UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
LUIZ EMANUEL MIRANDA CAVALCANTE
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO
SANITÁRIA SOBRE FEBRE AFTOSA A PARTIR DO
“MÉTODO SOMA”
ARACAJU-SERGIPE
2010
LUIZ EMANUEL MIRANDA CAVALCANTE
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO
SANITÁRIA SOBRE FEBRE AFTOSA A PARTIR DO
“MÉTODO SOMA”
Monografia apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi Árido (UFERSA),
como exigência final para obtenção do título
de especialização em Defesa Sanitária Animal
e Inspeção de Produtos de Origem Animal.
Orientador: Profª Bernadeth Moda de Almeida
Faculdade Pio Décimo
ARACAJU -SERGIPE
2010
Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e
catalogação da Biblioteca “Orlando Teixeira” da UFERSA
C377a
Cavalcante, Luiz Emanuel Miranda.
Avaliação da atividade de educação sanitária sobre febre aftosa a partir
do Método Soma. / Luiz Emanuel Miranda Cavalcante. -- Mossoró-RN,
2010.
35f. : il.
Monografia (Especialização em Defesa Sanitária Animal e
Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal) –
Universidade Federal Rural do Semi-Árido.
Orientadora: Profª. Ms. Sc. Bernadeth Moda de Andrade.
1.Zoonose. 2.Enfermidades. 3. Aprendizagem. I.Título.
CDD: 616.958
Bibliotecária: Marilene Santos de Araújo
CRB_5 1033
LUIZ EMANUEL MIRANDA CAVALCANTE
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO
SANITÁRIA SOBRE FEBRE AFTOSA A PARTIR DO
“MÉTODO SOMA”
Monografia apresentada à Universidade
Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),
como exigência final para obtenção do título
de especialização em Defesa Sanitária
Animal e Inspeção de Produtos de Origem
Animal.
APROVADO EM ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Profª. MSc. Bernadeth Moda de Almeida – Faculdade Pio Décimo
Orientador - Presidente
___________________________________________
Primeiro Membro
___________________________________________
Segundo Membro
A minha mãe Antizia in memorian que me
fez o filho mais querido do mundo e que
infelizmente não está presente para ver a
conclusão deste trabalho.
DEDICO
AGRADECIMENTOS
A Deus pela graça de estar vivo e com saúde.
Aos meus filhos, LUIZ, LUCAS e RAFAEL.
A minha esposa FLÁVIA, parceira em todos os momentos, incentivadora na conclusão
deste trabalho e eterno AMOR, um agradecimento muito especial.
A meu pai que me ensinou a ser uma pessoa honesta a ter princípios.
“Nem tudo que se enfrenta pode ser
modificado, mas nada pode ser
modificado
até
que
seja
enfrentado”.
(Albert Einstein)
RESUMO
A febre aftosa é uma doença de abrangência mundial, que necessita de várias medidas
para o seu controle e erradicação. Entre elas está a educação sanitária da população, que
é de extrema importância na produção e controle desta e de várias outras enfermidades.
O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do METODO SOMA, na área rural do
interior de Sergipe, cujo diferencial de outros métodos, consiste na visualização
matemática no nível de aprendizado dos participantes e do instrutor, através de um préteste e pós-teste, cujos resultados são tabulados em planilhas e avaliados através de uma
fórmula proposta pelo método. O trabalho foi realizado com alunos do nono ano do
ensino fundamental, onde foi possível observar a eficiência do método, apontando o
nível de aprendizado da turma e individual, além da eficiência do instrutor no repasse
do conteúdo, facilitando assim a correção das falhas encontradas, para um aprendizado
cada vez mais eficiente.
Palavras-chave: enfermidades, zoonoses, aprendizagem.
ABSTRACT
FMD is a disease of worldwide concern, which requires several steps for its control and
eradication. Among them is the health education population, which is extremely
important in the production and control of this and several other diseases. The aim of
this study was to evaluate the efficiency of the method SOMA, in rural interior of
Sergipe, whose distinguishing other methods, is to view mathematics in the learning
level of the participants and the instructor, using a pretest and posttest , whose results
are tabulated in spreadsheets and analyzed using a formula proposed by the
method. The study was conducted with students from ninth grade of elementary school,
where it was possible to observe the efficiency of the method, preparing the learning
level of class and individual as well as efficiency of the instructor in the transfer of
content, thus facilitating the correction of flaws found, for a more efficient learning.
Keywords: diseases, zoonoses, learn.
LISTA DE TABELAS E FÓRMULAS
Tabela 1 – Distribuição anual de focos de febre aftosa, segundo diagnóstico
clínico/epidemiológico e laboratorial, Brasil....................................................................... 19
Tabela 2 – Resultado geral de aprendizado dos alunos........................................................ 27
Tabela 3 – Resultado de aprendizagem por participante.....................................................
27
Tabela 4 – Resultados de aprendizagem dos alunos por objetivo educacional FEBRE
AFTOSA............................................................................................................................... 28
FORMULA 01 –
soma.......................
cálculo
da
eficiência
de
aprendizagem
pelo
método
25
LISTA DE FIGURAS QUADROS E GRÁFICOS
QUADRO O1 – Data das últimas ocorrências de febre aftosa no país, por
UF.......................................................................................................................................... 23
GRÁFICO 01 – Relação de focos de febre aftosa vacinação no estado de
Sergipe................................................................................................................................... 22
Figura 01 – Aplicação do Pré-teste.......................................................................................
