VIGILÂNCIA DA SAÚDE NO CONTROLE DA DENGUE EM SISTEMAS LOCAIS RIO DE JANEIRO, ABRIL DE 2009 PAULO CHAGASTELLES SABROZA SABROZA @ ENSP.FIOCRUZ.BR UMA OUTRA PROPOSTA DE VIGILÂNCIA E CONTROLE DE DOENÇAS ORIENTADA PARA PROBLEMAS LOCAIS DE SAÚDE VIGILÂNCIAS EM SAÚDE VIGILÂNCIA DE BASE TERRITORIAL LOCAL VIGILÂNCIA DA SAÚDE JUSTIFICATIVA: O AUMENTO DAS INCERTEZAS, DAS VULNERABILIDADES SÓCIOAMBIENTAIS E A NECESSIDADE CRESCENTE DE INFORMAÇÃO SITUACIONAL OPORTUNA, CONFIÁVEL E COMPARTILHADA COM OS DIFERENTES ATORES SOCIAIS. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO – METODOLÓGICA: -EPIDEMIOLOGIA SOCIAL -PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO-SITUACIONAL -ENFOQUE ECOSSISTÊMICO EM SAÚDE -MÉTODO DA COMPLEXIDADE -PERSPECTIVA DA VIDA E DA SAÚDE COMO PROCESSOS EVOLUTIVOS PROPOSTA DA VIGILÂNCIA DA SAÚDE VIGILÂNCIA DE PROBLEMAS COLETIVOS DE SAÚDE VIGILÂNCIA DE BASE TERRITORIAL, PRIORIZANDO OS NÍVEIS LOCAL E MUNICIPAL VINCULADA À ATENÇÃO BÁSICA E À PROMOÇÃO DA SAÚDE COMPROMETIDA COM A REDUÇÃO DAS VULNERABILIDADES SÓCIO-AMBIENTAIS E COM O CONTROLE PÚBLICO ORIENTADA PARA A PRODUÇÃO E DIFUSÃO DE INFORMAÇÕES SOBRE ANÁLISES DE SITUAÇÕES DE SAÚDE E SEUS DETERMINANTES SÓCIO-AMBIENTAIS UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES MÉTODOS E FONTES DE INFORMAÇÕES, INCLUSIVE A ANÁLISE DE RUMORES. A PRODUÇÃO DA VULNERABILIDADE PARA A DENGUE NO ESPAÇO URBANO: -O PARADOXO DO SANEAMENTO -O PROBLEMA DA ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA -O PROBLEMA DA EFETIVIDADE DAS OPERAÇÕES DE CONTROLE: CONTROLE DIFUSO CONTROLE SISTEMÁTICO CONTROLE ESTRATÉGICO CONTROLE PÚBLICO Casos de dengue nos municípios de Niterói e Rio de Janeiro. 1986 a 2008 160.000 Niterói RJ 140.000 120.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 Casos 100.000 Ano Fonte: SESDEC / Rio de Janeiro ANO 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 CASOS DE DENGUE Niterói RJ 6.571 12.498 12.073 37.215 362 247 94 386 4.241 10.965 7.550 51.695 163 987 90 257 4 35 1.778 24.567 673 4.520 350 1.030 3.733 12.230 274 4.390 201 2.257 15.031 27.598 21.245 150.321 583 2.033 302 676 272 999 948 14.989 7.678 26.810 7.603 127.050 Casos de dengue nos municípios de Niterói e Rio de Janeiro 1986 a 2008 25.000 160.000 Niterói 20.000 140.000 RJ 120.000 100.000 15.000 80.000 10.000 60.000 40.000 5.000 20.000 0 19 86 19 87 19 88 19 89 19 90 19 91 19 92 19 93 19 94 19 95 19 96 19 97 19 98 19 99 20 00 20 01 20 02 20 03 20 04 20 05 20 06 20 07 20 08 0 Fonte: SESDEC / Rio de Janeiro Taxas de incidência de dengue nos municípios de Niterói e Rio de Janeiro. 1986 a 2008 5000 4500 Niterói RJ 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 200 8 200 7 200 6 200 5 200 4 200 3 200 2 200 1 200 0 199 9 199 8 199 7 199 6 199 5 199 4 199 3 199 2 199 1 199 0 198 9 198 8 198 7 0 198 6 Taxas por 100 mil hab 4000 Ano Fonte: SESDEC / Rio de Janeiro Incidências de Dengue e indicadores sócio-ambientais Niterói de 1996 a 2002 Inc. dengue 1996-2000 Inc. dengue 2002 Inc. dengue 2001 LEGENDA % de apartamentos Renda média % em favela % ligado à rede de água Monografia de Mestrado de Artur da Silveira Município de Nova Iguaçu – Rio de Janeiro MONOGRAFIA DE MESTRADO DE MARCOS LAGROTTA, 2004 MONOGRAFIA DE MESTRADO DE MARCOS LAGROTTA, 2004 • APRENDER COM A EXPERIÊNCIA E PROCURAR CORRIGIR OS ERROS: A EPIDEMIA DE DENGUE DE 2008 NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO Divisão Estrato MRJ Consolidado do LIRAa no Município do Rio de Janeiro no período de 01/10 a 