BENJAMIN PEREZ MAlA 1/. J o DESENVOLVIMENTO AS DIVERSAS DA APRENDIZAGEM: INTELIGENCIAS HUMANAS Monografia apresentada ao Centro de P6s-Gradua,ao, Pesquisa e Extensao, do Curso Universidade de Psicopedagogia na Tuiuti do Parana. Orientadora: Prof' Olga Maria Silva Mattos \. CURITIBA 2001 CONSULTA ! t!.J~~~f3-t~0 "0 cerebro de urna pessoa, de qualquer pessoa, contern todo 0 potencial de percep<;:oes,beleza e arranjos lingu;sticos, simb6licos, sinestesicos, pictoricos e 16gicos que abrigam aprenda todo saber em semente, a construir-se em comunhao com pronto para brotar e florescer 0 objetivo imprescindivel - 0 tao logo mundo que vivemos". Celso Antunes em AGRADECIMENTO Agrade~o: A Oeus par estar sempre junto de mim em todos as momentos. Aos alunos do Colegio Esladual Professor Aigacyr Munhoz Maeder, por me oportunizarem caminhar junto e valorizar seus talentos e potencial ida des. Caminhar junto e valorizar seus talentos e potencialidades. A minha familia pel a compreensao e carinho a todo 0 momento. As professoras Jurandi e Olga Mattos pelo profissionalismo. Aos meus amigos de jornada de Irabalho, obrigado pela ajuda. Agradecimenlo especial as minhas amigas: Meg, Vania, Gisele, Claudia e Claudele pelas nossas cumplicidades na aprendizagem e na lula por um pais melhor. A todas que direta au indiretamente colaboraram em minha caminhada. jii SUMARIO v Resumo 1.INTRODUQAO 01 2. OS PARADIGMAS E A CONSTRUQAO 3. A INTELIGENCIA E A APRENDIZAGEM 3.1.0 DESENVOLVIMENTO 3.2. A MEMORIA DO CONHECIMENTO DAS INTELIGENCAS E CONCENTRA<;:Ao 04 10 11 12 3.3. AS INTELIGENCIAS 14 3.3.1. A Inteligencia Verbal 17 3.3.2. A Inteligencia Logica-matematica 18 3.3.3. A Inteligencia Espacial 20 3.3.4. A Inteligencia Musical 21 3.3.5. A Inteligencia Corporal 22 3.3.6. A Inteligencia Pictorica 23 3.3.7. A Inteligencia Intrapessoal 24 3.3.8. A Inteligencia Interpessoal ou "Social" 26 3.3.9. A Inteligencia Naturalista 27 GUISA DE UMA CONCLUSAO 30 REFERENCIA 32 BIBLIOGRAFICA iv RESUMO o desenvolvimento levarn a desenvolver da aprendizagem: as nossas as diversas habilidades inteligemcias e competencias humanas em todos nos as sentidos das inteligencias. As perguntas passivel mais frequentes aumentar inteligentes? a Ha inteligencias As respostas certezas temos. E todas claro, dos seres human as. igualmente mas algumas uma desenvolver, de estimulos uma ferramenta, as inteligencias, somaS passivel E que E sao sobre a inteligencia. Todos diferentes? em todas as pessoas. 0 que varia e como recebido pessoa? sabre inteligemcia em geral sao especulativas, especial mente atrav8s angulo, que tenho inteligencia de uma quando sim, intelectuais. ea atingirmos nos estaremos inteligencia A inteligencia capacidade bern utilizada a padrao pessoa, esta presente de usc. A intelig€mcia, sob esse par alguns, 0 desenvolvimento valorizando de todos e mal par outros. da aprendizagem em as tipos de aprendizagem 1. INTRODU<;Ao Atraves deste estudo, percebe-se no trabalho educativo 0 enfatizar os produtos prontos. junta mente com 0 que 0 processo educacional deve enfatizar desenvolvimento das capacidades de pensar. em vez de 0 que se desafia e 0 seu estudo problematizado processo de suas prodU(;6es e que 0 trabalho seja desenvolvido como uma revolu9aO constante na educa9ao. Com trabalhos especificos para 0 cultivo das habilidades cognitivas, usando 0 pensar bem. Esse trabalho, certamente, gerara qualidade de cabe,as pensantes dentro da nossa sociedade e outra qualidade nas rela90es dessas pessoas umas com as Qutras. Agora aproveitaremos 0 maximo essa capacidade fantastica que temos em nosso cerebra para estuda-Io. A primeira ceisa a fazer memoria? funciona? Como fundona Como 0 funcionam aprendizado? Como 0 e descobrlr processo as como ele fundona. de raciocfnio criativo? Como Como multiplas? Como inteligencias cerebro se adapta ao trabalho? Como 0 funciona a a concentrayao S8 processa 0 cerebro detecta as ideias? Urn primeiro passe e definir de ante mao seu problema de forma especitica, porem nao restritiva. 0 segundo passe e definir 0 que gostaria de conseguir idealmente. E ai, e precise organizar os 100 bilh5es de neuronios ativos de nosso cerebra, bastante para fazer a ponte entre visualizar 0 que a solU9aO ideal, voce e imaginar e 0 que deseja ser. Tambem no olho da sua menta 0 ajuda malhor resultado possivei. Tentando colocar de lade as pre-concep95es. Os elementos que se usa para resolver problemas nao deveriam ser apenas aqueles em que sao especificos aprendizagem ou processo em que esta envolvido. Usa-s8 apenas para a estes e ter-se-a como resultado as mesmas solU90es antigas. Tambem ajuda bastante tentar envolver, conscientemente, todos os sentidos, se 0 problema tiver side definido visualizar algumas respostas. matematicamente, vamos construir imagens Ao descobrir que podemos construir imagens completas do que as que usualmente construimos, verbais muito mais amplas e ao sentir que a velha matematica dos livros didilticos pode saltar para a redescoberta da matematiza9ao de nossas rela90es ambientais, ao soltar os limites de nossa criatividade e, atraves dessa liberta9ao, alcan9ar pianos mais amplos de uma visao de mundo por meio de nossa intelig,mcia espacial ao aceitar que somos limitados, apenas por enquanto, no dominio de nossa concentra9B:o, de nossa sensibHidade tatil, de nossa audi9B:o ou de nosso paladar, que muito pouco caminhamos controle de nossas rela90es interpessoais na descoberta e intrapessoais, da natureza simplesmente ou no estamos dando uma resposta coerente e estimulando as inteligencias de nossos filhos ou as de nossos alunos. E. importante observar que esse ser humano holistico, com os estimulos das inteligencias m01tiplas despertadas, na realidade, jil existe. Existe porem, em mil pessoas de diferentes lugares que podem vir a ser admiravelmente sintetizados em cada uma das pessoas que nos cercam. o que se pretende com um programa de desenvolvimento das diversas inteligencias humanas e resgatar essa imensa quantidade de estrategias e metodos presentes em diferentes institucionalizadas, culturas, eleva-los por meio da aos alunos convencionais, aceitayao do paradigma em escolas construtivista de aprendizagem. Assim, essa linha de trabalhos talvez nada tenha de "novo', pois essas estrategias sao, aqui e ali, plena e eficazmente produzidas. Nosso desafio, entretanto, e trazer a humanidade a humanizayao do ser humano. Hoje, observamos que e necessario tambem mapeamento 0 desenvolvimento do mental, para podermos gravar em nosso cerebra os diversos sentidos da aprendizagem. nessos neuronios o alune Ela aparece com maior facilidade quando ramificamos 0 atraves dos objetivo de aprender. devera organizar e usar a informagao que Ihe chega de varias fontes e expressar suas ideias atraves da propria linguagem. Viabilizando por meio de aprofundamentos reflexivos a a9ilo educativa, 0 desempenho do seu papel profissional de estudante. Com essas competencias habilidades mais desenvolvidas, a aluno tera cada vez mais cognitivas e, portanto, estara mais pr6ximo do pensar certo. Ele tem ideias e procura expressa-Ias. Quando consegue, arquiva 0 resultado na memoria, para utilizar;80 futura. Se a estrutura cognitiva de urn aluno for clara e organizada adequadamente, a aprendizagem e a reten"ao de novo conteudo e sensivelmente facilitada. Se ela e instavel, ambigua a quantidade, e desorganizada, a clareza a aprendizagem e a organizayao fica prejudicada. do conhecimento presente Sen do assim, do aluno e a principal variavel a ser considerada par professores(as) e educadores(as) durante 0 processo ensino-aprendizagem. Atraves das tentativas de aprender, 0 aluno constroi e reconstr6i continua mente a seu conhecimento frente aos seus exitos ou fracassos, modificando os seus metodos