1 JICA MOZAMBIQUE NEWSLETTER | Vol. 2 JICA Mozambique Newsletter Vol. 2 PUBLICADO: 31 DE MARÇO DE 2014 INCLUSIVE AND DYNAMIC DEVELOPMENT “O PM japonês anunciou um crédito de 70 bilhões de yens, o equivalente a 683 milhões USD, a ser desembolsado nos próximos cinco anos. O valor será investido nos projectos de desenvolvimento inclusivo ao longo do Corredor de Nacala” Dezembro 2013 O Presidente da República, Armando Emílio Guebuza e o Primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe no Fórum de Investimento que decorreu no dia 12 de Janeiro do ano corrente durante a visita do Governante Nipónico em Moçambique. D O Japão compromete-se aumentar as suas intervenções em Moçambique e 11 a 13 de Janeiro do ano corrente, o primeiroministro japonês, Shinzo Abe, efectuou uma visita histórica a Moçambique. Esta visita foi realizada na sequência do desejo manifestado pelo Governante durante o *TICAD V que decorreu em Junho de 2013 em Yokohama, Japão. No seu périplo por África, ele escalou à Costa de Marfim e Etiópia além de Moçambique. Esta foi a primeira vez que o primeiroministro japonês visitou o País. Moçambique, país com vários recursos naturais tais como o gás natural e carvão – tem atraído grande parte do sector privado japonês. A atracção do país vai além disso. O Japão considera Moçambique como o “caso modelo” da cooperação japonesa, no sentido de promover o desenvolvimento inclusivo como a formulação do plano de desenvolvimento do Corredor de Nacala e formação dos recursos humanos em várias áreas como saúde, educação e outras. A visita do Governante desempenhou um papel importante no aprofundamento e na diversificação das relações bilaterais em vários domínios. Na cimeira com o Presidente Armando Emílio Guebuza, o Governante Japonês visou reforçar a cooperação entre os dois países com base numa parceria ampla e mutuamente benéfica, denominada AMIZADE (Nova Parceria Japão-Moçambique para Dinamizar e Acelerar o Desenvolvimento). No âmbito da AMIZADE, ambos os países concordaram em manter, de forma regular, diálogos políticos de alto nível e diálogos público-privados tendo em conta a intenção dos sectores de negócios dos dois países. Na sua visita, o PM japonês foi acompanhado pelos presidentes de 28 grandes empresas japonesas que participaram no Fórum de Investimento, no qual foram igualmente convidados vários sectores público-privados moçambicanos. A JICA tenciona desempenhar o papel de promotor do investimento do sector privado japonês. O PM japonês também anunciou um crédito de 70 bilhões de yens, o equivalente a 683 milhões USD, a ser desembolsado nos próximos cinco anos. O valor será investido nos projectos de desenvolvimento inclusivo ao longo do Corredor de Nacala, concretamente no melhoramento das infra-estruturas e no ProSAVANA, um programa agrário que abrange as províncias da Zambézia, Nampula e Niassa. A JICA, como uma instituição governamental responsável pela implementação da Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA), vai liderar a maior parte dos projectos. O PM japonês também expressou a sua intenção de convidar 300 jovens moçambicanos para aperfeiçoarem os seus estudos e experiências principalmente nas áreas de recursos minerais e ambiente no Japão nos próximos cinco anos, e aumentar o número de JOCV (Cooperação de Voluntários do Japão para o Exterior) em Moçambique. Adicionalmente, os dois países assinaram os documentos de “Troca de Notas” dos projectos da cooperação financeira para a construção de uma usina termoeléctrica com base no gás natural e do Instituto Superior de Ciências de Saúde de Maputo. Para que as relações entre o Japão e Moçambique se tornem mais abrangentes, isto é, para além do âmbito de negócios, pretende-se promover o intercâmbio entre universidades e nas áreas de desporto e cultura entre os dois países, tendo em vista os Jogos Olímpicos e Paralímpicos que serão realizados em Tóquio em 2020. A JICA espera contribuir também neste âmbito cultural. (fim) *TICAD V ….TICAD significa "Conferência Internacional de Tóquio sobre o Desenvolvimento Africano". Mas, esta é mais do que uma conferência. TICAD tornou-se a maior estrutura global para Ásia e África para colaborar na promoção do desenvolvimento de África. A primeira Conferência de Tóquio foi realizada em 1993, marcando o início de um processo contínuo de apoio para a África e de construção de consensos em torno de prioridades para o desenvolvimento de África. Esse processo foi reforçado com uma segunda conferência de Tóquio, em 1998. 