FELCO 2011 P A S S I O N REPORTAGEM Viagem por um jardim inglês RETRATO Laurent Perrin, de Vancouver...para Vancouver NOTÍCIAS O kiwi, da China de outrora para a Itália do presente SUMÁRIO Revista FELCO - 2011 ENTREVISTA p. 03 NOTÍCIAS p. 05 RETRATO p. 08 REPORTAGEM p. 10 REPORTAGEM p. 13 FELCO - RESPONSABILIDADE p. 16 DIRECTAMENTE DA UNIDADE p. 18 INICIATIVAS p. 20 COLABORAÇÃO p. 22 UM OLHAR p. 23 - Christophe Nicolet:"FELCO: uma produção muito localizada, direccionada para clientes internacionais" - O kiwi, da China de outrora para a Itália do presente - Laurent Perrin, de Vancouver...para Vancouver - A Polónia, o pomar da Europa - Viagem por um jardim inglês - FELCO e a integração de pessoas com deficiências - Prétat, especialista em matrizagem - MediaBin: um plano publicitário com apenas alguns cliques - Rétropomme defende as frutas da Suíça romanda - O marinheiro e a ferramenta que ele jurou nunca usar Revista FELCO - 2011 2 Redatora chefe: Patricia Borloz - FELCO SA Editor chefe: Michèle Charpié Dewarrat - FELCO SA Artigos escritos por Stéphane Hérès - TBSCG Desenho gráfico: Martin Masmontet - TBSCG ENTREVISTA Christophe Nicolet:"FELCO: uma produção muito localizada, direccionada para clientes internacionais" CHRISTOPHE NICOLET. RETRATO EXPRESSO Quando não trabalha, Christophe Nicolet pratica bastante desporto, principalmente basquete e futebol. Christophe, é o director geral da FELCO desde 1 de Julho de 2011. Para começar, pode dizer-nos quem é e como entrou para a FELCO? O meu percurso é relativamente atípico. Após formação inicial como mecânico electricista, segui o curso de engenheiro mecânico. Durante os primeiros dez anos da minha carreira profissional, trabalhei principalmente na área da engenharia e vivi a minha primeira experiência de expatriação, com dois anos nos Estados Unidos, na região de Detroit. Depois, com a minha esposa, considerámos a hipótese de partir para o Sudeste da Ásia. Esta oportunidade surgiu quando o grupo Swatch procurava alguém para montar um local de produção na Malásia. As minhas responsabilidades evoluíram: passei de engenheiro a director. Em 2007, regressei à Suíça e assumi o cargo de directo geral durante três anos no grupo Swatch. Mas a indústria relojoeira está demasiado concentrada na Watch Valley e sentia falta do Na sua mesinha de cabeceira encontramos actualmente the Black Swan de Nassim Taleb. As suas leituras mais recentes:"le dernier musée", dedicado à câmara de âmbar. Para além dos grandes clássicos da música rock, também ouve Yael Naim ou Muse. E cada vez mais, deixa-se influenciar pelos gostos musicais dos seus filhos e confessa que não desgosta de Mika! ENTREVISTA Após uma transição sem problemas, durante os seis primeiros meses de 2011, Christophe Nicolet assumiu o cargo de director geral da FELCO. Encontro com o primeiro dirigente da sociedade que não pertence à família. No entanto, grande parte do seu tempo é dedicado a fins-de-semana em família,"que são muito importantes para manter o equilíbrio."Não é incomum ver Christophe, com a sua mulher e os seus dois filhos, em longas caminhadas de Domingo. 3 elemento internacional. Assim, comecei a sentir necessidade de expandir os meus horizontes... Soube, pela imprensa, que a FELCO procurava o seu novo director geral e isso atraiu-me imediatamente. Eu conhecia a empresa. Nas minhas anteriores funções, empregávamos bastantes mulheres cujos maridos trabalhavam na FELCO. Ouvir dizer que a sociedade era uma empresa familiar, no bom sentido da palavra. Ou seja, uma empresa empenhada no bem-estar dos seus trabalhados, da sua evolução pessoal e respeitadora de uma certa ética. Acabou por assumir o cargo de director geral... Que projectos vê diante de si? Temos um grande projecto, iniciado há vários meses, que é a introdução de um RP, ou seja, de uma ferramenta de controlo e de gestão de empresas. Estamos também a repensar o plano director de produção. As nossas vendas são significativamente influenciadas por períodos sazonais: 70% das vendas são feitas 5 ou 6 meses, durante o resto do ano produzimos e reabastecemos o stock. A nossa ferramenta de produção foi concebida para produzir grandes séries. ENTREVISTA Mas actualmente, em função das alterações das exigências dos mercados e das exigências climatéricas - nomeadamente do atraso das estações - devemos ser mais flexíveis. É neste sentido que vamos reorientar algumas unidades. 