VERÃO N.80 siemens.pt VERÃO 2015 • N. 80 A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL Em Foco O FUTURO DA INDÚSTRIA NA FEIRA DE HANNOVER 2015 Tema de Capa OS DESAFIOS DA INDÚSTRIA PORTUGUESA Destaques 110 ANOS DA SIEMENS EM PORTUGAL 1905 1934 1876 Estabelecimento da Siemens na Rua Augusta. Introdução do negócio de eletrodomésticos. A Companhia Portuguesa de Eletricidade Siemens inicia as suas atividades em Portugal. Fornecimento de um forno para a indústria vidreira na Marinha Grande. 1895 1913 Motores Siemens equipam elétricos da Companhia Carris, no Porto. Fornecimento de equipamentos para a central hidroelétrica de Santa Rita (Fafe) e para a central termo-elétrica de Massarelos (Porto). 2003 Criação do Laboratório de Redes Óticas e de um Centro Mundial de I&D de software para as redes de UMTS e GPRS. 1955 Fornecimento de 24 carruagens para o Metropolitano de Lisboa. 1998 2002 Um milhão de telemóveis vendidos. Adjudicação do projeto “chave na mão” para o Metro Sul do Tejo: material circulante e infra-estruturas eletromecânicas. 2000 2001 Instalação do centro de Competências para aplicações UMTS. Contrato para renovação da Central do Ribatejo. Início de funcionamento da central da Tapada do Outeiro, projeto “chave na mão” desenvolvido pela Siemens. A Expo’98 teve a colaboração da Siemens como patrocinadora e fornecedora de equipamentos e serviços tecnológicos. 2005 2010 Estabelecimento de parceria com a Gulbenkian para a Biologia Computacional. 2004 Fornecimento de soluções integradas para nove dos dez estádios de futebol do Euro2004. Desenvolvimento e operação do Terminal de Passageiros temporário criado para fazer face ao fluxo de passageiros no aeroporto de Lisboa. Projeto do Hospital da Luz: fornecimento de soluções de imagiologia, tecnologias de informação entre outros sistemas. Protocolo com o MOBI-E (a entidade portuguesa responsável pela dinamização da mobilidade elétrica em Portugal) para soluções de carregamento de carros elétricos. 2008 Início da construção da central de Ciclo Combinado do Pego, uma das mais eficientes centrais do mundo. 2006 Aquisições da Bayer Diagnostics, da Diagnostic Products Corporation e da CTI tornam a Siemens líder mundial em diagnóstico integrado in-vivo e in-vitro. 2009 Assinatura protocolo com EMEF para criação de competências nacionais na área da montagem de material circulante ferroviário. 1987 Entrega da primeira central pública digital em Portugal no âmbito da substituição da rede telefónica pública por equipamento digital. 1964 A Siemens inicia a atividade fabril em Portugal, através da aquisição da Motra-Equipamentos Elétricos produtora de motores e transformadores. 1971 1989 Inauguração da nova Sede “Dois Moinhos”, em Alfragide. Arranque da nova Fábrica em Évora, produtora de relés (Material de Telecomunicações). 1990 Assinado com a CP o contrato de fornecimento de unidades elétricas para a linha de Sintra. Assinados contratos com CTT e TLP para implementação da primeira rede móvel. 1995 1997 Início de atividades da Fábrica Condensadores de Tântalo em Évora com um investimento inicial no valor de 50 milhões de euros. 1996 Constituição da Siemens Semicondutores, S.A., Vila do Conde. 10 comboios pendulares da CP são equipados com sistemas elétricos de controlo e tração Siemens. Entrada em funcionamento do novo Hospital de Leiria, projeto “chave na mão” realizado pela Siemens. Carlos Melo Ribeiro é o primeiro português a liderar a empresa em Portugal. 1992 Constituição da Fábrica do Seixal - disjuntores e quadros elétricos. 2014 2011 Para a central hidroelétrica de Venda Nova III (EDP) a Siemens, S.A. forneceu o equipamento eletromecânico. 2012 Fornecimento de soluções aeroportuárias para quatro aeroportos de Angola - Soyo, Dundo, Saurimo e Luena. A Siemens Portugal foi nomeada um dos 30 lead countries do Grupo a nível global, ficando com a responsabilidade por apoiar o desenvolvimento do negócio em Angola e Moçambique. Inauguração do Centro de Competências IT Global Operation Lisbon. 2013 A Siemens soma 12 Centros de Competência nas áreas Energia, Infraestruturas e Saúde assim como serviços partilhados (recursos humanos, compras, finanças, etc). Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905 E isso vê-se em todos os momentos nos pequenos e grandes projetos. Energia · Indústria · Infraestruturas · Saúde A Siemens celebra este ano 110 anos de presença em Portugal e isso faz com que seja um dos mais antigos parceiros do país. Esteve com Portugal nas primeiras experiências de eletrificação do território e no crescimento da rede ferroviária. Ajudou a indústria especializada e, ao longo dos anos, dos eletrodomésticos ao equipamento médico, a Siemens foi sempre uma presença constante nos grandes momentos do país. Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905. https://www.facebook.com/siemensportugal https://twitter.com/SiemensPortugal https://www.youtube.com/user/ptsustentavel https://instagram.com/siemensportugal/ siemens.pt/110anos FOCO PÁ G I N A 5 TEMA DE CAPA BUSINESS TO SOCIETY PÁ G I N A 1 2 PÁ G I N A 2 4 Clipping – A Siemens nos media Relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa O futuro da indústria Tema de Capa: A nova era da indústria nacional ENERGIA SUSTENTÁVEL: páginas 22 a 28 Entrevista: António Pires de Lima – “A indústria é motor de desenvolvimento” Entrevista: Diogo da Silveira – “O crescimento da utilização do e-mail impulsionou a venda de papel” Opinião: António Mira DIRETOR-GERAL FUTURO DA INDÚSTRIA: páginas 39 a 40 INFRAESTRUTURAS INTELIGENTES: páginas 29 a 37 CENTROS DE COMPETÊNCIA DA DIGITAL FACTORY and PROCESS INDUSTRIES DRIVES da SIEMENS “A resposta à quarta revolução industrial” and PÁ G I N A 5 1 SAÚDE: páginas 41 a 44 ANGOLA E MOÇAMBIQUE: páginas 45 a 50 ST SUSTENTABILIDADE PÁ G I N A 5 4 Centro de Tecnologias de Informação comemora um ano de vida Reconhecimento na área dos autocarros elétricos em Portugal Centro Global de Gestão de Imobiliário ganha terreno internacional DESTAQUES PÁ G I N A 7 3 Resultados sólidos – A levar a “Engenharia made in Portugal aos quatro cantos do Mundo” Portos com alma lusa Lisbon Business Connections Uma pegada com 110 anos Geração 2015 – Desafio para jovens e futuros engenheiros Regresso a casa Centro Infantil da Cruz Vermelha Portuguesa recebe remodelação ATEC promove empreededorismo jovem Aposta na diversidade em Portugal RAIO-X INOVAÇÃO PÁ G I N A 6 4 Laboratório de Plasmas Hipersónicos apoia indústria espacial Pictures of the Future – Cenário 2030: Rumo à realidade Crescimento sustentável Valorização do talento em Portugal Pioneirismo no setor energético nacional 30 anos de inovações em ressonância magnética I LOVE SIEMENS PÁ G I N A 8 0 O setor da indústria em resumo A marca nas Redes Sociais Disponível em versão ipad e android IMPRESSUM: Diálogo Publicação da Siemens em Portugal PROPRIETÁRIO E EDITOR: Siemens, S.A. DIRETORA: Joana Garoupa - Tel.: 214 178 225 joana.garoupa@ siemens.com COORDENAÇÃO GERAL: Ana Ribeiro - Tel.: 214 178 504 [email protected] e Sandra Pimentel - Tel.: 214 178 587 [email protected] COLABORADORES: Cátia Rocha, Hugo Modesto, Inês Delgado, Inês Luís, Ira Litwinoff, Luísa Silva, Paula Baixinho, Rita Conde, Rita Silva, Salomé Faria, INFORMAÇÃO: CG - Communications & Government Affairs, Siemens, S.A. - Tel.: 214 178 504 ENDEREÇO POSTAL: R. Irmãos Siemens, 1 . 2720-093 Amadora . internetrequest.pt@ siemens.com EDIÇÃO, DESIGN E PAGINAÇÃO: serviço Custom Publishing da PURE Ativism SEDE DE REDAÇÃO: R. Irmãos Siemens, 1 - 2720-093 Amadora PERIODICIDADE: Trimestral TIRAGEM: 4000 exemplares NÚMERO DE REGISTO ERC: 124 862 DEPÓSITO LEGAL n.º 22.851/88 A DIÁLOGO NA INTERNET: http://www.siemens.pt - Conteúdos escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico Caso queira participar uma violação às regras de conduta internas “Business Conduct Guidelines”, contacte pelo e-mail: [email protected] Indústria 4.0: Por um Portugal Digital MELO RIBEIRO Administrador Delegado e Chief Executive Officer A indústria é um dos motores decisivos para o desenvolvimento do país, sendo o grande impulsionador das exportações nacionais. A aposta na exportação e internacionalização foi, talvez, a melhor resposta das indústrias portuguesas aos efeitos da crise financeira que o país tem vindo a atravessar. o processo não irá decorrer de um dia para o outro. Mas as bases do futuro já estão lançadas, até porque muitos componentes da Indústria 4.0 já estão disponíveis. Basta lembrar que o Fórmula 1 de Sebastian Vettel e o Mars Rover “Curiosity” foram desenvolvidos, no mundo virtual, com a ajuda do software de gestão do ciclo de vida do produto (PLM) Para que este setor de atividade seja bem- da Siemens, o que dispensou meses de testes -sucedido, além de melhorias de produtividade práticos desnecessários. é necessária uma forte política de inovação em relação a produtos, processos produtivos e co- Para preparar já hoje os recursos humanos merciais, e uma decisiva captação de talentos. que irão ditar as regras desta nova era, estaTodos estes fatores são relevantes, ainda mais belecemos com o Estado português o protoquando sabemos que Portugal e a Europa estão colo Engenharia Made in Portugal que dotou no limiar de uma nova revolução industrial. as principais universidades e escolas técnico-profissionais com licenças de software e kits Tal como as três revoluções industriais an- de automação Siemens, aproximando o ensiteriores, a atual, a quarta – Indústria 4.0 –, no teórico/prático das necessidades reais da assinala uma nova era na produção que visa indústria nacional e da sua modernização. interligar os fluxos de dados entre parceiros, A iniciativa também pretende criar condifornecedores e clientes e a integração vertical ções para que os futuros engenheiros acedam dos ciclos produtivos dentro das organizações, a uma formação cada vez melhor, fundamendesde o desenvolvimento até ao produto aca- tal para impulsionar a indústria e desenvolver bado. O mundo real irá fundir-se com o virtual a economia portuguesa. neste processo, em sistemas onde sensores e chips identificam e localizam produtos e em Nos dias de hoje, enquanto o universo da Inque estes conhecem o seu próprio histórico e dústria 4.0 começa a ganhar forma, vamos o seu estado atual. aprendendo e desenvolvendo o potencial que tem para se tornar um impulsionador de exEste novo panorama traz ganhos de eficiên- portação, não só em Portugal, como também cia e um aumento exponencial no dinamismo no resto da Europa. Se ficarmos parados, ficado setor, trazendo novos players e tecnolo- mos para trás. gias para o mundo industrial. É verdade que 5 FOCO A Siemens nos Media A indústria do futuro precisa de novos talentos. Esta é uma aposta da empresa. I MPR ENSA ANTÓNIO MIRA EM ENTREVISTA 01 O responsável pelas divisões da Indústria foi entrevistado pela revista Indústria, onde explicou o Prémio Nova Geração|15 no âmbito do projeto “Engenharia Made in Portugal”. “A competição foi pensada e desenvolvida com o objetivo de aproximar o ensino teórico e prático das necessidades reais da indústria nacional e da sua modernização”, avançou António Mira. Uma entrevista onde também se falou do papel da Siemens enquanto empresa de engenharia, na modernização da indústria nacional e na sua entrada na quarta revolução industrial. ORDEM DOS ENGENHEIROS ENTRA NO PRÉMIO NOVA GERAÇÃO Luís Mourato, responsável pela divisão Building Technologies. 05 A Siemens vai receber durante seis meses quatro estudantes universitários para estagiarem nos seus departamentos, como notícia a secção dedicada às novas tecnologias do Correio da Manhã. Esta oportunidade surge no âmbito do Prémio Nova Geração|15. 02 A Ordem dos Engenheiros (OE) associou-se à iniciativa Prémio Nova Geração|15, um concurso de ideias que visa distinguir e reconhecer as melhores propostas para o futuro da indústria portuguesa. Uma iniciativa da Siemens a que se juntaram a OE, a CIP e a COTEC, e que visa estimular a formação na área da engenharia. PRÉMIO NOVA GERAÇÃO|15 03 05 1 de fevereiro de 2015 19 de abril de 2015 Vida Imobiliária Correio da Manhã SIEMENS LIGA SIEMENS PROCURA TEORIA ACADÉMICA NOVOS TALENTOS 06 À INDÚSTRIA 04 02 Revista InGenium A multinacional Siemens quer incentivar os jovens futuros engenheiros a criarem uma indústria mais moderna e inovadora. 1 de janeiro de 2015 A PERSONALIDADE DOS EDIFÍCIOS DO FUTURO 03 01 Revista Indústria 1 de janeiro de 2015 6 As “qualidades verdes” dos edifícios – consumo de recursos, construção e operação sustentável – são e continuarão a ser um importante fator de diferenciação no setor imobiliário. Uma entrevista de 04 Expresso 28 de fevereiro de 2015 A Siemens Portugal está a desenvolver diversos projetos em parceria com cerca de 200 escolas e universidades nacionais que já envolveram mais de 47 mil alunos, disse ao Diário Económico António Mira. O responsável da Siemens pelo setor da indústria explicou, também, que o objetivo é encontrar novos talentos na área da engenharia. António Mira referiu, ainda, ao DE a existência de outros projetos da empresa alemã a este nível, como a Automation Academy e o programa PLM. 06 Diário Económico 27 de abril de 2015 20 ANOS DE CARREIRA 08 Carlos Melo Ribeiro conta como foi o seu percurso na empresa, os desafios da economia protuguesa e como fintou a crise. O NEGÓCIO DA SAÚDE 10 João Seabra, diretor-geral da região sudoeste da Europa, da divisão Healthcare, tendo a seu cargo a gestão de seis países, foi o convidado do programa “Página 2”. É responsável pela gestão do negócio em França, Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Bélgica. CENTRO DE COMPETÊNCIAS PARA A ENERGIA 07 A Siemens está a terminar mais um grande projeto de investimento em Portugal, desta vez na área da energia. Trata-se do 17.º Centro de Competências que o grupo abriu em Portugal. Numa entrevista ao Diário Económico, o responsável por esta divisão no país, Fernando Silva, fala dos desafios futuros e da estratégia da Siemens para a área da energia. Segundo este responsável, estamos a falar de uma equipa constituída por 350 pessoas na divisão de Energy Managment. T E L E VISÃO 08 Revista Exame SIEMENS APOSTA NA PROMOÇÃO DA CARREIRA DAS EXECUTIVAS 11 Ajudar a fazer crescer os negócios das empreendedoras portuguesas é objetivo do programa “The Mentoring Empresarial Connect to Success” que foi lançado pela embaixada norte-americana em Portugal. O programa prevê que grandes empresas portuguesas disponibilizem uma equipa para responder aos desafios do desenvolvimento de negócio destas mulheres. A Siemens é uma das empresas que disse sim a este convite. Entrevista a Joana Garoupa, diretora de Comunicação da Siemens Portugal. 1 de maio de 2015 PRESIDENTE DA SIEMENS RECEBIDO E AGRACIADO EM BELÉM 09 O presidente da Siemens AG, Joe Kaeser, foi recebido pelo Presidente da República, Cavaco Silva, que o agraciou com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial, por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal. 10 11 24 de fevereiro de 2015 2 de abril de 2015 RTP2: “Página 2” ETV: “Capital Humano” R ÁD IO CRESCIMENTO VERDE 12 Entrevista com Joana Garoupa, diretora de Comunicação da Siemens, sobre a Semana Nacional para o Crescimento Verde, Green Business Week, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa. 07 09 12 28 de abril de 2015 13 de maio de 2015 4 de março de 2015 Diário Económico Diário Económico TSF 7 Relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa Joe Kaeser visitou Portugal em maio por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal e foi homenageado pelo Presidente da República Portuguesa Depois de uma reunião com o management da Siemens Portugal para discutir plataformas de crescimento da empresa, o CEO da Siemens AG, Joe Kaeser, foi para a Presidência da República para ser agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial. Já depois de ter recebido as insígnias, o presidente da Siemens manifestou a sua “grande honra” em receber a distinção, dedicando-a a todos os colaboradores da Siemens em Portugal, notando que têm sido eles “a fazer a diferença”. “Estamos aqui há 110 anos e ficaremos cá por mais 110 anos”, prometeu. O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, sublinhou a relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa, considerando que a empresa tem ajudado a projetar o país como uma localização competitiva para o investimento. “Consideramos que a Siemens, como grande empresa global que é, tem ajudado a projetar Portugal como uma localização competitiva para o investimento. A Siemens está em Portugal há 110 anos e, ao ser observada por outros investidores internacionais, pode contribuir para que sejam tomadas decisões para que os outros invistam em Portugal”, afirmou o chefe de Estado, Cavaco Silva. Cavaco Silva, que falava antes de condecorar o presidente da Siemens, Joe Kaesar, lembrou que a empresa é um dos mais antigos grupos empresariais a operar no país, tendo ao longo do tempo contribuído para o desenvolvimento económico e social. Atualmente, referiu, emprega direta e indiretamente Joe Kaeser, CEO da Siemens AG, é agraciado por Cavaco Silva, Presidente da República, com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial colaboradores “altamente qualificados” e estabeleceu parcerias com universidades e instituições científicas, contribuindo desta forma para a investigação, o desenvolvimento e a inovação em Portugal, ao mesmo tempo que criou centros de competência que projetam o país por todo o mundo. “Há, portanto, uma relação de confiança – podemos dizer assim – entre a Siemens e a economia portuguesa”, frisou. Referindo-se à sua visita em 2009 à sede da empresa, em Munique, o Presidente da República recordou a forma como ficou impressionado com os projetos inovadores que então lhe foram apresentados, alguns dos quais trabalhados em Portugal e que depois “levam o talento português aos cinco continentes. “A Siemens é uma das maiores empresas a nível mundial, penso que tem a nível mundial mais de 300 mil colaboradores, é conhecida pela excelência da sua engenharia, da inovação, das soluções tecnológicas, pela procura incessante de resposta para os problemas do mundo moderno”, acrescentou. Complementarmente, e por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal, a visita de Joe Kaesar terminou com um almoço com alguns dos clientes Siemens e o ministro da Economia, Pires de Lima. 9 O futuro da indústria Soluções integradas com vista à otimização da produção industrial com ligações entre o mundo real e virtual são o cenário perfeito para conhecer o mundo 4.0 A Siemens apresentou as mais recentes inovações no caminho para a produção do futuro na edição de 2015 da Feira de Hannover, aquela que é considerada o maior certame do mundo sobre tecnologia industrial. Sob o lema “A Caminho da Indústria 4.0 – Impulsionar a Empresa Digital”, o stand de 3500m2 da Siemens apresentou, aos seus clientes industriais, uma visão abrangente do vasto portefólio da empresa. O espaço reuniu soluções integradas para otimização da produção nas áreas da eletrificação, automação e digitalização, aquelas em que a empresa vai continuar a apostar nos próximos anos por serem as de potencial mais elevado. 10 A Siemens apresentou, no certame, uma vasta gama de produtos, soluções e serviços que podem ajudar a conseguir mais eficiência, inteligência e flexibilidade na produção industrial ao longo de toda a cadeia de valor. A chave para isso é a transformação digital em contexto industrial. Esta evolução, que ainda se encontra nos estágios iniciais de desenvolvimento, está a abrir novas vias para um futuro de sucesso, no qual a indústria será capaz de desempenhar o seu papel como motor de inovação, crescimento e estabilidade social. A Siemens, empresa especialista líder a nível global, está em desenvolvimento contínuo neste campo e fez da digitalização uma prioridade. É por isso que os seus produtos e serviços irão continuar a fortalecer a competitividade das empresas no longo prazo. As diversas zonas temáticas do stand em Hannover 2015 foram encenadas de forma apelativa, com exemplos visualmente impressionantes. Foi dada uma ênfase especial à digitalização da indústria no contexto dos temas-chave: “O Futuro da Produção” e “Energia Sustentável”. No seu “Fórum de Digitalização”, que ocupou uma área de cerca de 1000m2 do stand com um palco próprio, a Siemens recriou exemplos de aplicações reais das indústrias transformadoras e de embalagem, do setor de engenharia mecânica e de produção aditiva. O Fórum também foi palco de uma apresentação central que abordou os diferentes aspetos da digitalização e mostrou como a Siemens interliga o mundo real com o virtual. Visita oficial no stand Siemens: Angela Merkel, chanceler alemã, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi com Joe Kaeser, CEO da Siemens AG, e Klaus Helmrich, membro do Managing Board Hannover 2015 3.500m2 3.000 Stand da Siemens doses de salsicha 30 120.000 visitantes km de cabos 85 > 120 25.000 apresentações de produtos cafés e cappuccinos toneladas de aço 23 23 delegações de 19 países pontos wi-fi 10.000 litros de bebidas 11 13-15 TEMA DE CAPA A indústria nacional é um pilar fundamental da sustentabilidade do modelo económico e social em Portugal. O investimento em tecnologia e inovação, captação de talento e a aproximação entre o ensino, a investigação e a indústria são alguns dos desafios. 