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AS ESTRUTURAS DE MERCADO, A INTEGRAÇÃO
VERTICAL E AS NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS NA
PECUÁRIA DE CORTE.
Humberto Sousa Rodovalho1
Resumo: O objetivo principal do trabalho é analisar os seguintes pontos: as estruturas e
concentrações de mercado no segmento de carne bovina - a formação dos preços da carne bovina os custos de produção e outros. Além da integração vertical dos frigoríficos e produtores como fatores
importantes para a concorrência mundial no que tange a minimização dos custos dos fatores de
produção e as novas tecnologias aplicadas no setor para aprimorar a criação e distribuição do
produto com maior qualidade, quantidade e lucratividade.
Palavras-Chave: Estratégias, Produção e Mercado.
Introdução
O capitalismo traz em sua concepção a geração do acúmulo de riquezas
através do lucro, buscando a maximização não só da lucratividade das empresas,
mas dos recursos produtivos, atingindo seus níveis de pleno emprego.
A economia é vista como a ciência da escassez, tendo em seu contexto a
aplicação das escolhas dos seus recursos produtivos escassos dentro de um
sistema. Dentro dessa ótica, buscam-se no teor desse trabalho reduzir os gargalos
impostos pelas falhas de mercado, as barganhas dos fatores produtivos e os
mercados consumidores nos âmbitos internos e externos.
A necessidade dos investimentos em infra-estruturas de um país minimiza os
custos de produção, no que tange os escoamentos da produção, não menos
importante para a redução também dos custos para agregação de valores dos
1
Graduado em Ciências Econômica e Especialista em Finanças Empresariais – MBA. Especializando
em Educação para Diversidade e Cidadania - UFG
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produtos do setor primário para o setor secundário através da indústria de
transformação.
As estruturas de mercado buscam retratar a ótica das concentrações
mercadológicas no segmento de Pecuária de Corte, mostrado os comportamentos
dos agentes econômicos em busca da sobrevivência de um mercado. De um lado os
produtores que se deparam com os Monopsônios e os Oligopsônios, achatando os
preços de compra pelos frigoríficos em busca do menor preço do insumo, onde as
barreiras de novas indústrias frigoríficas estão cada vez mais presentes nessa
concentração. Por outro lado, estão os consumidores que enfrentam o poder dos
monopolistas e oligopolistas, que buscam a maximização de seus lucros a todo o
momento. As boutiques, açougues e pequenos revendedores da carne bovina estão
inseridos dentro da concorrência perfeita, obtendo apenas o chamado lucros
normais, onde as fatias em busca do maior preço já foram “engolidos” pelos
concentradores do mercado.
As estratégias competitivas dos frigoríficos com a finalidade de controlar
através da lei da oferta e demanda do boi gordo o preço do produto no momento da
compra, como base teórica observa-se Porter (1989), os elos existem não só dentro
da cadeia de valores de uma empresa, mas também entre a cadeia de uma empresa
e as cadeias de valores dos fornecedores e dos canais. Estes elos, que denominam
elos verticais, é similar aos elos dentro da cadeia de valores – o modo como as
atividades do fornecedor ou do canal são executadas, afetam o custo ou o
desempenho das atividades de uma empresa (e vice-versa). O Brasil por se tratar de
um país que detêm as quatro estações climáticas, provoca nesse mercado o que
chamamos de safra e entressafra do boi gordo, o que leva a grandes oscilações dos
preços no mercado. A teoria de Porter (1989) revela essa estratégia por parte dos
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frigoríficos, como monopsônistas, verticalizando em seus confinamentos o gado
magro utilizado como regulador de preço no mercado nos períodos de entressafra,
quando há tendência de aumento no preço.
O mercado de pecuária de corte no Brasil, não revela grandes inovações
tecnológicas por se tratar de um produto primário, gerando uma grande
concentração de renda e pequenos valores agregados ao produto final. O
desencadeamento dos benefícios gerados pelo setor de pecuária de corte não
revela riquezas nas distribuições de renda do país.
O avanço tecnológico se destaca nos tratamentos para os fatores de
produção, tais como: Melhoramento genético, terra, fertilizantes e suprimentos na
alimentação das crias bovinas.
1 - ESTRUTURAS DE MERCADO
1.1
- Distribuição da Comercialização
Segundo o Jornal Gazeta Mercantil (1998), estima-se que a distribuição do
produto para o consumidor final, segundo os canais de comercialização pode ser
configurada da seguinte forma:
- supermercado/hipermercados/restaurantes/hotéis/refeições industriais 65%;
- açougues 30%;
- boutiques de carne 5% (cortes especiais).
Quanto aos supermercados, esses constituem 35 mil estabelecimentos em
território brasileiro que vendem carne in natura que responde por cerca de 45% da
distribuição de carnes no Brasil. Os açougues, dentro dos supermercados,
respondem em média por 18% das vendas dos supermercados (CARDOSO, 1999).
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Comparando-se com os dados da Gazeta Mercantil, observa-se que o setor de food
service, responde por uma parte importante do consumo de carne bovina.
Segundo Peetz (1996), os açougues e as boutiques de carne a carne bovina
representam cerca de 80% das vendas e, por último, nos serviços de refeições de
hotéis, indústrias e restaurantes de carne bovina representam 60% do total de
produtos cárneos consumidos. Observa-se por meio desses dados, portanto, que os
açougues são estabelecimentos centrados quase que exclusivamente no comércio
de carnes bovinas, prestando pouca atenção a outros produtos substitutos ou
mesmo a produtos complementares.
Existem cerca de 55 mil açougues no Brasil (30% no Estado de São Paulo)
que faturam cerca de R$ 1,6 bilhão anualmente. Em 1997, os açougues sofreram
uma redução em suas vendas em 2%, devido a fatores como aumento da
concorrência com os supermercados e queda no poder de compra de classes de
menor renda que eram seus principais clientes. Apenas na cidade de São Paulo, em
1997, 394 estabelecimentos fecharam (10,2% do total de açougues) e no interior,
850 estabelecimentos fecharam suas portas (6,8% do total de açougues do interior).
(IEL, CNA, SEBRAE, 2000).
Já o mercado institucional (ou food service) é um segmento constituído por
empresas que compram a carne bovina, as transformam, agregando valor ao seu
produto ou serviços oferecidos. São integrantes desse segmento os restaurantes
fast food, as cozinhas para alimentação coletiva em hospitais, escolas, empresas
(tanto para o setor público quanto privado) e forças armadas. Esse segmento tem
sofrido uma grande expansão, crescendo em níveis superiores ao do varejo
tradicional. Nos últimos quatro anos, o mercado institucional cresceu 95% contra
53% do varejo. No ano de 1995, havia 400 mil restaurantes no País e, atualmente,
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são 756 mil pontos. Em 1997, esse segmento teve um faturamento de US$ 6,5
bilhões e, em 1998, o faturamento foi de US$ 13 bilhões. Esses fatos são atribuídos
ao crescimento, nos grandes centros, da alimentação fora do lar (CORREIA JR. E
MOLDERO, 1999).