organizar urn 0 de estudo, tentando seu conhecimento equilibria sernpre fazer sentido da experiencia e procurando em estruturas mais eficientes e coerentes, mais aprofundado do contradir;oes, tentando criar e construir alternativas conhecimento, buscando superando as atrav8s de novas conteudos ate que a opera9ao Ihe pare~ satisfataria. A qualidade de ser humano e a de possuir urn cerebra capaz de interagir com o meio ambiente comportamento cerebro. de forma entre construtiva, as seres humanos e que as diferenc;:as de desempenho individuais refietem e diferenc;:as em seu 0 cerebro demonstra ao mesmo tempo a unidade essencial do ser humane e sua individualidade. Sabemos tambem que para desenvolver a aprendizagem e necessario estimular, mapear, observar e interagir com a meio no cerebra humane on de vive. 2. OS PARADIGMAS E A CONSTRUr;:AO DO CONHECIMENTO A Psicopedagogia e uma area de estudo e de atua,.ao que se preocupa com as quest6es do ensina e da aprendizagem do ser humane tanto no que S9 refere aD seu processo, quanta aos transtornos que podem aparecer no decorrer do mesmo. Neste sentido, todos os estudos realizados para compreender desenvolvimento humano e os mecanismos para aprender interessam as a pesquisa. Dois estudiosos, Piaget (1879) e Vygotsky (1987), dedicaram sua vida profissional a descoberta de como 0 ser humane se desenvolve e aprende e, por isto, seus trabalhos trazem contribui90es significativas relayao a compreensao a psicopedagogia tanto com do desenvolvimento do ser humano e de seus mecanismos de ensinolaprendizagem, quanto para a interven,.ao em casos que apresentam alterac;6es no processo de aprender. Embora ambos tenham nascido no mesmo ano, tenham orientado suas pesquisas para 0 mesmo objeto de estudo e tenham se utilizado de metodos semelhantes de investiga,.ao, diferenciam-se por terem partido de pressupostos te6ricos distintos, vividos em contextos culturais diversos e vivenciado condi¢es e historias pessoais peculiares. Tentar falar de Piaget e de Vygotsky em poucas linhas e uma tarefa muito dificil. Porem, procurare; sintetizar minha compreensao destas duas vis6es, sem a pretensao de esgota-Ias e certo de que, mesmo a respeito dos pontos por nos abordamos, existirao aspectos que fugirao de nosso foco de analise. A ideia e, portanto, perceber a relevancia de tao profundos conhecimentos para aquele individuo que, par algum motivo, nao esta conseguindo aprender. Piaget realizou estudos com 0 principal objetivo de conhecer a evolu9ao do conhecimento na especie humana. Os resultados das pesquisas epistemologicas realizadas por ele, seus colaboradores e sucessores, auxiliam sobremaneira a compreensao do desenvolvimento humane e da aprendizagem no que se refere a 16gica matematica e suas rela¢es com a linguagem e com a construy8.o da moral. Ele nos mostra que a intera9i\o do homem com 0 mundo possibilitam a constru9i\o de estruturas cognitivas cada vez mais complexas, sensa~6es, realizar movimentos, perceber, que permitem a esse homem Ter simbolizar, abstrair e raciocinar logicamente. Com relac;ao aos conhecimentos trazidos para os nossos dias atraves pesquisa s6cio-hist6rica de Vygotsky, podem afirmar excelentes contribuic;oes e pontos fundamentais 0 da mesmo, embora traga para a reflexao sobre 0 aprender o nao aprender, nao abrange todos os aspectos do desenvolvimento e humano. Para Vygotsky, a intera9i\o com 0 mundo, tambem, e fundamental para que individuo complexos, possa ir se organizando porem, a mesma transforma9i\o de fun,oes em niveis sup6e a cultura como elemento cada 0 comportamento humane e vez 0 rna is que possibilitarao psicol6gicas elementares em fun,oes superiores. Ele acreditava que intera¢es internamente, a pSicol6gicas basicamente fruto das sociais e nao determinado. Estamos em tempo paradigmas que regem 0 de revisita a educa~ao de forma geral, de visao aos ensino e a aprendizagem e de indaga9iies diante de um mundo em constante mudan9a. A reelabora,ao do "saber", tao propagado pela escola tradicional, do "ser", estimulado pela escola nova, do "fazer", enfatizado pela escola tecnicista, e do pel a escola progressista, "interagir", defendido faz-se que as fronteiras estao cada vez mais tenues, as tecnol6gico permitindo conhecimentos necessaria nurn mundo em diferen~asamea9adas e 0 avan90 mais amplos, de forma mais rapida. Ensinar e aprender precisam estar calc;ados numa visao de conhecimento, de humaniza,ao, de a9i\o e de intera9i\o diferentes daquelas exigidas em outros mementos historicos. o ser humano deve se desenvolver biol6gico e social - integrado a humanos, sociais, normas e regras como urn ser inteiro - cognitivo, afetivo, sua realidade, no qual se encontram conhecimentos outros seres e instrumentos historicamente e elementos naturais que devem ser preservados por ele. construfdos Ensino professores e aprendizagem possam conhecimento medlar lnacabado, transformado, precisam e os se alunos pronto para valer da possam ser pesquisa aprender investlgado, exige uma forma de ensino\aprendizagem para a que os aprender. 0 complementado e dina mica, contextualizada e significativa, 0 sujeito que deseja aprender precisa trazer 0 seu conhecimento para que este possa se transformar na a<;ilo educativa, a<;ilo modifica, a metodologia de ensina necessita investir na construyaa coletiva do conhecimento, no interdiscurso e na operatividade. Um(a) aluno(a) que s6 memoriza, ou que s6 deseja desenvolve habi!idades, au ainda que 56 interage, prazer, ou que s6 0 sera capaz de sobreviver as exigencias do mundo em que vive e daquele em que vivera no futuro? O(a) aluno(a) do Ensino Fundamental necessita conhecer 0 que ja foi construido humanidade, poram, precisa, antes de tudo, aprender a conhecer 0 pela seu mundo para transforma·lo. o ensino atraves da pesquisa de projetos de trabalho podera sedimentar uma forma de ensinolaprendizagem que valorize descobertas, cria90es e autorias. Para que um aluno possa aprender a ser autor do seu tempo e sejam capazes de pesquisar e de serem autores do conhecimento que mediam. A reprodu9ao, para Visca (1987), tem seu valor hist6rico, pois sem ela nao haveria memoria, que a poram, a reprodur;ao 0 que garante experi€mcia vivida, conhecida, aprendizagem de a continuidade humana da face da terra, sem criar;ao faria com que nao evoluissemos. urn para transforma·!a mediador do Aproveitar a atraves do ate criador faz parte da conhecimento. Para poder incentivar a constru<;ilo, a transforma<;ilo e a cria<;ilo do conhecimento, 0 vjver estas a¢es uma atividade educativa que promova 0 no seu cotidiano, aprender a desenvo!ver movimento e a operatividade por parte do aluno(a). A a<;ilo humana e integrada: quando falamos, que queremos dizer, da forma como 0 expressamos, nem das funr;6es do corpo que sao necessarios desejamos. professor(a) necessita nao separamos do movimento 0 conteudo do que realizamos, para que comuniquemos 0 que Por que na at;ao de ensinar\aprender precisamos separar, compartimentalizar o conhecimento, e fragmenta-Io? Por que e tao dificil integrar cotidiano? Por que nao sabemos colecar em pratica que e integrado no 0 a interdisciplinaridade tao valorizada nos discursos educacionais? Analisamos a ser humane pelos seus conhecimentDs e suas ac;6es no decorrer de sua hist6ria, para compreend€Ho, e de tal forma que esta analise, nos dias de hoje, dificulta-nos a sintese. A interdisciplinaridade e uma necessidade humana e naD se traduz em tratar um mesmo tema em varias disciplinas, mas sim em conhece-Io num mDvimento que nos permita constatar sua natureza, as transtormac;6es realizadas atraves da historia e sua funyao social no passado, no presente, projetando-a para 0 futuro. Os parametros curriculares que as atividades escolares nacionais se integrem, permitem