16-19 ENTREVISTA ANTÓNIO PIRES DE LIMA O papel da indústria como motor de desenvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positiva. DIOGO DA SILVEIRA A partilha mais rápida entre utilizadores ilimitados contribuiu para o crescimento do volume de impressão devido à preferência das pessoas por lerem documentos em papel. 20-21 OPINIÃO ANTÓNIO MIRA O sucesso futuro da indústria nacional passa pela captação de talento, pela inovação em termos de produtos, processos produtivos e comerciais e pela melhoria da produtividade. 12 A nova era da indústria nacional O setor industrial nacional está a apostar cada vez mais em inovação, potenciando o conhecimento e tecnologia nacionais para oferecer, ao mercado global, produtos diferenciados. A inovação começa agora A indústria é o cerne de uma economia forte. Contribui, em média, para 77% da inovação de cada país, 70% das suas exportações e representa 17% do seu produto interno bruto (PIB). A política industrial da União Europeia (UE) integra-se na estratégia de crescimento Europa 2020 e visa o crescimento sustentável e a criação de emprego através do uso eficiente dos recursos disponíveis. Como a indústria nacional é um pilar fundamental da sustentabilidade do modelo económico e social em Portugal, o relançamento do setor deve basear-se nesta estratégia. O seu sucesso depende da capacidade da indústria de ultrapassar vários desafios. Entre estes encontram-se o investimento em tecnologia e inovação, captação de talento e a aproximação entre o ensino e a investigação e a indústria. Portugal tem de se apoiar numa economia do conhecimento que leve à inovação tecnológica, comercial e de produto que permita às empresas nacionais terem sucesso por fazerem e oferecerem diferente e melhor. Um estudo recente da Comissão Europeia (CE) demonstra que a União Europeia (UE) poderia criar 3,7 milhões de postos de trabalho e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) anual em 795 mil milhões de euros até 2025 ao consagrar 3% do seu PIB à investigação e desenvolvimento. A economia portuguesa tem apostado nisso, com o apoio de sucessivos governos, aplicando cada vez mais recursos financeiros e humanos em investigação, desenvolvimento e inovação. Este esforço resultou na melhoria de alguns rankings e indicadores relativos à despesa, qualificação em ciência e tecnologia e à publicação científica do país, com exceção de 2012 devido ao impacto da crise. Mas para o setor industrial recuperar é necessário apostar ainda mais em inovação, procurando antecipar tendências e potenciando o conhecimento e tecnologia ao seu alcance, dentro e fora das instalações fabris, para conseguir oferecer, ao mercado global, produtos diferenciados. Para que isso aconteça é necessário, entre outros, que o país se torne mais produtivo, investindo ainda mais na modernização tecnológica da indústria nacional. formação, tem assumido um papel importante no aumento da competitividade das empresas. No entanto, a capacidade de atrair os melhores passa pela melhoria da imagem do setor industrial nacional em relação à sua capacidade tecnológica e pelo aprofundar do seu envolvimento nas várias fases do ensino secundário, profissional ou superior. Isso pode ser feito através da sua participação na definição dos programas escolares. Mas também implica o desenvolvimento e disseminação de case studies para apoio curricular em determinadas disciplinas. Desta forma, a indústria promove uma perspetiva prática sobre os principais temas do setor, fornecendo conhecimento mais adequado aos seus futuros trabalhadores. Este tipo de ações contribui para o setor promover a sua imagem e para melhorar a sua capacidade de atração junto de um público cujo processo formativo está cada vez mais orientado para o setor terciário. Se a indústria captar talento dotado de algum conhecimento prático, reforçando-o, depois, com as ferramentas e metodologias de produção mais recentes, poderá ter acesso a um quadro de trabalhadores mais autónomos, motivados e criativos logo desde a sua integração. Outro dos desafios do setor industrial é que poucas empresas olham com atenção para o seu acervo tecnológico e conseguem fazer uma análise sobre a rotura tecnológica prevista para um futuro próximo. Por isso é muito relevante o reforço da ligação entre o tecido empresarial e o meio académico, pois o conhecimento gerado nas universidades pode ser essencial para a criação de vantagens competitivas no mercado e para ultrapassar barreiras técnicas que ocorrem em processos de investigação e desenvolvimento que decorram no seio das empresas. É essencial a indústria nacional apostar na inovação tecnolóA captação de talento e a qualificação do capital humano, atra- gica e de produto para poder concorrer no mercado global, até vés de uma coordenação e relação eficaz entre as escolas e uni- porque já não consegue competir pelo baixo custo dos produtos versidades e o setor industrial, em termos de políticas de ensino e que coloca no mercado. 13 Por isso, o caminho da indústria portuguesa passa por aproveitar, de forma mais eficiente, o potencial científico e técnico gerado no meio académico e no tecido empresarial para encontrar as melhores soluções para melhorar a sua capacidade concorrencial. Isto implica a necessidade de adaptar os modelos de negócio aos novos desafios económicos globais, incluindo o investimento em tecnologias mais eficientes e produtivas. Existem bons exemplos disso nos setores da pasta e do papel, de componentes para automóvel, de moldes e de têxtil e calçado nacionais, entre outros. A mudança feita no setor de calçado, por exemplo, permitiu que este setor consiga vender cada par de sapatos a cerca de 24 euros, o segundo valor mais elevado a seguir aos italianos, registando exportações crescentes nos últimos anos. E vendem-se principalmente à custa de inovação. Não só tecnológica, mas também comercial e em termos de design. O trabalho já realizado por algumas das empresas nacionais permitiu-lhes competir no mercado global com um posicionamento completamente diferente do tradicional. Está, hoje, mais associado a estratégias de diferenciação e inovação de produto e de processo. Ou seja, não fazem apenas coisas novas. Também produzem de forma diferente. O sucesso futuro da indústria nacional implica a captação de talento, a melhoria da produtividade e a inovação em termos de produtos, processos produtivos e comerciais. Isto acarreta mais investimento em formação, investigação e desenvolvimento e em novas e melhores tecnologias. Tudo é relevante, até porque a indústria portuguesa é um motor decisivo para o desenvolvimento nos próximos anos. A grande indústria nacional As grandes empresas industriais são as maiores exportadoras portuguesas. Por exemplo, a Autoeuropa representa sensivelmente 6% das exportações nacionais de mercadorias, incorporando componentes de várias empresas nacionais, muitas delas PME, sem, no entanto, deixar de lhes colocar as mesmas exigências que impõe aos seus restantes fornecedores certificados. A Portucel Soporcel, cuja atividade está ligada à produção e comercialização de pasta e papel, representa cerca de 3% das exportações nacionais e quase 1% do PIB. O grupo diferencia-se pela integração vertical do seu modelo de negócio – investigação aplicada, floresta, pasta de celulose, energia renovável e papel – e pelo elevadíssimo Valor Acrescentado Nacional (VAN), direto e indireto, que incorpora nos produtos que fabrica e exporta na sua quase totalidade. A sua posição de liderança internacional, a forte contribuição para a economia nacional e a estratégia de crescimento e inovação que prossegue, a par das credenciais éticas e de sustentabilidade, levaram a que o grupo fosse nomeado, em junho de 2013, como a “Melhor Empresa da Europa” pelos European Business Awards. 14 15 ANTÓNIO PIRES DE LIMA MINISTRO DA ECONOMIA 16 A indústria é motor de desenvolvimento Para o ministro da Economia, António Pires de Lima, o papel da indústria como motor de desenvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positiva DIÁLOGO: A indústria tem um papel essencial na economia. Qual tem É preciso não esquecer que o papel da indústria como motor de de- sido o seu desempenho como motor de desenvolvimento para a necessária senvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o recuperação de Portugal? que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positiANTÓNIO PIRES DE LIMA: A elevada concentração do setor dos serviços na estrutura produtiva em detrimento da indústria tem sido uma forte tendência observada em Portugal e na generalidade dos países desenvolvidos desde o final dos anos 90 face aos países emergentes, nomeadamente a China. Entre 2000 e 2014 o VAB gerado pela indústria transformadora e extrativa no país desceu de 17,7% para 12,9% do total, e o emprego respetivo desceu de 22,1% para 16,7% do total. A análise inter-regional do VAB em Portugal revela que esta tendência se refletiu, embora de forma heterogénea, em todas as regiões. va e o equilíbrio externo da economia portuguesa. D: O que ainda falta fazer? Quais são as principais oportunidades atuais para o setor industrial nacional? APL: As empresas industriais enfrentam hoje um contexto de mui- to maior exigência, com uma concorrência cada vez mais global, que impõe a necessidade de ganhar competências distintivas e afirmar a diferenciação. A indústria europeia enfrenta enormes desafios inerentes à globalização da produção e dos mercados, pelo que tem de fazer valer os seus pontos fortes: design reputado, engenharia capaz de desenvolver e Apesar desta evolução, tem-se registado uma alteração significa- fabricar produtos inovadores e complexos, standards de fabrico eletiva no padrão de especialização da indústria transformadora em vados com imagem de precisão e fiabilidade, liderança no fabrico de Portugal. Assim, transitou-se da dependência de atividades indus- maquinaria e equipamentos, vanguarda na segurança e nas preocupatriais tradicionais baseadas em baixos custos de produção para ções ambientais, elevado nível de formação dos recursos humanos e uma situação em que predominam empresas competitivas dos se- capacidade científica e tecnológica de topo. tores tradicionais e novos setores, ambos com maior incorporação tecnológica, com peso crescente na economia e uma dinâmica de As políticas que contribuam para uma aposta no desenvolvimento da crescimento. Destacam-se, entre outros, o vestuário, calçado, agro- indústria – nomeadamente da indústria transformadora – têm vin-alimentar (nos setores tradicionais), mas também o setor auto- do a ser consideradas estratégicas para a retoma do crescimento na móvel e componentes, a eletrónica, o setor químico e farmacêutico Europa e uma das condições para a saída da crise. A este nível, as poe as indústrias relacionadas com as novas tecnologias de informação líticas que estão a ser implementadas em Portugal, nomeadamente e comunicação. Mais recentemente, e em termos de variação homó- com a Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e para o loga, os dados encadeados em volume ao nível do VAB gerado na in- Emprego (EFICE) e o Acordo de Parceria 2020, visam uma melhoria dústria têm registado valores positivos desde 2010 (6,8%). De acor- do ambiente de negócios (sobretudo para empresas inovadoras) e das do com os dados já conhecidos de 2014, a variação homóloga deste condições para registo da propriedade intelectual, a par de uma reduíndice atingiu os 1,8%. Também ao nível do investimento assiste-se ção da carga administrativa e simplificação do ambiente regulatório, atualmente a uma inversão da tendência de decréscimo do seu peso com impacto direto na competitividade das empresas. Por outro lado, no PIB, que se registava desde o início do século. Este crescimento pretende-se o aumento da qualidade das infraestruturas diretamente do investimento explica-se pelo reforço do setor industrial, no qual associadas à atividade produtiva, como as energéticas, os portos e a os projetos de empresas multinacionais como a Siemens tiveram, ferrovia, bem como um melhor funcionamento do mercado de trabalho e a adequação das competências e qualificações dos trabalhadores e continuam a ter, um papel muito importante. às necessidades das empresas e da economia. 17 Só assim será possível reforçar o valor acrescentado da produção nacional, designadamente pela maior ligação a centros de investigação e tecnológicos, universidades e outros agentes, apostando no potencial dos clusters para apoiar o crescimento e internacionalização das empresas. Por fim, mas não menos importante, queremos também reforçar condições de acesso ao financiamento em condições competitivas para empresas com valor e economicamente viáveis, com o objetivo de facilitar a integração progressiva das empresas em cadeias de valor mundiais, aumentar a sua competitividade e assegurar o acesso aos mercados externos em condições de concorrência mais favoráveis. produtos transacionáveis de elevado valor acrescentado, investindo em tecnologia de ponta, na modernização de processos e métodos de trabalho e na maior qualificação dos recursos humanos. A inovação e as mudanças tecnológicas são motores determinantes para a evolução dos processos de fabrico através, nomeadamente, da combinação de tecnologias e de novas técnicas de produção, num contexto onde novos materiais avançados desempenharão igualmente um papel relevante. Em particular, as biotecnologias industriais, os bioplásticos, os biocombustíveis de próxima geração e as nanotecnologias irão desempenhar um papel cada vez mais importante em segmentos da indústria transformadora. Em termos de rankings internacionais respeitantes à inovação e I&D, no Índice de Competitividade Global 2014-2015 do Fórum Económico Mundial Portugal subiu 15 posições, ocupando a 36.ª posição em 144 economias avaliadas. Estas reformas vão continuar a ser implementadas, de forma a melhorar a competitividade e a atratividade da economia nacional, e centradas na valorização da produção nacional, ao longo da cadeia de valor, tendo sempre como objetivos principais a criação de emprego e o reforço das exportações. A dinamização da indústria nacional passa, assim, pelo avanço tecnológico e pelo aumento do VAB dos setores mais tradicionais. Aproximar as universidades e os centros de investigação das empresas industriais, de modo a facilitar e acelerar a transferência de tecnologia e a aplicação do conhecimento, é uma forma de fomentar a competitividade mais eficiente e com menores custos. D: Hoje, tanto no nosso país como na Europa, a necessária reindustria- Para isso, o país produz já um recurso endógeno da maior qualidalização não passa por modelos assentes em fatores de competitividade de: o potencial científico e técnico gerado no meio académico e no como mão de obra barata mas pela inovação. Como é que a indústria tecido empresarial. portuguesa se vai diferenciar neste mercado global? APL: Para se afirmar num mercado crescentemente globalizado, a indústria portuguesa precisa de ser efetivamente mais competitiva nos segmentos onde pretende atuar. Importa repensar o posicionamento da indústria portuguesa nas cadeias de valor internacionais mais atrativas às nossas competências, apostando em 18 Nestas questões, a estratégia de clusters tem também um papel determinante. O desenvolvimento de clusters, num ambiente de equilíbrio entre grandes e pequenas empresas, com escala, agilidade, inovação e empreendedorismo, será decisivo num processo de relançamento da indústria como setor de relevância no país à escala internacional, colocando as empresas portuguesas num patamar de elevada competitividade nos seus mercados externos-alvo. tecnológicas de gestão de negócios baseadas em Internet mais recentes e em condições extremamente acessíveis. As questões logísticas e de energia são também uma preocupação porque os custos são elevados e, principalmente, porque nem sempre estão adaptadas às reais necessidades das empresas. Investir no desenvolvimento dos transportes, nomeadamente em plataformas marítimas e ferroviárias, e na integração no mercado europeu de energia, é uma via para fomentar a indústria portuguesa e, em especial, a sua internacionalização. Por outro lado, além de uma cada vez maior utilização das tecnologias de informação, existe uma crescente combinação de processos de fabrico avançados com vários serviços ao utilizador final, o que está associado a uma maior incorporação do conhecimento na indústria transformadora. Em paralelo, uma maior eficiência na utilização de recursos constitui um desafio central para os setores envolvidos, permitindo desenvolver processos mais integrados no quadro de cadeias de valor nacionais e europeias. É muito importante lembrar que, na última década, Portugal tem registado uma melhoria na especialização em serviços intensivos do No que se refere à fileira das Tecnologias de Produção e Instrumentação conhecimento. Como tal, a partir de 2012 a Balança de Pagamentos – que inclui empresas que disponibilizam produtos e serviços para Tecnológica (BPT) entre Portugal e o estrangeiro passou a ser positiva. a indústria transformadora, nomeadamente fabricantes de máquinas, integradores de sistemas, software houses e empresas de Em termos de rankings internacionais respeitantes à inovação e I&D, engenharia e consultoria para processos industriais, entre outros no Índice de Competitividade Global 2014-2015 do Fórum Económico – esta representa cerca de 11% das empresas da indústria transMundial Portugal subiu 15 posições, ocupando a 36.ª posição em 144 formadora, 8% do pessoal e 7% do seu volume de negócios. economias avaliadas. Neste Índice destacam-se a qualidade das instituições de investigação científica (18.º lugar), a disponibilidade de cientis- D: Quais são os melhores exemplos de sucesso no uso da inovação no tas e engenheiros (8.ª posição global e 3.ª entre países da EU), mas tam- setor industrial nacional, ou seja, quais têm sido as indústrias mais bém o 4.º lugar na qualidade das nossas escolas de gestão e o 5.º lugar na inovadoras? facilidade e rapidez para iniciar uma nova atividade (empreendedoris- APL: Existem alguns exemplos na indústria portuguesa de alterações profundas nos modelos de negócio que permitiram a algumas mo). São resultados muito positivos e que nos enchem de orgulho. empresas competirem no mercado global (veja-se o caso da indúsD: Qual tem sido o contributo do uso de novas tecnologias como a digita- tria têxtil e da indústria do calçado), com um posicionamento comlização para que isso aconteça? pletamente diferente do tradicional mais associado a estratégias APL: A economia digital tem ajudado as micro e pequenas e médias de diferenciação e inovação de produto e de processo. empresas portuguesas a serem mais competitivas. Ao estimular a utilização de ferramentas digitais permite-se o acesso a novos Estas indústrias aproveitaram a sua flexibilidade, evoluindo para mercados, a melhoria da gestão e torna-se mais eficiente a relação produtos individualizados e pequenas séries (personalizadas) com com os clientes e fornecedores. grande qualidade, com entrega rápida em mercados exigentes. Um pequeno país como Portugal terá grande dificuldade em competir Com a adesão às redes de informação, a produtividade das PME com grandes economias massificadas em produtos pouco valorizapode hoje ser melhorada com um leque de soluções que até há pou- dos, e terá que usar a flexibilidade da sua mão de obra para aproco tempo apenas eram acessíveis às grandes empresas. Desde a co- veitar rapidamente as oportunidades. municação com clientes e fornecedores à gestão total do negócio, estas ferramentas permitem às empresas serem mais organizadas, O calçado, um setor antes completamente dependente de tecnologia rentáveis e competitivas. e de design importado, que passou de importador de tecnologia para exportador e líder mundial em alguns segmentos, procura agora afirAém de publicitar a localização do negócio e os produtos ou servi- mar-se como o maior exportador europeu e principal criador de tenços disponibilizados, a Internet é uma extraordinária plataforma dências de moda, com um impacto muito significativo em termos de internacional de venda de produtos e serviços. Um meio através do imagem do setor e do país. Este setor fez parcerias com o INESC Porto qual as empresas – mesmo as mais pequenas – podem ambicionar para o desenvolvimento de tecnologias de informação, automação, fazer negócios em todo o mundo. otimização e outras ligadas à organização empresarial, à logística intra-empresarial e aos armazéns automáticos, entre outros. Segundo o “Plano de Ação Empreendedorismo 2020” da Comissão Europeia, o crescimento das PME é duas a três vezes mais rápido Por fim, também não faltam bons exemplos na indústria transforquando adotam as TIC. A digitalização e a libertação dos dados dos madora, onde em matéria de inovação se destacam, por exemplo, a documentos físicos permitem, entre outras vantagens, melhorar o química, moldes e injeção de plásticos, indústria automóvel e aeroprocesso de tomada de decisões empresariais e ajudar a fazer um náutica e respetivos componentes, metalomecânica, têxteis técnimelhor planeamento do futuro. O programa “PME Digital”, inicia- cos, novos materiais e produtos compósitos. tiva do Ministério da Economia, disponibiliza às PME as soluções 19 DIOGO DA SILVEIRA CEO DA PORTUCEL SOPORCEL IDADE: 54 anos FORMAÇÃO ACADÉMICA: Engenharia na École Centrale de Lille, França, investigador na Universidade de Berkely UC e MBA no Insead. O QUE ME FAZ FELIZ: O meu quotidiano familiar, profissional, com os amigos e desportivo. MAIOR DESAFIO QUE JÁ ENFRENTEI : O atual desafio profissional, levar para um novo patamar um grupo que já é uma referência mundial. O QUE MUDAVA EM PORTUGAL: A dimensão. Um país ainda “maior” e com mais população. 