1. Curso de Bacharelado em Administração:
A Administração ou Gestão é a ciência social que estuda e sistematiza as
práticas usadas para administrar.
O termo "administração" vem do latim administratione, que significa direção,
gerência. Ou seja, é o ato de administrar ou gerenciar negócios, pessoas ou
recursos, com o objetivo de alcançar metas definidas.
É uma área do conhecimento fundamentada em um conjunto de princípios,
normas e funções elaboradas para disciplinar os fatores de produção, tendo em
vista o alcance de determinados fins como maximização de lucros ou
adequada prestação de serviços públicos.
Pressupõe a existência de uma instituição a ser gerida, ou seja, uma
organização constituída de pessoas e recursos que se relacionem num
determinado ambiente, orientadas para objetivos comuns.
A Administração é frequentemente tomada como sinônimo de Administração de
Empresas. Porém, isto somente faz sentido se o termo empresa for
considerado como sinônimo de organização, que significa os esforços
humanos organizados, feitos em comum, com um fim específico, um objetivo.
O adequado é considerar a Administração de Empresas subárea da
Administração, uma vez que esta trata de organizações que podem ser
públicas, sociedades de economia mista ou privadas, com ou sem fins
lucrativos.
A necessidade de organizar os estabelecimentos nascidos com a Revolução
Industrial, ocorrida na Inglaterra em meados do Século XIX, levou profissionais
de outras áreas mais antigas, a exemplo da Engenharia, a buscar soluções
específicas para problemas que não existiam antes. Assim, a aplicação de
1
métodos de ciências diversas, para administrar estes empreendimentos, deu
origem aos rudimentos da Ciência da Administração.
Há autores que consideram a Administração uma área interdisciplinar do
conhecimento, uma vez que se utilizaria de métodos e saberes de diversas
ciências, como
Contabilidade, Direito, Economia, Filosofia, Psicologia,
Sociologia, etc.
Não se deve confundir a gerência de uma casa ou da vida pessoal, que tem
sua arte própria, porém empírica, com a administração de uma instituição. A
gerência corporativa requer conhecimento e aplicação de diversos modelos e
técnicas administrativas, ao passo que a gerência pessoal pode ser feita por
pessoas sem qualificações adicionais. Como exemplo de dependência da
Ciência da Administração, para funcionar de forma empresarial, estão as
Instituições de Direito Público ou Instituições de Direito Privado, criadas,
respectivamente, para finalidades sociais ou fins lucrativos.
No Brasil, o Dia do Administrador é comemorado no dia 9 de setembro. O
patrono dos Administradores brasileiros é o Adm. Belmiro Siqueira.
“
A Administração é a arte de aplicar as leis sem lesar os interesses.
”
1.1. Funções Administrativas:
As funções administrativas norteiam os objetivos do administrador em sua
rotina.
Atualmente, as principais funções administrativas são:

Fixar objetivos (planejar);

Analisar: conhecer os problemas;

Solucionar problemas;

Organizar e alocar recursos (recursos financeiros e tecnológicos e as
pessoas);

Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar);
2

Negociar;

Tomar as decisões (rápidas e precisas);