relacionam-se este exercicio e possibilitam entre si e com a realidade do local onde estao sendo desenvolvidas. A escolha do que ensinarlaprender e do como faze-Io e tareta do corpo de educadores de uma instituiyao, esta tarefa busca a superayao do ensino fragmentado. Professores(as) pesquisadores, jil que precisam, 0 rnais do que nunca, transformar-se em incentivo a forma91iode alunos pesquisadores e a principal atribuiyiio de uma proposta educativa interdisciplinar. Tal transforrna91io deve ser entendida como forma de supera91iodo papel reprodutor, tao enraizado na a91io de ensinar. Para Rodrigues (1985, p.17), ·0 novo e a supera91io do velho pela sua incorporaC;ao e transformaC;ao. Destr6; 0 velho, fazendo morte da semente faz germinar forma, estamos conhecimento, Para naseer dele 0 novo, como a a planta, e a morte da fior germina conclamanda a marte do professor que 0 fruto". oesta apenas reproduz atividades e exercicios. poder efetivar uma proposta interdisciplinar, faz-se necessario 0 comprometimento de professores, espayos para estudo, reflexiio e pesquisa, coordenac;ao operativa, avaliac;ao continua. A forma de ensinar\aprender e questao fundamental. E preciso, alem de pesquisador(a), ser urn comunicador(a), urn coordenador(a) de coordenador(a) de jogos e brincadeiras e, sobretudo, um autor(a) do processo de ensinar\aprender. Esta forma exige tambem uma revisita ao erro para que se descubra sua fun~ao como parte do processo de pesquisa. Com a transformaC;8o da viseo de erro, modifica-se tambem a avaliac;ao. Temas certeza de que estas mudan9Clsnao ocorrem de uma hara para Qutra, nem sao independentes da nossa vontade. transformac;ao do conhecimento, sendo 0 continuo, trabalho de constrUyaO e e 0 que possibilita a real modificayao do trabalho educativ~. A integrayao s6 e possivel se for possivel para os professores(as) conhecerem suas semelhanyas e suas diferenyas, como profissionais e como veiculadores de urn conhecimento especifico. o processo de construc;aodo conhecimento nao ocorre apenas pelo vies do cognitiv~, mas principalmente pelo afetivo, pela imaginayao, pela intuiyao, p~r outros tipos de raciocinio que Gardener (2.000) chama de outras inteligemcias. Em sintese, este estudioso considera interconectadas mas, de que conhecemos atraves de sistema de -jnteligencias· certa forma. independentes localizadas em regi6es diferentes do cerebro, com intensificayoes em cada pessoa e para cada cultura. Conclui que temas oito inteligencias e que he'!sempre 0 predominio de umas sobre as outras. A partir desses estudos, consta-se, de maneira mais significativa, que aprendemos de forma diferentes. Portanto, qualquer processo de ensino- aprendizagem precisa considerar estas conclusoes, compreendendo que s6 possivel alcan~r plena mente 0 e conhecimento atraves de praticas que valorize todos os sentidos, que de espac;o a manifestac;oes das diversas inteligEmcias, aos diferentes olhares e expressoes que as traduzem. Os alunos(as) precisam ser valorizados por suas facilidades, possibilidades e competencias, mas tam bern precisam ser valorizados como capazes de aprender outras possibilidades como capazes de aprender outras possibilidades, desenvolver outras habilidades e competencias. A era da informac;ao, da comunicac;ao e do conhecimento exige uma transformayao da escola, uma mudanya na concepyao de ser humano, de mundo, de educayao, de ensino e de aprendizagem. Ensinar e aprender fazem parte de uma unidade diah§tica que garante ao professor e ao aluno as duas a<;oes. !O 3. A INTELIGENCIA E A APRENDIZAGEM Par muito tempo, acreditou-se aprendizagem e alguns ~metodos" indistintamente, como S8 e Hoje, a visao descobre-se de ens ina contriuia: que, sem a aprendizagem, valor da perspectiva das eonhecimentos 0 ser usados necessidades da aprendizagem desse pastas processa a aprendizagem, S8 0 aluno, pelo dos conteudos inteligencias e redefine papel do que leva este ultimo a tomar social pelo ambiente 0 transmite-o na 0 constrw;ao e pelo de aos seus papel do novo professor de como se da a aprendizagem, postos e Essa posi.yao conhecimento, com base no que ja conhece. Em sintese, de usar a perspeetiva ferramenta diferentes passassem a naD S8 consuma. 0 ensina construtivista urn efetivo colaborador mas eonseiEmcia e na a importancia da associac;ao da percebe-se professor, nao ma;s urn informador que, detendo alunos, fixava-se sua eficiencia garantisse a aprendizagem de todos. Essa com a compreensao de como eficiencia do ensina 0 de ensina atualmente, esta inteiramente superada. concep.yao, ressalla que todo processo visao fez com que a ensina ganhasse autonomia sabre a figura do professor. Essa para que, usando meio social. de seus alunos e as levem a se tornarem estimule a as aptos a resolver problemas au, quem sabe, eriar "produtos" validos para seu tempo e sua cultura. Essa redefini9iio do papel do educador(a) e angustia. A certeza primordial para a humanidade constru9iio angustia de que e que seu desafio de um ser humano e indagar se, nao melhor tendo estimuladas, ele sera capaz inteligencias. Essa angustia pareee Socrates h<i vinte cortava", talvez sugerimos e quatro traduz se identifica e. portanto. todas as de S8 transformar seculos. uma certeza e desperta uma e fun~o social, muito mais do que antes, sua de um mundo suas Quando a garantia mais inteligencias em um estimulador nao ser estruturalmente que a limita9iio com lembrava do exercicio diferente que a ·pedra de determinadas da dig no. A devidamente de multiplas da vivid a por de afiar nao habilidades II impede que 0 professor possa S8 transformar em um estimulador dessas naD mesmas habilidades. 3.10 DESENVOLVIMENTO DAS INTELIGENCIAS Nao acreditamos que existam professores(as) 'prontos" para desenvolver estimulos das multiplas inteligemcias e nem damos maior importancia ao eventual talento para essa missao. Preferimos as professores criticos e reflexivos que analisem alguns elementos basicos essenciais a essa 898.0 estimuladora e S8 acreditem upessoas em formac;ao", que desenvolvem sua formac;:8.o como uma conquista lenta. Persistente e progressiva. Quais seriam as elementos basicos dessa formayao? 1. Mentalidade aberta para aceitar, com humildade, mas entusiasmo e ousadia, sua potencialidade para esse desafio. 2. Sensibilidade e prazer autentica S8acreditar disposto a ajudar 0 em S9 relacionar com Qutras pessoas e em alune a S8 construir. 3. Postur8 investigativa e estudiosa e a certeza de que naD existem limites para o aprender. Ja reiteramos que oposta a essa presenc;a apareee no professor prepotente, proprietario irredutivel da verdade e crente fiel na propriedade de seus -achismos" 4. Elevado senso eritieo assoeiado a seguranc;a para aeeitar limitac;oes, rever proeedimentos e reformular-se com base em novas descobertas. 5. Desprendimento inteleetual ou ausencia de uciume~em tornar publica suas descobertas e as estra!t§gias dos bons resultados que colhe em seu trabalho com 0 aluno. 6. Organicidade cientifica que e leve a anotar criteriosamente seus progresses e manter vives e atualizados seus "diaries de pesquisa" nas atividades desenvolvidas com as classes. 12 7. Serenidade para aceitar as limita90es materiais e ate de credibilidade do ambiente. Certamente, todos quantos aceitam urn novo desafio despertam inquieta90es e precisam resistir ao desejo generico de uma identidade com as medfocres. 3.2. A MEM6RIA E A CONCENTRACAo A concep9ao de uma "inteligencia geral" e, portanto, (mica foi literalmente desmontada com os estudos de Gardener (2.000) e, de uma certa forma, essa substitui9aO de paradigma influi poderosamente na ideia que se tinha da memoria, da capacidade de concentrac;ao e de seu funcionamento. maneira, torna-S8 evidente que, assim como multi pia inteligencias, sim geral e 8im formas 0 cerebra humane memorizac;ao de Dessa naD existe uma inteligencia geral e tambem e naD abriga uma competencia de memoria concentraC;80 subordinadas a cada uma das inteligencias. Ha decada, ja nao S8 aceita que a memorizayao mecanica signifique aprendizagem. 