VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X ANÁLISE DAS PRODUÇÕES PUBLICADAS NOS ANAIS DO V CBEE SEGUNDO A TEMÁTICA FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Denise Marina RAMOS 1 – Universidade Federal de São Carlos Suzana Sirlene da SILVA2 – Universidade Estadual Paulista INTRODUÇÃO O presente estudo objetivou analisar as produções científicas publicadas nos Anais do V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBBE) segundo a temática “Formação de professores em Educação Especial”, na modalidade Comunicação oral, com vistas a fornecer alguns indicativos sobre este contexto de investigação e lançar luzes para reflexões futuras. De acordo com Silva e Zaniolo (2013), dentre os vinte e quatro eixos temáticos propostos no referido congresso, a temática “Formação de professores em Educação Especial” correspondeu à maior parte das produções publicadas nos Anais do evento segundo a modalidade Comunicação oral, perfazendo um percentual de 12,5% de um total de 541 produções nesta modalidade. Como assinala Baptista (2011, p. 65), o contexto de mudanças potenciais que a Política Nacional da Educação Especial sob a perspectiva de Educação Inclusiva (PNEE-EI) vem efetivando, exprime “[...] a importância do professor especializado em Educação Especial para que se garanta a existência de percursos (práticas) escolares satisfatórios e desafiadores para os alunos com deficiência”, e para tanto, se faz necessário investir em sua formação. Vale ressaltar o papel e a relevância do Congresso Brasileiro de Educação Especial (CBEE) na difusão do conhecimento produzido neste campo, desse modo, o referido evento, realizado e promovido pelo Programa de Pós-graduação em Educação Especial (PPGEES) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) em conjunto com a Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE), constitui-se em uma importante ação para o estímulo e divulgação da produção científica no campo, promoção de intercâmbio entre pesquisadores e profissionais, e atendimento da demanda emergente por novas práticas decorrente da diretriz política de educação inclusiva adotada pelo país (V CBEE, 2012). Por fim, realizar um estudo desta natureza justifica-se, como ratifica André (2001), pelo interesse em rever e analisar criticamente o que vem sendo produzido em determinada área do conhecimento a fim de buscar caminhos para seu contínuo aprimoramento. 2. MÉTODO 1 Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Educação Especial da UFSCar. Rua José Martinho Martins, 405 - Jardim Santa Rosa - Matão/São Paulo. E-mail: [email protected]. 2 Mestranda no Programa de Pós-graduação em Educação Escolar da FCLAr/UNESP- bolsista Cnpq. E-mail: [email protected]. 2542 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X De acordo com a nomenclatura proposta por Vilelas (2009), o presente estudo constituiu-se em uma investigação de abordagens quantitativa e qualitativa (modo de abordagem), de caráter exploratório descritivo (objetivo geral) e de natureza bibliográfica (procedimentos técnicos). Foram analisadas na íntegra as produções científicas publicadas nos Anais do V Congresso Brasileiro de Educação Especial segundo a temática “Formação de professores em Educação Especial”, apresentadas na modalidade Comunicação oral. Após a leitura das produções científicas, identificadas segundo o recorte especificado, estas foram catalogadas a partir dos critérios elencados a seguir. Ressalta-se que o presente roteiro baseou-se no “Roteiro de Análise de Teses e Dissertações” desenvolvido por Mendes, Ferreira e Nunes (2002). Roteiro para catalogação das produções científicas: Identificação: Título; Região; Instituição. Análise descritiva: Resumo (Análise crítica); Tema Secundário (Com base nas categorias e subcategorias temáticas propostas por André (2009)); Referencial Teórico (Autores mais frequentemente citados na seção de revisão da literatura acerca da temática Formação de professores, bem como o ano da publicação dessas obras); Metodologia (Tipo de estudo de acordo com a classificação proposta pelo próprio autor e breve sumário dos procedimentos de coleta e análise de dados); Conclusões (Descrição sucinta das principais conclusões do estudo). Após a catalogação dos dados, foi empregada análise de abordagens quantitativa e qualitativa a fim de traçar um panorama geral e sinalizar algumas tendências da referida produção científica. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram encaminhadas ao V Congresso Brasileiro de Educação Especial (V CBEE) cerca de 1000 produções científicas para publicação nos Anais deste evento. Deste total, foram aprovadas 857 produções científicas, das quais 541 foram apresentadas na modalidade Comunicação oral e 316 na modalidade Pôster. Dentre os vinte e quatro eixos temáticos propostos no referido congresso, a fim de garantir os debates em várias frentes de investigação, a temática “Formação de professores em Educação Especial” correspondeu à maior parte das produções científicas publicadas nos Anais do evento, segundo a modalidade Comunicação oral, perfazendo um total de 68 trabalhos (12,5%). 3.1 Distribuição regional e institucional da produção científica O gráfico 1 apresenta a distribuição regional das produções científicas que versaram sobre a temática “Formação de professores em Educação Especial” no V CBEE, apresentadas na modalidade Comunicação oral. 2543 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X Gráfico 1 - Distribuição regional da produção científica Verifica-se a prevalência de produções científicas provenientes da região Sudeste, perfazendo um percentual de 44%, em seguida destacam-se a regiões Nordeste (24%), Sul (12%), Norte (10%) e, por fim, a região Centro Oeste (9%). Ressalta-se que uma produção científica não especificou a região proveniente. Assim como observado no presente estudo, diversas investigações têm constatado a prevalência de produção científica na região Sudeste, no que concerne ao campo da Educação de modo geral (MARIN; BUENO; SAMPAIO, 2005), (VENTORIM, 2005), (ANDRÉ, 2009), (RAMOS, 2013). Contudo, estas investigações demonstraram a alta concentração de produção científica nas regiões Sudeste e Sul, seguidas em menor escala pelas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste. Estes dados diferem dos resultados observados no presente estudo no tocante ao expressivo percentual de produções provenientes da região Nordeste, o que pode exprimir a relevância desta região na produção científica sobre a temática Formação de professores em Educação Especial. O gráfico 2 apresenta a distribuição institucional da produção científica analisada segundo o recorte especificado. Gráfico 2 – Distribuição institucional da produção científica 2544 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X Observa-se a distribuição da produção científica entre 29 instituições de ensino superior e 1 Secretaria Estadual de Educação. Ressalva-se que 1 produção não especificou a instituição na qual está filiada. Dentre as instituições de ensino superior, destacam-se a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) com 9 produções, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) com 8 produções, a Universidade Estadual Paulista (UNESP) - considerando-se os seus diferentes campi - com 7 produções e a Universidade Federal de Alagoas (UFAL) com 5 produções, o que pode denotar a relevância de tais instituições na produção de conhecimento neste campo de investigação. Ferreira, Souza, Nunes, Mendes e Glat (2002), ao analisarem as produções acadêmicas defendidas nos programas de pós-graduação brasileiros em Educação e Psicologia segundo a temática “Formação de recursos humanos para a Educação Especial”, destacam no tocante à distribuição destas produções segundo as universidades, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), somando