BACIA HIDROGRÁFICA ST 306 – PROF. HIROSHI ESPIGÃO : Divisor topográfico ou divisor de águas. TALVEGUE : É o canal coletor da bacia (álveo). PONTO DE PROJETO : Local da medição da vazão (P.p.). DECLIVIDADE MÉDIA :Inclinação média do talvegue (i). ¨Run-off¨: Coeficiente de escoamento superficial (c). TIPOS DE TALVEGUES E REGIMES DE FLUXO PERENE: Vazão fluente o ano todo. INTERMITENTE:Vazão fluente nos períodos chuvosos. EFÊMERO:Vazão fluente durante e logo após as chuvas. CARACTERÌSTICAS FÍSICAS ÁREA DE DRENAGEM Planímetro : - S (Km²) (mecânicamente) Coordenadas : (analíticamente) Vetorização : Medir as coordenadas gráficamente em escala, lançar em sistema Auto-Cad, ou planilhar e determinar a área pela fórmula de Gauss. Gauss : S = |∑X.Y|-|∑Y.X| -----------------------2 PERÍMETRO DA BACIA HIDROGRÁFICA É o comprimento linear do espigão ou divisor topográfico ( Km. ), que pode ser determinado através de um curvímetro ou analíticamente por coordenadas, ou até mesmo de maneira gráfica, sempre obedecendo a escala do desenho da bacia hidrográfica. Kc = Coeficiente de compacidade Relaciona o perímetro da Bacia Hidrográfica com uma circunferência de área igual ao da bacia hidrográfica P ( Km.) Kc = -----------2∏R S = ∏ R² R= s √ ---∏ Quando Kc tender a 1, há maior risco de cheias (bacia circular) √ FATOR DE _ FORMA “Kf” L (Km) KF = ----------------L (Axial) (Km) _ L (Km) = Largura média da bacia hidrográfica; L (Axial) (Km) = Comprimento longitudinal do talvegue principal _ s (Km) L (Km) = -----------L (Km) Escoamento Superficial Fatores Influentes: Climáticos Regionais: Regime de chuva; Época do ano -primavera -verão -outono Limeira: Precipitação média de 1400 mm./ano Relevo: - geografia - localização tropical - topografia – onduladas com colinas - geologia - formação tubarão - ocupação e uso do solo – culturas perenes Chuvas antecedentes – Períodos chuvosos tendem a saturar o solo, ocasionando fluxo superficial erosivo quando sem controle racional ou sistematizado. FATORES FISIOGRÁFICOS Forma da bacia hidrográfica: Circular: maior tendência de cheias Alongada: menor tendência de cheias Permeabilidade do solo : Tipo de solo e sub-solo Interceptações: barragens e lagos naturais canais e gargantas naturais retificações dos cursos meandros naturais Declividade: Q=SxV maior declive – velocidade maior menor declive – velocidade menor C : Coef. de escoamento superficial“run-off” C= __Volume escoado__ Volume precipitado Tc: tempo de concentração: “Duração da chuva para que toda B.H passe a contribuir no ponto em estudo” “É o tempo de duração para que a chuva que caiu no ponto mais distante da B.H. passe escoando pelo ponto de análise (P.p.)” Depende de: − − − − − Área da B.H. Forma Declividade Tortuosidade do talvegue Cobertura Fórmulas empíricas: Tc = 4,54 √ A (ventura) “Válida para regiões planas” Tc = 7,63 √ A (ventura) I “Válida para regiões com declives” Tc = 345,6 √ A.I (passini) Onde : A = ÁREA DA BACIA HIDROGRÁFICA Tc =TEMPO DE CONCENTRAÇÃO I =DECLIVIDADE I = m/1000 Tc= 57(L3/H) 0,385 com tc em minutos L= Comprimento do talvegue (Km) H= Comprimento médio Esta fórmula vale para bacias com área até 100 hectares (Kirpich) Período de retorno “T” T= 1 ------F Ex: para m = 19 n = 40 m = 19 F = m = 19 = 0,475 F% = 47,5 n = 40 Há probabilidade de 47,5% de ocorrer a chuva de 78,5 mm com duração igual a 24 horas ou ser superada pelo menos uma vez num ano qualquer. Se T = 1 T = 2 anos F = ______________ Obs: Utilizar sempre um número inteiro com aproximação Como exemplo: T = 3,6 anos T = 4 anos Interpretação: teremos 47,5% de risco de “ocorrer” num ano qualquer teremos 52,5% de probabilidade de “não ocorrer” RESUMO: 1 Com pequenos períodos de retorno, sempre haverá maior risco de ocorrência da chuva num ano qualquer e é válido para obras de pequeno custo e pequeno alcance 2 Com o período de retorno maior, o risco de ocorrência da chuva de projeto num ano qualquer será menor e é valido para obras de alto custo e grande alcance Obs: O qual período de retorno adotar ??? “Considerar sempre o custo e benefício” Ex: A vida útil ou alcance da obra é de 3 anos Período de retorno T = 5 anos P = (1- (1-1)n).100 ----------------T Onde: P = probabilidade T = período de retorno n = vida útil da obra P = (1-(1-1)3).100 = 48,8% 5 Para “G.A.P” : adotar T = 10 anos Qual a probabilidade de uma