Influências do trânsito no meio ambiente: uma breve análise. Leonardo Teixeira dos Santos Colégio Pedro II Campus Realengo II – Professor de Biologia [email protected] Vaitssa Jorge da Silva Colégio Pedro II Campus Relaengo II – Aluna Ensino Médio [email protected] Resumo O trânsito pode se tornar um fator prejudicial para o meio ambiente e até mesmo para a saúde dos habitantes das grandes cidades. Diversos gases responsáveis pela poluição do ambiente, como o monóxido de carbono e o dióxido de enxofre estão cada vez mais presentes na atmosfera de nossas cidades. Este artigo procura discutir o efeito desses gases e propor soluções para esse problema. Palavras-chave: Trânsito – Poluição atmosférica – Impacto ambiental Introdução Os engarrafamentos estão cada vez mais presentes nas grandes, média e até pequenas cidades brasileiras. A cada ano aumenta o número de automóveis vendidos no Brasil. Infelizmente o transporte coletivo não acompanha esse ritmo de crescimento. As pessoas então fogem dos coletivos utilizando automóveis próprios, muitas vezes de maneira solitária, o que entope ainda mais as já congestionadas ruas. Este artigo procura discutir o efeito desses gases e propor soluções para esse problema. Os gases poluidores resultantes da queima de combustíveis fósseis. O trânsito pode se tornar um fator prejudicial para o meio ambiente e até mesmo para a saúde dos habitantes das grandes cidades. Um dos principais gases responsáveis pela poluição do ambiente é o monóxido de carbono, que por sua vez é emitido pelo escapamento de automóveis, através de uma combustão interna incompleta. A liberação desse gás é mais intensa principalmente em situações onde o automóvel está parado e o motor é mantido ligado, o que é decorrente nos engarrafamentos cotidianos. Por ser um gás inerte, o monóxido de carbono não apresenta grandes ameaças para a vegetação e para materiais expostos ao ambiente, no entanto, este possui grande ameaça para a saúde dos seres humanos, ao ser inalado inúmeras vezes o monóxido de carbono pode provocar asfixia e causar a morte, já que ele se fixa estavelmente as hemácias, impedindo que estas transportem oxigênio pelo organismo. A fim de minimizar este problema, os carros mais modernos apresentam a utilização de catalizadores, que auxiliam na oxidação do CO em CO2, de modo que há uma diminuição na liberação do monóxido de carbono. A combustão incompleta de combustíveis pode gerar além do monóxido de carbono, outros gases como o ozônio e o nitrato peroxiacetílico. O nitrato peroxiacetílico é capaz de inibir a fotossíntese, fazendo com que as plantas morram por não conseguirem mais realizar a síntese de alimentos. Outro ponto a ser citado é a produção de chuva ácida, realizada através da conversão de S02 (dióxido de enxofre). O SO2 pode ser liberado através da queima de combustíveis fósseis, como por exemplo, a gasolina. Temperatura, umidade, intensidade da luz, transporte atmosférico entre outros elementos, são responsáveis por influenciar nas reações do SO2 na atmosfera. Ao entrar em contato com a atmosfera, o dióxido de enxofre em sua maioria é oxidado em ácido sulfúrico e sulfatos. Após reagir com a água o óxido de carbono forma os ácidos sulfúrico e nítrico, que mesmo em pequenas concentrações, uma vez liberados na atmosfera se tornam responsáveis por baixar o PH da chuva, tornando a chuva ácida. Além de destruir as próprias carrocerias dos carros, faixadas e monumentos históricos, a chuva ácida provoca grandes acidentes ecológicos (contaminação do solo e da água, queima de vegetais). Alguns reflexos da chuva ácida na vegetação: Quando entra em contato com a vegetação, a chuva ácida dificulta a habilidade das plantas para absorver nutrientes, afetando assim o crescimento de sementes e a decomposição de folhas. Reflexos da chuva ácida em ambientes aquáticos: Apesar de possuir maior capacidade para neutralizar os efeitos da chuva ácida, os ambientes aquáticos também são fortemente afetados. Um dos principais fatores que possibilitam a identificação deste processo de acidificação da água causado pela chuva ácida é o aumento de alumínio concentrado nas águas, isto faz com que o material que está sendo dissolvido na água seja arrastado para o fundo causando a transparência da água. O que para muitos parece ser algo bom, no entanto, não é. Após pesquisas realizadas constatou-se que a transparência destes ambientes aquáticos gera a degradação de espécies. Além deste fator, o aumento de acidez também aumenta a liberação de metais pesados neste ambiente, este material quando está em grande proporção se acumula nas algas, nos herbívoros e até mesmo nos peixes. Devido a este acumulo de metais pesados, além da diminuição da variedade de espécies, as populações que se alimentam de peixe também são prejudicadas, pois ocorre a redução drástica da qualidade destes alimentos para uso doméstico. Outra consequência causada pelos reflexos da chuva ácida é a diminuição do nível da água em rios e lagos, o que também auxilia na diminuição das espécies. Outra causa para o impacto ambiental gerado pelo transito é a grande concentração de gás carbônico na atmosfera liberado por automóveis, gerando assim o aumento do aquecimento global. Veículos movidos a álcool e os elétricos não influenciam tanto neste aspecto, o grande problema são os veículos que utilizam os combustíveis como petróleo e derivados. O uso de gasolina, querosene, diesel e gás natural por automóveis gera a queima de combustíveis, aumenta o CO2 na atmosfera e acaba afetando consideravelmente no superaquecimento global. Conclusão No intuito de minimizar os transtornos causados pelo transito, estão sendo criados automóveis elétricos, estes apresentam catalizadores que diminuem a liberação do monóxido de carbono. Outro fator que vem sendo indicado para que estes problemas sejam evitados é o uso de transportes coletivos, diminuindo assim a concentração de carros na rua. Referências bibliográficas EVANS, John. "Monóxido de carbono, mais que somente um gás letal." (Tradução e adaptação: Romeu C. Rocha-Filho, 1999). http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc09/atual.pdf ATHANASIO, Ana. "Gás Carbônico é o mais emitido por veículos de São Paulo." (Editora: Meio ambiente , 2009). http://www.usp.br/agen/?p=12841 MACHADO, Tatiane. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura – uma abordagem da acidez e basicidade. Curitiba, 1999. 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