAR SIL AC
JU QU ITIB A
to 2.27
to 2.88
to 3.90
to 6.00
to 35.00
0
4
8
12
Miles
Figura 1 – Renda dos idosos (salários mínimos) na Região
Metropolitana de São Paulo (RMSP).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
27
De acordo com dados do censo de 2000, na região metropolitana de São
Paulo havia 1.446.662 idosos, e desses 67% estavam na capital. Na metrópole de São
Paulo, os idosos estão concentrados nos bairros Jardim Paulista, Lapa, Mooca,
Consolação e Pinheiros (MEDEIROS E CASTRO, 2004).
Camarano (2006) ressalta que nas áreas urbanas há maior predomínio das
mulheres, em decorrência do processo migratório rural. Já no meio rural predominam
os homens, o que pode resultar em isolamento e abandono.
O fato de a maioria dos idosos da metrópole estar na região central não
significa que todos moram bem, pois nela há muitos idosos em situação de miséria.
A esse respeito, Véras (2004, p. 121) assinala:
“Eu via muitos indivíduos sozinhos, morando sós em cortiços
nas regiões centrais; então, estar nessa região central não
quer dizer que eles morem bem [...]”.
Pelo fato de a grande maioria dos idosos da metrópole estar em regiões
centrais, com melhores condições e acesso a serviços e equipamentos, observa-se que
a grande massa da pobreza não tem muita chance de envelhecer, conforme Véras
(2004) enfatiza.
Na metrópole de São Paulo os edifícios das regiões centrais confirmam
os dizeres de James Hillman, comentado por Véras (2004, p. 123):
“Não são suficientes prédios majestosos, monumentos, nem
praças bonitas, se você não cuidar das desigualdades das
pessoas e da alma das pessoas: você cria novos bárbaros”.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
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28
A metrópole de São Paulo também se caracteriza pela movimentação
constante de pessoas6. Pessoas indo e vindo de diversos locais, diversos Estados
(Norte e Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil), os migrantes. Ou mesmo de um bairro
para outro, vários carros e fluxo intenso de pessoas que por diversos motivos
(trabalho, lazer ou outra atividade) transitam nela. E os idosos migrantes estão
localizados em maior proporção nas regiões de Francisco Morato, Barueri, Jandira,
Itapevi, Carapicuíba, Taboão da Serra, Embu, Mauá, Poá, Diadema, Osasco, Suzano,
Guarulhos e Itaquaquecetuba. Isso pode ser observado na Figura 2.
FRANCISCO MORATO
SANTA ISABEL
FRANCO DA ROCHA
MAIRIPORA
CAJAMAR
PIRAPORA DO BOM JESUS
CAIEIRAS
ARUJA
GUARULHOS
PERUS
TREMEMBE
GUARAREMA
ANHANGUERA
SANTANA DO PARNAIBA
ITAPEVI
VARGEM GRANDE PAULISTA
COTIA
JARAGUABRASILANDIA
ITAQUAQUECETUBA
JACANA
MANDAQUI
TUCURUVI
JARDIM HELENA
PIRITUBA
VILA MEDEIROS
7329
SAO DOMINGOS
CANGAIBA
8817
LIMAO SANTANA
ITAIM PAULISTA
BARUERI
7453
VILA MARIA
JAGUARA
9696
PENHA
LAPA 2327BOM RETIRO
POA
OSASCO
4513
ITAQUERALAJEADO
TATUAPEVILA MATILDE
JANDIRA
PERDIZES
BRAS
6432
CARAPICUIBA
ALTO DE PINHEIROS
10737
CARRAO
FERRAZ DE VASCONCELOS
MOOCA
CIDADE LIDER
12852
12223
17164 9076
9272 BUTANTA
10269
PARQUE DO CARMO
6311
21312
IPIRANGA SAO LUCAS
RAPOSO TAVARES MORUMBI MOEMA
SAPOPEMBA
IGUATEMI
SUZANO
SAUDE
TABOAO DA SERRA
SAO RAFAEL
2974
SAO CAETANO
CAMPO BELO
CURSINO
CAMPO LIMPO
SANTO AMARO
21952
EMBU
MAUA
CAPAO REDONDO
9241 16261
JARDIM SAO LUIS
SALESOPOLIS
BIRITIBA MIRIM
RIBEIRAO PIRES
DIADEMA
PEDREIRA
JARDIM ANGELA
MOGI DAS CRUZES
CIDADE DUTRA
1992
ITAPECERICA DA SERRA
SANTO ANDRE
GRAJAU
SAO BERNARDO
PARELHEIROS
SAO LOURENCO DA SERRA EMBU-GUACU
Idosos
43.00
to
i
64.20 to
MARSILAC
JUQUITIBA
0
(%)
76.70 to
82.30 to
89.70 to
4
8
Mil
1
Figura 2 – Número de idosos migrantes (%) na Região
Metropolitana de São Paulo (RMSP).
6
Aqui faço um contraponto com minha profissão, fisioterapeuta, que tem por finalidade o estudo e
tratamento pela realização do movimento. A metrópole de São Paulo é uma cidade em que as pessoas
estão em constante movimento.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
29
O número de idosos, na década de 60, sob efeito da industrialização e
políticas desenvolvimentistas, aumentou. Contribuiu o processo migratório da
população. O envelhecimento se tornou predominantemente fenômeno urbano. Esse
fato explica o maior contingente de idosos nos grandes centros urbanos, como
assinalam Gordilho (2000) e Veras (1987).
O número de idosos migrantes é bem maior do que o de não migrantes,
sendo de 77,36% e 44,77%, respectivamente. E, com relação à cor da pele, os idosos
brancos correspondem a 75,25%, o maior contingente de idosos, segundo Medeiros e
Castro (2004). O dado pode ser confirmado no Gráfico 1.
As mulheres idosas negras têm menores chances de se casar. Quando se
casam, já estão em idade mais elevada. Na velhice as idosas negras têm maiores
chances de experimentar a solidão, pois menores são suas chances de constituir
família. Também por causa da condição socioeconômica dos negros ao longo da vida
(BERQUÓ, 1992).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
30
DISTRIBUIÇÃO DOS IDOSOS PELA COR DA PELE – 2000 RMSP (em %)
80,00
75,29
65,52
70,00
60,00
50,00
40,00
26,98
30,00
15,21
20,00
4,88
10,00
4,88
3,74
1,65
0,20
0,68
0,18
0,79
0,00
Branca
Preta
Amarela
Parda
Idosos
Indigena
Ignorada
RMSP
Gráfico 1 – Distribuição dos idosos pela cor da pele (%) – 2000 – Região
Metropolitana de São Paulo (RMSP).
Várias são as raças, condições socioeconômicas, idades e religiões dos
que constituem o fluxo intenso na metrópole. Variadas também são as informações
visuais notadas quando nela se circula. Véras (2000, p. 24) destaca:
“Tal cidade ‘superexposta’, marcada pela velocidade,
desconhece a unidade. É uma grande rede tecida por pontos
de partida e de chegada, pela qual circulam pessoas,
imagens e informações. A velocidade máxima, padrão de
deslocamento e escola conduta, mina aos poucos a geografia
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
31
e o próprio significado dos lugares, a ponto de atravessar-se
o espaço urbano como se ele fosse um grande deserto”.
A diversidade cultural presente também é grande, com influência negra e
indígena, e se reflete no espaço urbano. De acordo com Véras (2004, p. 119):
“Os nossos velhos e os nossos jovens têm essa diversidade
cultural: migrante, imigrante, afro-descendentes, cafuzos,
índios [...]”.
A longevidade e a velhice na diversidade de raças são evidenciadas pelo
grande número de centenários que vivem na metrópole de São Paulo. Segundo dados
do Censo (2000), no Brasil existem 24.576 idosos centenários. São Paulo está em
primeiro lugar, com 4.457, a Bahia em segundo - 2.808, Minas Gerais em terceiro 2.765. O Rio de Janeiro tem 2.029.
Importante saber a perspectiva do quanto mais se vive na metrópole, a
fim de se conhecer como os idosos estão vivendo: alcance às políticas de saúde
pública, condições de vida, atividades de lazer e adaptação do ambiente7. São
exemplos que permeiam o envelhecimento em uma grande metrópole, especialmente
o envelhecimento feminino. Afinal as mulheres vivem mais.
Para as idosas que vivem em uma metrópole, com todas as condições de
saúde e avanços tecnológicos, como meios de comunicação modernos, elevadores e
automóveis, o envelhecimento pode se tornar inovador. Viverem sós representa
forma diferente e bem-sucedida de envelhecimento, ao invés de abandono ou solidão.
7
Segundo Prado (2003, p. 20) adaptar o ambiente é eliminar as barreiras que intimidam as pessoas e
inibem a expressão das habilidades e a realização das atividades de vida diária.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
32
Muitas foram dependentes economicamente do marido ao longo da vida
(CAMARANO, 2006).
Por causa da magnitude do processo de envelhecimento na metrópole de
São Paulo, não basta dizer que ocorre aumento da população idosa na cidade. Os
idosos estão mais velhos, e os cuidados a eles dispensados aumentam na mesma
proporção (MACHADO, 2005).
Os idosos de São Paulo necessitam de cuidados específicos, pois o
envelhecer é diferente do envelhecer em outra cidade. Há condições diferenciadas de
modernização, entre as mais diversas dificuldades encontradas.
Com relação a esse aspecto, assinala Lima (2006, p. 98):
“As dificuldades encontradas por idosos não alfabetizados
ou com incapacidade funcional para realizar atividades da
vida diária, como usar transportes coletivos no município de
São Paulo, são exemplos da inadequação das grandes
cidades para atender mais amplamente às necessidades
cotidianas dos que envelheceram”.
É essencial identificar os idosos que vivem na metrópole. A análise do
perfil epidemiológico dada pela distribuição dos óbitos por região é importante de ser
investigada, pois sugere os fatores determinantes das doenças nos idosos urbanos. A
análise das variações geográficas de mortalidade por grupo e as respectivas causas de
morte facilitam a compreensão dos níveis de saúde da população e ajudam na
introdução de medidas preventivas.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
33
Segundo dados do Ministério da Saúde (2006), em São Paulo, no período
compreendido entre 2000-2005, o número de idosos que apresentaram morbidade por
doenças do aparelho circulatório foi de 1.841.57. As doenças do aparelho circulatório
mais comuns foram infarto agudo do miocárdio e acidente vascular encefálico. Os
dados remetem a ações preventivas e educativas.
Tendo em vista a causalidade dessas doenças, as ações preventivas
incluem boa alimentação, evitando ingestão de gorduras animais em excesso,
ingestão demasiada de sal e alimentação rica em verduras e frutas. Também é
imprescindível a prática contínua de atividade física, mas não apenas na velhice.
Do mesmo modo, é importante ser revista a acessibilidade. A cidade e os
seus equipamentos exigem atenção redobrada para usufruto em condições adequadas.
O ‘típico’8 pode ser adverso ao idoso (MACHADO, 2005).
A falta de segurança gera o medo. Os idosos são alvos fáceis de furtos e
roubos. Há falta de acessibilidade em locais diversos, como lojas, praças e teatros.
Transporte público ineficiente e inadequado. Risco nas ruas como pedestres: o tempo
para atravessar a rua quando o semáforo está verde é insuficiente; além de calçadas
esburacadas. Fatores que se mostram inapropriados para a população envelhecida na
metrópole de São Paulo.
Esses aspectos causam impacto muito maior nos idosos, se comparados
ao restante da população, pois existem necessidades diferenciadas.
8
Essa palavra se encontra entre aspas por significar coisas comuns do cotidiano.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
34
Véras (2004, p. 122) assinala:
“No caso do transporte coletivo, ótimo que os velhos tenham
gratuidade, mas vamos ver se esse equipamento oferecido
permite o acesso, porque não se pode dar um salto de um
metro para entrar num veículo, isso é ruim para qualquer
pessoa”.
Em relação à escolaridade dos idosos moradores da região metropolitana
de São Paulo, os homens apresentaram ter mais estudo do que as mulheres: 85,67%
para homens e 78,16% para mulheres, segundo Medeiros e Castro (2004). As
mesmas autoras confirmaram que as mulheres procuram com mais freqüência a
escola depois dos 60 anos. Constatado no Gráfico 2.
Escolaridade - Mulheres Idosas – 2000 – RMSP
Nunca frequentaram;
20 67
Estudantes;
1 16
Já estudaram;
78 16
Gráfico 2 – Escolaridade – Mulheres idosas – 2000 –
Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
35
Nas regiões periféricas e em alguns municípios da região metropolitana,
Penha, Vila Prudente, Tucuruvi, Vila Formosa, Água Rasa, Guararema, São
Lourenço da Serra e São Caetano está o maior número de idosos analfabetos - 12% -,
indicando que a desvantagem é maior em distritos de perfil socioeconômico baixo,
como observado na Figura 3 (MEDEIROS E CASTRO, 2004).
