1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Alexsandro José Gonçalves TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO UM DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO PARA O SUPERMERCADO GONÇALVES Administração Estratégica ITAJAÍ (SC) 2009 I 2 ALEXSANDRO JOSÉ GONÇAVES TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO UM DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO PARA O SUPERMERCADO GONÇALVES Trabalho de conclusão de estágio Desenvolvido para Estágio supervisionado do curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajai. ITAJAÍ – SC, 2009 3 Agradeço a Deus por me dar capacidade e sabedoria, a minha esposa Alissandra Lorenzett dos Santos Gonçalves, aos meus pais José Alberto Gonçalves e Marlene Couto Gonçalves, que me deram apoio absoluto para poder realizar este sonho. A o meu professor e orientador Caio César Ferrari Santângelo por acreditar e apoiar o meu projeto. Aos amigos de sala no qual vivemos bons e maus momentos juntos. 4 "Anular a capacidade de trabalho de um indivíduo é roubar-lhe a própria essência de viver. Eliminar as dificuldades e os problemas que lhe cercam a sobrevivência é privar o seu raciocínio e inibir a sua criatividade, alienando-o no comodismo e jogando-o no tédio, pois, somente se compreende a vida como uma luta constante, onde a esperança do amanhã e a vontade de participar e realizar estejam presentes em cada gesto e atitude; porque é o desafio que nos diferencia das demais espécies: a capacidade de pensar, produzir, realizar e guiar nosso futuro pelas nossas mãos." (Autor Desconhecido) 5 EQUIPE TÉCNICA a) Nome do estagiário Alexsandro José Gonçalves b) Área de estágio Administração Estratégica c) Supervisor de Campo Marlene Couto Gonçalves d) Orientador de estágio Professor Caio César Ferrari Santângelo e) Responsável pelos Estágios em Administração Professor Eduardo da Silva Msc 6 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA a) Razão social Marlene Couto Gonçalves ME b) Endereço Rua Orlando Ferreira 496, Machados, Navegantes SC. c) Setor de desenvolvimento de estágio Estratégica d) Duração 240 horas f) Carimbo e visto da empresa 7 RESUMO Atualmente gerir uma pequena empresa requer muitos atributos do gestor por que suas funções são as mais adversas possíveis e o planejamento deve ser realizado de forma sustentável para que a empresa possa crescer de forma ordenada e satisfatória para os proprietários. O objetivo deste trabalho foi definir algumas estratégias para o supermercado Gonçalves para que possa delinear suas estratégias de crescimento e vendas garantindo maior rentabilidade e satisfação por parte da gestora, analisar o perfil dos clientes e identificar quais ações promocionais possam ser tomadas em relação ao perfil identificado. A identificação do perfil teve início no dia 17/01/2009 e seu término foi dia 21/02/2009, tendo como respondentes 126 clientes e erro amostral permissível foi de 7%. Percebeu-se que nesta pesquisa a maioria dos clientes estão satisfeitos com os serviços e preços oferecidos pelo supermercado Gonçalves com um ponto relevante que é o estacionamento no qual a maioria considera como ruim. Caracterizou-se como uma pesquisa exploratório/descritivo, qualitativa e quantitativa, sendo utilizadas técnicas de roteiro de entrevista e observação participativa, o método quantitativo foi utilizado para definir o perfil dos clientes que possuem o cartão do supermercado. Através dos resultados obtidos foi possível atingir o objetivo principal proposto que era a estudo de estratégias empresarias para o supermercado Gonçalves. PALAVRAS CHAVE: planejamento estratégico, pequena empresa e plano de ação 5W2H. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1 – Cálculo para amostra..............................................................................19 Quadro 2 – Principais teorias administrativas............................................................23 Quadro 3 – Objetivos das empresas..........................................................................25 Quadro 4 – Planejamento...........................................................................................32 Quadro 5 – Níveis de planejamento...........................................................................33 Quadro 6 – Ambiente de um sistema empresarial.....................................................37 Quadro 7 – Vantagem estratégica (Três estratégias)................................................50 Quadro 8 – Comparação dos aspectos internos e do ambiente................................52 Figura 1 – Análise S.W.O.T........................................................................................56 Figura 2 – Análise S.W.O.T........................................................................................57 Quadro 9 – Planos de ação........................................................................................60 Figura 3 – Plano de ação 5W2H................................................................................62 Foto 1 – Supermercado Gonçalves............................................................................64 Foto 2 – Supermercado Gonçalves (foto aérea)........................................................64 Figura 9 – Estrutura Organizacional...........................................................................65 Quadro 10 – Fornecedores........................................................................................66 Quadro 11 Concorrentes............................................................................................68 Gráfico 1 – Sexo dos clientes.....................................................................................69 Gráfico 2 – Idade dos clientes....................................................................................69 Gráfico 3 – Grau de escolaridade...............................................................................70 Gráfico 4 – Renda familiar..........................................................................................71 Gráfico 5 – Supermercado que realiza compra do mês.............................................71 Gráfico 6 – Principal motivo que leva a escolher um supermercado.........................72 Gráfico 7 – Freqüência ao supermercado..................................................................72 Quadro 12 – Entrevista com a gestora.......................................................................81 Quadro 13 – Oportunidades.......................................................................................84 Quadro 14 – Ameaças................................................................................................84 Quadro 15 – Pontos fortes.........................................................................................85 Quadro 16 – Pontos fracos.........................................................................................86 Quadro 17 – Plano de ação 5W2H.............................................................................88 9 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Localização...............................................................................................73 Tabela 2 – Estacionamento........................................................................................74 Tabela 3 – Higiene do local........................................................................................74 Tabela 4 – Atendimento.............................................................................................74 Tabela 5 – Número de caixas (atendentes)...............................................................74 Tabela 6 – Padaria.....................................................................................................75 Tabela 7 – Açougue...................................................................................................75 Tabela 8 – Diversidade de Marcas.............................................................................75 Tabela 9 – Serviço de entrega...................................................................................76 Tabela 10 – Horário de atendimento..........................................................................76 Tabela 11 – Preço do produto....................................................................................76 Tabela 12 – Organização dos produtos.....................................................................77 Tabela 13 – Localização............................................................................................77 Tabela 14 – Estacionamento......................................................................................78 Tabela 15 – Higiene do local......................................................................................78 Tabela 16 – Atendimento...........................................................................................78 Tabela 17 – Número de caixas (atendentes).............................................................78 Tabela 18 – Açougue.................................................................................................79 Tabela 19 – Diversidade de marcas...........................................................................79 Tabela 20 – Serviço de entrega.................................................................................79 Tabela 21 – Horário de atendimento..........................................................................80 Tabela 22 – Preço do produto....................................................................................80 Tabela 23 – Organização dos produtos.....................................................................80 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO..................................................................................................13 1.1 Problema de Pesquisa/Justificativa............................................................15 1.2 Objetivo do Trabalho....................................................................................16 1.3 Aspectos Metodológicos..............................................................................16 1.3.1 Caracterização da Pesquisa........................................................................17 1.3.2 Contexto e Participantes..............................................................................18 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados.....................................19 1.3.4 Tratamento e analise de dados....................................................................20 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA............................................................................22 2.1 Ciência da administração.............................................................................22 2.1.1 Fayol e o processo administrativo................................................................24 2.2 Empresa familiar...........................................................................................25 2.3 Varejo.............................................................................................................27 2.3.1 Tipos de varejista.........................................................................................28 2.4 Administração estratégica...........................................................................28 2.5 Conceitos e tipologia de estratégia.............................................................29 2.5.1 Princípios do planejamento..........................................................................30 2.5.2 Tipos de planejamento.................................................................................33 2.5.2.1 Planejamento estratégico..........................................................................33 2.5.2.2 Planejamento tático...................................................................................34 2.5.2.3 Planejamento operacional.........................................................................35 2.5.2.4 Empresa como um sistema.......................................................................35 2.5.3 Tipos de estratégias.....................................................................................37 2.5.3.1 Estratégia de sobrevivência......................................................................37 2.5.3.2 Estratégia de manutenção........................................................................38 2.5.3.3 Estratégia de crescimento.........................................................................39 2.5.3.4 Estratégia de desenvolvimento.................................................................40 2.5.3.5 Diversificação............................................................................................41 2.6 Processos de elaboração estratégica.........................................................42 2.6.1 Diagnóstico estratégico................................................................................44 11 2.6.2 Missão, visão e valores................................................................................45 2.6.2.1 Propósito...................................................................................................46 2.7 Planejamento estratégico.............................................................................46 2.8 Estratégias genéricas...................................................................................49 2.8.1 Três estratégias genéricas...........................................................................49 2.8.1.1 Liderança no custo total............................................................................49 2.8.1.2 Diferenciação............................................................................................50 2.8.1.3 Enfoque.....................................................................................................50 2.8.2 Risco das estratégia genéricas....................................................................50 2.9 Análise do ambiente e fatores que influenciam na decisão.....................51 2.9.1 Ambiente de um setor de atividade..............................................................53 2.9.2 Monitoramento do ambiente como filtro de informação...............................54 2.10 Monitoramento do ambiente empresarial.................................................54 2.11 Análise S.W.O.T...........................................................................................55 2.12 Instrumentos prescritivos e quantitativos................................................57 2.12.1 Objetivos e metas......................................................................................57 2.12.1.1 Importância dos objetivos.......................................................................58 2.13 Projetos e planos de ação..........................................................................59 2.13.1 Fases de um projeto..................................................................................59 2.13.2 Características de um projeto de sucesso.................................................61 2.14 5W2H............................................................................................................61 3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO........................................63 3.1 Caracterização da empresa..........................................................................63 3.1.1 Missão, visão e valores................................................................................64 3.1.2 Estrutura organizacional..............................................................................65 3.1.3 Produtos comercializados............................................................................66 3.1.4 Principais clientes........................................................................................66 3.1.5 Principais fornecedores................................................................................66 3.1.6 Principais concorrentes................................................................................68 3.2 Resultado da pesquisa.................................................................................68 3.2.1 Identificação do perfil dos clientes...............................................................68 3.2.2 Percepção de importância/Nível de serviço.................................................73 3.2.3 Entrevista com a gestora Marlene Couto Gonçalves...................................80 12 3.2.4 Diagnóstico estratégico................................................................................83 3.2.4.1 Análise S.W.O.T........................................................................................83 3.2.5 Plano de ação 5W2H...................................................................................87 3.3 Sugestões de melhoria.................................................................................88 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................91 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................93 APÊNDICES.........................................................................................................96 13 1. INTRODUÇÃO De acordo com a pesquisa realizada pela revista Vitrine do Varejo (2008) as vendas no comércio aumentam todo ano em uma comparação com 2006 para 2007 constatou-se que as empresas varejistas de alimentos obtiveram um aumento de 6,6% na comparação de um ano com o outro, ou seja, é um setor que cresce juntamente com a economia Brasileira. Administrar uma loja requer conhecimentos que ultrapassam as fronteiras da atividade comercial. Hoje é difícil conceber gerenciar um negócio sem ter uma visão mercadológica, conhecimento da economia, marketing, comunicação, gerenciamento de pessoas, estoque, análise da concorrência, perfil do consumidor, entre muitas outras informações. Há empresários que conseguem administrar seus negócios sem uma visão ampla do campo de atuação em que sua empresa está inserida, a concorrência, no entanto, cada vez mais acirrada e acaba buscando estratégias para programar ações e desenvolver o negócio, atraindo assim mais consumidores. Sendo este ponto de venda quem acaba fazendo a diferença conseguindo conquistar novos clientes, é preciso que os empresários estejam atentos a esta premissa. Planejar é uma das tarefas mais importantes das empresas é através do planejamento que se realiza uma gestão competente e eficaz, sendo de suma importância estar atento a tendência de mercado e ter um objetivo macro para que a organização possa crescer e tornar-se cada vez mais competitiva em um mercado cada vez mais globalizado. De