DANIEL HOFFMANN
ANÁLISE DO RECEBIMENTO DE MERCADORIAS:
Um estudo de caso em uma agroindústria de São José - SC.
São José
2010
CENTRO UNIVERSITÁRIO MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ - USJ
DANIEL HOFFMANN
ANÁLISE DO RECEBIMENTO DE MERCADORIAS:
Um estudo de caso em uma agroindústria de São José - SC.
Trabalho elaborado para a disciplina de
Conclusão de curso - TCC do Curso de
Administração do Centro Universitário
Municipal de São José - USJ.
Prof. Lissandro Wilhelm
São José
2010
DANIEL HOFFMANN
RECEBIMENTO DE MERCADORIAS E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS:
Um estudo de caso em uma agroindústria de São José - SC.
Trabalho de Conclusão de Curso elaborado como requisito final para a aprovação no
Curso de Administração do Centro Universitário Municipal de São José – USJ.
Avaliado em 30 de novembro de 2010 por:
_______________________________________
Prof. MSc. Lissandro Wilhelm
Membro orientador
_______________________________________
Prof. MSc. Alcides Andujar
Membro examinador
_______________________________________
Prof. MSc. Flávio Antônio Cozzatti
Membro examinador
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a toda a minha família, em especial aos meus
pais e irmãos, pois sem eles nada seria possível.
Agradeço também a minha esposa Marina que esteve presente em todo
momento ajudando e compreendendo todo tempo necessário para realização do
estudo.
Agradeço o Professor Lissandro Wilhelm, que esteve presente na
correção e elaboração do estudo.
Agradeço a Deus.
“O sucesso nasce do querer, da
determinação e persistência em se
chegar a um objetivo. Mesmo não
atingindo o alvo, quem busca e vence
obstáculos, no mínimo fará coisas
admiráveis."
José de Alencar
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo analisar a adequação dos procedimentos
utilizados no recebimento de mercadorias no almoxarifado de uma agroindústria. Foi
realizado um levantamento do processo de logística empresarial, abordando a
administração de materiais até focarmos no tema central que é recebimento, com o
auxílio de diversos autores. A metodologia utilizada foi de caráter qualitativo através
de um estudo de caso com pesquisa exploratória. A partir do levantamento de dados
através de entrevista individual, foi realizado a comparação entre literatura e prática
executada. Com a comparação em mãos podemos observar que os procedimentos
adotados pela empresa estão na sua grande maioria de acordo com o recomendado
pelos autores.
Palavras-chaves: Administração de Materiais; Recebimento; Movimentação de
mercadorias.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Processo de gerenciamento logístico ........................................................ 15
Figura 2: Ciclo da Administração de Materiais .......................................................... 17
Figura 3: Identificação de material ............................................................................ 25
Figura 4: Empilhadeira .............................................................................................. 30
Figura 5: Paleteira manual ........................................................................................ 31
Figura 6: Palete ......................................................................................................... 32
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: A evolução da Administração de Materiais ............................................... 16
Quadro 2. Exemplos de Software Usados para a Administração de Materiais ......... 18
Quadro 3. Processo de Compra ................................................................................ 19
Quadro 4. Conflitos interdepartamentais, quanto a estoques ................................... 21
Quadro 5. Inventário: comparação literatura x método atual ..................................... 46
Quadro 6. Localização física dos materiais: comparação literatura x método atual .. 46
Quadro 7. Conferência de Nota Fiscal x Pedido de Compra: comparação literatura x
método atual.............................................................................................................. 47
Quadro 8. Divergência no recebimento: comparação literatura x método atual ........ 48
Quadro 9. Conferência física dos materiais: comparação literatura x método atual .. 48
Quadro 10. Gargalo no recebimento: comparação literatura x método atual ............ 49
Quadro 11. Destino da Nota fiscal: comparação literatura x método atual ................ 50
Quadro 12. Movimentação de mercadorias: comparação literatura x método atual .. 51
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................11
1.1 TEMA ................................................................................................................. 12
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ............................................................................. 12
1.3 OBJETIVOS....................................................................................................... 12
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 12
1.3.2 Objetivos Específicos .................................................................................. 12
1.4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................ 13
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .........................................................................................14
2.1 Conceitos fundamentais em logística ............................................................ 14
2.2 Administração de materiais ............................................................................ 16
2.3 Compras............................................................................................................ 18
2.4 Estoque ............................................................................................................. 20
2.4.1 Almoxarifado de matérias-primas................................................................ 22
2.4.2 Almoxarifado de materiais auxiliares........................................................... 22
2.4.3 Almoxarifado de manutenção ..................................................................... 23
2.4.4 Almoxarifado intermediário ......................................................................... 23
2.4.5 Almoxarifado de acabados .......................................................................... 23
2.4.6 Inventário .................................................................................................... 23
2.4.7 Localização física dos materiais ................................................................. 24
2.5 Recebimento de materiais ............................................................................... 25
2.6 Movimentação de mercadorias ....................................................................... 29
3
HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA .................................................33
3.1 Atuação Global ................................................................................................. 33
3.1.1 Experiência Na Avicultura ........................................................................... 34
3.1.2 Suínos e Bovinos ........................................................................................ 34
3.1.3 Alimentos Preparados ................................................................................. 35
3.1.4 Nossos Valores: .......................................................................................... 35
3.1.5 Quem Somos: ............................................................................................. 35
3.1.6 O Que Fazemos: ......................................................................................... 35
3.1.7 Como o Fazemos: ....................................................................................... 36
3.2 História da marca Macedo ............................................................................... 36
3.2.1 O Princípio .................................................................................................. 36
3.2.2 Prêmios ....................................................................................................... 37
4
METODOLOGIA .................................................................................................................. 399
4.1 Quanto aos objetivos ....................................................................................... 40
4.2 Quanto aos procedimentos ............................................................................. 40
4.3 Quanto à abordagem ....................................................................................... 40
4.4 Quanto à coleta e analise dos dados ............................................................. 40
5
ANÁLISE E DESCRIÇÃO DOS DADOS ........................................................................40
5.1 Descrição do processo de recebimento de mercadorias ............................. 40
5.2 Armazenagem e movimentação de mercadorias .......................................... 43
5.3 COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DE TRABALHO X LITERATURA ......... 45
6
CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 52
REFERÊNCIAS.........................................................................................................54
APENDICE................................................................................................................56
11
1
INTRODUÇÃO
Atualmente, para competir, as empresas precisam estar em um estado de
constante mudança, pois a velocidade com que inovações e novas técnicas de
gestão são criadas e implementadas faz com que aquelas que não acompanham
este ritmo tornem-se organizações defasadas e obsoletas.
O setor de logística das empresas está se tornando a cada dia mais
importante para a sobrevivência no mercado, pois dentro da logística se encontra o
processo de armazenagem de materiais, denominado estocagem. Por possuir em
muitos casos um alto custo é essencial a empresa possuir um avançado sistema de
controle de estoque, tanto quanto mão de obra capacitada para controlar.
De acordo com Martins (2009), a logística foi desenvolvida visando colocar os
recursos certos no local certo, na hora certa.
A área de materiais está diretamente ligada ao processo de entrega dos
pedidos gerados pelos compradores, para garantir o fluxo de abastecimento das
matérias primas e bens auxiliares de produção. O almoxarifado além de armazenar
e controlar os estoques das mercadorias é responsável por receber e acondicionar
da melhor maneira possível, garantindo a disponibilidade imediata dos itens para o
correto funcionamento da produção.
É necessário ser ágil no recebimento das mercadorias devido ao grande
volume de entregas e as novas tendências de mercado, que a cada dia se torna
mais importante e exige que os materiais estejam disponíveis no momento certo com
um custo adequado.
Estoque é considerado dinheiro parado e a logística tem uma função muito
importante nesse processo. Dentro do almoxarifado existe um processo muito
importante que é o de armazenar e movimentar corretamente o material adquirido
por compras e fornecido pelos fornecedores. Segundo Martins (2009), ponto de
interesse vital para o administrador de bens patrimoniais é a movimentação física de
materiais dentro da fábrica ou armazém.
Com este trabalho pretendemos analisar os métodos utilizados para receber
mercadorias no almoxarifado da empresa estudada e comparar esses métodos com
a teoria.
12
1.1
Tema
O tema do presente trabalho é Recebimento de Mercadorias que, segundo
Viana (2009), visa garantir o rápido desembaraço dos materiais adquiridos pela
empresa, zelando para que as entradas reflitam a quantidade estabelecida, na
época certa, ao preço contratado e na qualidade especificada nas encomendas.
Segundo Pozo (2008 p.81), “armazenagem, manuseio e controle dos
produtos são componentes importantes e essenciais do sistema logístico, pois seus
custos envolvem elevada porcentagem dos custos totais logísticos de uma
empresa”.
1.2
Problema de pesquisa
O problema central desse estudo de caso consiste em acompanhar e analisar
o processo de recebimento de mercadorias, levando em consideração os diversos
tipos de materiais que são recebidos. Para tanto, é elaborada a seguinte questão:
O modelo de recebimento de mercadorias atual é o adequado para atender o
volume e as necessidades da empresa?
1.3
Objetivos
Neste tópico vamos abordar os objetivos deste trabalho, divididos em objetivo
geral e objetivos específicos.
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar a adequação dos procedimentos utilizados no processo de
recebimento de mercadorias no almoxarifado da empresa estudada.
1.3.2
Objetivos Específicos
Para atingir o objetivo geral, devemos:
1- Verificar os procedimentos adotados no recebimento das mercadorias.