FR AN C ISC O MORATO
SANTA ISAB EL
FR AN C O D A R OC HA
MAIR IPOR A
C AJAMAR
PIR APOR A D O B OM JESUS
C AIEIRAS
AR U JA
GU AR U LH OS
PER U S
AN H ANGU ER A
JAR AGU A
SANTAN A DO PAR NAIB A
TR EMEMB E
GU AR AR EMA
ITAQU AQU EC ETU B A
C AC H OEIR IN HA
TU C U R U VI
PIR ITUB A
LIMAO SANTAN A
B AR U ER I
JAR D IM H EL ENA
C AN GAIB A
ITAIM PAU LISTA
PEN H A
POA
B OM RETIR O
OSASCO
ITAQU ER A
TATU APE
B R AS
C AR APIC UIB A
AL TO D E PIN H EIR OS
FER R AZ DE VASC ON CELOS
MOOC A
B U TANTA
PARQU E D O C AR MO
LAPA
ITAPEVI
MORU MB I
SAUD E
C AMPO B ELO
SANTO AMAR O
TAB OAO D A SER R A
VARGEM GR AN D E PAUL ISTA
IPIR ANGA
EMB U
SAPOPEMBA
SAO C AETAN O
IGU ATEMI
MOGI DAS C R UZ ES
SALESOPOLIS
SU ZANO
SAO R AFAEL
B IR ITIB A MIR IM
MAU A
C OTIA
JAR D IM SAO LU IS
D IAD EMA
JAR D IM AN GELA
ITAPEC ER IC A D A SER R A
R IB EIR AO PIR ES
SANTO AN D R E
GR AJAU
SAO B ER N AR D O
PARELHEIROS
SAO L OU R EN C O DA SER R A
Idosos analfabetos (%)
MAR SILAC
JU QU ITIB A
0
0.00 to 4.00
4.00 to 8.00
8.00 to 12.00
12.00 to 16.00
16.00 to 20.00
4
8
12
Miles
Figura 3 – Idosos analfabetos (%) na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
A situação ocupacional dos idosos na metrópole de São Paulo é
semelhante à do Brasil. Os idosos que não trabalham representam 70,86%, e idosas
90,86%. Os idosos que trabalham representam 28,02%, e idosas 8,60%. Os idosos
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
36
que trabalham estão concentrados nas regiões centrais, por terem perfil
socioeconômico mais elevado e conseqüentemente mais estudo, embora a região de
Marsilac, ao sul da capital, com perfil socioeconômico mais baixo, apresenta também
idosos que trabalham. O fato se explica pelas atividades agrícolas exercidas no local.
Ocorre também nos municípios de Salesópolis, Biritiba-Mirim, Santa Isabel,
Mairiporã e Juquitiba, como se observa na Figura 4 (MEDEIROS E CASTRO, 2004).
FRANC ISCO MORATO
SAN TA ISAB EL
FRANC O D A ROC HA
MAIRIPORA
C AJAMAR
PIRAPOR A DO BOM JESU S
C AIEIRAS
AR UJA
GUAR ULH OS
SAN TAN A DO PAR NAIB A
PERU S
AN HANGUER A
JAR AGUA
TR EMEMBE
TU CU RU VI
PIRITUB A
LIMAO SAN TAN A
B ARU ERI
ITAPEVI
JAR D IM H ELEN A
C ANGAIB A
ITAIM PAU LISTA
PENH A
LAPA B OM RETIR O
POA
OSASCO
ITAQU ER A
TATUAPE
B RAS
C ARAPIC UIB A
ALTO DE PIN HEIR OS
FERR AZ DE VASC ON CELOS
MOOCA
B UTANTA
PAR QU E DO CAR MO
MOR UMBI
VAR GEM GR AND E PAULISTA
GUAR AR EMA
ITAQU AQU ECETU BA
C ACH OEIR INH A
IPIRANGA
SAU DE
TAB OAO D A SERR A
C AMPO BELO
SAN TO AMAR O
EMB U
C OTIA
SAPOPEMBA
SAO CAETANO
IGU ATEMI
MOGI DAS C RU ZES
SALESOPOLIS
SUZANO
SAO RAFAEL
B IR ITIB A MIR IM
MAUA
JAR D IM SAO LU IS
D IADEMA
JAR D IM AN GELA
ITAPEC ERIC A DA SER RA
R IB EIRAO PIRES
SAN TO AND RE
GRAJAU
SAO BER NAR DO
PAR ELH EIROS
SAO LOU REN CO DA SER RA
MARSILAC
JU QU ITIB A
Idosos que trabalham (%)
0.00
2.30
2.90
4.20
5.75
0
to 2.30
to 2.90
to 4.20
to 5.75
to 20.00
4
8
12
Miles
Figura 4 – Idosos que trabalham (%) na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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37
Segundo as mesmas autoras e seguindo os dados nacionais, o número de
idosos que recebem aposentadoria e salário por seu trabalho, na região metropolitana,
é de 29,35% para homens contra 9,41% de mulheres. O número de idosos
responsáveis pelo domicílio chega a 59,35%. O total de pensionistas idosas é bem elevado,
em decorrência do grande número de viúvas. A grande maioria, 76 %, mora só.
Esses idosos vivem somente da aposentadoria? Precisam trabalhar para
complementar os ganhos com a aposentadoria? Os entes da família necessitam de sua
ajuda financeira? Questões relevantes ao se analisar esse segmento da população.
Alguns pesquisadores ressaltam que a produtividade e a empregabilidade
tendem a declinar quanto mais perto dos 60 anos de idade. A partir daí há maior
tendência à dependência dos rendimentos dos demais membros do domicílio, para a
manutenção do padrão de vida e até mesmo para sobreviver (PEREIRA, 2005).
Estudo de Barros, Mendonça e Santos (1999, p. 231), citado por
Sugahara (2005), verificou que os idosos brasileiros tendem a ser menos pobres do
que a população em geral. Muitos idosos, quando dependentes fisicamente ou até
mesmo independentes, podem ser verdadeiros arrimo financeiro da família.
Sugahara (2005, p. 59) destaca:
“A participação da renda do idoso na renda familiar é outro
ponto que merece destaque, pois fornece instrumento de
reflexão para a questão da ‘dependência’ desse grupo [...]”.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
38
Segundo
dados
do
Censo
2000,
os
idosos
são
responsáveis
financeiramente por 62,4% dos domicílios brasileiros. Aposentadoria e pensão são as
principais fontes de renda desses idosos, o que se observa no Gráfico 3 (MEDEIROS
E CASTRO, 2004).
ORIGEM DA RENDA DOS IDOSOS
(em%)
77,10
80,00
64,67
70,00
60,00
50,00
40,00
29,35
30,00
20,00
12,11
9,41
6,67
10,00
0,74
3,02
0,00
trabalho
aposentadoria
aluguel
Masculino
pensão
Feminino
Gráfico 3 – Origem da renda dos idosos (em %).
Berzins (2003) mostra que 36% dos rendimentos da população idosa
masculina vêm de aposentadoria e trabalho. A aposentadoria é a principal fonte de
renda. Para as mulheres, essa fonte de renda oriunda de trabalho representa apenas
10%: sua principal fonte de renda é a pensão, pois a maioria é viúva.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
39
Segundo Pavon (2001), citado por Valente (2001, p. 32): “[...] O duplo
salário – da pensão e do trabalho – coloca-os em uma posição confortável
economicamente”.
A grande maioria ganha em torno de um a cinco salários mínimos. Como
é uma aposentadoria muito baixa, são obrigados a morar com alguém. (VÉRAS, 2004).
1.2.
O que as notas de falecimento acrescentam na leitura demográfica
Os jornais sempre publicaram informações de interesse local, tais como
as notas de falecimento. São rica fonte de informações para pesquisadores, a fim de
se descobrir a origem da pessoa, para a genealogia, estudos sobre a longevidade e se
saber se quem morreu foi alguém “conhecido”.
Algumas notas de falecimento incluem nomes de parentes ou as grandes
obras feitas, ou seja, traçam perfil favorável do morto.
Para muitos leitores assíduos de notícias de jornais, as notas de
falecimento é uma parada regular. Quando se lê as notas de falecimento de um
jornal, não é raro se deparar com gente conhecida. Quase todos os dias observam-se
nomes de pessoas de 70 a 100 anos, com nomes e sobrenomes os mais distintos, o
que comprova a pluralidade de raças e etnias que vivem na metrópole.
As notas de falecimento aparecem no jornal sem passar pela redação.
Pagas, não são tratadas como outra notícia qualquer, mas publicadas sem edição, em
estado bruto. Não há motivação para “seduzir” a atenção do leitor. Elas devem
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
40
apenas fazer circular a informação, tornar pública a morte de determinada pessoa.
Para quem as lê, fica a “obrigação” de repassá-las adiante – vizinhos e amigos -,
concretizando o luto social. Ou investigar com quais idades as pessoas estão
morrendo para que se possa pensar sobre que cidade queremos e que serviços e redes
de apoios necessitamos com a maior longevidade das pessoas.
As notas de falecimento revelam que os dados demográficos dos idosos
na metrópole de São Paulo são similares aos dados do Brasil, considerando todos os
seus estados. Grande parte dos idosos do país está na metrópole de São Paulo. Como
já citado, São Paulo possuía 1.446.662 idosos em 2000, sendo 67% na capital.
Número bem representativo em comparação ao Brasil todo.
O estudo das notas de falecimento do Jornal da Tarde revelou que houve
proporcionalidade de mortes dos sexos feminino e masculino nos períodos analisados
(2004 e 2005). O dado está descrito na Tabela 1.
Tabela 1 – Ano de publicação das notas de falecimento por sexo:
Ano da publicação
das notas de
falecimento
Sexo Feminino
Sexo Masculino
2004
143
145
2005
191
186
Total
334
331
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
41
Com relação à freqüência de notas de falecimento de idosos do sexo
feminino e masculino, por faixa etária, foram encontrados os dados descritos na
Tabela 2. A média de idade encontrada foi de 87,4 anos para o sexo feminino e 82,1
para o sexo masculino, com desvio padrão de 8,6 e 9,0 anos, respectivamente.
Segundo o teste estatístico T Student, a diferença é significativa entre o sexo
feminino e masculino, com p < 0,0001.
O teste estatístico Qui-Quadrado revelou existir tendência na idade de
falecimento de idosos entre o sexo feminino e masculino. A estatística Z é positiva.
Pode-se afirmar que a idade aumenta significativamente no sexo feminino, e no
masculino diminui para o falecimento do idoso. Ou seja: nas notas de falecimento
estudadas, as mulheres morreram mais velhas do que os homens.
A expectativa de vida para pelo menos uma em cada duas meninas norteamericanas é de 100 anos. E para pelo menos um de cada dois meninos, é de
provavelmente 95 anos, segundo Schirrmacher (2005).
Para o Brasil, para cada menina que nasce hoje a expectativa é de 80
anos; do menino são 72 anos (CAMARANO, 2003). Os dados encontrados – o fato
de a mulher viver mais – mostram similaridade aos dados referidos por essa autora.
Também há similaridade aos dados encontrados neste estudo o já citado
Censo de 2000, que ressalta maior número de mulheres centenárias do que homens.
Em 2000, o Brasil possuía 10.423 homens centenários e 14.153 mulheres,
representando 1,3% da população idosa.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
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42
Tabela 2 – Faixa etária por sexo:
Faixa etária do idoso
(anos)
Sexo Feminino
Sexo Masculino
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 a 84 anos
85 a 89 anos
90 a 94 anos
95 a 99 anos
100 a 104 anos
105 a 109 anos
4
7
19
26
47
82
85
42
21
1
17
17
35
46
78
61
57
16
3
1
Total
334
331
A prevalência de notas de falecimento de idosos do sexo feminino foi
maior na faixa etária dos 90 aos 94 anos; para o sexo masculino, na faixa etária dos
80 aos 84 anos de idade.
O maior número de centenários e de idosos com mais de 80 anos foi
maior no sexo feminino, como já mencionado, o que se observa no Gráfico 4. O dado
comprova o que Berzins (2003, p. 27) disse:
“A proporção da população brasileira mais idosa (80 anos e
mais) merece destaque, uma vez que ela está aumentando em
ritmo acelerado. Ela representa 12,6% do total da população
idosa, e é o contingente que mais cresce, embora seja
pequeno”.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
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43
Faixa etária por nota de falecimento
90
Notas de falecimento
80
70
60
50
40
30
20
10
0
64
69
74
79
84
89
94
99
104
109
Faixa Etária
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Gráfico 4 – Faixa etária por nota de falecimento.
Em relação ao mês da publicação das notas de falecimento, a freqüência
de idosos do sexo feminino e masculino, respectivamente, está descrita na Tabela 3.
Tabela 3 – Mês da publicação das notas de falecimento por sexo:
Mês da publicação
das notas de
falecimento
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Junho
129
130
Julho
103
108
Agosto
99
96
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Sobre o estado civil dos idosos, a freqüência está listada na Tabela 4.
A grande maioria das idosas se concentraram na condição de viúva e, de
homens na classificação de casado/vive junto. A análise estatística, com o Teste
Exato de Fisher, mostrou significância para os dados com relação ao estado civil com
p < 0,0001.
Dados mostram que 45% das mulheres idosas, no Brasil, são viúvas
(BERZINS, 2003). Especificamente em São Paulo, pela análise dos dados, se
mostrou também evidente a maior quantidade de viúvas em relação ao sexo
feminino.
As mulheres apresentam expectativa de vida maior do que a dos homens,
e esses se casam mais tardiamente e têm maior facilidade de recasamento. Por isso é
comum, entre os idosos, a predominância de homens casados e mulheres viúvas, de
acordo com Lebrão (2003).