0 conhecimento de na rela9ao sujeito-objeto-realidade, com a intermedia,ao do professor e pela a9ao do educando sobre Assim, aprender essencia das aprendizagem representa rela<;6es. substituir a mistura confusa E. enfatiza que a evidente que a 0 perspectiva memoriza~o mecimica objeto de estudo. dissociayao pala e a e urn construtivista de recurso primitiv~ de demonstra9ao de urn falsa saber. Atualmente, destaca-se que, ao construir urn conceito, a pessoa instrumento de nao 0 memoriza, apenas a~o para elaborar conex6es resolver problemas. Assim, informac;6es que 0 0 estimulo tempo encarrega transforma esse mais elevadas a memoriza~o e util para de tornar inuteis. conceito e, dessa em forma, que se guardem Em Qutras palavras, e importante que se conhe9am algumas estrategias para estimular as diferentes memorias, mas que esse uso seja parcela nao muito significativa do domlnio dos saberes e nao a expressao absoluta do conhecimento. 13 Em pesquisas recentes, destaca-se visao onde essa relata S8 alguns fundamentos da ativa<;liodas mem6rias IingCiistica,espacial e 16gico-matematica. Entre outros fundamentos, destacamos construt;ao de urna 0 papel limitado da memoria na aprendizagem significativa e citamos algumas regras para 0 estimulo dessas mem6rias apenas como mera detonador de urna aprendizagem Em sintes8, essas regras seriam: significativa. 1. Motivar, fazer sentir a necessidade do "querer", nao fragmentar apenas repetif mecanicamente 2. Criar imagens mentais que associem conhecimentos anteriores, 0 texto e suas partes; ideias a serem memorizadas as pois 0 novo conhecimento S8 constr6i a com base no anterior, seja para amplia-Io, nega-Io ou supera-Io; 3. Fazer associa90es chaves aparentemente do conteudo, sujeito per sua grotescas que envolvam urna vez que 0 conhecimento e as ideias- estabelecido no 8980 sobre a objeto e essa 8980 sera tanto mais efetiva quanta mais perceptiva for e quanta mais eficientemente se produz a movimento empirico :: abstrato = concreto; 4. Associar aos conceitos imagens formas e fontes diferentes 0 graficas e pictoricas, rabiscar com objeto a ser memorizado, decompondo 0 todo em suas partes constituintes; 5. Treinar com frequemcia imaginar para melhorar estimuladores seu nao podemos de suas diferentes ac;ao repetitiva desempenho que urn exercicio tambem ocorre rnernorias e fisico exerce com exercicios de diferentes memorias. Em sintese, a identifica9ao que a elasticidade que a mesma ser das diversas inteligencias otimos em todas, mas permite a aceitac;ao de podemos melhorar nosso desempenho em cada uma delas e, mais ainda, que, tao importante quando rnernorizar alguns dados e tambem aprender e esquece-Ios o grande deve desafio de urna educaC;ao consciente ser lembrado, mas tambem 0 que deve quando necessaria. consta em selecionar ser esquecido. colossal pode ser um fardo terrivel para 0 ser humano. Uma ° que memoria 14 3.3. AS INTELIGENCIAS E passivel aumentar a inteligencia de uma pessoa? Todos somas igualmente inteligentes? Ha inteligemciasdiferentes? As respostas sobre inteligemcia em geral sao especulativas, mas algumas certezas tern os. E passfvel especiaimente atraves desenvolver, de estimulos sim, intelectuais. a inteligencia A inteligencia de uma pesse8, padrao esta presente em todas as pessoas. 0 que varia e a capacidade de uso. A inteligencia, sob esse angulo, e como uma ferramenta, bem utilizada por alguns, e mal por outros. o avanyo mais significativo na questao inteligencia foi provocado pelo psicologo americano Haward Gardner, a partir de 1979, na Harvard Graduate School of Educacional. Investigando das inteligencias processo o multiplas, a natureza 0 do potencial humano, que veia a revolueicnar 0 Gardner criou a teoria entendimento da mente no do aprendizado. entendimento das inteligencias multiplas nos deu uma imensa compreensao E das potencialidades do ser humano. E tambem de suas limitayoes. numera de pessoas extremamente limitadas em Qutras. Mozart e bern dotadas urn exemple de de genic uma incrivel inteligencia, musical, 0 e muito que teve imensos problemas na vida, por ter dificuldades de lidar com os fatos comuns da vida, onde seriam necessarias outras habilidades intelectuais. Garrincha pode ser 0 equivalente no esporte. Einstein na ciencia, e tantos outros. a que devemos levar, como mensagem, e que a inteligencia plural e a tendencia esperada para os dias que vivemos e, principalmente, para os que estao por vir. 0 mundo quer pessoas nuances, e capazes De pouco vale, informatica, com multiplas, capazes de entender 0 mundo em todas as suas de criar soluyoes a partir de uma gama maior de ferramentas. hoje, ser genio ° dinheiro, musical, por exemplo, e negar contato com a com a imprensa, com a vida diaria. E ai surge a inevitavel pergunta: e possivel fortalecer facetas mais fracas da inteligencia de uma pessoa? Mais de uma vez foi dito que sim. E tambem foi dito que 15 naD existem para isso, formulas magicas, remedios de farmacias, nem soluy6es imediatas. o que existe sim, e determinayao. inteligencias menDS presentes. dedicaQ8.o Buscar e persistemcia. Forc;a-se a utilizar as situa¢es em que as mesmas sao necessarias. Treinar. Treinar. Treinar. Estas sao as tres regras basicas. Alguem com baixa inteligemcia musical pode aprender a tocar urn instrumento? Claro que sim. Certamente nunca sera urna virtuQse, mas podera tocar com relativa Tera, com certeza, mais dificuldade de aprender do que outros ao seu eficiencia. redor, mais bern aquinhoados pela natureza nesse aspecto. Mas com certeza aprendera, e estara, dessa forma, desenvolvendo sua inteligencia musical. Analisando de maneira sucinta a s raizes biol6gicas da inteligencia, se que ela e produto problemas uma e, ate mesmo, cultura. ~apertos~ Oessa o papel da escola, para o estimuladora a aprender", em renova-se aprender, ela da inteligEmcia e agente orientador o nascimento a escolher a os e descobertas e das sobre 0 a que assume da escolaridade Ao contrario, por sua da felicidade. Perdeu que a para suas inteligencias. de escola. profissoes, professores(as) 0 ir sao missao de seu espa90, simples agentes de informay6es. cerebro humano e mais ou menos cada uma delas com um momenta dessas janelas de tirar de alguns levam-nos eslimular novo conceito estimulador diferentes, resolver dentro 5e a crianc;:a jil nao precisa suas habilidades importante e, portanto, nos necessita a sua a escola para a nova escola transforma isto sim, especifico com estudos da inteligencia". desenvolver na mais valor ultima analise, descobre- ao sujeito qualquer. nao perde espas:o nesse transmissores serve e, nesse contexto, simples mente professor que, entretanto, cerebral papel de "cenlral "aprender oP96es e permile que tenham a inteligemcia para um problema comportamento cerebral criar produtos maneira sugerindo melhor solu9ao escola de uma opera\'iio come9am como um predio com nove janelas certo para escancarar-se. se abrir ainda no ventre materno, e outras nos primeiros anos de vida. Em geral, a maioria Algumas quando do estao escancaradas 16 entre as 02 e os 16 anos de idade, mas depois S8 retraem urn pouco e naD mais S8 fecham, a nao ser ap6s os 72 anos de idade. A idei8 da janela momento e positiva, para seu estimulo, a aprendizagem pois, S8 ela esta ~escancaradab,temas urn grande esta parcialmente S8 fechada, e valida, 0 estimulo mas sera urn pouco mai5 devagar. E bastante estimulante para toda a humanidade a identifica9iio de diversas intelige!'ncias humano no ser humano