13
2- Analisar os recebimentos e identificar os gargalos do processo.
3- Verificar os métodos adotados para a movimentação das mercadorias.
4- Comparar os procedimentos executados pela empresa com as metodologias
teóricas aplicadas ao recebimento das mercadorias.
1.4
JUSTIFICATIVA
O frequente abastecimento do estoque influencia diretamente nos resultados
esperados pela empresa, pois os itens armazenados no almoxarifado possuem uma
importância muito elevada, sendo que esse procedimento é considerado crítico. No
almoxarifado são armazenados vários materiais, que são classificados por tipo:
materiais mecânicos, embalagens plásticas, produtos químicos, condimentos,
uniformes, copa e cozinha, higiene e limpeza, entre outros. Alguns desses itens são
fundamentais para o funcionamento da produção, e por isso exigem uma maior
atenção e responsabilidade no seu controle.
A agilidade no recebimento acarreta uma melhor segurança e uma reposição
mais ágil, evitando possíveis transtornos no processo final da empresa. Como
exemplo, podemos citar que na falta de algum material pode parar um processo ou
até mesmo a produção por completo; ou uma embalagem que provocaria atrasos,
retrabalhos e também parada em alguns processos.
A movimentação adequada das mercadorias proporciona uma melhor
organização dos depósitos, influenciando também na motivação dos profissionais
que trabalham no almoxarifado.
O trabalho será útil para o acadêmico e/ou sociedade, pois aborda um tema
interessante para as pessoas que já trabalham nessa área aprimorarem o seu
conhecimento e para quem não trabalha na área, conhecer melhor o processo de
recebimento de mercadorias.
14
2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Na fundamentação teórica vamos abordar os seguintes temas: Logística,
administração de materiais, compras, estoques. Inicialmente vamos começar
abordando algumas teorias da logística para mais a frente focarmos no tema chave
desse trabalho que é recebimento de mercadorias.
2.1
Conceitos fundamentais em logística
A logística é um conjunto de atividades que administra desde o
armazenamento e controle de estoque ao transporte efetivos dos produtos, sendo
tanto de matérias primas como de produtos acabados e outros matérias de
consumo.
Segundo Ballou (2006 p. 27)
“Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo
eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas
desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de
atender às exigências dos clientes”.
Com o crescimento da globalização a logística está se tornando fundamental
para a sobrevivência das empresas. É comum vermos produtos fabricados em um
determinado país serem consumidos em diversos outros, pois a logística atual
permite essa pulverização de produtos, seja via terrestre, aquática ou aérea.
Para Christopher (2007 p. 14)
“O gerenciamento logístico, do ponto de vista sistêmico, é o meio pelo qual
as necessidades dos clientes são satisfeitas mediante a coordenação dos
fluxos de materiais e de informação que se estendem do mercado,
passando pela empresa e suas operações, até os fornecedores. Para
conseguir essa ampla integração da empresa, é preciso uma orientação
bem diferente daquela que geralmente se encontra na organização
convencional”.
O transporte dos materiais pode ser feito de diversas maneiras do fornecedor
até o cliente e internamente entre a mesma empresa transportando entre as suas
15
unidades. Hoje em dia possuir um bom sistema logístico pode garantir o sucesso da
empresa desde que o mesmo seja bem controlado e distribuído.
Segundo Ballou (2006), a escolha de uma boa estratégia de logística exige o
emprego de grande parte dos mesmos processos criativos inerentes ao
desenvolvimento de uma boa estratégia corporativa. Abordagens inovadoras de
estratégia de logística podem proporcionar vantagens competitivas.
A figura abaixo ilustra a integração desejada pela logística.
Fluxo de materiais
Fornecedores
Compra de
material
Operações
Distribuição
Clientes
Fluxo de informações
Figura 1: Processo de gerenciamento logístico
Fonte: adaptado de CHRISTOPHER (2007 p. 15)
Pode–se dizer que a função da logística é colocar o produto certo, no local
correto, no momento adequado e ao menor preço possível, desde as fontes de
matéria-prima até o consumidor final.
Segundo Dias (1993 p. 16), “a logística compõe-se de dois subsistemas de
atividades: Administração de Materiais e Distribuição Física”. Neste trabalho vamos
dar ênfase à administração de materiais.
As atividades referentes às duas etapas são praticamente as mesmas,
diferenciando pelo fato de Suprimento físico tratar com matéria prima e Distribuição
física tratar com produtos acabados.
Devido às mudanças recentes ocorridas no mercado, onde a economia está
oscilando constantemente e pressionadas pela globalização e as frequentes crises
financeiras, a logística tem sido vista com outros olhos.
De acordo com Christopher (2007 p. 16)
“Assim, a logística é, basicamente, um conceito integrativo que procura
desenvolver uma visão da
empresa como amplo sistema.
Fundamentalmente, é um conceito de planejamento que tenta criar uma
estrutura na qual as necessidades do mercado possam ser traduzidas em
uma estratégia e em um plano de fabricação. Em termos ideais, deve haver
uma mentalidade de plano único dentro da empresa, que procure substituir
16
os planos convencionais e isolados de marketing, distribuição e compra de
materiais.”
A logística busca o entrosamento entre as áreas da empresa para obter um
fluxo de informações constante e ágil. No próximo parágrafo vamos dar início ao
tópico referente à administração de materiais.
2.2
Administração de materiais
Para começarmos a entender melhor a administração de materiais, vamos
conhecer um pouco da sua evolução.
Percepção
Empresarial
O Administrador
de Materiais
Situação Inicial
Perfil do
profissional
Pessoa bem
considerada
Burocrata
eficiente
Progresso do
profissional
Atividades de
administração de
materiais
Sem
possibilidades
Faz despesas
Comprador
Pessoa de
recados
Processo de
Evolução
Funcionário a
serviço da
produção
Evita faltas e
desmobiliza
estoques
excedentes
Estágio
Avançado
Executivo
conhecedor do
mercado de
abastecimento
Conhecedor de
administração
comercial e de
mercados
Planejamento do
negócio
Planejamento
estratégico
Situação Atual
Executivo que
administra 60%
dos custos e das
despesas
Executivo com
preparo técnico,
econômico e legal
Diretor executivo
Concentração em
uma visão de
melhorias dos
resultados
Quadro 1: A evolução da Administração de Materiais
Fonte: Francischini e Gurgel (2009 p. 4)
Como podemos observar no quadro acima, a administração de materiais
começou a ter uma importância gradual de acordo com o tempo. Os profissionais
que atuam nessa área foram se adequando e se especializando para poder atender
as necessidades de mercado.
De acordo com Dias (1993 p. 16):
“A administração de materiais compreende o agrupamento de materiais de
várias origens e a coordenação dessa atividade com a demanda de
produtos ou serviços da empresa. A administração de materiais poderia
incluir a maioria ou a totalidade das atividades realizadas pelos seguintes
departamentos: compras, recebimento, planejamento e controle da
produção, expedição e tráfego de estoques.”
17
Administração de materiais inicia sua função no momento em que há a
necessidade de aquisição de algum bem material ou serviço.
Para Martins (2003 p. 5)
"A administração dos recursos materiais engloba a sequência de operações
que tem seu início na identificação do fornecedor, na compra do bem, em
seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, em seu transporte
durante o processo produtivo, em sua armazenagem como produto acabado
e, finalmente, em sai distribuição ao consumidor final".
A figura abaixo ilustra as palavras de Martins.
Clientes
Transporte
Sinal de
demanda
Expedição
Identificar
fornecedor
Armazenagem
do produto
acabado
Comprar
materiais
Movimentação
interna
Transportar
Recebimento
e
armazenagem
Figura 2: Ciclo da Administração de Materiais
Fonte: Adaptado de Martins (2003 p. 5)
Conforme é comentado por Martins, a administração de materiais possui uma
enorme importância para as empresas.
Estamos vivendo na era da informação, onde os recursos tecnológicos são a
cada dia mais fundamentais para a gestão dos bens tangíveis, como estoque e
instalações.
18
A seguir vamos apresentar um quadro com exemplos de alguns softwares
utilizados na área da administração de materiais.
Descrição
Compras
Vantagens
O software administra toda a área de
Diminuição
suprimentos,
o
estoque e custos, e maior
momento de requisição de compra até a
eficiência quanto ás compras e
disponibilização do material para o
seleção de fornecedores.
consumo.
contratos
controlando
Controla
desde
também
dos
níveis
de
os
de fornecimento, gerando
programações
de entrega para
os
fornecedores.
Recebimento
Integração do recebimento com os
Consistência e confiabilidade
setores que dependem das informações
das informações.
geradas por ele (atualização global e
simultânea).
Controle da Qualidade
Por meio de parâmetros da qualidade
Qualidade,
rastreabilidade
e
preestabelecidos pela empresa, analisa
levantamento dos custos das
a qualidade de fornecedores e dos
não-conformidades.
produtos fabricados internamente.
Estoque
Controle físico, contábil e financeiro dos
Assume atividades rotineiras e
estoques de materiais, produtos semi-
faz
acabados
independente de compras dos
estabelecimentos
e
acabados,
em
poder
de
o
planejamento
itens de demanda.
terceiros, e emissão de informações
gerenciais e estatísticas.
Quadro 2. Exemplos de Software Usados para a Administração de Materiais
Fonte: Martins (2003 p. 37)
Na tabela acima podemos observar a grande importância de utilizar o
software no auxílio à administração de materiais. Em todas as etapas da
administração de materiais existe um foco específico para a sua utilização.