acordo com o consultor de varejo Ellcio Coutinho (2007), uma gestão precisa basear as suas ações em alguns pilares como rentabilidade, legalidade, satisfação, durabilidade e engajamento sócio-ambiental. Quando presenciamos um projeto, às vezes desconhecemos os detalhes do caminho percorrido para que aquele determinado objetivo fosse alcançado, para se conquistar vitórias é necessário, planejamento, habilidade e determinação. O planejamento é uma das formas mais eficientes de se ter uma gestão do próprio negócio, ele permite também apurar dados obtidos durante um período para realizar uma projeção futura em vendas ou em qualquer âmbito organizacional, pode ter uma 14 melhor previsibilidade, sem organização, o caminho torna-se árduo e difícil, para obter os resultados esperados e atingir as metas estipuladas no planejamento. Existe uma concorrência no segmento de varejo alimentar e as grandes redes têm aumentando o número de lojas, como exemplo podemos citar, Maxxi Atacado, Compre Fort, e outras redes, para conseguir uma grande fatia de mercado. Mais de acordo com o SEBRAE o micro e pequeno empresário ainda têm muita força neste segmento, sendo que a maioria das empresas varejistas é de micro e pequeno porte, em que os empresários não possuem fôlego para poder enfrentar as grandes redes mais tem como diferencial o baixo custo de gerenciamento. A administração tem sido uma ciência de suma importância para que as empresas possam continuar competitivas no mercado, a administração de Marketing possui varias ferramentas, dentre elas podemos citar o planejamento estratégico que segundo Almeida (2003), é uma técnica administrativa que procura ordenar a idéia das pessoas, de forma que criem uma visão do caminho que será seguido. O estudo do mercado está diretamente ligado ao setor de marketing que sempre deve buscar novos caminhos para encantar os clientes, buscando novas maneiras de conseguir uma maior fatia de mercado pelo empresário, que possui uma empresa e tem uma visão de crescimento com sustentabilidade. O acadêmico realizou este trabalho no Supermercado Gonçalves empresa que atua no varejo alimentar desde 1986, iniciou suas atividades com uma mercearia de aproximadamente 63 mt² de área de venda, atualmente a empresa ao longo de seus 21 anos obteve muitas conquistas, atualmente possui uma área de venda com cerca de 704 mt², conta com 3 carros próprios para fazer as entregas em domicilio, possui 12 colaboradores diretos e mais de 10 mil itens diferentes em seu portfólio, com um número de clientes bem expressivo, sendo que a empresa em parceria com o Tribanco, banco do atacado Martins de Uberlândia, Minas Gerais, criou um cartão de crédito que é exclusivo para o supermercado, o cartão Gonçalves. A parceria com o Tribanco trouxe bons resultados e após dois anos de sua implantação a empresa possui um portfólio de 327 clientes ativos, o sistema de cartão traz vantagens para a empresa como redução de perdas com clientes inadimplentes sendo que o banco cobra uma taxa administrativa para assegurar as transações realizadas que são satisfatórias para o supermercado. 15 A relevância do tema para a empresa consiste em ela estar inserida no mercado descrito, e não ter realizado um plano estratégico em que possam ser estruturadas as ações estratégicas, para que sejam dirigidas ao resultado do supermercado Gonçalves, perante a concorrência. 1.1 Problemas de Pesquisa/Justificativa O presente trabalho de estágio teve por objetivo, estabelecer estratégias empresariais para o Supermercado Gonçalves, sendo que a empresa atua em um ramo muito competitivo e busca a maximização dos resultados, e ser eficiente perante os consumidores que estão cada vez mais exigentes, e buscam atributos que o mercado possa oferecer. Hoje notamos que os supermercados estão atribuindo novos serviços para atrair mais consumidores, nota-se atualmente supermercados que tem açougue, padaria e alguns até atuam como correspondente bancário são serviços que agregam valor ao negócio. Para Roesch (2005, p.98), “justificar é apresentar razões para a própria existência do projeto! [...] o faz situar-se na problemática. Em termos gerais, é possível justificar um projeto através de sua importância." A empresa é de pequeno porte e nunca utilizou o planejamento estratégico uma das mais modernas ferramentas para gestão de ações que a empresa pode utilizar, o trabalho é de relevância significativa sendo importante para a empresa e para a gestora da organização. O problema central deste trabalho consiste em quais ações podem ser implementadas para aprimorar as estratégias empresariais do Supermercado Gonçalves? O desenvolvimento deste trabalho foi importante para o acadêmico, porque o coloca frente, com a teoria e prática estudada durante o curso de administração de empresas, da Universidade do Vale do Itajaí e como funciona o mecanismo de desenvolvimento de um projeto na prática, compreendendo as situações mais adversas enfrentadas no mercado pela empresa. É um trabalho original, por que ainda não foi realizado este tipo de trabalho na empresa, podendo auxiliar a organização em futuras decisões estratégicas. 16 O trabalho de estágio desenvolvido nesta empresa teve total aporte da gestora que se dispôs a abrir suas portas e dando total condição da pesquisa ser realizada pelo acadêmico facilitando o acesso aos dados. Para a Universidade do Vale do Itajaí este trabalho também possui suma importância, pois é aproximação da universidade com as empresas, demonstrando assim seus objetivos de pesquisa e extensão perante empresa e sociedade. 1.2 Objetivos do Trabalho Para Roesch (2005), o objetivo de um projeto está diretamente relacionado com o tema e o que espera alcançar no término do projeto, os objetivos orientam o pesquisador na revisão da literatura a na metodologia do projeto. E Richadson (1999) coloca o fato que, de modo geral é o que se pretende alcançar com a pesquisa. Elaborar um ações estratégicas para o supermercado Gonçalves. Os objetivos específicos de acordo com Richardson (1999, p.63), “definem etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral”, de acordo com o objetivo geral o específico são: ● Identificar o perfil dos clientes; ● Pesquisar nível de expectativa e satisfação dos clientes. ● Sugerir estratégias empresariais; ● Realizar um diagnóstico estratégico. 1.3 Aspectos Metodológicos Nesta sessão o acadêmico irá abordar os aspectos metodológicos do trabalho, em que os mesmos irão delinear o seu processo, sendo composto por caracterização da pesquisa, contexto, participantes, procedimentos, instrumentos, tratamento e análise de dados. Para Roesch (2005, p.86), a metodologia “[...] envolve a busca de dados secundários, a coleta de documentos, bem como a condução de entrevista”, sendo eles recursos que irão ajudar no direcionamento da pesquisa. 17 1.3.1 Caracterização da Pesquisa Para realizar uma análise das estratégias é necessário um diagnóstico sobre a situação em que se encontra a empresa, sendo preciso obter o máximo de informações. De acordo com Roesch (2005), a proposição de plano tem como objetivo, solucionar problemas que a empresa já tem diagnosticado e ao final do projeto o acadêmico faça sugestões para a organização citada. A estratégia utilizada será de estudo de caso, de acordo com Roesch (2005) estudar pessoas em seu ambiente natural é uma vantagem da estratégia de estudo de caso, pois ele estuda os fenômenos em profundidade dentro de seu contexto. Esta pesquisa será de caráter exploratório/descritivo em que o pesquisador busca informações sobre o tema abordado e descreve sobre ele de forma sucinta para que o leitor possa entender o sistema de estratégias para as empresas e tenha conteúdo para auxiliar nas decisões que possam ser implantadas. Neste projeto utilizou-se os métodos qualitativos com aporte do método quantitativo, sendo que Roesch (2005) enfatiza que ambos os métodos podem ser utilizado sendo esse o que geralmente utilizamos nesta tipologia de pesquisa. Richadson (1999) considera que os métodos quantitativos e qualitativos se complementam embora existam diferenças ideológicas profundas do aporte qualitativo ao quantitativo Richadson (1999, p.88), “no planejamento da pesquisa, a discussão com o grupo que participará da investigação, o uso de entrevista e a observação podem melhorar a formulação do problema”. O método qualitativo é utilizado para identificar oportunidades e ameaças do ambiente externo e será utilizado na abordagem a gestora da empresa já o método quantitativo, será utilizado para aplicação da pesquisa com os clientes em que os mesmos serão abordados através de questionários que serão aplicados pelo acadêmico. Na visão de Roesch (2005), o método qualitativo torna-se importante quando se quer descobrir e comunicar a realidade vivida pelos habitantes desta mesma realidade, e para que isto aconteça é necessário que o pesquisar ouça, aprenda, tome notas, entreviste e converse com as pessoas que fazem parte desta população. 18 “O método quantitativo enfatiza a utilização de dados padronizados que permitem ao pesquisador elaborar sumários, comparações e generalizações; por isto mesmo, a análise de dados é baseada no uso de estatística” (ROESCH, 2005, p.123). 1.3.2 Contexto e Participantes De acordo com Richardson (1999), população é um conjunto de elementos que possuem uma determinada característica, assim vamos abordar nesta pesquisa como participantes a gestora e os clientes. A gestora entrevistada foi a senhora Marlene Couto Gonçalves a proprietária do supermercado, será aplicada uma entrevista em profundidade caracterizando pesquisa qualitativa com a mesma. Para aplicar a pesquisa quantitativa com os clientes, faz-se necessário um cálculo de amostra, por serem muitas pessoas que freqüentam o supermercado, e uma grande parte desses clientes pagam suas compras com dinheiro, o supermercado não tem um cadastro destes clientes, tendo em vista esta situação, utilizaremos os clientes que possuem o cartão do supermercado, é um cartão de crédito exclusivo no qual o sistema da operadora apresenta que o número de clientes que possuem o cartão até o dia 15/09/2008 é de 327 clientes estes serão a nossa população entrevistada de forma aleatória. De acordo com Barbetta (2006), a população alvo são os elementos dos quais irá abranger o estudo e que foram pesquisados, o erro amostral trate-se de uma diferença entre uma estatística e o parâmetro que se deseja obter, e para que se possa determinar o tamanho da amostra é preciso delinear o erro amostral tolerável que nesta pesquisa utilizaremos 7%. 19 CALCULO PARA AMOSTRA Calculo para população não conhecida No = 1 . Eo² No = 1 . 0,07² No = 204 Onde: No = 1ª aproximação da amostra n = amostra N = população Eo = erro tolerável Amostra n = N x no N + no n = 327 x 204 327+ 204 n = 66.708 531 n = 126 Quadro 1 – Calculo para amostra Fonte: Adaptado de Barbetta (2006) 1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados O acadêmico teve acesso à gestora para que faça uma entrevista em profundidade, e abordará os clientes que passam pela loja diariamente sendo realizada a pesquisa nos dias de mais movimento como finais de semana. Utilizou-se nesta pesquisa dados primários e secundários, sendo que Richardson (1999), explica que dados primários são dados coletados pelo próprio pesquisador e os dados secundários são dados já existentes que o pesquisador busca aporte para sua pesquisa, (exemplo: jornais, revistas e meios eletrônicos). Os dados primários foram coletados por técnicas de roteiro de entrevista e questionário no qual Roesch (2005), enfatiza que o roteiro pode ser realizado por qualquer pessoa desde que esteja bem elaborado, e seja aplicado de forma clara e objetiva. O questionário “é o instrumento mais utilizado em pesquisa quantitativa, principalmente em pesquisa de grande escala, como as que propõem levantar a opinião política da população ou a preferência do consumidor” (ROESCH, 2005, p.142). Utilizou-se perguntas fechadas nos questionários sendo que Richardson (1999) enfatiza que nos questionários com perguntas fechadas os questionamentos 20 ou afirmações apresentam categorias ou alternativas de respostas fixas e preestabelecidas, devendo o respondente sinalizar alternativas que mais se ajustam as suas necessidades. Neste trabalho foi utilizado SERVQUAL que de acordo com Parasuraman, Zeithamil & Berry (1988) apud Reis (2001), é uma escala que utiliza níveis de satisfação de 1 a 4 no qual 1 significa discordo totalmente e 4 concordo totalmente, sendo que o questionário é elaborado em duas seções que uma corresponde as expectativas que por meio de 23 afirmativas procura identificar quais as expectativas sobre o serviço ou produto e a outra busca a identificação do grau de satisfação do entrevistado A escala SERVQUAL possui cinco dimensões que de acordo com Parasuraman, Zeithamil & Berry (1988) apud Reis (2001), são tangíveis, confiabilidade, presteza, garantias e empatias e cada um pode ser definida como: 1- Tangíveis aparências das instalações físicas, equipamentos, do pessoal e do material de comunicação; 2- Confiabilidade capacidade de prestar serviço; 3- Presteza atendimento ágil e de boa vontade; 4- Garantias espirar confiança e credibilidade através dos colaboradores; 5- Empatia atenção e consideração individualizada aos usuários do serviço. É uma escala que pode ser aplicada em qualquer empresa de acordo com Parasuraman, Zeithamil & Berry (1988) apud Reis (2001), só deve ser adequada à realidade da empresa que irá utilizar o método, realizado as afirmativas de forma clara e objetiva para que reflitam a realidade da investigação. 1.3.4 Tratamento e análise de dados De acordo com Roesch (2005), a análise de dados tem como propósito mensurar a freqüência de um fenômeno, procurando identificar correlação. São criados indicadores numéricos qualificáveis, deixando a cargo do pesquisador a ação de interpretar e explicar os resultados obtidos. Para Roesch (2005), análise do conteúdo corresponde ao fator de perguntas qualitativas em que o propósito de formular tais questões é permitir ao pesquisador 21 captar e entender qual a perspectiva dos entrevistados, por este motivo as questões são de âmbito aberto permitindo um melhor entendimento. A observação de acordo Roesch (2005), traz o pesquisador para dentro da organização, observando acontecimentos este método permite ao pesquisador avaliar em profundidade os detalhes dos acontecimentos, com isto podemos afirmar que o pesquisador passa a ser instrumento de pesquisa, no caso da observação, sendo necessária certa sensibilidade por parte do pesquisador em ler mensagens pouco claras na ocasião. Na entrevista foi realizado uma análise do conteúdo. Questionário tratamento estatístico e análise descritiva com a ajuda de Softweres como o Microsoft Excel. 22 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA De acordo com Roech (2005), nesta sessão o acadêmico deve abordar todas as questões relevantes que são necessárias para esclarecer à justificativa e o problema de pesquisa, em que se faz necessário para orientar o método de trabalho e os procedimentos de coleta de dados. 2.1 Ciência da administração De acordo com Stoner (1994), a administração é um processo sistemático é definido assim porque atualmente um administrador não depende mais de suas aptidões mais participam de atividades que visam um objetivo. Para Stoner (1994, p.5), “administração é o processo de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os objetivos”. Como enfatiza Chiavenato (1993), administração não é algo mecânico no qual se pode ensinar o que um administrador deve fazer, mais está fórmula não é garantia de sucesso profissional sendo que, o conhecimento tecnológico é importantíssimo mais, sobretudo a personalidade e o modo de agir formam um administrador competente. Abordagem sistêmica é a abordagem da ciência em administração, ou pesquisa operacional, remota à segunda guerra mundial, uma época onde cientistas eram solicitados para resolver problemas das forças armadas, os cientistas eram organizados em equipes e chamados de PO (pesquisa operacional) (CERTO, 2005). A administração conforme sustenta Maximiano (2000) é em primeiro lugar uma ação de tomada de decisão para nortear esta ação compreende-se quatro processos básicos, planejamento, organização, execução e controle. De acordo com Dalft (2005), administração é o alcance de metas organizacionais de maneira eficaz por meio de planejamento, organização, liderança e controle dos recursos organizacionais, os gerentes devem conceber que realizam suas tarefas por meio das pessoas, formando pessoas com um propósito comum. Embora na administração muitas coisas não sejam desconhecidas, sabemos que a administração não representa um mero bom senso, não significa apenas a 23 experiência codificada, é um conjunto de fatores que deve ser organizado (DRUCKER, 2006). Para Drucker (2006), “sem a organização, não haveria administração. Mas sem a administração poderia haver apenas um amontoado de gente, não uma organização”. Planejamento segundo Maximiano (2000) é o processo no qual se define objetivos as atividades e os recursos. Organização é o processo para se definir o trabalho que será realizado. Direção é o processo de realizar atividades para atingir os objetivos de execução. Controle é o processo que vai assegurar a realização dos objetivos e pode identificar necessidade de mudança. “Entender a administração como um processo que se compõe de outros processos ou funções é a essência do chamado enfoque funcional.” (MAXIMIANO, 2000, p.27), a abordagem funcional foi criada por Henry Fayol no inicio do século XX o mais importante citado por Fayol está em preparar as tarefas da administração separando as do técnico e o operacional, isto se torna importante para as pessoas que administram as organizações. No início do século XX as pessoas não são negligenciadas, mais são considerados recursos para a produção á preocupação básica é o desempenho dos recursos nas preposições de Taylor, Ford e Weber. A prioridade na época era a eficiência para a produção de bens e serviços para aproveitar as oportunidades de mercado (MAXIMIANO, 2000). FREDERICK TAYLOR Administração Científica HENRY FORD Linha de montagem Aplicação de métodos de pesquisa para identificar a melhor maneira de trabalhar. Seleção e treinamento científico de trabalhos Especialista do trabalhador. Fixação do trabalhador no posto de trabalho. Trabalho (produto em processo de montagem) passa pelo trabalhador HENRII FAYOL Processo de Administração Administração da empresa é distinta das operações de produção. Administração é o processo de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar Quadro 2 – 4 teorias da eficiência em administração Fonte: Adaptado de Maximiano (2000) MAX WEBER Teoria da Burocracia Autoridade tem a contrapartida da obediência. Autoridade baseiase nas tradições, no carisma e em normas racionais e impessoais. Autoridade burocrática é base da organização moderna. 