quante long a estrada e as acentuadas usa deste aD a ser percorrida nesses diferem;8s entre hemisferio cerebral. au daquele ja e admiravel estudos, 0 desenvolvimento Ainda saber que exista uma que somas mais diferentes do que se imaginava que pudessemos ser. A grande investiga9iio que marca 0 final do seculo incrivel potencial e aquela que ser humane faz sabre si mesma e sabre 0 de diferenc;:a existente 0 entre as pessoas. A descoberta de si mesmo e a lenta perceP9ao da complexidade do outro constituem urn desafio Pesquisas cerebra sedutor recentes humano que para todos nos. em neurabiologia correspondem, sugerem pelo menos a present;;a de maneira areas no apraximada, de a determinados espa90s de cogniyao, mais ou menos como se um ponto do cerebro representasse urn setor que abrigasse processamento de informa90es. quais sao essas areas, existe urna forma Embora 0 seja consenso especifica uma tarefa de que possam, de competencia dificil dizer e de clara mente cada uma dela, expressar uma forma diferente de intelig,mcia, isto e, de se responsabilizar pela solU9ao especifica de problemas ou cria9iio de ·produtos· validos para uma cultura. Essas areas, segundo Howard Gardener (1983), seriam oito e, portanto, 0 ser humano seria abrigariam proprietario diferentes oito 13relativamente chama subjetivo, de inteligencias logico-matematica, inteligencias de oito inteligencias. pessoais, sao essas multiplas. a espacial, pontos Ainda diferentes que esse as inteligencias Seriam a musical, isto 13,a intrapessoal de cientista e interpessoal. cerebra afirme que que caracterizam elas a inteligencia a cinestesica seu lingOistica corporal, onde 0 0 se numera que ele ou verbal, a naturalista a e as 17 3.3.1. A Inteligencia Verbal A inteligencia linguistica ou verbal representa terramenta essencial para a sobrevivencia do relacionar-se algumas homem maderno. Para com os Qutros, a linguagem vezes, 0 trabalhar, deslocar-se, constitui 0 elemento unico da comunicayao. divertir-S8, mais importante Mas nem todos usam plenamente e, este potencial: alguns em virtude do limitado vocabulario que conhecem, que nao permite formas de comunicaIY80 comentarios e restritas alcance do fantasma mais avanc;adas colocac;6es atraves do qual do que grosseiros recados, breves opinativas; outros em, virtude do pequeno S8 manifesta sua inteligencia verbal. Ambos podem se beneficiar de um programa de desenvolvimento estimulante. o desenvolvimento da inteligemcia verbal au linguistica inicia-se com 0 balbucio das crianc;as, ainda em seus primeiros meses de vida. Par volta do initio do segundo ano vigorosamente de vida, a janela da inteligencia e a crian<;a nao s6 desenvolve junta palavras em frases com 6bvios significados: anos, a palavra ja se transforma e capaz dos 4 ou 5 anos, IingOistica expressivo nene w em vefculo navegador pareee vocabulario S8 abrir como tambem nana~,Mnens papa". Aos 3 do pensamento e, por volta de se expressar com uma f1uemcia que se identifica muito ao talar adulto, ainda que, em inumeros casos, a inteligencia corporal ajude com caretas e gestos a busca da clareza nessa expressao o estfmulo da inleligencia verbal e verbal. nOl6ria em ambientes motivados pelo desafio de palavras e por multiplas conversa~6es. A rela~ao de alguns estimulos para IingGistica pareee confundir entretanto, necessidade determinam convincentemente mostrando que nao sao danificadas. e de as formas separa-Ias, 0 desenvolvimento da inteligencia de expressao e escritas estudos ou orais. neurol6gicos que a linguagem escrita ap6ia-se Nao ha, recentes na linguagem ja oral, possivel uma leitura normal quando areas da linguagem oral Dessa maneira, pareee ser valido eonc\uir que, embora a linguagem possa ser transmitida por gestos e sinais, permaneee em seu centro 0 trato vocal e, em torno do mesmo, outras tormas de expressao. Assim, a crian98 que representa 18 uma cena par mimica, "fala silenciosamente" a que pretende expressar, da mesma maneira que, ao escrever, estamos ~falando~silenciosamente as conteudos que desejamos transmitir. A importancia cultural que no ocidente da a S9 oralidade ja revela que essa inteligencia constitui a ferramenta estrutural de todas as outras. De qualquer forma. a inteligencia verbal relaciona-se com maior intensidade com a 16gica-matematica e a cinestesica corporal. A inteligencia lingOistica esta presente nas pessoas que tem facilidade com as palavras, orais ou escritas, rapidamente. Camoes, escrevem Sao bons exemplos Shakespeare, Rui e expressam-se as paetas bern, aprendem e escritores. idiomas Vinicius de Moraes, Drummond. Esta inteligemcia tambem Barbosa, e comumente mensurada pelos chamados testes psicotecnicos. 3.3.2. A Inteligencia Logica-matematica o estimulo a essa forma de inteligencia encontra-se muito bem fundamentado nos estudos de Piagel. Segundo sua concep9ao. 0 entendimento logico-matematico deriva, inicialmente, das agoes da crianga sobre 0 mundo quando, ainda no bergo, explora suas chupetas, seus chocalhos, seus mobiles e outros "brinquedos~ para; em seguida, formar expectativas sobre como esses objetos iraQ se comportar em outras circunstancias. E evidentes que, em alguns casos, a inteligencia 16gicomatematica aparece muito elevada e 0 individuo, mesmo sem estfmulos adequados, pode faze-Ia ~brilhar", mas, mais evidente ainda e que os pais ou a escola que saibam como estimula-Ia obterao resultados bem mais significativos do que impor a matematica como um perverso desafio. a aluno, assim como e alfabetizado na descoberta dos signos das letras e com as mesmas formam silabas e palavras, necessita ser "matematicamente alfabetizado" quando, decifrando os signos matematicos, conquista a permanencia do objeto, pensar e referir-se a ele mesmo em sua ausencia, a crian93 torna-se capaz de reconhecer as similaridades entre 19 objetos ordenando-os em classes e conjuntos. Mais tarde, por volta dos 5 anos, deixa de contar sene mecanicamente urna de numeras e apliea esse valor mapeando-o para conjuntos de objetos, a crianc;a pode identificar a numera de cada urn, comparar as totals e determinar 0 que contem maior quantidade. As habilidades operat6rias (confrontar, identificar, comparar, calcular) ganham contornos definidos e a crianya adquire uma razoavel no,.;;o sobre conceito de quantidade. 0 0 desenvolvimento matematico segue a passagem das acroes sens6rio-motoras para as operayoes formais concretas, e da capacidade de calculo avanya para raciocinios 16gicos experimentais. Em sala de aula, ou principalmente em gincanas aparentemente ludicas, 0 estimulo dessa inteligencia pode tornar-se uma atividade muito interessante com 0 emprego de mensagens cifradas, urn estimulante desafio imaginativD adaptado para qualquer faixa eta ria. E interessante notar 0 progresso de alunos(as) das primeiras series do Ensino Fundamental, quando descobrem professores que sabem ~matematizar" suas aulas levando-as a visitar a comunidade e descobrir onde esta a matematica do motorista de onibus, do jornaleiro, das latas expostas nas prateleiras dos supermercados, das diferentes vitrinas e sua diversidade nos shopping. Para os leigos, a incredulidade se manifesta: sera que existe matematica nessas coisas? Para 0 professor, a questao matematica nao reside apenas na sala de aula, 0 e ingEmuademais; a calculo esM presente em todo motorista, em qualquer profissional e ate no aluno que mede com seus passos a calyada percorrida, e a geometria desenha 0 espayo geografico e e elemento crucial de todo ambiente arquitetonico. A relac;ao dessa inteligencia com as demais e muito explfcita. A beleza da logica e a expressao pura da matematizayao do cotidiano precisam da inteligemcia lingOistica e essa busca espacial da matematica nao dispensa a inteligencia cinestesica corporal. Nao ha nada mais matematico do que a danya de um grande bailarino, e a propria expressao da geometria nao dispensa a inteligencia pictorica. A espacialidade e quase nada sem matematica e os grandes musicos fazem da sua arte uma matematica sonora. 