26
Figura 02 – Aplicação da Palestra........................................................................................
26
Figura 03 – Aplicação do Pós-teste......................................................................................
26
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................
13
2 OBJETIVOS.............................................................................................................
2.1 GERAL....................................................................................................................
14
14
2.2 ESPECÍFICOS.........................................................................................................
14
3 REVISÃO DE LITERATURA................................................................................
3.1 EDUCAÇÃO SANITÁRIA...................................................................................
3.2 MÉTODO SOMA..................................................................................................
3.2.1 Conceito................................................................................................................
3.2.2 Características principais do método Soma..........................................................
3.2.3 Vantagens do método............................................................................................
3.3 FEBRE AFTOSA.....................................................................................................
3.3.1 Conceito................................................................................................................
3.3.2 Etiologia e epidemiologia.....................................................................................
3.3.3 Sintomas................................................................................................................
3.3.4 Lesões....................................................................................................................
3.3.5 Diagnóstico...........................................................................................................
3.3.6 Histórico................................................................................................................
3.3.7 A Febre Aftosa no Brasil......................................................................................
3.3.8 A Febre Aftosa em Sergipe...................................................................................
15
15
16
16
17
18
18
18
19
20
20
21
21
22
23
4 MATERIAIS E MÉTODOS....................................................................................
4.1 LOCAL....................................................................................................................
4.2 METODOLOGIA....................................................................................................
24
24
25
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.............................................................................
26
6 CONCLUSÕES.........................................................................................................
29
REFERÊNCIAS...........................................................................................................
30
ANEXOS........................................................................................................................
32
13
1. INTRODUÇÃO
A febre aftosa é uma doença aguda extremamente contagiosa, de
abrangência mundial, que vem sendo erradicada em vários países, através de medidas
sanitárias, muitas vezes drásticas, porém necessárias, cujo controle e planejamento são
centralizados no plano governamental e incluem vacinações compulsórias, barreiras
sanitárias, vigilância, diagnóstico, treinamento, erradicação imediata de focos e mais
recentemente, a educação sanitária dos técnicos e da população, principalmente daquela
envolvida diretamente com a produção animal.
Devido aos vários tipos e subtipos de vírus, que causam a febre aftosa, sua
facilidade de disseminação e falhas no controle da doença, muitas vezes áreas livres,
podem em um curto período, tornar-se zona de risco, comprometendo as exportações do
País e comercialização dos rebanhos entre os Estados, resultando em grandes perdas
econômicas.
Portanto, observa-se que medidas profiláticas e sanitárias devem ser
acompanhadas de sérios investimentos em educação sanitária continuada, construindo
com a população, a consciência da necessidade de cumprimento das regras vigentes e
eterna vigilância, para que sejam alcançados, o controle e erradicação da doença no País
e no mundo.
A educação sanitária é de fundamental importância, para alicerçar o combate e
erradicação de várias doenças, inclusive a febre aftosa. Porém, muitas vezes a
abordagem sobre a doença, é feita de forma inadequada, seja pela metodologia utilizada
ou pelo nível técnico incompatível com o público trabalhado ou por deficiência do
palestrante, não havendo um bom aproveitamento do conteúdo repassado. Como não
existe uma avaliação da assimilação destes conteúdos e do palestrante, de forma
objetiva e mensurável, ao final da maioria dos trabalhos, muitas vezes a população fica
com mais dúvidas ainda, sobre o assunto e esse erro se repete continuamente, pois
muitas dessas palestras são formatadas para serem repassadas a diversas comunidades,
de forma semelhante. Portanto, o objetivo deste trabalho é utilizar uma abordagem ao
produtor, através do “MÉTODO SOMA”, que tem como finalidade preencher esta
14
lacuna, em relação a avaliação do nível de assimilação do público sobre o conteúdo
abordado, mensurando também, a eficiência do trabalho do palestrante, através de
fórmula matemática descrita no método, proporcionando condições de redirecionar o
foco do trabalho e ajusta-lo a cada contexto, maximizando a eficiência do aprendizado.
2. OBJETIVOS
2.1 GERAL
Avaliação da atividade de educação sanitária sobre a febre aftosa utilizando
como ferramenta o MÉTODO SOMA.
2.2 ESPECÍFICOS
Avaliar o conhecimento inicial dos alunos antes da capacitação em relação à
febre aftosa (pré-teste);
Avaliar o nível de conhecimentos logo após a capacitação (pós-teste);
Calcular a eficiência de aprendizagem;
Identificar os pontos falhos da aprendizagem e correção das falhas;
15
3. REVISÃO DE LITERATURA
3.1 EDUCAÇÃO SANITÁRIA
Os primeiros trabalhos realizados com educação sanitária consistiam no
fornecimento de informações sobre saúde, doença e profilaxia, muitas vezes, sem levar
em consideração a participação do indivíduo ou grupo alvo. Esta abordagem vem sendo
substituída por uma forma sistêmica, onde a educação passa a ser um instrumento de
capacitação do indivíduo para tomar decisões e mudanças, levando em consideração
suas crenças e experiências prévias, visando atitudes favoráveis e aquisição de
habilidades que levarão à autonomia das pessoas, observando-se que as estratégias de
educação sanitária são mais eficazes quando fazem parte de programas comunitários.