05/10/2007, distribuído por Cap's Bairro / Localidade Centro 2 Mangueira/ Benfica 3 4 Divisão I Cap 1.0 1 5 São Cristovão/ Vasco da Gama/ Caju Cidade Nova/ Catumbi/ Estácio/ Santo Cristo/ Gamboa/ Saúde Rio Comprido/ Santa Teresa Paquetá 7 Flamengo/ Catete/ Cosme Velho/ Laranjeiras/ Botafogo/ Glória 8 9 Divisão II Cap 2.1 6 Praça da Bandeira/ Maracanã/ Tijuca 12 13 Divisão III Cap 2.2 10 11 Gávea/ Humaitá/ Botafogo/ Copacabana/ Ipanema/ Leme/ Jardim UrcaBotânico/ Lagoa/ Leblon/ São Conrado/ Vidigal 14 Vila Isabel Grajaú/ Andaraí Andaraí/ Tijuca Com. Da Formiga, Com. Indiana)/ Alto da Boa Vista (urbana, Tijuca (urbana, Com. Tijuaçu, Com. Mata Machado) Freguesia (urbana)/ Bancários (urbana, Com. Do INPS)/ Tauá (urbana) Cocotá(urbana)/ Praia da Bandeira(urbana) / Pitangueiras (urbana)/ Zumbi (urbana) / Ribeira(urbana)/ Cacuia (urbana, Com. Colônia Z-10)/ 15 16 18 Jardim Guanabara(urbana)/ Jardim Carioca (urbana,Com. Guarabu) Moneró(urbana)/ Portuguesa(urbana)/ Galeão(urbana)/ Cidade Universitária (urbana, Divinéia)/Jardim (urbana) Brito)/ Bonsucesso (urbana, Com. Agrícola, Morro do Carioca Adeus, Monsenhor 19 Ramos (urbana) 20 21 22 23 Divisão IV cap 3.1 17 Ramos (urbana, Morro da Viúva, Morro da Baiana) Olaria (urbana) Penha (urbana)/Penha Circular (urbana) Penha Circular (urbana)/ Brás de Pina (urbana, Com. Santa Edwigem) Brás de Pina (urbana, Com. Quitungo, com. Pequiri) 25 26 Parada Lucas (urbana, Parada de Lucas)/ Cordovil Cordovilde (urbana, Com. Dourados, Com. Divinéia, Com.(urbana) Pica-Pau, Com. Pq das Missões) 27 Jardim América (urbana) 28 Vigário Geral (urbana) 29 Abolição/Água Santa/ Encantado 30 Piedade 31 Cachambi/ Todos os Santos 32 Engenho de Dentro 33 34 35 Divisão V Cap 3.2 24 Méier Maria da Graça/ Del Casatilho/ Higienopolis Jacaré/ Engenho Novo/ Lins de Vasconcelos 36 Jacare/ Rocha/ S. F. Xavier/ Sampaio/ Riachuelo 37 Inhaúma/ Engenho da Rainha 38 Tomas Coelho/ Pilares / Inhaúma % Perda IIP IB 0,0 0,0 0,0 0,2 0,2 0,0 0.00 0.00 0.00 0,0 0,0 0,0 0,0 6,1 0,0 2,1 0,0 25,8 7,4 7,2 0,0 10,0 3,7 0,0 3,0 7,6 0,0 7,2 57,7 66,7 51,5 0,0 65,8 31,9 59,6 60,4 30,8 32,6 1,6 1,9 2,8 1,4 3,3 9,1 3.20 0.50 1.80 3,5 4,3 5,4 6,2 9,0 5,3 1,7 2,0 2,8 4,5 1,5 3,8 8,2 3,4 8,8 8,3 4,0 6,1 3,8 9,3 4,9 7,6 9,6 7,5 4,8 6,3 11,6 7,4 8,2 2,1 1,9 4,2 1,9 4,7 10,4 3.70 0.50 2.20 4,4 5,9 7,3 7,3 14,5 6,2 1,7 2,0 3,2 6,0 1,7 4,1 9,5 3,4 9,2 9,0 4,3 6,1 4,0 11,0 6,9 10,0 12,1 10,2 6,1 11,4 15,7 10,1 10,3 janeiro de 2008 março de 2008 fevereiro de 2008 abril de 2008 Levantamento de Índice Rápido meses outubro e novembro 2008 POR QUE A VIGILÂNCIA DA DENGUE NÃO TEM FUNCIONADO AVALIAÇÃO DE IMPLEMENTAÇÃO OU AVALIAÇÃO DE IMPACTO O PROBLEMA DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO O PROBLEMA DA INTEGRAÇÃO DAS INFORMAÇÕES INFORMAÇÃO PARA O CONTROLE ESTRATÉGICO INFORMAÇÃO PARA O CONTROLE PÚBLICO O PROBLEMA DA RESPONSIBILIZAÇÃO NO SUS POR QUE O CONTROLE PÚBLICO DA DENGUE AINDA NÃO FUNCIONOU? O QUE AGORA PODEMOS FAZER: VIGILÂNCIA DE BASE TERRITORIAL LOCAL CENTRADA NA OCORRÊNCIA DA DOENÇA, MAS TAMBÉM NOS FATORES DE RISCO E NOS DETERMINANTES DA VULNERABILIDADE SÓCIO-AMBIENTAL INTEGRAR AS INFORMAÇÕES DE BASE TERRITORIAL LOCAL; DADOS EPIDEMIOLÓGICOS, ENTOMOLÓGICOS, OPERACIONAIS, DEMOGRÁFICOS E DE SANEAMENTO E ARTICULAR AS AÇÕES DE CONTROLE COM A VIGILÂNCIA ARTICULAR A VIGILÂNCIA E AS AÇÕES DE CONTROLE COM A ATENÇÃO BÁSICA PUBLICIZAR AS INFORMAÇÕES PROMOVER O CONTROLE PÚBLICO SOBRE AS AÇÕES DE CONTROLE DA DENGUE, MAS TAMBÉM EM RELAÇÃO AOS DETERMINANTES SÓCIOAMBIENTAIS.