Recordando...
 HISTOLOGIA = é a ciência que estuda a estrutura fina dos
diferentes órgãos e tecidos vivos, tanto animais como
vegetais.
 PATOLOGIA = é o estudo das doenças
Pathos= doença, sofrimento / logos= estudo
- Patologia é o estudo da doença desde a causa primária
(etiologia) até seu mecanismo de produção ( patogenia)
HISTOLOGIA X HISTOPATOLOGIA
Por que realizar o exame histopatológico?
MATERIAIS RECEBIDOS
EXAMES REALIZADOS
PC (s) = Peça(s) cirúrgica(s) Exame histopatológico
PN = Peças de Necropsia
Exame histopatológico
Cadáver + Peças coletadas
na necropsia
Exame necroscópico +
exame histopatológico
Esfregaços de punções,
imprints...
Exame citopatológico
Exames
Histopatológico
Citopatológico
Necroscópico
Complementares
Toxicológico
Histopatologia x citopatologia
Fragmento de tecidos
Visualizar a arquitetura tecidual
Avaliar os critérios de malignidade
Diagnóstico definitivo
Demorado, mais caro, invasivo
Células esfoliadas
Não analiso a arquitetura tecidual
Avalio alguns critérios de malignidade
Exame de triagem
Rápido, barato, indolor e pouco invasivo
Qual a importância da Anatomia Patológica??
- Auxílio ao Clínico / Cirurgião
- Diagnóstico (qual é o problema)
- Prognóstico (o que acontecerá)
- Tratamento – qual ?
- Diagnóstico “post-mortem”
Histotécnica
O que é isso??
Histotécnica - fases
1. Coleta ou Colheita do material
2. Fixação
3. Clivagem
4. Desidratação
5. Diafanização
6. Impregnação
7. Inclusão
8. Microtomia
9. Coloração de rotina
10. Montagem
1. Coleta / Colheita do material
- Quem realiza esta fase?
- Tipos: in vivo (biópsia) x post-mortem
Biópsia = é a remoção de tecido de pacientes vivos para
exame diagnóstico (amostra obtida por biópsia)
- Acondicionar o material, identificar e colocar a substância
fixadora de modo adequado são fundamentais neste
momento!
1. Coleta / Colheita do material
- Erros nesta fase:
 Fragmento não representativo da lesão
 Fragmento grande
 Diversos fragmentos sem identificação do local
 Frasco impróprio
 Material em substância inadequada
 Substância fixadora mal preparada ou em pouco volume
Requisição
-Dados do animal
-Histórico
-Localização/ descrição
-Suspeita clínica
-Exames prévios
Necropsia: Autorização do proprietário!!!
Clínica Escola de Medicina Veterinária Dr. Paulo Alfredo Gissoni
REQUISIÇÃO PARA ANATOMIA PATOLÓGICA - REG.UCB:_______
Policlínica no________________
Data:__________________
Dados do animal:
Espécie:_________ Idade:__________ Sexo:__________________
Raça:____________Nome:__________
Proprietário:_____________________________________________
Material encaminhado/ Tipo de exame:
( ) Peça Cirúrgica / Quantidade de peças: ______ / Histopatologia
( ) Peças de necropsia / Quantidade de peças: ______ / Histopatologia
( ) Cadáver / somente Necropsia (Macroscopia)
( ) Cadáver / Necropsia (Macroscopia) com Histopatologia (Microscopia)
Suspeita clínica:__________________________________________
Histórico:
- Local da(s) peça(s) ou órgão (s) encaminhado (s):__________________
- Evolução: ( ) horas ( ) dias ( ) meses ( ) anos
- Exames prévios com resultados: (se relevantes):
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
- Nas tumorações mamárias:
- Usou anticoncepcional ? ( ) sim ( ) não - Castrado ? ( ) sim ( ) não
- Pseudociese? ( ) sim ( ) não
- Nas biópsias cutâneas: exames/ tratamentos anteriores?
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
- Demais informações relevantes:
______________________________________________________________
______________________________________________________________
______________________________________________________________
..............................................................................................