24 2.1.1 Fayol e o processo administrativo Juntamente com Taylor e Ford, Fayol foi um dos mais importantes para o desenvolvimento do conhecimento da administração moderna, Fayol como diretor de uma empresa de mineração em 1988 que estava próximo da falência conseguiu um bom desempenho quando se aposentou em 1918 a empresa estava com uma posição financeira consolidada, resultado que ele atribuiu a seu sistema administrativo sua idéia dividia-se em três partes (MAXIMIANO, 2000). Para Certo (2005), a administração é um processo que permite alcançar as metas de uma empresa, fazendo uso do trabalho com e por meio de pessoas e outros recursos da empresa. 1. A administração é uma função distinta dês mais funções, como finanças, produção e distribuição. 2. A administração é um processo de planejamento, organização, comando, coordenação e controle. 3. O sistema de administração pode ser ensinado e aprendido. Para Fayol, a “administração é uma atividade comum a todos os empreendimentos humanos (família, negócio, governo), que sempre exigem algum grau de planejamento” (MAXIMIANO, 2000, p.60). De acordo com Maximiano (2000), Fayol foi o pioneiro na separação da administração das demais funções da empresa, o maior impacto cai sobre os gerentes como distintos de operações técnicas. Os gerentes não conseguem perceber está distinção e acabam envolvendo-se com atividade técnicas da produção. Fayol ajudou a tornar mais nítido para os executivos. Fayol cuidou da empresa de cima para baixo muito diferente de Ford e Taylor que administravam de baixo para cima da hierarquia empresarial, Fayol busca obter a eficiência em que os dirigentes são a principal força de energia nas operações (MAXIMIANO, 2000). O quadro básico das funções básicas em administração na atividade que geram os processos administrativos são planejamento, organização e influência (CERTO, 2005). Planejamento: planejar envolve a escolha de tarefas que devem ser desempenhadas a fim de atingir os objetivos. Tendo uma descrição de como as 25 tarefas serão executadas e quando executá-las, esta tarefa enfoca a realização de metas. Por meio dos planos os gerentes conseguem identificar com exatidão o que as empresas precisa fazer para ser bem sucedida a estratégia (CERTO, 2005). Organização: podemos definir a organização como o ato de designar, a vários indivíduos ou um grupo de empresas, as tarefas desenvolvidas durante o planejamento, assim criando os mecanismos que irão colocar o planejamento em ação. Os funcionários recebem tarefas que vão de acordo com o planejamento já estabelecido (CERTO, 2005). Influência: também é uma função básica do processo administrativo, também possui sinônimos de motivação, comando, direção e força de vontade, a influência diz respeito primeiramente aos colaboradores da organização. Podemos definir influência como o ato de orientar as atividades dos membros da empresa (CERTO, 2005). Objetivos da empresa Planejamento Influência Controle Organização Quadro 3 – Ciclo do planejamento Fonte: Adaptado de Certo (2005) 2.2 Empresa familiar De acordo com Lodi (1998), acredita-se que a empresa familiar pode reduzir sua eficácia no mercado, mais a história das empresas familiares de sucesso tem mostrado que é possível ser eficaz em família, podemos colocar que não é a família que acaba atrapalhando o sucesso da empresa, mas a ignorância dos problemas do relacionamento em família. 26 É preciso que a empresa familiar tenha bem definida os objetivos e funções de parentes de acordo com Lodi (1998), é preciso saber como os parentes estão contribuindo para o sucesso da empresa, ou seja, isso implica em programa sistemático de avaliações, é preciso ainda que uma empresa familiar tenha identificado suas forças e fraquezas, para construir sobre a primeira e neutralizar na segunda. De acordo com os autores Lodi (1998) e Bernhoeft (1998), existem algumas fraquezas que são visíveis em empresas familiares como: 1. Conflitos de interesse entre família e empresa, que podem refletir em descapitalização da empresa e excesso de personalidade em problemas administrativos; 2. Usar indevidamente os recursos da empresa; 3. Inexistência de um planejamento financeiro e apuração dos custos e outros procedimentos da contabilidade e de orçamento; 4. A resistência modernização, ficando muitas vezes a empresa na mão de alguns antigos vendedores que são de “confiança” ou a falta de uma boa política de produtos e de mercados; 5. Favoritismo na contratação de amigos e parentes não sendo por competência previamente aprovada. Para Lodi (1998) devemos planejar a estratégia antes de tudo como ofensiva baseando-se nas forças da organização e como forças em uma empresa familiar podemos citar os seguintes: 1. A lealdade dos colaboradores em empresas familiar é muito mais acentuada; 2. O nome da família pode ter grande reputação na região; 3. Sistema de decisão muito mais rápido, por que termina ali no escritório central; 4. Sensibilidade social do grupo familiar, os dirigentes criam raízes na elite nacional, a influência torna-se fonte de informação; 5. As gerações familiares em sucessão permitindo um traço de união entre passado e futuro, dentre os valores dos fundadores. De acordo com Lodi (apud Donnelley 1998), uma empresa familiar é aquela que existe o fundador e os herdeiros que darão continuidade ao negócio familiar, 27 tendo pelo menos duas gerações. Portanto uma empresa no qual os familiares colocam dinheiro apenas como investidores não se trata de uma empresa familiar. Já para Bernhoeft (1987), a empresa familiar é aquela que tem em sua história vinculada a uma família, ou ainda podemos citar aquelas que têm na administração membros da família. De acordo com Bernhoeft (1987), uma empresa familiar acaba tornando-se exageradamente simples, tem como característica a confiança mutua entre os membros da empresa, assim precisamos rever nosso conceito sobre empresa familiar por que a confiança mutua independe de laços familiares. Para Bernhoeft (1998), a empresa familiar ao estilo com que a empresa é administrada do que somente ao fato de seu capital pertencer à família, de uma maneira geral as empresa familiares tem como característica uma ideal que deu certo. 2.3 Varejo O varejista de acordo com Kotler (2006) é toda empresa cuja sua finalidade é a venda em pequenos lotes para o consumo final do produto, não havendo mais uma venda para outro consumidor, não importando como esta venda ocorra (Internet, pessoalmente, pelo correio ou por telefone), ou de onde os produtos são vendidos meio físico. Para Las Casas (1994), o varejista é uma pessoa jurídica, em que sua finalidade está em oferecer produtos que os consumidores desejam para satisfazer sua necessidade, as empresas que são consideradas varejistas atendem e média mais de cinqüenta por cento com vendas em pequena escala. A perspectiva do varejo se deve ao alto volume de demanda que os mesmos oferecem e de acordo com McCarthy e Perreault (1997), os supermercados são os maiores varejistas em massa no qual atribuem o preço baixo a o alto volume de vendas, e a idéia básica de um supermercado foi desenvolvida nos Estados Unidos durante a grande depressão. De acordo com Schewe e Smith (1980), o varejista é a associação de todas as atividades organizacionais de bens ou serviços voltadas para o consumidor final, podemos enfatizar que os varejistas são intermediários que possuem uma loja física. 28 2.3.1 Tipo de varejista Os consumidores podem adquirir produtos de uma vasta gama de organizações que de acordo com Kotler (2006), temos varejistas que possuem loja e outros não, o tipo mais conhecido de varejista são as lojas de departamentos. Este tipo de empreendimento possui três fases distintas o crescimento, a maturidade e o declínio, sendo que um varejista pode levar mais tempo para atingir a maturidade do que uma indústria. O primeiro supermercado a ser inaugurado no Brasil de acordo com Las Casas (1994), foi o disco em 1953 no Rio de Janeiro, atualmente os supermercados têm a tendência de se tornarem hipermercados, em que vendem artigos do lar, eletrodomésticos, alimentos, artigos esportivos etc. O supermercadista enfatiza Kotler (2006), são operações de auto-serviço relativamente grandes, de baixo custo, baixa margem e alto volume, e são projetados para atender todas as necessidades de alimentação, higiene e limpeza doméstica. Operações de auto-serviço de acordo com Kotler (2006) são à base de todas as operações de desconto no qual para realizar economia o consumidor se dispõe a procurar, comparar e selecionar os produtos. 2.4 Administração estratégica De acordo com Ansoff e Mc Donnell (1993), a administração estratégica tem um enfoque sistemático no qual tem uma forte responsabilidade e vem tornando-se cada vez mais importante para a administração geral, tornar o posicionamento e o relacionamento da empresa com seu ambiente de um modo que garanta o sucesso continuo e coloque em uma posição favorável em eventuais surpresas que possam ocorrer. Seu início foi na década de 50, e para Ansoff e Mc Donnell (1993), foi quando as empresas inventaram a abordagem sistêmica, que iria decidir qual o futuro da organização e como ela seria operada, recebendo o nome de formulação 29 de estratégias no qual os administradores formulam suas estratégias e tornou-se conhecido como planejamento estratégico. 2.5 Conceitos e tipologia de estratégia De acordo com Stoner (1994), o conceito de estratégia é antigo, a origem da palavra em do grego strategeia, seu significado é a arte ou ciência de ser um general, no qual os generais gregos que eram eficazes e lideravam grandes exércitos que ocupavam cidades e protegiam, para cada tipo de estratégia era necessário um padrão das ações que ele iria realizar. Para Stoner (1994), apesar dos administradores sempre terem planejado suas ações é recente o estudo sobre planejamento e o motivo para este reconhecimento tardio está diretamente ligado as mudanças ambientais ocorridas na segunda guerra mundial. Estratégia de acordo com Ansoff e McDonnel (1993) é uma ferramenta muito poderosa que ajuda a lidar com a turbulência enfrentada pela empresa, merecendo atenção como uma ferramenta de gestão, não apenas para empresas como também para uma ampla gama de organizações sociais. Para Fernandes e Berton (2006), O estudo de estratégia empresarial está fundamentado historicamente em conceitos militares em como vencer uma batalha, o pai da estratégia militar moderna foi Clausewicz que defendia três alvos para podemos vencer o inimigo. O primeiro está relacionado às forças do inimigo, o segundo com os recursos do inimigo e o terceiro diz algo sobre a disposição do lutador. Dentre os autores existe certa dificuldade na abrangência da conceituação do planejamento nas empresas e sua real amplitude. O planejamento pode ser conceituado como um processo, desenvolvido para alcançar uma situação futura que se deseja obter, de modo mais eficiente ou eficaz com uma melhor concentração dos recursos da empresa (OLIVEIRA, 2007). De acordo com Certo (2005), a administração de estratégia é definida como um processo contínuo e interativo que visa manter a organização como um conjunto totalmente integrado em seu ambiente 30 Planejamento estratégico “corresponde ao estabelecimento de um conjunto de providências a serem tomadas pelo executivo para situação em que o futuro tende a ser diferente do passado” (OLIVEIRA, 2007, p.4). Entretanto a empresa tem como agir sobre influências externas que podem surgir durante sua eficácia no mercado, o planejamento é algo continuo em que nas empresas precisam ser monitorados por períodos em de curto ou longo prazo podendo assim ser medidas o antes com o depois da implantação. Este processo de tomada de decisão na empresa deve conter ao mesmo tempo os componentes individuais e organizacionais, bem como a ação nesses processos de antes e depois devem ser orientados de maneira que possam garantir a integração de interesses dos diversos fatores dentro do ambiente empresarial (OLIVEIRA, 2007). Para Fernandes e Berton (2006), a formulação de estratégia envolve determinação de cursos de ação apropriados para que possamos alcançar os objetivos organizacionais, sendo que o processo de formulação das estratégias envolve uma análise do planejamento e seleção para que sejam maiores as possibilidades para alcançar esses objetivos. De acordo com Costa (2005), é grande a diferença entre gestão estratégica e os processos tradicionais de planejamento estratégico de longo prazo, estão relacionado ao fato que a nova gestão é uma forma de acrescentar novos elementos de reflexão e ação sistemática, contínua que é conduzida e suportada pelos administradores a fim de elaborar um projeto de mudança estratégica e acompanhar e gerenciar todos os passos de implantação. Toda a atividade de planejamento nas empresas, por sua própria natureza deverá mostrar os resultados das decisões realizadas atualmente, que são tomadas a partir de exame das mesmas no futuro onde pode proporcionar uma linha de tempo de alto significado para os gestores (OLIVEIRA, 2007). Para Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2006), a estratégia não algo fácil de ser tratado por que muitas vezes acabamos fugindo do planejamento para buscar caminhos que nos tragam melhores resultados sendo eficiente para atingir as metas já traçadas pelo plano. 31 2.5.1 Princípios do Planejamento Para Robert (1998), a melhor posição competitiva é aquela em que não se têm concorrentes. Essa posição só pode ser alcançada não fazendo o jogo dos seus concorrentes, mas formulando e implementando uma estratégia diferenciada obtendo maior vantagem competitiva e obtendo melhores resultados. Podemos considerar o planejamento como um processo que determinara como a organização irá chegar aonde deseja, e o que fará para alcançar os objetivos traçados. Sendo que os gerentes modernos enfrentam o desafio de realizar um planejamento sólido, tanto em organizações de grande porte como as pequenas e micro. (CERTO, 2005). O Planejamento das empresas deve respeitar alguns princípios para que os resultados de sua operacionalização sejam os esperados, podemos separar estes princípios em gerais e específicos (OLIVEIRA, 2007). Os princípios gerais estão divididos em quatro: 1) O princípio da contribuição aos objetivos e para este aspecto o planejamento deve sempre visar os objetivos totais da empresa. 2) O princípio da procedência, o planejamento corresponde a uma função administrativa que vem antes das outras como organização, direção e controle. 3) O princípio das maiores influências, por que o planejamento pode modificar uma série de itens como as características da atividade que a empresa desenvolve. 4) O princípio da maior eficiência e eficácia, o planejamento tem como propósito maximizar os resultados e minimizar suas deficiências. Através destes aspectos, o planejamento procura proporcionar à empresa a situação de eficiência e eficácia. O planejamento tem como objetivo a proteção e consiste em minimizar o risco que acercam a empresa e as condições do negócio, esclarecendo assim as conseqüências das ações relacionadas com a gerência. Este objetivo afirmado consiste em aumentar o grau de sucesso organizacional (CERTO, 2005). 32 Eficiência é: Fazer as coisas de maneira adequada; Resolver problemas; Salvaguardar os recursos aplicados; Cumprir seu dever; e Reduzir os custos. Eficácia é: Fazer as coisas certas; Produzir alternativas criativas; Maximizar a utilização dos recursos; Obter resultados; e Aumentar o lucro. 2.5.2 Tipos de Planejamento Na consideração dos grandes níveis hierárquicos, podem-se distinguir três níveis de planejamento: Planejamento estratégico Planejamento tático Planejamento operacional De uma forma genérica podemos relacionar os tipos de planejamento e os níveis hierárquicos em uma pirâmide organizacional. 33 NÍVEL ESTRATÉGICO Decisões estratégicas e Planejamento estratégico Decisões táticas e Planejamento tático NÍVEL TÁTICO NÍVEL OPERACIONAL Decisões operacionais e Planejamento operacional Quadro 5 – Pirâmide estratégica Fonte: Adaptado de Oliveira (2007) Para Oliveira (2007), o planejamento de forma resumida relaciona-se com o objetivo de longo prazo em que as estratégias e ações para alcançá-los, iram afetar a empresa como um todo, enquanto o planejamento tático relaciona-se com os objetivos de curto prazo e estratégias de ações que geralmente afetam somente parte da empresa. 2.5.2.1 Planejamento estratégico Para Seitz (2005), o planejamento estratégico é uma técnica administrativa que objetiva manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado o seu ambiente, identificando oportunidades e ameaças, pontos fortes e fracos para o cumprimento de sua missão. Já a administração estratégica trata do processo contínuo e interativo que visa capacitar à organização de forma que permita, as decisões sejam de acordo com o planejamento estratégico. É o processo administrativo que proporciona sustentação metodológica para se estabelecer a melhor direção a ser seguida pela empresa, visando grau de interação com fatores externos que a empresa não tem controle, a empresa pode tratar de forma inovadora e diferenciada estes fatores (OLIVEIRA, 2007). De acordo com Mintzberg, Ahlstrand e Lampel (2006), a predeterminação de um planejamento estratégico está diretamente ligada ao fato que a organização deve ser capaz de prever o curso do seu ambiente, controlando ou assumindo sua 34 estabilidade evitando assim armadilhas em seu caminho. O planejamento segundo eles requer não só a previsibilidade mais também a estabilidade durante sua formação. O planejamento tem um papel importante a ser desempenhado perante a caixa preta da formação de estratégias O desenvolvimento de uma estratégia competitiva de acordo com Porter (1997) é a essência do desenvolvimento de uma forma ampla para o modo como a empresa irá competir no mercado, saber quais são suas metas e quais as políticas podem ser utilizadas para levar a organização a atingir essas metas. O planejamento estratégico normalmente é de responsabilidade de níveis hierárquicos mais elevados, e diz respeito à formulação dos objetivos e seleção de cursos de ação que serão tomados levando em conta os aspectos externos e internos e a evolução da empresa que se espera (OLIVEIRA, 2007). 