Dados apresentados pela pesquisa SABE (Saúde, Bem-estar e
Envelhecimento), em São Paulo, comprovam que o número de idosos casados é
praticamente o dobro entre os homens - 79,2% -, contra 41,3% entre as mulheres. A
proporção de idosos viúvos é quase quatro vezes maior entre as mulheres, 42,6%
contra 10,9% (LEBRÃO, 2003). O dado mostrou similaridade com resultados
encontrados neste estudo.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
45
Tabela 4 – Estado civil por sexo:
Estado civil do idoso
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Viúvo
217
85
Separado / Divorciado
2
0
Casado / Vive junto
55
199
Solteiro
17
18
Indeterminado
43
29
Total
334
331
Em relação ao estado marital, Tabela 5, sem companheiro (viúvo,
separado/divorciado, solteiro) mostrou maior freqüência de falecimentos no sexo
feminino; com companheiro (casado/vive junto), maior freqüência no sexo
masculino. O teste T de Student mostrou significância com p < 0,0001.
Tabela 5 – Estado marital segundo o sexo:
Estado marital
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Sem companheiro
236
103
Com companheiro
55
199
Indeterminado
43
29
Total
334
331
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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46
Observou-se também que com relação aos idosos com e sem
companheiros, o falecimento dos idosos sem companheiros se concentrou nas faixas
etárias maiores. E, dos com companheiros, nas faixas etárias menores, como visto na
Tabela 6. O dado mostrou significância estatística no teste de Qui-Quadrado de
tendência (Cochran Armitage) com p < 0,0001.
Tabela 6 – Estado marital por faixa etária:
Faixa etária
< 70
70 a 79 80 a 89 90 a 99 > = 100
Estado Marital
Sem companheiro
9
40
131
139
20
Com companheiro
31
72
111
38
2
Indeterminado
5
14
26
23
4
Total
45
126
268
200
26
A freqüência, segundo a menção nas notas de falecimento, se o idoso
deixou familiares (sexo feminino e masculino), está listada na Tabela 7. Na análise
estatística, com o teste estatístico Qui-Quadrado, o dado não apresentou significância
p = 0,6737.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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47
Tabela 7 – Familiares deixados segundo sexo:
O idoso deixou familiares
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Sim
301
295
Não
33
36
Total
334
331
A freqüência, segundo menção nas notas de falecimento dos familiares
deixados pelo idoso (sexo feminino e masculino), está listada na Tabela 8. Na análise
estatística, com o teste estatístico Qui-Quadrado, o dado não apresentou significância
p = 0,1481.
Tabela 8 – Tipo de familiar deixado segundo sexo:
Quem são os familiares deixados
pelo idoso
Sexo Feminino
Sexo Masculino
Filho (s)
Irmão (s)
242
3
226
1
Sobrinho (s)
8
4
Neto (s)
41
57
Indeterminado
40
43
Total
334
331
Os dados levantados nesta pesquisa enfatizam ser essencial uma reflexão
mais aprofundada a respeito da longevidade, discutindo a feminização da velhice e a
própria morte.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
EZA REDORAT - Ontem, aos 99
Catanduva. Filha do sr. Miquel
de d. Rita Maria Redorat, faleciiúva e irmã de d. Alzira Redorat,
xa sobrinhas e sobrinhos. O enrealizado hoje, às 11 horas, no
Nossa Senhora do Carmo naquela
A (Delica) MESSAS BITAR - Aos
Viúva do com. Jorge Bittar, deixa
NA MARTHA DE MELLO - Aos
Viúva do sr. Accindino Fernandes
deixa filhos.
RALDA ROSSINI CALIA - Aos 92
va do sr. Gaspar Calia, deixa fi-
NA YARID ALBUQUERQUE DE
- Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
que de Barros, deixa filhos, nora,
etos e bisneto. A missa de sétimo
elebrada no dia 3, às 19h30, na
maculada Conceição, na Avenida
o Luís Antonio.
A MONTEIRO LIMA - Aos 81
ada com o sr. Álvaro Lima, deixa
A DA SILVA LUNA - Aos 79 anos.
xa filhos.
SEBASTIANA DE CASTRO SIL79 anos. Viúva, não deixa filhos.
Y LINS WANDERLEY - Aos 77
ada com o sr. Marinezio de Lima
y, deixa filhos.
ECIDA MARTINS ANJO - Aos 73
sada com o sr. Osvaldo Ferreira
a filhos.
DE GONÇALVES LOPES - Aos
Casada com o sr. Luiz Lopes, dei-
ALICE MASSETI - Aos 69 anos.
om o sr. Vicenzo Masseti, deixa
ALINA APARECIDA SILVA DOS
- Aos 67 anos. Viúva do sr.
Manoel dos Santos, deixa filhos.
IS DE ALMEIDA - Aos 89 anos.
om d. Maria de Jesus, deixa filhos.
COSTENARO - Aos 74 anos. Viúdois filhos.
MARIA CLARET DE LIMA - Aos
Deixa uma filha.
O ORESTE DE FELICE - Aos 64
xa mulher, filha, neta e irmãos.
A MACUL GATTÁS - Aos 85 anos.
sr. Hafed Gattás, deixa os filhos
ina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera
xa ainda genro, noras e netos. No
mingo), às 11 horas, na Igreja
ana do Jardim das Oliveiras, na
Jaú, 752, será realizado culto em
raças.
O ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo
a Piovan Arnesi, deixa filhos.
DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83
Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza
Oliveira, deixa filhos e netos. O
alizou-se ontem, no cemitério lo-
ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos.
sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos,
o e irmãos. O enterro será realinhã, às 10 horas, no Cemitério
o Butantã.
O DOS SANTOS - Aos 91 anos.
d. Holandina (Neca) O. dos Sanfilhos, noras e netos. O enterro
ado hoje, às 10 horas, no Cemiorumbi.
ONÇALVES - Aos 95 anos. ViúAdriano de Magalhães e Sousa,
A SABA BUCALEM – Aos 95
va do sr. Miguel Bucalem, deixa
AELA MARQUES BARGE - Aos
Viúva do sr. Caetano Marques
xa filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
dos Santos, deixa filhos.
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos 89 anos. Casado com d. Maria de Jesus, deixa filhos.
BRUNO COSTENARO - Aos 74 anos. Viúva, deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE LIMA - Aos 70
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELICE - Aos 64 anos.
Deixa mulher, filha, neta e irmãos.
D. SALUA MACUL GATTÁS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Hafed Gattás, deixa os filhos Omar, Regina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera Lúcia. Deixa
ainda genro, noras e netos. No dia 6 (domingo),
às 11 horas, na Igreja Presbiteriana do Jardim das
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, será realizado
culto em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo de d.
Adélia Piovan Arnesi, deixa filhos.
NELSON DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83 anos,
em Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza de Salles
Oliveira, deixa filhos e netos. O enterro realizouse ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos. Viúva do sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos, nora, genro
e irmãos. O enterro será realizado amanhã, às 10
horas, no Cemitério Israelita do Butantã.
EDUARDO DOS SANTOS - Aos 91 anos. Viúvo
de d. Holandina (Neca) O. dos Santos, deixa filhos, noras e netos. O enterro será realizado hoje,
às 10 horas, no Cemitério do Morumbi.
D. ANA GONÇALVES - Aos 95 anos. Viúva do sr.
Adriano de Magalhães e Sousa, deixa filha.
D. ELVIRA SABA BUCALEM – Aos 95 anos. Viúva do sr. Miguel Bucalem, deixa filhos.
D. RAPHAELA MARQUES BARGE - Aos 92
anos. Viúva do sr. Caetano Marques Barge, deixa
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
II Parte - A Longevidade
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos
do com d. Maria de Jesus, deixa
BRUNO COSTENARO - Aos
deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELIC
Deixa mulher, filha, neta e irmão
D. SALUA MACUL GATTÁS - A
va do sr. Hafed Gattás, deixa os
gina, Sonia, Nelson, Cláudio e V
ainda genro, noras e netos. No
às 11 horas, na Igreja Presbiteria
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, s
to em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 a
Adélia Piovan Arnesi, deixa filho
NELSON DE SALLES OLIVEIR
em Brasília. Viúvo de d. Ineida
Oliveira, deixa filhos e netos. O
se ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, a
va do sr. Lejbus Zalcman, deixa
ro e irmãos. O enterro será realiz
10 horas, no Cemitério Israelita d
EDUARDO DOS SANTOS - Ao
de d. Holandina (Neca) O. dos
lhos, noras e netos. O enterro ser
às 10 horas, no Cemitério do Mo
D. ANA GONÇALVES - Aos 95
sr. Adriano de Magalhães e Sou
D. ELVIRA SABA BUCALEM
Viúva do sr. Miguel Bucalem, de
D. RAPHAELA MARQUES BA
anos. Viúva do sr. Caetano Marq
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAU
83 anos. Deixa fllhos. O enterro
tem mesmo, à tarde, no Cemité
Horto da Paz, em Itapecerica da
D. ESCOLASTICA BRAGATO
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mar
D. MARIA ALICE ZAVITOSCK
COSTA - Aos 77 anos. Casada
Mariano da Costa, não deixa filh
D. JUDITH BARTHOLMEU A
anos. Viúva do sr. Diomedes Alv
D. APPARECIDA NICOLINI MA
anos. Casada com o sr. Pascoa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 8
com d. Tereza de Jesus Bernacc
filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 an
d. Benedita Tracanella Delfino, d
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZ
Viúvo de d. Julieta Della Santa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viú
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 an
d. Antonia Mendes Gomes, deix
ABENICIO JOSÉ DOS SANTO
Casado com d. Maria Lourdes S
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA
Casado com d. Erna Vieira da S
D. THEREZA REDORAT - Onte
em Catanduva. Filha do sr. Miqu
d. Rita Maria Redorat, falecidos,
de d. Alzira Redorat, viúva. De
sobrinhos. O enterro será realiz
horas, no Cemitério Nossa Senho
quela cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS
anos. Viúva do com. Jorge Bitta
D. JORGINA MARTHA DE M
anos. Viúva do sr. Accindino Fern
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CAL
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa
D. HELENA YARID ALBUQUE
ROS - Aos 85 anos. Viúva
Albuquerque de Barros, deixa f
ros, netos e bisneto. A missa de
celebrada no dia 3, às 19h3
lmaculada Conceição, na Avenid
Antonio.
49
II PARTE: A LONGEVIDADE
2.1.
Contextualização
L
ongevidade é o termo utilizado para denominar o maior tempo de vida
atingido pelas pessoas. Longevidade refere-se ao número de anos
vividos por um indivíduo ou ao número de anos que, em média, viverão
as pessoas de uma mesma geração (CARVALHO, 2003; ETIENNE, 2004;
OLIVEIRA, 2004).
O tema sempre foi estudado por profissionais de saúde, teólogos,
filósofos, todos os que se preocupam com a vida do ser humano, assunto tão antigo
quanto a existência da humanidade (PESSINI, 2005).
A longevidade é conseqüência de mudanças no meio em que o homem
vive. Incluindo melhores condições de habitação, alimentação, práticas sociais e
descobertas nas práticas científicas (vacinas, antibióticos, medicina preventiva),
segundo Côrte (2005).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
50
Envelhecimento populacional é a alteração na estrutura etária da
população, ou seja, o aumento do número de indivíduos acima de determinada idade.
Sendo essa idade a que o indivíduo é considerado idoso9.
O fenômeno do envelhecimento populacional ficou mais evidente no
século XX, no qual houve queda da fecundidade e aumento da expectativa de vida ao
nascer. A queda da fecundidade pode ser explicada pelo conhecimento e acesso aos
métodos contraceptivos, além das conquistas da medicina. O aumento da expectativa
de vida ao nascer deve-se ao acesso também mais facilitado à assistência à saúde, às
medidas de saneamento básico e à alimentação, entre outros (CARVALHO, 2003).
A longevidade é temática que se destaca intensamente na mídia. Até há
pouco tempo, o número de jovens superava o de velhos, e muitos países ainda não se
sentiam preparados para receber o novo contingente populacional.
Descreve Debert (1992, p. 33):
“Os anos 80 assistiram à transformação da velhice em um
tema privilegiado, quando se pensa nos desafios enfrentados
pela sociedade contemporânea”.
Os desafios são muitos. É necessária uma transformação no
comportamento ante a nova realidade. Devendo partir do Estado que regulamenta as
leis e das pessoas que convivem diariamente com essa realidade - no trabalho,
trânsito ou atividades de lazer. O estudo do aumento da longevidade, em números, é
essencial para se dimensionar o fato.
9
Segundo o Estatuto do Idoso (Lei nº. 10.741), Art. 1°, é considerada idosa toda pessoa com idade
igual ou superior a 60 anos (SÃO PAULO, 2003).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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51
Diversos estudos estatísticos confirmam que as maiores demandas no
futuro serão por vagas em lares de idosos e aposentadorias. Conseqüentemente,
grandes discussões serão levantadas (SCHIRRMACHER, 2005).
Em países como os Estados Unidos e Canadá, a longevidade vem sendo
destacada por muitos pesquisadores. As projeções estatísticas detectam aumento
percentual da população idosa dos Estados Unidos em torno de 14% para 2020, e no
Canadá espera-se aumento de 18% nesse mesmo período. No Japão o número de
idosos é bem maior em comparação aos Estados Unidos. A nova realidade
demográfica aconteceu lentamente, e se concretizou em mais de 100 anos
(GORDILHO, 2000; HAYFLICK, 1997; HÉBERT, 1997).
Nos Estados Unidos, cálculos conservadores prevêem aumento dos
gastos sociais e de previdência. Atualmente, se gasta 40% do orçamento com
despesas previdenciárias e em 2050 espera-se gastar 68% . Realidade que se
concretizará devido a geração babyboomers (nascida entre 1950 e 1964), uma década
após a II Guerra Mundial, estar na condição de aposentados (SCHIRRMACHER, 2005).