Para entendermos melhor a sua amplitude, vamos conhecer os seus
principais departamentos.
2.3
Compras
19
De acordo com Ballou (2006 p. 356), “as compras envolvem a aquisição de
matérias-primas, suprimentos e componentes para o conjunto da organização”.
Conforme Martins (2003 p. 64), ”o posicionamento atual da função aquisição é
bem diferente do modo tradicional como era tratada antigamente”.
Segundo Dias (1993 p. 16), “o setor de compras deseja minimizar os custos
das matérias primas e reduzir os riscos de faltas de estoque comprando em grandes
quantidades à custa de altos níveis de estoque de matérias primas”.
Para Ballou (2006 p. 357), “o setor de compras ocupa uma posição importante
na maioria das organizações, pois peças, componentes e suprimentos comprados
representam, em geral, de 40 a 60% do valor final das vendas de qualquer produto”.
Vamos ilustrar a seguir um quadro representando o fluxo do processo de
compra.
Quadro 3. Processo de Compra
Fonte: Francischini e Gurgel (2009 p. 21)
Analisando o quadro acima podemos entender como funciona o processo de
compras,
onde
o
mesmo
envolve
departamentos
internos
(recebimento,
armazenagem) e externos (fornecedores, transportadoras). Todos estão interligados,
20
sendo necessário um sincronismo muito grande entre as áreas para se obter o
sucesso esperado.
Para Pozo (2008 p. 147),
“O setor de compras ou suprimentos, como atualmente é denominado, tem
responsabilidade preponderante nos resultados de uma empresa em face
de sua ação de suprir a organização com os recursos materiais para seu
perfeito desempenho e atender às necessidades de mercado”.
Conforme acabamos de verificar nas colocações acima, o setor de compras
possui uma importância muito grande nas empresas e por isso merece toda a
atenção possível.
2.4
Estoque
De acordo com Martins (2003 p. 134), “os estoques têm a função de
funcionar como reguladores do fluxo de negócios. Como a velocidade com que as
mercadorias são recebidas é usualmente diferente da velocidade com que são
utilizadas, há necessidade de um estoque, funcionando como um amortecedor”.
A meta principal de uma empresa é sem dúvida, maximizar o lucro sobre o
capital investido no imobilizado em financiamentos, em reserva de caixa e em
estoques. Para atingir o lucro máximo, o capital deve ser utilizado para que ele não
permaneça inativo. Segundo Dias (1993 p. 23)
“A função da administração de estoques é justamente maximizar o feedback
de vendas não realizadas e o ajuste do planejamento da produção.
Simultaneamente, a administração de estoques deve minimizar o capital
total investido em estoques,pois ele é caro e aumenta continuamente uma
vez que o custo financeiro aumenta”.
Sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois ele funciona como um
amortecedor no meio das vendas e da produção, podendo ser um importante meio
de sobrevivência das empresas, onde ele consegue segurar ou até abaixar os
custos de produção.
Existem situações em que ocorre conflito devido a diferentes maneiras de
visualizar os estoques. No quadro abaixo temos a demonstração desses conflitos.
21
Matéria prima
DEPTO. DE COMPRAS
DEPTO. FINANCEIRO
(Alto estoque)
Desconto sobre as quantidades
Capital investido
a serem compradas.
Perda financeira
Material em processo
DEPTO. DE PRODUÇÃO
DEPTO. FINANCEIRO
(Alto estoque)
Nenhum
risco
de
falta
de
Maior
risco
de
perdas
Aumento
e
material.
obsolescência.
no
Grandes lotes de fabricação.
custo de armazenagem.
Produto acabado
DEPTO. DE VENDAS
DEPTO. FINANCEIRO
(Alto estoque)
Entregas rápidas.
Capital investido.
Boa imagem, melhores vendas.
Maior custo de armazenagem.
Quadro 4. Conflitos interdepartamentais, quanto a estoques
Fonte: Dias (1993 p. 24)
Conforme podemos observar no quadro acima, os estoques provocam uma
série de conflitos interdepartamentais, pois os mesmos estão ligados diretamente
aos custos e despesas da empresa. Um grande conflito ocorre entre compras e a
área financeira, onde é muito interessante para compras adquirir produtos em maior
quantidade, obtendo melhores preços e prazos, mas com isso pode ocorrer um
acúmulo de produtos em estoque gerando muito dinheiro parado e a empresa é
obrigada a desembolsar mais dinheiro para pagar os fornecedores em um
determinado período.
Existem vários tipos de materiais para se manter em estoque, mas os
principais são aqueles ligados diretamente a produção, como as matérias primas e
os materiais auxiliares, que tem um grande valor agregado e que geralmente
representam a grande fatia dos itens mantidos em estoque.
Conforme Pozo (2008 p. 41)
22
“Existem diversos tipos ou nomes de estoques, que podem ou não ser
mantidos em um ou diversos almoxarifados. Usualmente, as empresas
possuem em sua organização cinco almoxarifados básicos, que são:
almoxarifado de matérias-primas;
almoxarifado de materiais auxiliares;
almoxarifado de manutenção;
almoxarifado intermediário;
almoxarifado de acabados”.
Entre os cinco tipos de estoque citados por Pozo, podemos destacar o
almoxarifado de matérias-primas que possui o maior valor agregado e o
almoxarifado de materiais auxiliares que não possui um valor em estoque tão alto
mais é indispensável para o funcionamento da produção.
Segundo Dias (1993, p. 23), o objetivo, portanto, é otimizar o investimento em
estoques, aumentando o uso eficiente dos meios internos da empresa, minimizando
as necessidades de capital investido.
O valor em estoque deve ser monitorado constantemente para que não haja
itens obsoletos.
2.4.1 Almoxarifado de matérias-primas
De acordo com Viana (2009 p. 53), “matérias-primas são materiais básicos e
insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo produtivo da
empresa”.
O controle de estoque constante é muito importante para o almoxarifado de
matérias-primas, pois a sua falta pode ocasionar paradas na produção.
2.4.2 Almoxarifado de materiais auxiliares
Para Pozo (2008 p. 41), “materiais auxiliares compõem-se dos agregados que
participam do processo de transformação da matéria-prima dentro da fábrica”.
Apesar dos materiais auxiliares serem utilizados apenas para a transformação
da matéria prima, a sua presença é fundamental para o andamento da produção.
23
2.4.3 Almoxarifado de manutenção
Para Viana (2009 p. 53), “materiais de manutenção são itens de consumo,
com utilização repetitiva, aplicados em manutenção”.
Esses materiais geralmente são rolamentos, parafusos, peças de reposição
que ficam em estoque basicamente para a manutenção preventiva.
2.4.4 Almoxarifado intermediário
Para Pozo (2008 p. 42), “compõem-se esse almoxarifado as peças que estão
em processo de fabricação, ou em subconjuntos, que são armazenados para
compor o produto final”.
Esses materiais não se encontram no almoxarifado, pois já estão em
produção, mas exigem um controle rígido devido a alta rotatividade.
2.4.5 Almoxarifado de acabados
Para Viana (2009 p. 53), “acabados são os produtos constituintes do estágio
final do processo produtivo”.
É compreendido pelos materiais prontos aguardando a sua expedição.
2.4.6 Inventário
Segundo Martins (2003 p. 156), “inventário físico consiste na contagem física
dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre o inventário físico e os registros do
controle de estoques, devem ser feitos os ajustes conforme recomendações
contábeis e tributárias”.
De acordo com Santos (2001 p. 109), “inventário é o processo de contagem
física de itens de estoque, comparando-a com as quantidades indicadas no registro
contábil das áreas de controle de estoque com o objetivo de identificar e corrigir
divergências”.
24
“O inventário físico é geralmente efetuado de dois modos: periódico ou
rotativo”. Martins (2003 p.156)
Segundo Santos (2001 p. 109) existem três modalidades de inventários:
“Inventário geral: consiste na contagem, num mesmo período, de 100% dos
itens estocados num determinado almoxarifado.
Inventário rotativo / cíclico: é a execução do inventário em períodos de
tempo definidos para grupos de itens escolhidos de forma aleatória, de
modo que, ao final de um determinado período, todo o universo de itens
estocados seja inventariado. Inventário específico: é a execução do
inventário para um item específico de material, o qual será realizado sempre
que se constatar divergências físico-contábeis que determinem a
necessidade de contagem física do item para se proceder aos devidos
acertos”.
Vamos a seguir verificar como funciona o processo de localização física dos
materiais.
2.4.7 Localização física dos materiais
Conforme Santos (2001 p. 95), “denomina-se localização de material a correta
identificação da posição do material em estoque nas instalações de armazenagem,
geralmente regulada por normas específicas”.
Para Costa (2002), a correta localização e codificação têm como objetivo
agilizar o atendimento nos almoxarifados e depósitos, como também facilitar o
trabalho daqueles que ainda não estão familiarizados com a localização dos itens
estocados.
Para ser compreendido com facilidade e abranger todos os itens do estoque,
a codificação de localização dos materiais é composta de algarismos e letras.
De acordo com Santos (2001 p. 95), “geralmente estes são formados de
algarismos e letras, dispostos alternadamente, não sendo utilizados hífens ou
qualquer outro símbolo gráfico”. Essa colocação é também afirmada por Costa
(2002) como segue.
Segundo Costa (2002 p. 106), “os métodos de localização geralmente são
compostos pela combinação de letras e algarismos, os quais, combinados, darão a
localização exata do material”.