mais da metade (38) dos estudos produzidos no período de 1995 a 1999 sobre a referida temática. De acordo com os autores, os demais estudos estavam distribuídos entre as seguintes universidades: USP (9), UNIMEP (7), PUC/SP (4), UNICAMP (4), UFRN (2), UFRGS (1), UFPR (1), UFSM (1), UFES (1). Destarte, considerando-se os resultados observados no presente estudo e na pesquisa desenvolvida por Ferreira, Souza, Nunes, Mendes e Glat (2002), pode-se pressupor que nos últimos anos novas instituições vêm se consolidando na produção científica no que concerne à temática “Formação de professores em Educação Especial”; contudo deve-se ponderar sobre a natureza dos dados analisados no presente estudo e na pesquisa supracitada. Também no que concerne às instituições de ensino superior, ressalta-se a prevalência das instituições públicas, totalizando 25 instituições (86%); sendo somente 4 instituições de natureza privada (14%). Estes dados corroboram os resultados observados no estudo desenvolvido por Marin, Bueno e Sampaio (2005), no qual analisaram as principais tendências de investigação das produções acadêmicas defendidas nos programas de pósgraduação em Educação no Brasil, no período de 1981 a 1998, segundo a temática “escola básica contemporânea”. Segundo os autores, no cômputo geral, havia 32 universidades públicas (84,21%) e somente 6 universidades privadas (15,79%). A despeito da significativa predominância de produção científica nas instituições de ensino superior públicas, é importante ressaltar o expressivo crescimento da produção científica nas instituições de ensino superior de natureza privada, assim como observado nos estudos desenvolvidos por Macedo e Souza (2010) e Ramos (2013). 3.2 Análise crítica dos resumos Por meio da análise crítica dos resumos das referidas produções, a fim de observar a qualidade científica dos mesmos, verificou-se que somente 33 produções apresentaram resumos completos, ou seja, que contemplaram os aspectos necessários para a compreensão do respectivo estudo, assim como o objetivo principal de investigação; a metodologia e os procedimentos utilizados na abordagem do problema proposto; o instrumento teórico, 2545 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X técnicas, sujeitos e métodos de tratamento dos dados; os resultados; as conclusões e recomendações finais (GARRIDO, 1993). Dentre o total de 68 produções científicas, 34 apresentaram resumos incompletos e uma produção não apresentou resumo. Bueno (2008) ao realizar um balanço da produção acadêmica constante no Banco de Teses da CAPES segundo os descritores “inclusão escolar” e “educação inclusiva”, referente ao período de 1997 a 2003, evidencia a imprecisão das informações contidas nos resumos das teses e dissertações analisadas, aspecto igualmente observado em outros balanços realizados pelo autor, como no estudo que compreendeu a produção acadêmica acerca das temáticas “inclusão escolar” e “educação inclusiva” referente ao período de 1981 a 1998 (BUENO, 2005). A fragilidade dos resumos das produções acadêmico-científicas também foi observada no estudo desenvolvido por Ramos (2013), no qual foram analisados os resumos das teses e dissertações constantes no Banco de Teses da CAPES segundo a temática “Educação de surdos”, referente ao período de 2005 a 2009. De acordo com a autora, verificaram-se no decorrer da pesquisa algumas lacunas, singularidades e ambiguidades nos textos dos resumos, limitando, em certa medida, o processo de análise de seu conteúdo, com maior profundidade. Esta tendência revela-se preocupante, pois assim como assinala Guimarães (2005), o resumo configura-se como fonte de pesquisa e de comunicação científica, desse modo, “No contexto científico, o resumo ocupa importante papel para a divulgação do conhecimento produzido, assim como atua como instrumento de pesquisa privilegiado em distintas bibliografias e bases de dados.” (GUIMARÃES, 2005, p. 4). 