Quanto à parte que cabe ao setor público no mercado institucional é importante
colocar que, para grandes empresas tais como: Sadia, Perdigão, Frangosul e Chapecó o abastecimento de carne para o setor público representa menos de 0,5% das
vendas anuais. Para essas empresas é mais viável concentrar as vendas no setor
privado e para exportações, pois com o setor público, geralmente, ocorrem problemas de inadimplência (GAZETA MERCANTIL, 1998).
Para o mercado institucional destacam-se as empresas do ramo de
restaurantes industriais GR do Brasil e Sodexo. A GR do Brasil representa uma joint
venture entre a ACCOR e o Grupo inglês Compass, líder mundial em serviços de
alimentação coletiva. Essa joint venture consome cerca de 800 toneladas de carne
bovina por mês, ou seja, 9.600 toneladas/ano. Cerca de 60% da carne é adquirido
no Estado de São Paulo, dos chamados fornecedores intermediário, que são
aquelas empresas que desossam, embalam carne de novilhos abatidos de outros
Estados. Segundo esta empresa, como a cadeia produtiva de carne bovina está
desorganizada não apresentando a eficiência necessária, acaba havendo um
aumento de custos na tentativa de garantir um produto de qualidade (CARDOSO,
1999).
O varejo de alimentos no Brasil tem acompanhado, com certa defasagem de
tempo, as mudanças pelas quais estão passando os mesmos setores em outros
Países, com os Estados Unidos, Inglaterra, França, entre outros. Como grandes
mercados consumidores de outrora, caso da França, por exemplo, têm enfrentado
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crises econômicas que acabam por gerar diminuição do poder aquisitivo da
população de modo geral. Uma das mudanças significativas tem sido a procura, por
parte das grandes redes do setor, de novos mercados e onde instalar seus pontos
de venda. Não só situações de crise têm alavancado esse processo, também a
abertura de mercados, antes fechados ou inseguros ao capital internacional aliados
à busca por expansão de crescimento de fatia de mercado foram fatores
determinantes para a expansão de redes multinacionais nesse setor. O caso da rede
francesa Carrefour é um clássico no Brasil, onde está presente desde a década de
1970. Mais recentemente entraram no Brasil redes de origem norte-americana (WalMart), portuguesa (Sonae, Grupo Jerônimo Martins/Sé) e holandesa (Ahold). (IEL,
CNA, SEBRAE, 2000).
Outra tendência a ser registrada é uma mudança lenta e gradativa no foco de
poder dentro do canal de distribuição. Até algum tempo atrás, dado o baixo grau de
concentração e internacionalização das redes de varejo, os canais de distribuição
eram considerados um elemento do marketing-mix das indústrias. De acordo com
ENGEL et alii (1995), “poder é a habilidade que um membro do canal tem de influir
sobre os outros membros do canal”. Como esses e outros autores (ANDERSON et
alii, 1997; KUMAR, 1997) sugerem, nos dias atuais, com a emergência dos
mercados de massa, os varejistas colocam-se na posição de condutores.
Uma das razões para que isso ocorra é o fato de os varejistas terem posto a
funcionar o esquema de compras centralizadas, promoções de caráter nacional e
sistemas sofisticados de banco de dados e logísticos, o que força as indústrias a
entrarem no sistema de forma a baixar custos e serem capazes de dar respostas
rápidas. A segunda razão, de acordo com os mesmo autores é que os varejistas
acabam recrutando os melhores alunos nos campi universitários e oferecem a estes
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melhores oportunidades de carreira que as indústrias. No Brasil, essa situação é
diferente. Até alguns anos atrás, as indústrias e o setor financeiro eram as áreas que
recrutavam os melhores alunos. Pouco a pouco o setor de serviços (principalmente
informática) tem ocupado posição de destaque, mas o varejo de alimentos não tem
tido destaque nesse sentindo. (ENGEL et alii, 1995)
Kumar (1997) enfatiza que tanto o aparecimento dos mega formatos como as
superlojas, como também as fusões e aquisições e as alianças horizontais de
compras fizeram o varejo ficar mais concentrado e poderoso. Como exemplo, ele
afirma que as vendas dos seis principais varejistas americanos excedem as vendas
de todas as indústrias européias de alimentos juntas, com exceção dos grupos
Nestlé e Unilever.
Outra mudança significativa que vem ocorrendo nos canais de distribuição é a
formação e parcerias e alianças estratégicas entre indústria e atacadistas, por
exemplo. Segundo Alcântara (1997), isso ocorre devido a vários fatores:
- aumento da competição global;
- difusão tecnológica, principalmente no caso da automação, vinculada à
tecnologia de informação já citada;
- aumento da importância dos custos fixos;
- aumento da complexidade dos produtos, do seu design, da sua produção e
entrega;
- consolidação da indústria;
- o surgimento de novas formas de distribuição e varejo, o aumento da
demanda e o deslocamento do poder dos fabricantes para os varejistas.
Essas mudanças acabam impactando as barreiras de entrada ao setor. A
concentração e o crescimento dos super/hipermercados levam essas empresas a
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obterem economias de escala na aquisição de carne bovina, levando os frigoríficos a
darem preferência no fornecimento.
Alguns frigoríficos, porém, vêm percebendo que se tornam vulneráveis, uma
vez que passam a comercializar parte importante (quando não total) de sua
produção para apenas uma grande rede de varejo.
Outra fonte importante de barreira de entrada à atividade de distribuição de
carne bovina é a diferenciação. Já se faz presente em super/hipermercados (pela
própria definição desse tipo de negócio) e em boutiques de carnes a
comercialização de produtos de compra complementar a carne, como temperos,
carvão, farinha/farofa, sal, espetos e outros utensílios para preparação e consumo
de carne. Em açougues, já se começa a verificar essa tendência. Além da
disponibilização
destes
produtos,
pode-se
verificar
como
instrumentos
de
diferenciação entre pontos de vendas questões relacionados à atmosfera/ambiente
do ponto de venda e higiene. Alguns pontos de venda diferenciam-se pelo
oferecimento de produtos com marcas fortes (muito comum nas boutiques de
carnes) e/ou colocando pessoas no ponto de venda que fornecem informações ao
consumidor sobre os produtos e o modo correto de prepará-los, algumas vezes
oferecendo folders com informações e receitas.
Vale ressaltar também, que em termos de diferenciação de produto em termos
de tributos tangíveis, segundo Siffert Filho e Favaret (1998), é limitada e fica quase
que restrita ao varejista, por meio da manipulação de cortes diferenciados. Para
eles, alguns grandes varejistas têm buscado fazer testes com novas embalagens,
utilizando inclusive atmosfera modificada (AM).