4 O objectivo é ter uma ferramenta de produção capaz de reagir rapidamente, de poder gerir várias pequenas séries, ou de efectuar rapidamente alterações em uma série. Isto é fundamental na medida em que estamos representados em mais de 100 países... Esta edição da FELCO Passion tem justamente como fio condutor esse elemento internacional. Em que medida isso é importante? Uma vez que exportamos para mais 100 países, o elemento internacional tem grande força. A nossa produção é muito localizada, mas direccionada para clientes internacionais. O perfil de vários colaboradores é internacional e prestamos especial atenção à comunicação que é feita em vários idiomas: 13 idiomas para os avisos nas embalagens e no nosso website, por exemplo. Comentários recolhidos por Stéphane Hérès O KIWI, DA CHINA DE OUTRORA PARA A ITÁLIA DO PRESENTE Vinhas, peixes, ameixas... a província de Latina, no Sul de Roma, tem várias fruticulturas. Mas o maior orgulho local, é incontestavelmente o kiwi:"actualmente, temos cerca de 8.000 hectares de plantações", prevê Diego Snidaro, agrónomo e proprietário de uma revista sobre material agrícola. A vila de Latina (119,000 habitantes) foi construída a alguns quilómetros do oceano, em 1932. É uma das comunidades mais recentes de Itália. Como as restantes, sofreu com a crise económica, mas os agricultores conseguem transformar o famoso fruto ácido"em um recurso económico importante."Os habitantes da província começaram a cultivar o kiwi no campo em grande escala desde final dos anos 70. Originário da China antiga, a planta actinídia - adapta-se bastante bem ao clima suave desta região da Itália, no Lácio. A FELCO 230 e 231, na altura dos primeiros rebentos Neste mês de Março, o tempo ainda está um pouco nublado. Em Latina, as chuvas seguiram-se às neves de Inverno - a primeira vez desde 1995, um evento raríssimo. As plantações de kiwi sofreram grandes prejuízos: o frio e o gelo quebraram os ramos, propiciando o ataque de uma bactéria existente desde há alguns anos. Mas o bom humor e hospitalidade dos Italianos são inabaláveis. Com um sorriso nos lábios, os exploradores apressam-se agora a instalar os"tendoni", redes sobre as quais crescerá a planta trepadeira. A seiva já sobe e os primeiros rebentos fazem a sua aparição. A poda, uma operação essencial para o desenvolvimento, terminou após algumas semanas. A operação decorre todos os anos, entre Dezembro e o fim de Fevereiro. Se os agricultores utilizam, por vezes, pequenas tesouras de podar, as ferramentas de duas mãos dão-lhes"mais força e os cabos compridos NOTÍCIAS Na província Italiana de Latina, cultiva-se unicamente o kiwi desde há quarenta anos, mas a região é bastante produtiva. Recentemente, os agricultores começaram a usar a FELCO 230 e a FELCO 231 para podar as suas plantações. 5 NOTÍCIAS permitem-lhes fazer menos movimentos para o trabalho em altura,"garante o produtor Vittorino Soavo. Os exploradores de Latina conhecem bem a FELCO. Há três anos, Giorgio Rusconi propôs-lhes testar as novas tesouras de podar de duas mãos, os protótipos da 230 e da 231. Os exploradores fizeram as suas sugestões, nomeadamente em termos de peso (elemento importante para a estabilidade), e estão actualmente particularmente satisfeitos com o resultado final. As suas sugestões foram aceites. 6 Diego Snidaro, coordenou estes testes no local. O seu pai abriu a loja da família, em 1967, e, desde então, têm colaborado com a FELCO. A 230 e a 231 vende-se bastante bem, depois dos testes."São muito mais estáveis, mais precisas, desgastam-se menos e a sua qualidade é excelente", confirmam Vittorino Soavo e os seus colegas, nos arredores de uma plantação. Também atribuem grande importância ao comprimento dos cabos e ao peso. A 231"de lâmina torcida"permite-lhes, nomeadamente, cortar os ramos mais grossos, sem escorregar, enquanto que com a 230"de lâmina afiada", conseguem cortar facilmente os ramos mais pequenos. O principal produtor de kiwi do mundo. Os agricultores não descansam: cultivam vários frutos e os seus dias são longos. Alguns têm as suas próprias empresas, mas trabalham com os restantes quando terminam os seus trabalhos nos campos. No Outono, trabalham até 14 horas por dia, seis dias por semana. Os kiwis são colhidos em Novembro. Cada hectar produz aproximadamente 45 toneladas de frutas e 60% a 70% deste volume será exportado para o estrangeiro. Os kiwis podem ser conservados durante períodos relativamente longos, em câmaras frigorificas que permitem controlar a temperatura, composição do ar e a humidade. No entanto, são necessários tratamentos químicos para os frutos vendidos colhidos há mais de três meses - com efeito, os kiwis Italianos são comercializados entre Dezembro e Maio, mesmo antes dos frutos do hemisfério sul terem chegado aos mercados. Os homens de Latina cultivam sobretudo o kiwi de polpa verde da variedade Hayward, a mais vendida, mas a região também produz frutos de polpa amarela e quase todos os tipos de actinídias estão representados. "A província de Latina é a que produz a maior quantidade de kiwis do mundo", afirma Diego Snidaro. A Itália é, assim, o principal produtor, seguido da Nova Zelândia e do Chile. No início, conhecido como "groselha da China", e depois chamado "kiwi", o mesmo nome do pássaro da Nova Zelândia (foi neste país que se iniciou a sua comercialização), o pequeno fruto repleto de vitamina C popularizou-se nos mercados mundiais. Clémentine Delignières De facto, as gamas de ferramentas de duas mãos da FELCO permitem cortar, com um esforço razoável, diâmetros que podem ir até 40mm. FELCO 200 e 210. Estes dois modelos estão equipados com uma cabeça de corte bypass. A FELCO 200 permite cortar com precisão, para diâmetros até 25 mm. A FELCO 210, com a sua cabeça mais tirante, pode cortar diâmetros até 30 mm. As duas são utilizadas principalmente em viticulturas e arboriculturas. Leves e compactas, incluem um saco à tiracolo e estão disponíveis em