Médico Veterinário Requisitante
(cont. no verso)
Preencher pelo proprietário/responsável no caso de necropsia:
Eu,________________________________, identidade n__________________
expedida por __________, responsável pelo presente cadáver , autorizo o exame de
necropsia neste. Informo que o referido animal morreu às_____h. do dia_______,
tendo sido trazido: ( ) fresco ( ) resfriado ( ) congelado.
( ) Autorizo sua utilização em aulas práticas.
( ) Não autorizo sua utilização em aulas práticas.
______________________________________
Assinatura do responsável
Para preencher no laboratório:
Data de entrada / responsável pelo recebimento : _________ / __________
- Macroscopia da(s) peça(s) cirúrgica(s):
Data da clivagem:________
- Clivado por:________ n° frag.:_____n° cassetes:____ n° blocos:______
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
- Microscopia:
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
- Conclusão:_______________________________________________________
__________________________
Assinatura do patologista
____________________________
Data de liberação do laudo
2) Fixação
Conceito: É o tratamento dado a um tecido a fim de se evitar a
deteriorização do mesmo por suas próprias enzimas (autólise) ou
por microrganismos. Preserva a morfologia e a composição química
do tecido através da insolubilidade das proteínas.
Sangue
O2
Mitocôndrias
Bomba Na/K
X
Lisossomos
Fixadores químicos:
-Simples
-Compostos
Formol a 10 %
Bicromato de potássio
Bicloreto de mercúrio
Etanol
Metanol
Líquido de Bouin
Líquido de Zenker
Líquido de Helly
Fixadores físicos:
-Frio (congelamento/câmaras frigoríficas)
-Calor (fixação de esfregaços)
Formol a 10%
 Fórmula:
100ml de formol 40% (solução estoque)
900 ml de água corrente
Ou
1 litro de formol 40% (solução estoque)
9 litros de água corrente
Bom fixador
- agir rapidamente, matando a célula
- não interferir na coloração, aumentando a afinidade do
tecido pelo corante
- preservar morfologia e composição química teciduais
- evitar a autólise e o crescimento de bactérias e fungos
- não produzir arterfatos ou estruturas artificiais
- ter alto poder de penetração
- endurecer sem deformar
- ser de baixo custo / "atóxico"
-ter ação conservante
Requisitos para uma boa fixação
- intervalo mínimo entre a colheita e a fixação
- contato superfícies/ substância fixadora
- fixador = 20x o volume da peça
- espessura da peça = 1-6 mm
-boa colheita
Cadáver
12h
48h
1 semana
Fresco
Resfriado
Congelado
2. Fixação
- Cuidados nesta fase:
- Relação tamanho / quantidade do material com o
volume da substância fixadora – 20 x o vol da peça
- Substância fixadora: bem preparada
- Relação material x frasco adequado – boca larga
2. Fixação
- Erros nesta fase:
 Fragmento grande
 Frasco impróprio - pequeno
 Material em substância inadequada
 Substância fixadora mal preparada ou em pouco volume
Descalcificação
- Quando realizar esta fase adicional ?
3. Clivagem
- É a secção da peça histológica fixada, selecionando a área
de maior interesse para estudo
- Nesta fase é feita uma descrição macroscópica do material
3) Clivagem
Descrição macroscópica de PC
- São consideradas as seguintes características:
1- Local da (s) peça (s)
2- Quantidade: peça única/ retalho/ fragmentos
3- Formato: irregular/ arredondado/ ovalado
4- Tamanho: ...x...x... cm / .... cm diâmetro
5- Superfície externa
6- Consistência aos cortes
7- Superfície de corte
- Superfície externa
Tonalidade
Lisa / rugosa
Recoberta por pele (parcial, total, tricotomizada)
Úlcera/ íntegra
Envolta por tecido (do tipo adiposo, conjuntivo)
Nodular/papilomatosa/deprimida/ulcerada/crostosa
Coberta de sujidades/sangue/muco/pus
Presença de ectoparasitas
- Consistência aos cortes
Friável/ gelatinosa/ bem macia/ macia/ esponjosa
Elástica/ firme-elástica/ firme/ rangente/ pétrea
Ora macia, ora firme/ deixando fluir líquido
- Superfície de cortes
Tonalidade
Irregular/ lisa (compacta)/ fasciculada/ marmóreo/
Aspecto fibroso/ untuosa/ lobada ou multilobada
cística ou policística (...cm de diâmetro)
Conteúdo dos cistos: consistência (líquido, gelatinoso, caseoso, purulento...)