Sob a ótica do cliente, os custos de mudança entre escolher um ponto de venda ao invés de outro, são relevantes quando esse exige informações acerca da ori-
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gem e sexo do animal, marca forte ou, se os serviços oferecidos por um ponto são
disponíveis e/ou melhores que os oferecidos por outro ponto de venda. Os custos de
mudança são relevantes também no caso de o consumidor estar buscando comprar
não apenas carne bovina, mas produtos complementares e outros produtos. Nesse
sentido, os super/hipermercados acabam tornando-se a única opção, dados a variedade e conveniência que oferecem. No caso dos pontos de vendas que funcionam
24 horas, essa conveniência torna-se um diferencial imbatível por açougues e mesmo boutiques de carnes. (SIFFERT FILHO E FAVARET, 1998)
O acesso privilegiado aos melhores canais de suprimento tem-se mostrado
uma barreira importante à entrada na atividade e um fator que influi na rivalidade
entre os competidores atuais. Os super/hipermercados e boutiques de carnes têmse diferenciado na venda de carne de qualidade em relação aos açougues devido à
prioridade
que
é
dada
aos
mesmos
pelos
frigoríficos.
O
fato
de
os
super/hipermercados, assim como as casas de carnes terem maior facilidade de
aquisição de carne de frigoríficos mais capitalizados, que por sua vez têm
possibilidade de fornecer carne dentro dos pré-requisitos das Portarias 304 e 145,
esses pontos de venda acabam tendo maior facilidade de se adaptar às restrições
legais. Por outro lado, segundo Siffert Filho e Favaret (1998), como os
super/hipermercados têm-se modernizado rapidamente, com vistas a satisfazer
novas exigências e formando novos hábitos de consumo, as relações entre
frigoríficos e super/hipermercados devem seguir o padrão da indústria de alimentos
em termos de formas de apresentação, qualificação e garantia da carne ofertada.
Em termos de localização dos pontos de venda, os açougues e os pequenos
supermercados têm vantagens de serem lojas de vizinhança e muitas vezes a reputação da carne está centrada não em uma marca forte, nem na sua origem, mas na
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higiene do estabelecimento e na confiança que os clientes depositam na figura do
açougueiro/dono do açougue. (SIFFERT FILHO E FAVARET, 1998)
Em termos de barreiras de saída, os açougues são os que mais sofrem, uma
vez que são caracterizados como empresas familiares, em que o empreendedor tem
um vínculo emocional forte com a atividade e dificilmente passa a atividade para os
descendentes, que ou não se interessam ou não a enxergam como uma atividade
de futuro ou de carreira. (SIFFERT FILHO E FAVARET, 1998)
O comércio de carne bovina sofre com a presença de produtos substitutos,
principalmente quando se fala de frango, em questões de saúde e conveniência de
produtos pré-elaborados. Uma vez se considerando a competição entre cadeias
produtivas, observa-se uma coordenação muito mais eficaz e desenvolvida no caso
do frango. Contribuem para isso, segundo Siffert Filho e Favaret (1998), fatores
como a baixa estabilidade nas relações entre pecuaristas, atacadistas e varejistas, a
diversidade de rotas tecnológicas e inexistência de contratos de longo prazo.
Quando se fala de estrutura de mercado, há de se ressaltar que em termos de
Brasil, existem regiões com mercados com particularidades distintas. Enquanto no
Norte e Nordeste do País existe a crença de que carne de qualidade é a carne
fresca ou quente, vendida em feiras e que a maior tarefa das grandes redes de
super/hipermercados torna-se conscientizar o consumidor das vantagens da cadeia
do frio. No Sul do Brasil, onde o consumidor é exigente e cada vez mais solicita
produtos e serviços diferenciados, observa-se que 67% da comercialização de carne
bovina são feitas por grandes redes de super/hipermercados. Fica claro que nesses
dois mercados, os parâmetros de diferenciação nos pontos de vendas e a dinâmica
concorrencial entre os mesmos serão completamente diversos.
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- A Tendência de Concentração de Mercado
1.2
1.2.1
O
- Poder de Oligopólio
baixo número de frigoríficos no mercado brasileiro traz em conseqüência a
formação de oligopólios deste setor, onde o controle de preços para os produtores
estão concentrados nas mãos de poucos frigoríficos. Estes detêm grande parte do
mercado brasileiro com várias filiais espalhadas nos Estados.
Segundo Kon (1999), a questão dos setores que engloba a comercialização de
carne bovina no Brasil é o fato da formação dos Oligopólios por parte dos
frigoríficos, portanto a característica básica do oligopólio é a presença de poucas
firmas
que
compõem
uma
indústria
específica,
que
apresentam
uma
interdependência de ações, no sentido de que a sobrevivência de uma firma está
condicionada ás suas reações aos movimentos das demais e à sua capacidade de
prever tais procedimentos das rivais.
Neste caso, poucos frigoríficos concentram e determinam preços de venda
para os comerciantes revendedores da carne bovina, como os supermercados,
hipermercados, restaurantes, hotéis, refeições industriais, boutiques e açougues. A
conceituação do setor como um todo se torna difícil desde que as empresas
estabelecem preços diferenciados para seus produtos, e a substituição de produtos
depende de fatores como hábitos, preferências e capacidade de gastos dos
consumidores.
A interpretação da Teoria Microeconômica fundamenta-se que a formação
desses oligopólios se dá a maximização de lucros por parte dos frigoríficos, que
detêm o controle e a ditadura dos preços da carne bovina, não somente no mercado
interno, como também no mercado internacional.
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Adam Smith apud Kupfer (2002, p.218) sustenta a colocação de Kon, (1999),
em sua obra A riqueza das Nações, (1982, p.139) ao afirmar que pessoas da
mesma profissão (do mesmo setor de negócios) raramente se encontram, mesmo
que seja para momentos alegres e divertidos, mas as conversações sempre
terminam em conspiração contra o público ou em algum incitamento para aumento
dos preços, onde a busca pela maximização torna clara a formação de oligopólios
por parte dos frigoríficos no que tange o mercado de carne bovina.
Portanto, a oportunidade que os agentes oligopolísticos encontram para
demandar preços, é aproveitada a cada momento, com a finalidade de obtenção de
lucros cada vez maiores, essa conspiração que cita Smith (2002), mostra a força do
monopólio e a fraqueza do consumidor.
Pindyck (2002) sublinha que o oligopólio é o tipo de estrutura de mercado que
prevalece com força de controlar o mercado em se tratando de preços. Exemplos de
setores industriais oligopolistas incluem os de automóveis, aço, alumínio,
petroquímica, equipamentos elétricos e computadores. Além disso, a administração
de uma empresa oligopolista é complexa porque as decisões relativas a preço, o
nível de produção, a propaganda e os investimentos envolvem importantes
considerações estratégicas, devendo ser analisada pelos gestores com cautela.