(OMS, 1983).
Garland (1999), relatou que para o controle de febre aftosa pela vacinação, além
dos fatores inerentes à vacinação propriamente dita, os fatores zoosanitários interrelacionados devem ser levados em consideração, que são: o planejamento e controle
centralizados no plano governamental, a capacidade de diagnóstico e vigilância, as
relações públicas e, principalmente, o treinamento e a educação continuada de pessoal
técnico e dos produtores rurais.
Várias metodologias vêm sendo utilizadas, para fortalecer a educação sanitária,
porém nenhuma delas avalia de forma objetiva e matemática a eficiência do
ensino/aprendizagem, muitas vezes comprometendo o aprendizado e mascarando
resultados, que culminam na quebra do elo da educação continuada, fundamental ao
combate e erradicação de qualquer doença. Diante disso, optamos pela utilização do
MÉTODO SOMA, que é uma forma de abordagem concebida pelo Prof. Carlos Roberto
de Albuquerque Lima - Engenheiro Agrônomo (Ministério da Agricultutura--GO) e que
preenche os requisitos de forma satisfatória, facilitando a compreensão de possíveis
falhas, na formatação e repasse de conteúdos, que resultará conseqüentemente, num
melhor direcionamento do foco, para atingir o máximo de eficiência.
16
3.2. MÉTODO SOMA
3.2.1. Conceito
Segundo Albuquerque (2000), o MÉTODO SOMA foi sendo criado ao longo de
33 anos de seu trabalho como engenheiro agrônomo em diversas instituições públicas,
participando de vários projetos, onde aprendeu diversas técnicas e métodos, criando e
adaptando a fim de resolver casos específicos. Agregando todas as técnicas ainda não
tinha nome próprio para esta nova metodologia. Somente em 1999, após sua
participação no Seminário Internacional de Experiências Inovadores em Metodologias
de Capacitação de Agricultores, promovida pelo Programa Cooperativo de
Desenvolvimento Rural dos Países do Sul, realizado em Caldas Novas(MG), apareceu a
oportunidade para agregar as várias técnicas e transforma-las em MÉTODO, que foi
batizado com o nome SOMA.(ALBUQUERQUE,2000)
O MÉTODO SOMA foi desenvolvido e aplicado no âmbito das atividades de
Extensão Rural assistência técnica, capacitação e organização de agricultores; na
implantação da televisão educativa no meio rural; no treinamento de técnicos, dirigentes
de programas de desenvolvimento rural e extensionistas rurais moçambicanos; na
montagem de um sistema de produção de programa de vídeos para capacitação de
extensionistas e produtores rurais; em programas de educação sanitária e de defesa
sanitária vegetal; na montagem de sistema de acompanhamento de projetos de pesquisa
agropecuária
e
na
formação
de
estudantes
de
Agronomia
e
Economia.
(ALBUQUERQUE, 2000)
A sigla SOMA utilizada para designar este método, é o resultado da junção das
primeiras letras das palavras abaixo relacionadas, que definem a filosofia desta
abordagem.
S- Sistêmico – o que importa são os resultados finais que se espera do sistema
17
O-Objetivos definidos de forma clara e mensurável, com controle de qualidade
dos resultados da aprendizagem, com critérios pré-estabelecidos.
M–Monitora a evolução das pessoas capacitadas, em termos de conhecimento e
comportamento.
A- Avalia constantemente o trabalho executado e os resultados obtidos em curto
e médio prazo.
O MÉTODO SOMA ainda está em processo de evolução e deverá continuar
introduzindo inovações sempre, aproveitando críticas, sucessos, novas oportunidades,
novas idéias, novos públicos. (ALBUQUERQUE, 2000)
3.2.2. Características principais do método soma
Albuquerque (2000), relata que a elaboração do diagnóstico para escolha do
tema a ser abordado, além de levantar os dados pessoais, o público a ser trabalhado, as
capacitações são feitas para procurar resolver problemas concretos, enfrentados pelo
público que será formado e sobre o qual normalmente já existem conhecimentos
acumulados.
O instrutor elabora um projeto piloto preliminar do curso, com definição de
objetivos, conteúdo, metodologia de ensino, material didático, horários e sistema de
avaliação. É feita uma primeira versão do curso, que logo será ministrado sendo que
antes do seu início é aplicado um pré-teste, em que são coletadas as informações dos
participantes.
Antes de se aplicar os questionários aos participantes, é explicado o objetivo dos
testes, que é verificar o que eles já sabem antes de iniciar o curso (pré-teste) para poder
comparar com o que aprenderam ao final. O ideal é que o pré-teste seja aplicado dias
antes do início do curso, pois, fornece uma radiografia do grupo, permitindo o instrutor,
fazer os ajustes necessários. Ao final do curso é aplicado um pós-teste, que possibilitará
avaliar a eficiência da aprendizagem.
Os dados contidos nos questionários preenchidos podem ser tabulados e
processados manualmente. Formando um banco de dados, podendo ser acessado a
qualquer momento. A criação de índices favorece comparações entre pessoas
18
capacitadas, evolução ou retrocessos de comportamentos que vão sendo modificados ao
longo do tempo.