20 O crescimento da utilização do e-mail impulsionou a venda de papel Segundo Diogo da Silveira, CEO da Portucel Soporcel, a partilha mais rápida entre utilizadores ilimitados contribuiu para o crescimento do volume de impressão devido à preferência das pessoas por lerem documentos em papel DIÁLOGO: Como vêem, na Portucel, a evolução dos processos indus- D: Diz-se que o papel tem os dias contados neste mundo cada vez mais di- triais? Quais foram as principais mudanças nos últimos tempos? Como gital. Como encaram este desafio sabendo que grande percentagem do vosso se adaptaram a elas? negócio vem diretamente da venda de papel e de produtos associados? DIOGO DA SILVEIRA: A evolução dos processos industriais tem sido DS: O conceito de paperless office tem vindo a ser comunicado há pautada pela procura de uma maior sustentabilidade, traduzida na décadas, sem nunca se ter efetivamente concretizado por diversas melhor utilização dos recursos, da matéria-prima e da energia. razões. Uma delas tem a ver com o que designamos “democratização da impressão”. A investigação, desenvolvimento e inovação aplicadas à indústria da pasta e do papel, onde os conceitos físico-químicos que regulam Os equipamentos de cópia e impressão originais necessitavam de inos processos se têm mantido imutáveis, têm permitido encontrar vestimentos avultados, estando apenas ao alcance de poucos utilitecnologias e métodos cada vez mais sofisticados e especializados. zadores, quase exclusivamente corporativos ou públicos. Por outro O trabalho que temos feito para adotar processos de fabrico mais lado, o crescimento da utilização do e-mail, considerado inicialmeneficientes e ambientalmente adequados, como a utilização de com- te uma ameaça ao consumo de papel, tornou-se, na realidade, um postos químicos menos agressivos, é muito relevante. Exemplos dos seus maiores impulsionadores, pois a partilha mais rápida entre como o branqueamento das pastas sem recurso ao cloro livre, e sim utilizadores ilimitados, associada à sua preferência por lerem docuao oxigénio, ozono e peróxido de hidrogénio, ou a recolha e trata- mentos em papel, levou a que o volume de impressão tivesse crescimento dos gases não condensáveis, e mal odorosos, e a sua queima do consideravelmente. na caldeira de recuperação, demonstram-no. Além disso, o uso de smartphones e tablets tem levado ao desenvolD: Atualmente, os maiores desafios colocados às indústrias são o aumento vimento de aplicações que permitem a impressão on-the-move aos da produtividade, da capacidade de resposta, da flexibilidade e uma cada utilizadores. Exemplo disso é a possibilidade de impressão de carvez maior necessidade de personalização dos produtos. De que forma é que tões de embarque, em terminais existentes em alguns aeroportos, a a entrada na nova era da indústria – indústria 4.0 – pode ajudar a melho- partir de aplicações instaladas em smartphones e tablets. rar estes indicadores? DS: Estou certo que um dos fatores de sucesso do Grupo Portucel Soporcel reside no elevado nível de automação de floor level e de integração e interface, desde as funções de order entry até às funções de shipping planning. As de manutenção também são suportadas por sistemas de monitoragem on-line do “estado de condição”. A gestão de energia é apoiada por sistemas de automação e os sistemas DCS e QCS estão presentes de forma generalizada nos processos produtivos. É ainda muito elevado o grau de automação das operações, movimentação e armazenagem das áreas de transformação de papel. Os consumidores também estão mais informados. Por isso, quando optam por utilizar papel com origem em florestas geridas de forma responsável, sabem que estão a utilizar materiais renováveis e de sustentabilidade garantida. O papel, ao contrário do plástico e outros materiais habitualmente usados para fabricar equipamentos informáticos, é um produto que usa madeira de florestas especificamente plantadas para o efeito, que são repostas mantendo, desta forma, o ciclo do carbono. 21 A resposta à quarta revolução industrial ANTÓNIO MIRA Diretor-geral Digital Factory and Process Industries and Drives da Siemens A indústria é o motor das economias fortes e sustentáveis e a sua evolução constante aumentou a sua complexidade. Hoje a indústria tem a capacidade para suprir as necessidades individuais dos seus clientes. A passagem de modelos de produção local para modelos tecnológicos de base digital fez, deste setor, um motor de crescimento da economia global. Hoje há 17500 programadores de software a trabalharem em empresas como a Siemens em todo o lado do mundo, com conhecimento específico sobre indústria. A empresa digital que a Siemens prevê para o futuro é uma abordagem holística que se estende por uma cadeia completa de valor agregado que inclui fornecedores. Utiliza os seus recursos de forma eficiente poupando, por exemplo, 70% da energia através do uso de tecnologias de acionamento de velocidade variável em motores que poupam energia. integrada tem sido o principal suporte para mais de 100 mil produtos de automação e permite otimizar fluxos de trabalho e reduzir até 25% dos custos de engenharia das empresas. O software PLM da Siemens e as suas soluções de automação permitem também reduzir até 50% do tempo de resposta às solicitações do mercado. A Siemens tem disponível igualmente o Industry Mall, o catálogo on-line com mais de 100 mil referências e configurações, representando 35,8% da faturação total do ano passado da Industry Portugal. Com a utilização do Portal de Automação Totalmente Integrada (TIA), a nova estrutura de engenharia unifica todas as ferramentas de software de automação num único A procura de produtos cada vez mais es- ambiente de desenvolvimento e a Siemens pecíficos e adaptados às necessidades dos persegue o objetivo de disponibilizar uma O futuro da indústria depende daqueles que clientes é cada vez maior. A globalização plataforma integrada para a implementação estão à altura dos desafios e fornecem retrouxe desafios de produtividade, flexibili- de soluções de automação – em todas as in- sultados fiáveis. dade e de capacidade de resposta às empre- dústrias do mundo. A automação totalmente sas, a que estas têm de responder constantemente. Caraterizada pelo uso crescente da digitalização e da interligação entre produtos, cadeias de valor e modelos de negócio, a quarta revolução industrial (Industry 4.0) é a melhor resposta a estes desafios. Já há atualmente exemplos de processos produtivos extremamente otimizados, como acontece na unidade fabril da Siemens em Amberg, onde são produzidas cerca de 1000 referências diferentes, de forma flexível e eficiente, através do uso das mais recentes ferramentas de software. Estas contribuíram para melhorias significativas de qualidade nos últimos 20 anos, e vários aumentos dos volumes de produção realizados pelo mesmo número de pessoas. Caraterizada pelo uso crescente da digitalização e da interligação entre produtos, cadeias de valor e modelos de negócio, a quarta revolução industrial (Industry 4.0) é a melhor resposta a estes desafios. Já há atualmente exemplos de processos produtivos extremamente otimizados, como acontece na unidade fabril da Siemens em Amberg, onde são produzidas cerca de 1000 referências diferentes, de forma flexível e eficiente, através do uso das mais recentes ferramentas de software. 22 PORTEFÓLIO SIEMENS • Software Industrial • Controlo industrial • Control Panel Engineering • Comunicação Industrial • Eficiência Energética • Identificação Industrial • Automação de Processos • Controladores • Fonte de Alimentação • TIA Portal • Acionamentos • Integrated Drive Systems (IDS) • Automação baseada em PC • HMI - Interface Homem Máquina • Motores • Redutores • Controlo de Movimento • Serviços Industriais • Totally Integrated Automation 23 b2S BUSINESS TO SOCIETY “This company has a purpose in the society because it produces stuff which makes living and life and societal development better.” Joe Kaeser, CEO da Siemens AG Siemens adquire Rolls-Royce A Siemens aumentou o seu portefólio através da integração dos produtos e soluções de negócio da empresa Rolls-Royce Energy Com a aquisição da Rolls-Royce Energy – com uma carteira de pequenas e médias turbinas a gás – a Siemens vem complementar a sua tecnologia e portefólio de turbinas a gás. Deste negócio faz ainda parte um acordo de acesso exclusivo à futura tecnologia de turbinas, bem como o acesso ao fornecimento privilegiado e serviços de engenharia durante 25 anos. Em paralelo a Siemens anunciou o acordo para a aquisição da Dresser-Rand. O abrangente portefólio de compressores, turbinas a vapor, turbinas a gás e motores desta empresa cotada na Bolsa de Nova Iorque faz desta organização uma das principais fornecedoras para a indústria. Com esta estratégia de aquisição, integrada no programa Visão 2020, a Siemens agregou à empresa o negócio de compressão e as turbinas de gás da Rolls-Royce Energy, bem como a vasta presença dos seus produtos no mercado. 24 “Como marca premium no mercado global de infraestruturas de energia, a Dresser-Rand cabe na perfeição no portefólio da Siemens. As operações das duas empresas, que se interligam, vão gerar o aparecimento de um O principal objetivo da empresa é fortalecer a fornecedor ao nível mundial para os crescensua posição junto da indústria petrolífera e de tes mercados do petróleo e do gás”, afirma o gás. Numa fase em que este setor se encontra presidente e CEO da Siemens AG, Joe Kaeser. em processo de liberalização, a Siemens entra, assim, no novo mercado das empresas dis- A Siemens prevê finalizar a operação de acordo tribuidoras de equipamentos de energia. entre as duas empresas já durante este verão. Lipor II faz paragem das 100 mil horas para manutenção A Power Generation Services realizou com sucesso para a Port’Ambiente um dos maiores projetos de manutenção A empresa Port’Ambiente é responsável pela operação e manutenção das instalações da Lipor II que trata cerca de 400 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano de oito municípios da área do Grande Porto. Ciente das responsabilidades do seu cliente a Power Generation Services começou a trabalhar em parceria com a Port’Ambiente para que fosse possível garantir por mais 10 a 15 anos o funcionamento que se espera desta central de incineração de resíduos sólidos urbanos. Assim, entre março e dezembro do ano passado a Siemens realizou na Lipor II um projeto de manutenção e modernização do equipamento produtor de energia da central. O projeto foi liderado pela Power Generation Services e envolveu a Siemens Alemanha, assim como o centro de competências de instrumentação da Power Generation. de tempo decidiu-se, além da extensa intervenção de manutenção e reparação dos equipamentos produtores de energia, instalar a mais recente tecnologia da Siemens para o sistema de comando e controlo (T3000), a realização de um upgrade ao equipamento de excitação e ainda a proteção do gerador. Pela primeira vez foram incorporadas em Tendo em vista dotar a central com a plena ca- Portugal todas as valências deste centro pacidade de operar por mais um longo período de competência, tendo este sido responsável pela engenharia, procurement, montagem e colocação em serviço do novo sistema. Este centro de competências é já largamente conhecido pela implementação de projetos em vários países espalhados pelo mundo como o Brasil, Canadá, Espanha, China, Árabia Saudita e Índia, entre outros. Como é natural numa intervenção desta dimensão o período de indisponibilidade dos equipamentos é de extrema importância, tendo para isso sido necessário um acompanhamento rigoroso da equipa encarregue pelo projeto devido à quantidade de frentes de trabalho e da logística necessária à execução do mesmo. Durante o reduzido período de indisponibilidade foi necessário enviar diversos equipamentos pesados para os centros de reparação na Alemanha, além de uma série de modificações realizadas na instalação. “A Siemens cumpriu o especificado, em plena colaboração com as nossas equipas, destacando-se o elevado empenho e qualidade de trabalho por todos”, referiram os responsáveis da Lipor II. 25 Siemens estende contrato de manutenção na Portucel Soporcel Projeto visa garantir a produção de energia e vapor na Central de Cogeração da Figueira da Foz, uma das instalações fabris do maior grupo de produção de pasta e papel nacional A Portucel Soporcel adjudicou, à Power Generation Service da Siemens, a extensão do contrato de manutenção dos equipamentos de produção de energia da central de cogeração da Figueira da Foz. A empresa irá fornecer toda a engenharia, peças de reserva e serviços necessários para garantir a produção de energia elétrica nesta instalação nos próximos sete anos. nua, melhorar o desempenho das centrais dos clientes. Faz isso através de extensões de tempo de vida útil, usando tecnologias avançadas para melhorar a sua eficiência e capacidade com o objetivo de produzirem mais eletricidade consumindo o mesmo volume de combustível. A unidade da Figueira da Foz do Grupo Portucel Soporcel está instalada no Complexo Industrial Num mercado de frotas com alguns anos de de Lavos e é uma das mais eficientes unidades trabalho que requer cada vez mais eficácia no fabris de pasta e papel da Europa. A sua operacombate às mudanças climáticas, na conser- ção está integrada verticalmente, da floresta vação dos recursos naturais e na resposta às ao papel, e dá origem à produção de cerca de necessidades impostas pela expansão global da 800 mil toneladas de papéis finos não revestipopulação, a Siemens procura, de forma contí- dos e de energia verde a partir de biomassa. A Portucel Soporcel ocupa uma posição de destaque no setor da energia renovável em Portugal, onde é o principal produtor nacional a partir de biomassa, constituída por subprodutos da matéria-prima usada no seu processo produtivo e biomassa residual da floresta. A energia elétrica e térmica produzida nos três complexos industriais do grupo é gerada, em simultâneo, nas suas centrais de cogeração a biomassa e a gás natural. A térmica é totalmente utilizada nos processos de fabrico de pasta e papel e a energia elétrica excedentária é injetada na rede nacional. 27 Parceiro estratégico no Cluster eólico O Cluster eólico, que contempla os parques eólicos de norte a sul do país, foi e tem sido um projeto de clara importância estratégica para Portugal e conta com equipamentos e tecnologias da Siemens (...) construção de cerca de 50 instalações, desde postos de corte e subestações de alta e média tensão (...) A ENEOP – Eólicas de Portugal, constituída pelos promotores eólicos EDPR, ENEL Green Power, GENERG e pelo parceiro industrial Enercon, foram os parceiros na construção e operação de 1200 MW de energia eólica. O concurso, lançado pelo Estado em 2005, previu a criação de um cluster industrial associado ao desenvolvimento de um projeto para a energia eólica. Associado a este consórcio, a Enercon criou em Viana do Castelo um pólo industrial com três fábricas para o fornecimento dos aerogeradores – no âmbito deste projeto e para a exportação futura. A participação e envolvimento da Siemens neste projeto começou em 2006, mas a implementação do mesmo desenrolou-se efetivamente entre outubro de 2008 e novembro de 2014. A empresa participou como fornecedor de equipamentos de tecnologia avançada – desde a gestão de contrato/projeto, engenharia, comissionamento ao fornecimento de transformadores de potência, GIS, equipamentos de alta tensão e muito alta tensão, quadros metálicos de média tensão, transformadores de serviços auxiliares, reactâncias de neutro, sistemas de proteção, comando e controlo e sistemas de contagem. No âmbito do cluster eólico foi necessário construir e dotar a rede elétrica de infraestruturas elétricas capazes para a interligação destas novas instalações. O projeto contou, assim, com a construção de cerca de 50 instalações, desde postos de corte e subestações de alta e média tensão, assim como subestações de alta e muito alta tensão. 28 Inovação em subestações da REN A Siemens Portugal vai proceder à instalação de sistemas de proteção, comando e controlo nas subestações da REN em Porto Alto e Vila Nova de Famalicão, numa clara aposta na inovação A Siemens Portugal continua a apoiar o desenvolvimento de projetos nacionais, neste caso específico a REN, que está a dar continuidade ao melhoramento da rede elétrica no país. Neste âmbito, a companhia elétrica portuguesa adjudicou à Siemens a aquisição de Sistemas de Proteção, Comando e Controlo – SPCC para duas subestações: Porto Alto e Vila Nova de Famalicão. Em Porto Alto registar-se-á a remodelação da subestação, já em Vila Nova de Famalicão trata-se de uma subestação nova. Para a REN esta atualização do sistema de Porto Alto e a construção da subestação de Vila Nova de Famalicão são fundamentais, pois os sistemas de proteção, comando e controlo garantem a gestão e interligação de sistemas de energia complexos, bem como a integração fiável e segura de unidades de produção à rede elétrica. A finalidade da implementação de Sistemas de Proteção, Comando e Controlo é garantir As soluções de monitorização ajudam a otimi- o cumprimento dos parâmetros de qualidade zar a utilização da rede graças à gestão contí- de serviço que permitem a otimização da exnua da informação sobre o estado de todos os ploração da rede. seus componentes. São soluções e equipamentos que garantem Os objetivos principais da implementação a fiabilidade e performance dos sistemas. destas soluções são: reduzir os períodos de indisponibilidade do sistema, reduzir os cus- Na subestação de Porto Alto trata-se de uma tos de vida útil e alargar a vida útil de todos os remodelação de todo o sistema de proteção, componentes da rede. comando e controlo dos níveis de 150 e 60 kV, que deverá estar concluído no final de 2016. Quanto à subestação de Vila Nova de Famalicão, numa primeira fase a REN adjudicou o sistema de proteção, comando e controlo referente a três painéis de linha nos 400 kV e sistemas centrais, com conclusão prevista para o final deste ano. 29 Mais e melhor energia em Cabo Verde Empresa contribui para melhorar a produção e distribuição de energia no arquipélago A Siemens Portugal está atualmente a participar em diversos projetos de referência no arquipélago de Cabo Verde. Ligados à produção e distribuição de energia elétrica em diversas ilhas, visam estabilizar o fornecimento, melhorar a qualidade da energia distribuída e aumentar a penetração das fontes renováveis. A Smart Grid Solutions & Services, da Siemens, está a desenvolver um estudo de seletividade e coordenação de proteções relativo às redes de energia elétrica das ilhas de Santiago, São Vicente e Sal. O projeto integra-se no Programa de Redução de Perdas e Melhoria da Qualidade de Energia Elétrica da empresa elétrica cabo-verdiana Electra e será o ponto de partida para a redução de perdas não técnicas nas três ilhas do arquipélago. Também contribuirá para a melhoria da qualidade da energia distribuída e proporcionará o aumento sustentável da penetração das renováveis nestes territórios. Este projeto, adjudicado à Siemens pela consultora portuguesa Gesto – Energia, empresa com presença relevante no mercado cabo-verdiano, compreende a elaboração de simulações e inclusão de propostas de melhoria. O forte envolvimento da Siemens na fase inicial de expansão e desenvolvimento tecnológico das redes, em Cabo Verde, aumentará o envolvimento e melhorará a eficácia da empresa na realização de novos projetos. É, assim, um passo importante para o crescimento 30 da presença da Siemens Portugal no arquipélago. Neste âmbito, a unidade Medium Voltage & Solutions, da Siemens, forneceu equipamento elétrico a três centrais de produção de energia a fuel, situadas nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau e Fogo. Este projeto, desenvolvido para estabilizar o fornecimento à rede nas três ilhas, foi financiado com fundos do governo holandês, através do programa ORET, com fiscalização dos Laboratórios KEMA e adjudicado pela EST, cliente Siemens para a componente elétrica. A Electra será a responsável pela exploração e manutenção das instalações. Realizado em parceria com a Empresa de Serviços Técnicos, de Leiria, o projeto incluiu o fornecimento de diversas soluções de média tensão, como celas SIMOSEC e celas NXAIR M, produzidas na fábrica de Corroios, e transformadores, assim como toda a engenharia, ensaios em fábrica e nas instalações do cliente. Investimento essencial Projeto do Reino Unido pode ser referência para Portugal Todos os dias meio milhão de pessoas viajam neste comboio suburbano para se deslocarem ao centro de Londres. A linha inclui um percurso de 225 km com 50 estações e liga Bedford a Brighton, permitindo o acesso aos aeroportos de Luton e Gatwick. Elevada capacidade e elevada frequência de serviço, comboios mais longos e a extensão das plataformas, bem como a construção de novas estações, fazem deste projeto um dos maiores de sempre no Reino Unido. A Siemens irá também assegurar a manutenção da frota, uma referência a adicionar aos diversos projetos de manutenção que realiza no Reino Unido através dos quais assegura que diariamente mais de 350 comboios entrem em serviço. sido objeto de uma modernização nos anos 90, quando foi implementado o ar condicionado e substituídos alguns interiorismos, mantêm a estrutura original, estando em final do ciclo de vida e colocando já ao operador diversos problemas ao nível da disponibilidade e de segurança dos passageiros. O Thameslink é, sem dúvida, um projeto de referência que pode ser replicado um pouco por todo o mundo. Em Portugal, por exemplo, a linha de Cascais é um dos projetos a aguardar desenvolvimentos e que poderá usar como referência as premissas tecnológicas e de serviços usadas neste projeto. A modernização de ligações suburbanas como a linha de Cascais é, por isso, essencial. Apesar dos desequilíbrios estruturais que a economia portuguesa enfrentou nos Há cerca de oito anos o Ministério dos Transúltimos anos é necessário retomar o invesportes britânico anunciou que Thameslink timento no desenvolvimento do país, inseria considerada uma prioridade de incluindo uma rede de transportes adequada vestimento no setor ferroviário do país. O Atualmente com 25 km e 18 estações, a li- aos objetivos do desenvolvimento urbano e projeto incluía a modernização da linha e nha de Cascais liga esta vila ao Cais do Sodré, do seu impacto na economia. a aquisição de uma nova frota de comboios em Lisboa. Tem uma procura diária média de suburbanos, de modo a assegurar a passa- mais de 80 mil passageiros. Nela opera uma gem de comboios de três em três minutos frota de 30 comboios que, embora tenham durante as horas de ponta. Para isso seria necessário implementar uma combinação de sistemas de segurança e controlo, topo de gama (ETCS nível 2 em combinação com sistema ATO), com comboios altamente sofisticados e de tecnologia de ponta. A Siemens ganhou o contrato de fornecimento de ambos os sistemas, com o valor global de 1,8 mil milhões de euros. Para este projeto vão ser fornecidas 1140 carruagens, uma das maiores encomendas de sempre recebidas pela empresa, que investiu cerca de 50 milhões de euros no desenvolvimento desta nova plataforma de comboio, o suburbano bitensão – Desiro City. As primeiras carruagens serão entregues a partir de 2016 e atingem uma velocidade máxima de 160 km/h. O sistema de tração, instalado numa só carruagem, possibilita configurações de três a doze carruagens, conforme as necessidades específicas de transporte de passageiros em cada horário. Portas com a largura de 1,5 m facilitam a entrada e saída de passageiros num tempo de paragem de 45 segundos. 