Nesse mercado, portanto, existem poucas empresas concorrendo, cada uma deve
considerar como suas ações afetarão empresas rivais, pois mesmo as empresas
oligopolisticas tendo essa facilidade de controle de preços, ainda sim existem
empresas rivais com os mesmos objetivos de lucratividade, bem como as possíveis
reações que suas concorrentes terão.
Ao aplicar essa mesma teoria para o enfoque no comércio de carne bovina,
pode-se afirmar que existe poder de monopólio dos frigoríficos que se localizam em
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regiões estratégicas, para evitar a especulação dos compradores, tais como os
açougues, supermercados, hipermercados e outros revendedores da carne bovina,
em busca do melhor preço ofertado pelos frigoríficos, onde a menor concorrência
entre os próprios frigoríficos dificulta a ação desses comerciantes locais.
1.2.2
- Poder de Oligopsônio e de Monopsônio
O poder de barganha dos frigoríficos brasileiros está cada vez mais
forte no que tange o seu poder de compra dos produtores. Ou seja, a formação dos
oligopsônios por parte dos frigoríficos, e em contra partida os oligopólios também
fazem parte deste setor, quando se trata da venda da carne dos frigoríficos para
seus clientes, tais como açougues, hiper/supermercados, boutiques, churrascarias e
até mesmo no mercado internacional.
A formação desses oligopsônios acaba reduzindo ainda mais a lucratividade
dos pecuaristas, onde eles têm o poder de mercado por controlar o preço da arroba 2
que é o índice que mede o valor do preço do boi ou da vaca gorda.
Segundo Pindyck (2002) no mercado competitivo, o preço e o valor marginal
são iguais. No entanto, um comprador monopsonista pode adquirir a mercadoria por
preço mais baixo do que seu valor marginal, independente do custo de produção do
produtor pecuarista. Para conceituar a estrutura de mercado monopsônio, Pindyck
(2002)
(....) refere-se ao mercado que possui um único comprador e o Oligopsônio
é um mercado com poucos compradores. Um ou apenas alguns
compradores poderão ter poder de monopsônio: capacidade do comprador
de influir no preço de uma mercadoria. O poder de monopsônio possibilita
ao comprador adquirir a mercadoria por valor inferior ao preço que
prevaleceria em um mercado competitivo. Bem mais comuns do que o
monopsônio puro são os mercados com apenas algumas empresas
2
Unidade de medida equivalente a 15Kg.
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competindo entre si e atuando como compradoras, de tal modo que cada
uma delas passe a ter algum poder de monopsônio. Por exemplo, os
principais fabricantes norte-americanos de automóveis competem entre si
na compra de pneus. Pelo fato de cada uma dessas empresas serem
responsável por uma grande fatia do mercado total de pneus, elas,
individualmente, detêm algum poder de monopsônio nesse mercado.
(PINDYCK, 2002, p.350)
Portanto, o poder de monopsônio acaba prevalecendo no setor de
pecuária de corte devido à localização geográfica estratégica dos frigoríficos, pois se
instalam em regiões distantes, para dificultar e encarecer os custos de transportes
dos produtores com a finalidade de buscar a produção da região para seu frigorífico,
passando a ter o controle de negociação e ações oportunistas sobre os pecuaristas
de gado de corte
1.3
- A Formação dos Preços
O mercado da pecuária bovina de corte apresenta característica estrutural
significativa. Ou seja, ao se analisar a evolução dos preços e da produção, ao longo
de um ano, e ao longo de períodos de seis a sete anos, em média, nota-se que
ambos apresentam flutuações sazonais e cíclicas acentuadas, caracterizando os
fenômenos conhecidos como "ciclos do gado".
Estudos feitos por vários autores para várias regiões do País mostram que
existe uma variação estacional de preços ao analisarem-se as médias de preços
mensais em vários períodos (de um ano cada), observado que alguns meses
apresentam constantemente, preços mais elevados, outros médios e outros baixos.
Couto (1997), em estudos sobre previsão de preços para pecuária de corte,
determinou os componentes estacional, cíclico e de tendência nas flutuações de
preços de boi gordo no Estado de São Paulo. Para ele, os preços do boi gordo
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apresentam nitidamente um período de preços baixos que correspondem à safra do
boi ou à maior oferta de animais gordos para abate. Esse período descendente de
preços vai de novembro a maio. O período de preços altos, que corresponde à
entressafra, ou à menor oferta de bois para abate, compreende os meses de maio a
novembro. O pico de preço alto é o mês de outubro. O pico de preço baixo é maio.
Esse comportamento se repete, com algumas variações, em todas as regiões
do País. Kassouf & Hoffmann (1988), por exemplo, estudaram a previsão de preços
do boi gordo no Estado de São Paulo e identificaram tanto as variações cíclicas,
quanto as estacionais destes, no Estado. Em relação ao ciclo estacional, esperam
que a adoção de novas técnicas, como a complementação alimentar no inverno e a
engorda em confinamento, além da formação de estoques reguladores, contribuirão
para diminuir a intensidade dessas oscilações observadas.
Silva e Lemos (1996), fizeram uma análise comparativa dos preços recebidos
pelos produtores de bovinos de corte nos Estados do Maranhão, Piauí e Ceará e
identificaram o padrão sazonal das flutuações dos preços do boi gordo,
transacionado naqueles mercados. Os resultados obtidos indicaram a existência de
um padrão estacional definido dos preços de boi gordo nos respectivos Estados, e
diferenças
significativas
entre
os
preços
nos
Estados,
meses
e
anos.
Caracterizaram-se ainda os meses de safra e entressafra nos três Estados, no
período considerado. Os níveis de preços mais baixos ocorrem em torno do mês de
julho e os mais altos nos meses de janeiro, fevereiro e março. Os autores sugeriram
políticas de formação e distribuição de estoques reguladores, com vistas a beneficiar
tanto a produtores, com estabilização de suas rendas, quanto a consumidores, com
a estabilização de seus orçamentos familiares.
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Garcia (1982) fez um estudo sobre análise harmônica aplicada às variações
de preço do boi no Pantanal Mato-Grossense. Sobre o preço real do boi magro,
durante o período de 1950/81, concluiu que: a) a trajetória de tendência permite
identificar ciclos pecuários em torno de oito anos; b) os preços reais do boi magro
seguem "pari passu" as mudanças dos preços reais do boi gordo que, segundo as
estimativas dos coeficientes de elasticidade-preço, são de iguais intensidades e
sentido; c) os ciclos sazonais do preço do boi magro (Campo Grande, MS) e do boi
gordo (Araçatuba, SP) foram identificados, tendo-se verificado que a freqüência de
maior intensidade (doze meses) era significativamente reduzida na sua amplitude,
no caso do boi magro, pela sobreposição de outros harmônicos.