3.2.3. Vantagens do método
Obtenção de resultados em curto prazo (inclusive no mesmo dia), em termos de
conhecimentos adquiridos.
Impressão de qualidade ao trabalho executado, pois os resultados obtidos têm
que ser superiores aos critérios mínimos de qualidade.
Identificação, com segurança, dos pontos falhos da aprendizagem.
Formação de um banco de dados, que permite avaliar a evolução do
conhecimento do público, a cada capacitação.
3.3. FEBRE AFTOSA
3.3.1. Conceito
É uma doença infecciosa, altamente contagiosa, que afeta todos os animais
biungulados, domésticos e selvagens, sendo as espécies mais susceptíveis os bovídeos,
ovinos, caprinos, suínos, todos os ruminantes selvagens e suídeos. Os camelídeos
(camelos,
dromedários,
lhamas,
vicunhas)
apresentam
baixa
suscetibilidade
(BRASIL,2010). No Brasil, é mais comum em bovinos e bubalinos, mas pode acometer
caprinos, ovinos e suínos (SCHÜTZ; FREITAS, 2003).
19
3.3.2. Etiologia e epidemiologia
A doença é causada por um RNA vírus, da família Picornaviridae, gênero
Aphthovirus.(BRASIL,2010), que é altamente contagioso,
permanecendo vivo na
medula óssea, mesmo após a morte do animal.
Existem três cepas principais: A, O e C e subtipos com diferentes características
sorológicas, imunológicas e graus de virulência. Três cepas adicionais, SAT ("Southern
African Territories") 1, 2 e 3 foram isoladas na África e uma outra, Ásia-1, no extremo
leste. Das três cepas padrões, a cepa O, parece ser a mais comum e a C menos comum,
não havendo imunidade cruzada entre cepas e subtipos (BLOOD et al, 1983).
Estudos realizados em 1978 revelaram que, os três tipos de vírus de febre aftosa
que ocorreram na América do Sul têm características próprias; o vírus O apresenta
ciclos epidêmicos a cada 04-05 anos, (TABELA 01) provavelmente relacionados à vida
média da população bovina.
O tipo A, devido à plasticidade, origina surtos irregulares
no tempo e no espaço. O tipo C ocasiona epidemias amplamente difundidas em longos
intervalos e permanece pouco manifesto nos períodos interepidêmicos.(LYRA, 2004).
TABELA 01-Distribuição anual de focos de febre aftosa, segundo diagnóstico clínico/ epidemiológico e
laboratorial, Brasil
Focos / Ano
Diagnóstico
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Clínico / epidemiológico
404
188
143
29
22
13
22
0
0
0
12
6
0
Laboratorial
185
27
24
6
15
34
15
0
0
5
22
1
0
Vírus tipo O
83
9
19
5
13
28
0
0
0
1
22
1
0
Vírus tipo A
99
18
5
1
2
6
15
0
0
0
0
0
0
Vírus tipo C
3
0
0
0
0
0
0
0
0
4
0
0
0
Total
589 215 167
35
37
47
37
0
0
5
FONTE: Relatório anual do Programa de Erradicação da Febre Aftosa, maio 2008, Mapa, BRASIL, 2008
34
7
0
O período de incubação varia entre 02 e 14 dias (OIE, 2002).
Os animais em período de incubação e clinicamente afetados são as principais
fontes de infecção e os principais vetores são: o ar expirado, saliva, fezes e urina; leite e
carne e produtos derivados, em que o pH se manteve acima de 6,0. Os animais
portadores, principalmente, os bovinos e o búfalo aquático; animais convalescentes e
vacinados expostos ao vírus persiste na orofaringe até 30 meses nos bovinos o mais
20
tempo no búfalo, 09 meses nos ovinos). Sendo o búfalo do Cabo africano o principal
hospedeiro de manutenção de sorotipos SAT. (BRASIL,2010).
3.3.3. Sintomas
O primeiro sintoma é a febre alta, podendo surgir aftas na boca, gengiva ou
língua e principalmente feridas nos cascos ou no úbere, em conseqüência aparecem
sinais de anorexia, calafrios, redução da produção de leite durante 2-3 dias, estalar de
lábios, ranger de dentes, salivação excessiva, coceira, sapatear ou escoicear: causados
pelas vesículas (aftas) nas membranas das mucosas bucais e nasais e/ ou entre as unhas
e a faixa coronária, depois de 24 horas ocorre a ruptura das vesículas, que leva a
erosões. Também podem aparecer vesículas nas glândulas mamárias. A recuperação
pode ocorrer em um prazo de 08-15 dias ou evoluir para a morte do animal (BRASIL,
2010).
Quando as vesículas da boca e dos cascos começam a se romper e o fluído
vesicular escapa, altas concentrações de vírus são liberadas, sendo este o período de
máxima infectividade. Podem ocorrer complicações como, erosões da língua, infecção
secundária das lesões, deformação dos cascos, mastite, diminuição permanente da
produção de leite, miocardite, aborto, morte de animais jovens, perda de peso
permanente e perda do controle térmico (BLOOD et al., 1983).