2.5.2.2 Planejamento tático Este tipo de planejamento tem como objetivo principal otimizar determinada área de resultado, e não a empresa como um todo. Trabalha com objetivos e políticas estabelecidas dentro do planejamento estratégico (OLIVEIRA, 2007). O planejamento tático é desenvolvido pelos níveis hierárquicos da organização, tendo como objetivo principal a otimização eficiente dos recursos, da estratégia já traçada pelo planejamento estratégico atingindo os objetivos propostos, bem como políticas orientadas para o processo decisório (OLIVEIRA, 2007). 2.5.2.3 Planejamento operacional Podemos considerar o planejamento operacional como a formalização principal através de documentos escritos, sobre as necessidades e metodologias de desenvolvimento e implantação já estabelecidos (OLIVEIRA, 2007). “Os planejamentos operacionais correspondem a um conjunto de partes homogêneas do planejamento tático” (OLIVEIRA, 2007, p.19). Deve conter como detalhe os seguintes itens: Os recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação; Os procedimentos básicos a serem adotados; Os resultados finais esperados; 35 Os prazos estabelecidos; e Os responsáveis por sua execução e implantação. “Este planejamento é normalmente elaborados pelos níveis organizacionais inferiores, com foco básico nas atividades do dia-a-dia da empresa” (OLIVEIRA, 2007, p.19). 2.5.2.4 Empresa como um sistema Como o planejamento trata a empresa como um todo e frente a seu ambiente, é importante a conceituação de alguns aspectos importantes da teoria de sistemas que irão facilitar para o executivo trabalhar com o assunto em pauta. Sistema “é definido como um conjunto de partes integrantes e interdepende que, conjuntamente, forma um todo unitário com determinado objetivo e efetuando uma função” (OLIVEIRA, 2007, p.23). O planejamento é um sistema por que tem um conjunto de partes que se interagem e interdependes que vêm consolidar um todo considerando os diversos fatores que a empresa possui controle a os não controláveis, e a busca determinada pelo resultado, objetivos e desenvolvendo uma função específica e de grande importância na empresa (OLIVEIRA, 2007). Ambiente “é um conjunto de todos os fatores que, dentro de um limite específico, se possa conceder como tendo alguma influência sobre a operação do sistema, o qual corresponde ao foco do estudo” (OLIVEIRA, 2007, p.25). De uma maneira simples podemos afirmar que o ambiente de um sistema como o conjunto de fatores e elementos que pertencem ao sistema mais qualquer alteração no sistema pode mudar os fatores externos ou uma mudança nos fatores externos podem causar uma alteração no sistema, está situação é mais comum de ocorrer do que a primeira proposta (OLIVEIRA, 2007). De acordo com Porter (1997), a empresa deve ter uma ênfase em seu concorrente para analisar ambiente e suas necessidades exigindo um trabalho difícil exigindo um mecanismo organizado, os elementos de um sistema de inteligência sobre o concorrente podem ser variados de acordo com a necessidade da organização. Podemos visualizar o ambiente de um sistema, representado por uma empresa no quadro abaixo. 36 Mercado de Mão-de-obra Concorrência Governo Fornecedor Sistema Financeiro Consumidor EMPRESA Sindicatos Comunidade Tecnologia Quadro 6 – Stakeholders da empresa Fonte: Adaptado de Oliveira (2007) 2.5.3 Tipos de Estratégias As organizações podem ter várias alternativas de estratégias e para Tavares (2001), deve-se realizar uma cuidadosa analise do ambiente externo incluindo os concorrentes e também do seu ambiente interno sendo que apenas uma estratégia devemos considerar como ótima para a organização. É necessário que o executivo da empresa enfatize algum tipo de estratégia de acordo com Oliveira (2001), este tipo de estratégia deve ser o mais adequado para a organização no qual deve abordar a capacitação e o objetivo estabelecido, este tipo de escolha deve-se estar ciente que ira nortear o desenvolvimento por um longo período. A estratégia para Oliveira (2001) deve estar de acordo com a situação da empresa sendo que pode estar voltada para: Sobrevivência, Manutenção, Crescimento, ou Desenvolvimento. A combinação das estratégias deve ser de forma adaptável a empresa em que sejam aproveitáveis as melhores oportunidades. 2.5.3.1 Estratégia de Sobrevivência 37 É um tipo de estratégia que de acordo com Tavares (2001), só deve ser utilizada quando a empresa sofre uma grande ameaça de extinção, que são resultados dos fatores internos e externos, sendo que o externo são algumas forças que a empresa não tem um determinado controle como: recessões econômicas, mudanças de hábitos e as pressões competitivas. Este tipo de estratégia só deve ser adotado quando não existe outra alternativa para Oliveira (2001), isto ocorre quando a empresa possui muitos pontos fracos e fortes ameaças externas, a grande premissa desta estratégia é diminuir drasticamente os investimentos e despesas no qual uma empresa pode ter problemas no futuro por um longo período e acabarem engolidos pelo mercado, os tipos que se enquadram nesta estratégia são: Redução de custo - é uma estratégia muito utilizada em período de recessão, no qual consiste na redução de custo necessário para a sobrevivência da organização, alguns aspectos importantes são redução de pessoal e níveis de estoque; Desinvestimentos – é quando uma empresa que atua em determinado ramo, acaba buscando novos mercados que não estão atendendo as expectativas e por isto a empresa deve optar por encerrar este novo mercado; Liquidação do negócio – está é considerada a ultima estratégia por que seu enfoque esta relacionado com o fechamento da empresa, isto pode ocorrer quando a empresa atua em somente um único negócio e este foi substituído ou atingiu o declínio no seu ciclo de vida. 2.5.3.2 Estratégia de manutenção É a estratégia no qual a empresa ao longo de sua existência adquiriu uma série de pontos fortes (disponibilidade financeira, recursos, humanos, tecnológicos, etc.) para Oliveira (2001), isto faz com que a empresa queira continuar sobrevivendo e crescer mantendo sua posição conquistada até o momento, para que isto ocorra deve-se usar ao máximo os pontos fortes enfatizando os pontos fracos da concorrência e evitar que seus pontos fortes sejam minimizados. Diante de tal panorama a empresa deve continuar investindo de maneira moderada para não perder seu enfoque. As três estratégias de manutenção de acordo com Oliveira (2001): 38 Estratégia de estabilidade – busca principalmente a manutenção do estado de equilíbrio seja ele ameaçado ou, ainda, o seu retorno no caso de perda; Estratégia de nicho – é quando a empresa busca dedicação total a um produto específico, seja tecnologia ou negócio, não há um interesse em desviar recurso para outras atenções; Estratégia de especialização – neste caso a empresa enfatiza a concentração de esforços em uma única ou poucas atividades conseguindo um melhor desempenho na redução de custos para produção em massa para este tipo de estratégia a empresa deve ter uma grande vantagem sobre os concorrentes. 2.5.3.3 Estratégia de crescimento É um tipo de estratégia que deve ser utilizada de acordo com Tavares (2001), quando a empresa torna-se vulnerável as ações tomadas pela concorrência, em empresas de pequeno porte em que se tornam alvo fácil por terem somente um segmento de mercado podemos enfatizar que para estas empresas a estratégia mais adequada é a de diversificação no qual a empresa busca ser mais competitiva através de recursos financeiros e físicos da organização. Para a estratégia de crescimento poder ser imposta desde que o mercado esteja propício para transformar as oportunidades em situações que sejam favoráveis, para Oliveira (2001), são nestas condições que os executivos devem buscar lançar novos produtos ou aumentar a meta de vendas. Algumas estratégias inerentes ao crescimento de acordo com Oliveira (2001): Estratégia de Inovação – neste caso é uma busca contínua por produtos novos para o mercado sempre se antecipando aos concorrentes, consiste em produtos inéditos ou milagrosos; Estratégia de Internacionalização – busca atender os mercados externos ao país no qual a empresa passa por um processo lento mais bastante interessante para empresas de grande porte; Estratégia de joint venture – é quando duas empresas juntam-se para fazer um novo produto, normalmente uma entra com o capital e a outra com a tecnologia; 39 Estratégia de expansão – esta estratégia deve ser muito bem planejada para que a empresa não seja absorvida por outras empresas, a expansão deve ser realizada na hora certa por que do contrário ela também pode ser motivo de incorporação por outra empresa par não perder o mercado. Para Tavares (2001), a busca por novos mercados para os produtos atuais acaba se tornando uma estratégia mais recomendável no qual empresas que possuem recurso para explorar novos mercados, busquem esse potencial em termos de mercado. 2.5.3.4 Estratégia de desenvolvimento O desenvolvimento para Tavares (2001), no âmbito da organização pode ser considerado com a do ser humano que passa por várias fases e acaba mais forte à medida que o tempo passa a maior ênfase desta estratégia esta nos recursos humanos e tecnológicos, sendo que uma estratégia de recursos humanos requer capacitação e treinamento, além da modernização tecnológica. O desenvolvimento de acordo com Oliveira (2001) pode ser considerado em duas direções, podemos procurar novos mercados ou ainda novos clientes e novas tecnologias sendo que a combinação destes dois eixos (mercadológico e tecnológico) são os que permitem novos negócios no mercado. Para Oliveira (2001), o desenvolvimento pode assumir uma ou mais conotações das seguintes: Desenvolvimento de mercado – é quando a empresa busca abrir novos mercados para alavancar suas vendas; Desenvolvimento de produtos ou serviços – ocorre quando a empresa desenvolve melhores produtos ou serviços, para os mercados atuais isto pode ocorrer com novas características de produtos; Desenvolvimento financeiro – quando uma empresa que possui pouco recurso financeiro mais uma grande oportunidade no ambiente com outra que pode ser do mesmo grupo ou não com grande disponibilidade de recurso mais pouca oportunidade no ambiente, no qual a junção das duas acaba trazendo como ponto forte tanto a disponibilidade de recurso quanto a oportunidade no ambiente; Desenvolvimento de capacidade – é quando uma empresa possui como ponto fraco a tecnologia mais possui um alto índice de oportunidades a serem 40 usufruídas e outra empresa que seja o inverso desta situação se junta para formar uma nova empresa; Desenvolvimento de estabilidade – ocorre quando a fusão de empresas torna-se suas evoluções mais uniformes, principalmente ao aspecto mercadológico. Podemos considerar que os três últimos itens de desenvolvimento procuram uma sinergia com relação à fusão ou associação. 2.5.3.5 Diversificação Para Oliveira (2001), a estratégia mais forte de desenvolvimento é a de diversificação no qual os recursos e seus produtos são diferentes e os executivos devem fazer uma análise minuciosa sobre a diversificação. As empresas normalmente fazem uma procura sobre as oportunidades no ambiente para diversificação para Oliveira (2001) apud Ansoff (1977), quando começam a ter dificuldades para atingir seus objetivos, pelas alterações dos cenários internos e no externo à empresa, que podem ser provocados por: - Falta de oportunidade para investir em seguimentos atuais; - Queda sobre a taxa de retorno dos projetos; e - Saturação do mercado. Diversificação Horizontal – para Oliveira (2001), esta estratégia ocorre quando a empresa que diversificar sua área de atuação em outros segmentos seja com a compra de empresas menores ou com associações a diversificação horizontal realiza a divisão da empresa em subsistemas, sendo que cada uma delas atua com uma tarefa especializada no contexto ambiental e, portanto todos os subsistemas se diferenciam dos demais. Diversificação Vertical - é um tipo de estratégia que de acordo com Oliveira (2001), enfatiza seguimentos em que a empresa já está relacionada e busca maximizar o potencial de ganho no qual se torna mais flexível para investir para frente ou para traz nos seguimentos que fazem parte da organização, tornando uma coordenação mais efetiva nas unidades organizacionais. Diversificação concêntrica – para este tipo de estratégia a empresa deve aproveitar sua tecnologia ou força de vendas para que de acordo com Oliveira (2001), possa obter ganhos substanciais em termos de flexibilidade utilizando as 41 mesmas bases produtivas ou as mesmas bases comerciais são novos produtos para novos mercados. Diversificação conglomerada – consiste na busca de negócios que a empresa não esta envolvida este tipo de diversificação de acordo com Oliveira (2001), não possui sinergia de comercialização com áreas anteriores. 2.6 Processos de elaboração estratégica Para Rasmussen (1990), o primeiro passo para a implantação das metodologias do planejamento é uma profunda compreensão dos limites físicos e psicológicos da organização, no qual a análise das estruturas organizacionais e os recursos que está empresa tem a sua disposição e por outro lado uma análise decifração do macro ambiente. Os fatores políticos, econômicos, sociais, fiscais e legais do macro ambiente da organização, o publico externo e o interno para Rasmussem (1990) são fatores que influenciam o desenvolvimento da organização ou o fracasso perante estes fenômenos. Para que os planejadores possam identificar as ameaças e oportunidades, que é o primeiro passo na implantação de um planejamento estratégico dever ser a análise do perfil do comportamento do macro ambiente para que possamos realizar um planejamento adequado para a empresa. De acordo com Ansoff e McDonell (1993) existe uma complicada situação em empresas que trabalha em áreas turbulentas, no qual tais ambientes da organização precisam ser diagnosticados separadamente e quando esta turbulência é diferente nos níveis organizacionais é necessário reconciliar a necessidade de sistemas distintos. Historicamente as empresas resolviam seus problemas usando um sistema que era apropriado para o núcleo do negócio tradicional da empresa, e nos últimos anos varias empresas começaram a utilizar um sistema distinto para as diferentes áreas do negócio. O processo de estabelecimento e implementação das estratégias empresariais representa um dos aspectos mais importantes que os executivos de alta administração das empresas têm de enfrentar. Para Oliveira (2007), espera-se que o processo seja desenvolvido da melhor maneira possível, resultando na otimização dos resultados para empresa: 42 Fase 1 Formulação das estratégias empresariais Fase 2 Estabelecimento das estratégias empresariais alternativas Fase 3 Escolha das estratégias empresariais Fase 4 Implementação das estratégias empresariais Fase 5 Controle, avaliação e acompanhamento das estratégias empresariais Notou-se que a base de sustentação é representada pela visão, que formula as aspirações do processo, ideologias básicas da empresa bem como por um diagnóstico estratégico, que corresponde a uma análise interna da empresa e do ambiente empresarial (OLIVEIRA, 2007). Para Rasmussen (1990) após realizar a análise do macro ambiente operacional e a análise do perfil da organização para depois poder elaborar: As metas e macro objetivos, que devem ser desenvolvidos pela alta gestão com cooperação da consultoria interna; O macro políticas resultantes do macro objetivos e que podem ser elaborados pólos executivos; As macro estratégias são desenvolvidas pelos gestores operacionais, que transformam estas macro estratégias em estratégias funcionais; E por último são elaborados os planos de ação, e os quadros financeiros, pelos gestores funcionais e que são limitados aos ciclos orçamentários da organização. Para Oliveira (2007), quando consideramos a metodologia para desenvolver o planejamento estratégico nas empresas devemos considerar duas possibilidades: 1) definir em termos a empresa como um todo, onde se que chegar e depois estabelecemos como a empresa esta preparada para chegar. 2) se define em termos da empresa como um todo como se está e depois estabelecemos aonde queremos chegar. Cada uma destas possibilidades tem a sua principal vantagem. No primeiro caso a possibilidade de maior lucratividade. Já a segunda possibilidade coloca os executivos com o pé no chão quando iniciar o processo de planejamento estratégico (OLIVEIRA, 2007). Naturalmente, o executivo deve ter as condições básicas para fazer as adaptações necessárias ao desenvolvimento do processo de acordo com qualquer das outras possibilidades. 43 “Quando analisamos o aspecto realístico dos objetivos, que estes devem surgir de uma análise das oportunidades e dos recursos da empresa, e não de pensamento e desejos” (KOTLER, 1980, p.79 apud OLIVEIRA, 2007, p.41). 2.6.1 Diagnóstico estratégico Nesta fase do processo também podemos denominar de auditoria de posição, onde se deve determinar como se está. Está fase deve ser realizada por pessoas representativas de várias informações, que irão analisar e verificar todos os aspectos importantes para a empresa a realidade externa e interna (OLIVEIRA, 2007). Análise externa verificamos nesta etapa as ameaças e oportunidades que estão inseridos no ambiente da empresa, as quais as melhores formas de usufruir desta situação, devemos olhar para fora da empresa e analisar o ambiente suas oportunidades e ameaças dos quais podemos destacar (OLIVEIRA, 2007): Mercado Nacional e regional; Mercado internacional; Evolução tecnológica; Fornecedor; Mercado financeiro; Aspectos socioeconômicos e culturais; Aspectos políticos; Entidade de classe; Órgãos governamentais; Mercado de mão-de-obra; e Concorrentes. Embora informações detalhadas sobre as atividades da empresa e seus recursos possam ser de considerável importância para alta administração em exercer controle sobre o desempenho, elas são de valor limitado para o planejamento das reações da empresa ás questões estratégico. Em tais casos, o que a alta administração realmente precisa é de informações detalhadas sobre o ambiente externo. (THOMAS, 1974, p.25 apud OLIVEIRA, 2007 p.45). Ambiente direto representa o conjunto de fatores que a empresa tem condições não apenas de identificar, e avaliar de forma efetiva o grau de influência recebido e proporcional (OLIVEIRA, 2007). 44 Ambiente indireto representa o conjunto dos fatores através dos quais a empresa identificou, mas não tem condições no momento de avaliar ou medir o grau de influência entre as partes (OLIVEIRA, 2007). Análise Interna, nesta etapa verifica-se os pontos fortes, fracos e neutros da empresa. Os pontos neutros devem ser considerados na análise interna, não á como prever se estes pontos estão beneficiando ou prejudicando o desempenho da empresa, tendo a empresa como um sistema é necessário avaliar suas partes considerando sempre o necessário e por um determinado período de tempo (OLIVEIRA, 2007). Análise dos concorrentes na realidade esta etapa é uma das partes de uma análise externa, no entanto seu tratamento deve ser detalhado, por que no resultado final irá identificar as vantagens competitivas da própria empresa e dos seus concorrentes (OLIVEIRA, 2007). 