2 JICA MOZAMBIQUE NEWSLETTER | Vol. 2 Trajectória das actividades da JICA e Olhares das crianças moçambicanas em 10 anos EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA Celebrando os 10 anos da JICA em Moçambique OO lhares do Futuro - JICA x Wonder Eyes Project - H ouve mudanças nos últimos 10 anos em Moçambique? Para responder a esta pergunta, a JICA ousou não apenas apresentar dados estatísticos disponíveis, mas também demonstrar a magnitude dessa mudança através das imagens captadas pelos olhos das crianças Sra. Nagatake. mentora do projecto Wonder Eyes moçambicanas. No evento comemorativo do 10º ano da presença da JICA em Moçambique, celebrado durante os dias 18 a 22 de Março do corrente ano, foi apresentado no Centro Cultural Português em Maputo uma exposição de fotografias tiradas pelas crianças moçambicanas em 2004 e em 2014 no âmbito do projecto denominado “Wonder Eyes Project”, assim como os passos percorridos por nossa instituição nestes 10 anos, e os seus projectos actuais ligados à cooperação para o desenvolvimento. A inauguração do evento contou com a presença dos embaixadores, do representante residente da JICA Dr. Katsuyoshi Sudo, da directora do local Dra. Alexandra Pinho, da mentora do Projecto Wonder Eyes Sra. Hikaru Nagatake, fotógrafa japonesa, além de cerca de 120 outras ilustres personalidades. A Inauguração do evento no dia 18 de Março O Wonder Eyes (olhares de admiração) é um projecto fotográfico sem fins lucrativos criado pela Sra. Hikaru Nagatake no ano de 2000, numa viagem que a mesma fez visando fazer a cobertura da situação sociopolítica em Timor Leste, país que na altura sofria as consequências das disputas internas. Chamaram-lhe atenção os sorrisos inocentes das crianças, o que a fez indagar como seria o mundo visto sob o ponto de vista das crianças. Crianças participando no workshop de câmeras descartáveis na Ilha de Moçambique Desde então, essa filosofia continuou, e há 10 anos a fotógrafa organizou workshops aqui em Moçambique, nas províncias da Zambézia e de Inhambane. Apesar de ter sido a primeira vez que essas crianças tiveram contacto com uma máquina fotográfica, os resultados dos trabalhos foram surpreendentes. Passados 10 anos após a primeira visita, a Sra. Hikaru retornou a Moçambique em Março deste ano com o apoio da JICA Mozambique, e organizou cinco workshops para as crianças das escolas e do infantário onde os JOCV (voluntários japoneses enviados pela JICA) leccionam na Ilha de Moçambique, Nampula e Maputo. Depois de receberem as instruções iniciais sobre o seu manuseio, elas saíram com a máquina fotográfica nas mãos, capturando imagens que, do ponto de vista delas, fossem de interesse. Algumas levaram as máquinas para casa, fotografando os pais, as casas, os amigos, o céu, o mar, as árvores, etc...Os sujeitos retratados variaram como os de 10 anos atrás, mas é possível notar a diferença significativa entre as fotografias de 2004 e as de 2014: Sim, este país tem desenvolvido economicamente e socialmente, mas os olhares delas continuam a reflectir os mesmos desejos honestos e a inocência no sorriso das crianças. “10 anos” e “Olhares do Futuro” foram as palavras-chave desta exposição. (fim) JICA MOZAMBIQUE NEWSLETTER | Vol. 2 3 2 2º Seminário Internacional do PEDEC-NACALA R ealizou-se nos dias 20 e 21 de Março na Cidade de Nampula o 2º Seminário Internacional sobre Projecto das Estratégias de Desenvolvimento Económico do Corredor de Nacala (PEDEC-NACALA). A JICA tendo como Contrapartes Moçambicanos o Ministério da Planificação e Desenvolvimento (MPD) e o GAZEDA tem apoiado desde Abril de 2012 a elaboração das Estratégias de Desenvolvimento Regional das cinco Províncias do Norte de Moçambique (Nampula, Niassa, Cabo Delgado, Tete e Sr. Miura, Director geral do Zambézia) que departamento de infraestruturas económicas profecompõem o rindo o discurso no evento Corredor de Nacala. O 