O crescente desenvolvimento da criação de bovinos em confinamento, bem
como a formação de estoques reguladores por parte do Governo Federal e dos
frigoríficos privados, tendem a minimizar essas oscilações de preços decorrentes do
período
safra-entressafra.
As
intervenções
do
Governo
nesse
mercado,
principalmente na década de 80, foi feita de forma desordenada e dramática
(conforme ocorreu nos períodos de congelamento de preços), levando em última
instância ao desestímulo à produção e à adoção de práticas especulativas por parte
de alguns agentes.
Mais conhecido como ciclo do gado, esse ciclo se deriva das próprias
características da interação entre demanda e oferta de carne, nos mercados
nacionais e internacionais. Dado que a capacidade de resposta dos produtores às
sinalizações da demanda no mercado em questão é limitada pela grande defasagem
de tempo que ocorre entre a decisão de aumentar sua produção e o efetivo
aumento. Se a tendência do preço do boi gordo for declinante e o pecuarista projetála para o futuro, não haverá estímulo para a produção e retenção de matrizes. Os
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produtores necessitando cobrir seus custos, e estando os preços baixos levará
maior número de animais ao abate, incluindo suas matrizes, o que acentuará a
tendência de baixas nos preços pelo excesso de oferta. Contudo, essa matança
indiscriminada de animais acarretará, em algum tempo, escassez de boi gordo, o
que fará reverter essa tendência, com altas de preços. Havendo uma expectativa de
permanência dessa alta de preços, a produção será estimulada e matrizes e
bezerros serão retidos, reduzindo ainda mais a oferta de animais para abate e
acentuando a tendência altista dos preços. Entretanto, futuramente essa retenção de
animais ocasionará novo excesso de oferta e o conseqüente declínio de preços,
dando início à nova fase de queda de preços, e assim sucessivamente.
(LAMOUNIER, 1996).
Conforme observa Couto (1997), o componente plurianual mostra que há um
período de seis anos nos quais os preços seguem um período ascendente de três
anos e um descendente de três anos.
Segundo Kassouf & Hoffmann (1988), ficou evidente, no seu trabalho, a
existência de variações cíclicas nos preços da carne, ao longo da série histórica,
com características repetitivas bem definidas que as torna previsíveis, citando
Mueller (1987), que diz que as intervenções governamentais, no mercado de carne,
têm sido imediatistas e intempestivas, não contribuindo para amortecer aquelas
variações cíclicas. Declaram ser óbvia a importância de políticas anticíclicas, que
evitassem o abate excessivo de matrizes, em períodos de preços baixos, causando
o enorme crescimento do preço alguns anos depois.
Estudos mais recentes da FNP Consultoria & Comércio (1997), tentam
contestar a idéia do ciclo pecuário de seis anos. Para estes, desde 1986 a pecuária
deixou de ter um ciclo previsível de seis a sete anos.
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Os picos de alta e de baixa dos preços pecuários vêm se repetindo de quatro
em quatro anos. Os últimos picos de alta ocorreram em 1986, 1990 e 1994,
enquanto os picos de baixa ocorreram em 1984 – na transição do ciclo de seis para
o de quatro anos, 1988, 1992, 1996 e 1998.
Partindo do pressuposto de que a duração devia variar entre seis e sete anos,
o ciclo tornara-se imprevisível: uma premissa incorreta, segundo os analistas da
FNP. Segundo estes, talvez o ciclo da pecuária brasileira tenha se reduzido para
quatro anos, porque a dinâmica da atividade mudou.
A velocidade da transmissão de informações aumentou muito e também
cresceu a participação de outras carnes no mercado, trazendo um novo equilíbrio de
forças, afetando a oferta e a demanda de carnes. "O equilíbrio já é muito semelhante
ao existente no restante do mundo. Talvez o período de duração do ciclo pecuário
não esteja tão vinculado ao comprimento do ciclo de produção como se imaginava.
O mercado pecuário brasileiro amadureceu muito nos últimos anos e por isso
tornou-se parecido com o de outros Países. Até poucos anos atrás, produzia-se, no
Brasil, para um mercado carente de alimentos, com consumidores dispostos a
aceitar, sem maiores exigências, tudo o que lhes fosse oferecido. Hoje, com o
mercado de alimentos no Brasil praticamente saturado, constata-se que o
comportamento de consumidores e produtores está mudando rapidamente. No novo
ambiente, é natural que o ciclo pecuário também mudasse, por mais que se tenha
demorado a perceber".
Conforme assinalado anteriormente, outros fatores afetam o comportamento
dos preços da carne bovina no mercado. Segundo várias pesquisas, os preços da
carne de frango são os mais importantes, pois a concorrência entre elas é mais
forte. Por exemplo, (Bacchi, 1995) estudou a causalidade entre preços no mercado
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de carnes do Estado de São Paulo. Segundo ele, os testes de causalidade
indicaram que variações no preço de frango causam variações no preço de bovino e
suíno. Afirma que esse resultado é compatível com a hipótese de que a tendência
decrescente dos preços de bovino e suíno nos últimos anos, período em que o
frango passa a ser representativo na alimentação do brasileiro, é decorrente da
queda dos preços de frango, ocasionada pelo desenvolvimento tecnológico ocorrido
no setor. Acrescenta ainda que: "De fato, a avicultura brasileira, caracterizada
atualmente como uma atividade com elevado grau de integração vertical, tem
acompanhado os avanços tecnológicos dos Países desenvolvidos, que são os
grandes produtores mundiais de frango.
Quanto mais transparente for esse mercado mais fácil fica a tomada de
decisão do pecuarista e dos compradores de animais, permitindo, desse modo, um
melhor desempenho de todos e uma maior competitividade da cadeia.
2
- A INTEGRAÇÃO VERTICAL DA CADEIA PRODUTIVA
2.1 - Conceito de Integração Vertical
Outra estratégia importante para controlar os custos de produção de um
determinado segmento é a Integração vertical da produção. Dessa forma, as
empresas utilizam a verticalização da produção com vários intuitos para chegar à
maximização de seus lucros. Isto é, trabalham com as intenções de garantir insumos
para sua produção, o melhoramento da qualidade, redução de custos da produção e
a vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.
Para Porter (1989) os elos existem não só dentro da cadeia de valores de
uma empresa, mas também entre a cadeia de uma empresa e as cadeias de valores
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dos fornecedores e dos canais. Estes elos, que denominam elos verticais, são
similares aos elos dentro da cadeia de valores – o modo como as atividades do
fornecedor ou do canal são executadas, afetam o custo ou o desempenho das
atividades de uma empresa (e vice-versa). Os fornecedores produzem um produto
ou um serviço que uma empresa emprega em sua cadeia de valores, e as cadeias
de valores dos fornecedores também influenciam a empresa em outros pontos de
contato.