2.6.2 Missão, Visão e Valores A grande maioria das empresas ao serem criadas possui claramente uma missão e de acordo com Kotler (2006), esta missão pode sofrer alterações durante a existência da organização para que melhor possa se adequar aos propósitos empresariais. A missão de um modo geral torna-se a razão de ser da organização para Tavares (1991) acaba influenciando também as decisões estratégicas e as do dia-adia definido objetivos para a empresa. Na missão destacamos a razão de ser da empresa, bem como seu posicionamento estratégico de acordo com Oliveira (2007), buscamos determinar qual o negócio da empresa o porquê de sua existência, e quais os tipos de atividades a empresa deverá concentrar-se no futuro procurando responder a perguntas básicas. Onde se que chegar com a empresa? E quais necessidades e expectativas do mercado que a empresa pretende atender? A missão “é uma forma de traduzir determinado sistema de Valores e crenças em termos de negócio e áreas básicas de atuação, considerando as tradições e crenças da empresa” (OLIVEIRA, 2007, p.107). 45 Salienta-se que a alteração da missão da empresa pode causar conseqüências positivas ou negativas, em toda a estrutura organizacional. A missão exerce uma função orientadora para delimitar a ação empresarial (OLIVEIRA, 2007). Visões neste aspecto consideraram como o limite que os principais responsáveis pela empresa conseguem analisar dentro de um período de tempo, mais longo e uma abordagem mais ampla representa o que a empresa quer em um futuro mais próximo ou distante (OLIVEIRA, 2007). Valores representam um conjunto de princípios, crenças e questões éticas fundamentais de uma empresa, bem como o fornecimento de sustentabilidade a todas as decisões (OLIVEIRA, 2007). 2.6.2.1 Propósito São normalmente compromissos que a empresa assumiu, para cumprir sua missão, representando a área de atuação selecionadas no contexto da missão estabelecida e aceita por seus acionistas e executivos como desejáveis e possíveis (OLIVEIRA, 2007). “A missão da empresa deve ser definida em termos amplos, tal como de satisfazer a alguma necessidade do ambiente externo, e não ser colocada em termos de oferecer algum produto ou serviço.” (KOTLER, 1980, p.63 apud OLIVEIRA 2007 p.111). Oliveira (2007), fala que a criatividade do executivo torne-se um fato fundamental para o desenvolvimento da missão, são pessoas que possuem uma alta emergência de idéias, persistindo na inovação conseguem formular ótimas missões empresarias estando adequadas a realidade da empresa. 2.7 Planejamento estratégico O planejamento de acordo com Certo (2003) é o processo de determinar como a organização pode chegar aos seus objetivos e onde pretende chegar, qual procedimento utilizará para atender suas expectativas de mercado sendo um sistema de programas de ação destinados aos seus objetivos. 46 Para Certo (2003), o planejamento é uma atividade gerencial independente do tipo de empresa, os gerentes modernos enfrentam o desafio de realizar o planejamento de forma sólida e eficaz que pode ser em grandes ou pequenas empresas sendo que na pequena é algo menos complexo já nas grandes torna-se mais complexo dado o grande numero de informações que devem ser analisadas. Almeida (2003) comenta sobre a importância do planejamento estratégico nas empresas, sendo uma técnica administrativa que procura ordenar as idéias de forma eficaz, trazendo a forma que a estratégia deve ser seguida para que não haja desperdícios em esforços, assim a organização caminha na direção pretendida. De acordo com Rasmussen (1993), o planejamento estratégico é a ferramenta primordial que a alta gestão de empresas possui, ao final do século XX, para que sejam obtidas vantagens sobre seus concorrentes e conseguindo identificar ameaças e oportunidades no seu macro ambiente operacional. Considerando que o macro ambiente possui turbulências Rasmussen (1993), aborda que as tecnologias e produtos entram em um processo de maturidade, assumindo um comportamento extremamente dinâmico e que as oportunidades de mercado devem ser previstas com antecipação e o planejamento estratégico tornou-se um sistema de gestão ao final do século XX, sendo sem dúvida a única forma com a qual uma gestão realizar suas oportunidades. Para Oliveira (2007), o planejamento estratégico é uma administração voltada para o futuro no qual de forma estruturada, sistêmica e intuitiva, consolidamos um conjunto de princípios, normas e funções para alavancar de forma harmoniosa o planejamento realizado, e posterior controle perante os fatores ambientais bem como os recursos organizacionais. Oliveira (2007) enfatiza que o planejamento é uma metodologia administrativa que permite estabelecer a direção a ser seguida pela empresa, visando um grande grau de interação com os ambientes internos e externos. O planejamento deve considerar toda a empresa e não apenas alguns setores e neste contexto pode-se considerado inadequado um planejamento estratégico só de Marketing, Recursos Humanos, Produção ou qualquer área separa da organização um planejamento de uma área da empresa é algo tático e não estratégico. Assim não adianta chegar cedo e sair tarde, matando-se de trabalhar se o negócio não traz retorno, é preciso saber dirigir os esforços de forma consistente, 47 existem pessoas que não deveriam nem sair de casa por não serem eficazes no seu negócio (ALMEIDA, 2003). As técnicas de planejamento estratégico “não vão identificar um milagre, mas apenas mostrar como estruturar as ações, para que sejam dirigidas para o resultado” (ALMEIDA, 2003). Para que não haja uma descontinuidade no estabelecimento de estratégias é necessário que saibamos qual a estratégia a empresa vem utilizando, e sempre estar implementando sem que haja uma mudança muito drástica no que já está estipulado anteriormente (ALMEIDA, 2003). De acordo com Certo (2003), os autores de administração têm dado vários enfoques ao planejamento estratégico como o clássico C.W Roney que indica dois caminhos ao planejamento, o protetor e o afirmativo. O objetivo protetor consiste em minimizar riscos, já o afirmativo consiste em aumentar o grau do sucesso organizacional. A estratégia é o caminho que a empresa deve seguir, sendo que podemos considerar a decisão mais estratégica quando tornar-se difícil voltar atrás do que já esta estipulado, tendo uma grande interferência na empresa como um todo. (ALMEIDA, 2003). O objetivo é a concretização da estratégia, destinados a no qual a empresa quer chegar com números e datas já estabelecidas pela estratégia, reforçamos que a meta é uma segmentação dos objetivos e em aspectos quantitativos tem uma maior relevância, sendo mais preciso em datas e valores, sendo mais próximo que o objetivo. (ALMEIDA, 2003). Na verdade, quase sempre foi o pessoal do planejamento que tentou distinguir metas de estratégias (...), mas ninguém ficou muito encorajado quando um autor proeminente como Ansoff (1965) incluiu „expansão de linha de produtos e fusões‟ em sua lista de objetivos, e Peter Lorange (1980), quase igualmente proeminente nesta escola, usou a palavra objetivos querendo dizer estratégias. (MINTZBERG, 2000 p.45 apud ALMEIDA 2003 p.30). Um programa eficaz de planejamento traz benefícios de acordo com Certo (2003), primeiramente ajuda os gerentes a se orientarem para o futuro, sendo obrigados a terem uma visão elem de problemas diários do cotidiano, em segundo lugar melhora a coordenação das decisões, ou seja, nenhuma decisão deve ser tomada hoje sem verificar com afetará o futura a curto prazo, e o terceiro enfatizar os objetivos organizacionais no qual os gerentes tomam como ponto de partida o 48 plano e são lembrados sempre que consultam o que a empresa está tentando realizar. De acordo com Porter (1980), o conjunto de forças pode estar aparentemente para todos os concorrentes, sendo que a chave para o desenvolvimento de um planejamento estratégico é pesquisar em maior profundidade as fontes de todas as forças, sendo que o conhecimento destas forças e da pressão competitiva coloca em destaque os pontos fortes e fracos, esclarecendo. 2.8 Estratégias genéricas Esta classificação geral das estratégias empresariais é de elevada contribuição no estudo dos negócios atuais e futuros da empresa, pois ajudam no delineamento dos grandes resultados da empresa (OLIVEIRA, 2007). Para Mintzberg, Quinn e Ghoshalm (2006), as estratégias genéricas podem ser duas: Estratégia de Diferenciação e Escopo, em que a primeira visa ser extensiva, buscando o que a empresa tem distintamente com o mercado, e como isto é percebido pelos clientes, já segunda tem o âmbito de ser menos extensiva, visando identificar qual mercado e empresas estão sendo buscados pela organização 2.8.1 Três estratégias genéricas As estratégias genéricas são métodos para superar os concorrentes, em algumas indústrias a estrutura indica que todas as empresas podem obter altos retornos em outras uma estratégica genérica pode ser necessário apenas para obter retornos aceitáveis em sentido absoluto (PORTER, 1997). 2.8.1.1 Liderança no custo total Consiste em atingir a liderança no custo total em uma empresa através de um conjunto de políticas funcionais orientadas para este objetivo básico. Está liderança exige a construção agressiva de instalações em escala eficiente, é uma 49 perseguição implacável de redução de custos pela experiência comum controle rígido das despesas gerais, é a intensa atenção administrativa ao controle dos custos para atingir as metas, o custo menor em relação aos concorrentes torna-se o foco principal (PORTER, 1997). 2.8.1.2 Diferenciação A segunda estratégia é a diferenciação do produto ou serviço, no qual a empresa deve criar algo que seja único. O método para esta diferenciação pode assumir muitas formas: projeto ou imagem da marca, tecnologia, peculiaridade, serviço sobre encomenda, rede de fornecedores ou outras formas que a empresa possa ser diferenciada em varias dimensões (PORTER, 1997). Devemos ressaltar que a estratégia de diferenciação, não permite que a empresa ignore os custos, mas ele não é o alvo principal (PORTER, 1997). 2.8.1.3 Enfoque A última estratégia genérica que citaremos é enfoque, em que visa focar um determinado grupo de compradores que possam ser de uma linha de produtos, muito embora a estratégia de diferenciação e baixo custo visem toda a indústria. Na estratégia de enfoque visamos uma determinada área que será o alvo para desenvolver o projeto para a organização (PORTER, 1997). Quando a empresa consegue desenvolver com sucesso a estratégia de enfoque, pode obter retornos acima dos esperados pela média. O enfoque bem desenvolvido é significado de uma posição de baixo custo, obtendo assim uma diferenciação em relação a sua concorrência (PORTER, 1997). Podemos verificar a diferença entre as três estratégias no quadro abaixo: 50 VANTAGEM ESTRATÉGICA Alvo estratégico No Âmbito de toda a indústria Apenas um segmento particular Unicidade Observada pelo cliente DIFERENCIAÇÃO ENFOQUE Posição de baixo custo LIDERANÇA NO CUSTO TOTAL Quadro 7 Fonte: Adaptado de Porter (1997) 2.8.2 Risco das estratégias genéricas Fundamentalmente os riscos das estratégias genéricas são dois, sendo que primeiro está relacionado com a falha ao alcançar ou sustentar a estratégia, e o segundo tem relação com o fato de que a estratégia esta desgastada em relação com a evolução que a empresa obteve nos últimos anos, as estratégias genéricas são realizadas para diferentes tipos de defesa empresarial, contra as forças competitivas. O importante é deixar este risco explicito, de modo que melhore a perspectiva da empresa sobre cada uma das estratégias genéricas (PORTER, 1997). 2.9 Análise do ambiente e fatores que influenciam na decisão Para Rasmussen (1990), estabelecer uma visão do comportamento do macro ambiente operacional da empresa é o caminho para formulação das metas e objetivos da organização, deve ser analisada a estrutura interna da empresa para que sejam definidos os limites psicológicos e físicos, identificando os pontos fortes e fracos do empreendimento, para que não sejam superdimensionadas as metas e objetivos a serem elaborados para a formulação do planejamento estratégico. A análise do ambiente externo (concorrentes) para Rasmusen (1990) é pouco profunda, porque são poucas as empresas que a executam para entender seus concorrentes sua cultura comportamental e o eventual tamanho da ameaça gerada para a organização, e sem dúvida os concorrentes são os maiores impactantes pelas ações que a empresa adota. Técnicas de monitoramento de acordo com Ansoff e Mc Donell (1993) podem ser encaradas como um filtro no qual a informação do ambiente possa chegar até a empresa durante sua trajetória, a discussão sobre a escolha do 51 monitoramento externo deve ser de grande importância, ao tomar uma decisão incorreta pode levar a empresa uma retração dos objetivos. Para Almeida (2003), analisar o ambiente é a etapa mais importante do planejamento estratégico, é quando a empresa pode alcançar a eficácia pela descoberta de oportunidades e ameaças existentes no mercado atual para a organização. O ambiente de uma organização são fatores onde ela não tem controle, e acabam influenciando o seu desempenho no mercado, sem que ela possa fazer algo para mudar tais fatores (ALMEIDA, 2003). Aos deslocar as atenções para o ambiente Ansoff (1983), aborda a questão de que firmas de negócios como inquietas, e sempre buscam agressivamente a maximização dos lucros, já empresas sem fins lucrativos são mais passivas movendo-se a medida dos acontecimentos. Já na analise dos ambientes internos são considerados fatores onde a empresa possui influencia e pode no decorrer de um período mudar a situação em que se encontra, visando o futuro da organização (ALMEIDA, 2003). A comparação entre a análise dos aspectos internos e do ambiente pode ser notada no quadro abaixo: O que se procura Horizonte de analisado Produto Ação ASPECTOS INTERNOS Eficiência tempo Presente AMBIENTE Eficácia Futuro Pontos fortes e fracos Oportunidades e ameaças A ação só depende da A entidade deverá própria entidade adaptar-se ao futuro do ambiente Como será montada a Procurar-se tirar Procurar-se aproveitar as estratégia vantagem dos pontos oportunidades e evitar as fortes e reduzir os pontos ameaças fracos Quadro 8 – Aspectos internos e ambiente Fonte: Adaptado de Almeida (2003). Para a coleta de dados Almeida (2003), coloca que é necessário que as informações sejam coletadas de forma bem orientada afim de não se perder diante de uma imensidão de informações, e deve ser feita em duas etapas. Sendo a primeira é um repensar da organização inicialmente a localização e posteriormente a 52 sua atividade para garantir um futuro favorável, para a segunda etapa buscamos o ambiente propriamente dito em que ela opera. Para Ansoff e McDonnell (1993), à medida que os administradores conseguem responder aos estímulos ambientais, surgem os êxitos e os malogros. Que com o passar do tempo acabam criando uma convicção na mente do administrador os êxitos são as coisas que “funcionam” já os malogros levam a convicção das coisas que “não funcionam”, a união destes dois grupos faz muitos administradores tomarem decisões usando tais modelos em seu trabalho diário, sem programá-los em um programa de computador ou ter por escrito. De acordo com Ansoff e McDonnel (1993), este modelo é essencial para administrar em um ambiente complexo e dinâmico, ou seja, ao deparar-se com uma situação adversa usa este modelo para selecionar respostas apropriadas para a ocasião, reagindo prontamente. Já um administrador inexperiente acaba ficando envolto pelo volume de informações recebido sem saber qual o caminho mais seguro a ser percorrido. 2.9.1 Ambiente de um setor de atividade Quanto ao setor de atividade Porter (1989 apud Almeida 2003), discute como a vantagem competitiva das indústrias ou o ramo de atividade, devemos levar em conta os seguintes conceitos: O poder dos clientes e fornecedores O nível de saturação da concorrência A facilidade de entrada de novos concorrentes A facilidade de entrada de produtos ou serviços substitutos O nível de interferência do governo De acordo com Rasmussen (1993), depois de ser realizado um diagnóstico do macro ambiente, podemos estabelecer a qualificação e o posicionamento da própria empresa no mercado para formar um conceito de adequação do planejamento estratégico ou podem ocorrer conceitos de reestruturação e o posicionamento da empresa. O ambiente de ação direta de acordo com Stoner e Freeman (1994) é composto pelos stakeholders que são os indivíduos que são diretamente ou 53 indiretamente afetados pela organização de um modo geral, no qual os stakeholders externos que podemos considerar os consumidores, sindicatos, fornecedores, competidores, grupos com interesse especiais e órgãos governamentais. Já os stakeholders internos podem incluir empregados e acionistas. 2.9.2 Monitoramento do ambiente como filtro de informação De acordo com Stoner e Freeman (1994), para monitorar o ambiente externo e seus efeitos nas organizações devemos considerar que as organizações não são auto-suficientes nem independentes. De fato elas trocam recursos com o ambiente externo, a definição de ambiente externo como o conjunto de elementos fora da organização que são necessários para operações como insumos que captam matéria prima, dinheiro, mão de obra e energia. Que a empresa coloca no mercado como produtos ou serviços para o ambiente externo. Para Ansoff e Mc Donnell (1993), a segmentação do ambiente é a determinação para o desempenho do futuro da organização, sendo que ela está disponível no ambiente para os competidores bem sucedidos, no inicio do planejamento estratégico descobriu-se que o sistema extrapolativo que tem como base informações contábeis, que são tipicamente encontradas nas empresas, sendo inadequados e incorretos em ambientes turbulentos para realizar as previsões. Em conseqüência disso foram desenvolvidas várias técnicas de previsões e análise ambiental que são voltadas para ambientes não lineares, para ambientes que são complexos e imprevisíveis no futuro. 2.10 Monitoramentos do ambiente empresarial Um dos principais debates atuais na área de estratégia está relacionado com a importância do monitoramento ambiental, cujo entendimento que proporciona das forças ambientais o tem levado a ser considerado um dos principais modos de aprendizagem organizacional (ANALOUI; KARAMI 2002 apud CANCELLIER; ALMEIDA; ESTRADA; 2005). 