2.2.
A longevidade no Brasil
O processo de aumento da longevidade e o conseqüente envelhecimento
da população no Brasil acontecem mais rapidamente, tendo como comparação os
países mais desenvolvidos. O fenômeno no Brasil deverá ocorrer em apenas 30 anos,
assinala Chaimowicz (1997).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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52
Segundo projeções das Nações Unidas, de 1999, o do Brasil é qualificado
como um dos mais rápidos processos de envelhecimento demográfico, entre os 51
países que, em 2030, terão pelo menos 30 milhões de habitantes. De acordo com
essas projeções, em 2050 a população brasileira será de 244 milhões de pessoas,
sendo 49 milhões menores de 15 anos e 42,2 milhões maiores de 65 anos
(SUGAHARA, 2005).
Até pouco tempo, o Brasil era considerado um país de jovens. Portanto,
se vê despreparado para a realidade crescente, pois as necessidades do novo público
envelhecido são bem diferenciadas daquilo que requerem os jovens.
Estima-se que entre 2000 e 2025 o crescimento da população considerada
de idosos no Brasil será de 130%. O aumento da expectativa de vida ao nascer estará
próximo de 80 anos no mesmo período, sendo esses considerados os mais idosos10
(GORDILHO, 2000; IBGE, 2000).
Diante da realidade, nova mentalidade por parte da população e do
Estado é essencial para a transformação de atitudes e implementação de leis.
O estudo do aumento da longevidade no Brasil se tornou imperativo para
se estabelecer políticas públicas voltadas aos idosos, pois as atitudes ante o
envelhecimento populacional se consolidam à medida que se tem consciência de que
as pessoas estão vivendo mais.
10
Camarano (2006) denomina o segmento de idosos com idade igual ou um pouco superior a 60 anos,
como sendo idosos jovens. Por causa do intervalo etário, de aproximadamente 30 anos, ser amplo,
idosos de 80 anos ou mais denominam-se “idosos mais idosos”.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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53
A preocupação com a longevidade e os fatores relacionados às condições
do aumento do tempo de vida são temas de estudo em diversas áreas de
conhecimento científico. Para entender a realidade do prolongamento dos anos, todas
as disciplinas devem enfocar a importância da longevidade, sendo um tema que
estimula a interdisciplinaridade (CÔRTE, 2005).
O aumento cumulativo da expectativa de vida já tem efeitos sociais
profundos. Os ganhos excederam a capacidade da sociedade, serviços de saúde,
serviços financeiros, habitação e da previdência social de se adaptarem
(HAYFLICK, 1997).
A idéia de que o envelhecimento é etapa e não fatalidade, bem como
auto-imagens fortes e, sobretudo, a divulgação desses acontecimentos, estão
demandando construção de calendários de longevidade (SCHIRRMACHER, 2005).
Dados da Organização Mundial da Saúde (1984) revelam a necessidade
do desenvolvimento de estudos que tenham como foco principal o idoso, mostrando
a importância para a tomada de decisões e determinação de ações em nível de
políticas públicas.
Camarano (2006) chama a atenção para o estabelecimento e a
concretização dessas políticas públicas. Afinal, as investigações na população
envelhecida darão idéia da dimensão das condições de vida, arranjos familiares,
saúde e rendimentos.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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54
2.3.
Os diferentes olhares ao longo dos tempos
Na era cristã e Idade Média, por causa de epidemias e pobreza
generalizada, as pessoas não ultrapassavam 25 anos de idade. Longevidade era
aspecto inexistente para a maior parte da população, pouco vivenciada (BEAUVOIR,
1990; IZQUIERDO, 2002).
Segundo Olshansky (2002), desde o século passado, em conseqüência de
campanhas de saúde pública bem-sucedidas, as transformações no ambiente e
avanços na medicina levaram ao aumento da expectativa de vida. O processo gerou
mudanças sociais, políticas e econômicas. E revelou o enfoque do envelhecimento
centrado somente na comercialização de produtos “antienvelhecimento” com
pequena ou nenhuma base científica.
Mostram-se diferenciadas as abordagens em relação à velhice e
longevidade nos mais diversos locais e tempos. No século XIX, a longevidade se
tornava possível somente em classes privilegiadas. A longevidade era aspecto
inerente às mulheres, pois viviam mais. Os homens, considerado o sexo forte,
quando velhos desempenhavam papel fundamental no Estado e na família, por toda a
experiência de vida. Característica ainda comum em muitas sociedades.
O interesse por técnicas “antienvelhecimento” teve início nos primórdios
da história da humanidade. O mito de Gilgamesh11 o revela.
11
O mito sumérico de Gilgamesh é datado de cerca de 5000 anos, e sua primeira versão foi registrada
em caracteres cuneiformes no séc. VII a.C, na antiga Babilônia. Gilgamesh era um rei que tinha dois
terços divinos e um terço humano. Era um jovem forte e poderoso e por causa da sua arrogância
ofendeu os deuses. Para o castigar, criaram Enkidu, uma espécie de duplo Gilgamesh, mas mais
selvagem. A deusa Ishtar se enamora de Gilgamesh e por ele é recusada. Como castigo para
Gilgamesh os deuses matam Enkidu, seu grande amigo. Gilgamesh não aceita a morte do amigo, e
passa a recusar a morte, buscando incessantemente algo que preserve a juventude (SANTOS, 2005).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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55
Nos anos 90, a imagem do idoso era uma “afronta” ao padrão estético
jovem. Pode ser o motivo da grande procura por técnicas “antienvelhecimento”
(SUGAHARA, 2005). Para que qualquer produto “antienvelhecimento” ter efeito
real de retardar o processo de envelhecimento precisaria um período bastante longo
de pesquisas - uma ou duas décadas (HAYFLICK, 1997).
O olhar sobre o envelhecimento fez com que a maioria das abordagens
científicas se pautasse somente pela procura dessas técnicas. (quem?) Isso destacado
por Côrte (2005, p. 241):
“[...]
as
discussões
mais
abordadas
são
aquelas
relacionadas à estética, baseada principalmente na vaidade,
na busca de uma aparência mais jovem, negando-se a
velhice. Ou então, quando relacionada à velhice, é associada
à doença e, conseqüentemente, mais gastos em remédios,
vitaminas, hidratantes e programas antienvelhecimento”.
Atualmente, tornou-se sem sentido a busca incessante por técnicas de
rejuvenescimento, ou seja, “antienvelhecimento”, se tornam sem sentido. É um
“rolar contra”, pois ninguém deixará de envelhecer enquanto viver (MONTEIRO,
2005).
Nos últimos dois anos, 2005 e 2006, não houve grandes novidades
científicas em relação ao envelhecimento e longevidade. Alguns aspectos tiveram
abordagem pouco mais clara, e outros foram propostos em estudos, mas não houve
grande revolução em conhecimentos. O que nos deixa como meros espectadores em
época de transição (SANTOS, 2005).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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56
2.4.
Tempo máximo de vida, centenários e longevos
Os seres humanos estão alcançando cada vez mais o tempo máximo de
vida - aproximadamente 115 anos. Os idosos que hoje alcançaram 80 anos ou mais
viverão mais do que os que alcançaram essa idade no passado, tornando-se longevos
(BALTES, 2002; CÔRTE, 2005; HAYFLICK, 1997).
A mensuração da longevidade por meio da existência de centenários se
tornou difícil há alguns anos, pois a maioria não apresentava certidão de nascimento.
Os dados se tornaram alegações que não podem ser provadas (HAYFLICK, 1997).
Beauvoir (1990, p. 671) escreveu:
“Muitos dos pretensos centenários que encontramos em
regiões retiradas provavelmente não o são: na falta de
certidão de nascimento, podem atribuir-se de boa-fé uma
idade fantasiosa. Mas os que realmente ultrapassam os 100
anos são quase sempre indivíduos excepcionais”.
Indivíduos com 100 anos ou mais, freqüentemente têm história de
longevidade na família, o que evidencia fator genético. Os mesmos estudos
comprovam que somente 25% do tempo de vida é geneticamente determinado. O
restante deve-se ao estilo de vida, condição socioeconômica e atividades sociais
ativas, fatores fundamentais para a maior longevidade (BENEDICTIS, 2001;
BUONO, 1998).
Vida social ativa e maior contato social (laços estreitos com a família,
vizinhos e amigos) são importantes para a maior longevidade nas regiões nas quais se
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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57
vive mais: Okinawa, no Japão; Ilha da Sardenha, na Itália; Loma Linda, na
Califórnia; e Península de Nicoya, na Costa Rica. Ali, os idosos longevos mantêm
vida fisicamente ativa, desenvolvem a espiritualidade e encaram positivamente a
vida, com intenso convívio social (ZAKABI, 2007).
Em relação à longevidade, idosos paulistanos relataram:
“Devo minha longevidade a uma vida alegre e à capacidade
que tenho de receber friamente as notícias ruins. Nunca
choro”. F.S., empresário, 96 anos. Revista Veja, em matéria
de Leme e Caetano (2007, p. 28).
“Preciso de trabalho constante e gosto muito do que faço.
Não penso em aposentadoria e me esqueço até de tirar
férias”. T.O., artista plástica, 93 anos. Revista Veja, matéria
de Leme e Caetano (2007, p. 34).
Os relatos evidenciam a importância do estilo de vida para a longevidade.
A maior tendência genômica da longevidade, pela grande maioria dos pesquisadores,
de acordo com Ponde (2001), deve-se a visão que eles próprios têm do
envelhecimento, como um inimigo ontológico da nossa sociedade.
Em estudo realizado por Delore, com centenários, e citado por Beavoir
(1990, p. 670), foi destacado:
“A maior parte dos indivíduos desse grupo arquiteta para o
futuro
planos
precisos,
interessam-se
pelos
assuntos
públicos, manifestam entusiasmos juvenis, têm suas manias,
um agudo senso de humor, o apetite sólido, uma resistência
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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extraordinária. Gozando, em geral, de uma perfeita saúde
intelectual, são otimistas e não exprimem o mínimo medo da
morte”.
Os centenários de 2025 serão os que em 2000 estavam com 75 anos. O
rápido aumento no número de centenários se explica pelo fato de haver cada vez
mais pessoas atingindo idade avançada. E por esse motivo, medidas devem enfocar
maior atenção ao nível primário de atenção à saúde12 e tratamento adequado às
pessoas com 60 anos ou mais, que já tenham doenças crônico-degenerativas13
instaladas (BALTES, 2002; PERIAGO, 2005).
Mcreynolds (2004) assinala que o envelhecimento e o idoso se tornar
longevo se relacionam à habilidade em manter adequado o estado físico, mental e
social adequado e, para isso, destaca a importância da prática de atividade física,
nutrição adequada e suporte social (atividades de entretenimento, redução do
isolamento social, participação na comunidade, atividades educacionais, atividades
recreativas e incentivo à cultura).
Por tudo isso, são imprescindíveis as atividades sociais e físicas que
favoreçam o bem-estar geral, proporcionando melhora no convívio social, na autoestima e nas atividades diárias de maneira geral. Esse é o principal objetivo da
fisioterapia, promovendo a socialização e educação na saúde do idoso, por meio de
12
Os níveis de atenção à saúde são divididos em primários, aplicados antes da instalação da doença,
ou seja, os aspectos preventivos; níveis secundários, caracterizados quando a doença já se manifesta; e
níveis terciários, quando se permanece com seqüela ou incapacidade resultante da doença
(DELIBERATO, 2002).
13
Cf. Motta (2001), as doenças crônico-degenerativas que mais comumente afetam os idosos são:
doenças do coração, doenças endócrino-metabólicas (diabetes, hipertensão arterial), doenças
neoplásicas (câncer), doenças osteomusculares (artrites, artroses, osteoporose).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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59
atividades que envolvem maior flexibilidade muscular, força muscular, consciência
corporal, coordenação motora, motricidade, memória, atenção e recreação,
objetivando sempre o bem-estar do idoso.
2.5.
A feminização da velhice
A expressão “feminização da velhice” é usada para caracterizar a
existência de um número maior de mulheres idosas, em comparação a homens
idosos. Explica-se pelo motivo da mulher apresentar, na velhice, expectativa de vida
maior que o homem.
Fatores diversos, como a proteção contra doenças cardiovasculares
conferida pelos hormônios femininos (o estrógeno); a menor exposição das mulheres
a acidentes de trabalho e de trânsito, homicídios e outros; menor consumo de álcool e
tabaco – conseqüentemente, menor exposição a doenças cardiovasculares e câncer.
Segundo Veras (1987), também é fator importante a preocupação das mulheres com
a assistência básica à saúde, havendo cuidado de prevenção desde a vida adulta.
Hayflick (1997) argumenta que ao se considerar a expectativa de vida a
partir da concepção ou do nascimento, na adolescência os homens alcançam as
mulheres. A partir dessa fase a vantagem feminina em termos de expectativa de vida
fica cada vez mais pronunciada.
O perfil das mulheres idosas deve ser mais bem averiguado para se ter
conhecimento de como vivem, pois o comportamento, ao longo da vida, de homens e
mulheres, é bastante heterogêneo.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
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60
Escreve Berzins (2003, p. 28):
“A velhice é uma experiência que se processa diferentemente
para homens e para mulheres, tanto nos aspectos sociais
como nos econômicos, nas condições de vida, nas doenças e
até mesmo na subjetividade [...]”.