Pode-se afirmar, portanto, que tal estratégia tem sido observada para o setor
da pecuária de corte. Os frigoríficos conseguem utilizam a verticalização da
produção de gado, principalmente, pelo confinamento em períodos de elevação do
preço da carne no mercado. Estes usam os estoques de gado confinado para
influenciar e reduzir os preços. Assim, as estratégias em suma, serão reduzir seus
custos na produção de engorda do gado de corte, melhorando a qualidade do
rebanho, garantindo a produção e até mesmo podendo afetar o preço com a relação
entre oferta e demanda do mercado.
2.2
- Verticalização da Produção dos Frigoríficos (Confinamento de Gado)
Os frigoríficos adotam estas estratégias para também conseguir controlar os
preços da arroba no mercado interno, ou seja, verticalizam sua produção comprando
o boi magro e confinando em suas próprias fazendas, conseguindo interferir no
mercando, principalmente durante o período da seca, onde a oferta de boi gordo
diminui e o preço tende a subir.
Segundo Porter, (1989) a integração vertical define a divisão de atividades
entre uma empresa e seus fornecedores, canais e compradores. Uma empresa pode
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comprar componente em vez de fabricá-los ela mesma, isso vai depender de onde
se encontra o menor custo de aquisição do insumo, os frigoríficos por sua vez
buscam o gado gordo no mercado produtor quando a oferta e relativamente alta e
usa a estratégica da verticalização nos tempos críticos da seca, onde a oferta de
gado gordo diminui.
2.3
- Verticalização de Insumos dos Produtores Rurais
A Integração vertical feita nas fazendas produtoras dos gados de corte
também utiliza deste processo de verticalização da produção para diminuir seus
custos de tratamento do gado, fazendo plantios de sorgo, milho, cana e outros
insumos que serve para a alimentação do rebanho, buscando garantir esse produto
dentro da própria fazenda do produtor rural, podendo aumentar seus lucros na hora
do abate.
Segundo Porter (1989), a integração vertical tende a ser considerada em
termos de produtos físicos e como uma substituta de todas as relações do
fornecedor, onde as empresas buscam reduzir seus riscos de não conseguir
insumos para sua produção, nesta teoria Porter (1989), considera que os frigoríficos
precisam pensar estrategicamente para não correrem o risco de ficar sem o gado
gordo nas épocas críticas da seca, onde o gado gordo é escasso.
3
- PRINCIPAIS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS NA PECUÁRIA DE CORTE
3.1
- A Tecnologia no Setor da Pecuária de Corte
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104
No setor de pecuária de corte não temos grandes avanços quando tratamos
de inovações tecnológicas, devido à carne ser uma commodity e um produto
homogêneo, com poucos produtos substitutos, e formação de Oligopólios e
Oligopsônios por parte dos frigoríficos. Os avanços estão ligados mais nos insumos
para o tratamento do gado, tais como vacinas e suplementos minerais. Estes setores
de insumos buscam o avanço em Pesquisas e Desenvolvimento para o
desenvolvimento genético do animal e o melhoramento de raças.
A questão do desenvolvimento tecnológico está sempre presente na análise
da economia industrial, focalizando a atenção dos estudiosos sobre a
definição de um padrão de política industrial que vise a conduzir as
empresas à constante reestruturação da competitividade interna e
internacional, através do progresso tecnológico. A questão da busca da
modernização tecnológica pela sociedade de qualquer nação, no caminho
do desenvolvimento auto-sustentado, passa pela conscientização dos
aspectos qualitativos específicos dos recursos humanos e de suas
possibilidades de ajustamento a novas técnicas, em um curto espaço de
tempo. (KON, 1999, p.48)
Portanto, os investimentos em tecnologia em todos os setores da economia
são primordiais, levando em consideração os valores agregados aos produtos, onde
os mesmos geraram maiores riquezas para o País, voltado para a produção de
carne, os investimentos em tecnologia por parte da produção está ligada ao
melhoramento genético do gado, tornando a raça do gado com a possibilidade de
maior ganho de peso para o abate, onde tornará mais rentável o retorno dos
investimentos.
3.2
- A Cadeia do Frio
O músculo animal in vivo apesar de ser considerado estéril do ponto de vista
sanitário, sofre durante o abate e desmontagem da carcaça um processo de
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contaminação
microbiológica
passível
de
paralisação
105
somente
com
o
acondicionamento do produto a baixas temperaturas e processos de mínima
manipulação. A terminologia carne geralmente é utilizada após uma série de
fenômenos físico-químicos, isentos da presença de microorganismos, que ocorrem
no espaço de tempo entre as primeiras fases do abate (glicólise, rigor mortis e
resolução do rigor mortis). (IEL, CNA e SEBRAE, 2000)
De acordo com declarações de um especialista do Departamento de
Tecnologia de Alimentos, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP,
a indústria e o setor de distribuição nacional são ineficientes na operação com
cadeias de frio, tornando-se maioria dos casos o fator responsável pela baixa
qualidade do produto final (SIMPOCARNE, 1999).
Existe uma série de fatores que interagem com a cadeia do frio no resultado
final de uma carne de boa qualidade: rápido decréscimo do pH, cold shortening
(encurtamento pelo frio), thaw rigor (contração de descongelamento), miopatia DFD
(dark, firm, dry,), PSE (pale, soft, exudative) e DCB (dark cuttining beef). Apesar de
não ser detalhado nesse capítulo, vale ressaltar que, independentes ou em
interação, esses aspectos alteram as características organolépticas (cor, odor,
sabor, infiltração adiposa, capacidade de embebição, suculência e maciez) e a
higidez do produto cárneo final.
As fontes de contaminação dos produtos cárneos podem ser o solo, a água, o
ar, os animais, os próprios homens e as plantas (GALII, 1997, p.31-33). No que
tange ao local de contaminação, podemos citar a contaminação no momento da
produção, no abate, no processamento, na distribuição, no armazenamento e no seu
uso final (APCC – controle microbiológico de alimentos).
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No Brasil, os conhecimentos adquiridos sobre a questão de temperatura
normalmente advêm de maneira empírica, pois existem poucos estudos aplicados a
realidade nacional.
Uma série de discussões, ainda sem conclusão, ocorre a respeito das
técnicas de velocidade de resfriamento, adoção ou não da chamada desossa a
quente e a estimulação elétrica, como aspectos de melhoria da qualidade final do
produto, ligados direta ou indiretamente à cadeia do frio.
No caso das embalagens a vácuo, as temperaturas quando mantidas de 0º o
C a 3º o C, proporcionam uma durabilidade de 10 a 12 semanas do produto final
(CETEA/ITAL, 1991:6).