Mensurar e avaliar (controlar).
1.2. O papel do Administrador:
As funções do Administrador foram, num primeiro momento, delimitadas como:
planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. No entanto, por ser essa
classificação bastante difundida, é comum encontrá-la em diversos livros e até
mesmo em jornais de forma condensada em quatro categorias, são elas:
Planejar: "definir o futuro da empresa, principalmente, suas metas, como serão
alcançadas e quais são seus propósitos e seus objetivos", ou como "ferramenta
que as pessoas e as organizações usam para administrar suas relações com o
futuro. É uma aplicação específica do processo decisório." O planejamento
envolve a determinação no presente do que se espera para o futuro da
organização, envolvendo quais as decisões deverão ser tomadas, para que as
metas e propósitos sejam alcançados.
Organizar: pode-se constatar que […] se fosse possível sequenciar, diríamos
que depois de traçada(s) a(s) meta(s) organizacional(ais), é necessário que as
atividades sejam adequadas às pessoas e aos recursos da organização, ou
seja, chega a hora de definir o que deve ser feito, por quem deve ser feito,
como deve ser feito, a quem a pessoa deve reportar-se, o que é preciso para a
realização da tarefa. Logo, "organizar é o processo de dispor qualquer conjunto
de recursos em uma estrutura que facilite a realização de objetivos. O processo
organizacional tem como resultado o ordenamento das partes de um todo, ou a
divisão de um todo em partes ordenadas."
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Liderar: envolve influenciar as pessoas para que trabalhem num objetivo
comum. "Meta(s) traçada(s), responsabilidades definidas, será preciso neste
momento uma competência essencial, qual seja, a de influenciar pessoas de
forma que os objetivos planejados sejam alcançados." A chave para tal, está na
utilização da sua afetividade, na sua interação com o meio ambiente que atua.
E por último controlar, que "estando a organização devidamente planejada,
organizada e liderada, é preciso que haja um acompanhamento das atividades,
a fim de se garantir a execução do planejado e a correção de possíveis
desvios".
Cada uma das características podem ser definidas separadamente, porém,
dentro da organização, são executadas em conjunto, ou seja, não podem ser
trabalhados disjuntas.
1.3. Campos de atuação da Administração:
O campo de atuação do administrador é bastante amplo. Ele deve planejar,
organizar, dirigir e controlar as atividades de empresas, quer sejam públicas ou
privadas, e traçar estratégias e métodos de trabalho em diversas áreas
(agroindustrial, escolar, financeira, hospitalar, rural, etc.). Nas situações de
crise, possui importante papel, quando define onde será investido o dinheiro e
de que forma será equilibrada as finanças e a produção da empresa.
Segundo o Conselho Federal de Administração (CFA), a Administração
apresenta os seguintes campos de atuação:
1.
Administração e Seleção de Pessoal/Recursos Humanos;
2.
Organização, Sistemas e Métodos (O&M);
3.
Orçamento;
4.
Administração de Material/Logística;
4
5.
Administração Financeira;
6.
Administração Mercadológica/Marketing;
7.
Administração de Produção;
8.
Relações Industriais/Benefícios/Segurança do Trabalho;
9.
Campos considerados como Desdobramentos ou Conexos.
1.4. Administração e Seleção de Pessoal/Recursos Humanos
Gestão de recursos humanos, gestão de pessoas ou ainda administração
de recursos humanos, conhecida pela sigla 'RH'. é uma associação de
habilidades e métodos, políticas, técnicas e práticas definidas com objetivo de
administrar os comportamentos internos e potencializar o capital humano. Tem
por finalidade selecionar, gerir e nortear os colaboradores na direção dos
objetivos e metas da empresa.
A área de recursos humanos também lida com estratégias de recursos
humanos, relações sindicais, relações de trabalho e técnicas afetas a função
tais como recrutamento, seleção, treinamento, planos de cargos e salários,
avaliação de desempenho, incentivos e remuneraçao. Os temas mais
diretamente derivados da Psicologia e Sociologia dizem respeito a expectativas
e atitudes em relação ao trabalho, motivação, participação, liderança,
comunicação, conflito, poder, influência, qualificação, produtividade.Temas
mais atuais consideram o estudo do poder e cultura organizacional, novas
formas de organização do trabalho, qualidade de vida no trabalho, práticas de
envolvimento dos trabalhadores, comprometimento dos níveis gerenciais,
ligação entre a estratégia empresarial e de recursos humanos.
Considera-se que até então o modelo de gestão de recursos humanos mais
praticado é aquele que tem ampla influência da Administração Científica de
Taylor e da Escola das Relações Humanas, que buscou basicamente adaptar