três comprimentos (40, 50 e 60 cm). FELCO 230 e 231. Estes tesourões poderosos de bigorna têm um comprimento de 80 cm. Graças ao sistema de acção assistida por came, permitem cortar as secções mais importantes. Graças à sua bigorna curva, a FELCO 231 exige menos esforço que a FELCO 230 com um diâmetro igual, mas requer um pouco mais de movimento. Por outro lado, a FELCO 230 de bigorna direita"mexe-se"melhor entre os ramos, mas exige um pouco mais de esforço. Uma nova ferramenta em preparação. Anunciada para 2012, a FELCO 220, que está actualmente em fase de testes, é semelhante à 230/231, mas com uma cabeça bypass. A agenda de trabalho deste novo modelo é criar uma ferramenta bastante eficiente e leve, mas também resistente. NOTÍCIAS FERRAMENTAS DE DUAS MÃOS: MODELOS ADAPTADOS AOS DIFERENTES TRABALHOS. Para quê usar uma ferramenta de duas mãos para trabalhos de poda intensivos?"Quando os ramos que têm que ser cortados têm um diâmetro superior a 20mm, torna-se difícil cortá-los com uma tesoura de podar de uma mão. O esforço é importante e se formos obrigados a cortar várias vezes durante o dia, o risco de tendinite ou de qualquer outra doença a médio prazo torna-se importante", explica Denis Tièche, director técnico da FELCO. 7 LAURENT PERRIN, DE VANCOUVER...PARA VANCOUVER RETRATO Agora de malas prontas para partir para o Canadá, Laurent Perrin recebeu-nos para recordar a sua carreira, passada e futura. Encontro com o neto do fundador da FELCO. 8 Após onze anos a liderar a FELCO, nove dos quais como director geral, Laurent Perrin instalou-se em Vancouver, onde justamente iniciou a sua carreira na FELCO. Esta partida obedece a uma lógica."Até há pouco tempo, fui director da FELCO, administrador de outras sociedades do grupo, director da"holding"e um dos accionistas: isso são muitas funções em simultâneo, o que dificulta saber em nome de quem ou do quê falamos". O lançamento na América do Norte Após a conclusão dos estudos de engenharia em 1992, Laurent Perrin inscreveu-se numa pós graduação em gestão, num curso pós-laboral em Lausanne. Simultaneamente, trabalha em part-time como engenheiro de desenvolvimento na... FELCO. Dois anos depois, instala-se na região de Génova, onde começa a trabalhar como responsável de métodos de uma empresa subcontratante de aeronáutica. Aí, ficaria até 1999. Ele e a sua mulher depressa começam a ter vontade de"viajar ao sabor do vento". Vão para o Canadá, como imigrantes à procura de aventura. Algumas semanas antes de partir, Laurent sabe, através do pai, que o importador Norte-Americano procura trabalhadores. A oportunidade caiu-lhe em cima... Laurent entra em contacto com o importador, sediado em Seattle, e passa um ano a fazer um estudo completo do mercado Norte-Americano. Primavera de 2000. Conjunção de elementos familiares e profissionais. Nasce o primeiro filho do casal. A vontade de regressar à Europa cresce. Na mesma ocasião, o pai de Laurent Perrin anuncia que se vai reformar. Após a bem-sucedida experiência do filho na América, sugere-lhe que vá trabalhar para a sede da FELCO e que continue o seu trabalho ao fim de dois anos. Regressa assim à Europa no Outono de 2000, um período de transição para a empresa. Félix Flisch, o avô emblemático, falece algum tempo depois. Laurent torna-se assistente de seu pai."A minha entrada não foi das melhores", diz ele."Algumas das pessoas já lá trabalhavam há algum tempo e houve alguns que não me viam com bons olhos". A importância do trabalho em equipa quaisquer receios quanto ao futuro:"estou convicto de que o meu sucessor, Christophe Nicolet, conseguirá ter uma visão muito mais ampla do que a minha nos anos vindouros". Tem alguns arrependimentos? O de não assistir à concretização final do projecto FELCO Motion, que demonstrará a perícia tecnológica e industrial da empresa."Não tenho medo de dizer “que isso é o meu bebé”". Uma nova vida? O afastamento - físico - da FELCO permitir-lhe-á mudar as suas prioridades e de dedicar mais tempo à família."Não acompanhei o crescimento dos meus filhos". Mas não se pense, por um só momento, que Laurent Perrin, entrou na pré-reforma. A criação de uma subsidiária da FELCO no continente Norte-Americano permitirá conquistar parte do mercado."Isso é um desafio muito grande!" Poderá ele também dedicar-se à sua"paixão"pelo ensino?"Tenho uma grande vontade de transmitir o conhecimento que adquiri durante todos estes anos." Instala-se e dá início a alguns processos, obtém o certificado ISO 9000 e 14000 em 2002. Início de 2003, assume a liderança da FELCO. A sua primeira tarefa? Criar uma equipa de direcção. Balthasar Kirchner, responsável pelas finanças, integra a equipa. FELCO, não tem apenas um passado de famílias ou de negócios, mas também um passado de homens, de reencontros... Como o reencontro com Stéphane Poggi que entra na FELCO, como Directora de Vendas e de Marketing, a 1 de Setembro de 2003. Poderíamos facilmente imaginar o neto do fundador de um negócio de família como alguém solitário e patriarcal. Não é nada disso."