31 Manutenção ferroviária de referência Objetivos • Divisão das intervenções de manutenção intermédias em pacotes de trabalho passíveis de serem concluídos durante o turno noturno, aumentando assim significativamente a disponibilidade das locomotivas de passageiros para o serviço comercial. • As ações de formação avançadas, que permitiram aos técnicos do SIMEF adquirirem pleno conhecimento sobre o funcionamento e diagnóstico de avarias nas locomotivas. Desde 2011 que o SIMEF executa a manutenção de 54 locomotivas elétricas da CP dedicadas ao transporte de passageiros e de mercadorias, com uma qualidade amplamente reconhecida pelo cliente e pelos utilizadores dos comboios. O SIMEF é um ACE que reúne a Siemens – um dos maiores fabricantes mundiais de material circulante ferroviário, detentor de um vasto know-how tecnológico – e a EMEF – o maior prestador de serviços de manutenção de material circulante ferroviário em Portugal. A parceria surge de um desafio lançado em 2009 às duas empresas para assumirem não só a manutenção da série de locomotivas LE4700 – montada pela Siemens nas instalações da EMEF entre entre 2007 e 2009 – como também da série LE5600, entregue pela Siemens em 1995. Em resposta a este desafio foi criado o SIMEF – Serviços Integrados de Manutenção e Engenharia Ferroviária – que opera em oficinas especialmente remodeladas para 32 o efeito no Entroncamento e em Lisboa – sistema de monitorização em tempo real do Santa Apolónia, contando com 52 colabora- funcionamento das locomotivas – permitindores oriundos maioritariamente da EMEF. do, com base nos dados recolhidos, apoiar remotamente na recolocação das locomotivas Os objetivos contratualmente definidos pelo em circulação em caso de imobilização em licliente afiguravam-se exigentes desde o iní- nha, bem como implementar a capacidade de cio, tendo o seu integral cumprimento apenas análise de Big Data com o objetivo de antecisido possível graças à estreita colaboração par e obviar a ocorrência de possíveis avarias. entre as duas empresas e à implementação de conceitos de manutenção inovadores. O SIMEF é hoje um caso de sucesso. Presta um serviço com elevados padrões de qualiA introdução de ferramentas de diagnóstico dade, criando valor, quer para o cliente CP, especialmente desenvolvidas para o SIMEF através de uma resposta flexível às suas netornaram possível medir a condição dos equi- cessidades operacionais e da incorporação pamentos das locomotivas e identificar aque- contínua de uma elevada componente tecles com avarias iminentes. nológica nos serviços de manutenção, quer para os parceiros EMEF e Siemens. A parcePara o futuro, o SIMEF pretende continuar a ria entre estas duas entidades traduziu-se investir fortemente na formação dos seus co- no aumento das respetivas competências e laboradores, na transferência de know-how no desenvolvimento da engenharia ferroviátecnológico e na implementação contínua de ria portuguesa potenciando, assim, outras novos paradigmas, designadamente no do- oportunidades vindouras. mínio da manutenção sob condição, estando para esse efeito planeada a instalação de um Aquisição de empresa de software de logística Operação dá, à Siemens, a possibilidade de dispor um portefólio melhorado e integrado de soluções de TI a partir de um único fornecedor A divisão de Soluções para Logística e Aeroportos (LAS) da Siemens adquiriu a AXIT, empresa de software especializado em plataformas de tecnologias de informação (TI) apoiadas na nuvem de computadores e bases de dados interligados pela Internet (cloud-based) para gestão de processos logísticos. Esta operação permitirá, a ambas as organizações, a exploração de novas áreas do negócio de software de logística. clientes no setor. Sediada em Frankenthal, na Alemanha, dispõe também de um Centro de Desenvolvimento de Software em Wroclaw, na Polónia. “Para a AXIT, este é o caminho certo para um crescimento rápido dos negócios a nível internacional. A LAS tem uma boa organização e uma forte rede global de vendas da qual iremos beneficiar”, refere Holger Schmidt, CEO da empresa. Já para Michael Reichle, CEO da divisão de Soluções de Logística Aeroportuárias da Siemens, “as A AXIT é líder europeia no fornecimento de TI, o software e a capacidade de utilizar insoluções de software cloud-based na área formações logísticas importantes para acresda logística e tem uma importante base de centar valor aos nossos clientes constituem os aspetos-chave da nossa estratégia de inovação. A AXIT tem, no seu portefólio, produtos de excelência. Sendo especialista neste ramo, ocupa uma posição reconhecida no mercado alemão que sai bastante reforçada desta fusão”. A fusão com a AXIT vai permitir à Siemens tornar-se pioneira nesta tecnologia inovadora, disponibilizando um portefólio melhorado e integrado de soluções de TI a partir de um único fornecedor. As duas empresas vão partilhar as suas competências para desenvolverem soluções inovadoras e explorarem novos mercados. A fusão com a AXIT vai permitir à Siemens tornar-se pioneira nesta tecnologia inovadora, disponibilizando um portefólio melhorado e integrado de soluções TI. Equipa de Sucesso A equipa portuguesa da Siemens Postal, Parcel & Airport Logistics tem um papel relevante na estratégia da empresa, contribuindo para a inovação e desenvolvimento na área dos aeroportos. Há exemplos de sucesso do seu trabalho em geografias tão variadas como Portugal, Angola, China, Índia, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos da América. 33 Soluções de Outsourcing na palma da mão GESTÃO ARMAZENAGEM PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO Urbanização Lagoa Park Zona Industrial, Pavilhão F / I 2560-177 Ponte do Rol Torres Vedras - PORTUGAL Tel - 261 859 670 Móvel - 916 187 339 [email protected] www.regive.pt Pronto para o futuro Ao fim de 40 anos, o Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian apresenta‑se agora como um espaço renovado Quando foi inaugurada, em 1975, a sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, tornou-se um dos principais centros culturais da capital. Ativa na promoção da arte, ciência, educação e beneficência, a Gulbenkian é a mais conhecida e reputada instituição filantrópica presente em Portugal. Mais de 40 anos depois, a Fundação decidiu remodelar as suas infraestruturas. Desta forma, o Grande Auditório foi sujeito a uma recuperação completa, com novas soluções técnicas de última geração. A Siemens foi o parceiro escolhido para os trabalhos de fornecimento e instalação dos equipamentos de iluminação cénica, áudio, vídeo e comunicaÉ pela sede da Fundação, em Lisboa, que passa ções técnicas. Adicionalmente, fazem parte grande parte do seu trabalho em prol da cul- da renovação os trabalhos de infraestruturas tura. Além do museu e de um centro de expo- elétricas associadas. sições – incluindo também o Centro de Arte Contemporânea – ainda se junta o Grande Apesar da rigorosa manutenção a que são Auditório da Gulbenkian, por onde passaram sujeitos anualmente todos os equipamenalguns dos mais importantes espetáculos de tos, a passagem do tempo provocou alguma música e bailado realizados nas últimas déca- desatualização das soluções instaladas no das em Portugal. Grande Auditório. Com o objetivo de se modernizar e responder às necessidades atuais e futuras foi realizada uma profunda renovação do espaço e equipamentos, instalando os parâmetros mais avançados em termos de funcionalidade, capacidade tecnológica, segurança, conforto e acessibilidades. Depois de sete meses de obras o Grande Auditório abriu portas, já com um espaço totalmente remodelado e equipado com tecnologia de ponta. Este projeto de intervenção faz parte de um programa de renovação e reabilitação dos edifícios e jardins da Fundação iniciado em 2005. 35 A nova geração de gestão centralizada Lançamento da nova Desigo CC™, uma plataforma inovadora que assegura a gestão integrada e eficiente da energia, segurança e conforto dos edifícios A Siemens oferece um conjunto de soluções para automação, segurança e proteção contra incêndios de edifícios. Nestas incluem-se produtos, sistemas e serviços destinados a garantir a máxima eficiência energética e conforto em edifícios, bem como a segurança de pessoas, processos e bens. Há soluções específicas para empresas, datacenters, hospitais, aeroportos, hotéis e também edifícios comerciais, cidades e suas infraestruturas. A inovadora plataforma Desigo CC™, a mais recente tecnologia de gestão de edifícios da Siemens, permite controlar e otimizar todos os sistemas dos edifícios. O que a torna verdadeiramente única no mercado é a sua estrutura abrangente, pois é uma plataforma integrada de gestão de edifícios aberta, eficiente, flexível e fácil de usar. A Desigo CC™ oferece uma série de benefícios aos seus clientes. Garante que todos os sistemas do edifício trabalham em conjunto, evitando cenários indesejáveis antes que se descontrolem e oferecendo aos seus ocupantes o nível máximo de segurança e conforto. Operações fiáveis e ininterruptas, que obedecem aos mais elevados padrões de qualidade, melhoram automaticamente a performance dos edifícios. Desta forma será criado o melhor ambiente possível para condóminos de edifícios e pacientes, visitantes e empregados de hotéis, hospitais e edifícios de escritórios. Também haverá uma redução significativa de custos. Quando se interligam todos os sistemas disponíveis apenas tem de se investir, gerir e treinar os operadores num sistema. Isso diminui significativamente os custos de operação, que representam 80% dos gastos com 36 a gestão de edifícios, a que se acrescentam poupanças energéticas até 20%, confirmadas pelas aplicações já realizadas. Ou seja, a Desigo CC™, contribui para reduzir custos de forma significativa. Plataforma única e inovadora, a Desigo CC™ é muito mais do que uma nova tecnologia. É uma solução que traz benefícios para todos os que vivem, trabalham e gerem os edifícios atuais e do futuro. UM SISTEMA ABERTO Projetada para atender às necessidades de automação e segurança atuais e futuras de edifícios, esta plataforma tem uma arquitetura flexível e aberta, que deixa os nossos cilentes solidamente preparados para o futuro, pois não os sujeita a investirem num sistema fechado. Como trabalha com muitos protocolos standard da indústria, é um verdadeiro sistema aberto, que permite a sua integração com outras soluções existentes no mercado. A Desigo CC™ é a primeira plataforma projetada para integrar todos os sistemas do edifício, como os de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), iluminação, sombreamento, energia, segurança e proteção contra incêndios. Desta forma elimina muitos dos desafios dos sistemas de gestão tradicionais dos edifícios. AMBIENTE SEGURO PARA PROMOVER O CONFORTO E A PRODUTIVIDADE A Desigo CC™ tem também a capacidade de integrar o controlo do edifício com os equipamentos de segurança de vida e de proteção contra incêndios, além dos de deteção de intrusão, vigilância por vídeo e controlo de acesso. Gráficos detalhados ajudam as pessoas que a usam a conhecê-la melhor, para apoiar e sustentar as suas decisões. A inovadora plataforma Desigo CC™, a mais recente tecnologia de gestão de edifícios da Siemens, permite controlar e otimizar todos os sistemas dos edifícios (...) é a única plataforma integrada de gestão de edifícios aberta, eficiente, flexível e fácil de usar. UM SISTEMA DE GESTÃO DE EDIFÍCIOS QUE ESTÁ A FAZER HISTÓRIA Os requisitos de construção são cada vez mais exigentes. A escassez de recursos, o aumento dos custos operacionais, os riscos legais, a criação de redes de edifícios individuais em complexos de edifícios: todos esses fatores colocam enormes desafios aos gestores e utilizadores. O SISTEMA DE GESTÃO DE EDIFÍCIOS COMEÇA COM A DESIGO CC™. Desigo™ é a resposta a estes desafios e a plataforma de gestão do edifício inovador Desigo CC™ é um marco na história da construção de tecnologia. Com Desigo CC™ é possível controlar e otimizar todos os sistemas do edifício. PORQUE SÃO TÃO IMPORTANTES OS EDIFÍCIOS? SEGURANÇA Sistemas de segurança integrados permitem tempos de resposta minimizados. ENERGIA Os custos médios do tempo de inatividade de pequenas e médias empresas são de cerca de 66 mil euros por hora. A DESIGO CC™ É ADEQUADA PARA TODOS OS TIPOS DE EDIFÍCIOS. ILUMINAÇÃO Gestão eficiente da iluminação pode reduzir até 80% dos custos. Modular e expansível: isolada, combinada e multidisciplinar. Controlada remotamente A partir de qualquer lugar, em qualquer momento Por diferentes utilizadores Melhor desempenho e imagem Redução significativa de custos BENEFÍCIOS Mais segurança e conforto ADVANTAGE™ SERVICES SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIOS Proteção do investimento e aumento da eficácia, gerindo riscos e custos. Oferta de fiabilidade de deteção única e proteção contra alarmes falsos. AVAC Monitorização de energia combinada com iluminação pode reduzir até 20% dos custos com energia. Sistemas de gestão de edifícios avançados podem economizar até 20% de energia. 37 NOVA LOJA DE EPI’S ONLINE! www.sintimex.pt 55 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO MUNDO DA PROTEÇÃO A Sintimex oferece há mais de 50 anos as melhores Soluções em Equipamentos de Proteção (EPI’s e EPC’s), para a prevenção de Acidentes de Trabalho dos trabalhadores portugueses. Hoje está mais perto dos seus clientes, marcando presença não só em Portugal, mas também em Angola, Moçambique e Cabo Verde. Para estar sempre disponível, lançou ainda uma loja de EPI’s online. Em www.sintimex.pt já pode adquirir uma completa gama de produtos sem sair de casa, através de um simples clique! Poupe dinheiro, poupe tempo e usufrua mais do seu conforto. Consulte-nos e confirme a excelência dos nossos produtos e serviços! EPI’s Formação Manutenção de Extintores Instalação de Linhas de Vida Calibração e Deteção de Gases SEDE: Av. Infante D. Henrique - Lote 9B, 1849-034 Lisboa (+351) 21 757 72 12 | [email protected] NORTE*: Rua Engº. Frederico Ulrich 2025 Moreira, 4470-605 Maia (+351) 229 419 084 | [email protected] ANGOLA*: C. Log., Arm. E-05, V. C3A - G. GU03, Talatona, Luanda (+244) 927 366 596 | [email protected] MOÇAMBIQUE*: Av. Romão Fernandes Farinha - nº 171, Maputo (+258) 84 35 35 555 | [email protected] Modernização da fábrica de Fisipe O processo de modernização da fábrica da Fisipe, no Seixal, conta com a tecnologia de ponta e o know how da Siemens na adaptação da sua produção para o fornecimento de materiais em fibras de carbono Com efeito, a Siemens foi a empresa tecnológica escolhida pela Fisipe para equipar o seu novo projeto de adaptação de parte da produção da sua fábrica para o fornecimento de materiais em fibra de carbono, que permitirá à empresa a entrada noutros setores do mercado. Esta fábrica, que produzia exclusivamente matéria-prima para a indústria têxtil (fibras), é agora também capaz de oferecer novos produtos aplicados à indústria automóvel e aeronáutica. A empresa, detida pelo grupo alemão SGL, apostou num caminho inovador através da conversão de parte das suas linhas para a produção destes novos compostos sintéticos. E a escolha do parceiro tecnológico recaiu, mais uma vez, sobre a Siemens Portugal, com a qual assinou um contrato de fornecimento global para os sistemas que acionam, controlam e monitorizam a produção da nova fibra. Este projeto incluiu o desenvolvimento do setor elétrico e de automação da Fisipe, o fornecimento da instrumentação de campo/processo e dos sistemas de automação, Simatic S7, a supervisão WinCC, o fornecimento dos quadros de baixa tensão, o desenvolvimento do projeto elétrico e de automação, o software e o comissionamento de todo o sistema. Numa colaboração que data de 2005, e na qual a aposta nos engenheiros portugueses da Siemens Portugal é clara, as duas empresas deram mais um importante contributo para a modernização do tecido industrial português, que conta agora com mais uma unidade de produção de tecnologia de ponta completamente virada para a exportação, num setor de enorme potencial futuro e numa empresa onde a exportação representa 99% da produção. 39 Viagem ao futuro Klaus Helmrich, membro do Managing Board da Siemens AG, dá as boas-vindas (à direita) ao grupo português liderado pelo António Mira, diretor-geral da Digital Factory and Process Industries and Drives (à esquerda) Distribuidores nacionais vivenciam a indústria de amanhã… hoje! Quem passou pelo espaço da Siemens teve a oportunidade de estar, hoje, lado a lado com as soluções do futuro. A Siemens Portugal fez-se representar por uma comitiva total de 20 pessoas, na grande maioria distribuidores da área da automação industrial, proteção e controlo industrial, acionamentos, instrumentação e da baixa tensão e que puderam ver os futuros processos industriais e a digitalização da produção que permitem combinar o mundo virtual e real demonstrando como a indústria do amanhã proporcionará avanços inovadores, eficientes e eficazes em toda a cadeia industrial. Quando já todos pensavam que nada mais havia a experimentar, aparecem em cena as gémeas mais conhecidas de Hannover 2015. Em interação com um orador, uma figura aparece num ecrã mas a mesma rapidamente se torna real, interagindo não só num mundo virtual como também num real. Este robot (conhecido pelas gémeas) permitiu uma experiência interativa com os visitantes do certame. 