as pessoas ao sistema de trabalho taylorista. É mais caracterizado por um
modelo de "Controle", baseado numa relação de trabalho de baixa confiança.
Este tem sido o modelo dominante, a despeito dos desenvolvimentos teóricos
5
da escola humanista, sociotécnica, e de desenvolvimento organizacional que
enfatizam o enriquecimento de cargos e o desenvolvimento do potencial
humano.
É chamado recursos humanos o conjunto dos empregados ou dos
colaboradores de uma organização. Mas o mais frequente deve chamar-se
assim à função que ocupa para adquirir, desenvolver, usar e reter os
colaboradores da organização.
O objetivo básico que persegue a função é alinhar as políticas de RH com a
estratégia da organização.
1.5. Organização, Sistemas e Métodos (O&M)
Organização, Sistemas e Métodos é uma área clássica da administração
que lida com um conjunto de técnicas que tem como objetivo principal
aperfeiçoar o funcionamento das organizações. A função de Organização e
Métodos é reconhecida pelas siglas: O&M e OSM (Organização, Sistemas e
Métodos)...
Para Oliveira (2005, p.478), a responsabilidade básica da área de Sistemas,
Organização e Métodos é a de executar as atividades de levantamento,
análise, elaboração e implementação de sistemas administrativos na empresa.
O objetivo é o de criar ou aprimorar métodos de trabalho, agilizar a execução
das atividades, eliminar atividades em duplicidade, padronizar, melhorar o
controle, fazer o gerenciamento dos processos e solucionar problemas,
também chamados de patologias organizacionais.
Segundo Cury (2005, p.122) a função de Organização e Métodos é uma das
especializações de Administração que tem como objetivo a renovação
organizacional.
Ela
modela
a
empresa,
trabalhando
sua
estrutura
(organograma), seus processos e métodos de trabalho.
6
O Analista de O&M executa a função de Organização e Métodos que
baseava-se originalmente na abordagem estruturalista da administração,
composta da Teoria da Burocracia de Weber e na Teoria Estruturalista. É, sem
dúvida, o profissional que melhor conhece a estrutura organizacional da
empresa em cada um dos seus setores de atividade, seus encarregados e
responsáveis,
a
divisão
de
trabalho
e
as
linhas
de
autoridade
e
responsabilidade.
Hoje a ênfase de O&M é dada pela Teoria da Contingência e Holismo, embora
a base ainda seja a Teoria do Desenvolvimento Organizacional e Teoria Geral
dos Sistemas.
1.6. Orçamento
Orçamento é a parte de um plano financeiro estratégico que compreende a
previsão de receitas e despesas futuras para a administração de determinado
exercício (período de tempo). Aplica-se tanto ao setor governamental quanto
ao privado, pessoa jurídica ou física.
Orçamento empresarial tem como objetivo identificar os componentes do
planejamento financeiro com a utilização de um sistema orçamentário,
entendido como um plano abrangendo todo o conjunto das operações anuais
de uma empresa através da formalização do desempenho dessas funções
administrativas gerais.
Um orçamento, em contabilidade e finanças, é a expressão das receitas e
despesas de um indivíduo, organização ou governo relativamente a um período
de execução (ou exercício) determinado, geralmente anual, mas que também
pode ser mensal, trimestral, plurianual, etc. O orçamento deriva do processo de
planejamento da gestão. A administração de qualquer entidade pública ou
privada, com ou sem fins lucrativos, deve estabelecer objetivos e metas para
um período determinado, materializados em um plano financeiro, isto é,
7
contendo valores em moeda, para o devido acompanhamento e avaliação da
gestão.
O estudo do orçamento, segundo alguns autores, remonta à década de 1920.
Na verdade, a gestão organizacional vem tendo saltos de qualidade desde a
Revolução Industrial no Século XIX. Esta evolução na gestão proporcionou
diversas técnicas na elaboração dos orçamentos, partindo do orçamento
tradicional. Surgiram então o Orçamento de Desempenho, o Sistema de
Planejamento, Programação e Orçamento (PPBS), o Orçamento Base Zero, o
Orçamento-Programa, o Beyond Budgeting, o Rationalisation des Choix
Budgetaires, dentre outras.
Entendem-se por despesa todos os gastos da pessoa ou organização que
podem, inclusive, ser classificados de acordo com os fins a que se destinam.
Receita é sinônimo dos provimentos recebidos, que também podem ser
classificados basicamente em receitas patrimoniais (relativas a rendas geradas
por propriedades), rendas extraordinárias (essencialmente oriundas de
operações financeiras, como empréstimos a juros) e rendas tributárias,
exclusivas de governos.
Os orçamentos estatais ou públicos são representações dos diversos gastos de
um governo, que envolvem saúde, educação, transportes, segurança e defesa,
essencialmente. Uma das principais funções do poder político é definir o