É uma utopia pensar que se pode ser o único capitão a bordo. A direcção não é apenas um único homem, mas uma equipa."Equipa que cresceria ao longo dos anos. Actualmente, Laurent traça um quadro bastante positivo dos últimos onze anos em Geneveys-sur-Coffrane."A nossa empresa é robusta, com boas práticas empresariais". Perante a iminência desta nova expatriação, não temos RETRATO SH 9 A POLÓNIA, O POMAR DA EUROPA REPORTAGEM A Polónia é o maior produtor de maçãs da União Europeia. Crónica de viagem. 10 A primeira etapa da nossa viagem ao reino da maçã polaca, Skierniewice, em pleno coração do país. A reputação desta pequena vila de 50.000 habitantes deve-se, parcialmente, ao instituto de pesquisa de pomologia, fundada em 1951 e dependente do ministério da Agricultura e do Desenvolvimento rural. A sua missão é implementar na prática os trabalhos científicos efectuados, nomeadamente, pelo departamento de pomologia. Uma cultura não estratégica para o regime comunista O professor Augustyn Mika, especialista em maçãs, falou connosco. Desde logo, é bastante directo:"a produção de maçãs na Polónia é a mais importante da Europa", mesmo à frente da Itália e da França. Revela-nos alguns valores: 2,5 milhões de toneladas por ano, ou seja, mais de 80% da produção frutícola do país, 170.000 hectares dedicados à cultura da maçã... os números são impressionantes. Para os compreender, devemos considerar a história recente da Polónia. Durante o regime comunista, várias culturas foram consideradas estratégicas, como o trigo, os cereais e mesmo as batatas. O Estado fixava os preços, a um nível muito baixo. Para outros tipos de produção, considerados pouco importantes pelo regime, os preços eram livres. Foi o caso da maçã e isso explica porque é que muitos agricultores preferiram arriscar neste sector esquecido pelo Estado. Entretanto, as autoridades tinham uma grande necessidade de fazer entrar divisas."Nunca exportámos maçãs em grande volume para o Ocidente. Por outro lado, muito de sumo concentrado de maçã foi exportado para a Alemanha,"indica o professor Mika. Antes de passarmos à próxima etapa da nossa viagem pela Polónia, o professor Mika revela-nos mais conselhos práticos para desenvolver o nosso próprios pomares. Primeiro ponto: a localização, se possível num ponto alto para apanhar muito sol e para evitar o gelo de Inverno. De seguir, é necessário obter canivetes de enxertia, disponíveis nos viveiristas. Augustyn Mika recomenda que se obtenham com um ano de antecedência, para garantir a colheira da variedade de maçãs pretendida. O papel dos viveiristas não é apenas vender canivetes de enxertia, mas também desenvolver novas variedades que possam ser aceites pelos consumidores. Assim, os gostos, as cores e a resistência ao clima são testados... Enfim, o professor recorda-nos que a Polónia é um país muito seco, com um volume anual de precipitação na ordem dos 500 milímetros, quando o volume em França ultrapassa os 800. Daí, a importância de um sistema de irrigação eficiente. Uma indústria de alta tecnologia De carro, viajando para o ocidente, para a aldeia de Kalisz onde nos encontraremos com os dirigentes da EKO-WITAMINA, um dos maiores grupos de produtores de maçãs da região. 90% da sua produção é vendida sob a sua própria marca, maioritariamente na Polónia, com alguns clientes a Leste. À frente do grupo estão dois irmãos que transformaram os pomares existentes numa indústria. Indústria de alta tecnologia, teremos vontade de nos juntar Implementada em Maio de 2010, a linha de selecção é a mais moderna do país e pode gerir até 8 toneladas por hora. Conduzidas através de um engenhoso canais, as maçãs são pesadas, medidas e fotografadas de todos os ângulos (são tiradas 8 fotos de cada fruta). O responsável pela qualidade da EKO-WITAMINA explica que, graças a este sistema completamente automatizado,"o operador pode seleccionar as maçãs por peso, por tamanho e até pela cor". Com um clique, todas as maçãs vermelhas, e apenas as vermelhas, são conduzidas e embaladas. As maçãs que não são imediatamente seleccionadas, são armazenadas em câmaras frigorificas (1,5 graus), com uma atmosfera permanentemente controlada (1% de oxigénio, 2% de monóxido de carbono). Aqui, em Kalisz, os armazéns contêm 4.000 toneladas de maçãs, às quais se juntam 6.000 toneladas conservadas um pouco por todo o país. Tudo é controlado e o único risco são"os imprevistos climatéricos."São prova disso as cheias que a Polónia sofreu em 2010 e que prejudicaram significativamente a produção. FELCO, um parceiro de selecção REPORTAGEM Conselhos práticos 11 Aqui, só utilizamos tesouras de podar FELCO, desde há 20 anos a esta parte."São ferramentas profissionais. Utilizamos a maioria dos modelos, desde os mais pequenos aos mais grandes, principalmente os modelos de uma mão", salientam os dirigentes. Isto confirma as propostas de M. Otwiaska, que dirige a Euroflora, a sociedade que importa a FELCO para a Polónia:"A FELCO domina 90% do mercado polaco das tesouras de podar de uma mão". No dia anterior, Augustyn Mika tinha confidenciado que gostava REPORTAGEM Augustyn Mika 12 bastante dessas tesouras suíças"que são de muito boa qualidade e que duram muito tempo". SH Andrzej Otwiaska VIAGEM POR UM JARDIM INGLÊS A cerca de vinte minutos do caminho em redor da Piccadilly Line, à medida que as