3.3.4. Lesões
Presença de vesículas ou ampolas na língua, almofadas dentárias, gengivas,
bochechas, parte dura e mole do palato, lábios, narinas, focinho, faixas coronárias, tetos,
úbere, focinho dos suídeos e espaços interdigitais. Também podem ser observadas
lesões post-mortem nos pilares do rúmen, no miocárdio, principalmente em animais
jovens (coração tigrado). (OIE, 2002).
21
3.3.5. Diagnóstico
A febre aftosa é clinicamente indistinguível com as seguintes doenças:
Estomatite vesicular, enfermidade vesicular do suíno e exantema vesicular do suíno
(BRASIL, 2010).
O diagnóstico diferencial para a identificação do agente, só é possível através de
exames laboratoriais como: ELISA, Prova de Fixação do Complemento, isolamento do
vírus ( inoculação de células primárias da tireóide de bovinos e células primárias renais
de suínos, bezerros e cordeiros; inoculação de linhas celulares BHK-21 e IB-RS-2 e
inoculação em camundongos), (OIE, 2002).
3.3.6. Histórico
A febre aftosa ou Foot and Mouth Disease (FMD) foi descoberta na Itália no
século XVI e observada no século XIX em vários países da Europa, Ásia, África e
América. .(LYRA et al.,2008)
As lesões, que ocorrem principalmente na boca, na língua e nas patas, impedem
os animais de pastar e por isso causam perda de peso e redução na produção de
leite.(LYRA et al., 2008)
A febre aftosa foi introduzida na América do Sul em 1870 devido às importações
de bovinos pelos colonizadores quando de uma epidemia na Europa (onde era conhecida
desde 1546).
Sendo endêmica em partes da Ásia, África, do Oriente Médio e América do Sul
(focos esporádicos em zonas livres da doença) (BRASIL,2010)
Segundo a OIE(2010) existem várias ocorrências em outros países como o
Cazaquistão vírus O - notificação 23/04/08; Namíbia- vírus SAT 2 – notificação
04/08/08; Botswana- vírus SAT 2 – notificação 05/08/08; República Popular da Chinavirus Asia 1 – notificação 19 / 01/07; Líbano – Diagnóstico. Clínico - notificação 04 /
02/08; Zâmbia - Diagnóstico Clinico - notificação 11 / 03/08.
22
3.3.7. A Febre Aftosa no Brasil
No Brasil ocorreu na década de 60 a primeira campanha de combate à febre
aftosa, envolvendo o Banco da Brasil, que oferecia uma linha de crédito aos produtores
que adotassem as medidas preconizadas (LYRA & SILVA, 2004)
Por volta dos anos 70 foram implantados o controle de qualidade das vacinas e a
identificação das áreas problemas, através do estudo do trânsito animal e sua
comparação com a ocorrência da doença (LYRA & SILVA, 2004).
Os anos 90 representam um marco no combate à febre aftosa no Brasil com a
implantação do programa de erradicação em 1992, a regionalização das atividades
(circuitos pecuários), o estabelecimento de metas e prazos para seu cumprimento, e com
a previsão de erradicação da doença para o ano de 2010. (LYRA & LIRA, 2008).
Em 1992, foi implantado o programa de erradicação da febre aftosa com
estratégias diferenciadas, por circuitos pecuários e utilização de vacinas com maior
poder imunogênico (oleosas). Em 1999 o Brasil enfrentou sua maior epidemia da
doença no Mato Grosso do Sul. O primeiro ano sem ocorrência de febre aftosa no Brasil
foi em 2002( e em 2006 um novo foco foi identificado no mesmo estado.(BRASIL,
2008)
Em 2007 foi editada a Instrução Normativa nº 44 de 02 de outubro, que aprova
as diretrizes gerais para a Erradicação e a Prevenção da Febre Aftosa, . (BRASIL, 2010)
havendo, neste ano, nenhuma ocorrência de febre aftosa no Brasil. Na América do Sul,
Equador, Bolívia e Venezuela registraram casos e diversos países no mundo
apresentaram a doença, inclusive o Reino Unido. (BRASIL, 2008)
Segundo a OIE(2010) não houveram ocorrências no Brasil nos anos de 2008 e
2009, verificando-se focos de febre aftosa apenas na Colômbia- vírus A - notificação
28/07/08 e Equador vírus O – notificação 15/05/2008, no Brasil não houve ocorrência
em 2008 e 2009.(OIE, 2010)
23
QUADRO 01-Data das últimas ocorrências da febre aftosa no país, por UF.
Última ocorrência de FA
UF
Mês / Ano
UF
Mês / Ano
Acre
Junho de 1999
Paraíba
Outubro de 2000
Alagoas
Setembro de 1999
Paraná
Fevereiro de 2006
Amapá
Outubro de 1999
Pernambuco
Fevereiro de 1998
Amazonas
Setembro de 2004
Piauí
Fevereiro de 1997
Bahia
Maio de 1997
Rio de Janeiro
Março de 1997
Ceará
Abril de 1997
Rio Grande do Norte
Agosto de 2000
Distrito Federal
Maio de 1993
Rio Grande do Sul
Maio de 2001
Espírito Santo
Abril de 1996
Rondônia
Fevereiro de 1999
Goiás
Agosto de 1995
Roraima
Junho de 2001
Maranhão
Agosto de 2001
Santa Catarina
Dezembro de 1993
Mato Grosso
Janeiro de 1996
São Paulo
Março de 1996
Mato Grosso do Sul
Abril de 2006
Sergipe
Setembro de 1995
Minas Gerais
Maio de 1996
Tocantins
Maio de 1997
Pará
Junho de 2004
FONTE: Relatório anual do Programa de Erradicação da Febre Aftosa, maio 2008, Mapa, BRASIL,2008
3.3.8. A Febre Aftosa em Sergipe
O estado de Sergipe possui uma área de 21.910 km², distribuídos em 75
municípios, totalizando um rebanho de 1.010.168 bovinos, 755 bubalinos, 110.484
suínos, 247.200 ovinos e 34.501 caprinos (BRASIL, 2008). O último foco de Febre
Aftosa no Estado foi no município de Poço Redondo, (QUADRO 01) em setembro de
1995. (BRASIL, 2008).