orçamento a partir das receitas geradas pelos impostos e outras formas de
arrecadação. Essa atribuição recai tanto sobre o poder executivo quanto sobre
o poder legislativo, nas democracias: o executivo propõe e fiscaliza a execução
do orçamento, e o legislativo analisa e aprova-o. No Brasil, a partir da
promulgação da Constituição Federal de 1988, o Chefe do Poder Executivo
possui a competência de iniciar as leis que estabelecerão o Plano Plurianual
(PPA), as Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o orçamento (LOA). No
Brasil, o órgão responsável pela elaboração e acompanhamento do orçamento
público federal é a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), do Ministério do
8
Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Em Portugal, esse órgão é a
Secretaria de Estado do Orçamento, do Ministério das Finanças.
A maioria dos estados também prevê mecanismos de fiscalização do
orçamento público por parte do poder judiciário. O Brasil adotou o processo
misto, onde o Executivo elabora o projeto de lei do orçamento, para posterior
encaminhamento ao Legislativo, que é denominada emenda e aprova-o. A
própria Constituição Federal estabelece que cada Poder deve acompanhar e
avaliar sua execução financeira, contábil, dentre outras, tendo o Legislativo a
competência de exercer o Controle Externo das coisas públicas.
A parte do Direito que estuda as leis sobre orçamentos públicos é o Direito
Fiscal ou Orçamentário, ramificação do Direito Financeiro.
Apesar de ser planejado com mais ou menos cuidado, um orçamento pode ser
cumprido à risca, ou com sobras ou com falta de recursos planejados.
1.7. Administração de Material/Logística
A logística é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos
e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa. A
logística é uma sub-área da Administração, envolvendo diversos recursos da
engenharia, economia, contabilidade, estatística, marketing e tecnologia, do
transporte e dos recursos humanos.
Fundamentalmente a logística possui uma visão organizacional, onde esta
administra os recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista
movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais, o
planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos
produtos, monitorando as operações e gerenciando informações, ou seja,
monitorando toda parte de entrega e recebimento de produtos na empresa.
Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals,
"Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que
planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico
9
de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como
as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de
consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes" (Carvalho,
2002, p. 31).
Como ferramental, a logística utiliza (entre outros):
O WMS, Warehouse Management System, em português - literalmente:
sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de
produção. O WMS é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou
supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de
picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do
valioso espaço dos armazéns.
O TMS, Transportation Management System, que é um software para
melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição. Este
sistema permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma
integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos
pelo cliente, consoante as suas necessidades (Gasnier et al., 2001).
O ERP, Enterprise Resource Planning ou SIGE (Sistemas Integrados de
Gestão Empresarial, no Brasil) são sistemas de informação que integram todos
os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração
pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças,
contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc)
e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações,
sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc).
O MRP, Material Requirement Planning (planeamento ou planejamento das
necessidades de materiais, PNR).
10
1.8. Administração Financeira
A administração financeira é a disciplina que trata dos assuntos relacionados
à administração das finanças de empresas e organizações. Trata-se de um
ramo privativo à Administração.
Primeiramente, deve-se compreender e entender o sentido e o significado de
finanças, que corresponde ao conjunto de recursos disponíveis circulantes em
espécie que serão usados em transações e negócios com transferência e
circulação de dinheiro. Sendo que há necessidade de se analisar a fim de se
ter exposto a real situação econômica dos fundos da empresa, com relação
aos seus bens e direitos garantidos. Analisando-se apuradamente verifica-se
que as finanças fazem parte do cotidiano, no controle dos recursos para