3.3 Temas secundários A análise dos temas secundários fundamentou-se nas categorias temáticas propostas por André (2009) no estudo que compreendeu a análise da produção acadêmica, disponível no Banco de Teses da CAPES, segundo a temática Formação de professores, referente ao período de 1999 a 2003. Desse modo, com base em André (2009), as categorias e temáticas consistem em: “Formação inicial” - a qual compreende as subcategorias "Licenciatura", "Pedagogia", "Magistério ensino médio" e "Magistério ensino superior" e refere-se a estudos que versam sobre questões relativas ao currículo, à estrutura ou à avaliação do curso, ao ensino de uma disciplina, ao professor ou ao aluno do curso. “Formação continuada” - a qual compreende as subcategorias "Projeto, Propostas, Programas e Política" e "Saberes e Prática pedagógica" e refere-se a estudos que abordam questões relativas aos processos intencionais de desenvolvimento profissional. “Formação inicial e continuada” - a qual se refere a estudos que versam sobre a formação e certificação dos professores leigos em exercício. “Identidade e profissionalização docente” - a qual compreende as subcategorias "Estudos de identidade", "Concepções, Representações, Saberes e Práticas" e "Condições de trabalho, Organização sindical, Plano de carreira e Profissionalização" e refere-se a estudos que focalizam, em suma, o professor e sua ação. 2546 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X “Políticas de formação” - a qual se refere a estudos que versam sobre as diretrizes de órgãos oficiais para a formação de professores. A tabela 1 apresenta a distribuição das produções segundo as referidas categorias e subcategorias temáticas. Tabela 1 - Distribuição da produção segundo a categoria e subcategoria temática CATEGORIA TEMÁTICA FORMAÇÃO INICIAL SUBCATEGORIA TEMÁTICA NÚMERO DE PRODUÇÕES LICENCIATURA 7 PEDAGOGIA 6 MAGISTÉRIO ENS. MÉDIO 0 MAGISTÉRIO ENS. SUPERIOR 0 SUBTOTAL 13 PROJETO, PROPOSTAS, PROGRAMAS E POLÍTICA 14 SABERES E PRÁTICA PEDAGÓGICA SUBTOTAL 6 20 FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA 0 SUBTOTAL 0 FORMAÇÃO CONTINUADA IDENTIDADE E PROFISSIONALIZAÇÃO DOCENTE ESTUDOS DE IDENTIDADE 0 CONCEPÇÕES, REPRESENTAÇÕES, SABERES E PRÁTICAS 22 COND. DE TRABALHO, ORG. SINDICAL, PLANO DE CARREIRA E PROFISSI. 1 SUBTOTAL POLÍTICAS DE FORMAÇÃO 23 SUBTOTAL 5 OUTRO 5 7 SUBTOTAL 7 TOTAL 68 Fonte: Autoria própria. Observa-se na tabela 1, que a categoria temática "Identidade e profissionalização docente" compreendeu o maior número de produções científicas, perfazendo um percentual de aproximadamente 34%. Em seguida, evidencia-se a categoria temática "Formação continuada", a qual corresponde a 29,5% das produções científicas analisadas. Destacam-se também, as categorias temáticas "Formação inicial" e "Políticas de formação", representando respectivamente, 19% e 7,5%. Ressalta-se que 7 produções científicas (10%) corresponderam a temas diversos, desse modo não foi possível prescindir categorias temáticas ou mesmo, incluí-las nas categorias pré-estabelecidas. Os dados apresentados no estudo desenvolvido por André (2009) corroboram os resultados observados no presente estudo, em especial, no tocante ao significativo percentual de produções que focalizaram temas referentes à identidade e profissionalização docente no âmbito da formação de professores. De acordo com André (2009, p.48), 2547 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X Se, nos anos 1990, a grande maioria das pesquisas se debruçava sobre os cursos de formação inicial [...], nos anos 2000, a maior parte dos trabalhos investiga questões relacionadas a identidade e profissionalização docente [...]