As colocações de Costa e Santos podem ser ilustrados na figura abaixo:
25
Figura 3: Identificação de material
Fonte: Costa (2002 p. 107)
Com o tópico de localização física dos materiais estamos encerrando os
temas relacionados a estoque e vamos abordar a seguir recebimento de materiais.
2.5
Recebimento de materiais
Neste tópico vamos compreender um pouco a área de recebimento de
mercadorias.
Conforme Santos (2001 p. 26),
“recebimento é a execução, pelo setor específico, de um conjunto de
operações que envolvem a identificação do material recebido, o confronto
do documento fiscal com o pedido, a inspeção qualitativa e quantitativa do
material e a aceitação do mesmo”.
Segundo Francischini e Gurgel (2009 p. 112), “a função básica do
recebimento de materiais é assegurar que o produto entregue esteja em
conformidade com as especificações constantes no pedido de compra”.
Para Viana (2009 p. 281), “a atividade recebimento intermedia as tarefas de
26
compra e pagamento ao fornecedor, sendo de sua responsabilidade a conferência
dos materiais destinados à empresa”.
De acordo com Costa (2002 p. 83), “o recebimento é uma rotina de grande
importância para gestão dos estoques, pois verifica o cumprimento do acordo
firmado entre a área de compras e o fornecedor”.
Para se obter um recebimento adequado de um atendimento ágil, são
necessários procedimentos. Conforme Francischini e Gurgel (2009 p. 112), esses
procedimentos devem apresentar:
Comunicação eficiente entre portaria e o setor de recebimento;
Pessoal treinado para os procedimentos de entrada de fornecedores
na empresa;
Redução, ao mínimo possível, da burocracia para o preenchimento de
autorizações de entrada na empresa;
Disponibilidade, no local do recebimento, de equipamentos de
pesagem ou outra inspeção especificada, evitando deslocamentos
desnecessários;
Capacidade de recebimento adequada ao volume de entrega de
materiais pelos fornecedores, inclusive em períodos de maior demanda,
evitando filas e tempo de espera que os prejudiquem sobremaneira;
Estacionamento adequado para os veículos que estão aguardando a
entrada na fábrica.
Toda atividade para ser bem executada necessita de bons procedimentos,
pessoas capacitadas e local adequado para realizar tal função.
Para Francischini e Gurgel (2009 p. 30), no recebimento de mercadorias
controlam-se os seguintes pontos:
“Conferência – verifica as características do fornecimento e sua
documentação pela cópia do pedido, conferindo as quantidades físicas para
verificar se correspondem às quantidades constantes no pedido de compra.
Contagem – por meio da nota de recebimento e da cópia do pedido,
convoca-se o responsável pelo controle quantitativo.
Canhoto – naturalmente, no recibo a ser fornecido ao transportador, anotase “sujeito ao controle de qualidade” nos casos em que a conferência de
qualidade é demorada.
Registro – recomenda-se registrar a entrada dos documentos em um livro
de recebimento. Esse livro deverá ter uma via destacável, que funciona
também como guia de encaminhamento e protocolo dos documentos
fiscais. O órgão receptor, no caso a contabilidade, assina a segunda via,
dando pleno recebimento dos documentos ali relacionados.
Documentação – em nenhuma hipótese os documentos fiscais poderão ficar
no recebimento, pois os impostos debitados à empresa deverão ser
recuperados nos livros fiscais. A nota de recebimento, que é um espelho da
nota fiscal, será sempre o documento para a administração interna da
empresa em substituição ao documento fiscal”.
27
De acordo com Viana (2009 p. 281) as atribuições básicas para o
recebimento são:
Coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de
materiais;
Analisar a documentação recebida, verificando se a compra está
autorizada;
Confrontar os volumes declarados na Nota Fiscal e no Manifesto de
Transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos;
Proceder a conferência visual, verificando condições de embalagem
quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso,
apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos;
Proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais
recebidos;
Decidir pela recusa, aceite ou devolução, conforme o caso;
Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de
pagamento ao fornecedor;
Liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado.
Para Costa (2002), o conferente normalmente se responsabiliza pelo aceite
de materiais rotineiros. Em caso de dúvida, quanto a materiais de uso específico de
determinados setores, deverá solicitar a inspeção técnica, que deve ser realizada
por pessoa qualificada.
Todos esses pontos destacados são indispensáveis para o correto
funcionamento do setor de recebimento de mercadorias na empresa. O correto
manuseio das mercadorias bem como o seu perfeito estado físico é importante para
a sua alocação no estoque.
De acordo com Francischini e Gurgel (2009 p. 112), os procedimentos para
descarregamento poderão variar:
“Quanto à mão de obra:
Fornecida pelo setor de recebimento;
Fornecida pelo entregador. Neste caso, deverá: ser habilitada; ter
EPI, conforme requerido pela empresa; trajes convenientes.
Quanto ao equipamento de descarga:
Fornecido pelo setor de recebimento;
Fornecido pelo entregador. Neste caso, além do material a ser
entregue, o veiculo deverá conter equipamentos adequados.
Quanto à documentação:
Conferencia do material entregue diretamente na NF emitida pelo
fornecedor;
Geração de uma via cega em algum momento anterior ao
descarregamento, com o objetivo de: obrigar a conferência de todos os itens
28
entregues sem dispor da informação antecipada da quantidade entregue; ter
segurança de que a conferência do material entregue realmente será feita;
dupla verificação do material entregue.
Quanto à inspeção de recebimentos:
Imediata, no momento do recebimento;
Posterior, com a retirada de amostras para ensaios de laboratório;
Desnecessária, para fornecedores com a qualificação adequada.
Quanto à liberação do entregador:
Procedimentos rotineiros, se todos os requisitos especificados forem
atendidos;
Procedimentos de não-conformidade, se constatada alguma
irregularidade. Neste caso, as áreas responsáveis deverão ser informadas.
Por exemplo:
- CQ: para aceitação de materiais fora das especificações requeridas;
- Compras: para quantidades diferentes das constantes no pedido de
compras;
- Produção: para materiais necessários para produção urgente”.
Outro ponto relevante no recebimento de uma empresa que podemos citar é
comentado por Martins (2009 p. 390), como “o recebimento de uma empresa é mais
bem compreendido com a combinação de cinco elementos principais: espaço físico,
recursos
de
informática,
equipamento
de
carga
e
descarga,
pessoas e
procedimentos normalizados”.
Esses elementos devem estar em um sincronismo constante para que haja
eficiência no processo.
Para Martins (2003 p. 299),
“pessoal qualificado é imprescindível; não se aceitam mais elementos que
só exerçam uma função, e sim colaboradores polivalentes, com nível de
instrução adequado e treinados. O homem que confere uma carga deve
estar habilitado a inserir dados no sistema, determinar o destino da carga
recebida e, em muitos casos, transportá-la para o local destinado”.
De acordo com Costa (2002 p. 84), “qualquer diferença na quantidade,
qualidade, materiais e valores, deverá ser comunicada imediatamente a área de
compras, que tomará providências para corrigir as divergências encontradas”.
São previstas correções para divergência de preços, valor do imposto em
razão de erro de cálculo, diferença de quantidade de mercadorias e data da saída da
mercadoria do fornecedor. O documento fiscal emitido para esta finalidade terá
como “natureza de operação” “correção de nota fiscal”, ou simplesmente carta de
correção.
Para alguns materiais é necessário realizar um processo denominado de
29
“inspeção no recebimento”, onde segundo Francischini e Gurgel (2009 p. 114), o
objetivo dessa inspeção é segundo a NBR ISO 9001:1994, assegurar que os
produtos recebidos não sejam utilizados ou processados até que tenham sido
inspecionados ou verificados, estando em conformidade com os requisitos
especificados.
Conforme Martins (2003) pode ocorrer problemas ocasionais de erros de
entrega, tanto qualitativos como quantitativos, sendo prudente reservar, no
recebimento, uma área para materiais aguardando decisão, a qual deverá ser a
menor possível e encarada como de curta permanência.
2.6
Movimentação de mercadorias
Neste
tópico
vamos
compreender
como
funciona
o
processo
de
movimentação de mercadorias em uma empresa.
De acordo com Costa (2002), existem três tipos de movimentação: entrada,
saída e transferência.
Vamos tomar como foco neste trabalho a movimentação de entrada de
mercadorias na empresa.
Conforme Costa (2002 p. 82), entrada de mercadorias:
Consiste na movimentação de materiais que entram no estoque da
empresa; estas entradas são registradas através do cadastro das notas
fiscais emitidas pelos fornecedores ou, em se tratando de movimentações
internas, por documentos de devolução de materiais (DMs), que são
utilizados para controle das devoluções ao almoxarifado dos materiais
requisitados e não utilizados pelo setor requisitante;
Podemos observar de acordo com a colocação de Costa, que podem existir
diversas formas de um material entrar no estoque, onde podemos dar destaque aos
vindos diretamente dos fornecedores e os materiais vindos de outra filial da empresa
ou até por uma devolução interna.
Conforme Francischini e Gurgel (2009 p. 209),
“Para que as mercadorias possam ser trabalhadas, possibilitando um total
aproveitamento de seu potencial, deve-se primeiramente manter em
movimento um dos três elementos básicos de produção. Homem, máquina
30
ou material devem estar em constante movimento para se obter futuramente
um resultado satisfatório na finalização de um produto”.
De acordo com Francischini e Gurgel (2009), existem três elementos básicos
de produção, entretanto, neste trabalho vamos nos concentrar na movimentação de
materiais.