2º Seminário Internacional foi realizado para dar continuidade ao 1º Seminário Internacional realizado em Março de 2013. O objectivo deste segundo Seminário foi de mostrar e explicar aos Interessados Moçambicanos o esboço geral das “Estratégias de Desenvolvimento da Região do Corredor de Nacala” elaborado pelo PEDECNACALA bem como promover a troca de opiniões com todas as partes interessadas incluindo os representantes dos ministérios pertinentes de Malawi e Zâmbia. No segundo dia do Seminário voltado às empresas privadas interessadas em investir na região foi apresentado o conteúdo das Estratégias de Desenvolvimento proposto pelo PEDEC-NACALA e a explicação sobre a O Ministro da Planificação e Desenvolvimento, e outros participantes Base de Dados de Informações Regionais, além da realização do intercâmbio entre as empresas privadas e demais participantes. O Seminário contou com a participação de cerca de 100 pessoas no primeiro dia e cerca de 150 pessoas no segundo dia. Ao final da reunião do segundo dia foi ratificada a importância do Corredor de Nacala como um Corredor Internacional, importância essa consolidada em forma de Declaração Conjunta adoptada pelos três países presentes, nomeadamente Moçambique, Malawi e Zâmbia, e que visa a realização de medidas conjuntas e a construção de um mecanismo permanente de arranjo e cooperação regional. (fim) Voluntários japoneses apoiam na resolução de Exame de Matemática 3200 Exemplares para 2º Ciclo do Ensino Secundário foram reproduzidos O Ministério da Educação reproduziu um manual de Matemática para as Escolas Secundárias do 2º Ciclo, contendo exames resolvidos da 12ª classe, de 2008 a 2013. A elaboração do Manual teve a contribuição da JICA. A JICA tem preconizado o envio de voluntários japoneses para as diferentes instituições e subsistemas de ensino em Moçambique. Nesse âmbito, o voluntário Sr. Takaaki Kamioka, na qualidade de Professor de Matemática até 2012, na Escola Secundária Joaquim Chissano em Xai Xai, com colaboração dos professores locais, criou o manual dos exames de Matemática da 12ª classe correspondentes a 1ª e 2ª épocas referentes aos anos de 2008 a 2012. Estes manuais foram inicialmente distribuídos para as Escolas Secundárias da Província de Gaza. No entanto, o resultado desta iniciativa mostrou-se eficaz, tendo o Ministério da Educação manifestado interesse em expandir a distribuição para o nível nacional. Contudo devido à escassez de recursos financeiros tal ainda não havia sido possível. Assim que por outro lado, o voluntário Sr. Tamotsu Kubota, professor de Ciências Naturais de 2004 a 2006 na Escola Secundária de Namaacha, criou no Japão um fundo, visando o desenvolvimento da Educação em Moçambique. Após conseguir arrecadar dois milhões de yens, equivalente ao valor de 620.000,00 Meticais, que foi doado ao Ministério da Educação em Moçambique, este decidiu aplicá-lo na reprodução dos manuais. Ao reproduzir a segunda (para pag.4), (da pág.3) edição, outros dois voluntários e alguns professores locais em Xai-Xai adicionaram o exame resolvido de 2013. Nesta edição foram tiradas 3200 exemplares que serão distribuídos em todas as Direcções Provinciais de Educação e Cultura, para posterior distribuição em todas as Escolas Secundárias do 2º Ciclo. (Para pág.4) 4 JICA MOZAMBIQUE NEWSLETTER | Vol. 2 representação do Ministério da Educação, e a Sra. Chiharu Morita, da JICA, na qualidade de Representante Residente Adjunta, além dos voluntários e outros ilustres convidados. Sra. Chiharu Morita, Representante Residente Adjunta da JICA Mozambique, Sr. José Luís Pereira, Director Nacional Adjunto do Ensino Secundário do MINED (no centro) e outros ilustres convidados. (Da pág.3) O lançamento do novo manual teve lugar na Escola Secundária Joaquim Chissano em Xai Xai no dia 21 de Março de 2014, e contou com a presença do Dr. José Luís Pereira, Director Nacional Adjunto do Ensino Secundário em “serão distribuídos em todas as Direcções Provinciais de Educação e Cultura, para posterior distribuição em todas as Escolas Secundárias do 2º Ciclo.” O objectivo desta iniciativa é contribuir para aumentar a percentagem de aprovados nos exames de Matemática a partir deste ano, bem como