54 Por outro lado, podemos ressaltar que as pequenas empresas apresentam uma alta taxa de mortalidade e muitas delas fecham as portas antes de completar os primeiros anos de vida, sendo a falta de capital de giro, a falta de clientes, os problemas financeiros, os maus pagadores, a recessão econômica e a falta de crédito bancário os principais problemas enfrentados pelas pequenas empresas (GRACIOSO, 1995; SEBRAE, 2004 apud CANCELLIER; ALMEIDA; ESTRADA; 2005). Neste sentido, Nerone (1997) apud Cancellier, Almeida, Estrada, (2005) apresenta uma pesquisa em que a principal causa da taxa de falência de pequenas empresas reside na incompetência em empregar técnicas básicas de monitoramento de ambiente. Uma menor atividade de monitoramento pode colocar as pequenas empresas em uma desvantagem de informação e conseqüentemente em desvantagem competitiva em relação aos competidores, especialmente as empresas maiores. (STRANDHOLM; KUMAR, 2003 apud CANCELLIER, ALMEIDA, ESTRADA, 2005). 2.11 Análise S.W.O.T Todos os modelos de análise de uma organização de acordo com Fernandes e Berton (2005) e também Dias (2004), desembocam no que a literatura em administração estratégica vem chamando de análise S.W.O.T que vem do inglês strengths (forças), Weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças). Esses conceitos resumem os principais aspectos do ambiente organizacional e as capacidades da empresa que têm maior impacto para o desenvolvimento. Para Fernandes e Berton (2005), uma maneira de conceber de forma fácil a análise S.W.O.T é em uma tabela onde, na primeira linha abordar os principais fatores ambientais que afetam o negócio, resgatando e sintetizando todos os pontos analisados, na primeira colona listar as principais forças e fraquezas da organização iniciando pelas forças dando conseqüência as fraquezas e na seqüência assinalando como essas forças e fraquezas interage com os fatores ambientais. 55 Figura 1 – Análise S.W.O.T FONTE: Adaptado de Fernandes e Berton (2005) De acordo com Ansoff e McDonnell (1993), um enfoque que vêm tornandose popular nos Estados Unidos, busca identificar os pontos fortes e fracos da organização seu enfoque visa identificar ameaças e oportunidades decorrentes dos pontos forte e fracos tradicionais na empresa. Para Andoff e McDonnell (1993), o enfoque S.W.O.T visa uma série de decisão quanto às oportunidades que serão aproveitadas e quais ameaças serão enfrentadas e os pontos fracos que serão dados ênfase para serem melhorados. 56 Figura 2 – Analise S.W.O.T origem do fator Fonte: Adaptado de Berton (2005) Para realizar a análise do ambiente interno é preciso estar atento oportunidades do ambiente de acordo com Kotler (1998) é preciso ter competência para aproveitar estas oportunidades sendo assim torna-se necessário a avaliação periódica das forças e fraquezas organizacionais para cada tipo de negócio. 2.12 Instrumentos prescritivos e quantitativos De acordo com Costa (2002) todo planejamento deve ter explicitamente seus fundamentos pelos quais estão sendo realizado, no qual devem estar ligados no cenário previsível e suas premissas básicas e ao ambiente externo e interno sob os quais o plano foi construído. 2.12.1 Objetivos e Metas Para Costa (2002) para utilizar o planejamento estratégico devemos buscar desafios, objetivos e metas que devem der atingidos ao longo do tempo em que foi planejado, fortalecendo os alvos que a organização pretende atingir. Os objetivos e metas de acordo com Costa (2002) são parâmetros-chave, qualitativos ou quantitativos, que se pretende atingir em um determinado tempo. E devem ser observáveis e verificáveis é necessário saber como estão às metas e objetivos sendo medidas e verificadas regularmente, confrontar se os objetivos e 57 metas previamente combinados será cumprido ou superado, caso isso não ocorra saber qual o motivo que levou a não atingir tais objetivos. De acordo com Costa (2002) as metas podem ter um caráter qualitativo alternativamente desde que possam ser verificáveis, quando um período de tempo for longo para implementação da estratégia e as mudanças planejadas são substanciais, devemos fazer a determinação de uma ou mais metas intermediárias para permitir um melhor acompanhamento no longo prazo. O estabelecimento de objetivos de acordo com Oliveira (2007) é o desafio básico para qualquer ramo de atividade, no qual não se sabendo aonde a empresa quer chegar qualquer caminho servirá. Para Oliveira (2007) o estabelecimento de objetivos e desafios é o primeiro passo prescritivo para que possamos construir um planejamento estratégico, podemos citar como objetivo sendo o resultado que no futuro a organização pretende chegar, relacionando com tudo que tenha a obtenção de um resultado final. A definição de desafio de acordo com Oliveira (2007) é a quantificação de prazos definidos e do objetivo estabelecido, para alcançarmos um desafio precisamos de empenho, e antes que os gestores passem para seus colaboradores é preciso verificar se o desafio está claro, perfeitamente divulgado, entendido e aceito pelos que terão a incumbência de desenvolvê-los. Para Oliveira (2007) os objetivos são sempre estabelecidos a partir de anseios humanos quanto à situação que no futuro satisfaça esses anseios, é preciso salientar que um objetivo para ser alcançado é preciso que o indivíduo disponha de um conjunto de meios, que a aplicação o conduza aos objetivos já estabelecidos pela organização. 2.12.1.1 Importância dos objetivos Para Oliveira (2007) uma pessoa pode admitir imediatamente que os objetivos são importantes, contudo será necessário que estas sejam analisadas em o nível de profundidade que será feita está analise. Devemos pensar no inúmero desperdício das decisões que são tomadas todos os dias que deveriam ter sidas analisadas de forma melhor se os objetivos desejados fossem claros para o tomador das decisões. 58 Esta situação está muito relacionada ao não envolvimento dos gestores com os objetivos, muitos gestores acabam em contradições e costuma a esquecer que estes objetivos permitem não somente guiar as ações estratégicas, mas também estimulá-las (OLIVEIRA 2007). Uma empresa que não está em um momento de lucratividade de acordo com Oliveira (2007) pode buscar como seu objetivo a redução de custos, podendo com mais chances procurarem sua sobrevivência perante o mercado, portando podemos afirmar que os objetivos e desafios de uma empresa, nem sempre o maior é o melhor. 2.13 Projetos e planos de ação Para Costa (2005), um projeto é um conjunto de elementos bem definidos que visa preencher lacunas, cruzando toda a organização para efeito de detalhamento, implantação, acompanhamento e avaliação. Sendo este um conjunto de atividades interligadas com data de inicio e termino já predefinidas. O projeto é uma fase de ligação entre os planos, quantitativos e os prescritivos por que de acordo com Oliveira (2001), é através dos projetos que alocamos recursos ao longo do tempo, sendo compatibilizado pelo planejamento orçamentário que é desenvolvido pelo planejamento quantitativo. Oliveira (2001) enfatiza que os instrumentos quantitativos são os orçamentos econômicos e financeiros, que deve ser integrado no dia-a-dia da empresa corresponde ao planejamento operacional, e a partir das metodologias utilizadas que as decisões estratégicas começam a fazer parte da realidade diária da empresa. Um plano de ação para Tiffany e Peterson (1999), é a descrição de como será colocado em pratica o planejamento estratégico da empresa no qual deve conter suas principais características como mudanças a serem realizadas e possíveis habilidades que os gerentes e funcionários precisem adquirir para que o planejamento estratégico seja colocado em prática. Um dos aspectos mais importantes para efetivação dos planejamentos estratégicos e táticos com o operacional de acordo com Oliveira (2001) é também no que se refere à estrutura organizacional por ser uma interligação entre o projeto e o plano de ação. 59 O plano de ação de acordo com Nogueira (1999), bem elaborado e executado pode obter resultados mais concretos do que as reuniões em que muitas críticas aparecem e não acaba sendo resolvida dada sua complexidade, o plano de ação visa o melhoramento destes e outros processos. Um verdadeiro planejamento estratégico para Costa (2005), não está completo se não existir um plano de ação, pelo menos o que se refere às estratégias competitivas, sendo que para cada objetivo ou meta deve existir um plano de ação que seja específico para assegurar que as ações e os passos necessários possam ser realizados e acompanhados por pessoas previamente qualificadas. ESTRATÉGIAS OBJETIVOS E METAS PLANOS DE AÇÃO Quadro 9 – O plano de ação FONTE: Adaptado de Costa (2005) 2.13.1 Fases de um projeto Um projeto envolve duas grandes fases que de acordo com Oliveira (2001) são sua caracterização e a execução alguns elementos que devem ser analisados: - identificação do problema alvo; - análise do ambiente do projeto; - definição dos Objetivos, desafios e metas a serem alcançados; - definição dos critérios e parâmetros de avaliação do projeto; - elaboração dos estudos de viabilidade necessários; - negociação e definição dos recursos necessários; - identificação da equipe de trabalho; - programação e alocação dos recursos; e - elaboração do manual do projeto. No final destas fases já se tem o plano de execução formado, mas de acordo com Oliveira (2001) na execução também existem alguns aspectos que devem ser considerados: - utilização de recursos disponíveis de acordo com o programado; 60 - supervisão da equipe de trabalho; - acompanhamento e controle das atividades; e - avaliação final do trabalho executado. Durante toda a execução Oliveira (2001) destaca que devem ser realizados relatórios informativos sobre os trabalhos executados, para que ao final possamos ter uma avaliação geral do projeto. 2.13.2 Características de um projeto de sucesso Para Oliveira (2001) existem algumas características identificadas em projetos que são realizados com sucesso nas empresas dentre elas estão: - cumprimento dos prazos previstos; - enquadramento aos custos preestabelecidos; - cumprimento do equilíbrio financeiro durante e após a conclusão; - manutenção do equilíbrio funcional nas atividades da empresa; e - aumento ou manutenção da rentabilidade normal da empresa. 2.14 5W2H Para Postai et al (2006) a ferramenta 5w2h é muito utilizada quando se pretende implantar ou planejar um processo ou procedimento, permitindo entender e definir o processo após a resposta de 7 perguntas 1. What: o que deverá ser feito? – Identificar o objeto; 2. Why: por quê?; 3. Who: Quem deverá fazer? – Identificar o executante; 4. When: quando é feito? – Identificar a temporalidade; 5. Where: onde é feito? – Identificar o local; 6. How: como deverá ser feito? – Identificar o como fazer, a seqüência; 7. How Much: quanto custará? 61 Figura 4 Fonte: www.ciclocapd.com.br Esta figura pode-se perceber como é realizado o plano de ação 5w2h em que realiza-se um procedimento para o projeto e as estratégias. 62 3. DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO Este capítulo abordará o desenvolvimento da pesquisa de campo, bem como a caracterização da empresa. 3.1 Caracterização da empresa O Supermercado Gonçalves empresa de Marlene Couto Gonçalves ME inscrita sob o CNPJ n - 79. 400.875/0001-30 situado a Rua Orlando Ferreira n-496, no bairro Machados na cidade de Navegantes, foi fundado em 15 de Setembro de 1986 por Marlene Couto Gonçalves. Quando foi fundado possuía cerca de 63 mt², uma pequena empresa que funcionava como Armazém Gonçalves, com o passar dos anos o negócio foi crescendo, sendo que na média, a cada quatro anos a empresa buscou sempre poder realizar uma ampliação interna de seu espaço físico para que fosse adequado ao seu crescimento, no inicio de suas atividades somente dois funcionários faziam parte do seu quadro de colaboradores. Atualmente a empresa possui cerca de 700 mt² e empregam 12 colaboradores diretos, a empresa busca sempre estar atualizada com o mercado e atualmente funciona um posto de atendimento bancário para que os clientes realizem pagamento de suas contas de consumo, com a parceria a empresa também consegue aumentar seu ticket médio de pessoas que passam pela loja. Para assegurar o recebimento de suas vendas a prazo realizou uma parceria com o Tribanco para que os clientes façam o cartão de crédito que é exclusivo para a empresa o “Cartão Gonçalves” assim consegue garantir seu fluxo de caixa e podem proporcionar crédito aos clientes que buscam realizar suas compras com prazo para pagamento. A empresa realiza as entregas com veículos próprios para garantir uma melhor satisfação do cliente, assim à empresa observa também um maior controle do tempo que o cliente leva para ter em casa a sua compra, no qual espera ser o menor possível. 63 Foto 1 – Fachada do supermercado FONTE: Dados da empresa Foto 2 – Foto aérea do supermercado FONTE: Dados da empresa 3.1.1 Missão, Visão e Valores A empresa possui a missão de “vender produtos de qualidade que satisfaçam o interesse dos clientes com o melhor preço.” 64 Sua visão é “expandir seus negócios através da excelência no atendimento aos clientes internos e externos, visando à liderança no seguimento em que está inserida”. Seus valores são: Excelência - no atendimento, Honestidade - com seus stakeholders, Comprometimento - com o resultado, Integração - com a comunidade local, Prazer em servir - seus clientes. 3.1.2 Estrutura Organizacional Possui uma estrutura simples e enxuta, que é a mais adequada aos interesses da organização sendo que na empresa trabalham todos que fazem parte diretamente da família, sendo pai, mãe, filhos e os colaboradores. DIRETORA Gerente Administrativo Supervisor Administrativo Conferente Caixas Açougueiros Repositores Balconista Faxineira Motorista Ajudante Geral Figura 4 – Organograma Fonte: Dados da empresa Todos os integrantes da família trabalham na empresa, e possuem tarefas distintas, assim todos agregam valor à empresa de forma segura aos interesses organizacionais, para os demais colaboradores cada um tem sua função sendo que 65 a estrutura permite que todos possam ser independentes ao executar sua tarefa dentro das diretrizes imposta pela gerência. O quadro de funcionários da empresa Marlene Couto Gonçalves ME até a presente data é 12 sendo que cinco são familiares e 7 são colaboradores contratados pela gerência para desenvolver as atividades da empresa. 3.1.3 Produtos comercializados A empresa está inserida no varejo alimentar, e seus produtos são categorizados como higiene e limpeza, cereais, hortifruti e granjeiros, açougue, material escolar, bebidas, enlatados, utilidades domésticas, doces e balas, massas, congelados, margarinas, brinquedos, toalhas, edredons, conservas, frios e lacticínios, doces, sobremesas entre outros. 3.1.4 Principais Clientes Tem como seus principais clientes moradores da cidade de Navegantes, com maior ênfase nos bairros Machados, Nossa Senhora das Graças, Jardim Paranaense, Porto das Balsas, São Domingos II, São Paulo, Escalvados, Porto de Escalvados, Carvão e Pedra de Amolar. 3.1.5 Principais Fornecedores Devido à vasta gama de produtos que o supermercado possui, também acaba possuindo uma grande quantidade de fornecedores, seja de produtos perecíveis ou não perecíveis, dos quais podemos destacar: FORNECEDOR CATEGORIA FORNECIDA Atacadista Aldri Higiene e limpeza Atacadista Muller Gênero alimentício Atacadista Zomer Enlatados Atacadista Muffatão Gênero alimentício Atacadista Super Muffatão Gênero alimentício Atacadista Kretzer Higiene e limpeza 66 Atacadista Drial Doces e sobremesas Cocamar Industrial e Comércio Óleo de soja Perdigão Industrial e Comércio Frios e congelados Bunge Industrial e Comércio Margarinas e óleo Diplomata Industrial e Comércio Carne de frango Frigorífico Gesser Carne bovina Frigorífico RC Carne bovina Líder Alimentos Frios e laticínios WCJ enxovais Toalhas e edredons Usina Da Barra Doces, sobremesa e açúcar Beneficiamento Beija-Flor Grãos “arroz” Campeiro Industrial e Comércio Grãos “arroz” Ninfa Industrial e Comércio Biscoitos Zadimel Industrial e Comércio Biscoitos Elmo Brinquedos e material escolar Martins Gênero alimentício Zavaski Industrial e Comércio Higiene e limpeza Moinho Jaraguá Grãos “feijão” Vonpar refrescos S/A Bebidas Rosane Industrial e Comércio Massas Sasse Industrial e Comércio Café Armarinhos Paraná distribuidora Utilidades domésticas Quadro 10 – Lista de Fornecedores FONTE: Dados secundários da empresa Os hortifruti e granjeiros são comprados diretamente no CEASA de Florianópolis uma vez por semana, e dentre os atacadista a empresa destaca como principal fornecedor o Muffatão de Joinville por ser uma empresa quem possui os melhores preços e prazos de acordo com os gestores da empresa. Os gestores buscam sempre comprar com o melhor preço e para que isto ocorra geralmente realizam mesa redonda, no qual os fornecedores são postos frente a frente para ficar fácil a identificação do melhor preço sendo que isto não ocorre normalmente, somente em situações em que a empresa espera comprar um volume maior de mercadorias. 67 3.1.6 Principais Concorrentes A empresa possui muitos concorrentes no seguimento em que atua o varejo alimentar, enfatizamos o fato que as empresas não estão muito distante uma das outras e acaba ocorrendo uma forte concorrência para atingir o consumidor, dentre os concorrentes podemos destacar: CONCORRENTES ENDEREÇO Rede Top Supermercados José Francisco Laurindo Supermercado Glória Aníbal Gaya Supermercados Mano Rude I Orlando Ferreira Supermercados Mano Rude II José Francisco Laurindo Supermercado Naveguy João Gaya Supermercado Vanderson Raulino Couto Supermercado Vila Verde Santos Dumom Quadro 11 – Principais concorrentes na cidade FONTE: Dados da empresa Sendo que a empresa destaca como principais concorrentes os supermercados Mano Rude e a Rede Top de supermercados por estar mais próximo da empresa e acabam tornando-se concorrentes diretos. 3.2 Resultado da Pesquisa Esta pesquisa visou buscar alternativas e sugestões de controles e procedimentos para que as estratégias do supermercado Gonçalves possam ser alcançadas. 3.2.1 Identificação do perfil dos Clientes A pesquisa contemplou o perfil dos clientes do supermercado Gonçalves que possuem o cartão da empresa. 68 3.2.1.1 Sexo dos clientes No gráfico a seguir pode-se visualizar percentual de homens e mulheres que realizam suas compras no supermercado. 46% 54% Gráfico 01 – Classificação por sexo Fonte: Dados primários da pesquisa Pelo resultado gráfico acima, pode-se perceber que no item sexo os homens são maioria correspondente a 54% dos sujeitos entrevistados e 46% são do sexo feminino. Esta questão pode ter ocorrido, em decorrência do cadastro dos cartões de crédito estar na grande maioria em nome do marido. 