40 Maserati Ghibli foi estrela no stand Não é de estranhar que este modelo seja apelativo. O veículo representa a fusão perfeita entre a paixão italiana por carros desportivos e design sofisticado com os métodos mais evoluídos de planificação, desenvolvimento e fabrico. O novo Maserati Ghibli foi um dos mostruários de digitalização da Siemens durante a feira de Hannover 2015. Ghibli é o exemplo perfeito dos benefícios que os fabricantes de automóveis já estão a ter devido à digitalização dos seus processos. Os componentes foram desenvolvidos no software Siemens PLM NX, o processo de produção foi simulado eficientemente, e ao pormenor, através da utilização do portefólio de soluções digitais Tecnomatix e do TIA Portal, Portal de Automação totalmente integrado da Siemens, Em 2014, a Maserati não só celebrou cem anos que é utilizado para automação flexível da lide vida da marca, como também comemorou o nha de produção. Os complexos processos de melhor ano de sempre da sua história com as produção são planeados, otimizados e monitovendas deste modelo. O sucesso do Maserati rizados com o software SIMATIC IT MES. HOOD05162002251031 Inovação ao serviço da saúde Artur Osório, Administrador do Grupo Trofa Saúde O Hospital Privado de Gaia, o mais recente projeto do Grupo Trofa Saúde, é sinónimo de inovação e modernidade A abertura do Hospital Privado de Gaia é “um marco importante, que fecha um ciclo de investimentos realizados na zona Norte do país”, afirma Artur Osório, administrador do Grupo Trofa Saúde. De acordo com Artur Osório o Hospital Privado de Gaia encontra-se “localizado numa zona onde a oferta privada ainda é relativamente pequena e a oferta pública tem algumas dificuldades”, como tal esta unidade vem “preencher uma lacuna” com base em muita qualidade, uma grande “oferta de serviços a todos os níveis, tanto na capacidade de diagnóstico, como na capacidade terapêutica, com muito boas equipas clínicas e uma boa organização também”. Por parte do Trofa Saúde houve uma clara aposta na qualidade e na inovação tecnológica, nomeadamente na área de diagnóstico. A tecnologia selecionada para esta nova unidade é da Siemens, tendo havido um grande investimento nomeadamente em equipamentos de ressonância magnética, tomografia computorizada e radiologia de intervenção, o que possibilita diagnósticos precisos e mais rápidos, em particular nas áreas das lesões ortopédicas, da oncologia, da cardiologia e da neurologia. Esta parceria resultou, assim, num hospital dotado de “equipamentos de última geração, do melhor que existe no mercado, com uma qualidade de imagem muitíssimo boa, o que permite aos médicos fazerem um diagnóstico preciso e, por conseguinte, oferecerem aos pacientes o melhor tratamento possível”, realça Artur Osório. Altamente criterioso na seleção dos equipamentos médicos, o Grupo Trofa Saúde teve em atenção, em primeiro lugar, a qualidade dos equipamentos, em segundo a assistência oferecida pelo fabricante, que deve ser constante, e por último a relação custo-benefício. E, neste sentido, a parceria com a Siemens tem funcionado perfeitamente. “Neste momento a Siemens tem demonstrado ser a melhor e enquanto nos continuar a garantir qualidade será sempre a nossa parceira de eleição”, sublinha Artur Osório. Para o futuro o Grupo Trofa Saúde está focado no crescimento interno das unidades de saúde já existentes e na expansão para a região de Lisboa, em especial para as zonas periféricas, e também para países de língua portuguesa. 41 Saúde da Mulher A importância da tecnologia no rastreio e diagnóstico precoce A Saúde da Mulher tem sido uma área em crescente evolução nos últimos anos. E neste campo, a prevenção e deteção precoce assumem, cada vez mais, um papel determinante em doenças como o cancro da mama ou do colo do útero. Opinião que é partilhada pelos médicos José Luís Fougo, coordenador do Centro de Mama do Centro Hospitalar de São João, e Faustino Ferreira, diretor clínico e vogal da Comissão Executiva dos SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde. quase diária de notícias e informação relativa à doença. “Este facto, aliado à oferta de um Programa Nacional de Rastreio para o Cancro da Mama no Serviço Nacional de Saúde, facilita a procura de cuidados médicos nesta área”, sublinha o especialista. O responsável dos SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde lembra, mesmo, que nos últimos 20 anos não há conhecimento de patologia oncológica avançada do colo do útero fruto do rastreio sistemático desta patologia e do seu tratamento em fases iniciais. E que, relativamente à patologia oncológica da mama, Faustino Ferreira explica: “Nos SAMS Prestação são disponibilizadas consultas e exames de Integrada de Cuidados de Saúde dedicamos há rastreio, com elevada percentagem de adesão. muito uma especial atenção à prevenção e deteção precoce da patologia oncológica nas Quando se fala mais especificamente em cancro nossas beneficiárias e utentes. Poderemos da mama, José Luís Fougo sublinha a importânJosé Luís Fougo afirma que “a conscienciali- dizer que há uma consciência generalizada cia da tecnologia no rastreio e diagnóstico de zação das mulheres para o cancro da mama é da sua importância.” tumores muito pequenos. “Neste campo a teccada vez maior”. E atribui o facto à divulgação nologia é determinante, permitindo a correta 42 HOOD05162002251052 identificação de lesões no seio do tecido mamário. Hoje em dia a tecnologia disponível facilita o trabalho do médico porque a qualidade da imagem é muito boa. Além disso, a segurança dos exames e dos equipamentos é cada vez maior.” contudo uma qualidade de imagem excecional para diagnóstico. Opinião partilhada por José Luís Fougo que relembra que “a mamografia é uma radiografia da mama e, portanto, aplica radiação X sobre o corpo. Mas uma mamografia normal, com quatro imagens, aplica uma dose de radiação muito baixa, inferior à radiação que todos recebemos durante um ano, na nossa vida normal, sem fazermos exames radiológicos”. “Algumas lesões que anteriormente nos deixavam algumas dúvidas serão agora melhor esclarecidas, o que poderá poupar exames adicionais”, conclui. “O Centro de Mama foi pioneiro em Portugal na forma como se organizou para prestar cuidados nesta área. É uma organização multidisciplinar onde cirurgiões, radiologistas e anaFaustino Ferreira defende que a mamografia tomo-patologistas convivem diariamente, no continua a ser o método standard por excelên- mesmo espaço físico, permitindo que os doencia para a deteção precoce de patologia mamá- tes realizem, no mesmo dia, a consulta médiria. “A mais baixa dose possível de radiação é ca, os exames de imagem e as biópsias”, refere um objetivo que todos procuramos, de acordo José Luís Fougo, para quem as mais-valias que com as normas europeias, garantindo contudo o novo mamógrafo trará situam-se ao nível do que a qualidade de imagem não se perca.” incremento do diagnóstico. Faustino Ferreira refere que a principal vantagem deste equipamento da Siemens, que carateriza como “topo de gama”, é a possibilidade de passarmos a dispor da tomossíntese, o que nos Tanto o Hospital de São João como os SAMS permite abordar doutra forma áreas suspeitas Prestação Integrada de Cuidados de Saúde pela aquisição de volume. Aumenta assim muito já dispõem de um mamógrafo digital da a especificidade dos resultados, sendo que para Siemens, com tecnologia PRIME, que permi- a doente aumenta quer a segurança dos resultate reduzir a baixa dose de radiação já disponi- dos quer a segurança do próprio exame devido bilizada pelo sistema em 30%, possibilitando à menor dose de radiação recebida”, defende. Tanto o Hospital de São João como os SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde já dispõem de um mamógrafo digital da Siemens, com tecnologia PRIME, que permite reduzir a baixa dose de radiação já disponibilizada pelo sistema em 30%. 43 ARS de Lisboa e Vale do Tejo centraliza aquisição de medicamentos A centralização das compras de medicamentos e equipamentos de diagnóstico para as 15 Unidades de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo permite à ARSLVT uma redução de custos em mais de 50% A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) centralizou o processo de compras de medicamentos e outros produtos farmacêuticos para as Unidades de Saúde existentes no território. com um suporte constante, como refere a far- se pretendia homogeneidade e uma economacêutica Lurdes Lourenço, “há sempre al- mia de escala. guém a quem podem recorrer tecnicamente e tirar dúvidas, porque há formação”. No entanto, concordam que o maior desafio foi fazer as estimativas das quantidades No final, já é com um sorriso na cara que as reais que se consomem, pois não havia um Pela primeira vez, está a decorrer um pro- responsáveis referem as dificuldades que histórico de consumo, tanto no setor do mecesso de aquisição centralizada de meios enfrentaram ao longo de todo o processo: dicamento, como nos equipamentos de diagcomplementares de diagnóstico para 15 a dispersão geográfica, a heterogeneidade nóstico. Algo que foi colmatado com a aposta Agrupamentos de Centros de Saúde, entre os dos processos de aquisição, dos produtos es- num sistema informático com regras e metoquais a análise sumária de urina, vulgarmen- colhidos, da sua qualidade e preços, quando dologias específicas. te denominada “Urina Tipo 2”. Na totalidade são cerca de 400 equipamentos de urinálise, da Siemens, que permitem o registo de todas as análises existentes, com a possibilidade de leitura visual e automática. “Houve sempre duas vertentes a ter em conta: a da descida dos preços e a qualidade do serviço. E ambas foram alcançadas”, avançou Nadine Ribeiro, coordenadora da Unidade Orgânica de Farmácia (UFO) desta entidade. “Com este projeto, o custo dos produtos baixou e a sua qualidade aumentou”, salienta. A coordenadora dos Serviços de Farmácia, Alice Santos, defende que “a relação preço/ qualidade atingida foi muito boa. E a descida de custos foi superior a 50%”, complementada HOOD05162002252060 Neste momento as responsáveis da farmácia da ARSLVT já conseguem fazer um balanço do processo de centralização de compras, que consideram bastante positivo, e sublinham a importância do acompanhamento que a Siemens tem feito aos seus equipamentos. Nadine Ribeiro, Alice Santos e Lurdes Lourenço da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo 44 Parceria com a Tecnimed, uma aposta reforçada HOOD05162002252917 A parceria da Siemens Healthcare com a empresa angolana Tecnimed continua a dar frutos e os projetos para 2015 já estão em marcha Saidy Pereira e Vysolela de Oliveira, da Tecnimed, e José Almeida, da Siemens Healthcare A Tecnimed já foi distinguida pela Siemens enquanto parceira nesta área, nomeadamente com o Siemens Healthcare Sales Partner – Excellence Award 2014. A Tecnimed, empresa angolana sediada em Luanda e que trabalha há mais de 30 anos no mercado da saúde, caminha de mãos dadas com a Siemens Healthcare desde 1997. Uma parceria que começou na área do diagnóstico por imagem e que recentemente se estendeu ao diagnóstico laboratorial. Em 2014 a área Diagnostics da Siemens Healthcare Portugal passou a ser responsável por alguns países de África, nomeadamente Angola, dando início a um processo de consulta ao mercado para a escolha do distribuidor em Angola, que recaiu sobre o parceiro Tecnimed. momento. A Siemens está a investir na formação da equipa técnica da Tecnimed para que esta fique preparada para prestar assistência de forma autónoma, contando sempre com o suporte contínuo da equipa portuguesa. setor – Ultrasound Awards 2011 (S-Class Outperformer 2011), Sales Partner Award 2012 – Multi Modality Deals, e o Siemens Healthcare Sales Partner – Excellence Award 2014. A Tecnimed, enquanto empresa com uma vasta experiência no setor da saúde e uma excelente presença junto dos operadores deste mercado, é, para Ivan França, responsável da área Diagnostics, “um parceiro muito importante, com o qual se prevê um aumento significativo do volume de faturação da empresa em Angola”. “Esta parceria é estratégica, pois a experiência que temos obtido ao longo destes anos com a imagiologia da Siemens Healthcare é ótima. A organização, a clareza dos objetivos traçados, o apoio dispensado e a qualidade dos equipamentos e serviços têm sido fulcrais para o sucesso da Tecnimed no mercado angolano”, afirma Rui Coelho, administrador desta empresa angolana. Já no início deste ano foi assinado o contra- De realçar que a Tecnimed já foi distinguida to de distribuição, que deu início a um con- pela Siemens enquanto parceira nesta área, junto de instalações e projetos a decorrer no nomeadamente com o Siemens Healthcare 45 Angola conquista SubSea Service Center O primeiro SubSea Service Center da Siemens em Angola, e o único do género da empresa em África, já está operacional A Siemens Angola foi recentemente reconhecida com a atribuição do primeiro service center da empresa em Angola e o único do género em África, o “SubSea Service Center – Angola”. Este centro atuará na área da instalação, inspeção, manutenção, peças de substituição, remodelação e serviços técnicos e de reparação, competências reconhecidas pela Siemens Noruega, localização central de todas as competências para o SubSea na área do Oil & Gas. De realçar, neste contexto, a importância das soluções do SubSea Service Center, agora adotadas, no apoio ao desenvolvimento do negócio da Siemens neste país, bem como para o crescimento da economia angolana. para o setor do Oil & Gas, nomeadamente através da disponibilização ao mercado de turbinas aeroderivativas a gás desta empresa britânica na área da energia. Conhecedora da realidade deste país africano e das suas necessidades, a aposta da Siemens no mercado angolano é contínua. As mais recentes aquisições da empresa, nomeadamente das atividades energéticas da Rolls Royce no final de 2014, vieram permitir a diversificação do portefólio de produtos e serviços A criação do SubSea Service Center Angola, o primeiro centro deste género no continente africano que vai trabalhar em estreita colaboração com a Siemens na Noruega e Inglaterra, é apenas mais um exemplo do envolvimento da empresa neste setor crítico para o sistema económico-financeiro angolano. 46 Workshop sobre energia elétrica Partilha de visão e conhecimento com as entidades públicas responsáveis do setor elétrico angolano na implementação e operacionalização de Soluções Integradas para Gestão de Energia. Estes sistemas são fundamentais para responder aos atuais desafios da rede, impostos pelo elevado ritmo de crescimento económico registado em Angola, bem como a crescente procura de energia por parte dos consumidores. As soluções apresentadas – baseadas na plataforma Spectrum PowerTM – são consideradas referências de mercado a nível tecnológico e disponibilizam numa plataforma única todas as aplicações necessárias ao planeamento, gestão e operação das redes de energia, estando já preparadas para integrar e gerir os elementos que constituem uma Smart Grid. Estas soluções são fundamentais para aumentar a disponibilidade e fiabilidade dos sistemas de produção e das redes de distribuição e transmissão de energia, contribuindo para aumentar a sua eficiência, indo assim ao encontro dos objetivos de sustentabilidade económica e ambiental da rede de energia angolana. A Siemens organizou, no Hotel de Convenções de Talatona, em Luanda Sul, Angola, um workshop sobre centros de despacho e condução para infraestruturas de produção, transporte e distribuição de energia. O evento abordou os sistemas de telecontagem para contagem e faturação da energia que transita entre os operadores da rede e contou com a presença de vários representantes do Ministério da Energia e responsáveis de empresas de relevo do setor. A Siemens pretendeu com esta iniciativa reforçar as parcerias que tem vindo a desenvolver nesta área e o seu compromisso com o No workshop estiveram presentes respon- país no seu desenvolvimento socioeconómico. sáveis de vários dos principais intervenientes no mercado da energia de Angola, como Segundo Sérgio Filipe, responsável da Siemens o Instituto Regulador do setor Eléctrico de Angola, “este workshop surge na altura oporAngola (IRSE), a Empresa Pública de Produção tuna uma vez que a energia é um dos temasde Electricidade (PRODEL), a Rede Nacional -chave do país, base de desenvolvimento e de Transporte (RNT) a Empresa Nacional aumento de qualidade de vida. Durante os de Distribuição de Electricidade (ENDE) e o dois dias em que o mesmo decorreu houve Ministério da Energia e Águas. oportunidade de, em conjunto, procurarmos melhorar os níveis de aplicabilidade e seguEste evento, onde participaram vários res- rança deste recurso que é fundamental para ponsáveis da Siemens, pretende demons- levar Angola onde queremos – um país de sutrar a experiência e competência da empresa cesso e crescimento.” 47 Primeiro SIPROTEC 5 para Angola Angola, um mercado de incontornável importância nos dias de hoje, recebeu o primeiro equipamento SIPROTEC 5 A tecnologia SIPROTEC, com mais de cem anos, é uma das soluções-chave para a proteção de redes de energia em todo o mundo. A Siemens lançou recentemente uma nova geração de equipamentos desta família, o SIPROTEC 5. Trata-se de um equipamento mais flexível e inovador, que a Siemens instalou em Angola com a construção de uma subestação para a alimentação energética da fábrica da EPC, ASC-Angola Steel Corp. A Danieli, empresa subcontratada pela EPC para a construção de uma nova unidade fabril para a produção de aço, manifestou a necessidade de trabalhar com uma empresa de confiança e com a mais alta tecnologia para construir a subestação de 220 Kv contígua a esta unidade fabril. A Siemens foi a empresa eleita. Com início em setembro 2012, este projeto em Barra do Dande, na província do Bengo, deverá estar concluído ainda este ano. Neste projeto o material fornecido pela Siemens passou, ainda, por equipamento de alta tensão (transformadores de tensão, transformadores de corrente, transformadores de potência, disjuntores, seccionadores, isoladores, descarregadores de sobretensão), reactância de neutro, sistema de proteção, comando e controlo, comissionamento e supervisão de montagem do equipamento AT. Experiência no fornecimento e supervisão de montagem de equipamento de AT e no fornecimento de proteção, comando e controlo, 48 aleada à excelência da engenharia e produtos continua focada nas oportunidades de negóSiemens são, sem dúvida, os pontos fortes de cio que possam proporcionar possibilidade todo este projeto. de trabalhar com clientes de referência nos principais setores de atividade da economia Trata-se de uma parceria de elevada im- angolana, nomeadamente nas áreas da enerportância estratégica para a Siemens, que gia, óleo e gás. A energia da Siemens chega a Matambo e Tete Com o fornecimento de uma subestação móvel para Matambo e a ampliação da subestação de Tete, em Moçambique, a Electricidade de Moçambique (EDM), pretende tornar a sua rede elétrica mais eficiente e fiável Este é um projeto que se reveste de elevada importância, não só para o desenvolvimento da rede elétrica de Moçambique, mas igualmente para o aumento da qualidade de vida da população moçambicana, e a Siemens é a parceira de eleição para ultrapassar esses obstáculos. fornecimento de energia, próprias de um país em explosão demográfica e com uma rede elétrica ainda frágil. Esta solução da Siemens é composta por três trailers (um trailer de Alta Tensão – 220 kV), baseado na tecnologia compacta GIS, um segundo trailer para um transformador de poCom o decorrer da ampliação da subestação tência 220/30 kV 25 MVA e, por fim, um traide 220 kV de Matambo, cabe agora à Siemens ler de média/baixa tensão que, num único fornecer uma solução portátil e compacta que contentor, incluirá não só a distribuição a 30 permita garantir o fornecimento de energia kV, mas igualmente os sistemas auxiliares, à população durante o desenvolvimento des- de proteção, comando e controlo. te projeto. A solução escolhida é uma subestação móvel. Esta permitirá ainda, em qual- Na subestação de Tete será realizado o auquer ponto geográfico, colmatar falhas no mento da potência instalada através do fornecimento de um novo transformador de potência 66/33 kV 50 MVA, assim como a ampliação do quadro de distribuição em média tensão dos sistemas auxiliares, de proteção, comando e controlo. Num financiamento do World Bank ao Estado moçambicano, uma vez mais a Siemens é o parceiro selecionado por garantir a melhor solução técnica que permitirá assegurar a a melhoria da rede elétrica e consequente melhoria da qualidade de vida da população moçambicana, não só nas regiões de Tete e Matambo, mas em todo o país. 49 Nova sede do Banco de Moçambique A Siemens desenvolveu um projeto Totally Integrated Power (TIP) para os quatro edifícios da nova sede do Banco de Moçambique O Banco de Moçambique está a expandir a sua ação a todo o território deste país africano. Segundo o governador desta instituição, Ernesto Gove, no ano passado foram abertos 52 balcões um pouco por todo o território. O objetivo é a “diversificação da gama de serviços e produtos financeiros oferecidos aos seus clientes e a expansão da intermediação financeira”, acrescenta o gestor. O empreendimento tem tido o apoio da Siemens, desde a fase de desenvolvimento ao projeto de execução. As novas agências estão a ser equipadas com produtos de soluções Siemens como quadros de média tensão, transformadores de potência, quadros de baixa tensão e sistemas de comando de iluminação KNX. Os vários investimentos que o banco central do país está a realizar visam acompanhar o desenvolvimento exponencial de Moçambique, que precisa do apoio das instituições financeiras e das entidades reguladoras para se manter sustentável. Este é atualmente o maior projeto que a Siemens está a desenvolver em edifícios do O maior projeto em curso da instituição é setor terciário em Moçambique. A empresa a construção da sua nova sede, que passará está a apoiar a obra de construção da sede a integrar quatro edifícios. A obra está a ser do Banco de Moçambique desde a fase de erguida no mesmo espaço da anterior e inclui, desenvolvimento ao projeto de execução. além do edifício sede, que irá manter a facha- Por isso, o corpo técnico da Siemens desenda, uma nova torre de escritórios com 30 pi- volveu um projeto Totally Integrated Power sos, um silo-auto com 20 andares e um polo (TIP), de integração total e otimizada dos técnico com seis pisos. Nos novos edifícios fi- equipamentos fornecidos pela empresa, e carão sediados todos os serviços centrais des- apoiará a evolução da obra até ao final da ta entidade reguladora moçambicana. construção, previsto para 2015. 