20 3.3.3. A Inteligencia Espacial o eslimulo da inteligencia espacial pode ser promovido de diferentes maneiras, e, para cada faixa e crian~s historias para essencial que a crianya etaria, existem estrateg;as correspondentes. mas termina-Ias nem importante, possa interagir com a historia contada sempre. Con tar Assim, apresentando e 0 final ou os trechos que pressup6em uma continuidade. Em sala de aula, as hist6rias iniciadas pelo professor(a) devem contar com uma continuidade interativ8, mas esta, em vez de vagar solta e dispersa. deve manter um fio condutor seguro pelo professor. que a Este, e evidente, nao sabe como acabara divaga~o dos alunos deve encontrar a historia que iniciou, 1imites e que, quando pronta, mas sabe a historia deve ser registrada em anota90es que se transformem em propriedade de todos. Aos pais, desejosos de estimular a espacialidade de seus filhos, recomenda-se solicitar sempre a sua opiniao sobre os fatos do cotidiano, sem a preocupa9ilo censora de julgar que sua apresentac;ao Merrado". Ao contra rio dessas "censuras", mesmo mais as divergencias novas, de opinioes a descobrir nao abrigam possa solicitar pode haver que existem posi~6escomo McertO" au a tentativa opinioes de levar a criam;,a, discordantes e que nas quais se aloja posic;:oes maniqueistas, uma ou outra como certa ou errada. 0 estimulo para 'sonhar acordado· e fazer dessas narrativas uma constru9ilo do tipo Brainstorming (tempestade cerebral). Representa um meio alentador como constitui de desenvolvimento urn meio muito saudavel -brincar" da inteligemcia de identificar espacial, assim como seria a forma de uma composi9ilo vista do alto ou de outro angulo qualquer do observador. Em sala de aula, 0 estimulo a inteligencia espacial, desde os primeiros ciclos do ensino fundamental, pode ser trabalhado com os cuidados que envolvem a alfabetiza9ilo cartogn'fica. A leitura do espa90 pela crian93 representa uma descobertade significadotao relevante em sua forma9aOquanto a alfabetiza9ilo nos signos das letras. Segundo Piaget, 0 advento de opera90es concretas no inicio da escolaridadesimboliza importante ponte de mudan9a no desenvolvimento mental da crian93. Capaz agora de manipula95es muito mais ativas, ela pode perceber 21 imagens e objetos de seu domfnic espacial. Essa fase da educac;ao corresponde ao "momento magico' para como uma cena estimulo 0 pareee S8 de desconcentrayao, com Dutra e, portanto, em que a crianya como 0 espayo percebe vivido pode apresentar similaridades com 0 espac;o geografico apreendido" Considerando exercfcios importante a espacialidade profissionais, para parece a ge6grafo, como evidente manifestayao que essa forma 0 historiador, de a soci610go, qualidade mas para e inteligencia de tambem multo para a publicitario, 0 arquiteto e as artistas de varios generos. Ao que cerebro tudo indica, e, nesse aspecto, a inteligencia espacial pede ate explicar mais ample na mulher do que no homem relacyao com as Qutras inteligemcias, localiza-se no lade a poder de romantismo e ocidental; sobretudo a direito e fantasia. do Muito tambem multo ampla sua musical, a linguistica e a cinestesica corporal. 3.3.4. A Inteligencia o estimulo tenra. Quando Musical a musicalidade os bebes musicais que repetem pode, e deve, ser promovido balbuciam, muitas as cantos que ouvem vezes, desde a infancia estao produzindo em seu acalanto, mais padroes pel as transmitidos maes au pelo CO que deve acompanhar seu sanD. Um elemento que aparece musical a preocupa98o som. Parece estimulada possam destacar estabelecer tad as, ainda que alguns, aperfeiyoa-Ia maneira, pode ser mais importante em importante em separar a aprendizagem uma escola negligenciar com a aprendizagem de canto, certamente musical bandinhas flauta dace e muitas formas de estimulat;ao. cinestesica corporal, parece-nos estimulo que a ~linguagem da inteligencia com Associando va lido que a escola maior aulas compeh§ncia, dita. De qualquer inteligencias ritmicas, humanas de teclado a inteligencia proponha do do sam" deve ser propria mente aberta ao esHmulo das diversas sessoes 0 da musica e a aprendizagem "aulas nao au de musical a de d .,.",••• <;\ \~:;:~;L~t,C:; ~:'~iiIB'<)\ 22 principal mente, releituras de como musicas e danC;8s expressam Qutras formas de cultura. Felizmente, parece Qutros parses signifiea, paisagens, estar enriquecidas 58 verdadeira inseryao colher relatos par pel a manifestay80 vibrantes tras a preconceituosa para apenas, sua sonoridade, de suas do aluno descritivos e essas de que conhecer culturas, e dany8s, musica na descoberta ideia de suas paisagens. correspondem do Qutro enos valores Essas tarnadas S9 a uma que as fazem sorrir e sofrer. Nilo e dificil, em uma sala de aula, um professor(a) com um simples violilo, alfabetizar alunos(as) sobre urn gravador, promover dos instrumentos que possufrem demais, uma utilizados significado de notas afinadas ou desafinadas ou, com 0 ~excursao" ao mundo da musica, atraves E evidente em uma composiyao competencia mas e impassivel musical qualquer. mais acentuada naa levar caminharao a todos as principios da descoberta que as alunos bem adiante de urn dominio dos sonora significativo. 3.3.5. A Inteligencia Corporal o estimulo motoras da inteligencia praticadas nas cinestesica academias e nas corporal salas vai muito alem de aula, ainda das atividades que estas nao possam, de forma alguma, ser negligenciadas. 0 aprimoramento do tato, explorando a sensibilidade que nao e chegando, necessariamente quem sabe, ate mesmo tenham problemas a leitura visuais, em braile para criam;as 0 desenvolvimento estimulos para aumento da sensibilidade olfativa e principalmente, capacidade do inexplicavelmente, paladar constituem distanciam-se descobrem e animam tecelagem, a os alunos carpintaria, de apenas nossos a se envolver aos consertos alguns projetos dos domestices Escolas ligadas ou a de aumento da elementos escolares. em atividades eletricos 0 a que, que costura, constrUl;:aa a de mensagens mimicas OUgincanas que explorem essas iniciativas desenvolvem essa 23 inteligencia de maneria bern mais Itidica do que outras que imp6em "tortura" interminavel de condena-Io p~r heras seguidas o resultados aperfeic;oamento especificos, no aluno a a imobilidade. da intelig€mcia cinestesica corporal nao traduz apenas mas amplia a relayao da pessoa com 0 mundo e dimensiona o convivio em bases mais completas. Outro caminho estimulador expressivo para a inteligencia cinestesica corporal consiste no usa mais freqOente de habilidades operatorias na sala de aula e no modelo dos instrumentos de avaliayao. Brunner (1972), um dos mais respeitados educadores contemporaneo, enfatiza 0 desenvolvimento de habilidades para todos os tipos de operayoes cognitivas. Interpretando a construyao do conhecimento como uma viagem pelo dominio das habilidades, mostra, por exemplo, que a crianya primeiro alia 0 olhar, para, em sequencia, desenvolver 0 agarrar e, depois, 0 marder. Nesse contexto, a inteligencia cinestesica corporal sena beneficiada por operayees complementares do conhecimento. 0 aluno(a) que descobre 0 relevo no caminho de sua casa para a escola, compara-o quando desenvolve urn estudo do meio, interpreta-o quando adquire bagagens da presenya do ontem no hoje, deduz sua analogia com formas de relevo descobertas nas leituras enos mapas, podendo ate mesma classificar o momento as formas identificadas. mais expressivo para 0 estimulo dessa intehgemcia pode ser extraido dos estudos de Piaget, ainda que esse educador nao tenha estendido suas pesquisas para essa area especifica pareee revelar 0 momento do cerebra. A fase sens6rio-motora inieial desses pramovidos com maior intensidade, estimulos que, dessa forma, da crianya podem ser do primeiro ao sexto ano de vida. Perseguindo depois da vida adulta ate a mais avanyada idade. 