compras e aquisições, tal como no gerenciamento e própria existência da
empresa, nas suas respectivas áreas, seja no marketing, produção,
contabilidade e, principalmente no planejamento de nível estratégico, gerencial
e operacional em que se toma dados e informações financeiras para a tomada
de decisão na condução da empresa.
A administração financeira é uma ferramenta ou técnica utilizada para
controlar da forma mais eficaz possível, no que diz respeito à concessão de
credito para clientes, planejamento, analise de investimentos e, de meios
viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e atividades da
empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos desnecessários,
desperdícios, observando os melhores “caminhos” para a condução financeira
da empresa.
Tal área administrativa pode ser considerada como o “sangue” ou a gasolina da
empresa que possibilita o funcionamento de forma correta, sistêmica e
sinérgica, passando o “oxigênio” ou vida para os outros setores, sendo preciso
circular
constantemente,
possibilitando
a
realização
das
atividades
necessárias, objetivando o lucro, maximização dos investimentos, mas acima
de tudo, o controle eficaz da entrada e saída de recursos financeiros, podendo
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ser em forma de investimentos, empréstimos entre outros, mas sempre
visionando a viabilidade dos negócios, que proporcionem não somente o
crescimento, mas o desenvolvimento e estabilização.
É por falta de informações financeiras precisas para o controle e planejamento
financeiro que a maioria das empresas pequenas brasileiras entra em falência
até o quinto ano de existência. São indiscutivelmente necessárias as
informações do balanço patrimonial, no qual se contabilizam os dados da
gestão financeira, que devem ser analisados detalhadamente para a tomada de
decisão.
Pelo benefício que a contabilidade proporciona à gestão financeira e pelo
íntimo relacionamento de interdependência que ambas têm é que se
confundem, muitas vezes, estas duas áreas, já que as mesmas se relacionam
proximamente e geralmente se sobrepõem.
É preciso esclarecer que a principal função do contador é desenvolver e prover
dados para mensurar o desempenho da empresa, avaliando sua situação
financeira perante os impostos, contabilizando todo seu patrimônio, elaborando
suas demonstrações, reconhecendo as receitas no momento em que são
incorridos os gastos (este é o chamado regime de competência), mas o que
diferencia as atividades financeiras das contábeis é que a administração
financeira enfatiza o fluxo de caixa, que nada mais é do que a entrada e saída
de dinheiro, que demonstrará realmente a situação e capacidade financeira
para satisfazer suas obrigações e adquirir novos ativos (bens ou direitos de
curto ou longo prazo) a fim de atingir as metas da empresa.
Os contadores admitem a extrema importância do fluxo de caixa, assim como o
administrador financeiro utiliza o regime de caixa, mas cada um tem suas
especificidades e maneira de descrever a situação da empresa, sem
menosprezar a importância de cada atividade já que uma depende da outra no
que diz respeito à circulação de dados e informações necessárias para o
exercício de cada uma delas.
12
1.9. Administração Mercadológica/Marketing
Marketing ou Mercadologia ou, mais raramente, Mercância, é o processo
usado para determinar que produtos ou serviços poderão interessar aos
consumidores, assim como a estratégia que será utilizada nas vendas,
comunicações e no desenvolvimento do negócio. A finalidade do marketing é
criar valor e satisfação no cliente, gerindo relacionamentos lucrativos para
ambas as partes. As atividades de um gestor de marketing abrangem um leque
muito alargado de atividades, desde o estudo de mercado, a definição de uma
estratégia, publicidade, vendas e assistência pós-venda. Assim como nas
técnicas de manutenção da fidelização dos clientes, que atualmente constituem
um departamento de fulcral importância em qualquer empresa e exigem
ferramentas de marketing adaptadas. Sem deixar de dignificar os novos
potenciais clientes, os clientes já conquistados numa empresa são a base, os
mais importantes, os que geram valor ao passar a palavra da sua antiguidade e
satisfação.
Em português, marketing costuma traduzir-se para mercadologia.
1.10. Administração de Produção
A Administração da Produção ou Administração de operações é a função
administrativa responsável pelo estudo e pelo desenvolvimento de técnicas de
gestão da produção de bens e serviços. Segundo Slack (1996, p.34) a
produção é a função central das organizações já que é aquela que vai se
incumbir de alcançar o objetivo principal da empresa, ou seja, sua razão de
existir.
A função produção se preocupa principalmente com os seguintes assuntos:

Estratégia de produção: as diversas formas de organizar a produção
para atender a demanda e ser competitivo.

Projeto de produtos e serviços: criação e melhora de produtos e
serviços.
13

Sistemas de produção: arranjo físico e fluxos produtivos.

Arranjos produtivos: produção artesanal, produção em massa e
produção enxuta.

Ergonomia

Estudo de tempos e movimentos

Planejamento da produção: planejamento de capacidade, agregado,
plano mestre de produção e sequenciamento.

Planejamento e controle de projetos.
O processo produtivo consiste na transformação de entradas (de materiais e
serviços) em saídas (de outros materiais e serviços).
Transformação é o uso de recursos para mudar o estado ou condição de algo
para produzir saídas. A maioria das operações produz tanto produtos como
serviços. Os processos de transformação podem ser de vários tipos:

De
materiais
-
processam
suas
propriedades
físicas
(forma,
composição, características), localização (empresas distribuidoras ou de frete)
ou posse (empresas de varejo).

De informações - processam a forma da informação (ex. contadores),
localização (ex. empresa de telecomunicações) ou posse (ex. consultoria,
serviços de notícias, etc).

De consumidores – processam condições físicas (ex. médicos), de
localização (acomodação: ex. hotéis), de estado psicológico (indústria do
entretenimento), etc.
Entre as principais responsabilidades da Gerência de operações está a
proteção da produção: são medidas utilizadas para garantir a continuidade da
produção ao longo do tempo, defendendo-a de intempéries e circunstâncias
14
externas. A proteção da produção pode ser dividida de acordo com sua
natureza:

Proteção física - envolve a construção de um estoque de recursos, de
forma que qualquer interrupção de fornecimento possa ser absorvida pelo
estoque. Serve tanto para matérias-primas quanto para produtos acabados.

Proteção organizacional - é uma função de isolamento do pessoal da
produção com o ambiente externo, onde as outras funções organizacionais
agem formando barreiras ou proteções entre as incertezas ambientais e a
função produção. É feito pelo pessoal de apoio (escritórios, etc). Seu uso
excessivo tem sido criticado por modelos japoneses, que prevêem maior
interação de pessoal da fábrica com fornecedores/clientes externos.
O projeto do sistema produtivo envolve a configuração do processo de
conversão dos materiais e insumos em produtos úteis, bens, conhecimento e
serviços. Dimensionar o processo de conversão envolve a execução de
atividades
relacionadas
á
definição
dos
equipamentos,
capacidade,
especificações técnicas, definição de layout e fluxo produtivo.A operação
contempla o planejamento, programação e controle da produção envolvendo
atividades de aprazamento, sequenciamento e programação.
Aprazamento: definição da data de entrega dos produtos acabados aos
clientes ou a quem de interesse.
1.11. Relações Industriais/Benefícios/Segurança do Trabalho
Segurança do trabalho (ou também denominado segurança ocupacional) é
um conjunto de ciências e tecnologias que tem o objetivo de promover a
proteção do trabalhador no seu local de trabalho, visando a redução de
15
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. É uma das áreas da segurança
e saúde ocupacionais, cujo objetivo é identificar, avaliar e controlar situações
de risco, proporcionando um ambiente de trabalho mais seguro e saudável
para as pessoas.
Destacam-se entre as principais atividades da segurança do trabalho:

Prevenção de acidentes;

Promoção da saúde;

Prevenção de incêndios.
A higiene do trabalho ou higiene ocupacional é um conjunto de medidas
preventivas relacionadas ao ambiente do trabalho, visando a redução de
acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A higiene do trabalho consiste
em combater as doenças profissionais.
Uma das atividades da higiene do trabalho é a análise ergonômica do ambiente
de trabalho, não apenas para identificar fatores que possam prejudicar a saúde
do trabalhador e no pagamento de adicional de insalubridade/periculosidade,
mas para eliminação ou controlar esses riscos, e para a redução do
absenteísmo (doença). A capacidade analítica desenvolvida nesse esforço
permite ir além, na forma de identificação e proposição de mudanças no
ambiente e organização do trabalho que resultem também no aumento da
produtividade, e da motivação e satisfação do trabalhador que resultem na
redução de outros tipos de absenteísmo que não relacionado às doenças.
A Consultoria de Carreiras FACX - CCF será o órgão implantado na
Faculdade de Ciências Humanas e Sociais do Xingu e Amazônia – FACX
responsável pela orientação, apoio, informação e coordenação das atividades
assistenciais, psicopedagógicas, sociais e educacionais, dirigidas ao corpo
discente, sustentando seus direitos e deveres, no âmbito da Instituição.
16
Será implantada com a participação dos Coordenadores de Curso de
Graduação em Administração e Ciências Contábeis, com a participação de
um profissional da área de Psicologia.
17
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1. Curso de Bacharelado em Administração: A