50 Segundo o governador desta instituição, Ernesto Gove, no ano passado foram abertos 52 balcões um pouco por todo o território. CENTROS DE COMPETÊNCIA Os centros de competência Siemens a funcionar em Portugal atuam nas áreas de energia, infraestruturas, saúde, tecnologias de informação e serviços partilhados, fornecendo serviços e soluções dentro do mundo Siemens que são utilizados em 200 países nos cinco continentes. Centro de Tecnologias de Informação comemora um ano de vida ANO DE ABERTURA: 2014 N.º DE PESSOAS: >100 O centro de competência IT Global Operations Lisboa comemora um ano e avança com o nascimento de uma nova área, Cyber Security O IT Global Operations Lisboa comemora em 2015 o seu primeiro aniversário enquanto líder de soluções de TI e serviços inovadores para todo o universo Siemens. Tendo iniciado a sua atividade em janeiro de 2014 e apostado em realizar atividades de nearshoring a nível de TI, a equipa conta já com mais de 100 especialistas em TI e está em franca expansão, graças aos resultados apresentados nestes 12 meses de atividade que comprovam que a estratégia da Siemens é benéfica não apenas para a empresa como para o país. Mas a capacidade de Portugal não é somente assinalada pela Siemens. Muitas outras entidades descobriram o mercado nacional e o valor das equipas de TI, tornando o acesso aos profissionais cada vez mais restrito. Para continuar a fase expansionista, a Siemens iniciou projetos com universidades e também com a academia de formação ATEC, podendo assim criar especialistas à medida das necessidades existentes. “Ser um empregador atraente, com ambientes de trabalho state-of-the-art e benefícios para atrair a melhor equipa de TI, já não é suficiente”, afirma Andy Maertz, diretor de Operações Globais. E acrescenta: “Proporcionar uma perspetiva de longo prazo à nossa equipa, investir e lançar programas educacionais e promover uma relação com os alunos, que se encontram numa fase muito precoce no seu processo educacional, são as únicas formas de garantirmos os melhores profissionais.” Esta é também a razão pela qual o departamento de Operações Globais pondera abrir um escritório satélite no Porto – para capitalizar a proximidade com as universidades do norte de Portugal. Uma pool atrativa, constituída com recursos humanos das diversas universidades ou de start-ups e incubadoras, é uma estratégia muito apelativa para os projetos de expansão nesta área. Particularmente com a recente decisão estratégica do Conselho de TI na Alemanha, que preconiza o aumento da procura de recursos humanos altamente qualificados e que decide colocar em Portugal uma nova responsabilidade, o Cyber Security. Este novo centro é especializado no controlo e defesa dos sistemas de informação da Siemens e até há bem pouco tempo apenas estava implementado nos Estados Unidos. Com o aumento do fluxo de informação e consciência do seu valor, a Siemens decidiu criar um novo centro com este mesmo objetivo, desta vez na Europa, e Portugal foi o país escolhido. Este novo centro de Cyber Security já está instalado em território nacional, presta serviços a todo o continente europeu e pode vir a expandir os seus serviços para o continente asiático. Para a Siemens Portugal, a atribuição deste novo centro de competências é mais uma prova da competência dos recursos humanos nacionais e da capacidade de resposta às necessidades da empresa. 51 ANO DE ABERTURA: 2014 N.º DE PESSOAS: <50 Reconhecimento na área dos autocarros elétricos em Portugal A Siemens Portugal foi reconhecida como centro de competência para todos os projetos mundiais de eBus (autocarros elétricos), numa aposta clara nas novas tecnologias amigas do ambiente ao serviço dos transportes coletivos A aposta das cidades na preservação do ambiente é cada vez maior. Um pouco por todo o mundo surgem novos projetos para a implementação de autocarros elétricos no sistema de transportes públicos. Trata-se de projetos que têm em vista uma política para o desenvolvimento sustentável e ecologicamente consciente dos centros urbanos. O reconhecimento da engenharia da Siemens Portugal neste domínio surge na sequência do projeto desenvolvido em parceria com a Salvador Caetano Indústria, que consistiu na conversão de um APRON Bus (autocarro que faz o transporte de passageiros do terminal até ao avião em aeroportos) da versão diesel para uma versão 100% elétrica, criando, assim, o primeiro autocarro de aeroporto 100% elétrico. Além de se criar uma opção eficiente para o transporte de passageiros em ambiente aeroportuário, este projeto vem requalificar um veículo em fim de vida que fica, assim, preparado para um ciclo de mais 10 anos. Este foi um projeto ambicioso, tendo na maturidade da tecnologia envolvida em todo o sistema um dos principais obstáculos vencidos, e que deu o mote para uma aposta sólida nesta área. O envolvimento neste projeto, bem como nos que se seguiram, levou à construção de um 52 conjunto de conhecimentos técnicos por parte da equipa Siemens, que a tornou numa das referências mundiais, e ao aparecimento deste centro de competência Siemens. Este recém-criado centro de competência em eBus dedica-se às atividades de engenharia, simulação de operação, desenvolvimento de projetos e consultaria na área da segurança para sistemas de autocarros elétricos, nomeadamente carregadores ultra-rápidos e integração de sistemas de bordo para fabricantes de autocarros a nível mundial. Siemens apoia educação Tendo sempre em vista a partilha do conhecimento e o incentivo aos jovens engenheiros portugueses, os engenheiros Pedro Grossmann, gestor de Projetos da MO-UT, e António Silva Amaral, diretor da DF-FA da Siemens, participaram no seminário “Autocarro Elétrico – Integração de Sistemas Elétricos e Soluções de Carregamento”, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, do Politécnico de Setúbal. Centro Global de Gestão de Imobiliário ganha terreno internacional Alargou as suas responsabilidades e vai dar cartas além-fronteiras ANO DE ABERTURA: 2014 N.º DE PESSOAS: ≤50 A partir de setembro deste ano, este centro irá gerir 3600 mil metros quadrados de espaço Siemens e mais de 660 centros de custo. Responsável pelo desenvolvimento de atividades de suporte administrativo para a Siemens Real Estate (SRE), este centro de competência da Siemens Portugal alargou as suas responsabilidades além-fronteiras. A partir de setembro deste ano, este centro irá gerir 3600 mil metros quadrados de espaço Siemens e mais de 660 centros de custo. nacionalidades e com backgrounds académicos bastante diversos – nos quais se incluem arquitetura, engenharia aeronáutica, técnicos oficiais de contas, TI e consultoria, este centro presta serviços a 12 países e em setembro estas mais-valias serão alargadas a 22 países dentro do Europe Middle East and Africa (EMEA). espaços e serviços que o SRE presta, assim como todo o suporte em controlling e accounting na gestão de mais de 600 edifícios. O processo de expansão deste centro para novos mercados, dentro do universo Siemens, foi desenvolvido em seis meses, um tempo recorde que mereceu o reconhecimento interno internacional através do prémio Exceptional Com uma equipa de 40 elementos, que Esta equipa dá apoio na gestão de contratos, Achievement atribuído a Angela Delicado, será alargada a 47 muito em breve, de 16 no desenho de plantas em CAD, faturação dos responsável por este centro de competência. 53 Sustentabilidade Geração 2015 Desafio para jovens e futuros engenheiros Empresa lança concurso de ideias com o objetivo de aproximar o ensino das necessidades reais da indústria nacional “Ideias para a modernização da indústria portuguesa” é o tema do Prémio Nova Geração|15 que a Siemens Portugal lançou este ano. O seu objetivo principal é aproximar o ensino teórico/prático das necessidades reais da indústria nacional e da sua modernização. A iniciativa também pretende criar condições para que os futuros engenheiros acedam a uma formação cada vez melhor, fundamental para impulsionar a indústria e desenvolver a economia portuguesa. Inserido no protocolo Engenharia Made in Portugal, assinado em 2013 entre a Siemens e o Estado português para promover o ensino da engenharia no país, este concurso de ideias inovadoras visa reconhecer jovens talentos da engenharia nacional e explorar novas ideias junto dos futuros engenheiros portugueses, incentivando o desenvolvimento de projetos que os aproximem do mundo empresarial e facilitem a sua entrada no mercado de trabalho. O Prémio Nova Geração|15 destina-se às universidades e escolas técnico-profissionais, abrangidas pelo protocolo Engenharia Made In Portugal, que receberam o software Solid 54 Edge e os kits de Automação da Siemens, compostos pelo Simatic S7-1200, Human Machine Interface e o software TIA – Portal de Programação, indispensáveis para a realização dos projetos. A sua execução é totalmente livre, mas deverá incluir uma forte componente de inovação que será valorizada por um júri composto pela Siemens, Cadflow, CIP, COTEC e a Ordem dos Engenheiros. A Siemens e a Cadflow são responsáveis pela criação das shortlists dos projetos finalistas, cinco por categoria, e todos os elementos do júri irão definir os vencedores finais. O eleito a título individual ou a equipa vencedora de cada uma das categorias (universidades ou escolas técnico-profissionais) beneficiarão de estágios com a duração de seis meses na Siemens, um dos quais na Alemanha, no centro de Investigação & Desenvolvimento da empresa. As escolas com mais alunos/ equipas registadas receberão kits de automação para dotarem as salas técnicas de equipamentos modernos que permitam a melhoria dos métodos de ensino. Todos os vencedores serão anunciados publicamente na página www.siemens.pt/premionovageracao. Como participar? Para participar no concurso basta ser aluno de uma das instituições abrangidas pelo protocolo, ter mais de 18 anos e ser fluente em inglês. A participação pode ser individual ou em equipas de dois elementos. Visite o site www.siemens.pt/ premionovageracao para saber tudo sobre esta iniciativa, os critérios de avaliação, o júri e como realizar a sua candidatura que deverá ter lugar até dia 30 de setembro. Está na altura da tua ideia sair do papel e ganhar asas. Prémio Nova Geração | 15 O Prémio Nova Geração |15 é um concurso de ideias inovadoras que visa distinguir as melhores propostas para o Futuro da Indústria, em parceria com várias escolas técnico-profissionais e de ensino superior, a nível nacional. Este desafio resulta do projeto “Engenharia Made In Portugal”, estabelecido entre a Siemens e o Estado Português, através da disponibilização de software e hardware da marca nas escolas parceiras. Sobre o tema “Ideias para a modernização da Indústria Portuguesa”, o Prémio Nova Geração, edição de 2015, vai reconhecer alunos, professores e escolas com prémios aliciantes. Põe as tuas ideias em prática! Consulta o site, inscreve o teu projeto e prepara-te para altos voos, contribuindo para um Portugal mais competitivo. Prémio Nova Geração |15 Novas ideias. Para uma nova geração. www.siemens.pt/premionovageracao Regresso a casa Após um período na Suíça, Patrícia Alves aceitou o desafio da Siemens para gerir o centro de competência Global Operation Lisbon – Testcenter e voltou a Portugal PATRÍCIA ALVES Patrícia Alves tem 39 anos, estudou em Portugal e tem formação em engenharia informática e gestão no Instituto Superior de Gestão. É casada e mãe de três filhos, com idades entre os 14 e os 18 anos. GLOBAL SERVICE IT – GLOBAL OPERATION LISBON O Global Service IT – Global Operation Lisbon é um centro de competência que desenvolve plataformas de suporte à dinâmica interna da Siemens na área das Tecnologias da Informação que são utilizadas nos 200 países onde a multinacional alemã está presente. Patrícia Alves decidiu sair do país. Queria continuar a aprender através do contacto com outras realidades e esteve a trabalhar em Zurique, na Suíça, onde ficou um pouco mais de dois anos como gestora de projetos numa empresa de telecomunicações, a Sunrise. As suas funções passavam por diversas áreas, desde sistemas de suporte ao cliente ao desenvolvimento integral de soluções de maior complexidade, assegurando os projetos na íntegra, desde a implementação aos testes. O estudo de uma nova língua estrangeira, o alemão, veio da sua vontade de aprender e enfrentar novos desafios, e tornou-se uma mais-valia aquando do seu regresso. No final de 2013 recebeu uma chamada de uma empresa de recrutamento portuguesa 56 que lhe apresentou o projeto da Siemens. Gostou do desafio e resolveu aceitá-lo após algumas entrevistas. De regresso a Portugal, iniciou a sua nova atividade em abril de 2014, como responsável pela Global Operation Lisbon – Testcenter, do centro de operações da empresa no nosso país. A solidez do desafio profissional aliou-se às condições financeiras para incentivar o regresso de Patrícia Alves. A equipa que dirige até hoje, composta por 16 pessoas, é responsável por testar aplicações de recursos humanos utilizadas nos 200 países onde a empresa está presente, garantindo a sua qualidade. Patrícia Alves considera que a Siemens, enquanto multinacional que opera nas áreas da energia, saúde, infraestruturas e indústria, oferece muitas perspetivas de progressão de carreira. Acrescenta, como exemplos do seu apoio aos colaboradores, o plano de desenvolvimento de carreira e as formações propostas pela empresa. Além do projeto profissional, a Siemens promove uma série de iniciativas para proporcionar maior equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, que Patrícia Alves também valoriza. Esta profissional é apenas um dos “cérebros” portugueses que voltou a um país que precisa, cada vez mais, dos recursos qualificados que forma. Numa altura em que Portugal e a Europa apostam cada vez mais na inovação e no empreendedorismo, é essencial investir nas pessoas qualificadas. Centro Infantil da Cruz Vermelha Portuguesa recebe remodelação A empresa apoiou a instituição na recuperação de um dos seus centros infantis Uma boa causa • O centro infantil presta serviços sócio‑educativos (creche e pré-escolar) com alimentação incluída e em horário alargado (7h30m às 19h) a crianças dos 2 aos 6 anos • Apoio de 45 crianças e 43 famílias • A delegação de Lisboa presta ainda ajuda alimentar às famílias mais carenciadas A Siemens acredita que o negócio só é sustentável se estiver ao serviço da sociedade. Aquilo que a empresa cria é para todos. Sensibilizada para as dificuldades que a Cruz Vermelha tem sentido, a Siemens apoiou a realização de obras de beneficiação num dos equipamentos desta instituição chamado Centro Infantil Ni Nó Ni com valências de creche e jardim de infância. reparação e pintura nas paredes destes espaços. Esta intervenção incluiu ainda a compra de uma máquina de lavar loiça industrial e de uma televisão de ecrã plasma. Com a restante verba irão ser colocados, em agosto de 2015, novos pavimentos nas duas salas remanescentes, corredor e escadas, e serão A remodelação desta instituição está a de- pintadas as restantes paredes e portas. correr em duas fases. Na primeira foi revestida a cozinha, refeitório, casas de banho A Siemens acredita que o negócio só é suse uma das salas com um novo pavimento. tentável se estiver ao serviço da sociedade. Foram também efetuadas pequenas obras de Aquilo que a empresa cria é para todos, para benefício dos seus clientes em Portugal e no mundo. Na vertente social da sua estratégia de sustentabilidade a empresa continua empenhada em apoiar, de forma consistente e sustentada, a sociedade, tendo totalizado, nos últimos cinco anos, 4750 horas de voluntariado empresarial. Só no ano passado, os colaboradores da Siemens dedicaram 950 horas do seu tempo a ações de voluntariado promovidas pela empresa, tendo beneficiado diversas instituições. 57 Formação e Consultoria Palmela Edf. ATEC, Parque Industrial da Volkswagen Autoeuropa 2950-557 Quinta do Anjo • [email protected] • 212 107 300 Porto Edf. Siemens, Av. Mário Brito (EN 107), nº 3570 – Freixieiro 4455-491 Perafita • [email protected] • 229 996 407 ATEC promove empreendedorismo jovem Formandos da ATEC vencem 2.º lugar no programa A Empresa A ATEC voltou a promover a participação dos seus formandos no programa de empreendedorismo jovem “A Empresa” dinamizado pela Junior Achievement Portugal. Com a participação neste programa, a ATEC pretende desenvolver nos jovens competências ao nível do trabalho em equipa, criatividade e inovação, mas principalmente espírito empreendedor que os ajude futuramente a serem profissionais mais competitivos. DTEC. Após vencer a Feira (I)limitada também dinamizada pela Junior Achievement, a DTEC conseguiu o 2.º lugar na VIII Competição Nacional, no dia 25 de maio, no Museu da Eletricidade. Visionaire é o nome da bengala eletrónica concebida pelos jovens e que promete melhorar a qualidade de vida de pessoas invisuais. Equipada com sensores que permitem evitar obstáculos, GPS com suporte áudio e apoio à linguagem braille e sistema de alerta por sms, a bengala Com o apoio da ATEC e tutoria de Margarida foi totalmente projetada e programada peAlves da Siemens, os quatro formandos los jovens empreendedores. Para a formando curso de aprendizagem em Eletrónica, da Gabriela Facury, diretora-geral da DTEC, Automação e Comando criaram a miniempresa “este projeto foi bastante desafiante não só pelas portas que abre a todos os participantes como também pela experiência que acabamos por ganhar. Poder representar a ATEC na Competição Nacional, assim como ter a oportunidade de defender o nosso projeto, já representou uma grande vitória para nós. Foi uma experiência que nos ajudou bastante tanto a nível pessoal como a nível profissional e nem sempre ficar em primeiro lugar é o melhor prémio numa competição. Conseguimos provar isso com a conquista do 2.º lugar que nos vai proporcionar um estágio na Renova, que decerto vai ser uma experiência que vamos levar para toda a vida.” 59 Aposta na diversidade em Portugal Programa de mentoring empresarial, lançado pela Embaixada dos Estados Unidos em Portugal, visa apoiar empresas de mulheres portuguesas O contexto empresarial no feminino PERFIL (mais de 680 mil mulheres representadas) • Representam 41% da força de trabalho no mundo mas só 36% desempenham funções a nível de gestão e 26% ocupam posições como gestoras seniores e 19% como executivas. O PAPEL DAS MULHERES NO SETOR DA ENGENHARIA • 30% das mulheres afirmam que é dada luz verde ao desenvolvimento das suas ideias mas só 25% afirmam verem as suas ideias efetivamente implementadas. BARREIRAS À INCLUSÃO DAS MULHERES NAS EMPRESAS • 39% referem a existência de uma cultura tradicionalmente masculina nas empresas onde trabalham mas só 28% lutam contra este padrão. Fonte: • Estudo Mercer “When Women Thrive, Business Thrive” com participação da Siemens. 60 Fortalecer a economia portuguesa apoiando empresas detidas maioritariamente por mulheres e promovendo a igualdade de género são os principais objetivos do programa de mentoring empresarial que a Embaixada dos Estados Unidos lançou recentemente em Portugal e do qual a Siemens é parceira. na progressão da carreira das mulheres. De acordo com a investigação, o envolvimento ativo de líderes seniores na promoção da igualdade de género conduz a uma maior e mais rápida representação das mulheres em funções executivas, no entanto esta ainda não é uma realidade que faça parte dos nossos dias. Nesta primeira edição foram selecionadas para integrar o projeto um total de 28 empresas nacionais. A Siemens está já apoiar a PHS – Premium Aviation and Handling Services, uma microempresa sediada em Braga que se dedica à gestão e operação de aeronaves. APOSTA NA DIVERSIDADE Na Siemens a promoção do género feminino é uma realidade que faz parte da estratégia de diversidade da empresa, através da qual são implementadas políticas e iniciativas que favorecem a inclusão dos diferentes géneros, A PHS Aviation tem um certificado de de diferentes formas de pensar, experiências, Operador Aéreo pela EASA AOC (European idades e qualidades individuais a todos os níAviation Safety Agency, Air Operator veis da organização. Certificate)/INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil, bem como o Certificado de Operador de Trabalho Aéreo (fotografia aérea, reboque de manga, combate a incêndios florestais, pulverização), e é, ainda, certificada em Gestão da Continuidade de Aeronavegabilidade. Patrocinado pela embaixatriz norte-americana em Portugal, Kim Sawyer, o “Connect to Success” é um programa de orientação com o objetivo de ajudar mulheres empreendedoras a desenvolverem as suas próprias empresas. A implementação deste projeto em Portugal vai ao encontro de uma das principais conclusões do mais recente estudo realizado pela Mercer com o objetivo de avaliar, a nível global, o impacto das práticas e das políticas das organizações na representação e Patrocinado pela embaixatriz norte‑americana em Portugal, Kim Sawyer, o “Connect to Success” é um programa de orientação com o objetivo de ajudar mulheres empreendedoras a desenvolverem as suas próprias empresas. PHS – Premium Aviation and Handling Services Kim Sawyer, embaixatriz norte americana em Portugal, patrocinadora do Connect to Success “O envolvimento e participação da Siemens no projeto ‘Connect to Success' está totalmente alinhado com aquele que é, há muito, o nosso posicionamento sobre a diversidade e a inclusão dos diferentes géneros no mundo empresarial”, afirma Joana Garoupa, diretora de Comunicação da Siemens Portugal, que sublinha: “Estamos, por isso, muito satisfeitos e motivados para colaborar, dentro da nossa esfera, para o sucesso empresarial desta empresa que já demonstrou ter todos os ingredientes para o alcançar.” A implementação do “Connect to Success” em Portugal vai, assim, ao encontro de uma das principais conclusões do mais recente estudo realizado pela Mercer, “When Women Thrive, Businesses Thrive”, com o objetivo de avaliar, a nível global, o impacto das práticas e das políticas das organizações na representação e na progressão da carreira das mulheres. que ajuda a materializar as estratégias de diversidade da Siemens e que se foca na promoção da igualdade de género, uma vez que pretende ser uma plataforma para potenciar o crescimento das mulheres na empresa providenciando oportunidades de networking e dando visibilidade aos seus membros através de várias iniciativas, de forma a contribuir para o seu desenvolvimento e suporte pessoal e profissional. A rede GLOW for Diversity (Global Leadership Organization of Women) é um dos projetos 61 Com 50 anos de existência, o ITAU tem vindo a criar parcerias com várias empresas ao longo dos anos, prezando sempre pela qualidade e excelência do serviço e atendimento. A nossa parceria com a Siemens é um grande exemplo, revelando uma relação de confiança e de satisfação. À Siemens, deixamos os nossos parabéns! Conte connosco. Sempre. ALIMENTAMOS GERAÇÕES Raio-X Inovação Laboratório de Plasmas Hipersónicos apoia indústria espacial Inaugurado recentemente, estará operacional durante várias décadas e exportará serviços de investigação e engenharia para a Agência Espacial Europeia e a Indústria Espacial Europeia Em março foi inaugurado, no Campus Tecnológico e Nuclear do Instituto Superior Técnico (IST), Bobadela, Loures, o Laboratório de Plasmas Hipersónicos (HPL) do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN). A cerimónia, integrada no programa do 8.