Camarano (2003) relata que em 2000 a expectativa de vida das mulheres
aumentou para 8,7 anos. Essas mulheres idosas, em geral, vivem em situação de
pobreza. Não trabalharam na vida adulta, por isso não têm aposentadoria. Deve-se
levar em consideração a maior chance de serem dependentes economicamente da
família, pois o foram ao longo de toda a vida.
Berzins (2003, p. 28) enfatiza:
“[...] Viver mais não é sinônimo de viver melhor. As
mulheres acumulam no decorrer da vida desvantagens
(violência, discriminação, salários inferiores aos dos
homens, dupla jornada etc) e as mulheres têm mais
probabilidade de serem mais pobres do que os homens e
dependerem mais de recursos externos”.
As mulheres de hoje, no processo de envelhescência14, mostram realidade
diferente: trabalham, estudam, têm mais autonomia, maior liberdade e prazer. Elas
estarão em uma outra perspectiva, diferentemente de suas avós, educadas para o
cuidar. Essa é construção social ainda inominável.
14
Segundo Prata (1995), a envelhescência é o período compreendido entre os 45 e 60 anos de idade.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
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61
Para as mulheres idosas atuais, se viver mais tem diferentes
complicações, como a maior chance de solidão. Conseqüentemente terem que viver
em instituições asilares, pois às vezes ficam viúvas por muito tempo. A viuvez
também pode ser o fator decisivo na extensão do cuidado aos netos. Lopes (2003) e
Veras (1988) registram esses aspectos.
Em contrapartida, Debert (1999) mostra que para muitas mulheres idosas
a velhice e a viuvez podem ser momento de independência e realização, a partir do
papel cultural de submissão aos homens, desempenhado vida afora.
Entretanto, autores como Camarano (2003) e Camargos (2005)
descrevem que as mulheres idosas têm maior chance de experimentar piores
condições de saúde, pois vivem mais, expostas há mais tempo às doenças crônicodegenerativas. Em conseqüência, há demandas de saúde pública a serem promovidas
pelo Estado. As mulheres idosas experimentam doenças típicas da última fase da
vida, como artrite ou reumatismo, diabetes, hipertensão, doença do coração,
depressão e muitas outras, que geralmente dificultam as atividades diárias (vestir-se,
comer, tomar banho etc.), causando incapacidade funcional15 que resulta em
dependência 16.
Em contrapartida, Quaresma (2004, p. 5) ressalta:
15
Alguns autores chamam de incapacidade funcional a dificuldade de realizar uma ou mais atividades
da vida diária, como vestir-se, comer, tomar banho, ir ao banheiro, deitar-se e levantar-se da cama, e
atravessar um cômodo da casa (CAMARGOS, 2005).
16
Dependência é a necessidade de auxílio para realizar pelo menos uma das atividades listadas no
item acima (CAMARGOS, 2005).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
62
“A implementação de políticas de velhice, em função de uma
categoria associada às perdas e incapacidades, não tem
favorecido a integração desta fase da vida no continuum da
existência dos indivíduos. Pelo contrário, tem funcionado no
sentido inverso, reforçando a cristalização das imagens
desvalorizadas da velhice e de ser velho. A velhice
categorizada é a velhice opaca, desconhecida, temida,
tipificada e, por isso, despersonalizada. Em suma, não
sabemos como é vivida a velhice pelos velhos das nossas
sociedades, nem sabemos, nesta fase da vida, o que é a
experiência de enfrentamento da solidão, do isolamento, das
incapacidades para bastar no quotidiano”.
2.6.
Demandas da longevidade
A longevidade provoca pensamentos e atitudes, de acordo com Côrte
(2005, p. 241):
“[...] O prolongamento da vida gera muitas preocupações,
especialmente a atenção imediata com o aumento da
demanda por diversos serviços e os custos que isso
acarreta”.
O impacto da longevidade e do envelhecimento da população tem efeitos
sociais, psicológicos e econômicos, que repercutem em instituições como
previdência social, seguros de vida, aposentadoria e assistência à saúde.
No contexto de assistência à saúde, Johnson (1994) analisa que quanto
maior a idade e menores os contatos sociais do idoso, mais intensa a vulnerabilidade
ao agravo da saúde.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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Rodrigo Caetano Arantes
63
Observou-se novo cenário nos setores de atendimento à saúde da
população. Antes, 40% das mortes eram por doenças infectocontagiosas17, e hoje
representam somente 10%. O oposto ocorreu com as chamadas doenças crônicodegenerativas, características de populações envelhecidas, nas quais houve aumento
significativo. Esse processo, segundo Gordilho (2000), denomina-se transição
epidemiológica e tem causado muitas mortes e incapacidades na população idosa,
morbimortalidades.
Os setores de atendimento à saúde não estão preparados em quantidade e
qualidade para atender aos idosos (LIMA, 2006). Segundo Lopes (2000), o termo
saúde implica todos os aspectos, como saneamento básico, educação, habitação,
condição de trabalho e recreação. São medidas de promoção de saúde, antes do
aparecimento da doença.
Estudo de Veras (2002) foi exposto que pela população idosa apresentar
ao final da vida mais problemas de saúde por causa das doenças crônicas, houve
ampliação no consumo de serviços de saúde, tornando-se de alto custo.
Lopes (2000) também refere observações a esse respeito, assinalando que
as causas de morte em idosos para ambos os sexos são doença cerebrovascular,
doença isquêmica do coração, neoplasmas malignos, doenças da circulação
pulmonar, do coração, do aparelho respiratório. Fatores geradores de custos
assistenciais.
17
As doenças infectocontagiosas são comuns em intercorrências infantis, de acordo com Gordilho
(2000).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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64
Motta (2001) comprovou esse dado em seu estudo, pois o índice de custo
de internação hospitalar, representado pela hospitalização por habitante/ano, foi de
R$ 10,54 na faixa etária de 0 a 14 anos e, para idosos, esse valor se estabeleceu em
R$ 59,40. Um dos fatores que contribuíram para esse aumento é o número de dias de
internação gastos. Na faixa etária de 0 a 14 anos, o número de dias de internação em
média correspondeu a 0,24 dias; para idosos, 1,27 dias.
Em decorrência do iminente crescimento da população idosa, percebe-se
demanda crescente pela utilização dos leitos hospitalares e, conseqüentemente, pelos
serviços de saúde. Verificou-se que o índice de internação hospitalar de idosos foi de
31,78% (MOTTA, 2001).
Segundo Sugahara (2005), entre os idosos é maior o número de homens
que realizam internações hospitalares. Esse número é crescente com o avançar da
idade.
A procura por serviços de saúde para exames de rotina ou de prevenção
corresponde a 4,5% das pessoas de 5 a 44 anos; para tratamento de reabilitação (entre
esses, a fisioterapia), 1,9%; e por motivo de doença, 4,7%. Os percentuais elevam-se
a partir dos 45 anos, atingindo respectivamente 13,0%, 5% e 14,6% da população
com 75 anos ou mais de idade (SUGAHARA, 2005).
Uma das causas dessa ocorrência é no Brasil se priorizar o atendimento
ao agravo das doenças:
“[...] apesar dessa efetiva expansão da atenção para a
clientela idosa, o setor de atenção à saúde manteve a
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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65
organização do trabalho centrado no atendimento médico
individual às doenças crônico-degenerativas, restringindose, em grande parte, a atendimentos médicos esporádicos de
complicações. Isso decorre, em grande parte, do fato de a
extensão da atenção à saúde no Brasil ainda se restringir ao
acesso à assistência médica individual, sendo freqüente, nos
serviços básicos, a redução do envelhecimento a um dos seus
atributos: a doença crônica”. (LIMA, 2006, p. 96).
O autor reafirma que os setores de saúde estão mais voltados ao aspecto
curativo, ou seja, níveis secundário e terciário de atenção à saúde. Na maioria das
vezes centrados na doença e não voltados ao idoso.
Segundo documentos da OMS (1982), citados por Filho (2006), a busca
por melhores condições de envelhecimento é denominada de promoção da saúde do
idoso, ou seja, ações que se manifestam por alterações no estilo de vida e que
resultam em redução do risco de adoecer e morrer.
Por causa dessa realidade, torna-se importante novas atitudes para
direcionar os setores de atendimento à saúde ao aspecto preventivo, diminuindo os
índices descritos de internação hospitalar. É muito mais caro cuidar de uma
população envelhecida doente do que cuidar de uma população envelhecida saudável
(CAMARANO, 2006).
Os setores de saúde devem se organizar para o Cuidar18. Esse Cuidar
envolve humanização do atendimento à saúde. A humanização, por sua vez, visa aos
18
Cf. Ayres (2004): deve-se utilizar essa palavra como substantivo próprio quando faz referência ao
Cuidado como designação de atenção à saúde.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
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horizontes da felicidade humana associada às tecnociências da saúde. O profissional
de saúde deve saber ouvir e interagir com os projetos de vida e os modos de ser dos
humanos, para haver maior eficiência na recuperação (AYRES, 2004). As
abordagens devem ser focadas na humanização.
Os profissionais fisioterapeutas, no atendimento, devem interagir com as
histórias de vida do paciente. O Cuidar é importante na prática profissional. Mas em
relação às práticas de nível primário, ou seja, de prevenção, os fisioterapeutas têm
desenvolvido papel de pouco destaque. As ações dos fisioterapeutas têm se baseado
mais nos níveis secundário e terciário, ou seja, em clínicas ou hospitais (SAMPAIO,
2002).
Tendo em vista esses fatores, a adoção de medidas preventivas no âmbito
profissional do fisioterapeuta e outros profissionais de saúde, direcionadas ao
contexto da longevidade, se caracteriza como prioritárias, para as pessoas
envelhecerem de forma mais saudável e com melhor qualidade de vida19.
É importante criar novos modelos assistenciais ou de prevenção, como a
assistência domiciliar, que levem em conta a influência do valor histórico, cultural e
psicológico no envelhecimento e nas situações de dependência. O contato pessoal
que o profissional fisioterapeuta tem com o paciente idoso permite conhecer seu
mundo e seus valores, fazendo com que sua voz seja incorporada à solução.
19
O termo qualidade de vida é mais geral e inclui variedade potencial maior de condições que podem
afetar a percepção do indivíduo, seus sentimentos e comportamentos relacionados ao seu
funcionamento diário, incluindo, mas não se limitando, à sua condição de saúde e às intervenções
médicas (FLECK, 1999).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
67
As ações preventivas acontecem por meio da promoção de saúde. Sobre
esse conceito, a carta de Ottawa, da Organização Mundial da Saúde, em l986 (citada
por LIMA, 2006, p. 99), assinala:
“O processo de capacitação da comunidade para atuar na
melhoria da sua qualidade de vida e saúde, incluindo-se uma
maior participação no controle desse processo, assumindo
que [...] É essencial capacitar-se as pessoas para aprender
durante toda a vida, preparando-se para as diversas fases da
existência, o que inclui o enfrentamento das doenças
crônicas e causas externas [...]”.
As pessoas devem ser educadas por meio de ações preventivas, que
visem ao não acometimento ou diminuição dos efeitos das doenças crônicodegenerativas, ao longo da vida. Várias medidas preventivas são realizadas somente
quando se está com algum dos fatores agravantes para o acometimento das doenças
crônico-degenerativas e quando já se é idoso. A mudança dessa prática se torna
relevante
Como o envelhecimento tem dimensões não somente biológicas, mas
principalmente socioeconômicas e culturais, fatores causadores de grande impacto na
sociedade, faz-se necessário abordar esse contexto. Minayo (2006) recusa o
pensamento de envelhecimento somente pelo critério biológico e idade cronológica.
De acordo com Quaresma (2004, p. 3):
“Nas sociedades contemporâneas, o substancial aumento da
esperança de vida verificado durante o século XX, associado
às profundas mudanças societais que para ele concorreram,
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
68
fez emergir o envelhecimento e a velhice como questão
social”.
A autora continua:
“O envelhecimento é hoje um fenômeno estruturante das
sociedades contemporâneas. Está associado a profundas
mudanças sociais, econômicas e culturais, indutoras de
novas formas da relação de reciprocidade sociedade/sujeito”
(2006, p. 49).
Infelizmente os governantes e a sociedade de maneira geral ainda não
perceberam tal magnitude: o envelhecimento é estrutural e estruturante de uma
sociedade. Alguns autores, mesmo ainda timidamente, destacam o envelhecimento
como um trunfo. Lima (2001), por exemplo, chama a atenção para a reflexão e a
unificação sobre os diversos conhecimentos, tendo em vista as diversas demandas da
longevidade. O envelhecimento e a longevidade realmente se tornam trunfos, e não
fardos.
Atualmente, esses aspectos são fundamentais, pois mostram a
longevidade como fator de característica biopsicossocial. O processo de
envelhecimento humano deve ser visto de maneira heterogênea e de forma singular,
evitando-se visões compartimentalizadas (COSTA, 2003).
Na realidade, enquanto a sociedade não perceber que o envelhecimento é
estruturante dela mesma, o impacto será maior.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
EZA REDORAT - Ontem, aos 99
Catanduva. Filha do sr. Miquel
de d. Rita Maria Redorat, faleciiúva e irmã de d. Alzira Redorat,
xa sobrinhas e sobrinhos. O enrealizado hoje, às 11 horas, no
Nossa Senhora do Carmo naquela
A (Delica) MESSAS BITAR - Aos
Viúva do com. Jorge Bittar, deixa
NA MARTHA DE MELLO - Aos
Viúva do sr. Accindino Fernandes
deixa filhos.