3.2.1.2 Idade dos Clientes Neste indicador foi demonstrada a faixa etária dos supermercado, em relação amostra (cadastro no cartão de crédito). Gráfico 02 – Idade dos cliente Fonte: Dados primários da pesquisa clientes do 69 Neste item noto-se que as maiorias dos clientes estão na faixa etária de idade entre 26 e 45 anos que corresponde a 54% dos clientes. Esta informação é muito importante para a empresa, pois poderá direcionar algumas estratégias para este público-alvo. 3.2.1.3 Grau de escolaridade Neste item foi demonstrado qual o grau de escolaridade entre os clientes. 44% 45% 40% 35% 1º Incompleto 30% 2º incompleto 1º Completo 25% 17% 20% 17% 2º Completo 13% 15% Superior Incompleto 8% Superior Completo 10% 5% 0% 0% 1 Gráfico 03 – Grau de escolaridade Fonte: Dados primários da pesquisa Notou-se que no item escolaridade, grande percentual dos clientes não completou o 1º grau sendo representado por 44% da amostra entrevistada. 3.2.1.4 Renda familiar Neste gráfico será apresentada a renda familiar dos clientes que possuem o cartão Gonçalves e fazem compras regulamente. 70 45% Até R$ 500,00 38% 40% De R$ 501,00 até R$1.000,00 35% 30% De R$ 1.001,00 até R$ 1.500,00 24% 25% De 1.501,00 até 2.000,00 20% 14% 15% 8% 10% 8% 8% De 2.001,00 até 2.500,00 Acima de 2.500,00 5% 0% 1 Gráfico 04 – Renda Familiar Fonte: Dados primários da pesquisa Neste item pode-se observar que 72% dos clientes entrevistados possuem uma renda familiar entre R$ 1.001,00 a R$ 2.000,00 reais mensais. 3.2.1.5 Qual supermercado você realiza suas compras Neste item será verificado qual o supermercado que os entrevistados costumam realizar suas compras na cidade de Navegantes. De acordo com a pesquisa, foi detectado que 100% dos clientes que possuem o cartão do supermercado Gonçalves responderam que compram exclusivamente no referido local. 3.2.1.6 Principal motivo que leva o cliente a escolher um supermercado. Neste item será abordado qual o principal fator que influência os clientes a escolherem um supermercado para realizar suas compras mensais ou volumes menores. 71 Localização 59% 60% Atendimento 50% Horario de funcionamento 40% Facilidade de pagamento 30% Higienização do ambiente 20% 10% Diversificação de marcas 13% 10% 5% 2% Açougue 3% 3% 5% 2% 0% 1 Preço Seviço de entrega Gráfico 06 – Motivo para escolher um supermercado Fonte: Dados primários da pesquisa Pode-se verificar pela pesquisa que neste item sua grande maioria representada por 59% dos clientes entrevistados coloca como principal motivos para escolha do supermercado atendimento seguido pelo preço com 13%. 3.2.1.7 Qual a freqüência que você vai ao supermercado. Neste item será representada graficamente qual a quantidade de dias que os clientes normalmente freqüentam o supermercado para realizar compras. 30% Todos os dias 27% Uma vez por semana 25% Duas vezes por semana 20% 16% 16% 16% Dias de Promoções 15% 11% Quase todos os dias 10% 6% 5% 5% 3% Uma vez por mês 0% 1 Gráfico 07 – Freqüência ao supermercado Gonçalves Fonte: Dados primários da pesquisa Quinzenalmente Finais de Semana (Sábado e Domingo) 72 Este gráfico demonstra uma grande variedade de freqüência, sendo que o predominante é uma vez por mês em 27% dos casos, e uma grande igualdade nas seguintes ocasiões uma vez por semana, quinzenalmente e finais de semana todos com 16% de preferência para ir ao supermercado. 3.2.2 Percepção de importância/Nível de serviço. A seguir será demonstrado o resultado da pesquisa quanto ao grau importância dado a determinado fator, apresentando à média e o desvio padrão. 3.2.2.1 Localização: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 0 8 58 60 0,00% 6,35% 46,03% 47,62% Média Desvio padrão 3,41 0,61 Tabela 01 - Localização Fonte: Dados primários da pesquisa Em relação ao fator localização, podemos perceber que quase 48% dos pesquisados consideram muito importante a localização de um supermercado, sendo que a média alcançada neste fator foi de 3,41 sendo uma boa média o desvio padrão 0,61 sendo considerado pelos pesquisados como fator muito importante a localização. 3.2.2.2 Estacionamento: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 4 12 40 70 3,17% 9,52% 31,75% 55,56% Média Desvio padrão 3,4 0,79 Tabela 02 - Estacionamento Fonte: Dados primários da pesquisa Para o item estacionamento foi obtido uma média de 3,4 no qual quase 56% dos entrevistados consideram muito importante ter um estacionamento para que os clientes possam deixar seu carro com segurança. 73 3.2.2.3 Higiene do local: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 0 0 22 104 0,00% 0,00% 17,46% 82,54% Média Desvio padrão 3,83 0,38 Tabela 03 – Higiene do local Fonte: Dados primários da pesquisa Neste item o fator higiene do local foi apontado como nível 4 na categoria sendo que a maioria 82,54% da amostra considera muito importante, obtendo assim uma média de 3,83. 3.2.2.4 Atendimento: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 0 0 24 102 0,00% 0,00% 19,05% 80,95% Média Desvio padrão 3,81 0,39 Tabela 04 - Atendimento Fonte: Dados primários da pesquisa Podemos notar que o nível de atendimento é fundamental para os clientes sendo que 100% dos respondentes consideram importante ou muito importante, obtivemos um desvio padrão de 0,39 e uma média de 3,81. 3.2.2.5 Número de caixas (atendentes): (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 0 10 62 54 0,00% 7,94% 49,21% 42,86% Média Desvio padrão 3,35 0,62 Tabela 05 – Número de Caixas (atendentes) Fonte: Dados primários da pesquisa Pode-se observar através do resultado da investigação que o fator número de caixas é considerado muito importante ou importante, no qual 92% dos pesquisados escolheram esta opção, teve-se uma média de 3,35. Entretanto, observa-se que 7,94% consideram pouco importante a quantidade de caixas (atendentes), o que foi surpresa na pesquisa, pois quanto maior o número de atendentes, mais ágil será o processo de atendimento. 74 3.2.2.6 Padaria: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 38 34 36 18 30,16% 26,98% 28,57% 14,29% Média Desvio padrão 2,27 1,04 Tabela 06 - Padaria Fonte: Dados primários da pesquisa Nota-se que neste fator ha uma grande variação no qual os níveis 1 e 2 têm grande maioria com 57,14% de freqüência, obteve-se uma média de 2,27 e o desvio padrão 1,04. 3.2.2.7 Açougue: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 0 0 34 92 0,00% 0,00% 26,98% 73,02% Média Desvio padrão 3,73 0.44 Tabela 07 - Açougue Fonte: Dados primários da pesquisa Para este fator o nível de importância está entre 3 e 4, em que 100% dos clientes consideram importante ou muito importante. A média obtida foi de 3,73. Esta informação para a elaboração das estratégias da empresa será de grande importância. 3.2.2.8 Diversidade de marcas: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 6 4 32 84 4,76% 3,17% 25,40% 66,67% Média Desvio padrão 3,54 0,77 Tabela 08 Diversidade de marcas Fonte: Dados primários da pesquisa Apesar da variação nos indicadores, a grande maioria 92,07% considera estar entre os níveis 3 e 4, em que a média foi de 3,54. Pelo resultado descrito anteriormente, percebe-se que na questão diversidade de marcas quase 100% considera necessário. 75 3.2.2.9 Serviço de entrega: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 6 8 30 82 4,76% 6,35% 23,81% 65,08% Média Desvio padrão 3,49 0,81 Tabela 09 – Serviço de entrega Fonte: Dados primários da pesquisa O serviço de entrega está entre os níveis 3 e 4 no qual quase 89% dos clientes escolheram este fator de importância, em que a média obtida neste fator foi de 3,49. Observa-se que 11,11% dos entrevistados consideram sem importância ou pouco importante o serviço de entrega. Esta situação pode ocorrer em decorrência destes clientes possuírem automóveis. 3.2.2.10 Horário de Funcionamento: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 0 4 54 68 0,00% 3,17% 42,86% 53,97% Média Desvio padrão 3,51 0,56 Tabela 10 – Horário de funcionamento Fonte: Dados primários da pesquisa O horário de funcionamento obteve o nível 4 sendo que a maioria quase 54% dos clientes consideram que um bom supermercado deve funcionar até mais tarde e também em horário de almoço, a média foi de 3,51. 3.2.2.11 Preço do produto: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 0 0 28 98 0,00% 0,00% 22,22% 77,78% Média Desvio padrão 3,78 0,42 Tabela 11 – Preço do produto Fonte: Dados primários da pesquisa Na questão preço do produto verifica-se que 100% dos entrevistados consideram que o nível de importância esta entre 3 e 4, a media obtida foi de 3,78 considerada muito importante e o desvio padrão obtido foi 0,42 sugerindo que o preço é algo que os clientes consideram para realizar suas compras. 76 3.2.2.12 Organização dos produtos: (1) Sem importância (2) Pouco importante (3) Importante (4) Muito importante 0 2 28 96 0,00% 1,59% 22,22% 76,19% Média Desvio padrão 3,75 0,47 Tabela 12 – Organização dos produtos Fonte: Dados primários da pesquisa Neste resultado pode-se observar que a grande maioria dos pesquisados 76,19% consideram que os itens devem estar bem organizados na loja alcançando o nível 4 a media deste fator foi de 3,75 e o desvio padrão foi 0,47 neste item. 3.2.2.13 Nível de serviço Foi pesquisado entre os clientes que possuem o cartão Gonçalves sobre o nível de serviço oferecido, para que possamos obter o maior número possível de direções estratégicas. 3.2.2.14 Com relação ao supermercado Gonçalves, nível de serviço dos seguintes itens: Neste item será demonstrado em forma de tabelas, o nível de serviço do supermercado Gonçalves, sendo em cada item 4 níveis que serão 1(Ruim), 2(Regular), 3(Bom) e 4(Excelente). Neste item incluem-se as médias e o desvio padrão para cada um dos fatores relacionados à pesquisa. 3.2.2.15 Localização: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente 4 10 50 62 3,17% 7,94% 39,68% 49,21% Média Desvio padrão 3,35 0,76 Tabela 13 - Localização Fonte: Dados primários da pesquisa Em relação ao fator localização podemos notar que a maioria 88,89% da amostra destacou os níveis 3 e 4 estando bom e excelente respectivamente a localização do supermercado atualmente para os clientes a média obtida foi de 3,35 e o desvio padrão 0,76. Entretanto, a pesquisa revelou que existem 11,11% de clientes insatisfeitos no quesito localização. 77 3.2.2.16 Estacionamento: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente 36 40 46 4 28,57% 31,75% 36,51% 3,17% Média Desvio padrão 2,14 0,87 Tabela 14 - Estacionamento Fonte: Dados primários da pesquisa Para o fator estacionamento foi identificado que 60,32% a maioria dos pesquisados considera como nível 1 ou 2 o estacionamento do supermercado considerado ruim ou regular a média obtida foi de 2,14 e o desvio padrão 0,87. Esta situação pode ser preocupante pelo alto nível de insatisfação. 3.2.2.17 Higiene do local: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente 0 6 38 82 0,00% 4,76% 30,16% 65,08% Média Desvio padrão 3,6 0,58 Tabela 15 – Higiene do local Fonte: Dados primários da pesquisa No fator higiene do local percebe-se que 95,24% a maioria dos pesquisados consideram o nível 3 e 4 sendo considerado bom ou excelente respectivamente, a média obtida foi de 3,60 e o desvio padrão 0,58. 3.2.2.18 Atendimento: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente 0 2 38 86 0,00% 1,59% 30,16% 68,25% Média Desvio padrão 3,67 0,5 Tabela 16 - Atendimento Fonte: Dados primários da pesquisa Para o fator atendimento podemos notar que 98,41% dos pesquisados consideram o atendimento com ou excelente estando mais presente no nível 4 a média obtida neste fator foi de 3,67 e o desvio padrão 0,50. 3.2.2.19 Número de caixas: (1) Ruim 0 0,00% (2) Regular 10 7,94% (3) Bom 46 36,51% (4) Excelente 70 55,56% Tabela 17 – Número de caixas Fonte: Dados primários da pesquisa Média Desvio padrão 3,48 0,64 78 Pelo resultado da pesquisa, percebe-se o fator número de caixas que atendem na loja, a maioria da amostra indicou o nível 4 sendo excelente, representado por 55,56% a média obtida foi 3,48 e o desvio padrão de 0,64. 3.2.2.20 Açougue: (1) Ruim (2) Regular 0 4 0,00% 3,17% Média Desvio padrão (3) Bom 60 47,62% 3,46 0,56 (4) Excelente 62 49,21% Tabela 18 - Açougue Fonte: Dados primários da pesquisa No fator açougue percebe-se que 96,83% dos pesquisados atribuem a este fator nível 3 e 4 sendo considerado bom ou excelente respectivamente, sendo a maioria a média obtida foi 3,46 e o desvio padrão foi de 0,56. 3.2.2.21 Diversidade de marcas: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente 0 6 68 52 0,00% 4,76% 53,97% 41,27% Média Desvio padrão 3,37 0,57 Tabela 19 – Diversidade de marcas Fonte: Dados primários da pesquisa Neste fator percebeu-se o nível mais enfatizado é o 3, em que 95,24% estão entre os níveis 3 e 4. Considera-se bom ou excelente respectivamente a média obtida neste fator foi de 3,37 e o desvio padrão 0,57. 3.2.2.22 Serviço de entrega: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente 0 0 44 82 0,00% 0,00% 34,92% 65,08% Média Desvio padrão 3,65 0,48 Tabela 20 – Serviço de entrega Fonte: Dados primários da pesquisa No fator serviço de entrega nota-se que 100% dos pesquisados consideram o serviço bom ou excelente, estando entre os níveis 3 e 4, a média obtida foi de 3,65 considerando quase excelente. O desvio padrão foi 0,48. 79 3.2.2.23 Horário de funcionamento: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente 0 0 52 74 0,00% 0,00% 41,27% 58,73% Média Desvio padrão 3,59 0,49 Tabela 21 - Horário de funcionamento Fonte: Dados primários da pesquisa De acordo com a pesquisa, percebe-se que no fator horário de atendimento os níveis 3 e 4 obtiveram 100% de aproveitamento considerando que o horário de funcionamento do supermercado está de acordo com as perspectivas dos pesquisados. A media obtida foi de 3,59 e o desvio padrão 0,49. 3.2.2.24 Preço do produto: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente Tabela 22 – Preço do produto Fonte: Dados primários da pesquisa 0 8 56 62 0,00% 6,35% 44,44% 49,21% Média Desvio padrão 3,43 0,61 A pesquisa indica que para o fator preço do produto 93,65% dos pesquisados consideram que o preço praticado pelo supermercado está bom ou excelente estando entre os níveis 3 e 4. A média obtida foi 3,43 e o desvio padrão 0,61. 3.2.2.25 Organização dos produtos: (1) Ruim (2) Regular (3) Bom (4) Excelente 0 2 60 64 0,00% 1,59% 47,62% 50,79% Média Desvio padrão 3,49 0,53 Tabela 23 – Organização dos produtos Fonte: Dados primários da pesquisa Percebe-se que no fator organização dos produtos no supermercado Gonçalves a maioria 50,79% dos pesquisados consideram o nível 4 (excelente) para a organização e a média obtida foi de 3,49. 80 3.2.3 Entrevista com a gestora Marlene Couto Gonçalves A entrevista com a gestora foi realizada por meio de perguntas e respostas no escritório da gestora no supermercado sendo gravada por câmera digital e realizada no dia 14/03/2009. Perguntas Respostas De que forma nesses últimos 22 anos “Quando eu abri a minha empresa ela de história da empresa você tem era bem pequena, nunca gostei de recorrer definido as estratégias? há financiamento sempre realizei investimentos com pagamento a vista, apesar de já ter contraído um empréstimo e não ter tido uma boa experiência então fui montando aos poucos a minha estratégia e foi assim nesses 22 anos de sucesso, no qual conseguimos nos manter em um mercado muito concorrido”. Como funciona a aplicação estratégias no dia-a-dia? das “Eu sempre levo em consideração os concorrentes e os fornecedores, verifico os preços vejo o que está faltando no meu supermercado, não utilizo nenhum relatório por que já tenho uma base do que será vendida na semana, não deixo faltar e nem tenho muito estoque, comprando com os melhores preços posso realizar diversas promoções para que os clientes possam sair satisfeitos com a sua compra”. Que fatores você considera importante “Todos os fatores como concorrente, no processo de elaboração estratégias da sua empresa? das fornecedores, clientes, colaboradores e família, trabalhamos unidos para realizarmos um bom trabalho de ótima qualidade em todos os níveis, realizando 81 uma união no meu supermercado entre os níveis hierárquicos”. Você leva em consideração os “Sempre, não verifico os preços na concorrentes, fornecedores e clientes gôndola de nenhum concorrente, mais na hora de definir as estratégias da através de promoções que eles realizam empresa? como: panfletos, carro de anuncio entre outros, até mesmo o próprio cliente, traz a informação sobre o preço dos concorrentes. Alguns fornecedores são nossos parceiros produtos possamos enfrentar de trazem qualidade realizar novos preços para promoções desafios que e que e vão surgindo no dia a dia. Como nosso público é um público de baixa renda normalmente nos itens de sexta básica os preços são os menores possíveis para conquistarmos novos clientes”. Por que é importante levar em “O cliente é o nosso maior aliado em consideração a opinião dos clientes publicidade, por que um cliente satisfeito quando você define as estratégias? só traz benefícios e bons resultados para o funcionamento do supermercado”. Seus funcionários participam do “Sim sempre peço sugestões de todos processo de elaboração das os colaboradores e eles também trazem estratégias? suas opiniões, para que depois eu possa verificar quais as melhores e mais eficazes para o colocando-as em prática”. Quadro 12 – Entrevista com a gestora Fonte: Dados primários da pesquisa supermercado, 82 Percebe-se que a gestora não costuma buscar recursos em instituições financeiras como bancos e outros, sendo que o crescimento do supermercado foi sendo aos poucos com recursos próprios. Semanalmente a gestora realiza compras para o estabelecimento com base em situações anteriores de vendas e busca sempre os itens que estão em falta na loja, percorre os corredores buscando produtos que estejam com estoque baixo, no depósito e verifica a situação dos itens estocados de forma substancial não utiliza relatório, comprando sempre o necessário. Sempre leva-se em consideração os fatores concorrentes, clientes e colaboradores para realizar suas estratégias, busca manter unida a empresa para que possam tomar decisões em conjunto com todos os níveis hierárquicos. A gestora sempre está atualizada com o preço dos concorrentes, apesar de não ir a nenhum supermercado próximo retirar preço, sua atualização acontece através da publicidade realizada pelos concorrentes com panfletos e carros de anúncio, também como trabalha diariamente diretamente com o cliente já possui um bom relacionamento, no qual seus clientes acabam passando informação sobre o preço do concorrente. Alguns fornecedores são parceiros que contribuem com descontos para que a empresa possa fornecer produtos com melhor preço já que o público que freqüenta a loja é o de baixa renda (conforme entrevista). Com grande preocupação com seus clientes, a empresa sempre está aberta a sugestões e críticas dos mesmos. Os colaboradores também são ouvidos pela gestora, no qual os mesmos podem expressar suas opiniões e trazer sugestões sobre a melhor maneira da funcionalidade do negócio. 