chuva de 75,10 mm ocorrer em 5 anos? P = (1-(1-1)5).100 P = 41% Obs: Em projetos macros ou de grande alcance como pontes, barragens, grandes canais urbanos, por recomendação ou requisito do “D.A.E.E.” recomenda T=100anos. Alguns valores de T para pequenas obras (Viessman 1977) Drenagem rodoviária 10 a 50 anos Aeroporto (pista) 5 anos Drenagem pluvial urbana 2 a 10 anos Pequenas barragens (diques) 2 a 50 anos Drenagem agrícola 5 a 50 anos → I = intensidade das chuvas − É a medida quantitativa de chuva precipitada sobre uma área em determinado período de tempo. − Convencionalmente a área é fixada em m², e a altura pluviométrica em mm. Exemplo : Choveu 2,4mm em 24 horas significa que choveu 2,4 litros em 1 metro quadrado Chuva com índice agrícola = 10mm Duração da chuva: “É o tempo cronológico entre o cair das primeiras gotas ( início da chuva) até as últimas gotas (fim da chuva)” → Os dados mais confiáveis são obtidos através do pluviógrafo. Obs: Chuvas de curta duração e grande intensidade são as mais preocupantes, e consideráveis em projetos de drenagem superficial. “São provocadas por nuvens cúmulos-nimbos, típicas chuvas convectivas ou chuvas de verão” “Ocorrem geralmente nas pré-frontais nas estações do “Outono e primavera”. “Chuvas frontais”: Na vanguarda e no domínio das frentes frias com chuvas leves e intermitentes de longa duração,às vezes duram de 4 a 6 dias em situações estacionárias ou com atividade do el niño. ENSO: el niño southern oscilation “Aquecimento anormal das águas do pacífico na costa Peruana e Equatoriana, a alterando a direção dos ventos alíseos” ENSO: el niño southern oscilation “Aquecimento anormal das águas do pacífico na costa Peruana e Equatoriana, a alterando a direção dos ventos alíseos” Provocando chuvas intensas na América do Sul “Brasil Norte” e falta de chuvas no “Brasil Sul”. La niña: efeito inverso do el niño. − Equação de Limeira: i= − Equação de Campinas: i= − − 77,56 . T 0,1726 0,0056 1,087.T (Tc+25) 2524,9.T0,136 -0,007 0,948.T (Tc+20) Equação de São Carlos : i = 1681,8.T0,199 Tc+16)0,936 Dirceu Brasil Vieira Equação de intensidade: São equações regionalizadas levando em consideração os dados pluviométricos regionais, com as frequências de ocorrências pluviométricas para equacionar e definir o regime pluviométrico regional. → MÉTODO DE CÁLCULO DA VAZÃO Método racional: Admite-se até uma área da Bacia Hidrográfica de até 100 hectares ou 1 Km2 Q = C.i.A Q = Vazão C = coeficiente de deflúvio “run-off” i = intensidade da chuva A = Área da B.H. ou área de drenagem Unidade dos dados: se i em mm/hora A em m2 Q = m3/seg Q = 10-6 .C.i.A (m3/seg) 3,6 Exemplo: C = 0,5 Tc = 20 minutos h = 30 mm A = 0,5 Km2 I = h. mm Tc = 20 min i = 30 mm I em mm/ hora I em metros/hora Área em m2 0,5 Km2 = 1,5mm/min 1,5 mm.60 min (1m = 1000mm) I = 90 mm/hora I = ,09m/hora 1Km2 = 1000000m2 0,5 . 1000000 A = 500000 m2 Q = C.i.A (m3/seg) Q = 0,5.0,09m.500m2 3600seg Q = 6,25m3/seg Pressupostos do método racional: 1. Chuva distribuída de forma única na B.H 2. Precipitação com intensidade constante 3. Tempo de concentração igual a duração da chuva 4. Coeficiente de run-off único 5. Não considera intercepções ou amortecimento 6. período de retorno entre 5 a 10 anos para “G.A.P” 7. Período de retorno de 25 anos para macrodrenagem como canais, bueiros e pontes urbanas. Obs: utilizar fórmulas de kirpich para Tc tc = 57 ( L3 )0,385 H onde: Tc = tempo de concentração (minutos) L = extensão do talvegue (Km) H = desnível do talvegue desde a cabeceira até o ponto de projeto com unidade em metro (m) RESUMO Dados básico da vazão de projetos: Kc = perímetro da bacia hidrográfica = 2.π.R P R =√πA 1: Área da B.H 2: Perímetro da bacia 3: Declividade média da talvegue 4: Kc (coeficiente de compacidade) Kc = P 2πRR = A √ π 5. Kf (fator de forma) Kc = P 2πRR = A √ π Kf = largura média da B.H Comprimento axial do talvegue L = A (Km2) Kf = A . 1 Laxial (Km) L L Kf = L Laxial Kf = A L2 Coeficiente de run-off Esclher na p. 17/56 “terras cultivadas” 7. Tempo de concentração “Tc” Usar “kirpich” Tc min = 57 ( L3 ) 0,385 H Com: L = Km H = declividade média (m) 8. Período de retorno 10 ou 15 anos (adotar) 9. Intensidade “i” Equação de Limeira ou Campinas i = 77,56 . T0,1726 (Tc + 25)1,087.T0,0056 Campinas: i = 2524,9 . T0,136 (Tc + 20) 0,948.T-0,007 10. Vazão do projeto “fim” Q=C.i.A 6.