3.3.6. A Inteligencia Pictorica A percepyao da inteligencia pict6rica e identificada pela capacidade de expressao por meio do tra90, pela sensibilidade para dar movimento, beleza e 24 expressar a desenhos e traduzi-Ias e pinturas, pela autonomia em urna apresentayao, para apanhar as cores da natureza seja pela pintura classica, seja pelo desenho publicitario. Manifesta-se tambem pela formidavel sintese expressa em algumas caricaturas, pelo usa de linguagens e A aprendizagem especificas de computador. autonomo que urn processo S8 subordina a imagens, crenyas e conhecimentos registrados no cerebro de quem os recebe e, dessa forma, reproduz literalmente 0 que 0 professor, de maneira alguma identifica a aprendizagem significativa. Nas familias e nas escolas, 0 estimulo da capacidade pictorica precisaria passar par exerclcios em que as alunos fassem levados a "cantar" 0 que aprenderam, usando outras formas de linguagem. Assim como e possivel descrever urn conceito com e palavras, passivel pensar possam ser usados para sua expressao. que Qutros signos, Nesse sentido, al8m das letras, par que nao estimular 0 aluno a descrever usanda sons, ge5t05, e, no caso especifico da inteligencia pictorica, apenas a desenhar? 0 pai que "brinca" com a filha pedindo que ela desenhe sua linguagem uraiva~,sua "alegria", pict6rica quanto 0 sua que aceita ~esperanya" e tao importante que a crian9a possa identificar estimulador da cores alegres ou tristes, sisudas ou barulhentas. Afinal de contas, nossa tradiyiio cultural ja ha muitos anos perCeP9aO na~ aceita pict6rica cores frias e quentes? para formas de expressao Por que entao na~ estender essa bem mais amplas? 3.3.7. A Inteligencia Intrapessoal Ao que tudo indica, as inteligimcias pessoais surgem muito cedo, quem sabe ate mesmo na vida pre-natal. A 1i9ayaOentre muito alem de uma dependencia ffsica. 0 bebe e a pessoa que cuida dele vai Durante os primeiros meses de vida, a crianya desenvolve forte ligayiio com sua mae, igualada tambem pela forte atrayiio da mae pelo filho. A medida que a crianya vai crescendo, novas pessoas sao incorporadas a essa relayiio e a intensidade do afeto reciproco se afrouxa, ainda 25 que 0 am or seja intenso. Da mesma maneira que Qutras inteligencias e seus signos, as inteligencias emocionais Rise, bem-estar, idade, 0 expressam desconforto e chorD sin8is significativos bebe ja e capaz de discriminar express6es faciais de afeto au rejei98o. fato de mostrar 0 que e como 0 Dutro esta S8 sentindo, ligadas ao altruismo e a todas as culturas. para sao sfmbolos universais e aos dais meses de 0 mostra que as emQ(;6es prote9ao jil estao em processo de forma9iio. Durante 0 periodo que va; dos dais aos cinco anos, a crianC;8 passa par verdadeira "revolu980 intelectua'" e seus gest05 e suas jii S8 colocam palavras a servi90 da auto- identifica9iio e da expressao de algumas de suas em090es. Ao final desse periodo, toda crian98 ja pode extrair significados Piaget, essa e uma de diferentes fase altarnente egocentrica, simbolos emocionais. Para em que a crianc;:a S8 tranca na sua propria concep9iio pessoal de mundo, tendo muita dificuldade em colocar-se "no lugar de outra pessoa~. Essas caracteristicas explicam, mais uma vez, a importancia da educa9ao infantil e da sociabilidade promovida por muitas crian~s no desenvolvimento pessoal de cada uma. Estudos dos russos Vygotsky e Luria mostram situa90es de autodescoberta expressiva com base no relacionamento crian<;as. Em outras palavras, a descoberta entre do ~eu" tem inicio com a descoberta do "outro·. Essa diferencia9ao se consolida claramente por volta do inicio da escolaridade e se profundamente uma dolorosa acentua dos mais envolventes experi€mcia. Minfelicidade" e 0 cinco aos 12 Nessa fase, ser humano anos. estrutura-se descobre As amizades tornam-se e/ou a perda de amigos passam a ser e a exclusao que e 0 conceito tristemente de "felicidade" possivel au Mter tudo" (materialmente) e "nao ter nada" (socialmente). Com pessoais 0 infcio da adolescencia de conhecimento motivagoes para adolescente ferramentas 0 ocorrem e os jovens mudan98s expressivas aguda a 0 indispens8.veis ao 0 valorizem mundo mais e sente que regras ou leis sociais sao comunitario. iguaJdade de direitos, ainda que privando-o sensibilidade nas formas estrmulo dessas inteligencias do que os individuos mais vel has. busca amigos que mostram 0 senso do egocentrismo, Ao contrario do que se pode dizer de outras inteligencias, de justiC;:8 e torna-s8 com de dominante. a intrapessoal, caberiam descri~6es progressivas. Seu aspecto muda com a pessoa madura e, mais 26 ainda, na chamada terceira idade. Trabalhos que S8 tern feito com essa faixa etari8 revelam 0 enorme entusiasmo emocional, ap6s as 50 anos, a1go como janela semifechada S9 S8 uma escancarasse nova mente percebendo suas limita90es. ainda que nao comprovando a potencialidade de supera<;ijodos limites. a estimulo a essas inteligencias altera-s8 na famma e na escola muito mais do que em Qutras competencias. A presen98 "inteira" do pai e da mae em relayao com 0 filho vale mais do que uma presen", de muitas horas. E inquestionavel que a intensidade dos momentos juntos deve prevalecer sobre 0 tempo para esses momentos. A crianya quer ser descoberta em cada instante e partilhar essa descoberta, sem mimos elogiosos e predaloria, e imprescindivel. E evidente que os limites sociais precisam ser claros e cumpridos com igualdade e, nesse aspecto, au S8 educa pelo exemplo eu jamais S8 educB. Ao mostrar 0 papel dos pais no estimulo do emocional, sugere-se: 1. que percebam as emoyaes da crian", e a ajudem a identificil-Ia; 2. que reconheyam a emo<;ilo como uma oportunidade melhor de descoberta e transmissao de experiencias; 3. que legitimem os sentimenlos da crian", com empatia; 4. que ajudem as filhos a nom ear e verbalizar seus estados emocionais; 5. que mostrem as limites e proponham caminhos para que a crianya, por seus proprios meios, resolva seus problemas emocionais. 3.3.8. A Inteligencia Interpessoal A inteligemcia interpessoal baseia-se na capacidade nuclear de perceber distin¢es nos outros, particularmente, contrastes em seus estados de animo, suas motivaQoes, suas intenQoes e seu temperamento. As pessoas que se preocupam bastante com sua apare!ncia, com a maneira de combinar as peQas de sua roupa, com seu desempenho social mesmo entre pessoas proximas, e com a intensidade com que sao posilivamente lembradas pelos outros revelam essa forma de 27 intelige!ncia em "alta~ e, naturalmente, par si mesmas e op6em-se a Qutras que jamais S8 interessam pel a impressao que causam nos Qutros. Em nlveis mais profundos, essa intelig€mcia permite que adultos e adolescentes identifiquem intengoes, simula90es e desejos explicitos. Essa carismaticos, em Qutras pessoas, e competencia em professores, mesma patente em que elas lideres naD as tarnem muito religiosos, em politicos em certes tipos de escritores e em alguns pais que deixam nos filhos marcas profundas, que ultrapassam seu tempo entre eles. A estimulac;ao da inteJigemciainterpessoal resultados sejam extrema mente lentos e seus nao e muito diffcil, ainda que seus metodos necessitem a emprego de fundamento adequado. Ao que tudo indica, esses metodos integram em verdadeira multidisciplinaridade neurolingOfstica alguns fundamentos e da psicopedagogia, da educagao, da e devem estabelecer diferencas claras e psicologia, da nitidas entre seu enfoque "pedag6gico", a ser empregado com todos os aluno, educa9ao infantil a terceira idade, e um enfoque "cHnico", voltado para casos especificos e que necessitam de ajuda psicol6gica e, algumas vezes, de tratamento neurol6gico e pSiquiatrico. o poder de ayao da escola nesse campo e extrema mente expressivo, mas acentua-se quando, a um projeto de alfabetizayao emocional, agrega-se um treinamento para os pais e 0 compromisso de envolvimento reciproco. 