casas idênticas dos subúrbios dão lugar progressivamente às belas moradias rodeadas de jardins, Capel Manor esconde-se por detrás de um longo muro de tijolos. Martin Day, um dos três jardineiros responsáveis pelo jardim, conduz-nos à descoberta dos 12 hectares e dos 60 jardins históricos e temáticos desta magnífica manta de retalhos de jardins ingleses. Garden” em Junho de 2010. A ideia seria recriar as ruínas de uma mansão gótica que se encontrava aqui há já 8 séculos e reconstruir um jardim da época,"explica Martin, mostrando um jardim de rosmaninho."Não existem planos, nem gravuras da época, por isso foi difícil saber que plantas e que flores estariam de acordo com a mansão", continua. As rosas serão, certamente, utilizadas. A história da paixão dos Ingleses pelas rosas é bem conhecida. No início da história, um jardim do Século XIII A alguma distância do que resta da torre da mansão, uma pequena piscina está repleta de plantas aquáticas."Capel Manor é também uma escola de horticultura. Aproveitamos todo o Martin faz-nos recuar até ao século XIII."A Rainha Isabel II acabou de inaugurar a “Old Manor House REPORTAGEM "O meu corpo é o nosso jardim, a minha vontade um jardineiro", escreveu William Shakespeare em Othello. É bem sabido que os Ingleses nunca deixaram de amar os seus jardins. A área de Capel Manor, no Norte de Londres, é o lugar ideal para descobrir esta riqueza e diversidade. 13 espaço para plantar espécies de plantas que os alunos e o público poderão descobrir", adianta Martin. Viagem por jardins temáticos Um pouco mais adiante, o nosso olhar é atraído por uma sebe formada por uma sucessão de panelas de escapa pintadas de cores diferentes. O contraste com a"loucura gótica"da mansão é notório."Sim, é surpreendente, afirma Martin sorrindo, quem criou este espaço foi Kim Wilde, sabem, a cantora que se converteu à jardinagem". E sim, a heroína de Laurent Voulzy é actualmente uma jardineira paisagística de renome... Não é a única celebridade que se tornou perita em jardinagem. O Príncipe Carlos tem a reputação de saber mais sobre horticultura que um professora entendido na matéria. Deve ser de família, porque no corredor dos jardins em miniatura, Martin faz uma paragem junto ao da Rainha Mãe."Adorava rosas e as cores malva, violeta e púrpura. Recriámos esta zona à sua imagem", diz Martin. Imaginamos imediatamente a Rainha Mãe a saborear o seu gin tónico diário, rodeada pelas suas rosas. REPORTAGEM Do outro lado do corredor, um jardim típico das pequenas casas vitorianas da aldeia revela o aspecto formal dos jardins dianteiros ingleses."Aqui encontramos plantas herbáceas coloridas. São plantadas o ano inteiro em canteiros de sebes cortadas com uma altura baixa. 14 A isto chamamos box gardening". O contraste é ainda mais notório com a peça seguinte onde reina uma bonita amálgama de rosas trepadeiras, de glicínias e de vides-brancas. Uma sábia mistura que faz lembrar o magnífico jardim da casa de Anne Hathaway, a esposa de Shakespeare... Do século XVII à resplandecência vitoriana De seguida, Martin sugere uma viagem no tempo, à descoberta da resplandecência vitoriana e da opulência da época da Rainha Vitória. No caminho para as estufas, onde a sua colega Sharon se ocupa com paixão da propagação das herbáceas, Martin mostra-nos jardins perfeitamente simétricos do século XVII, com sebes volumosas, mas cortadas ao milímetro. De súbito, pára em contemplação diante de um jardim de sebes de flores de thalia:"Olhem como são bonitas. Nunca sabemos como vão resistir ao Inverno e florescer, de um ano para o outro". Enterrada nos seus livros, nos seus planos, nas suas ferramentas e mesmo nas suas sementes, Sharon não tem momentos mortos."De momento, há muito para fazer, explica-nos em relação à sua paixão pelas plantas, estou a preparar um novo tapete de flores e faço tudo de A a Z. É apaixonante". Diz-nos ter identificado a sua tesoura FELCO para não ser levada por um aluno do liceu ou colega! Crença partilhada por Martin:"as ferramentas FELCO são muito leves e fiáveis. Fazem a inveja de todos, especialmente Martin Day entre os estudantes, que nos obrigam a escondê-las..." A visita à Capel Manor chega ao fim e já sentimos a vontade de regressar e de descobrir outros jardins. Nada de mais fácil: o país de Shakespeare, do Príncipe Carlos, da sua avó e de Kim Wilde tem os jardins mais fascinantes do mundo. Élisabeth Blanchet REPORTAGEM Para dar vida às suas criações, Sharon inspira-se nos jardins vitorianos."É a riqueza da época que me fascina e também a combinação de espécies, de cores. Os Vitorianos não hesitavam em entregar-se ao excesso e à extravagância. Chegavam mesmo a mudar os canteiros de flores das suas casas durante a noite para impressionar os convidados logo de manhã"... 15 FELCO E A INTEGRAÇÃO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS No seio da empresa suíça, as pessoas com deficiências sempre foram bem recebidas. Exemplos cruzados com Aurélie e Patrick. FELCO - RESPONSABILIDADE Hiperactiva, Aurélie termina a sua"formação como técnica de embalamento e logística", na FELCO. 