melhorar o ambiente de educação com vista ao desenvolvimento do capital humano. (fim) Visão empresarial para o camponês de baixa renda S eja na área de agricultura, de saúde ou de educação, a JICA se esforça para manter um quadro estável de JOCV (voluntários japoneses enviados pela JICA) para apoiar a sociedade Moçambicana. Na área agrícola, muitos se destacam no sector de desenvolvimento rural, e especificamente na província de Inhambane, cinco voluntários participam activamente na capacitação dos agricultores para a viabilização da apicultura como mais uma das fontes para um incremento financeiro do camponês de baixa renda. Actuando junto aos técnicos extensionistas da SDAE (Serviços Distritais de Actividades Económicas) nos respectivos distritos onde estão inseridos, são transmitidas aos pequenos agricultores as técnicas modernas de apicultura para diversas comunidades dos distritos de Zavala, Inharrime, Jangamo, Morrumbene, Massinga e Vilankulos. A apicultura moçambicana, na maioria dos casos, é ainda conduzida através do uso de técnicas rudimentares onde o mel produzido possui uma qualidade higiénico-sanitária comprometida, precária e baixa produtividade. A introdução de técnicas modernas de apicultura permitem-lhes obter uma melhora significativa, tanto a nível quantitativo como qualitativo levando ao aumento da renda. O método rudimentar de apicultura não é nada mais que um processo extractivista, onde o apicultor precisa destruir o enxame para efectuar a colheita de mel, enquanto a apicultura moderna trata de cuidar racionalmente das abelhas. Assim, há um abismo técnico entre os dois métodos o qual se faz necessário uma presença constante dos JOCV no campo, não só para transmitir as técnicas modernas de apicultura, mas também acompanhar todo o processo necessário para a sua implantação. Facto é que, para conduzir a apicultura rudimentar bastava-se apenas uma casca de árvore chamada “Tambeira”, e de uma certa dose de sorte. Por outro lado, a apicultura moderna requer investimentos tanto financeiros como de tempo e trabalho. O grande desafio dos JOCV é como convencer os apicultores adeptos ao Voluntários com o mel produzido por eles e pelos camponeses locais Voluntários japoneses trabalhando na apicultura em Inhambane método rudimentar a migrarem para o método moderno. Apesar deste método moderno permitir uma produção de mel numa quantidade bem maior, uma qualidade de mel visivelmente superior, baixas perdas materiais, a nãodestruição do meio ambiente e, finalmente, maiores ganhos financeiros, a limitação económica inerente aos camponeses de baixa renda lhes impedem de atingir o ponto ideal a curto prazo. Desta forma, a actividade desses JOCV de Inhambane compreendem também inúmeras outras actividades intrínsecas e interligadas como associativismo, formação de uma caixa rural, busca de alternativas para aquisição de insumos, pesquisa de mercado, divulgação, entre outros. Inúmeras são as situações que foram resolvidas mesmo sob condições adversas e limitantes do campo. Um bom exemplo foi o êxito na construção de um centrifugador de mel utilizando o material disponível local como uma bicicleta usada e barrotes (Para pág.5) 5 JICA MOZAMBIQUE NEWSLETTER | Vol. 2 (Da pág.4) para construção civil. Até então, os apicultores não possuíam alternativas para extrair o mel dos favos senão através da prensagem mecânica dos favos, que deteriora a qualidade do produto final além de acarretar no aumento do custo de produção. A fabricação de colmeias e roupas apícolas nos distritos envolvidos também permite que o dinheiro permaneça no distrito de Inhambane, activando a economia local. executadas pelos JOCV pois eles estão inseridos em todo o território nacional. Assim, mesmo a passos lentos, já se nota uma melhora significativa em relação a apicultura em Inhambane. Somente como exemplo, antes da actuação dos JOCV em Inhambane no sector apícola, o apicultor vendia o seu mel prensado mecanicamente a 120,00 Mts dentro de uma garrafa usada, ou nas ruas ou ainda nas paragens de chapa. A criação de rótulos personalizados e embalagens novas aumentam o valor agregado do produto. A pesquisa de preços, tanto dos insumos como dos produtos finais são