3.3.9. A Inteligencia Naturalista Existem numerosas maneiras de estimular a crianya e 0 adolescente para essa redescoberta do mundo natural e para 0 fascino de desvendar os mis\erios da terra e de seus elementos natural, que necessita constituintes. ser revelado Alem naS famflias do elhar que valenza e em salas de aula, ambiente 0 e tambem importante desenvolver jogos para agu9ar a curiosidade da crian9a de maneira divertida e da forma mais espantanea passive!. 28 Pais e professores(as) que, ao presenciar uma crian", seguindo uma formiga, seguirem-na lambem e acrescenlarem a essa avenlura inleraliva a coloca<;:aode problemas do lipo onde voce acha que ela mora? 0 que sera que ela esla fazendo? Certamente, estarao estimulando a sensibilidade que envolve essa competencia. Assim como esse estimulo espontaneo, que depende de uma iniciativa da crianC;8, Qutras atividades podem S8 incorporar a urn projeto de educac;ao naturalista. A presenc;a de urn rio au riacho nas proximidades da escola, ou em urn 51tio que visita, pode oferecer oportunidade para que a curiosidade invada a criany8, e S8 ela pode ser eslimulada a lan",r barquinhos na agua para acompanhar 0 fluxo da correnleza, descobrir 0 porque daquele senlido, sensibilizar-se pela conslruyao do conceito de gravidade. Pareee pedagogicamente pauec significative, mas e importante a escola transformar uma simples chuva ou uma ventania em aventuras pelo patio da escola au par seus arredores. Urn passeio aD Jardim Botanico, ao Zoologico, a prac;a publica ou ao bosque pode ricamenle se Iransformar em descoberta de pegadas de animais. E urn simples gravador levado a esses ambientes pode trazer sala de aula. Percebe-se por essas proposlas que 0 0 passeio a estimulo da inleligencia naturalista caminha ao lado do exercicio cinestesico corporal e interage com a sensibilidade olfaliva e auditiva e com 0 emprego de mulliplas habilidades operativas. A crian"" ao descobrir 0 mundo maravilhoso da nalureza, acaba por comparar, relacionar, deduzir, classificar, analisar, sintetizar. E essencial que 0 professor(a) saiba leva-Ia a construir essa identificac;ao e saber diferencia-Ia em relat6rios verbais ou escritos eventualmente solicitados. Podemos afirmar que com a criayao de circulos de debales para eslabelecer roteiros, revelar descobertas, contar histerias, apresentar relatos e, principalmente, eslimular descri<;:6es de composi<;:6es vislas por alguns e que devem ser compreendidas por outros. Com experiencias relacionadas a como ouvir e jogos grupes em que se definam concursos sobre identifica~o de sons produzidos apes passeio per roteiro predelerminada au produzidos artificialmenle, por oulros grupos, um(a) professor(a), 29 distante do local em que se encontra os alunos(as), com um apito produzido em momentos diferenc;ados, pode estimular a tentativa de descobertas sabre em que locais esteve, que roteiro desenvolveu em seu caminhar. o estimulo para fundamentos da alfabetizayao cartografica deve ser explorado. A descoberta do local deve ter inicio com sua localizayao espacial e todas as referencias posteriores devem brindar a identific8C;80 de pontcs cardeais e colaterais. 0 usa da escala necessita estar presente no tra~do de rotsiros e em mapas do tesouro. A criayao de uma planta do local deve ser tarefa estimulada, que nao S8 8590ta com a planta concluida, pois a cada atividade esse registro deve ser modificado. Eo importante pnorizar comparayoes entre 0 espayo construido e 0 espayo construido e 0 espayo natural, e 0 aluno(a) precisa ser estimulado a perceber 0 ontem no hoje em multiplos ambientes. E necessaria despertar no educando a preservac;ao do meio ambiente cnde 8Ie(a) vive, para que nao destrua a natureza que foi criada para 8Ie(a) sobreviver. 30 A GUISA DE UMA CONCLUSAO Uma das percepgoes e um que ele(a) mais utei5 que 0 ser humane ser em permanenle processo e pode ter de si mesma, de evolu,;;o, e nao um produlo pronlo e acabado. No entante, a impressao novidade na evolU(;ao, ainda usa muito mal sua inteligencia. produzir energia e beneficiar bombas at6micas, e nos sa Quase tudo par ser urna e inteligente, as inteligencia, a a uliliza-Ia. a fissiio nuclear, milh6es de pessoas, que mataram Agora a inteligelncia, 0 ser humane ate aqui evoluiu desenvolvendo e como humana que compreendida. Se agora lem que evoluir aprendendo A inteligEmcia e que temos, e mal milh6es. A inteligEmcia vez. Cabe a nos modelar que pode ser utilizada para mas ja fol utilizada para fabricar pode ser bem ou mal usada. a revolu,;;o da aprendizagem. e Ela nossa. Vivemos numa que era sonhadores de plenitude e do pessoas ate mesma em sociedade idelistas potencial imaginaram de cada um, e agora todavia possivel. milh6es de influentes e afluentes irao dormir famintas hoje a noite. Em educ8c;:ao, verdadeiramente aprendizagem comunica,;;o ocorrendo existe 0 conhecimento sabia para do fazer instantanea. em centenas 0 jus mudan9as 0 as Essa revolu9ao de maneiras Gostaria de apresentar durante para fazer surgir a primeira sociedade mundo. mundo s6 que precisa estiio pode come98r de uma vindo em qualquer um sistema na era da lugar. Ja esta senten~; que possam aprender matematica mesica; geografia de um pais, preparando pensar e agir escolar em que os s alunos dan9am para ilustrar uma aprender a diferentes. e deixar alguns desafios para podermos novo seculo. Imagine revolu9iio com a culinaria basica atraves costurando da suas 31 roupas, representando suas pe9'ls e brincando com jog os variados. Aprender a escrever trabalhando como jornalista estagiario; em que os projetos de ciancias dos alunos sao criticados atraves de arte dramatica industria is; em que possam par cientistas e visual, a prender a honrar aprender um centrate historia desenvolvendo acordos de aprendizagem com professores; aprender habilidades ffsicas atraves de imagens mentais; aprender habilidades relacionadas ao trabalho praticando-as no local de trabalho; aprender Iinguas estrangeiras em aulas de educa9iio fisica; e aprender relac;6es vocacional entre a mao-de-obra Para que tudo desenvolvimento era que e a administraty80 em aulas de educ8c;ao cooperativa. vern e isso ocorra das intelige!:ncias. mudando todo E 0 necessario que todos mundo esta entrando aspecto da maneira trabalhem apressadamente como nos no numa comunicamos, aprendemos, vivemos, trabalhando e brincando. As mudan9as exigem uma reavalia9iio completa de nossa forma de aprender, como podemos crianC;8s reacender pequenas, toda a vida; como 0 entusiasmo de aprendizagem como podemos continuar aprendendo podemos fornecer depois de n6s; e como podemos a mesma reformar 0 que abrac;:amos quando e reaprendendo durante estimulac;ao para aqueles As ferramentas estiio aqui. 0 tempo e agora. A mudan9a Vamos danyar, cantar, brincar, nova etapa de transformayoes representar, que vern mundo. desenhar, sociais e culturais. orquestrar e toda nossa. e ser feliz nessa 32 REFERENCIAS BIBLIOGRA.FICAS BRUNNER, Jerome. S. 0 Processo da Educa~iio. 3 ed. Sao Paulo: Companhia,1972 BUSCAGLIA, Leo. Vivendo Amando e Aprendendo. Rio de Janeiro: Objeliva, 1995. DRYDEN, Gordon e VOS, Jeannette. Revolucionando 0 Aprendizado. Sao Paulo: Makkon Books, 1996. FREIRE, Paulo.Pedagogia da Autonomia: Saberes necessarios a pratica educativa.Sao Paulo, Paz e Terra, 1997 GARDNER, Howard. 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