Nota-se no Brasil, que além dos problemas relacionados ao pouco
conhecimento sobre as temperaturas ideais de resfriamento e congelamento, existe
uma deficiência técnica dos equipamentos utilizados. Em geral, as câmaras
frigoríficas, os caminhões transportadores, os balcões frigoríficos de supermercados
e açougues não mantêm a temperatura prevista pelos técnicos responsáveis. Em
entrevista conduzida a uma empresa multinacional produtora de balcões
refrigerados para supermercados, o engenheiro responsável admitiu que em 60%
dos casos a temperatura assinalada no visor do termostato do equipamento, não
condiz com a temperatura real no seu interior. Normalmente os termostatos são
instalados próximos às saídas do ar frio, que registra uma baixa temperatura, porém,
não condizente com a realidade no interior do equipamento. Essa variação de
temperatura prejudica as qualidades objetivas e subjetivas do produto, podendo até
vir a causar problemas de intoxicações por ingestão de alimentos alterados
microbiologicamente.
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Todos os aspectos levantados sobre a cadeia do frio mostram a ineficiência
do setor na sua manutenção e a falta de informações sobre procedimentos
adequados para a realidade da indústria nacional da pecuária de corte. As perdas,
ainda não-quantificadas, apontam para valores significativos, do ponto de vista
econômico da cadeia e qualidade final do produto. Certamente esses aspectos
prejudicam e comprometem a competitividade do setor como um todo.
Observa-se, portanto, que apesar de terem sido tratados separadamente, embalagens e cadeia do frio são dois aspectos inter-relacionados, que dependem de
esforços mútuos para a manutenção da qualidade final do produto. Eventuais problemas ou interferências em qualquer um dos fatores significam o comprometimento
das características nutritivas e organolépticas desejáveis nos produtos cárneos.
3.3
- A Tecnologia de Informação
A evolução da tecnologia está alterando a natureza da competição entre as
empresas (TAPSCOTT, 1995). Ou seja, uma vez que uma empresa internaliza novas tecnologias, especialmente em termos de tecnologias de informação, essas passam a alterar sua estrutura de poder (disseminação de informações crescente) e sua
habilidade em desenvolver novos produtos/serviços e atender novos mercados.
(SCHUMPETER, 1942 apud SOUZA, 1999)
Na distribuição de carne bovina, a utilização de tecnologia de informação
resume-se ao uso ainda parcial do código de barras, normalmente a partir do próprio
varejo, sem contar muitas vezes com as informações específicas do frigorífico e da
produção no campo. Além do código de barras e associado a ele, encontram-se os
PDVs ou check outs informatizados que permitem o controle de todas as
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mercadorias vendidas, seja para se identificar preferências dos consumidores, seja
para gerenciar melhor os estoques dentro do ponto de venda. O uso dessas
tecnologias está restrito às redes varejistas de médio e grande porte e as boutiques
de carnes em alguns casos. (IEL, CNA, SEBRAE, 2000).
3.4
- A Rastreabilidade
A rastreabilidade na cadeia produtiva da carne bovina e na pecuária de corte
é uma exigência recente, principalmente para animais abatidos com vistas ao mercado internacional, que começa a ser pensada e praticada ainda no País. Está bem
relacionada com o nível de organização e coordenação existente na cadeia produtiva. Nas regiões mais tradicionalmente exportadoras, como a região Sul e CentroOeste, essa preocupação é mais visível e praticada em alguns casos, e onde é mais
provável a possibilidade de sua realização mais intensamente no futuro. (IEL, CNA,
SEBRAE, 2000).
Na região Sudeste, os frigoríficos, de modo geral, não tem uma preocupação
sistematizada com relação à rastreabilidade, exceto, alguns mais voltados para a exportação, por exigência dos importadores. Entretanto, há exceções visando o mercado interno. No entanto, de acordo com esta pesquisa, há entre os que fazem a desossa, crescente preocupação em passar a incluir nos rótulos as informações sobre
a origem e condição de produção do produto. (IEL, CNA, SEBRAE, 2000).
Em Goiás, por exemplo, a rastreabilidade do produto já faz parte da preocupação dos frigoríficos entrevistados, motivada pelo interesse dos clientes. Já há a
decisão desses, de colocarem, em todas as embalagens, etiqueta contendo origem
do lote, peso do animal, sexo e idade. Redes de supermercados estão estabelecen-
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do parcerias com os bons frigoríficos, buscando qualidade e uniformidade do produto. Numa dessas associações, o Carrefour, por intermédio do frigorífico Goiáscarne,
está selecionando pecuaristas e estabelecendo contratos de fornecimento de quantidades fixas de animais de abate. Pelo contrato, figurarão nas prateleiras, além do
nome do Carrefour e do Goiáscarne, fotografias das fazendas fornecedoras do produto e todos os dados na embalagem. (IEL, CNA, SEBRAE, 2000).
Também o supermercado Bretas abrirá duas lojas que só venderão, em
Goiânia,
novilhos
precoces
do
Goiáscarne.
Parcerias
semelhantes
são
estabelecidas entre o frigorífico Friboi e empresas como os Supermercados Bom
Preço, Pão de Açúcar etc.
Alguns frigoríficos disseram que já estão se preparando para quando ela vier
e se tornarem uma realidade concreta, e não vêm dificuldade em estabelecer
controle de animais por origem, idade, sexo, peso, etc. Alguns, até já fazem isso
automaticamente, por meio das fichas de controle que fazem com seus clientes
tradicionais. (IEL, CNA, SEBRAE, 2000).
Na região Sudeste, há também os frigoríficos exportadores que já possuem
sistemas de rastreabilidade implantados, mas apenas por lote. A mesma situação
acontece no mercado nacional nos grandes frigoríficos em especial, e nos pequenos
abatedouros, que já atendem à Portaria 304, com a diferença de que, neste caso,
contrariamente aos exportadores, não se consegue ainda estabelecer maiores
detalhes de informação quanto à qualidade, sexo, etc., já que o mercado interno
ainda não tem um grau elevado de exigência nesse tipo de conhecimento. (IEL,
CNA, SEBRAE, 2000).
3.5 - Novilho Precoce
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A reestruturação da cadeia de carne bovina no Brasil tem sido levada a cabo
mediante inúmeras ações de instituições públicas e privadas, não raro atuando
conjuntamente. Dentre os programas existentes, destacam-se aqueles voltados para
a erradicação da febre aftosa e os programas estaduais de incentivo à produção de
novilho precoce. Existem ainda as alianças mercadológicas, geralmente atreladas
aos programas de novilho precoce.