º Simpósio Europeu de Aerotermodinâmica para Veículos Espaciais, contou com a presença do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e da secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira. O HPL acolhe o Tubo de Choque Europeu para Pesquisa de Entalpia Elevada (ESTHER – European Shock Tube for High-Entaply Research), uma instalação experimental de apoio a missões de exploração planetária capaz de reproduzir as condições de entrada de um veículo espacial na atmosfera. É composto por uma câmara de alta pressão ligada a um tubo de baixa pressão com cerca de 10 m de comprimento. Nos ensaios a primeira é enchida com uma mistura de hidrogénio /oxigénio/hélio, deflagrada depois. Isso faz aumentar a sua pressão interna até aos 600 bar (600 atmosferas) e a temperatura pós-combustão até 2800º Kelvin, produzindo o rompimento da membrana que a separa da câmara de baixa pressão e iniciando uma onda de choque que percorre o tubo a velocidades superiores a 10 km/s. A montante (atrás) da onda de choque, o gás é aquecido a temperaturas muito elevadas, o que leva à formação de um plasma de reentrada Inauguração com Nuno Crato, ministro da Educação e Ciência atmosférica em que os eletrões se separam das moléculas do gás e se movem livremente no seu seio. O plasma emite uma grande luminosidade (radiação) e o seu estudo contribui para estabelecer o dimensionamento mais eficaz das proteções térmicas dos veículos espaciais, para evitar que ardam durante a sua entrada na atmosfera planetária. A presença de gases inflamáveis e explosivos, como o hidrogénio, a temperaturas e pressões muito altas nos ensaios experimentais exige precauções de segurança muito elevadas. O sistema de enchimento do ESTHER é operado remotamente, através de um sistema de PLC da Siemens, o Simatic S7-1200, a partir de uma sala de controlo. “A participação da Siemens tem sido extremamente relevante para o desenvolvimento desta obra de engenharia”, referiu Mário Lino da Silva (na foto, o primeiro a contar da esquerda), responsável pelo Laboratório de Plasmas Hipersónicos. O investimento no ESTHER, a maior instalação de pesquisa espacial do país, foi superior a dois milhões de euros. Financiado principalmente pela Agência Espacial Europeia (AEE) e também pelo IST, está a ser desenvolvido por um consórcio internacional liderado pelo IPFN. O laboratório irá estar operacional durante várias décadas e exportará serviços de investigação e engenharia para a Agência Espacial Europeia e a Indústria Espacial Europeia. 63 Pictures of the Future Cenário 2030: rumo à realidade Em 2030 até os produtos mais complexos e processos produtivos associados serão concebidos e testados até à perfeição no universo virtual. Isso permitirá que os fabricantes passem das ideias aos produtos acabados numa fração do tempo hoje necessário para o fazer. Esta história é um exemplo do que poderá acontecer no futuro, após a quarta Revolução Industrial 64 Para ler o artigo completo, consulte www.siemens.com/pof Se se consegue descrever, consegue desenhar-se. É este o lema desta empresa de média dimensão, especializada em simulações industriais. Há alguns meses um grande construtor automóvel fez-lhe um pedido que a pôs a pensar em alta velocidade. Os seus responsáveis queriam que criasse um assento de carro robótico que se conseguisse destacar, com o condutor sentado, e estabelecer um percurso através de um centro comercial ou aeroporto, sendo operado com base em comandos verbais, Internet e/ou joystick. Além disso, teria de ser capaz de viajar cerca de 15 km, ser enviado em missões independentes e voltar ao veículo por conta própria. Prazo: 60 dias para a apresentação de um protótipo virtual de produção compatível. O dossier incluía todas as especificações do cliente e modelos interativos a três dimensões dos veículos onde passaria a ser uma opção. Logo que o projeto foi ativado, um programa começou a pesquisar bases de dados de fornecedores para tudo, desde pneus luminescentes auto-infláveis até sistemas de travagem específicos. A informação recolhida, tal como tudo o que ia sendo desenvolvido, estava permanentemente disponível numa base de dados interativa e segura. À medida que o design do protótipo ia tomando forma, os programas informáticos definiam o processo de produção virtual correspondente. Isto incluía uma espécie de mercado onde as máquinas da linha de montagem ofereciam os seus serviços e trocavam informações sobre materiais logísticos e custos de otimização com bancos de impressoras 3D e fornecedores externos em tempo real. Há muito tempo, quando a concretização deste tipo de coisas ainda estava a anos-luz de ser materializada, as pessoas referiam-se a elas como se pertencessem à quarta Revolução Industrial. Modelos fotográficos digitais de braços robóticos e pistolas de soldar, completados com especificações de software e hardware, eram avaliados e testados por cada um dos engenheiros envolvidos no projeto em relação à sua capacidade de troca automática de dados. Os designers da empresa supervisionavam tudo e cruzavam as sugestões dos programas com as necessidades energéticas da fábrica que iria produzir o modelo, como com a agenda, custos, serviços envolvidos e considerações como o ciclo de vida do produto. Analisando as simulações da linha de produção dos assentos, os designers eram guiados por programas especializados que os ajudavam a escolher as máquinas e o software que melhor serviria o processo como um todo, em À medida que o projeto ia tomando forma, termos do seu valor de vida para o cliente. um programa integrava os dados recolhidos junto dos diversos especialistas envolvidos Também foram envolvidos fabricantes de mánum objeto holístico funcional. Assim, quan- quinas de produção e fornecedores de compodo algumas linhas de software eram altera- nentes das cadeiras. Empresas produtoras de das, as equipas dos sistemas mecânicos e elé- injetores especializados na pulverização de retricos abrangidos podiam avaliar o impacto vestimentos de autolimpeza das peças, apareda mudança no seu trabalho. lhos de análise ótica da superfície de máquinas e de análise áudio do nível de som dos minimotores das cadeiras foram, uma atrás da outra, MONTAGEM AUTOMÁTICA otimizando programas ou parcelas destes com base na plataforma centralizada de dados e no modelo que ia sendo construído. Realizavam No projeto algumas coisas eram mais fáceis simulações e atualizavam as suas informações de concretizar, como os componentes de vi- até poderem ser reproduzidos de forma persão, radar e navegação da cadeira para andar feita no mundo real. Além disso, cada uma das em supermercados. Mas o percurso nos aero- partes do modelo era concebida para ser reciportos era mais complicado, porque o cliente clada e todas as alterações eram documentaqueria que o XtraScoot (nome que a empresa das automaticamente. deu ao protótipo) levasse os seus passageiros através dos detetores de segurança sem ter de Os protótipos virtuais da cadeira montados foparar. Isso significava que tinham de ser trans- ram testados, tal como as etapas de fabrico neparentes às ondas, ou seja, serem feitos de bio- cessárias para os produzir. Nada foi deixado ao plásticos, compósitos, etc. acaso. Sessenta dias depois, tal como o cliente tinha solicitado, o processo produtivo e cadeia de fornecimento, incluindo embalamento e prazo de entrega, estavam prontos para a simulação. Os protótipos eram, na prática, idênticos, em todos os pormenores, aos que iriam ser fabricados. TESTE DO PRODUTO FINAL O gestor de projeto acompanhou o processo e visitou o website específico, que usava um modelo virtual a três dimensões para criar a ilusão de interatividade em tempo real num ambiente simulado. Aproveitou para verificar como é que o assento ficava nos seus automóveis e caminhou ao longo da linha de produção para observar a rapidez de movimentos dos seus braços robotizados. Enquanto escutava os zumbidos das máquinas e os sons dos componentes a serem montados à distância por avatares, parou perto da divisória acrílica que protegia a poderosa prensa. Nesse momento deixou deslizar o braço e o seu avatar fez o mesmo movimento distraído enquanto o braço mecânico da máquina exalava um silvo pneumático. De imediato surgiu um fio de sangue na superfície do visor. “Ouch,” exclamou quando olhava para baixo e Siemens Pictures of thedo Future verificava que estavaAG/ a correr sangue seu dedo virtual. “Surpreendentemente realístico”, murmurou para si mesmo. O Projeto SI-GeA – Sistema Inteligente de Apoio à Gestão Avançada de Sistemas Urbanos de Águas Residuais foi financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)/União Europeia, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), Programa Operacional Regional de Lisboa – Sistema de Incentivos à I&DT, Projetos em Co‑Promoção, e não pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade (COMPETE) como foi erradamente comunicado. 65 Crescimento sustentável A primeira edição da Green Business Week –Semana Nacional para o Crescimento Verde – teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa com o apoio do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia Melo Ribeiro, CEO da Siemens Portugal, e Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia 66 O envolvimento da empresa neste evento impulsionador do crescimento económico, do emprego qualificado e sustentável, da ciência e investigação, da tecnologia, inovação e empreendedorismo, alavancados pelo crescimento a nível mundial da Economia Verde, está totalmente alinhado com a estratégia da Siemens para a área da sustentabilidade que, em 2014, lhe valeu a distinção de empresa mais sustentável do seu grupo industrial pelo Índice de Sustentabilidade Dow Jones. Se por um lado as tecnologias do Portefólio Ambiental da multinacional permitiram aos clientes de todo o mundo reduzirem as suas emissões de CO2 em 428 milhões de toneladas métricas no ano fiscal de 2014 (uma quantidade equivalente a mais de metade do total de emissões de CO2 da Alemanha), por outro lado o lugar cimeiro que a Siemens alcançou no Índice de Sustentabilidade Dow Jones também fica a dever-se ao esforço que a empresa tem vindo a fazer, ano após ano, para alcançar e consolidar as metas estabelecidas na área da sustentabilidade. Recorde-se que o Compromisso para o Crescimento Verde, uma iniciativa do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, que reúne mais de 60 entidades públicas e privadas e que surge da constatação de que o setor “verde” é fulcral para o crescimento económico do país, identificou 10 áreas temáticas em que é importante intervir, entre as quais a energia, cidades e território e água. INCUBATOR LOUNGE SIEMENS No palco das novas ideias e projetos o grande destaque da participação da Siemens nesta primeira edição da Green Business Week foi o Incubator Lounge, que promoveu a criação de pontes entre o mundo académico, as incubadoras e as aceleradoras de empresas. Para o efeito a Siemens cedeu o “palco” deste espaço, situado no seu stand, a universidades e incubadoras para que estas pudessem apresentar projetos de investigação ou ideias relacionados com as temáticas-chave do crescimento verde – Soluções para Cidades Inteligentes; Energia, Eficiência Energética, Energias Renováveis e Alterações Climáticas, e Água, Resíduos e Ambiente. A empresa procura ideias provenientes do mundo académico e empresarial, sobretudo em áreas como a digitalização, a eletrificação e automação, as quais a Siemens acredita serem os motores que vão revolucionar o futuro do mundo tal como o conhecemos hoje. Em Portugal a Siemens tem vindo a desenvolver uma política de investigação, desenvolvimento e inovação (IDI) assente no desenvolvimento de software, tecnologia e competências e em estreita ligação com a comunidade técnico-científica. Para Filipe Janela, Innovation manager, “a sustentabilidade e a inovação/I&D são duas alavancas fundamentais para o crescimento e desenvolvimento económico das sociedades, pelo que na Siemens as encaramos de forma consolidada e totalmente integrada, tendo na Green Business Week um espaço de partilha e disseminação de avanços tecnológicos representativos desta visão”. De referir ainda que este encontro decorreu em simultâneo com a 2.ª Reunião Ministerial Ambiente e Energias Renováveis do Diálogo 5+5, tendo por isso contado com a presença do ministro do Ambiente, Ordenamento do Além do Incubator Lounge a Siemens conTerritório e Energia, Jorge Moreira da Silva. tou com a presença de oradores presentes nas principais conferências do evento, nomeadamente nas conferências EnergyLive/ Eficiência Energética; AcquaLive/ Eficiência Hídrica e na SmartcitiesLive. Através da participação nestes debates, a Siemens pretendeu partilhar com as entidades presentes as soluções e competências que detém nestas áreas e, ao mesmo, apresentar casos nos quais teve intervenção direta. (...) as tecnologias do Portefólio Ambiental da multinacional permitiram aos clientes de todo o mundo reduzirem as suas emissões de CO2 em 428 milhões de toneladas (...) UNIVERSIDADES ENVOLVIDAS NO INCUBATOR LOUNGE SIEMENS: IST– Instituto Superior Técnico Universidade de Aveiro Incubadora da Universidade de Aveiro Universidade de Coimbra MIT Portugal IPN – Instituto Pedro Nunes. Estas universidades realizaram um total de 14 projetos inovadores enquadrados nas áreas da energia, águas e cidades inteligentes. 5000 VISITANTES DA GREEN BUSINESS WEEK 67 Valorização do talento em Portugal Promovido pela Cotec e pela Fundação Gulbenkian, o Movimento Transforma Talento Portugal quer contribuir para descobrir e desenvolver o talento no nosso país Foram apresentados no Encontro Nacional de Inovação Cotec os resultados do estudo “Transforma Talento Portugal”. Promovido por esta instituição e pela Fundação Calouste Gulbenkian, teve o objetivo de enunciar um conjunto de medidas para identificar, desenvolver a aproveitar o talento dos portugueses, em benefício dos próprios, das organizações que servem e das comunidades onde se inserem. 68 A metodologia usada privilegiou a audição de um conjunto de personalidades de diversos setores ligados à temática do talento, distribuídas pelas áreas da educação, pedagogia, formação, cultura, empreendedorismo, talento, sociologia, mercado de trabalho e migração, a que se juntou o contributo de seis entidades de índole associativa. O presidente do Conselho de Administração da Siemens Portugal, Carlos Melo Ribeiro, foi uma das personalidades que participou neste “exercício de inteligência coletiva”. As linhas estratégicas de atuação para a transformação de talento em Portugal serão orientadas para um ecossistema que visa maximizar e potenciar cada uma das suas três etapas fundamentais: produção, intermediação e colocação, e valorização de talento. Será propício à sua identificação e desenvolvimento, à otimização do conhecimento, à afetação eficiente dos talentos e à dinamização de oportunidades contínuas para a sua potencialização e realização. A Cotec e a Fundação Calouste Gulbenkian comprometem-se, agora, a implementar, na sociedade portuguesa, as 13 medidas selecionadas como prioritárias, entre as 40 inicialmente identificadas. Criarão, para o efeito, o Movimento Transforma Talento Portugal (MTTP) que, tal como o estudo, contará com o patrocínio da Presidência da República Portuguesa. letivo, todos os alunos do terceiro ciclo do ensino básico do país, apresentando protótipos e projetos de índole mais aplicada, experimental e laboratorial elaborados durante as suas atividades escolares. Haverá também um prémio para o melhor projeto educativo nestas áreas. Os alunos submetem-se a concurso juntamente com os seus professores, e todos são premiados. diz respeito à entrada de estudantes no mercado de trabalho e é a ponte que garante que os talentos produzidos são concretizados. Para que isso aconteça, terão de ser, entre outros, consolidados os mecanismos de articulação entre o ensino e o universo empresarial e fomentada uma maior capacitação ao empreendedorismo, através de mecanismos de dinamização de incentivos à criatividade, inovação e pró-atividade. As medidas a implementar cobrem toda a O prémio “Portugal, País de Excelência em jornada do talento, desde as idades mais Engenharia” foi instituído pela COTEC e por A terceira etapa reflete a forma como o talentenras, em família e nos primeiros ciclos do 41 associados desta entidade, onde se inclui to se traduz em benefícios para os próprios Fonte: ”Transforma Talento Portugal”, Cotec PRODUÇÃO INFORMAL INTERMEDIAÇÃO E COLOCAÇÃO VALORIZAÇÃO DO TALENTO Concretização do Talento Família Sociedade PRODUÇÃO FORMAL Media Desenvolvimento do Talento Conhecimento do Talento Empreendedores Novas Empresas Gestores e Empresários Empresas Existentes Estudantes Desportistas Identificação de Talento Acompanhamento do Talento Centros de Investigação Mercado de Trabalho Ensino Primário Ensino Secundário Ensino Universitário Ensino Básico Ensino Profissional ensino básico, até ao conjunto da vida ativa. Os atores do talento tanto podem ser estudantes, que estão ainda na fase de exploração e desenvolvimento dos seus talentos, como trabalhadores, estejam eles inseridos no mundo empresarial, cultural, desportivo, científico ou estatal. Uma primeira ação a implementar, no âmbito do MTTP, é a iniciativa Portugal, País de Excelência em Engenharia, prémio a que serão convidados a concorrer, no próximo ano Artistas Mercado de Trabalho Investigadores Potencialização do Talento atores, para as organizações onde trabalham e para a sociedade em geral. Passa, entre outros, por criar práticas organizacionais de formação, avaliação e desenvolvimento dos talentos nas empresas e administração pública, refletindo o caráter individual e evolutiGESTÃO DO TALENTO vo do talento, e por otimizar as estruturas de alavancagem e acompanhamento, para o deNa primeira etapa da jornada do talento se- senvolvimento de empreendedorismo inovarão criadas condições, nos estabelecimentos dor e disruptivo. de ensino, para identificação, desenvolvimento e acompanhamento de talentos. A seguinte a Siemens, a quem coube a iniciativa de desafiar a Cotec à sua instituição. Terão, como parceiro, o Ministério da Educação e Ciência e, como presidente do júri, o ex-ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo. 69 Pioneirismo no setor energético nacional A Siemens venceu o concurso para o Storage InovGrid de Évora da EDP Distribuição, um projeto que estará concluído no final deste ano O resultado alcançado pela Siemens, que venceu o concurso para o Storage InovGrid de Évora da EDP Distribuição, volta a demonstrar o pioneirismo na inovação e engenharia nacionais da empresa, que foi a concurso com alguns dos principais players do mercado português. A Siestorage (Siemens Energy Storage) é uma solução inovadora para o setor energético, com elevada componente de desenvolvimento nacional. Trata-se de uma solução de armazenamento de energia com recurso a baterias estacionárias, a primeira a ser desenvolvida em Portugal e que vai contar com a participação de engenheiros portugueses, bem como com a unidade fabril da empresa em Corroios. 