RALDA ROSSINI CALIA - Aos 92
va do sr. Gaspar Calia, deixa fi-
NA YARID ALBUQUERQUE DE
- Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
que de Barros, deixa filhos, nora,
etos e bisneto. A missa de sétimo
elebrada no dia 3, às 19h30, na
maculada Conceição, na Avenida
o Luís Antonio.
A MONTEIRO LIMA - Aos 81
ada com o sr. Álvaro Lima, deixa
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
dos Santos, deixa filhos.
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos 89 anos. Casado com d. Maria de Jesus, deixa filhos.
BRUNO COSTENARO - Aos 74 anos. Viúva, deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE LIMA - Aos 70
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELICE - Aos 64 anos.
Deixa mulher, filha, neta e irmãos.
D. SALUA MACUL GATTÁS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Hafed Gattás, deixa os filhos Omar, Regina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera Lúcia. Deixa
ainda genro, noras e netos. No dia 6 (domingo),
às 11 horas, na Igreja Presbiteriana do Jardim das
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, será realizado
culto em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo de d.
Adélia Piovan Arnesi, deixa filhos.
NELSON DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83 anos,
em Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza de Salles
Oliveira, deixa filhos e netos. O enterro realizouse ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos. Viúva do sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos, nora, genro
e irmãos. O enterro será realizado amanhã, às 10
horas, no Cemitério Israelita do Butantã.
EDUARDO DOS SANTOS - Aos 91 anos. Viúvo
de d. Holandina (Neca) O. dos Santos, deixa filhos, noras e netos. O enterro será realizado hoje,
às 10 horas, no Cemitério do Morumbi.
D. ANA GONÇALVES - Aos 95 anos. Viúva do sr.
Adriano de Magalhães e Sousa, deixa filha.
D. ELVIRA SABA BUCALEM – Aos 95 anos. Viúva do sr. Miguel Bucalem, deixa filhos.
D. RAPHAELA MARQUES BARGE - Aos 92
anos. Viúva do sr. Caetano Marques Barge, deixa
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos
do com d. Maria de Jesus, deixa
BRUNO COSTENARO - Aos
deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELIC
Deixa mulher, filha, neta e irmão
D. SALUA MACUL GATTÁS - A
va do sr. Hafed Gattás, deixa os
gina, Sonia, Nelson, Cláudio e V
ainda genro, noras e netos. No
às 11 horas, na Igreja Presbiteria
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, s
to em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 a
Adélia Piovan Arnesi, deixa filho
NELSON DE SALLES OLIVEIR
em Brasília. Viúvo de d. Ineida
Oliveira, deixa filhos e netos. O
se ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, a
va do sr. Lejbus Zalcman, deixa
ro e irmãos. O enterro será realiz
10 horas, no Cemitério Israelita d
EDUARDO DOS SANTOS - Ao
de d. Holandina (Neca) O. dos
lhos, noras e netos. O enterro ser
às 10 horas, no Cemitério do Mo
D. ANA GONÇALVES - Aos 95
sr. Adriano de Magalhães e Sou
D. ELVIRA SABA BUCALEM
Viúva do sr. Miguel Bucalem, de
D. RAPHAELA MARQUES BA
anos. Viúva do sr. Caetano Marq
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAU
83 anos. Deixa fllhos. O enterro
tem mesmo, à tarde, no Cemité
Horto da Paz, em Itapecerica da
D. ESCOLASTICA BRAGATO
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mar
D. MARIA ALICE ZAVITOSCK
COSTA - Aos 77 anos. Casada
Mariano da Costa, não deixa filh
D. JUDITH BARTHOLMEU A
anos. Viúva do sr. Diomedes Alv
D. APPARECIDA NICOLINI MA
anos. Casada com o sr. Pascoa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 8
com d. Tereza de Jesus Bernacc
filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 an
d. Benedita Tracanella Delfino, d
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZ
Viúvo de d. Julieta Della Santa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viú
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 an
d. Antonia Mendes Gomes, deix
ABENICIO JOSÉ DOS SANTO
Casado com d. Maria Lourdes S
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA
Casado com d. Erna Vieira da S
D. THEREZA REDORAT - Onte
em Catanduva. Filha do sr. Miqu
d. Rita Maria Redorat, falecidos,
de d. Alzira Redorat, viúva. De
sobrinhos. O enterro será realiz
horas, no Cemitério Nossa Senho
quela cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS
anos. Viúva do com. Jorge Bitta
D. JORGINA MARTHA DE M
anos. Viúva do sr. Accindino Fern
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CAL
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa
D. HELENA YARID ALBUQUE
ROS - Aos 85 anos. Viúva
Albuquerque de Barros, deixa f
ros, netos e bisneto. A missa de
celebrada no dia 3, às 19h3
lmaculada Conceição, na Avenid
Antonio.
III Parte - Potencialidades na longevidade
A DA SILVA LUNA - Aos 79 anos.
xa filhos.
SEBASTIANA DE CASTRO SIL79 anos. Viúva, não deixa filhos.
Y LINS WANDERLEY - Aos 77
ada com o sr. Marinezio de Lima
y, deixa filhos.
ECIDA MARTINS ANJO - Aos 73
sada com o sr. Osvaldo Ferreira
a filhos.
DE GONÇALVES LOPES - Aos
Casada com o sr. Luiz Lopes, dei-
ALICE MASSETI - Aos 69 anos.
om o sr. Vicenzo Masseti, deixa
ALINA APARECIDA SILVA DOS
- Aos 67 anos. Viúva do sr.
Manoel dos Santos, deixa filhos.
IS DE ALMEIDA - Aos 89 anos.
om d. Maria de Jesus, deixa filhos.
COSTENARO - Aos 74 anos. Viúdois filhos.
MARIA CLARET DE LIMA - Aos
Deixa uma filha.
O ORESTE DE FELICE - Aos 64
xa mulher, filha, neta e irmãos.
A MACUL GATTÁS - Aos 85 anos.
sr. Hafed Gattás, deixa os filhos
ina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera
xa ainda genro, noras e netos. No
mingo), às 11 horas, na Igreja
ana do Jardim das Oliveiras, na
Jaú, 752, será realizado culto em
raças.
O ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo
a Piovan Arnesi, deixa filhos.
DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83
Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza
Oliveira, deixa filhos e netos. O
alizou-se ontem, no cemitério lo-
ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos.
sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos,
o e irmãos. O enterro será realinhã, às 10 horas, no Cemitério
o Butantã.
O DOS SANTOS - Aos 91 anos.
d. Holandina (Neca) O. dos Sanfilhos, noras e netos. O enterro
ado hoje, às 10 horas, no Cemiorumbi.
ONÇALVES - Aos 95 anos. ViúAdriano de Magalhães e Sousa,
A SABA BUCALEM – Aos 95
va do sr. Miguel Bucalem, deixa
AELA MARQUES BARGE - Aos
Viúva do sr. Caetano Marques
xa filhos.
70
III PARTE: POTENCIALIDADES NA LONGEVIDADE
3.1.
A velhice e seus aspectos
N
ão há como fugir da velhice, pois é etapa de vida, o epílogo da maioria
da humanidade (HILLMAN, 2001). A certeza implica reflexão: na
longevidade está implícito o benefício de mais anos alcançados. Até
que ponto esse processo é somente benigno?
Baltes (2002) cita, em um de seus trabalhos, as boas novidades para a
terceira idade20, e novidades não assim tão boas ou más para a quarta idade21 ou
velhice avançada.
A transição da terceira para a quarta idade acontece em diferentes anos
para os diversos tipos de idosos, a depender da condição socioeconômica e qualidade
de vida. O início da quarta idade se dá dos 80 aos 85 anos de idade (BALTES, 2002).
20
A expressão terceira idade é eufemismo para designar também a velhice.
Cf. Baltes (2002), os termos terceira e quarta idades foram criados por Neugarten (1974) e pelo
historiador Laslett (1991).
21
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
71
Baltes (2002, p.12) também cita as novidades “não assim tão boas ou
más” da quarta idade (velhice avançada):
• Consideráveis perdas em potencial cognitivo e em capacidade para
aprender;
• Aumento na síndrome do estresse crônico;
• Considerável prevalência de demência (cerca de 50% entre os
nonagenários);
• Altos níveis de fragilidade, disfuncionalidade e multimorbilidade;
• Morrer em idade avançada: com dignidade?
• Perspectivas para o século XXI: a era da incompletude crônica da
mente e do corpo?
Hillman (2001) discute o prolongamento da vida, propondo que, se o
tempo de vida maior somente acrescentar mais dias de sofrimento, com dor, tristeza e
incapacidade, tem-se que rever a idéia de que tem-se somente benefícios.
O que é dito como reflexão por Côrte (2005, p. 242), propondo algumas
questões:
“[...] Qual é a qualidade desse prolongamento da vida? Qual
é a idéia do prolongamento da vida? Será que as pessoas se
tornaram vítimas da sua própria idade?”.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
72
Baltes (2002, p. 12) é categórico ao destacar:
• Aumento na expectativa de vida: mais pessoas vivendo mais;
• Substancial potencial latente para melhor competência física e mental
na velhice;
• Sucessivas coortes e gerações mostram ganhos em competência física
e mental;
• Evidências de reservas cognitivo-emocionais da inteligência na
velhice;
• Mais pessoas envelhecendo bem;
• Altos níveis de bem-estar emocional e pessoal (plasticidade do self22);
• Estratégias efetivas para administrar os ganhos e as perdas da velhice.
Para alguns autores, entre eles Netto (2001, p. 47-48):
“[...] a terceira idade é o momento de melhor avaliação
crítica da vida, em virtude das experiências acumuladas,
tornando as pessoas mais detalhistas e pacientes. [...]
crescem as oportunidades de realização e satisfação de
muitas coisas que não puderam ser conseguidas quando se
estava preso ou presa às obrigações profissionais e
familiares”.
22
Baltes (2002) denomina self todo ajustamento pessoal às mudanças nas condições de vida, toda
adaptação e reconstrução interna.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
73
Mas todos são unânimes ao questionar: o fato de se viver mais tem
somente aspecto positivo de mais anos de vida alcançados? A esse respeito,
Izquierdo (2002) suscita questões que a longevidade com saúde, alcançada pelos
avanços da medicina, apresenta aspectos positivos.
De acordo com o autor, com relação à existência, as perdas (pessoas que
nunca mais serão vistas), de energia física, perda da potência sexual, de nível
socioeconômico e de trabalho se mostram como aspectos não assim tão bons para
o idoso.
Fato corroborado por Quaresma (2004, p. 5):
“Riscos sociais, ambientais e de saúde, que todos, e os mais
velhos em particular, enfrentam num tempo mais longo e de
forma mais persistente. Riscos de isolamento, de solidão, de
incapacidades, de exclusão”.
Destaca-se nos dizeres de Quaresma (2004) que esses acontecimentos são
inerentes a todos, independentemente da idade. Puijalon (2003, p. 10), citado por
Quaresma (2004, p.11), torna bem claro:
“Pode-se estar isolado ou ter um sentimento de solidão em
qualquer idade, como escreveu Emmanuel Lévinas: ‘A
solidão é uma categoria do ser’. No entanto, quem diz
velhice não diz forçosamente solidão. Mas, mesmo para os
que a não conhecem, nesta idade ela é um horizonte temido”.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
74
Izquierdo (2002) questiona se a longevidade caminha simultaneamente à
felicidade, com o fato de se sentir melhor, vontade de fazer coisas e emoções
respeitadas. Os idosos muitas vezes não têm seus sentimentos considerados.
Baltes (2002, p. 5) discorre, com uma lenda grega, sobre os aspectos não
assim tão bons da longevidade:
“[...] A lenda é sobre a deusa Eos (Aurora), que se
apaixonou por um mortal, Títono, príncipe de Tróia.
Sabendo-se imortal, Eos queria viver com ele e amá-lo para
sempre. Imbuída desse sentimento, a deusa implorou a Zeus
que fizesse com que seu amado se tornasse imortal. Zeus
atendeu ao desejo de Eos e agraciou Títono com a vida
eterna. Entretanto, o dom de Zeus não incluiu as outras
condições desfrutadas pelos deuses gregos, a saber, a
juventude e a vitalidade eternas. Então, apesar da
imortalidade, Títono envelheceu como um ser humano
comum: foi ficando cada vez mais frágil e, embora seu corpo
continuasse vivo, sua mente morreu. Com muita dor no
coração, Eos decidiu transferir o antigo amante para um
quarto separado, onde, de acordo com a lenda, ele vegetou
para sempre”.
Para a dignidade humana, viver muito pode ter conseqüências
desagradáveis, muitas perdas e poucos ganhos. Na sociedade moderna valoriza-se
fortemente a juventude e marginaliza-se a velhice, considerada ausência de futuro e
baixas perspectivas (BALTES, 2002; OLIVEIRA, 2006).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
75
A esse respeito, escreve Oliveira (2005, p. 232):
“Considerando essa faixa etária defrontamo-nos com o
crescente número de doenças crônico-degenerativas, o que,
associado às precárias condições socioeconômicas e de
acesso a tratamentos médicos tornam o sofrimento físico uma
realidade em evidência. Esse sofrimento físico traz-nos um
incômodo por nos fazer lembrar de nossa condição frágil de
seres humanos, também vulneráveis a essa situação, já que a
velhice é um tempo que nos aguarda”.