Algumas movimentações de mercadorias exigem a contribuição de algum
equipamento e/ou acessório. Vamos verificar a seguir alguns desses objetos.
Figura 4: Empilhadeira
Fonte: Costa (2002 p. 111)
A figura acima representa uma empilhadeira, que é muito utilizada na
movimentação de mercadorias devido a sua alta capacidade de carregar peso e sua
excelente agilidade.
De acordo com Costa (2002 p. 111),
Empilhadeiras são utilizadas para deslocamento de materiais colocados
sobre paletes. Proporcionam acondicionamento rápido e seguro em
estruturas porta-paletes, possibilitando grande elevação. Apresentam vários
modelos, diferentes aplicações e permite a utilização de acessórios para o
transporte de diversas cargas. Podem ser movidas por energia elétrica ou
gás.
A seguir vamos apresentar outros equipamentos utilizados na
movimentação de mercadorias.
31
Figura 5: Paleteira manual
Fonte: Costa (2002 p. 112)
Conforme Costa (2002 p. 112),
“a paleteira é utilizada para transporte de cargas sobre paletes em planos
horizontais sem irregularidades. Seu uso diminui o tempo e a necessidade
de mão-de-obra nas operações de carregamento e descarregamento de
caminhões nas docas; também bastante utilizada em movimentações de
materiais em curta distância”.
A utilização da paleteira na movimentação das mercadorias se deve ao fato
de se obter um ótimo custo beneficio, com uma facilidade muito grande de realizar
movimentações em áreas com espaço reduzido, tornando assim quase que
indispensável para essa tarefa.
Os produtos para serem transportados por paleteiras e empilhadeiras
precisam estar adequadamente embalados e armazenados em paletes.
A figura 6 ilustrada a seguir demonstra um palete.
32
Figura 6: Palete
Fonte: Costa (2002 p. 98)
A utilização de paletes na movimentação das mercadorias é de fundamental
importância para a também utilização de máquinas como empilhadeira e paleteira.
Segundo Costa (2002 p. 98),
“palete é um estrado de madeira, com uma ou duas faces, duas ou quatro
entradas. Possibilita o uso de empilhadeiras ou paleteiras de garfo,
facilitando o descarregamento, a movimentação e o armazenamento dos
materiais durante sua estocagem”.
Vimos
neste
tópico
algumas
observações
sobre
movimentação
e
armazenagem de materiais, com citações de vários autores, demonstrando a sua
importância para as empresas.
33
3
HISTÓRICO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
A empresa estudada começou como uma pequena granja, na década de 30,
na cidade de Springdale, Arkansas (EUA). Hoje, essa agroindústria é a maior
processadora mundial de carne de frango, bovina e suína. Está na segunda posição
das maiores produtoras de alimentos da Fortune 500. A companhia desenvolve
grande variedade de produtos a base de proteína e alimentos preparados e é
reconhecidamente líder nos setores de varejo e serviços de alimentação nos
mercados em que atua.
A empresa tem clientes e consumidores em todo os Estados Unidos e em
mais de 90 países. A companhia conta com aproximadamente 107 mil
colaboradores atuando em mais de 300 unidades norte-americanas e escritórios ao
redor do mundo. Por meio dos seus Valores, Código de Conduta e Carta de Direitos
dos Funcionários, a empresa está empenhada em operar com integridade e
confiança, comprometendo-se a criar valor para seus acionistas, clientes e
funcionários. A companhia também está empenhada em acolher crenças diversas,
proporcionar um ambiente de trabalho seguro e cuidar dos animais, da terra e do
meio ambiente a ela confiados. Faturou US$ 27 bilhões no ano fiscal de 2008, sendo
o segmento avícola responsável por 33% do resultado.
3.1
Atuação Global
A empresas estudada está
instalada em 18 países, adaptando
os seus negócios às necessidades
de consumo e venda de cada
região. Em todos os lugares onde
atua,
a
empresa
está
comprometida com a garantia da qualidade e segurança alimentar dos produtos que
comercializa, bem como o respeito aos valores, leis internacionais, segurança e
bem-estar das pessoas e dos animais.
A empresa conta com joint ventures para produção de frangos na China e
Índia. A subsidiária Cobb-Vantress tem unidades na Argentina, Brasil, República
Dominicana, Índia, Japão, Holanda, Filipinas, Espanha, Reino Unido e Venezuela. A
34
Unidade Internacional também opera a unidade no México, um complexo industrial
de produção avícola, além de uma joint venture na Argentina no segmento de
bovinos. Sem contar os escritórios de vendas em países como Emirados Árabes
Unidos, Japão, Reino Unido, Rússia, entre outros.
3.1.1 Experiência Na Avicultura
John W. foi pioneiro quando, no início da década de 30, decidiu transportar
frangos da cidade de Springdale, Arkansas (EUA) para mercados em Kansas City e
St. Louis. Em 1936 John foi o primeiro a fazer a longa viagem de Springdale aos
mercados de frango mais rentáveis de Chicago. Em apenas um ano, sua rede de
clientes atingiu cidades como Cincinnati, Detroit, Cleveland, Memphis e Houston. A
partir daí teve início a história de uma empresa que revolucionaria a avicultura.
No ano fiscal de 2008, as vendas de carne de frango representaram 33% dos
negócios da empresa – precedida pelas vendas de carne bovina (44% do total) e
seguida pela suína (13%) e alimentos preparados (10%). Apesar de estar na
segunda posição de vendas da companhia, o segmento de frangos requer uma
grande operação industrial e logística extremamente complexa: são 40 milhões de
frangos abatidos semanalmente.
Fonte: www.tyson.com.br
3.1.2 Suínos e Bovinos
35
A agroindústria estudada também é a maior fornecedora mundial de carne
suína e bovina. A empresa possui unidade responsável por este segmento, conta
com mais de 60 unidades de produção nos Estados Unidos, além de uma joint
venture na Argentina.
Ao contrário dos negócios com frango, as operações de suínos e bovinos são
apoiados em uma rede de fornecedores independentes. As unidades de produção
de carne fresca (12 para bovinos e nove para suínos) estão estrategicamente
localizadas perto dos maiores e mais qualificados fornecedores destes animais.
3.1.3 Alimentos Preparados
Esta divisão da empresa comercializa alimentos prontos para consumo, massa e
ingredientes para o preparo de pizzas, peperoni, tortilhas, comidas étnicas, petiscos,
sopas, molhos, entre muitos outros produtos.
3.1.4 Nossos Valores:
Somos uma empresa composta por pessoas empenhadas na produção de
alimentos, que procuram a verdade e a integridade, tendo como objetivo a criação
de valor para os nossos acionistas, clientes e para todas as pessoas envolvidas
neste processo.
3.1.5 Quem Somos:
» Procuramos ser uma empresa composta por pessoas diversas que trabalham em
conjunto na produção de alimentos;
»Procuramos ser pessoas honradas;
» Procuramos ser uma empresa que acolhe crenças diversas.
3.1.6 O Que Fazemos:
36
» Alimentamos as nossas famílias, a nação e o mundo com produtos alimentícios de
confiança;
» Somos guardiões dos animais, da terra e do meio ambiente que nos foram
confiados;
» Procuramos proporcionar um ambiente de trabalho seguro para os nossos
colaboradores.
3.1.7 Como o Fazemos:
» Procuramos obter lucros de forma consistente e satisfatória para os nossos
acionistas
e
investir
em
nossos
colaboradores,
produtos
e
processos;
» Procuramos trabalhar com integridade e confiança em tudo o que fazemos;
» Procuramos honrar a Deus e respeitar o nosso semelhante, os nossos clientes e
outras partes envolvidas.
3.2
História da marca Macedo
3.2.1 O Princípio
A Macedo iníciou suas atividades em 13 de julho de 1973, sob o nome de
FriosMacedo Ltda. Possuia sete funcionários que abatiam 300 frangos por dia.Um
ano após, em 1974, o Grupo Koerich se associa à Frios Macedo. Com o grupo, a
capacidade de abate aumentou para três mil frangos por dia. Neste mesmo
anoforam construídas as primeiras granjas para frangos de corte.
A década de 80 foi um período de expansão com a construção das Unidades
de Nutrição Animal, da Central de Distribuição do Norte do Estado de SC e do
Incubatório. Com isso passou a produzir até 420 mil pintos/mês e o abate subiu para
1.500 frangos por hora.
Na década de 90 a infra-estrutura da Macedo deu um novo salto. Foram
construídas as Centrais de Distribuição do Sul e Norte do Estado de SC, a Granja de
matrizes, em Bom Retiro. Foram iniciados os projetos “Estuda Macedo” e o
“Programa de Qualidade Total Macedo”. O primeiro leva o Ensino Fundamental e
37
Médio para os profissionais e o segundo busca melhorar o atendimento, a qualidade
dos produtos e a satisfação dos clientes e consumidores. Estes investimentos
resultaram nos certificados internacionais ISO 9001 e HACCP – Análise de Perigos
e Pontos Críticos de Controle. A Macedo foi o primeiro frigorífico da América Latina a
conquistar os dois certificados ao mesmo tempo. Estas conquistas levaram a
Macedo a terceirizar parte da produção de frangos de corte e iniciar um processo
para o seu crescimento, a abertura para o mercado internacional e a primeira venda
fechada com a Europa.