70 O projeto-piloto, que assenta num sistema de armazenamento com baterias estacionárias para ser integrado numa rede de distribuição de energia, vai estar ligado à Universidade de Évora, melhorará a qualidade de serviço e servirá como prova de conceito e como montra tecnológica no âmbito do universo InovGrid. da rede nas zonas de distribuição de média e baixa tensão e fazendo com que produtores e utilizadores de energia possam responder com muito maior flexibilidade a mudanças na procura. O desenvolvimento da solução para este projeto irá, ainda, promover a criação de compeÉ, por seu turno, uma solução modular, que tências locais na área do armazenamento de comunica com a rede energética através de energia e micro-redes. aplicações eletrónicas sofisticadas, ao mesmo tempo que armazena energia em baterias de O Storage InovGrid de Évora é, assim, um prolítio de alto desempenho. jeto que reflete os benefícios das redes inteligentes, designadamente a participação ativa E, por ser um sistema modular, pode ser usado do consumidor na gestão dos seus consumos em diversos tipos de aplicações, responden- e a maior eficácia operacional do operador da do à necessidade de assegurar a estabilidade rede de distribuição. 30 anos de inovações em ressonância magnética HOOD05162002251035 Na vanguarda da inovação, a Siemens assinala os 30 anos de uma aposta na evolução da técnica de ressonância magnética Ressonância Magnética Siemens – Principais Marcos 1980 – Protótipo de sistema de RM 1983 – Primeiro sistema de RM comercializado 1987 – Instalação da primeira RM em Portugal na Clínica Dr. Idálio de Oliveira 1993 – Primeiro sistema de RM aberto Quando em 1983 a Siemens instalou o seu primeiro sistema de ressonância magnética (RM) de 0.35 Tesla no Mallinckrodt Institute of Radiology, em St. Louis, nos Estados Unidos, ninguém podia adivinhar a evolução que esta tecnologia na área da imagiologia teria nos 30 anos seguintes. Nos dias de hoje, o sistema de RM integra software próprio, aplicações dedicadas e tecnologias específicas que tornam o diagnóstico cada vez mais eficiente, preciso, rápido e confortável. No entanto, a investigação tecnológica começou na Siemens alguns anos antes, em 1973, pelas mãos de Alexander Ganssen, e Arnulf Oppelt e da sua equipa. Estes investigadores rapidamente chegaram a um sistema de RM que, embora experimental, já permitia o estudo de todo o corpo dos pacientes mas precisava, naturalmente, de alguns ajustes. Assim, em 1980 são realizados os primeiros testes. Mas só em 1983 estes cientistas consideraram o equipamento finalmente apto para ser utilizado. Desta vez os testes foram realizados já em ambiente clínico, na Alemanha, na Escola Médica de Hannover. Os testes decorreram com enorme sucesso, o que levou a Siemens a registar um novo produto para comercialização e a continuar as suas pesquisas nesta área. A partir daí a empresa criou avanços disruptivos que revolucionaram a imagiologia em RM, inovando continuamente de maneira a dar resposta aos casos clínicos mais complexos de uma forma mais rápida, eficaz e confortável para o paciente. 2003 – Tecnologia revolucionadora Tim – Total image matrix. Primeiro sistema de RM 1.5 Tesla com 70 cm de abertura de túnel 2009 – Tecnologia TIM4G+DOT que melhora a qualidade do diagnóstico e otimiza os processos clínicos 2010 – Primeiro sistema PET/MR, combinação num sistema híbrido das tecnologias de RM e PET 1- Obtenção de imagens clínicas de A Siemens chega assim aos dias de hoje com excelente qualidade, com rapidez. um completo portefólio de soluções em RM 2- Otimização dos processos clínicos, preparado para dar resposta às questões clítornando-os mais eficientes. nicas mais complexas e suportado por um 3- Pioneirismo na introdução de um vasto DNA robusto que assenta em quatro pilares leque de aplicações clínicas inovadoras. fundamentais: 4- Melhoria do conforto do paciente. 71 Resultados Sólidos A levar a “Engenharia made in Portugal” aos quatro cantos do mundo Ao celebrar, em 2015, 110 anos de presença em Portugal, a Siemens mantém-se uma importante referência no que concerne ao investimento direto estrangeiro no país. A Siemens pode orgulhar-se de ter uma história e uma evolução que se misturam com a do próprio país no que diz respeito ao desenvolvimento de projetos estruturantes e à modernização tecnológica. Tal como em anos anteriores, os resultados apresentados pela Siemens Portugal resultam de um trabalho contínuo de identificação de tendências e oportunidades, bem como da adaptação atempada às necessidades do mercado e da aposta em áreas com maior potencial de crescimento. A Siemens Portugal terminou o ano fiscal de outubro de 2013 a setembro de 2014 com cerca de 270 milhões de euros em vendas, um resultado líquido de 6,7 milhões de euros e exportações que atingiram um valor superior a 83 milhões de euros. Para se alcançar estes resultados foi determinante o trabalho desenvolvido pelos 16 Centros de Competência que a empresa tem a operar em Portugal, e que atuam nas áreas da energia, saúde, infraestruturas, serviços partilhados e tecnologias de informação. Corporate IT Automation, que presta serviços de elevado valor acrescentado a 200 países e está em franco desenvolvimento. Também durante o período em análise, Portugal continuou a dar apoio ao desenvolvimento do negócio da Siemens em Angola e em Moçambique. Este apoio foi, também, um fator determinanEm 2014 o destaque nesta área foi para a te para os bons resultados alcançados pela inauguração do Global Service IT – Global empresa nestes dois pontos geográficos de Operation Lisbon, vocacionado para a área do importância estratégica. A Siemens Portugal terminou o ano de 2014 com cerca de 270 milhões de euros em vendas e exportações que atingiram um valor superior a 83 milhões de euros. 73 Portos com alma lusa SIEMENS PORTUGAL NO MUNDO Luís Cabrita mudou de país e de funções. Na Alemanha, aproveita a capacidade portuguesa de adaptação e a sua experiência para ajudar a Siemens a enfrentar os reptos dos mercados sob sua responsabilidade LUÍS CABRITA Um português no mundo 40 anos, casado, com 3 filhos FORMAÇÃO: Engenheiro Mecânico, ramo de Automação e Robótica, pelo Instituto Superior Técnico. EM QUE PAÍSES JÁ TRABALHOU: Portugal e Alemanha. PAÍSES VISITADOS EM SERVIÇO: África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Colômbia, Egito, Espanha, França, Holanda, Panamá, Portugal, Qatar, Reino Unido. Luís Cabrita, responsável pela equipa dos Portos das regiões do Sudoeste Europeu, América Central e do Sul, mudou-se recentemente para a Alemanha. Uma das caraterísticas da cidade onde trabalha, Erlangen, é a sua vasta comunidade internacional, oriunda dos quatro cantos do mundo. Nela “estabelecem-se contactos facilmente”, salienta. Apesar de esta cidade ter diversos lugares e eventos de visita imperdível, como a Bergkirchweih, a mais antiga feira da Alemanha, que remonta a 1755 e atrai mais de um milhão de pessoas, Luís Cabrita e a sua família preferem o contacto com a natureza, algo que está também muito enraizado no espírito alemão. 74 A capacidade de adaptação dos portugueses e a facilidade que têm de relacionamento com outras culturas e povos têm ajudado bastante este responsável a adaptar-se às novas funções. Para isso também contribuíram os anos de experiência acumulados em Portugal, onde compreendeu “que a velocidade dos negócios é quase sempre a do mercado e dos clientes”, explica. Os diversos mercados das regiões sob sua responsabilidade têm, em comum, a língua, o português e o espanhol. Também têm afinidades culturais entre si. Neles, um dos principais desafios de Luís Cabrita é maximizar a quota de mercado da Siemens ao nível dos guindastes portuários, apoiando-se na satisfação dos utilizadores de tecnologia da empresa, sejam eles fabricantes, terminais portuários ou indústria. Para este responsável, o maior repto destes mercados é a sua diversidade em termos de negócio. “Há países com fabricantes de guindastes bem suportados pelas Siemens locais e países que importam quantidades relevantes destes equipamentos com tecnologia da marca.” Por isso, uma boa articulação de atividades entre os diferentes players é fundamental”, defende Luís Cabrita. “É também esta diversidade que torna a função interessante”, salienta ainda este responsável. Lisbon Business Connections Plataforma inovadora tem como objetivo atrair empresas e investimento para criar novos postos de trabalho em Lisboa e no país O Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa foi palco da apresentação pública da Lisbon Business Connections (LBC), plataforma que pretende captar investimento e empresas para a cidade. A cerimónia contou com a presença da vereadora da Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa, Graça Fonseca, da Siemens e de vários parceiros e conectores deste projeto e representantes de 15 países. A criação da LBC resulta do trabalho desenvolvido pela autarquia e pela agência de promoção e captação de investimentos da capital (Invest Lisboa) na promoção económica da cidade, e conta com o apoio da Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). Através do site lisbonconnections.pt, a autarquia quer ligar pessoas, empresas, entidades públicas e privadas através de uma rede de ideias e de contactos que permitam desenvolver projetos para reforçar a capacidade de atração de Lisboa, disse Graça Fonseca em declarações à agência Lusa, após a apresentação da plataforma. Também presente no evento, o diretor-executivo da Invest Lisboa, Rui Coelho, referiu que o objetivo é chegar ao final deste ano com 250 conectores. “Para a vereadora, as cidades são cada vez mais os atores principais no plano das relações económicas internacionais. Como a capital portuguesa quer assumir-se como protagonista nesse cenário, o seu papel inclui a criação de condições para dar resposta adequada e atempada aos desafios de quem quer investir e “conectar” investimento para a cidade. A Siemens apoia esta iniciativa. 75 Uma pegada com 110 anos A Siemens chegou a Portugal há mais de um século. Desde 1905, altura em que se oficializou no país, até hoje a empresa percorreu um caminho que se mistura na história de Portugal e dos portugueses Decorreram 110 anos desde a data da entrada oficial da Siemens em Portugal. Desde então, a empresa não tem parado de seguir o caminho do investimento na inovação tecnológica, introduzindo no mercado nacional as mais avançadas soluções e em diversas áreas. “Ao celebrar 110 anos de presença em Portugal, a Siemens orgulha-se de ter uma história e uma evolução que se confundem com a do próprio país no que diz respeito ao desenvolvimento de projetos estruturantes e à modernização tecnológica”, afirmou Carlos de Melo Ribeiro, presidente da Siemens, S.A. PORTO RECEBE O ARRANQUE DAS COMEMORAÇÕES DA MULTINACIONAL Concerto de Abertura do Ano da Alemanha, na Casa da Música, Porto Na abertura do ano da Alemanha na Casa da Música assinalou-se o início das comemorações dos 110 anos de presença da Siemens em Portugal, que vão marcar todo o ano de 2015. Foi na cidade do Porto, há mais de 110 anos, que a Siemens, ainda antes de estar formalmente constituída como empresa, começou a sua atividade em território nacional. A empresa regressa assim onde tudo começou – à cidade do Porto –, há mais de 110 anos. Antes de estar formalmente constituída e do uso da energia elétrica estar vulgarizado, a Siemens, através do seu representante Emílio Biel (cidadão alemão, residente no Porto), equipou os elétricos da Companhia de Carris no Porto com motores, substituindo a tração animal. Desde então o apoio a Portugal tem continuado nas diversas áreas estratégicas para a competitividade do país. Além deste apoio ao ano da Alemanha a ligação da Siemens à Casa da Música remonta a 2006, quando a empresa desenvolveu e instalou uma solução cénica, naquele que é considerado o mais inovador equipamento cultural portuense, que permite diminuir o tempo de intervalo entre os espetáculos realizados. O PAPEL DE EMÍLIO BIEL As primeiras referências à empresa no nosso país surgem antes, em 1876, com o fornecimento de um forno contínuo com regeneração do calor, de origem Siemens, para a indústria vidreira na Marinha 76 Exposição “Emílio Biel – no caminho do progresso”, no SiemensForum Grande, instalado pelo engenheiro Boistel e Gally, contribuindo assim para o arranque de uma das indústrias emblemáticas nacionais. Este contrato marcou indelevelmente a presença da Siemens em Portugal e, desde então, a empresa participou em investimentos essenciais para o reforço do tecido industrial, como o processo de eletrificação do território nacional e o desenvolvimento da rede ferroviária nacional. E em 1885 os equipamentos Siemens começam a ser divulgados e instalados em Portugal pelo alemão Emílio Biel – a primeira instalação elétrica ocorreu nos Armazéns Andersen (Porto). Dez anos depois os motores Siemens equipavam os elétricos da Companhia Carris, no Porto. Neste âmbito, e assinalando os 100 anos da sua morte, a Siemens homenageia a pessoa de Emílio Biel com a exposição “Emílio Biel – no caminho do progresso – 1838/1915” patente no SiemensForum em Lisboa e Porto. A entrada oficial da Siemens em Portugal torna-se uma realidade incontornável em 1905, com o estabelecimento das primeiras instalações da empresa no Porto. Na época era denominada Companhia Portuguesa de Eletricidade Siemens Schuckertwerke, Lda. 77 Em 110 anos a Siemens cresceu a par e passo com Portugal, tendo introduzido no nosso país diversos equipamentos e soluções, com tecnologia de ponta, em áreas tão diversas como a saúde, a mobilidade, a energia e a indústria. UM SÍMBOLO PORTUGUÊS Para assinalar os seus 110 anos em Portugal, a Siemens lançou uma campanha com o mote: “Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905” e com a imagem da calçada portuguesa, símbolo típico da história e cultura nacionais, que se encontra a circular nas redes sociais. A campanha alusiva aos 110 anos está bem visível, igualmente, no website criado para assinalar a efeméride, em www.siemens. pt/110anos. Com os principais marcos da história da empresa, o cibernauta também pode encontrar neste espaço as várias atividades deste ano, um contador decrescente dos dias até ao dia 24 de novembro, a data oficial de abertura da Siemens em Portugal e ainda a rubrica “Ontem, Hoje e Amanhã” onde se demonstra o papel e presença da Siemens no nosso país. Estando presente nas redes sociais como o Facebook, o Twitter e o canal Youtube, apostas da comunicação da marca, a empresa lançou também um novo canal, o Instagram da Siemens Portugal, para uma aproximação com o público mais userfriendly. 78 Nos últimos cinco anos, mais de 700 colaboradores da Siemens Portugal estiveram envolvidos em ações de voluntariado. SUSTENTABILIDADE COMEMORATIVA A aposta na sustentabilidade ambiental e social feita pela Siemens Portugal tem sido, também, uma das grandes preocupações da empresa. Com uma estratégia de Responsabilidade Corporativa focada nos eixos Educação, Sociedade e Ambiente, a Siemens Portugal tem vindo cada vez mais a promover o envolvimento dos seus colaboradores junto da comunidade. Exemplo disso foi a iniciativa realizada em outubro, na qual a Siemens Portugal concretizou na vila do Samouco, concelho de Alcochete, uma das atividades de maior dimensão já organizadas pela empresa neste âmbito. Num total de 15 intervenções, cerca de 400 voluntários estiveram envolvidos na reconstrução e requalificação da vila, beneficiando diretamente cerca de 1260 famílias. No âmbito dos 110 anos da Siemens Portugal, a empresa abraça este ano um projeto social de maior dimensão: a Novo Futuro. A associação Novo Futuro é uma instituição fundada em 1996 que acolhe 74 crianças e jovens privados de um ambiente familiar seguro, facultando-lhes um lar, melhores cuidados quotidianos, redobrada atenção, apoio e afeto. A empresa proporcionou a reabilitação de três dos atuais lares da associação e acompanha o ensino das crianças e dos jovens através de apoios à sua educação. Este projeto envolve igualmente uma forte componente de voluntariado em várias atividades planeadas ao longo dos dois anos de parceria. Jantares convívio que decorreram no âmbito do projeto comunitário Serve The City juntaram diversos voluntários da Siemens que ajudaram a preparar as mesas, servir as refeições e a fazer companhia a 110 sem-abrigo e pessoas carenciadas. De cariz social realizou-se igualmente uma atividade de nome Restolho, que visou organizar uma apanha de laranjas nos jardins do Palácio de Queluz. Num pomar com 110 laranjeiras algumas dezenas de colaboradores apanharam vários quilos de laranjas destinadas à instituição EntreAjuda e ao Banco Alimentar. Nos últimos cinco anos, mais de 700 colaboradores da Siemens EntreAjuda, Ciência Viva, Legião da Boa Vontade, Cruz Vermelha, Portugal estiveram envolvidos em ações de voluntariado. Por ano, a AMIAMA e Refood são algumas das instituições e associações com Siemens disponibiliza 16 horas a cada um dos seus colaboradores para as quais a Siemens está envolvida ao longo do ano comemorativo. participar em iniciativas de voluntariado. Este ano a Siemens desafiou ao seus colaboradores a fazerem 3000 horas de voluntariado. 79 I LOVE SIEMENS “He who delivers the best, will ultimately remain on top; therefore I will always prefer promotion through performance to that of mere words” Werner von Siemens O setor da indústria em resumo Porque a indústria não precisa de ser complicada, a empresa transformou a atualidade do setor em infografias DESAFIOS DAS FÁBRICAS DE HOJE Sabia que a indústria é responsável por 17% do produto interno bruto a nível mundial? Conheça os desafios que as fábricas enfrentam nos dias de hoje. Aumento de eficiência 1/4 de toda a energia é usada pela indústria Diminuição de time to market 25% de diminuição do ciclo de vida de um produto Melhoria de flexibilidade >200% ao longo dos últimos 15 anos, a variedade de produtos mais do que duplicou Sabia que o número de trabalhadores na área da tecnologia aplicada à indústria, em Portugal, chegaria para encher o estádio nacional do Jamor? 80 PARCERIAS ACADÉMICAS SIEMENS ALUNOS UNIVERSITÁRIOS Sabia que a Siemens tem mais 11 mil parcerias com instituições do ensino superior em todo o mundo? >11 000 Parcerias Universitárias >1 000 000 Alunos Abrangidos por Ano Sabia que só em 2013 matricularam-se 82 377 alunos na área de Engenharia? 2000 2013 75 792 82 377 +9% Alunos matriculados no ensino superior na área de Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção >60 Parcerias Universitárias ±10% Alunos do Ensino Superior Abrangidos por Ano Curiosidades sobre a marca SE A SIEMENS FOSSE UM PAÍS, SERIA MALTA 458 000 503 637 Colaboradores Siemens População em Malta Vs fonte: Worldometers 37.ª $13 000 MILHÕES A Siemens é a 37.ª marca mais valiosa do mundo A Siemens vale 13 mil milhões de dólares À frente de marcas como a Audi, Gucci, Fox ou Ebay fonte: Forbes 53.ª 39.ª A Siemens é a 53.ª empresa maior do mundo A Siemens é a 39.ª empregadora mais atrativa no LinkedIn fonte: Forbes fonte: Rankingthebrands 15.ª 6.ª 15.ª empresa mais inovadora do mundo (The Boston Consulting Group) A Siemens é a 6.ª melhor marca (pela Interbrand) fonte: Rankingthebrands fonte: Rankingthebrands 81 A marca nas Redes Sociais Mais de 12 000 fãs no Facebook e 1 860 no Twitter 4 579 Número de Interações 106 675 95 668 Número de Visualizações Pessoas Alcançadas Dados 2015 Siemens Portugal janeiro 22 Siemens Portugal fevereiro 07 Siemens Portugal maio 29 C Mais de 60 voluntários Siemens estiveram ontem no ServetheCity Lisboa! Durante cinco horas, os nossos voluntários serviram 110 sem-abrigo e pessoas carenciadas, num jantar comunitário, colaborando com toda a logística deste grande acontecimento solidário. A ServetheCity Lisboa é uma instituição comunitária, presente em mais de 80 cidades de vários continentes, e um dos seus objetivos é a realização de jantares comunitários para os sem-abrigo e pessoas necessitadas. Madalena de Sá, responsável financeira dos Quantas vezes já nos “viu” hoje? Apostamos Serviços Partilhados da Siemens Portugal, que muitas mais do que imagina. e Marta Pinto Leite, responsável pela área www.siemens.pt/110anos Legal, são duas grandes referências no feminino da Siemens Portugal. Y CM MY CY CMY K Conheça os seguidores de referência do canal de Twitter da Siemens Portugal – a rede social da empresa direcionada para os media. GE do Brasil 82 M Frost & Sullivan Económico A PA RT IR DE 22 |A BR IL | 20 15 EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA FLORESTAS SUBMERSAS by TAKASHI AMANO Venha ao Oceanário, respire fundo e descubra o maravilhoso mundo das florestas submersas. Uma experiência única e poderosa onde a arte e a natureza se fundem magistralmente. MÚSICA DE RODRIGO LEÃO WWW.OCEANARIO.PT 83 Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905. E isso vê-se em todos os momentos nos pequenos e grandes projetos. Energia · Indústria · Infraestruturas · Saúde A Siemens celebra este ano 110 anos de presença em Portugal e isso faz com que seja um dos mais antigos e mais presentes parceiros do país. Esteve com Portugal nas primeiras experiências de eletrificação do território e no crescimento da rede ferroviária. Ajudou a indústria especializada e ao longo dos anos, entrou na casa de todos e na vida de todos: dos eletrodomésticos ao equipamento médico, a Siemens foi sempre uma presença constante nos grandes momentos do país. Por isso, para que tal como em 1905, a parceria com Portugal seja forte e duradoura, mais do que deixar-se levar pelos ventos da mudança, na Siemens procura-se a inovação e olhar o amanhã como um caminho para um futuro melhor. https://www.facebook.com/siemensportugal https://twitter.com/SiemensPortugal https://www.youtube.com/user/ptsustentavel https://instagram.com/siemensportugal/ siemens.pt/110anos