A sociedade tende a personificar o que não é tão bom no envelhecimento,
como a perda da vitalidade e todos os atributos tidos como sendo somente de idosos:
rabugice, teimosia e mau humor, por exemplo. Essas características correlacionadas
com o envelhecimento são defeitos do caráter. São aspectos inerentes aos indivíduos
que os possuem e que quando se envelhece, somente se exacerbam. A esse respeito,
Cícero, comentado por Hillman (2001, p. 49), discorre:
“Os idosos são rabugentos, perturbados, nervosos e difíceis
de serem contentados; [...] esses são defeitos do caráter, não
da idade”.
A sociedade não aceita surrar os idosos, mas muitas pessoas têm esse
desejo. Com isso, os maus-tratos a idosos se disseminam com freqüência, pois em
geral odeia-se envelhecer, e os idosos representam exatamente o que não se quer.
Sem a idéia de caráter a longevidade se torna uma carga para a sociedade
(HILLMAN, 2001).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
76
De acordo com Venter, citado por Côrte (2005, p. 244), o ideal é
melhorar a qualidade da maneira de se viver em uma vida de duração normal,
objetivo muito valioso. Para o século XXI, alguns cientistas vêem o envelhecimento
com muito otimismo. Matilda White Riley, citada por Hayflick (1997, p. 325), disse:
“[...] que as restrições na auto-expressão que hoje
caracterizam a atitude da sociedade em relação aos idosos
vão mudar”.
Para Lima (2001, p. 24), a união dos idosos é o grande diferencial para as
mudanças de estigmas:
“[...] Unidos, ganharão força, coragem para reagirem ao
estigma de velhice – de perdas, isolamento, incapacidade -,
para se encaminharem e viverem o novo paradigma de
velhice – de ganhos, de lutas, de participação, de autonomia
[...]”.
Segundo Netto (2001, p. 49):
“Cada vez mais, os próprios idosos estão rejeitando as
representações negativas a respeito da idade e vencendo os
preconceitos, os estereótipos e as barreiras que cercam a sua
condição [...]”.
Vários setores da indústria, empresas de prestação de serviços e mídia
têm descoberto nos idosos boa fonte de investimentos. Alguns equívocos a respeito
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
77
do consumidor idoso estão caindo por terra. O setor de turismo é um deles. Aposta
no idoso e vê nesses bons consumidores (BERZINS, 2003).
Em contraponto aos aspectos não assim tão bons da longevidade e
velhice, Hillman (2001) cita como benefício de se viver muito a possibilidade de se
conhecer os bisnetos. Quaresma (2004, p. 4) discorre sobre a longevidade:
“Os seniores de hoje são a primeira geração de idosos,
reformados, a experienciar viver uma idade adulta
prolongada, marcada pela coexistência da diversidade e
complexidade dos papéis. É um dado novo poder ser
simultaneamente filho, neto, pai, avô, professor e aluno,
apoio, ajuda para o outro e apoiado, ajudado por outros”.
Com o envelhecimento a descoberta de novas possibilidades deve ser
pensada. Não se pode encarar o envelhecimento como somente fase de perdas
funcionais e incapacidades, como dito anteriormente. Existe a necessidade de contrageneralização de velhice, desconstruindo a velhice genérica e mostrando os vários
jeitos de se envelhecer (MERCADANTE, 2005).
A longevidade remete a importância de ressignificações e novas
aprendizagens. E, para isso, existe a plasticidade cerebral23. De acordo com Lima
(2001, p. 17):
“Aumentar a capacidade mental do indivíduo, ajudando-o a
concentrar-se,
sintonizar
habilidades
sensório-motoras,
mantê-lo motivado, melhorar a memória, acelerar o tempo
23
Os neurocientistas adotam o termo plasticidade cerebral para a capacidade do cérebro em ser
dinâmico, crescer e mudar todo o tempo (LIMA, 2001).
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
78
de reação, diminuir o estresse, evitar o envelhecimento
cerebral são metas que pretendem ser alcançadas com o
novo conhecimento da plasticidade cerebral”.
Em conseqüência da capacidade do cérebro abrir novos caminhos, o
idoso pode, na velhice, desvelar novos horizontes. A esse respeito enfatiza Lima
(2001, p. 22):
“Mediante esse quadro e com a visão da plasticidade
cerebral, abre-se um novo caminho que o idoso pode
percorrer: ir ou voltar aos bancos escolares, como uma
estimulação para desenvolver sua inteligência e seu cérebro.
A questão hoje é: use o cérebro ou perca-o!”.
A aprendizagem é processo contínuo que se faz ao longo da vida. Iniciase nos primeiros minutos da vida e estende-se por toda a existência. De acordo com
Valente (2001, p. 37):
“Aprendizagem continuada ao longo da vida significa que, se
uma pessoa tem o desejo de aprender, ela terá condições de
fazê-lo, independentemente de onde e quando isso ocorre”.
A conscientização sobre a possibilidade de aprendizagem na velhice é
importante ferramenta na abordagem de qualquer profissional e no cuidado diário do
familiar com o idoso. O idoso é tido, na maioria das vezes, como indivíduo sem
capacidade de aprender. O potencial para a aprendizagem é mantido ao longo
da vida.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
79
Segundo Valente (2001, p. 39-40):
“[...] Para estimular a aprendizagem ao longo da vida é
necessário
resgatar,
o
mais
rápido
possível,
as
potencialidades que as pessoas têm para aprender e ser
agentes de aprendizagem, criando oportunidades para que
elas possam colocar em prática esses potenciais de modo
consciente [...]”.
São grandes as mudanças nos idosos quando têm acesso ao saber (LIMA,
2001). Os benefícios incluem a não ociosidade, decorrente da aposentadoria, e
também a chance de aprender em um mundo de constante informatização, no qual a
velocidade da informação não tem limite.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
EZA REDORAT - Ontem, aos 99
Catanduva. Filha do sr. Miquel
de d. Rita Maria Redorat, faleciiúva e irmã de d. Alzira Redorat,
xa sobrinhas e sobrinhos. O enrealizado hoje, às 11 horas, no
Nossa Senhora do Carmo naquela
A (Delica) MESSAS BITAR - Aos
Viúva do com. Jorge Bittar, deixa
NA MARTHA DE MELLO - Aos
Viúva do sr. Accindino Fernandes
deixa filhos.
RALDA ROSSINI CALIA - Aos 92
va do sr. Gaspar Calia, deixa fi-
NA YARID ALBUQUERQUE DE
- Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
que de Barros, deixa filhos, nora,
etos e bisneto. A missa de sétimo
elebrada no dia 3, às 19h30, na
maculada Conceição, na Avenida
o Luís Antonio.
A MONTEIRO LIMA - Aos 81
ada com o sr. Álvaro Lima, deixa
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
dos Santos, deixa filhos.
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos 89 anos. Casado com d. Maria de Jesus, deixa filhos.
BRUNO COSTENARO - Aos 74 anos. Viúva, deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE LIMA - Aos 70
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELICE - Aos 64 anos.
Deixa mulher, filha, neta e irmãos.
D. SALUA MACUL GATTÁS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Hafed Gattás, deixa os filhos Omar, Regina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera Lúcia. Deixa
ainda genro, noras e netos. No dia 6 (domingo),
às 11 horas, na Igreja Presbiteriana do Jardim das
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, será realizado
culto em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo de d.
Adélia Piovan Arnesi, deixa filhos.
NELSON DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83 anos,
em Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza de Salles
Oliveira, deixa filhos e netos. O enterro realizouse ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos. Viúva do sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos, nora, genro
e irmãos. O enterro será realizado amanhã, às 10
horas, no Cemitério Israelita do Butantã.
EDUARDO DOS SANTOS - Aos 91 anos. Viúvo
de d. Holandina (Neca) O. dos Santos, deixa filhos, noras e netos. O enterro será realizado hoje,
às 10 horas, no Cemitério do Morumbi.
D. ANA GONÇALVES - Aos 95 anos. Viúva do sr.
Adriano de Magalhães e Sousa, deixa filha.
D. ELVIRA SABA BUCALEM – Aos 95 anos. Viúva do sr. Miguel Bucalem, deixa filhos.
D. RAPHAELA MARQUES BARGE - Aos 92
anos. Viúva do sr. Caetano Marques Barge, deixa
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAUJO - Ontem, aos
83 anos. Deixa fllhos. O enterro realizou-se ontem
mesmo, à tarde, no Cemitério e Crematório Horto
da Paz, em Itapecerica da Serra.
D. ESCOLASTICA BRAGATO MARETO - Aos
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mareto, deixa filhas.
D. MARIA ALICE ZAVITOSCKI MARIANO DA
COSTA - Aos 77 anos. Casada com o sr. Jayme
Mariano da Costa, não deixa filhos.
D. JUDITH BARTHOLMEU ALVES - Aos 77
anos. Viúva do sr. Diomedes Alves, deixa filhos.
D. APPARECIDA NICOLINI MARTINS - Aos 73
anos. Casada com o sr. Pascoal Martins, deixa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 89 anos. Casado com
d. Tereza de Jesus Bernacci Marzulli, deixa filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 anos. Casado com
d. Benedita Tracanella Delfino, deixa filhos.
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZA - Aos 86 anos.
Viúvo de d. Julieta Della Santa de Souza, deixa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viúvo de d. Guiomar
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 anos. Casado com
d. Antonia Mendes Gomes, deixa filhos.
ABENICIO JOSÉ DOS SANTOS - Aos 70 anos.
Casado com d. Maria Lourdes Silva dos Santos,
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA - Aos 69 anos.
Casado com d. Erna Vieira da Silva, deixa filhas.
D. THEREZA REDORAT - Ontem, aos 99 anos,
em Catanduva. Filha do sr. Miquel Redorat e de d.
Rita Maria Redorat, falecidos, era viúva e irmã de
d. Alzira Redorat, viúva. Deixa sobrinhas e sobrinhos. O enterro será realizado hoje, às 11 horas,
no Cemitério Nossa Senhora do Carmo naquela
cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS BITAR - Aos 93
anos. Viúva do com. Jorge Bittar, deixa filhos.
D. JORGINA MARTHA DE MELLO - Aos 93
anos. Viúva do sr. Accindino Fernandes de Mello,
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CALIA - Aos 92 anos.
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa filhos.
D. HELENA YARID ALBUQUERQUE DE BARROS - Aos 85 anos. Viúva do sr. Linnêu
Albuquerque de Barros, deixa filhos, nora, genros, netos e bisneto. A missa de sétimo dia será
celebrada no dia 3, às 19h30, na igreja da
lmaculada Conceição, na Avenida Brigadeiro Luís
Antonio.
D. IZALDA MONTEIRO LIMA - Aos 81 anos.
Casada com o sr. Álvaro Lima, deixa filhas.
D. HELENA DA SILVA LUNA - Aos 79 anos. Viúva, deixa filhos.
D. FABIA SEBASTIANA DE CASTRO SILVA Aos 79 anos. Viúva, não deixa filhos.
D. IRACY LINS WANDERLEY - Aos 77 anos.
Casada com o sr. Marinezio de Lima Wanderley,
deixa filhos.
D. APARECIDA MARTINS ANJO - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Osvaldo Ferreira Anjo, deixa filhos.
D. ALAYDE GONÇALVES LOPES - Aos 73 anos.
Casada com o sr. Luiz Lopes, deixa filhos.
D. MARIA ALICE MASSETI - Aos 69 anos. Casada com o sr. Vicenzo Masseti, deixa filhos.
D. DURVALINA APARECIDA SILVA DOS SANTOS - Aos 67 anos. Viúva do sr. Geronimo Manoel
JOSÉ REIS DE ALMEIDA - Aos
do com d. Maria de Jesus, deixa
BRUNO COSTENARO - Aos
deixa dois filhos.
ANTONIO MARIA CLARET DE
anos. Deixa uma filha.
EDMUNDO ORESTE DE FELIC
Deixa mulher, filha, neta e irmão
D. SALUA MACUL GATTÁS - A
va do sr. Hafed Gattás, deixa os
gina, Sonia, Nelson, Cláudio e V
ainda genro, noras e netos. No
às 11 horas, na Igreja Presbiteria
Oliveiras, na Alameda Jaú, 752, s
to em ação de graças.
AMÉRICO ARNESI - Aos 93 a
Adélia Piovan Arnesi, deixa filho
NELSON DE SALLES OLIVEIR
em Brasília. Viúvo de d. Ineida
Oliveira, deixa filhos e netos. O
se ontem, no cemitério local.
D. SARA ZALCMAN - Ontem, a
va do sr. Lejbus Zalcman, deixa
ro e irmãos. O enterro será realiz
10 horas, no Cemitério Israelita d
EDUARDO DOS SANTOS - Ao
de d. Holandina (Neca) O. dos
lhos, noras e netos. O enterro ser
às 10 horas, no Cemitério do Mo
D. ANA GONÇALVES - Aos 95
sr. Adriano de Magalhães e Sou
D. ELVIRA SABA BUCALEM
Viúva do sr. Miguel Bucalem, de
D. RAPHAELA MARQUES BA
anos. Viúva do sr. Caetano Marq
filhos.
D. MARIA BEZERRA DE ARAU
83 anos. Deixa fllhos. O enterro
tem mesmo, à tarde, no Cemité
Horto da Paz, em Itapecerica da
D. ESCOLASTICA BRAGATO
80 anos. Viúva do sr. Miguel Mar
D. MARIA ALICE ZAVITOSCK
COSTA - Aos 77 anos. Casada
Mariano da Costa, não deixa filh
D. JUDITH BARTHOLMEU A
anos. Viúva do sr. Diomedes Alv
D. APPARECIDA NICOLINI MA
anos. Casada com o sr. Pascoa
filhos.