Tonalidade (brancacenta, pardacenta, rósea, enegrecida, ora.... ora...)
Odor (pútrido, inodoro, amoniacal...)
-Material: Navalha, faca, bisturi
-Tamanho: 2 a 6 mm
- Finalidade
Planos de corte
3. Clivagem
- Cuidados nesta fase:
- Material afiado – não “serrar”
- Tamanho adequado do material – cassetes/lamínula
- Área representativa do que se quer estudar- planos de
corte
- Acondicionamento adequado nos cassetes – mesma
consistência dos fragmentos
Erros nesta fase ?
4) Desidratação (6h)
Remoção da água do tecido por
substâncias miscíveis com a água
5) Diafanização (3h)
Remoção do álcool por substâncias
miscíveis com o álcool e com a
parafina
(clarificação)
6) Impregnação pela parafina (2h) - 56 a 58o C
4. Desidratação
- Cuidados nesta fase:
- Desidratação gradual em Álcool etílico... evitar
artefatos
- Substituição periódica do álcool
- Tempo de permanência do álcool
- Obs. Nesta fase ocorre retração tecidual
Erros nesta fase ?
5. Diafanização
- Cuidados nesta fase:
- - Substituição periódica do Xilol (xileno)
- Tempo de permanência no Xilol
- Obs. Nesta fase os fragmentos ficam translúcidos
(diáfanos)
Erros nesta fase ?
6. Impregnação pela parafina
- Cuidados nesta fase:
- Substituição periódica da Parafina
- Tempo de permanência na Parafina
- Temperatura adequada
Erros nesta fase ?
7) Inclusão em parafina
Parafina fundida .... 56o C .... solidificar à temperatura ambiente
- molde apropriado
- altura = 1,5 cm
7. Inclusão em parafina
- Cuidados nesta fase ?
- Obedecer critérios de consistência e tamanho dos
fragmentos, de acordo com a lamínula
- Erros nesta fase ?
8. Microtomia
- Cuidados nesta fase ?
- Navalha afiada
- Espessura dos cortes
- Técnico com experiência
- Temperatura do banho-maria
- Temperatura da estufa
- Erros nesta fase ?
9) Coloração de rotina: H. E.
- corantes:
Hematoxilina e Eosina
- Hematoxilina ..... corante básico ..... cora estruturas
(natural / vegetal)
ácidas
Por ex. núcleo
- Eosina
..... corante ácido ..... cora estruturas
(artificial)
básicas
Por ex. citoplasma
9. Coloração de rotina
- Cuidados nesta fase ?
- Preparo adequado dos corantes
- Respeitar os tempos de cada sub-fase da coloração
- Substituição periódica das substâncias utilizadas
- Erros nesta fase ?
-Colorações especiais (histoquímicas)- exemplos:
- reações que evidenciam a natureza química das substâncias
contidas nos tecidos
- Azul de Toluidina
- PAS
-Tricrômico de Masson
- Impregnação pela prata (Gomori)
- Colorações para citopatologia- exemplos:
-Hematoxilina e Eosina
-Romanowsky (Diff-Quick, Giemsa, Wright)
-Papanicolau
10) Montagem
-Bálsamo do Canadá / Goma de Damar
Citológica
Histológica
10. Montagem
- Cuidados nesta fase ?
- Cobrir adequadamente os cortes histológicos com as
lamínulas
- Utilizar o Bálsamo na diluição correta – evitar bolhas
- Erros nesta fase ?
Download

Erros nesta fase