16 Parece que Aurélie era bastante tímida quando começou a trabalhar na FELCO. Temos dificuldade em acreditar nisso, porque a jovem recebe-nos com bastante à vontade."Hoje sou menos tímida, explica-nos, e tenho confiança em mim própria". Hiperactiva, Aurélie integrou inicialmente a unidade protegida Alfaset implementada nos locais da FELCO. Antes de ser contratada, ao fim de 4 meses, pela empresa. A integração de Aurélie decorre de tal maneira que temos dificuldade em encontrar que problemas possam ter ocorrido por causa da sua deficiência. Deficiência? Não mencionem essa palavra perante Josiane Jacot, responsável pelos Recursos Humanos da FELCO."Não gosto dessa palavra. Prefiro falar de pessoas com dificuldades de integração". No dia-a-dia, a sua hiperactividade obriga a jovem a um tratamento diário."Se não tomo a medicação, trabalho lentamente, e estou desconcentrada a maioria do tempo". À parte isso, Aurélie tem o mesmo horário de trabalho e as mesmas exigências que os seus colegas em termos de produtividade. Com dia e meio de formação por semana, Aurélie passa grande parte da semana na unidade, onde se ocupa das embalagens, da logística e do controlo. Para Josiane, a integração de Aurélie é um verdadeiro caso de sucesso."É muito raro conseguir retirar uma pessoa de uma meio protegido e integrá-la no meio profissional". E devemos sublinhar que isso deve-se tanto á vontade da pessoa como da empresa. Conclusão de Josiane Jacot:"actualmente, vejo Aurélie como uma aprendiza, e não como uma pessoa com necessidades especiais". E é como tal que Aurélie gosta de ser vista: como uma aprendiza. Nem mais, nem menos. equipada com todos os dispositivos de segurança obrigatórios. Mas para além disso?"Nada de especial, basta simplesmente que coloquem nas minhas mãos todas as ferramentas de que preciso para trabalhar". As relações com os colegas "O meu chefe e os meus colegas ajudam-me, preparando-me o trabalho", explica Patrick."A partir daí, sou totalmente autónomo". Já memorizou"a disposição da usina"e consegue orientar-se sem ajuda."Nunca tenho a ajuda de ninguém". "Claro que foi preciso criar um distribuidor de óleo para mim", explica Patrick Vuillème, cego à nascença."É como se metessem pasta de dentes na escova e tentassem escovar os dentes com os olhos fechados: a pasta espalha-se por todo o lado!", diz-nos com uma grande gargalhada. Patrick começou a sua edução na escola para cegos de Lausanne, e depois no liceu secundário clássico em Cernier."Quis transitar entre as duas escolas, porque uma pessoa integra-se melhor na sociedade se estudar com os outros". Participou num curso de formação como mecânico no centro de especialização de Morges, que forma pessoas com deficiências físicas. O reencontro com a FELCO Em 1985, o seu antigo professor de formação ajudou-o a encontrar trabalho, após um breve período de desemprego técnico."Contactámos a FELCO por telefone. Apresentei-me com ele e, dez dias depois, fui contratado". Há alguns anos, após uma restruturação da unidade, as funções de Patrick mudaram."Mudei de unidade e agora faço cinco ou seis trabalhos diferentes". Instalação de rebites, montagem das lâminas nas tesouras, martelagem..."Quase todos os dias recebo tarefas diferentes. É muito interessante". Isto requer algumas adaptações, como o distribuidor de óleo. Ou ainda esta prensa A excelente relação entre Patrick e os colegas não termina quando sai da unidade. Testemunho de Alic, que trabalha com Patrick há 6 anos,"quando organizamos um serão ou um jantar após o trabalho, vamos buscá-lo a casa". Com uma nova gargalhada, Patrick conclui o encontro:"já fui ao bowling com amigos, mas... nunca acerto nos pinos! SH FELCO - RESPONSABILIDADE Após 25 anos, Patrick Vuillème trabalha nas unidades da FELCO. Cego, ele é a prova de que uma pessoa com deficiência consegue integrar-se na empresa. Por vezes, tem que explicar aos colegas como o podem ajudar."Não conduzimos um cego, porque isso não lhe dá confiança. Seguramo-lo pelo braço e falamos com ele". Mas"nunca recuso uma ajuda, por uma questão de princípio". 17 DIRECTAMENTE DA UNIDADE PRÉTAT, ESPECIALISTA EM MATRIZAGEM 18 Parte integrante do grupo FELCO desde há vinte anos, a sociedade Prétat é especialista em matrizagem a quente de precisão de alumínio e de metais não ferrosos. É nos locais da Cornol, na Jura suíça, que são matrizados as tesouras FELCO. A matrizagem é uma"técnica de deformação plástica usada para a criação de uma peça em bruto a uma temperatura adequada". Mas a Prétat vai mais longe que a simples matrizagem."Estamos completamente integrados: para além das características especificas de matrizagem, efectuamos outros trabalhos em peças, como maquinação,o tratamento ou polimento", precisa Alain Flury, director geral. Estas são aquecidas num forno, depois colocadas na matriz (parte baixa das ferramentas). É aplicado um lubrificante, que vai facilitar a deformação. A sua função é dupla: sem ele, a peça em bruto ficaria colada às ferramentas. Ao mesmo tempo,"ajuda a matéria a entrar em locais de difícil acesso". Este fluxo de matéria é operado pela percussão: o furador (parte superior da ferramenta) entra em contacto com a peça Um processo de várias etapas É importante salientar que as duas partes da ferramenta (matriz e furador) nunca tocam uma na outra", insiste Alain Flury. A peça serve de amortecedor de pancadas. Existe forçosamente um excesso de matéria a que chamamos"rebarbas". Primeira operação, serragem. A matéria prima (principalmente o alumínio mas também o latão, o cobre, entre outros) chega em forma de barras que derretidas em peças em bruto. Quarta fase, o corte Prensas a frio (mais pequenas que as utilizadas para matrizagem) descem muito lentamente por intermédio de um sistema hidráulico e cortam a peça Esta é depois soprada com ar comprimido para remover as limalhas e, se aplicável, dar conformidade A peça fica, assim, com uma forma perfeita... mas foi escurecida peça oxidação causada pela aquecimento. Um tratamento químico (para o alumínio), ou com ultra-sons ou rolos (para o latão ou o cobre), permite repor a cor original. Para alguns clientes, a operação fica por aí. Isto é, nomeadamente, o caso da FELCO. Após um último controlo, as peças são embaladas e enviadas de Cornol para Geneveys-sur-Coffrane. Mas, cada vez mais, os clientes de Prétat querem peças criadas em fábrica. Uma unidade de maquinação vai assim efectuar recuperações (abertura de roscas, fresagem, perfuração...). Uma simulação informática As ferramentas são concebidas pelo departamento técnico. Com a ajuda de um software de simulação bastante avançado, os engenheiros conseguem testar as ferramentas mesmo antes da criação do protótipo. Isto minimiza qualquer atraso da implementação da matriz e do perfurador e, por conseguinte, o reduz o custo para o cliente. Isto permite também afinar a oferta comercial: o software determina a força da prensa necessária. FELCO, um cliente importante, mas não único Fundada em 1947 por Arthur Prétat e os seus dois filhos, a empresa foi convertida em sociedade anónima em 1985. Alguns anos depois, em 1992, a FELCO SA tem uma participação no capital da Prétat SA. Em 1997, a empresa adquire todas as acções. Actualmente, a FELCO representa um bom terço da actividade da Prétat. Mas os 85 empregados trabalham também para a Vuitton, as máquinas de café ThermoPlan, Bosch, e para o grupo Alstom... De salientar que o volume de negócios com a FELCO tem sido reduzido desde há alguns anos. Terá a FELCO encontrado um outro fornecedor? Não, a actividade da Prétat continua a evoluir... SH DIRECTAMENTE DA UNIDADE Se o latão ou o cobre não recebem tratamento térmico, o mesmo não acontece com o alumínio. Nesta fase, este material perdeu, com efeito, todas as suas características mecânicas. Um choque térmica irá repor essas propriedades. Aquecidos até 450 graus durante duas a três horas, as peças são mergulhadas brutalmente num recipiente de água fria. 19 MEDIABIN: UM PLANO PUBLICITÁRIO COM APENAS ALGUNS CLIQUES INICIATIVAS A partir de 2011, a FELCO implementou ferramentas de criação de anúncios publicitários e de documentos comerciais Objectivo: facilitar a gestão de planos de anúncios pelos importadores locais. Explicações. 20 A FELCO lançou, em Março de 2011, duas novas ferramentas para facilitar a vida da sua rede de distribuição. Integradas na MediaBin (galeria de imagens disponível em qualquer ponto), estas duas aplicações são de acesso livre. Anúncios FELCO personalizados Primeira ferramenta: a criação e personalização de anúncios FELCO. Até estes últimos meses, os importadores ou revendedores tinham que recorrer aos serviços de gráficas para criar os seus anúncios publicitários"Até ao presente, não faziam ou faziam muito poucas campanhas publicitárias, porque era muito complicado fazê-lo", explica Catherine Schmid, Directora de Recursos de Marketing da FELCO."Com este sistema, vamos simplificar o sistema. Só é preciso conhecer os dados técnicos dos jornais e escolher um formato semelhante aos que propomos". Uma vez ligado à MediaBin, o importador selecciona o formato do anúncio pretendido, especificando os tamanhos exactos e seleccionando o tipo de anúncios daqueles que são propostos (Green, Power assisted, Industrial...). Depois, introduz o seu texto (3 linhas por anúncio propriamente dito, 2 linhas para a morada e 1 linha para indicar a associação com a FELCO) e...já está. Em poucos minutos, um ficheiro de alta qualidade é criado, directamente utilizável pelo jornal de suporte da publicidade. Regula Brast, Assistente de vendas do mercado suíço, não é parco de elogios em relação ao sistema."É genial!", confia-nos."Preparo os meus planos publicitários para o ano e depois organizo-me". Regula pode criar, ao seu próprio ritmo, um anúncio especificamente adaptado ao alvo (amadores, profissionais...) ou à estação (Natal...)