OSWALDO MAZULLI - Aos 8
com d. Tereza de Jesus Bernacc
filhos.
MANOEL DELFINO - Aos 86 an
d. Benedita Tracanella Delfino, d
JOAQUIM AUGUSTO DE SOUZ
Viúvo de d. Julieta Della Santa
filha.
HELIO FAGGI - Aos 79 anos. Viú
Magutti Faggi, deixa filhos.
ANTONIO GOMES - Aos 71 an
d. Antonia Mendes Gomes, deix
ABENICIO JOSÉ DOS SANTO
Casado com d. Maria Lourdes S
deixa filho.
LOURIVAL VIEIRA DA SILVA
Casado com d. Erna Vieira da S
D. THEREZA REDORAT - Onte
em Catanduva. Filha do sr. Miqu
d. Rita Maria Redorat, falecidos,
de d. Alzira Redorat, viúva. De
sobrinhos. O enterro será realiz
horas, no Cemitério Nossa Senho
quela cidade.
D. ADÉLIA (Delica) MESSAS
anos. Viúva do com. Jorge Bitta
D. JORGINA MARTHA DE M
anos. Viúva do sr. Accindino Fern
deixa filhos.
D. ESMERALDA ROSSINI CAL
Viúva do sr. Gaspar Calia, deixa
D. HELENA YARID ALBUQUE
ROS - Aos 85 anos. Viúva
Albuquerque de Barros, deixa f
ros, netos e bisneto. A missa de
celebrada no dia 3, às 19h3
lmaculada Conceição, na Avenid
Antonio.
Última Parte - Algumas Reflexões
A DA SILVA LUNA - Aos 79 anos.
xa filhos.
SEBASTIANA DE CASTRO SIL79 anos. Viúva, não deixa filhos.
Y LINS WANDERLEY - Aos 77
ada com o sr. Marinezio de Lima
y, deixa filhos.
ECIDA MARTINS ANJO - Aos 73
sada com o sr. Osvaldo Ferreira
a filhos.
DE GONÇALVES LOPES - Aos
Casada com o sr. Luiz Lopes, dei-
ALICE MASSETI - Aos 69 anos.
om o sr. Vicenzo Masseti, deixa
ALINA APARECIDA SILVA DOS
- Aos 67 anos. Viúva do sr.
Manoel dos Santos, deixa filhos.
IS DE ALMEIDA - Aos 89 anos.
om d. Maria de Jesus, deixa filhos.
COSTENARO - Aos 74 anos. Viúdois filhos.
MARIA CLARET DE LIMA - Aos
Deixa uma filha.
O ORESTE DE FELICE - Aos 64
xa mulher, filha, neta e irmãos.
A MACUL GATTÁS - Aos 85 anos.
sr. Hafed Gattás, deixa os filhos
ina, Sonia, Nelson, Cláudio e Vera
xa ainda genro, noras e netos. No
mingo), às 11 horas, na Igreja
ana do Jardim das Oliveiras, na
Jaú, 752, será realizado culto em
raças.
O ARNESI - Aos 93 anos. Viúvo
a Piovan Arnesi, deixa filhos.
DE SALLES OLIVEIRA - Aos 83
Brasília. Viúvo de d. Ineida Souza
Oliveira, deixa filhos e netos. O
alizou-se ontem, no cemitério lo-
ZALCMAN - Ontem, aos 91 anos.
sr. Lejbus Zalcman, deixa filhos,
o e irmãos. O enterro será realinhã, às 10 horas, no Cemitério
o Butantã.
O DOS SANTOS - Aos 91 anos.
d. Holandina (Neca) O. dos Sanfilhos, noras e netos. O enterro
ado hoje, às 10 horas, no Cemiorumbi.
ONÇALVES - Aos 95 anos. ViúAdriano de Magalhães e Sousa,
A SABA BUCALEM – Aos 95
va do sr. Miguel Bucalem, deixa
AELA MARQUES BARGE - Aos
Viúva do sr. Caetano Marques
xa filhos.
81
ÚLTIMA PARTE: ALGUMAS REFLEXÕES
A
maior longevidade alcançada pelos idosos implica reflexões. A morte é
uma importante etapa para os seres humanos. De maneira alguma se
pretende relacionar a velhice à iminência da morte. Afinal, ela, a
morte, não é “exclusivista” e não escolhe somente os velhos.
Pelas palavras de Monteiro (2005, p. 80):
“Assim, a maior longevidade acabou por nos deixar marcas
da foice da morte. De tanto tentar esquivar-se dela ficamos
lesados, feridos, desconhecendo o saborear”.
O filósofo francês Jean Baudrillard, citado por Côrte (2005, p. 255),
também reflete: “[...] existe algo oculto em nós: a nossa morte, mas algo mais está
escondido, aguardando-nos dentro de cada uma de nossas células: o esquecimento
da morte”.
Esse trecho obriga a pensar na importância da morte para cada ser vivo.
Como toda fase, nascimento, crescimento e reprodução, a morte também faz parte da
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
82
vida e não deve ser esquecida e negligenciada. Monteiro (2005, p. 78) disse: “Viver,
envelhecer e morrer são processos que nos permitem estar cada vez mais perto de
nós mesmos”.
Segundo esse mesmo autor,“a vida gera, alimenta, consome e nos
entrega à morte. Durante o processo de viver passamos por constantes ciclos de
renovação” (2005, p. 57).
Monteiro (2005, p. 62) cita o Livro Eclesiastes:
“Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo
propósito debaixo do céu: há tempo de nascer, e tempo de
morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se
plantou; tempo de matar, e tempo de curar; tempo de
derrubar e tempo de edificar; tempo de chorar, e tempo de
rir, tempo de prantear, e tempo de dançar; tempo de
espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de
abraçar, e tempo de abster-se de abraçar, tempo de buscar, e
tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deixar ir;
tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e
tempo de falar; tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de
guerra, e tempo de paz”.
O tempo é dado para todos, ceifado pela morte em várias fases da vida,
não só na velhice. Ser velho, portanto, significa ter conquistado um pouco mais de
tempo.
Em nossa sociedade, a morte é considerada uma derrota, como tudo
aquilo pelo qual se deve lutar, e não ceder jamais. Diversas pessoas, com algum tipo
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
83
de doença ainda incurável pela medicina tradicional, são vangloriadas quando
escapam da morte, caso consigam se curar. Diferentemente da cultura ocidental,
em algumas culturas orientais a morte é celebrada. Monteiro (2005, p. 79)
destaca: “Aceitar a morte passou a significar covardia em nossa cultura, símbolo de
fraqueza [...]”.
Py e Oliveira (2004, p. 137) citados por Oliveira (2006), dizem:
“Velhice e morte, são desse modo, banidas do discurso
oficial, uma vez que velhos e mortos, por não mais se
constituírem como força de produção, passam a representar
o subproduto do sistema: os primeiros por terem se tornado
falíveis, os segundos por radicalizarem essa condição. A
morte, constituindo-se como símbolo do fracasso – e,
portanto, de vergonha”.
Todos esses dizeres vêm também ao encontro do objeto de estudo desta
pesquisa, as notas de falecimento. A morte é importante etapa a ser vivenciada, e não
algo mórbido. É o destino mais certo e menos aceito para todo ser humano,
independentemente da idade.
Assim como a velhice, ela é sempre pensada por experiências
vivenciadas somente por outros e não pelo eu. O outro envelhece e morre, não eu.
Somente observo como “mero espectador” (OLIVEIRA, 2006).
Monteiro (2005, p. 57) enfatiza: “Como todos nós sabemos (mesmo que
o nosso inconsciente não acredite) iremos morrer indubitavelmente”. O homem,
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
84
desde que se tornou um ser consciente da sua morte e finitude24, jamais cansou de
procurar a imortalidade. Essa característica inerente, o processo de finitude, fez com
que a ciência sempre buscasse incessantemente a imortalidade do ser humano, com a
cura das diversas doenças, a partir de pesquisas avançadas. Os cientistas procuram a
imortalidade, pois se é mortal. Se o ser humano fosse imortal, procuraria a
mortalidade, pois sempre se está à procura de algo (OLIVEIRA, 2006).
Isso fez com que sempre se usassem também estratégias bastante
diversificadas para encarar a morte, como obstáculo a ser vencido, negado, ou forma
de aprofundamento, riqueza interior e algo para ser vivenciado (SANTOS, 2002).
Em nossa sociedade, a velhice é vista como sala de espera da morte,
como se fosse única e exclusivamente restrita aos velhos. Por tudo o que a sociedade
considera que os velhos já não são mais aptos a fazer, Endo (2002, p. 63), citado por
Oliveira (2006), escreveu:
“A partir de certa idade você tem que esperar a morte, você
não tem mais nada a fazer no meio social, você espera a
morte da melhor maneira que puder, e não é só uma
sugestão, vamos dizer assim, há certa insistência nisso”.
A outra reflexão vivenciada baseia-se na necessidade de se observar que
em relação à longevidade e ao envelhecimento ainda há muito a se fazer. Cabe a cada
um, dentro do seu âmbito profissional, divulgar as necessidades do segmento idoso.
Destaca-se o importante papel das mulheres no processo de envelhecimento. São
24
Segundo Dastur (2002, p. 7), citado por Oliveira (2006), o termo finitude se refere a fim de tempo, à
própria morte.
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
Rodrigo Caetano Arantes
85
maioria e têm necessidades diferenciadas, em conseqüência de todo o histórico
sociocultural ao longo da vida. Fator relevante para propor políticas públicas.
Outra reflexão pauta-se na vivência do envelhecimento pelos idosos na
metrópole de São Paulo, a partir das situações de dependência na qual muitos se
encontram. A cidade ainda não está preparada fisicamente para o envelhecimento,
em decorrência de suas especificidades, ou seja, todas as situações vivenciadas na
metrópole. Para os idosos essas situações ganham outra magnitude.
Pela negação ao envelhecimento imposta pela sociedade, o cumprimento
das políticas públicas se torna difícil. Gera-se desrespeito a esse segmento, além da
não implementação de políticas que estão no papel.
Não basta haver Estatuto do Idoso e nem Conselho Nacional de Direitos
do Idoso, se tudo o que está escrito, na verdade, não tem funcionalidade.
Devem-se quebrar mitos e paradigmas com relação à velhice e à
longevidade. Mostrar o idoso, afinal, com todo o seu potencial, sendo a velhice etapa
de vida como a adolescência, juventude e maturidade, não parte fragmentada da
existência humana.
O estudo da longevidade mostra que o ideal é ter uma vida de duração
normal e com qualidade. Não é o ideal viver muito além dos parâmetros da
expectativa de vida, dependentes em decorrência de doenças crônicas.
Este trabalho é uma maneira de tentar reforçar a magnitude da ocorrência
do envelhecimento e propor reflexões a partir do processo, a fim de haver alteração
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
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de atitude a partir da sociedade, e que sejam divulgadas as transformações. Sempre
se consegue a mudança no todo com a mudança de uma pequena parte, desde que
seja propagado o aprendido.
A longevidade na metrópole de São Paulo mostrada nas notas de
falecimento sinaliza que a sociedade deve ter como ponto de partida a velhice vivida
como modelo de imagem e de planejamento. Em outras palavras, indica que é
essencial se estudar os velhos para adaptar a sociedade às suas necessidades, e não
como se vem fazendo muito precariamente: adaptar os velhos à sociedade.
A velhice tornou-se fenômeno social, suscitando diversas políticas
específicas. É momento de mostrar a sua magnitude, pois identificado como
biológico, e chamando a atenção somente das ciências médicas, torna-se necessário
enfocar as demais ciências, especialmente as sociais, afinal, o meio social cria a
imagem dos velhos a partir dos ideais de cada era. Hoje, na era tecnológica, e apesar
de não viverem em condições apropriadas, as pessoas estão alcançando idades mais
avançadas na metrópole de São Paulo, afirmação comprovada pelas idades
apresentadas nas notas de falecimento.
As notas de falecimento levam à seguinte questão: por causa do aumento
da população idosa na cidade de São Paulo, qual perfil epidemiológico das doenças
crônicas está se desenhando nos centenários?
A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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A longevidade na metrópole de São Paulo pelas notas
de falecimento no Jornal da Tarde (2004-2005)
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97
APÊNDICE
Questionário para os recortes de notas de falecimento de idosos.
1. Jornal:
Jornal da Tarde
1
2. Ano da publicação das notas de falecimento:
2004
1
2005
2
3. Mês da publicação das notas de falecimento:
Junho
1
Julho
1
M
2
Agosto
3
4. Sexo do idoso:
F
2
5. Faixa etária do idoso:
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 74 anos
75 a 79 anos
80 a 84 anos
85 a 89 anos
90 a 94 anos
95 a 99 anos
1
2
3
4
5
6
7
8
100 a 104 anos
105 a 109 anos
9
10
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98
6. Estado civil do idoso:
Viúvo (a)
Casado/Vive Junto (a)
Indeterminado (a)
1
3
98
Separado/Divorciado 2
Solteiro
4
7. O idoso deixou familiares:
Sim
1
Não
2
8. Quem são os familiares deixados pelo idoso:
Filho (s)
Sobrinho (s)
Indeterminado
1
3
98
Irmão (s)
Neto (s)
2
4
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