O gráfico 01 relaciona o índice de vacinação com os focos de Aftosa no estado
de Sergipe, observando a ocorrência do último foco em 2005 e índices crescentes de
vacinação, conferindo ao estado o status de zona livre com vacinação desde
2002.(BRASIL, 2010)
24
250
1.200.000
FOCOS
VACINAÇÃO
1.000.000
200
800.000
150
600.000
100
400.000
50
200.000
0
87
19
0
89
19
91
19
93
19
95
19
97
19
99
19
01
20
03
20
05
20
07
20
09
20
GRÁFICO 01: relação de focos de febre aftosa vacinação no estado de Sergipe de 1987 -2009
Fonte: BRASIL, 2010
4. MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Local
O local escolhido foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora
Joaquina de Souza, localizada no Povoado Colônia Entre Rios, Município de EstânciaSergipe. A escolha desta Instituição foi motivada pela sua localização, infra-estrutura e
clientela existente. Pois apesar da Escola localizar-se no meio rural, os alunos tem
acesso a internet são filhos de produtores rurais, havendo um pleno conhecimento e
interesse sobre o tema a ser tratado (febre aftosa), onde as informações adquiridas
podem ser difundidas na comunidade, através dos alunos.
25
4.2 Metodologia
Foram utilizados 02 questionários não estruturados, compostos de onze
perguntas sobre febre aftosa, inquirida a 22 estudantes com a idade entre 13 e 17 anos
de ambos os sexos, cursando o 9º(nono) ano do ensino fundamental, conforme modelos
01 e 02 (EM ANEXO).
Inicialmente o 1º questionário (ANEXO 1), foi aplicado em 20/10/2009, aos
alunos como um pré-teste, com o objetivo de avaliar o conhecimento dos mesmos, sobre
cada pergunta isoladamente. Baseado no resultado do pré-teste foi realizada uma
palestra no dia 11/12/2009, enfatizando as perguntas que apresentaram maior percentual
de erro. Logo em seguida a apresentação, foi realizado um pós-teste, com as mesmas
perguntas contidas no pré-teste e os resultados obtidos de cada participante, foram
agregados em uma planilha, calculando-se as médias do pré e pós-teste e a eficiência da
aprendizagem (fórmula 01), possibilitando assim, a avaliação da palestra proferida
como um todo, comparando as médias obtidas com os critérios padrões estabelecidos
pelo método. O critério mínimo de qualidade estabelecidos pelo MÉTODO SOMA
atualmente, são os seguintes: o resultado obtido na aplicação do pré-teste deve ser
inferior que 50%, pois, quanto menor for a percentagem, mais necessário torna-se a
apresentação. O pós-teste deve apresentar uma eficiência de ensino superior a 50%, se
for inferior significa que houve falha no ensinamento.
Fórmula 01: cálculo da eficiência de aprendizagem pelo método soma
Eficiência da aprendizagem = Pós-teste – Pré-teste x 100
100 – Pré-teste
Fonte: livro Método SOMA (ALBUQUERQUE, 2000)
26
FIGURA 01- Aplicação do Pré-teste
Fonte: o autor
FIGURA 02- Aplicação da palestra
Fonte: o autor
FIGURA 03- Aplicação do Pós-teste
Fonte: o autor
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com a tabela 02, conclui-se que:
. O resultado do pré-teste mostra que o conteúdo da apresentação foi pertinente, sendo
necessária a apresentação sobre o tema proposto, pois a média de conhecimento sobre o
assunto foi de 22,23% e o critério mínimo do Método Soma no pré-teste deve ser
inferior a 50%.
. O resultado do pós-teste foi de 89,09%, indicando que a apresentação sobre o tema
proferido foi bem assimilada, demonstrando a eficiência da aprendizagem.
. A média geral da eficiência de aprendizagem foi de 86,53%, sendo superior ao critério
mínimo postulado pelo método, demonstrando a eficiência de aprendizado da turma
avaliada.
27
TABELA 02- Resultado geral de aprendizagem dos alunos
1- Resultado geral de aprendizagem dos Alunos
Média do pré-teste %
22,23
Média do pós-teste %
89,09
Média geral da eficiência de aprendizagem (%):
86,53
Analisando a tabela 03 constatou-se que, em relação ao sexo, não houve
diferença do nível de aprendizado. Vale ressaltar que, numa população de vinte e dois
(22) alunos, 16 eram do sexo feminino e 06 do sexo masculino. Analisando ainda a
tabela 03, constatou-se que dos 22 alunos, apenas 01 o aluno –A- teve uma eficiência de
56%, bem abaixo dos demais. Tal índice deve ser levado em consideração nas próximas
avaliações e verificar quais os entraves que levaram ao baixo índice de eficiência do
aluno –A-.