. Houve uma mudança de foco dos cursos de formação para os docentes e seus saberes. A este respeito, a autora assinala, contudo, que as pesquisas não devem limitar-se somente a reproduzir os discursos dos professores, mas que efetivamente busquem compreender o contexto e os mecanismos de produção destes discursos. André (2009) alerta também, sobre o reduzido número de pesquisas que têm investigado questões referentes à formação inicial, em detrimento do número significativo de estudos voltados ao professor. Segundo a autora (2009, 51), "Ainda carecemos de muitos conhecimentos sobre as metas, os conteúdos e as estratégias mais efetivas para formar professores.". No rastro dessa discussão, evidencia-se o percentual equivalente de produções que focalizaram as temáticas "Formação inicial" e "Formação continuada" no presente estudo (48,5%) e no estudo desenvolvido por André (2009) (43%). Ressalta-se, contudo, o número expressivo de produções que versaram sobre a temática "Formação continuada" no presente estudo, o que pode sinalizar uma nova tendência de investigação no campo, sobretudo por meio de práticas reflexivas e colaborativas. O reduzido percentual de produções que focalizaram a temática "Políticas de formação" também foi observado por André (2009). No referido estudo, somente 4% das produções analisadas versaram sobre esta temática. No que concerne às subcategorias temáticas identificadas nas produções científicas analisadas, evidencia-se quanto à categoria "Identidade e profissionalização docente", a parcela significativa de produções que focalizaram concepções, representações, saberes e práticas dos professores, tendência igualmente observada por André (2009), bem como a carência de produções voltadas às condições de trabalho, organização sindical, plano de carreira e profissionalização. Segundo a autora (2009, p. 50), "Aspectos tão fundamentais no campo da formação docente, como esses, não poderiam ser quase silenciados.". Referente à categoria "Formação inicial" evidenciam-se as subcategorias "Licenciatura" e "Pedagogia", representando juntas o total de produções científicas correspondentes à respectiva categoria temática. Ressalta-se que as subcategorias "Magistério ensino médio" e "Magistério ensino superior" não compreenderam nenhuma produção científica, o que pode denotar considerável mudança nos objetos de investigação no contexto da formação de professores nos último anos, quando comparado aos resultados observados no estudo realizado por André (2009). Conforme ratifica a autora, esta mudança pode ser justificada pela promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN, 1996), que estabelece o nível superior como necessário para o exercício da docência, além de outras medidas legais que abriram possibilidades para novas instâncias formativas. 3.4 Referencial teórico 2548 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X A tabela 2 apresenta os autores mais citados no corpo dos textos das produções científicas, considerando-se o referencial teórico acerca da temática Formação de professores. Tabela 2 – Autores mais citados sobre a temática Formação de professores AUTORES NÚMERO DE CITAÇÕES JESUS (2005; 2006; 2007; 2008; 2011) 7 BUENO (1999; 2011) 6 TARDIF (2002; 2007; 2010) 5 MENDES (2002; 2010; 2011) 5 NÓVOA (1991; 1992; 1995; 2007) 4 GATTI (1992; 2000; 2005) 3 VITALIANO (2007; 2009; 2010) 3 FREITAS (2006; 2007) 3 LIBÂNEO (1996; 2010) 2 JANUZZI (1992; 2004) 2 PERRENOUD (1993; 2000) 2 GLAT (2002; 2009) 2 SCHÖN (1992; 2000) 2 ASSIS (2009) 2 MENEZES (2004) 2 CAPELLINI; MENDES (2004) 2 FONTES (2005) 2 SOUZA (2005) 2 ALARCÃO (1996; 2005) 2 FREIRE (1985; 1997) 2 DENARI (2006) 2 Fonte: Autoria própria. Observa-se um número denso de autores utilizados a fim de subsidiar as discussões sobre a formação de professores nas produções científicas analisadas, com destaque para Jesus (2005; 2006; 2007; 2008; 2011); Bueno (1999; 2011); Tardif (2002; 2007; 2010); Mendes (2002; 2010; 2011) e Nóvoa (1991; 1992; 1995; 2007). Ressalta-se, contudo, que para além dos autores apresentados na tabela 1, outros 62 autores/estudos foram citados ao menos uma vez nas referidas produções. André (2009), ao