3.2.4 Diagnóstico estratégico Neste tópico irá-se realizar um diagnóstico estratégico para o supermercado Gonçalves, tendo como pontos principais análise S.W.O.T, oportunidades, ameaças e os pontos fortes e fracos conforme fundamentado na revisão bibliográfica. 83 3.2.4.1 Análise S.W.O.T A inserção no mercado de novas empresas e novos conceitos faz necessário que as empresas haja sob os aspectos da análise S.W.O.T, no que tange planejamento, pois busca a visão de oportunidades e ameaças no ambiente onde a empresa está inserida e a verificação de pontos fortes e fracos. 3.2.4.1.1 Oportunidades Expandir suas atividades Tendo em vista o atual crescimento da cidade com a instalação de grandes empresas como Portonave e Navship, e também a busca por implantar filiais em outras cidades como Itajaí e Penha. Crescimento Demográfico Novas pessoas que vem morar na cidade que podem ser potenciais clientes, recém casados entre outros. Inflação Quando há inflação o supermercado estoca produtos para poder vender com maior lucro “Especulação”. Surgimento de novas Tecnologias Com o surgimento de novas tecnologias que podem melhorar o processo de atendimento. Clima Com o calor do verão aumenta o número de venda de líquidos como água e refrigerantes, podendo ser vendidos produtos gelados. Produtos Sazonais Produtos que tem grande giro em épocas determinadas como: Páscoa (chocolates), dia das Mães (artigos para presente), Festas Juninas (pipoca, amendoim e doces), dia dos Paes (cerveja e churrasco), Natal (Chester, Peru) e Ano Novo (espumantes, carnes 84 suínas e fogos de artifício). Quadro 13 – Analise S.W.O.T oportunidades Fonte: Dados da pesquisa 3.2.4.1.2 Ameaças Regime tributário A atual legislação tributária tem sido uma grande dificuldade para empresa devido às altas taxas e pouco valor agregado ao produto. Atuais concorrentes No ramo varejista a forte concorrência pode prejudicar o lucro. Convenções Trabalhistas O sindicato do comércio de Itajaí para colaboradores busca realizar convenções trabalhista para trabalhos nos dias de feriado, dia de grande movimentação no supermercado prejudicando assim seu resultado. Índice de inadimplência A empresa tem um índice de inadimplência aceitável em torno entre 3% a 9% ao mês. Mais é preciso tomar cuidados para que este índice não seja crescente. Novos entrantes Como não há barreiras comerciais no varejo, qualquer empresa pode se instalar na região podendo prejudicar os resultados esperados. Quadro 14 – Analise S.W.O.T ameaças Fonte: Dados da pesquisa 85 3.2.4.1.3 Pontos Fortes Serviço de entrega O serviço de entrega conforme foi notado na pesquisa, onde 65,08% dos pesquisados consideram excelente, sendo considerado um ponto forte da empresa que possui veículos próprios para a entrega dos produtos vendidos. Atendimento Para garantir satisfação total do cliente à empresa presa pelo bom atendimento, busca garantir a satisfação total no atendimento. Preço Os preços dos produtos comercializados vêm sendo praticado com o menor custo, no qual a empresa tem sempre buscado maneiras de diminuir seus custos, tornando-se uma organização enxuta. Qualidade Os produtos comercializados são de empresas idôneas, no qual seu foco é qualidade, o supermercado preza por produtos que tenham qualidade para garantir a satisfação do cliente. Condições de Pagamento O supermercado possui uma condição especial de pagamento para os clientes com o cartão da loja as compras realizadas podem ser pagas em até 40 dias. Variedade dos produtos O supermercado busca manter seus estoques em níveis que garantam a venda da semana, ou seja, sempre a um estoque para no mínimo duas semanas para produtos de alto giro. Quadro 15 – Analise S.W.O.T pontos fortes Fonte: Dados da pesquisa 86 3.2.4.1.4 Pontos Fracos Treinamento e desenvolvimento colaboradores dos O supermercado Gonçalves não possui nenhum programa de treinamento para os colaboradores, programa de sendo que desenvolvimento um pode ajudar os colaboradores do dia-a-dia. Retorno sobre investimento Como o supermercado trabalha com uma margem pequena, acaba tornando muito grande o prazo de retorno sobre o investimento sendo de longo prazo. Lucratividade Em um mercado tão disputado como o varejo alimentar a lucratividade muitas vezes é sacrificado em promoções que se fazem necessário para garantir um grande fluxo de clientes. Espaço Físico Como a cidade tem crescido fortemente nos últimos anos e a empresa já ocupa todo o espaço disponível no terreno é preciso um estudo sobre a viabilidade econômica da compra de terrenos próximos ao supermercado. Layout de entrada O estagiário percebeu que o layout de entrada deve ser revisto pelo supermercado tendo uma abordagem mais inovadora. Investimento em mídia Percebeu-se que o supermercado não está realizando nenhum tipo de publicidade em mídia seja de rádio ou televisiva no qual estas formas de publicidade podem trazer bons resultados. Estacionamento Como foi identificado na pesquisa o estacionamento da empresa precisa ser 87 melhorado Quadro 16 – Analise S.W.O.T pontos fracos Fonte: Dados da pesquisa 3.2.5 Plano de ação 5w2h A seguir, será apresentado o plano de ação 5w2h que teve como base o diagnóstico estratégico através da ferramenta Análise S.W.O.T Medidas ou ações Quando Onde Quem Razão por que (o que) Como Quanto Procedemento 1 Treinamento e desenvolvimento dos colaboradores 15/10/09 Todos os setores Todos os colaboradores 2 Orientações em relação ao Retorno sobre investimento 26/07/09 Setor financeiro Diretora 3 Lucratividade 26/07/09 Setor financeiro Supervisor Administra tivo Garantir maior lucratividade para o supermercado 4 Espaço Físico 08/04/09 Gerente Administra tivo 5 Layout de entrada 01/11/09 Estrutura física do setor de açougue e horti-fruti granjeiros Localização dos caixas Ampliação para melhorar o espaço devido à alta demanda neste setor do supermercado Padronização da entrada no lado direito do supermercado 6 Investimento em mídia 03/08/09 Publicidade Supervisor administra tivo Alcançar um maior número de clientes 7 Estacionamento 01/09/10 Espaço físico Diretora Devido ao grande número de clientes com automóvel Diretora Foi identificado na pesquisa que a empresa não realiza treinamento para melhorar a qualidade de atendimento e trabalho. Garantir maior retorno para a proprietária Através de uma consultoria A cotar O estagiário irá orientála através da técnica do Markup Melhorar a lucratividad e através de negociação com fornecedores Diminuição do depósito e ampliação lateral da garagem. Sem custo Colocar caixas em toda a extensão de entrada do supermerca do Rádios e outros veículos de com uni Compra do imóvel ao lado do supermerca A cotar Depende de negociaçã o A cotar A cotar A cotar 88 do Quadro 17 – Plano de ação 5w2h Fonte: Elaborado pelo estagiário 3.3 Sugestões de melhorias Neste tópico o acadêmico vai realizar sugestões de melhorias para o supermercado Gonçalves, no qual será embasado nos pontos levantados na pesquisa para que o supermercado envolvido possa linear sua estratégia de forma concreta e de acordo com a realidade da organização. É observado que a maioria dos clientes que possuem o cartão está na faixa etária entre 26 e 45 anos sendo que o supermercado pode desenvolver algumas ações promocionais visando atender este público que representa 54% dos clientes. Como a renda de 72% dos clientes que possuem o cartão está entre R$ 1001,00 e R$ 2000,00 reais, o supermercado pode realizar ações com produtos de eletro eletrônicos para esses consumidores quem tem maior poder aquisitivo, são produtos maior valor que podem ser vendidos em parcelamento no qual trás maior rentabilidade para o supermercado. O principal fator que leva os clientes a escolherem um supermercado de acordo com a pesquisa é atendimento, e como o supermercado não possui treinamento para os funcionários é que foi sugerido que seja realizado um treinamento através de consultoria para que os colaboradores possam atender os clientes de acordo com as suas expectativas, ser bem atendidos. Os clientes que possuem o cartão normalmente fazem suas compras uma vez por mês representado por 27% dos clientes que se torna uma porcentagem bem expressiva. É preciso realizar algumas ações para que estes clientes voltem mais vezes ao supermercado aumentando a freqüência média de clientes por dia que passam pelo supermercado, desta maneira podem-se realizar ações em que os clientes vão ao supermercado e acabem comprando os produtos que faltam durante o mês, à sugestão do acadêmico é a realização de propaganda em rádios e realizar entrega de panfletos toda semana pelos bairros próximos ao supermercado. Os gestores do Supermercado precisam verificar a situação do estacionamento do estabelecimento, pois de acordo com a pesquisa 60,32% dos entrevistados considera ruim ou regular o atual estacionamento do supermercado, 89 por ser de difícil acesso e pequenas vagas pouco espaço para manobras entre outras dificuldades que são encontradas atualmente no estacionamento. A sugestão mais apropriada é a compra de um imóvel ao lado para que possa ser feito o projeto. Para garantir maior qualidade no atendimento e esteticamente o hall de entrada do supermercado deve ser ocupado de mais 3 caixas que darão uma atmosfera de supermercado de maior porte, podendo assim também comprar de fornecedores que só atendem diretamente devido ao grande número de check-outs atualmente o supermercado possui 4 e passaria a ter 7 check-outs. Os gestores planejando o futuro do supermercado, já estão realizando uma ampliação do espaço interno que vai melhorar tanto o atendimento no açougue, quanto garantir maior espaço na entrada do supermercado que atualmente possui cerca de 2 metros até os caixas, aumentado este número para 3,5 metros ficando um bom espaço para melhor circulação de pessoas em dias de movimento. Uma faixa bem representativa de clientes tem a percepção que a variedade dos produtos que o supermercado possui é boa, mas como o supermercado busca a excelência em todos os seguimentos em que atua, deve ser melhorada a variedade de marcas dos produtos buscando novos parceiros que podem tornar bem maior o numero de produtos comercializados. Para as mercadorias expostas a venda também deve ser realizado um treinamento no qual os colaboradores possam aperfeiçoar sua técnicas e realizar um trabalho em que a mercadoria exposta à venda seja atrativa aos clientes para que ele possa muitas vezes comprar um produto sem mesmo estar precisando, ou seja, mercadoria bem exposta também é um sinal de rentabilidade para o supermercado. Outras sugestões de melhorias podem ser encontradas no plano de ação 5W2H, em que o acadêmico teve a oportunidade de realizar. 90 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho teve como objetivo analisar as estratégias empresariais realizada no supermercado Gonçalves, através de um desenvolvimento teórico e prático do acadêmico. A finalidade foi saber quais as estratégias utilizadas e como melhorar este processo de elaboração. A caracterização desta pesquisa foi exploratório/descritivo no qual o pesquisador buscou de forma sucinta descrever e analisar as situações encontradas dentro da organização. Utilizou-se o método qualitativo com aporte ao quantitativo o qual foi o mais indicado e de correta aplicação em que o método quantitativo serviu de base para identificar o perfil dos clientes e o nível de satisfação enquanto o método qualitativo enfatizou a observação participante e entrevista semi-estruturada com a gestora. A primeira etapa realizada foi à pesquisa quantitativa com os clientes no qual o acadêmico pode verificar o perfil dos clientes e uma pesquisa de satisfação em que na oportunidade observou-se que o supermercado Gonçalves tem como principal ponto forte o atendimento ao cliente. Na entrevista com a gestora foi observado que a mesma não utilizava nenhum método de estratégia conforme citam os autores aqui apresentados neste trabalho, mais de uma forma empírica no qual ela busca desenvolver sua atividade de acordo com as situações enfrentadas no dia a dia da empresa. Como forma de delinear as estratégias empresarias para o supermercado Gonçalves foi realizado uma análise S.W.O.T e executado um plano de ação 5W2H em que na oportunidade o acadêmico pode realizar alguns planejamentos para que a empresa busque melhores maneiras de crescer de forma equilibrada e sustentada, conquistando novos clientes e buscando novas maneiras de gestão. O trabalho foi realizado sem nenhuma limitação em que nesta oportunidade a gestora deu todo aporte possível para garantir a melhor qualidade da pesquisa. Garantiu toda informação requisitada pelo acadêmico durante o estágio realizado na empresa. O supermercado Gonçalves de acordo com Porter (1997) está focando seu posicionamento em liderança no custo total, no qual identificamos de acordo com a entrevista realizado com a gestora, buscamos melhores preço de compra para 91 garantir o melhor preço de venda ao cliente. Identificar custos e buscar minimizá-los, para que se possa continuar sendo uma empresa enxuta evitando grandes custos de estocagem e distribuição dos produtos. Nesta pesquisa foram atendidos todos os objetivos e os resultados foram obtidos de forma que satisfez o acadêmico e a empresa, que pode melhorar a qualidade nos serviços oferecidos e garantir maior satisfação dos clientes que atualmente busca sempre serviços que tenham um diferencial competitivo. Ao final deste trabalho, pode-se verificar a importância desse tipo de estudo para o desenvolvimento de uma empresa, pois muitas vezes se desconhecem quais são as melhorias necessárias. Por fim conclui-se que o objetivo geral traçado foi alcançado, possibilitando o aperfeiçoamento prático do estagiário frente aos conhecimentos adquiridos na universidade. 92 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. I. R. Manual de planejamento estratégico. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2003. ANSOFF, H. Igor; GAJ, Luis. Administração estratégica. 1983. ANSOFF, H. Igor; MCDONNELL, Edward J. Implantando a administração estratégica. 2. ed. 1993 BARBETTA, PEDRO ALBERTO. Estatística aplicada às ciências sociais. 6. ed. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. BERNHOEFT, Renato. Empresa familiar: sucessão sobrevivência comprometida. São Paulo: IBECON, 1987. profissionalizada ou CANCELLIER, E. L. P. L.; ALMEIDA, M. I. R.; ESTRADA, R. J. S. 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( ) Até R$ 500,00 ( ) De R$ 501,00 até R$1.000,00 ( ) De R$ 1.001,00 até R$ 1.500,00 ( ( ( ) ) ) De 1.501,00 até 2.000,00 De 2.001,00 até 2.500,00 Acima de 2.500,00 5. Qual destes supermercados você costuma fazer sua compra? ( ) Supermercado Gonçalves Supermercado Mano rude ( ) (Machados) ( ) Supermercado Mano rude (São Domingos) ( ) Supermercado Top ( ) Supermercado Vanderson ( ) Outro Qual:________________ 6. Qual o principal motivo (apenas um) que leva você escolher o mercado para realizar sua compra? ( ) Localização ( ) Açougue ( ) Estacionamento ( ) Padaria ( ) Atendimento ( ) Hortfrut ( ) Horário de funcionamento ( ) Preço ( ) Facilidade de pagamento ( ) Promoções ( ) Higienização do ambiente ( ) Número de Caixas ( ) Diversificação de marcas ( ) Serviço de entrega ( ) Outro qual:_______________ 7. Qual a freqüência que você costuma ir ao supermercado? ( ) Todos os dias ( ) Quinzenalmente ( ) Uma vez por semana ( ) Quatro vezes por semana ( ) Duas vezes por semana ( ) Uma vez por mês ( ) Dias de Promoções ( ) Finais de Semana (Sábado e Domingo) ( ) Quase todos os dias ( ) Outro Qual:______________ 97 APÊNDICE B – PERCEPÇÃO DE IMPORTÂNCIA/NÍVEL DE SERVIÇO 8. Em relação a um supermercado qual é o grau de importância que senhor(a) considera fundamental em cada item abaixo: TODOS OS ITENS DEVEM SER AVALIADOS FATOR Localização Sem Import. 1 ( ) Pouco Import. 2 ( ) Importante Muito importante 3 4 ( ) ( ) Estacionamento ( ) ( ) ( ) ( ) Higiene do local ( ) ( ) ( ) ( ) Atendimento ( ) ( ) ( ) ( ) Nº de caixas(Atendentes) ( ) ( ) ( ) ( ) Padaria ( ) ( ) ( ) ( ) Açougue ( ) ( ) ( ) ( ) Diversidade de marcas ( ) ( ) ( ) ( ) Serviço de entrega ( ) ( ) ( ) ( ) Horário de funcionamento ( ) ( ) ( ) ( ) Preço do produto ( ) ( ) ( ) ( ) Organização dos produtos ( ) ( ) ( ) ( ) 9. Com relação ao supermercado Gonçalves como você avalia os itens abaixo. TODOS OS ITENS DEVEM SER AVALIADOS FATOR Localização Ruim 1 ( ) Regular 2 ( ) Bom 3 ( ) Excelente 4 ( ) Estacionamento ( ) ( ) ( ) ( ) Higiene do local ( ) ( ) ( ) ( ) Atendimento ( ) ( ) ( ) ( ) Nº de caixas(Atendentes) ( ) ( ) ( ) ( ) Açougue ( ) ( ) ( ) ( ) Diversidade de marcas ( ) ( ) ( ) ( ) Serviço de entrega ( ) ( ) ( ) ( ) 98 Horário de funcionamento ( ) ( ) ( ) ( ) Preço do produto ( ) ( ) ( ) ( ) Organização dos produtos ( ) ( ) ( ) ( ) 99 APÊNDICE C – ENTREVISTA COM GESTORA ROTEIRO DE ENTREVISTA Roteiro de entrevista com a gestora do supermercado Gonçalves para saber quais as estratégias vem sendo montada para a empresa realizar suas estratégias no mercado. 1) De que forma nesses últimos 22 anos de história da empresa você tem definido as estratégias? 2) Como funciona a aplicação das estratégias no dia-a-dia? 3) Que fatores você considera importante no processo de elaboração das estratégias da sua empresa? 4) Você leva em consideração os concorrentes, fornecedores e clientes na hora de definir as estratégias da empresa? 5) Por que é importante levar em consideração a opinião dos clientes quando você define as estratégias? 6)Seus funcionários participam do processo de elaboração das estratégias? 100 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS Alexsandro José Gonçalves Estagiário Marlene Couto Gonçalves Orientador de Campo Caio César Ferrari Santângelo Orientador de Estágio Eduardo Krieger da Silva Responsável pelo Estágio Supervisionado 101 DECLARAÇÃO A organização cedente de estágio SUPERMERCADO GONÇALVES LTDA ME declara, para devidos fins, que o estagiário Alexsandro José Gonçalves, aluno do curso de Administração do Centro de Educação Superior de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI, de 01/09/2008 a 03/03/2009, cumpriu a carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o cronograma de trabalho e se propõe a oferecer as condições necessárias para o bom andamento do mesmo. Navegantes, 06 de Junho de 2009 _____________________________________ Marlene Couto Gonçalves