Em 2007 Ester e José Ferreira de Macedo, passaram a presidência para o
filho Jóster Ferreira de Macedo, porém os fundadores continuam acompanhando a
empresa como membros do conselho de administração, que conta ainda com a
participação de um conselheiro externo. Qualidade é o carro chefe da Macedo,
sendo seu principal objetivo a satisfação de consumidores e clientes.
Este ano marca uma fase fundamental na história da empresa. Junto com as
avícolas, de Itaiópolis (SC), e de Campo Mourão (PR), a empresa passa a fazer
parte da companhia norte-americana, maior processadora mundial de carne de
frango, bovina e suína. A filial brasileira assume o desafio de liderar as operações no
Brasil, cuja meta principal é dar apoio às estratégias de expansão internacional da
companhia e colocar a empresa entre as cinco principais empresas avícolas do
País.
A agroindústria estudada tem clientes e consumidores em todo o pais
americano e em mais de 90 países pelo mundo. A companhia conta com
aproximadamente 107 mil colaboradores atuando em mais de 300 unidades norteamericanas e escritórios ao redor do mundo. Faturou US$ 27 bilhões no ano fiscal
de 2008, sendo o segmento avícola responsável por 33% do resultado.
3.2.2 Prêmios
Prêmio Expressão de Responsabilidade Social
A marca Macedo é destaque no “Prêmio Expressão de Responsabilidade
Social”, promovido pela Editora Expressão, Lauster do Brasil Pesquisas e Civitas
Responsabilidade Social, com base nos valores de responsabilidade social do
Instituto Ethos.Nos anos de 2004, 2005 e 2007 a empresa destacou-se entre
aquelas da região Sul que atingiram o padrão de excelência em Responsabilidade
38
Social.Estas conquistas são fruto de um trabalho coordenado de posicionamento
social, promovido pelo Sistema de Gestão Integrada.
39
4
METODOLOGIA
Neste tópico vamos abordar a metodologia a ser utilizada neste trabalho.
4.1
Quanto aos objetivos
Para realizar esse trabalho foi adotada a pesquisa de natureza exploratória.
Gil (1999, p. 43) comenta que pesquisas exploratórias visam proporcionar
uma visão geral de um determinado fato, do tipo aproximativo.
4.2
Quanto aos procedimentos
O procedimento adotado é o estudo de caso, que segundo Gil (1999, p. 72 e
73) significa estudar com intensidade os objetivos, permitindo um conhecimento
detalhado das atividades que eram consideradas praticamente impossíveis.
4.3
Quanto à abordagem
Estamos adotando pesquisa de forma qualitativa.
Conforme Richardson (1999, p. 80), “os estudos que empregam uma
metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema,
analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos
dinâmicos vividos por grupos sociais”.
4.4
Quanto à coleta e análise dos dados
Conforme Roesch (1999, p. 140) coleta de dados são as entrevistas, os
questionários, os testes e as observações.
Para coleta de dados para elaboração deste trabalho vamos utilizar o método
de entrevista através de questionário com as duas pessoas.
Conforme Gil (1999, p. 128), o questionário é uma técnica de investigação
com questões já formuladas e que tem como objetivo conhecer características da
população em estudo.
40
5
ANÁLISE E DESCRIÇÃO DOS DADOS
Neste tópico vamos conhecer o processo de recebimento de mercadorias no
almoxarifado da agroindústria estudada, bem como a sua localização e estrutura
física.
O almoxarifado da empresa está localizado na ROD SC 407 km 06, no bairro
Colônia Santana em São José-SC. Possui um quadro operacional composto de
quatro ajudantes de almoxarifado e um almoxarife, que é o responsável no setor e
estrutura física com uma instalação central e mais quatro depósitos, funciona de
segunda a sexta no horário das 05:00 as 18:18 horas e aos sábados da 08:00 as
10:00 horas
5.1
Descrição do processo de recebimento de mercadorias
O recebimento é feito conforme descrição abaixo:
a)
Ao realizar uma entrega, o entregador deve dirigir-se à portaria para
identificação. A vigilância deverá solicitar-lhe a nota fiscal constando as seguintes
informações:
Nome da transportadora;
Nome do fornecedor;
Tipo de material.
b)
Estas informações serão repassadas ao almoxarifado através de ligação
telefônica, que determinará a entrada ou não do veículo, o local para a descarga e a
necessidade de pesagem.
c)
Nenhum veículo realizando entregas para o almoxarifado poderá entrar no
pátio da empresa sem a liberação dos funcionários daquele setor.
d)
A vigilância deverá orientar o motorista sobre o local onde será feito o
descarregamento e verificar se esta orientação é seguida.
e)
O responsável pelo recebimento deverá conferir se todas as informações da
nota fiscal estão de acordo com o Pedido de Compra, especialmente com relação
aos seguintes itens:
41
Razão social da empresa;
CNPJ da empresa;
Razão social do fornecedor;
Condição de Pagamento;
Frete pago ou a pagar;
Descrição dos produtos;
Quantidade entregue de cada produto;
Valor unitário de cada produto.
Nos casos em que o frete for pago pelo destinatário, é obrigatória a retenção
da 1ª via do conhecimento de transporte para posterior lançamento no sistema
interno da empresa (SAP).
Se houver qualquer divergência entre o Pedido de Compra e algum dos itens
acima, o responsável pelo recebimento deverá comunicar o fato imediatamente ao
Departamento de Suprimentos. Sendo a entrega autorizada pelo comprador, deverá
ser preenchido o formulário “Ocorrência no Recebimento de Mercadorias” (ORM),
que deverá ser anexado à 1ª via da nota fiscal. Após a utilização, este formulário
será arquivado no Departamento de Suprimentos pelo período de 12 meses. Não
sendo autorizado o recebimento, a mercadoria deverá ser devolvida imediatamente
com a própria nota fiscal.
f)
Se a entrega for feita pelo próprio fornecedor, o responsável pelo recebimento
deverá conferir todos os itens entregues na presença do entregador. Caso a entrega
seja feita por um terceiro (transportadora) esta será liberada após a conferência do
número de volumes e das condições das mesmas (sem indícios de danos ou
violação das embalagens). Posteriormente a liberação da transportadora, será feita
a conferência de cada produto entregue.
g)
Sendo o material embalagens primárias, secundárias e/ou condimentos,
deverá ser preenchida pelo responsável pelo recebimento, a planilha de “Avaliação
de Materiais no Recebimento”.
h)
Após a conferência, o responsável pelo recebimento deverá carimbar a 1ª via
da nota fiscal e a 1ª via do conhecimento de frete (quando este for FOB), datando e
42
assinando no local indicado e encaminhando para a digitação no sistema de
suprimentos/contas a pagar. A 2ª via da nota fiscal deverá ser arquivada no
almoxarifado pelo período de 3 meses. Sendo a mercadoria para consumo direto,
deverá constar na 2ª via arquivada, a assinatura do solicitante do material.
i)
Se o material não é de estoque o responsável pelo recebimento identifica,
através do sistema e comunica ao solicitante a chegada do material.
Sendo o material um item crítico, o responsável pelo recebimento deve emitir
“Formulário Padronizado”, de acordo com a Instrução Normativa nº 49, de 14 de
Setembro de 2006, enviando-o para a Garantia da Qualidade que o encaminhará
para o Serviço de Inspeção Federal (SIF) local.
O tempo de recebimento das mercadorias varia de acordo com a quantidade
e depósito. Depósito de químicos em torno de 1 hora; depósito de condimentos em
torno de 1 hora; depósito gerais em torno de 20 minutos; depósito de embalagens
primárias em torno de 1 hora; depósito de embalagens secundárias em torno de 45
minutos.
Os fornecedores/transportadoras são recebidos de acordo com a ordem de
chegada, mas considerando sempre o depósito a ser descarregado. No depósito de
embalagens primárias é utilizado o auxílio de carrinhos de aço com quatro rodas e
paleteira manual. No depósito de embalagens secundárias é utilizado a paleteira
manual e empilhadeira manual.
A empresa possui um software chamado SAP, que controla todas as
atividades da empresa, inclusive a parte de compras e almoxarifado, onde são
consultados os pedidos de compra no seu recebimento.
A grande maioria dos volumes/materiais recebidos possuem uma boa
identificação. Alguns materiais são muito específicos e exigem o auxílio de um
técnico especializado para realizar a conferência física.
Os materiais recebidos pelo almoxarifado ficam a disposição para utilização
em um determinado tempo, sendo que para cada tipo de material existe uma
particularidade.
- Materiais recebidos e que não são de estoque ficam a disposição no mesmo dia.
- Materiais críticos (condimentos, embalagens primárias e embalagens secundárias)
necessitam serem aprovados pela área técnica e o tempo para liberação varia de 1
a 7 dias.
43
- Materiais de estoque não críticos ficam a disposição de imediato, aguardando
apenas o lançamento da Nota Fiscal que pode variar de 1 a 2 dias.
Nos depósitos de produtos químicos, condimentos, embalagens secundárias
e embalagens primárias (com exceção das etiquetas), os materiais são recebidos e
alocados diretamente no local onde são armazenados. No depósito gerais, possui
um espaço específico para acondicionamento dos itens recebidos.
Os materiais mais trabalhosos para receber são os que possuem entregas em
quantidades grandes, onde podemos citar os produtos químicos, condimentos e
caixas de papelão e os materiais críticos que exigem um procedimento de registro
interno.