A Associação Brasileira de Novilho Precoce procurou, por muitos anos,
sensibilizar criadores, autoridades governamentais e os segmentos industriais e
comerciais a promoverem ações visando à melhoria da produção e produtividade do
rebanho bovino, bem como a oferta aos consumidores de uma carne de melhor
qualidade. O primeiro resultado de maior impacto dessa ação ocorreu em 1992
quando foi lançado pelo governo do Mato Grosso do Sul o primeiro Programa
Estadual de Estímulo à Criação do Novilho Precoce, iniciativa seguida pelo Estado
do Mato Grosso, em 1993, pelos Estados de Minas Gerais e Goiás, em 1994, e São
Paulo, em 1995. Os Estados do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia
também contam hoje com programas desta natureza. (IEL, CNA, SEBRAE, 2000).
Por meio da redução do ICMS e/ou estabelecimento de linhas especiais de
financiamento, como na Bahia, procura-se incentivar o abate de bovinos jovens. Em
alguns estados, a redução do ICMS chega até 50% da taxa normal por ocasião do
abate. Entretanto, esse estímulo tem sido comprometido pela sonegação fiscal e, em
alguns estados, onde o ICMS já se encontra reduzido para a atividade, o ganho não
é significativo. Na verdade, o verdadeiro estímulo para o pecuarista tende a ser o
fato de que ele pode ganhar simplesmente por estar vendendo um animal muito
mais jovem e de melhor qualidade. O sistema de produção de novilho precoce
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apresenta maior produção por área, com melhor rentabilidade e maior lucro. Para os
frigoríficos, a vantagem encontra-se na possibilidade de se obter um animal com
maior rendimento de carcaça e de melhor qualidade. É comum os pecuaristas
receberem um prêmio, que pode chegar a 2% sobre a cotação da arroba. (IEL, CNA,
SEBRAE, 2000).
As novilhas, geralmente desvalorizadas no sistema tradicional, são cotadas
ao mesmo preço do novilho nesse novo sistema.
3.6
- Expansão das Pastagens Cultivadas
Anualmente, são semeadas no Brasil cerca de 5.500.000 ha de pastagens
perenes, incluindo formação, renovação e recuperação. As pastagens nativas ainda
ocupam cerca de 50% das áreas, entretanto, a área de pastagens cultivadas
aumentou de 30 milhões de hectares, em 1970, para 105 milhões de hectares em
1995 (Zimmer e Euclides, 1995). A taxa média e lotação elevaram-se de cerca de
0,5 animal/ha para 0,9 animal por ha, embora a taxa de renovação e recuperação de
pastagens mantenha-se abaixo do ideal, resultando no acúmulo de pastagens
degradadas. As regiões Centro-Oeste e Norte, que constituem as áreas de
expansão mais recente da fronteira agrícola, detêm os mais elevados percentuais de
pastagens cultivadas.
Nas regiões de solo propício para a agricultura, têm sido crescente a
integração da agricultura com a pecuária, fazendo-se a recuperação das pastagens
com auxílio da agricultura. Essa recuperação tem sido feita de duas maneiras. A
primeira consiste em se fazer o consórcio do pasto com culturas anuais, tais como o
milho, arroz, sorgo, etc. Neste caso, é feito o plantio conjunto das sementes da
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cultura anual e do pasto. Após a colheita da cultura anual, tem-se o pasto formado
pastagem. Uma opção que tem sido usada é se fizer o plantio direto de soja, em
pastagens que ainda têm boa cobertura de solo, embora mostrando sintomas de
deficiência de nutrientes. O uso da agricultura possibilita amortização total ou parcial
dos custos. Em pastagens localizadas em solos desfavoráveis à produção de grãos,
faz-se sua recuperação direta. (IEL, CNA, SEBRAE, 2000).
3.7 - Uso de Alimentos Suplementares/Semiconfinamento/Confinamento
Em inúmeras fazendas brasileiras, onde são adotadas estratégias de manejo
de pastagem que garantam o suprimento irrestrito de forragem, ao longo do ano,
animais que pesam a desmama 150 a 180 kg, aos sete meses de idade, têm sido
abatidos dos 28 aos 32 meses de idade com peso de 450 a 480 kg, em regime
exclusivo de pasto (Boin e Tedeschi, 1997).
O fornecimento de suplementos alimentares, durante a seca, para bovinos de
corte, em fase de recria, tem-se difundido nas áreas criatórias de maior importância.
Destacam-se pela maior adoção, as misturas minerais proteinadas, contendo uréia,
e os suplementos proteinados enriquecidos com fontes energéticas. Havendo
disponibilidade de pasto seco (feno em pé) tais suplementos, fornecidos em
quantidades controladas, agem corrigindo ou minimizando a deficiência de proteína
do alimento, elevando o seu consumo e digestibilidade, o que resulta em ganho de
peso moderado ou diminuição da perda de peso dos animais na seca, possibilitando
a redução da idade de abate e de primeiro parto. Pode-se esperar o ganho adicional
diário de peso de 180 g para as primeiras 450 g e concentrado rico em proteínas (30
a 40% de proteína) consumidas. Uma vez atendida a deficiência de proteína, pode-
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se esperar ganho adicional de 40 g de peso para cada 450 g de suplemento
energético ou protéico adicional (Gill e Lusby, 1998).
As práticas de engorda em confinamento e semiconfinamento têm-se
difundido principalmente nas regiões produtoras de grãos onde seu custo é mais
baixo. Neste sistema, a engorda tem duração de 90 a 120 dias.
Na engorda em semiconfinamento, e em confinamento o lucro depende da
diferença dos níveis de preço verificados na safra (início da engorda) e entressafra
(final da engorda). Existe, portanto, risco associado ao processo de engorda.
4
- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste capítulo podemos concluir segundo as fontes analisadas que a
concentração de mercado por parte dos frigoríficos e as estratégias competitivas de
verticalização podem causar impactos negativos para os criadores do gado em
geral, onde os frigoríficos detêm as forças monopolísticas tais como o oligopólio,
monopsônio e oligopsônio, trazendo reflexos para a economia no que tange a
lucratividade do produtor e o preço final para os consumidores. Os criadores assim
como os frigoríficos utilizam também das estratégias competitivas para redução dos
custos no momento da produção.
As barreiras a entrada de novos concorrentes no setor de indústria frigorifica
deixa distante as esperanças de novos compradores para os pecuaristas, no que
tange a elevação considerável nos preços dos seus rebanhos. A saída para o
aumento no preço do boi gordo está no aumento das exportações do produto,
necessitando de políticas Macroeconômicas do Governo Federal, no caso da política
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cambial, o que leva em consideração a estabilização dos preços para o controle
inflacionário.
O uso das inovações tecnológicas trouxe melhorias na qualidade do rebanho,
trazendo maior tranqüilidade aos consumidores da carne bovina no que diz respeito
à sanidade dos animais, e reduzindo os custos dos produtores e frigoríficos,
fortalecendo o Brasil no mercado internacional.
5 - REFERÊNCIAS
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