analisar os resumos das teses e dissertações disponíveis no Banco de Teses da CAPES sobre a temática Formação de professores, referente ao período de 1999 a 2003, revela acerca dos referenciais teóricos apresentados nas produções analisadas, certa dispersão teórica, bem como preferência por autores estrangeiros, muitos deles não diretamente vinculados ao tema da formação docente. Neste sentido, a autora suscita importantes indagações que permitem subsidiar as reflexões acerca dos referenciais teóricos que têm fundamentado as discussões sobre esta temática. Assim, segundo André (2009, p. 48), “[...] as 2549 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X questões de formação docente estariam sendo pensadas de forma ampla? Com referenciais das Ciências Humanas e Sociais? Ou estariam incorrendo em modismos?”. 3.5 Metodologia Os dados referentes ao critério Metodologia compreendem aspectos como o tipo de estudo e os procedimentos e técnicas de coleta e análise de dados identificados nas produções científicas analisadas. A tabela 3 apresenta a distribuição da produção científica segundo o tipo de estudo. Ressaltase que se pretendeu privilegiar a nomenclatura proposta pelos próprios autores das produções científicas. Tabela 3 – Distribuição da produção científica segundo o tipo de estudo TIPO DE ESTUDO NÚMERO DE PRODUÇÕES NÃO ESPECIFICOU 19 PESQUISA COLABORATIVA 7 PESQUISA DE CAMPO 6 PESQUISA AÇÃO 5 PESQUISA EXPLORATÓRIA 5 PESQUISA AÇÃO COLABORATIVA 4 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 4 ESTUDO DE CASO 4 PESQUISA DESCRITIVA 2 PESQUISA DOCUMENTAL 2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA/DOCUMENTAL 1 PESQUISA DE CAMPO/DOCUMENTAL 1 PESQUISA DESCRITIVA/DOCUMENTAL 1 PESQUISA HISTÓRICA 1 PESQUISA HISTÓRICO-CULTURAL 1 PESQUISA CIENTÍFICO/LITERÁRIO 1 PESQUISA FOCAL 1 PESQUISA REFLEXIVA 1 PESQUISA FENOMENOLÓGICA 1 ESTUDOS CULTURAIS 1 Fonte: Autoria própria. Verifica-se que 28% das produções científicas analisadas não especificaram a natureza do estudo realizado. Observa-se também, significativa incidência de pesquisas de intervenção, como Pesquisa colaborativa (10%), Pesquisa ação (7%) e Pesquisa ação colaborativa (6%). De acordo com Silva e Longarezi (2012), o crescimento de estudos sobre a temática “Formação de professores” é algo notório, desse modo, a construção de metodologias que 2550 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X possibilitem conciliar pesquisa e formação docente tem sido iniciativa de diversos pesquisadores. Vale ressaltar o considerável percentual de Pesquisas de campo (9%), Pesquisas exploratórias (7%), Pesquisas bibliográficas (6%) e Estudos de caso (6%). Na tabela 4 apresenta-se a distribuição da frequência das principais técnicas de coleta de dados empregadas nas produções científicas analisadas. Ressalta-se que muitas produções científicas utilizaram diferentes técnicas de coleta de dados de modo articulado, o que pode revelar, de acordo com André (2009), certa preocupação dos pesquisadores em explorar as questões educacionais em sua complexidade, investigando-as sob diferentes perspectivas. Sublinha-se também, que diversas produções empregaram procedimentos de coleta de dados específicos e pontuais, desse modo não foi possível apresentá-los na tabela a seguir. Tabela 4 – Distribuição da frequência das técnicas de coleta de dados TÉCNICA DE COLETA DE DADOS NÚMERO DE PRODUÇÕES QUESTIONÁRIO 20 ENTREVISTA 17 OBSERVAÇÃO 10 GRUPO FOCAL 5 ANÁLISE DOCUMENTAL 5 Fonte: Autoria própria. Verifica-se expressiva frequência do emprego de questionário, entrevista e observação como técnicas de coleta de dados nas produções científicas analisadas. Os dados apresentados na tabela 4 corroboram os resultados observados no estudo desenvolvido por André (2009), pois de acordo com a autora, dentre as técnicas de coleta de dados identificadas, as mais utilizadas foram a entrevista, a análise documental, o questionário