Os erros mais comuns no processo de recebimento são:
Receber mercadoria em duplicidade
Receber mercadoria que seria para outra filial da empresa
Especificação do material entregue diferente do requisitado pela empresa
Possui um grande volume de entradas e saídas de mercadorias no
almoxarifado. Geralmente nos horários das 09:00 as 11:00 horas e 15:00 as 17:00
horas realizam um grande volume de entregas e recebimentos, o que acaba
gerando um acúmulo de funções e ocasionando gargalo no processo.
5.2
Armazenagem e movimentação de mercadorias
Os depósitos estão planejados com o objetivo de dar maior agilidade e fluxo
aos processos internos. De acordo com a nossa necessidade, efetuamos mudanças
para melhor nos atender.
Existem diversos tipos de materiais que são recebidos e armazenados.
Possuimos cinco depósitos onde em cada um existe uma particularidade.
- Depósito de produtos químicos: Neste depósito são recebidos e armazenados os
produtos químicos, óleos lubrificantes e graxas, controle de pragas, materiais para
pintura e materiais de construção.
- Depósito de condimentos: Neste depósito são recebidos e armazenados os
condimentos.
- Depósito geral: Nesse depósito são recebidos e armazenados os materiais de
44
consumo direto e os seguintes materiais de estoque:
Copa e cozinha
Higiene e limpeza
Material de expediente
Material gráfico
Materiais de trabalho industrial
Equipamentos de proteção individual
Uniformes
Correias
Fixadores
Materiais elétricos / eletrônicos
Materiais hidráulicos
Materiais mecânicos
Peças de reposição
Retentores
Rolamentos
- Depósito de embalagens primárias: Nesse depósito são recebidos e armazenados
os seguintes materiais:
Bandejas
Embalagens diversas
Etiquetas primárias exportação
Etiquetas primárias mercado interno
Etiquetas secundárias exportação lista geral
Etiquetas secundárias exportação união européia
Etiquetas secundárias mercado interno
Filmes / sacos poliolefínicos
Sacos impressos exportação lista geral
Sacos impressos exportação união européia
Sacos impressos mercado interno
Sacos / bobinas / folhas lisas
- Depósito de embalagens secundárias: Nesse depósito são recebidos e
armazenados os seguintes materiais:
Caixas de papelão
45
No depósito de embalagens primárias é utilizado o auxílio de carrinhos de aço
com quatro rodas e paleteira manual. No depósito de embalagens secundárias é
utilizado a paleteira manual e empilhadeira manual.
Todos os materiais em estoque possuem um código específico de 10 dígitos
numéricos, onde são classificados de acordo com o tipo de material. Ex:
1500 700 588 - ROLAMENTO 6202 DDU
1500 = Item de estoque no Brasil
700 = Número do grupo de mercadoria. Neste caso material mecânico.
588 = Número sequencial dentro do grupo.
O almoxarifado não possui hoje a localização física dos materiais no sistema
interno, o que acaba gerando perda de tempo na guarda e entrega dos materiais.
É realizado inventário rotativo semanalmente de acordo com cronograma
interno, o que dá um giro de contagem total do estoque de 3 vezes ao ano.
Com este tópico conseguimos analisar a adequação dos procedimentos
utilizados no processo de recebimento de mercadorias no almoxarifado e abordar
três dos quatro objetivos específicos:
1 - Verificar os procedimentos adotados no recebimento das mercadorias.
2 - Analisar os recebimentos e identificar os gargalos do processo.
3 - Verificar os métodos adotados para a movimentação das mercadorias.
5.3
COMPARAÇÃO ENTRE O MÉTODO DE TRABALHO X LITERATURA
Neste tópico vamos realizar uma comparação entre os métodos utilizados
atualmente no almoxarifado da agroindústria estudada com a literatura.
ITEM
LITERATURA
EMPRESA
46
Inventário
O inventário físico é geralmente
É realizado inventário rotativo
efetuado
modos:
semanalmente de acordo com
periódico ou rotativo. Martins
cronograma interno, o que dá
(2003 p.156)
um giro de contagem total do
de
dois
estoque de 3 vezes ao ano.
Quadro 5. Inventário: comparação literatura x método atual
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
Podemos observar na comparação acima que o procedimento de inventário
no almoxarifado está de acordo com o recomendado pela literatura, onde está sendo
executado inventário rotativo semanalmente, com um giro total do estoque de três
vezes ao ano.
ITEM
LITERATURA
Localização física dos materiais
Costa
(2002
métodos
EMPRESA
p.106),
de
os
localização
geralmente são compostos pela
combinação
de
algarismos,
combinados,
letras
os
O almoxarifado não possui hoje
a
localização
física
dos
materiais no sistema interno.
e
quais,
darão
a
localização exata do material.
Quadro 6. Localização física dos materiais: comparação literatura x método atual
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
Na comparação acima podemos observar que o almoxarifado não possui um
sistema de localização física dos materiais, o que acaba dificultado o trabalho dos
ajudantes de almoxarifado para efetuarem a guarda e entrega dos itens no estoque.
ITEM
LITERATURA
Conferência de Nota Fiscal x
De acordo com Viana (2009
Pedido de Compra
p.281),“Analisar
documentação
EMPRESA
a
recebida,
verificando se a compra está
O
responsável
pelo
recebimento deverá conferir se
todas as informações da nota
fiscal estão de acordo com o
47
autorizada”;
Para
Pedido de Compra.
Francischini
e
Gurgel
(2009 p. 30), “Conferência –
verifica as características do
fornecimento
e
sua
documentação pela cópia do
pedido,
conferindo
quantidades
as
físicas
para
verificar se correspondem às
quantidades
constantes
no
pedido de compra.
Quadro 7. Conferência de Nota Fiscal x Pedido de Compra: comparação literatura x
método atual
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
No quadro acima podemos observar a comparação do processo de
conferência de Nota Fiscal versus Pedido de Compra, onde constatamos que o
procedimento adotado na empresa está de acordo com o recomendado pelos
autores.
ITEM
Divergência no recebimento
LITERATURA
EMPRESA
Francischini e Gurgel (2009 p.
112), “Procedimentos de nãoconformidade, se constatada
alguma irregularidade.
Neste
caso, as áreas responsáveis
deverão ser informadas. Por
exemplo: CQ: para aceitação
de
materiais
fora
das
especificações requeridas;
Compras:
para
pedido de compras”;
De acordo com Costa (2002 p.
“qualquer
quantidade,
diferença
entre o Pedido de Compra, o
responsável pelo recebimento
deverá
comunicar
na
qualidade,
o
imediatamente
fato
ao
Departamento de Suprimentos.
Não
sendo
recebimento,
deverá
quantidades
diferentes das constantes no
84),
Se houver qualquer divergência
autorizado
a
ser
o
mercadoria
devolvida
imediatamente com a própria
nota fiscal.
48
materiais e valores, deverá ser
comunicada imediatamente a
área de compras, que tomará
providências para corrigir as
divergências encontradas”.
Quadro 8. Divergência no recebimento: comparação literatura x método atual
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
A literatura recomenda que qualquer divergência encontrada no ato do
recebimento das mercadorias, seja contatada a área responsável para resolver a
situação. No quadro acima podemos verificar que as ações realizadas na prática
estão de acordo com o sugerido pela literatura, pois qualquer divergência é
comunicado o responsável pela emissão do pedido e em casos de não autorização
do recebimento da mercadoria, é realizado a recusa da mesma.
ITEM
LITERATURA
EMPRESA
Conferência física dos materiais
De acordo com Viana (2009 p.
281), “confrontar os volumes
declarados na Nota Fiscal e no
Manifesto de Transporte com
os
volumes
a
serem
efetivamente recebidos;
condições
de
embalagem quanto a possíveis
avarias na carga transportada
e, se for o caso, apontando as
ressalvas
de
praxe
nos
respectivos documentos;
Proceder
a
conferência
quantitativa e qualitativa dos
materiais recebidos”;
próprio
fornecedor,
o
responsável pelo recebimento
deverá conferir todos os itens
entregues
na
presença
do
entregador. Caso a entrega
Proceder a conferência visual,
verificando
Se a entrega for feita pelo
seja
feita
por
(transportadora)
um
esta
terceiro
será
liberada após a conferência do
número de volumes e das
condições das mesmas (sem
indícios de danos ou violação
das
embalagens).
Posteriormente a liberação da
transportadora,
será
feita
a
conferência de cada produto
entregue.
Quadro 9. Conferência física dos materiais: comparação literatura x método atual
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
49
O momento da conferência física dos materiais, comparando os dados
constados na Nota Fiscal com a mercadoria entregue pela transportadora ou até
mesmo pelo próprio fornecedor, é uma situação que exige uma grande
responsabilidade pelo conferente, devido ao grau crítico da situação. Devido a essa
responsabilidade muitas empresas adotam procedimentos para essa atividade.
Verificando o quadro acima, observamos que a empresa está procedendo de
acordo com o recomendado pela literatura, seguindo procedimentos para a
conferência.
ITEM
LITERATURA
EMPRESA
Conforme Francischini e Gurgel
Gargalo no recebimento
(2009 p. 112), “Capacidade de
recebimento
adequada
ao
volume de entrega de materiais
pelos fornecedores, inclusive
em
períodos
demanda,
tempo
de
de
evitando
espera
maior
filas
que
e
os
Possui um grande volume de
entradas
e
saídas
de
mercadorias no almoxarifado.
Geralmente nos horários das
09:00 as 11:00 hs e 15:00 as
17:00
realizam
volume
de
um
grande
entregas
e
recebimentos.
prejudiquem sobremaneira”.