facilmente Hoje, somente embalagens novas são utilizadas, o mel possui uma qualidade superior, e é vendido dentro das lojas de conveniência das bombas gasolineiras, inclusive com a identificação do produtor no rótulo do produto disposto para a venda. É a visão empresarial sendo transmitido ao pequeno agricultor, com introdução de processos como o aumento do valor agregado, pesquisa de mercado, propaganda do produto, controle de custo e logística na distribuição do produto nos pontos de venda. Vale ressaltar que, neste exemplo, apesar de ter sido necessário um certo investimento para melhorar a apresentação do produto acarretando no aumento do custo final, permitiu ao agricultor um incremento acima de 300% na sua parcela de lucro. (fim) O que eu aprendi no Japão -A voz de um dos participantes da formação através da JICA Participantes da formação realizada pela JICA no Japão O s programas de Formação e diálogo da JICA são formas de cooperação técnica que a JICA realiza no Japão para participantes de vários países. Alguns dos conhecimentos que a sociedade japonesa tem acumulado, incluindo a sua experiência nas áreas do knowhow organizacional e dos sistemas sociais, só pode ser compreendida através da experiência em primeira mão. Os programas são meios importantes de cooperação técnica, que apoiam o desenvolvimento de recursos humanos e resolução de problemas nos países em desenvolvimento. Desde 1998, mais de 400 participantes de Moçambique tomaram parte dos programas de formação no Japão, nos assuntos tais como a agricultura, a saúde, o combate a corrupção, o desenvolvimento rural, e outros. Nesta edição, apresentamos a voz de um participante, Sr. Celio Matuele do Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique (INAM) em Maputo que participou num curso no Japão de Setembro a Dezembro de 2013. 1. Que cargo desempenha na instituição? Sou Meteorologista. Faço análise e previsão de Tempo e de Clima sobre Moçambique e da região Austral de África. 4. Como aplicar a experiência do curso em Moçambique? Os conhecimentos adquiridos têm vindo a ajudar bastante nas previsões de tempo e do clima em Moçambique. As previsões de tempo e do clima melhoraram significativamente. Gostaríamos de poder contar com a colaboração do governo Japonês para a aquisição do RADAR METEOROLOGICO para melhor ainda mais as previsões de tempo de curta duração "Nowcasting". 2. Em que curso que participou? Participei no curso de Capacitação dos Serviços Meteorológicos no Japan Meteorological Agency (JMATóquio-Japão). Foi uma experiência muito interessante com os colegas do curso de diferentes países, bem com o povo e os cientistas japoneses. Sr. Celio Matuele 3. O que aprendeu no curso? - Noções básicas de análise e previsão numérica de tempo e clima. - Interpretação e análise de imagens de satélites meteorológicos. - Interpretação e análise de imagens de Radares meteorológicos. - Calibração de instrumentos meteorológicos. 5. Que impressão teve da estádia na JICA? Em termos de dedicação e cometimento dos trabalhos planificados durante a formação, foram cumpridos na íntegra. Notei um nível de responsabilidade muito elevado por partes de toda equipe colaboradora bem como os próprios cientistas.Tecnicamente os cientistas mostraram elevado conhecimento sobre os conteúdos científicos abordados teoricamente e práticos. Pensamos que fazer uma parceria técnica profissional com o Japão é uma mais-valia para o nosso país. Achei também muito importante que Moçambique e o Japão cooperem na formação académica e técnico profissional de curto, médio e longo prazo! O que é A JICA? A JICA é uma instituição do Governo Japonês responsável pela implementação da Assistência Oficial para o Desenvolvimento (ODA) que apoia o crescimento e a estabilidade socio-económica dos países em desenvolvimento com o objectivo de contribuir para a paz e o desenvolvimento harmonioso da sociedade internacional. A JICA presta assistência a mais de 150 países, tendo aberto o escritório em Moçambique em 2003. Publicado pela JICA MozambiqueAgência Japonesa de Cooperação Internacional Escritório de Moçambique Prédio CIMPOR, Av. 24 de Julho, Nº 7, Edifício da Polana Shopping Centre, 11º andar, Maputo, Moçambique