e a observação. Foram observados também, os procedimentos empregados para a análise dos dados coletados, neste sentido, na tabela 5 apresenta-se a distribuição da frequência das principais técnicas de análise de dados identificadas nas referidas produções científicas, de acordo com a nomenclatura proposta pelos próprios autores. Tabela 5 – Distribuição da frequência das técnicas de análise de dados TÉCNICA DE ANÁLISE DE DADOS NÚMERO DE PRODUÇÕES NÃO ESPECIFICOU 37 ANÁLISE DE CONTEÚDO 10 ANÁLISE DO DISCURSO 2 ANÁLISE TEMÁTICA 2 ANÁLISE QUALITATIVA 2 ANÁLISE POR CATEGORIAS 2 ESCALA, PROVA DE MAM-WHITNEY E SPERMAN 2 2551 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X PERSPECTIVA CONSTRUTIVA 1 ANÁLISE QUALITATIVA E QUANTITATIVA 1 COMPLEXIDADE SISTÊMICA 1 METANÁLISE 1 ANÁLISE POR RESENHAS 1 PROCESSO INDUTIVO 1 AUTORREFLEXÃO 1 CATEGORIZAÇÃO REFLEXIVA 1 ANÁLISE FENOMENOLÓGICA 1 ANÁLISE POR COMPILAÇÃO 1 ANÁLISE MICROGENÉTICA 1 Fonte: Autoria própria. Observa-se que 54% das produções científicas analisadas não especificaram a técnica de análise de dados empregada. Evidencia-se o significativo percentual de produções que empregaram a Análise de conteúdo como técnica de análise de dados, em média 15%. Podese afirmar que esta técnica de análise mostra-se condizente com as principais técnicas de coleta de dados utilizadas nos estudos, apresentadas na tabela 4. Outro aspecto que também merece destaque refere-se à tendência decrescente de estudos quantitativos, assim como observado nos estudos desenvolvidos por Warde (1992) e Ferreira, Souza, Nunes, Mendes e Glat (2002). Pois, dentre as 68 produções científicas analisadas no presente estudo, 40 não especificaram a abordagem utilizada para a análise dos dados coletados, 24 produções pautaram-se na Abordagem qualitativa, 2 na Abordagem históricocultural e somente 1 na Abordagem quantitativa e 1 na Abordagem quali-quantitativa; observando-se a nomenclatura apresentada pelos próprios autores das produções científicas. 3.6 Principais conclusões das produções científicas A análise das principais conclusões das produções científicas pautou-se no método de leitura analítica, o qual orienta os estudantes e pesquisadores a esmiuçarem um texto. Assim, segundo Severino (2002), os passos propostos pelo método de leitura analítica contribuem em muito para uma proveitosa compreensão e assimilação dos conteúdos. Medeiros (2006) relata que a leitura analítica é minuciosa, completa e é a melhor que o leitor é capaz de fazer. É ativa em grau elevado e tem em vista, principalmente, o entendimento. Desse modo, por meio da leitura analítica das conclusões das produções científicas analisadas no presente estudo, foi possível observar uma parcela significativa de produções que discorreram sobre a formação inicial, sinalizando que a mesma revela-se frágil, problemática e insuficiente, precisando ser revista, sendo que os cursos formadores nas universidades apresentam poucas disciplinas pertinentes a Educação Especial e estas têm reduzida carga horária, faltando também interdisciplinaridade, especialmente nos cursos de Educação Física. Sublinha-se também, os apontamentos referentes à formação continuada, revelando que a mesma apresenta problemas semelhantes aos da formação inicial, acrescentando que há 2552 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X dicotomia entre teoria e prática e que os programas acabam sendo pontuais e insuficientes. Algumas produções relatam, contudo, que uma das formas de superar as dificuldades da formação continuada é a formação em serviço, sendo que a pesquisa ação pode constituir-se em um caminho eficaz para possibilitar esta formação por meio da colaboração e valorização da diversidade. Os grupos focais também foram apontados como alternativa para a formação continuada em serviço, propiciando ao professor refletir sobre sua prática, buscando caminhos para transformá-la, assim como os casos de ensino, que