Quadro 10. Gargalo no recebimento: comparação literatura x método atual
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
A literatura recomenda que as empresas devam possuir uma capacidade de
recebimento adequada ao volume de entrega de materiais. Podemos observar que a
empresa estudada possui um grande volume de recebimentos em horários
específicos, o que acaba ocasionando filas de fornecedores e ou transportadoras. É
possível afirmarmos com base nessas informações, que esses horários possuem
uma grande tendência a se tornarem gargalos no processo de recebimento de
mercadorias da empresa.
ITEM
Destino da Nota Fiscal
LITERATURA
Francischini e Gurgel (2009 p.
30), “recomenda-se registrar a
entrada dos documentos em
EMPRESA
Após
a
conferência,
o
responsável pelo recebimento
deverá carimbar a 1ª via da
50
um livro de recebimento. Esse
nota fiscal e a 1ª via do
livro
conhecimento de frete (quando
deverá
ter
destacável,
também
que
como
uma
via
funciona
guia
este
for
FOB),
datando
e
de
assinando no local indicado e
encaminhamento e protocolo
encaminhando para a digitação
dos
no
documentos
fiscais.
O
sistema
de
órgão receptor, no caso a
suprimentos/contas
contabilidade,
(SAP). A 2ª via da nota fiscal
segunda
assina
via,
dando
a
pleno
deverá
ser
a
pagar
arquivada
no
recebimento dos documentos
almoxarifado pelo período de 3
ali relacionados”.
meses. Sendo a mercadoria
para consumo direto, deverá
constar na 2ª via arquivada, a
assinatura do solicitante
do
material.
Quadro 11. Destino da Nota fiscal: comparação literatura x método atual
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
Na empresa todas as Notas Fiscais recebidas são encaminhadas ao setor de
contabilidade
para
posterior
lançamento
no
sistema,
e
são
arquivadas
posteriormente. Como cita a literatura, a empresa necessita registrar todas as Notas
Fiscais que entram na empresa para poder efetuar o seu devido controle, e esse
registro é feito através do seu sistema interno.
ITEM
Movimentação de mercadorias
LITERATURA
EMPRESA
Conforme Francischini e Gurgel
No depósito de embalagens
(2009 p.209), “para que as
primárias é utilizado o auxílio
mercadorias
ser
de carrinhos de aço com quatro
trabalhadas, possibilitando um
rodas e paleteira manual. No
total aproveitamento de seu
depósito
potencial,
secundárias
possam
deve-se
primeiramente
movimento
elementos
um
de
é
embalagens
utilizado
a
manter
em
paleteira manual e empilhadeira
dos
três
manual. Nos demais depósitos
básicos
de
a
movimentação
é
feita
produção. Homem, máquina ou
manualmente sem o auxílio de
material
equipamentos.
devem
estar
em
constante movimento para se
obter futuramente um resultado
satisfatório na finalização de
51
um produto”.
Quadro 12. Movimentação de mercadorias: comparação literatura x método atual
Fonte: Elaborado pelo autor (2010).
Podemos observar que a literatura aborda que deve-se manter em movimento
homem, máquina ou material para se obter um resultado satisfatório e essa
abordagem é identificada no processo da empresa, com a diversificação de métodos
utilizados para movimentação, sendo alguns com o auxílio de equipamentos, outros
simplesmente manual pelos responsáveis no setor.
52
6
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo de caso foi elaborado com o auxílio de vários autores, com
alguns objetivos específicos traçados.
Conseguimos destacar a importância da logística para as empresas e o
grande crescimento da responsabilidade do setor no mercado competitivo que temos
atualmente.
Um grande desafio neste estudo de caso foi trabalhar com temas que muitas
vezes passam despercebidos pelos administradores das empresas.
Com base nos objetivos traçados, seguimos uma linha de raciocínio,
abordando inicialmente a logística empresarial e afunilando até chegarmos na área
de recebimento de mercadorias, onde dentro desta área definimos quatro objetivos
específicos para o estudo de caso. Conseguimos atingir os quatro objetivos
específicos com a elaboração de um questionário que foi aplicado com o
responsável pelo setor de recebimento de mercadorias da empresa estudada.
Foi realizada uma comparação entre a literatura descrita neste trabalho e a
sua parte prática realizada na empresa. Com a comparação de informações
conseguimos tirar algumas conclusões e realizar algumas sugestões de melhorias.
A empresa estudada possui um procedimento de recebimento de mercadorias
bem definido, com o detalhamento de todas as atividades necessárias para realizar
tal atividade. Podemos identificar um grande acúmulo de recebimentos em horários
específicos, o que gera um acúmulo de atividades nesse período. Um dos fatores
que podem influenciar nesse acontecimento se deve ao fato da empresa estar
localizada em um bairro distante do centro da cidade, o que força as transportadoras
a entregarem mercadorias em horários simultâneos.
Podemos deixar como sugestão a implantação de um sistema de
agendamento de entrega com as transportadoras de maior volume, para que assim,
diminua o gargalo encontrado hoje.
Outra sugestão seria um maior agrupamento de entregas em uma mesma
transportadora, reduzindo assim a variedade de empresas efetuando a entrega.
Outra situação que chamou a atenção foi o fato da empresa não possuir um
sistema de endereçamento interno de materiais, e com isso dificultar a ação dos
ajudantes de almoxarifado. De acordo com os autores relatados neste trabalho, o
53
correto endereçamento dos materiais de estoque facilita o recebimento dos itens e a
sua posterior guarda, o que gera uma maior agilidade no seu recebimento.
Podemos deixar como sugestão neste caso a implantação de um
endereçamento interno para todos os materiais de estoque.
54
REFERENCIAS
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organização e logística empresarial. 4ª ed. Porto Alegre: Editora Bookmann,
2001.
BALLOU, Ronald H. Logística empresarial: transporte, administração de
materiais e distribuição física. 5ª ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2006.
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materiais. São Paulo: Editora Atlas, 1993.
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informatizados. São Paulo: Editora, 2002.
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Criando redes que agregam valor. São Paulo: Editora Thomson, 2007.
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Empresarial: a perspectiva Brasileira. São Paulo: Editora Atlas, 2000.
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Materiais e do Patrimônio. São Paulo: Editora Cengage Learning, 2009.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. Ed. São Paulo:
Editora Atlas, 1999.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4.ed. São Paulo:
Editora Atlas, 2002.
MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, F. P. Administração da Produção. São
Paulo: Editora Saraiva, 1999.
MARTINS, Petrônio Garcia; CAMPOS, Paulo Renato. Administração de Materiais
e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Editora Saraiva, 2000.
MARTINS, Petrônio Garcia; CAMPOS, Paulo Renato. Administração de Materiais
e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Editora Saraiva, 2003.
MARTINS, Petrônio Garcia; CAMPOS, Paulo Renato. Administração de Materiais
e Recursos Patrimoniais. São Paulo: Editora Saraiva, 2009.
POZO, Hamilton. Administração de Recursos materiais e Patrimoniais, uma
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RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo:
Editora Atlas, 1999.
55
ROESCH, Silvia Mara Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em
administração: guias para estágios, trabalhos de conclusão, dissertações e
estudos de casos. 2. Ed. São Paulo: Editora Atlas, 1999.
SANTOS, Gerson dos. Gestão de almoxarifados. Florianópolis: Editora Arth &
Mídia, 2001.
TUBINO, Dalvio Ferrari. Manual de Planejamento e Controle da Produção. 2º Ed.
Nacional: Editora Atlas, 1999.
VIANA, João José. Administração de Materiais, um enfoque prático. São Paulo:
Editora Atlas, 2009.
HTTP://www.tyson.com.br, acesso em agosto de 2010.
56
APÊNDICE
QUESTIONÁRIO
PARA
TRABALHO
DE
CONCLUSÃO
DE
CURSO
DE
ADMINISTRAÇÃO
1. Qual o seu cargo na empresa?
2. Quantas pessoas trabalham no almoxarifado?
3. Qual horário de funcionamento do almoxarifado?
4. Quais tipos de materiais são recebidos na empresa, e quais os mais
trabalhosos?
5. Existe algum procedimento para o recebimento das mercadorias? Relate o
mesmo.
6. Quanto tempo demora cada recebimento?
7. No recebimento de mercadorias é necessário que haja muita atenção e
responsabilidade por parte dos conferentes, mas é comum que ocorra erros na
execução das atividades. Quais erros são mais comuns no recebimento de
mercadorias?
8. Existem gargalos no processo? Quais?
9. Como é definida a ordem de recebimento das entregas?
10. O recebimento é feito com auxílio de algum equipamento mecânico?
11. Caso positivo, esse equipamento é adequado?
12. Existe algum software de controle dos pedidos de compra para conferencia no
recebimento?
13. A empresa utiliza alguma codificação para armazenagem? Explique.
14. Existe rejeição de mercadorias? Como é feita a rejeição?
15. Existe área específica para acondicionamento dos materiais recebidos?
16. A área de recebimento é adequada para tal atividade?
17. Como é feito a conferência física das mercadorias?
57
18. Os materiais são facilmente identificados no ato do recebimento (etiquetas,
informações do produto)?
19. O material recebido é colocado à disposição dos usuários no mesmo dia?
20. A atualização do sistema é feita no ato da chegada? São feitos inventários
periódicos?
21. A empresa utiliza algum sistema de localização física dos materiais
armazenados?
22. O layout de armazenagem foi planejado para se ter uma maior eficiência na
movimentação?
Download

HOFFMANN, Daniel. Análise do recebimento de mercadorias