TABELA 03 -Resultado de aprendizagem por participante
PARTICIPANTE
SEXO
N PRE
-A-
M
14
-B-
F
36
-C-
F
53
-D-
F
28
-E-
F
-F-
F
-G-H-
N POS
PRE%
POS%
EFICIÊNCIA %
68
12,73
61,82
56,25
100
32,73
90,91
86,49
104
48,18
94,55
89,47
80
25,45
72,73
63,41
48
93
43,64
84,55
72,58
32
106
29,09
96,36
94,87
F
20
100
18,18
90,91
88,89
M
18
105
16,36
95,45
94,57
-I-
M
35
110
31,82
100,00
100,00
-J-
F
0
85
0,00
77,27
77,27
-L-
F
20
90
18,18
81,82
77,78
-M-
M
15
110
13,64
100,00
100,00
-N-
F
10
90
9,09
81,82
80,00
-O-
F
25
100
22,73
90,91
88,24
-P-
M
30
105
27,27
95,45
93,75
-Q-
F
10
90
9,09
81,82
80,00
-R-
M
25
100
22,73
90,91
88,24
-S-
F
10
105
9,09
95,45
95,00
-T-
F
0
95
0,00
86,36
86,36
-U-
F
25
110
22,73
100,00
100,00
-V-
F
05
100
4,55
90,91
90,48
-X-
F
30
110
27,27
100,00
100,00
28
Em relação a tabela 04, verificou-se que a eficência de aprendizagem, por
pergunta, apresentou índices entre 65,7% e 100%, superiores aos 50% mínimos
exigidos pelo método, demonstrando a eficiência do repasse de informações, exceto na
questão 06, cujo índice de eficiência foi de 36%, que demonstra falha do palestrante em
relação a esta pergunta, que deve reavaliar o conteúdo e a didática utilizada, com o
objetivo de corrigir a deficiência observada.
TABELA 04 -Resultado de aprendizagem dos participantes por objetivo educacional
OBJETIVO EDUCACIONAL
PRÉ
PÓS
EFICIÊNCIA
%
%
%
1
As espécies atacadas pela febre aftosa
11,82
100,00
100,00
2
Áreas do animal atingidas pela febre aftosa
0,00
99,09
99,09
3
Sintomas da febre aftosa
2,27
95,45
95,35
4
Como a febre aftosa é transmitida
7,27
90,45
89,71
5
Prejuízos causados pela febre aftosa
21,82
73,18
65,70
6
Como evitar a febre aftosa na criação
43,18
63,64
36,00
7
Como conservar a vacina
23,18
84,09
79,29
8
Como provar que o produtor vacinou
20,45
88,64
85,71
9
O que fazer se desconfiar da presença da aftosa
30,91
94,55
92,11
10
Parte do animal onde aplicar vacina
61,36
97,73
94,12
11
Quantas vezes vacinar contra aftosa
0,00
93,18
93,18
29
6. CONCLUSÃO
Conclui-se que utilização do MÉTODO SOMA na educação sanitária,
sobre o tema febre aftosa, demonstrou eficiência na avaliação da capacidade do
instrutor de se fazer entender e a mensuração do aprendizado do conteúdo
repassado e performance de cada aluno e palestrante, sendo, portanto recomendado
seu uso na elaboração de programas de educação sanitária, pois, facilita a
visualização das falhas e acertos e adequação dos conteúdos a cada contexto.
30
7. REFERÊNCIAS
ASTUDILLO, V.M. A febre aftosa na América do Sul. A Hora Veterinária, n.70,
p.16- 21, 1992.
ALBUQUERQUE, C., Método Soma, 2 ed, Goiânia, Bandeirante, 2000.
BLOOD, D. C. et al. Clínica Veterinária, 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
p.602-608, 1983.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa de
Erradicação da Febre Aftosa - PNEFA. Relatório Anual, março 2008, ano base 2007.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Programa de
Erradicação da Febre Aftosa – PNEFA, 2010. Disponível em: acesso em:
03.04.2010.
CÓDIGO
ZOOSANITÁRIO
INTERNACIONAL,
<http://www.oie.int>. Acesso em: 06.04.2010
2002.
Disponível
em:
GARLAND, A . J. M. Vital elements for the successful control of foot-and-mouth
disease by vaccination. Vaccine, v.17, p. 1760-1766, 1999.
LIMA, R. C. A. et al., Febre aftosa: impacto sobre as exportações brasileiras de
carnes e o contexto mundial das barreiras sanitárias. São Paulo: ICONE,
CPEA/ESALQ/USP, out. 2005. Disponível em: <http://www.iconebrasil.com.br>.
Acesso em: fev. 2010.
LYRA,T.M.T; SILVA, J.A. Evolução do Conhecimento Científico e Sua Aplicação nas
Políticas Públicas de Controle e Erradicação da Febre Aftosa no Brasil, 1950-2008. A
Hora da Veterinária, 2008.p.17 – 21.