podem representar uma oportunidade significativa de aprendizagem docente ao criar condições para compartilhar e discutir experiências. Sinalizou-se ainda, a carência de estudos sobre a formação de professores por meio da educação a distância. No rastro dessa discussão, Dall’Acqua (2010) relata que embora a formação continuada dos professores seja um momento e uma forma de fortalecer a qualidade do ensino, é a formação inicial que é de extrema relevância para a profissionalização docente, em especial a do professor de Educação Especial/Inclusiva, tornando-se imperioso não minimizar o potencial que esse período oferece. Um número expressivo de produções sinalizaram questões acerca da Educação Hospitalar, sobretudo no que concerne à necessidade de cursos de formação específica e continuada para os professores, sendo que esta área de estudo configura-se em um campo repleto de desafios cotidianos, pois formar professores para essas classes vai além dos ensinamentos adquiridos na graduação em Pedagogia, sendo essa formação complexa e multidisciplinar, requerendo conhecimentos da área de Educação Especial e Saúde. Ressaltam-se também, questões referentes à política de Educação Especial, evidenciando que as diretrizes para a formação de professores para a Educação Especial devem ser construídas pautadas em discussões entre o governo e as universidades brasileiras, visando garantir formação adequada aos professores de classe comum e aos professores especialistas. Por fim, pode-se afirmar, com base nas principais conclusões das produções científicas analisadas, que o pertencimento à causa da inclusão escolar e social é de grande importância e a demanda por formação docente merece ser considerada. A educação inclusiva está evoluindo, contudo faz-se necessário diminuir a distância existente entre teoria e prática no cotidiano dos cursos de formação e da sala de aula. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo pretendeu delinear um perfil da produção científica publicada nos Anais do V CBEE segundo a temática "Formação de professores em Educação Especial", apresentada na modalidade Comunicação oral. No entanto, vale ressaltar o caráter preliminar deste estudo, visto que este compreendeu um determinado recorte e contemplou somente alguns elementos da referida produção. Contudo, a título de conclusão, é possível suscitar breves perspectivas acerca deste campo de investigação, assim como a relevância da região Nordeste na produção científica neste campo; ênfase à formação continuada, sobretudo no que concerne a projetos, propostas, programas e política, como objeto de investigação; o incremento de pesquisas de intervenção, como 2553 VIII ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL Londrina de 05 a 07 novembro de 2013 - ISSN 2175-960X pesquisa ação e pesquisa colaborativa; e o contínuo decréscimo de estudos quantitativos no campo. Por fim, evidencia-se a relevância de estudos que visem sistematizar e inventariar a produção científica em um determinado campo do conhecimento, delineando um panorama do respectivo campo e sinalizando avanços e retrocessos, tendências e perspectivas, bem como, lacunas e contradições existentes, a fim de fornecer subsídios às investigações ulteriores e contribuir para o aprimoramento do campo de investigação e para as transformações na prática. 5. REFERÊNCIAS ANDRÉ, M. E. D. A produção acadêmica sobre formação de professores: um estudo comparativo das dissertações e teses defendidas nos anos 1990 e 2000. Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação de Professores, Belo Horizonte, v. 01, n. 01, p. 41-56, ago./dez. 2009. Disponível em: http://formacaodocente.autenticaeditora.com.br. Acesso em: 16 jul. 2013. ______. Pesquisa em educação: buscando rigor e qualidade. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 113, p. 55-64, jul. 2001. BAPTISTA, C. R. 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