."Crio o meu próprio anúncio em dois minutos. Além disso, graças a este sistema, posso reagir em caso de emergência. O que antes não era possível". Para Regula, este novo sistema torna-a"totalmente autónoma e muito mais eficiente". Documentos comerciais uniformizados Lançada em simultâneo com a primeira ferramenta, uma outra aplicação integrada com a MediaBin permite aos importadores criarem, com alguns cliques, os seus documentos comerciais: folhas com cabeçalhos, envelopes, cartões de visita. Tudo é acessível fácil, rápida e gratuitamente. E respeita a carta gráfica implementada em 2010. O acesso a este sistema está reservado a importadores. No entanto, os responsáveis pelo mercado suíço propõem às revistas que vendem as ferramentas FELCO imprimirem os seus cartões de visita. O verso contém a carta do retalhista, e a frente tem as cores da FELCO. Catherine Schmid explica que se trata"de um serviço prestado às revistas". MediaBin, a galeria de imagens da FELCO Disponível através do website www.felco.com, MediaBin contém as imagens úteis à rede de distribuição, sejam fotos de produtos, da sociedade ou mesmo símbolos. É uma"espécie de self-service onde todos os interessados podem procurar a ilustração de que precisam", afirma Catherine Schmid. E Catherine prevê que não se vai ficar por aí. Nos próximos meses, o sistema permitirá, com uma velocidade maior, gerir vídeos. SH INICIATIVAS Com mais de 18.000 downloads efectuados em 2010, a ferramenta mostra ser popular. Cada ligação à MediaBin implica, em média, um download de 10 imagens. 21 RÉTROPOMME DEFENDE AS FRUTAS DA SUÍÇA ROMANDA Os amantes suíços de frutas e de história lutam pela diversidade do património frutícola. Encontro com a Rétropomme, de quem a FELCO é parceiro fiel. Criada em 1987, Rétropomme tem um objectivo simples, mas ambicioso:"preservar o património frutícola da Suíça romanda", explica Boris Bachofen, responsável pela associação. Após 20 anos, a associação dedica-se a criar uma colecção de variedades de frutos típicas da Suíça romanda. A pergunta é se é essencialmente a acção do homem que é responsável pela extinção das espécies. Em causa, a expansão das vilas e das vias que implicam, sem dúvida, o desaparecimento dos pomares tradicionais e obrigam à protecção de determinados frutos A RECEITA DE SUMO DE MAÇÃ QUENTE DE BORIS Por cada 5 litros de sumo de maçã, adicionam-se 2 gotas de baunilha, 2 paus de canela, 2 estrelas de anis estrelado e 4 cravinhos. Aqueça parte do sumo de maçã com a canela. Deixe infusar. Depois, adicione o resto do sumo de maçã e sirva quente! UM OLHAR Os"pomares de conservação" 22 Até à data, foram identificadas 500 variedades de frutas e 250 outras estão a ser estudadas. Maças, é certo, mas também pêras, ameixas e cerejas e, menos significativamente, pêssegos de vinha, castanhas e nozes. A colecção oferece actualmente uma enorme diversidade de sabores, de cores, de formas e de tamanhos. De um lado, a pêra livre (meio quilo!). Do outro lado, uma pequena pêra de 3 a 4 gramas,"sete na boca"(porque conseguimos meter sete na boca ao mesmo tempo). Os frutos são cultivados nos"pomares de conservação", que são 5 ao todo (Neuchâtel, Vaud, Valais, Fribourg e Jura). Com uma superfície total de 10 hectares, estes pomares são"uma espécie de museu", indica Boris. FELCO, um parceiro fiel Desde há 15 anos a esta parte, a FELCO patrocina a Rétropomme, com um donativo anual."A FELCO teve a generosidade de dizer: farão com este dinheiro o que bem entenderem", explica Boris. A empresa de Geneveys-sur-Coffrane é, assim, o mais importante parceiro privado da associação. Para estruturar o crescimento da Rétropomme que conta actualmente com mais de 450 membros, optou-se pela criação de uma fundação. Objectivo: assegurar à Rétropomme"um suporte estável e profissionalizado para todas as tarefas administrativas". Laurent Perrin irá exercer as funções de presidente do concelho da fundação durante o período de transição. Também consta do programa para 2011 o lançamento de uma pomologia por Bernard Vauthier, uma das figuras-chave da Rétropomme. O livre descreverá a história da fruta na Suíça romanda desde o fim da Idade Média. Para Boris,"actualmente, agora que os gostos de estandardizam, valerá a pena conservar esta diversidade". Laurent Perrin concorda completamente:"Existe um trabalho de vulgarização a fazer para sensibilizar o público para o facto de que mação não significa golden, e que existem outras variedades que são superiores". SH O MARINHEIRO E A FERRAMENTA QUE ELE JUROU NUNCA USAR Agora que o veleiro está pronto, vem a questão do equipamento."Em caso de desmastreio, precisam de um cortador e só uma marca vale a pena FELCO", anuncia o profissional de La Rochelle. Andréas sorri, ele que entregou a primeira edição do prémio da empresa da suíça romanda, em 2005, a Laurent Perrin. Deixa-se convencer facilmente. De qualquer maneira, um desmastreio nunca acontecerá e muito menos numa embarcação nova... Meados de Julho de 2010,"Cadences"parte do estaleiro. Andréas, a sua mulher e os seus três filhos embarcam para testar o veleiro. Direcção: La Corogne. Nono dia de viagem, bom tempo, 10 a 12 nós de vento, vagas normais. Viragem de bordo. Ping. O mastro parte-se. Dois marinheiros bretões vêm em seu socorro. Os três homens passarão três horas a tentar salvar o mastro. Antes de decidirem deixá-lo afundar-se nas profundezas. Andréas agarrou no seu cortador FELCO e cortou estais e escoras. "E se não tivéssemos conseguido cortar os cabos? Não sei como teríamos regressado..." SH COLABORAÇÃO Banqueiro suíço de profissão, Andréas Giesbrecht é um marinheiro experiente. Foi no distrito de La Rochelle que decidiu construir o seu novo barco. Objectivo: navegar no mar do norte 23 99032.07-V08/11-PT