LYRA,T.M.T; SILVA, J.A A febre aftosa no Brasil, 1960-2002, Arquivo Brasileiro de
Medicina Veterinária e Zootecnia., v.56, n.5, p.565-576, 2004.
31
OIE- Organização Internacional de Epizootias. Fiebre Aftosa, 2002. Disponível em:
http://www.oie.int/esp/maladies/fiches/e A010.htm>. Acesso em: 06.04.2010.
SCHÜTZ, G. E; FREITAS, C. M. Enfoque desde la ciencia post-normal de la epizootia
fiebre aftosa. História, ciências, saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v.10, n.2,
maio/ago, 2003.
32
ANEXO 1
Questionário Pré-teste e pós-teste, utilizado na Escola Municipal Escola Municipal
Professora Joaquina de Souza, Povoado Colônia Entre Rios, Estância – Sergipe.
TRABALHO DE EDUCAÇÃO SANITÁRIA NA FEBRE AFTOSA EM SERGIPE
(
) PRÉ-TESTE
(
)PÓS-TESTE
Nome do Aluno: ______________________________________. Data: ___/____/___
Nome da Escola: _____________________________________________________.
Endereço: _______________________________________________________.
Idade: _________________________. Série: ___________________.
TESTE DE CONHECIMENTOS
1º Quais são as espécies atacadas pela febre aftosa?
Resposta: _____________________________________________________________.
2º Quais as áreas do animal atingidas pela febre aftosa?
Resposta: ______________________________________________________________.
3º Quais os sintomas dae febre aftosa?
Resposta: ______________________________________________________________.
4º Como a febre aftosa é transmitida?
Resposta: ______________________________________________________________.
33
5º Quais são os prejuízos causados pela febre aftosa?
Resposta: ______________________________________________________________.
6º Como evitar a febre aftosa na criação?
Resposta: ______________________________________________________________.
7º Como conservar a vacina?
Resposta: ______________________________________________________________.
8º Como provar que o produtor vacinou?
Resposta: ______________________________________________________________.
9º O que fazer se desconfiar da presença da febre aftosa no rebanho?
Resposta: ______________________________________________________________.
10º Em que local do animal deve ser aplicada a vacina?
Resposta: ______________________________________________________________.
11º Quais são os meses que devemos vacinar contra a febre aftosa?
Resposta: ______________________________________________________________.
34
ANEXO 2
Gabarito do teste de conhecimento:
1º Quais são as espécies atacadas pela febre aftosa?
Resposta: Bovídeos (bovino e búfalo), suínos, caprinos, ovinos, camelos e animais
selvagens com cascos biungulados.
Nota: colocando no mínimo três espécies (1,0); (0,5) para cada espécie.
2º º Quais as áreas do animal atingidas pela febre aftosa?
Resposta: boca, cascos e úbere.
Nota: colocando tudo (1,0); (0,5) por resposta.
3. Quais os sintomas dae febre aftosa?
Resposta: Febre alta, claudicação, baba, perda de apetite, diminuição na produção de
leite, pelos arrepiados, aftas, vesículas na boca.
Nota: colocando no mínimo três sinais (1,0); (0,5) por sinal.
4. Como a febre aftosa é transmitida?
Resposta: Através da saliva contaminada, visita de produtores em propriedades com
aftosa, pelo caminhão que transporta animais, pelo comercio de animais doentes, pela
água contaminada, pelo leite contaminado.
Nota: colocando no mínimo três (1,0); (0,3) por resposta.
5. Quais são os prejuízos causados pela febre aftosa?
Resposta: Perda do rebanho, Perda de peso, Corte na produção leiteira (pode ser total),
Aborto em fêmeas com início de prenhez, Mortalidade de animais jovens - o vírus tem
predileção por células cardíacas de bezerros.
Nota: colocando no mínimo dois (1,0); (0,3) por resposta.
6. Como evitar a febre aftosa na criação?
Resposta: Vacinando todo o rebanho, comprando animais de propriedades que vacinam,
evitar entrada de animais de outros rebanhos e só comprar animais com o GTA.
Nota: Colocando duas repostas (1,0); (0,3) por resposta.
35
7. Como conservar a vacina?
Resposta: devemos conservar entre 2,0ºC e 8ºC; quando conservar na geladeira deixar
na parte de baixo da geladeira; para transportar no isopor com gelo.
Nota: colocando duas respostas (1,0); (0,3) por resposta.
8. º Como provar que o produtor vacinou?
Resposta: Comprando a vacina com Nota Fiscal, levando a Nota Fiscal para a
EMDAGRO com a relação dos animais e declarar a vacina.
Nota: (0,5) por resposta.
9º O que fazer se desconfiar da presença da febre aftosa no rebanho?
Resposta: Ir imediatamente ao escritório da EMDAGRO, ou telefonar comunicando o
aparecimento dos sintomas e evitar a presença de estranhos na propriedade.
Nota: (1,0) por resposta.
10º º Em que local do animal deve ser aplicada a vacina?
Resposta: Na tábua do pescoço ou terço médio do pescoço, via subcutânea.
Nota: (1,0) por resposta.
11º Quais são os meses que devemos vacinar contra a febre aftosa?
Resposta: Nos meses de maio e novembro.
Nota: (0,5) por resposta.
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