Editora LP-Books www.lp-books.com Editor Responsável João Antonio Carvalho Produção editorial LivroPronto Studio e Gráfica Revisão AUTOR Capa AUTOR Studio e Gráfica O dia em que a Polícia Lutou Copyright © J. F. Torres Nenhuma parte desta publicação pode ser armazenada, fotocopiada, reproduzida por meios mecânicos, eletrônicos ou outros quaisquer sem a prévia autorização da Editora. [email protected] São Paulo, 2012 1ª Edição Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Torres, J. F. J. F. Torres /O dia em que a Polícia LutouSão Paulo: LP-Books 2012. 96p; 21cm ISBN 978-85-7869-xxxx 1. Literatura 2.Ficção. I. Título. S824e CDU 82-3 5 Apresentação Quando tudo parecia que ia se tornar uma inércia total, eis que o milagre aconteceu. Desde algum tempo eu vinha um pouco desgastado com a inércia e assim, de maneira inesperada, uma injeção de ânimo, veio devolver a paz, a esperança e o amor. forçosamente, isso me faz parodiar uma antiga canção popular, (talvez não tão popular por aqui), onde o compositor emocionado diz: “the life begain again...” Como que do nada, a vida voltou a fazer sentido... numa tarde morna, escura, um pouco chuvosa, logo depois do início de uma caminhada pacífica em prol da solicitação de alguns benefícios... a tarde explodiu em bombas... e não é sem emoção que observo as imagens revoltantes daquele 16 de outubro... mas, foi justamente nesse dia, que a minha vontade de dizer “basta” manifestou-se ainda mais forte, e eu compreendi tudo aquilo que dantes suspeitava: há um preço para tudo; há um preço para viver bem; há um preço que se paga quando se afronta um reacionário; há um preço para tudo... pelo menos eu pude dormir tranquilo, embora tenha acordado um pouco “quebrado!”. Mas, os meus 6,5% foram suados... ouviram “colegas” das fardas! E assim, a tropa de choque cumpriu sua missão: despiu a democracia do governador José Serra e me proporcionou, então, momentos maravilhosos de inspiração para falar algumas coisas que vinham há muito tempo guardadas: 6 Obrigado pelo carinho «tropa de choque» e como não poderia ser de outra maneira, termino e começo com a introdução de uma poesia, também de minha autoria: "NA TESTA, TRAGO AS MARCAS DO COMBATE, DO EMBATE QUE TRAVEI POR MELHORIA NO CORPO, NA MATÉRIA TENHO OS ff EMA TO (VERNÁCULO NÃO IDENTIFICADO) MAS, MINHA 'LMA ANTEGOZA A ALEGRIA. NÃO PUDE ME FURTAR A VIOLÊNCIA DE VER TANTOS DIREITOS SUPLANTADOS. EU TINHA QUE FAZER ALGUMA COISA PORQUE NUNCA QUEDAREMOS DERROTADOS. 7 DEDICATÓRIA Dedico este modesto trabalho e não é falsa modesta, é modesto mesmo, a todos os empenhados trinta e cinco mil policiais civis, independentemente de cargos, tempo de carreira. E obedecendo a lógica perfeita dos fatos, dedico àqueles, cinco mil (ou mais) que ali estiveram de corpo presente, representando a todos os outros. A todos que deixaram seus lares aconchegantes da capital, do interior de São Paulo, para erguer sua faixa. Sabe o que vocês são? Sem hipocrisia, vocês são heróis!* (*herói: l -s.m.homem (ou mulher) extraordinário (a) por seus feitos guerreiros, SEU VALOR ou sua magnamidade - Dic. Aurélio) . Vieram em busca de solução e de paz e encontraram violação de seus direitos e de tudo aquilo que se entendia até então, por liberdade individual, democracia, direitos humanos. Mas não há de ser nada. Dedico, então, a todos aqueles policiais anónimos, que bravamente lutaram e naquelas circuntâncias, eu tenho certeza que dariam suas vidas, para terem seus direitos atendidos que ratifica denominação heroísmo acima exposto. Dedico também, a minha filhinha Giovana, de cinco anos, que chorou ao ver pela televisão, o seu pai ferido, fiel combatente, ao colega Lúcio e cada um individualmente, de todas as carreiras que participaram, que por espaço não os posso mencionar, infelizmente, mas estão. 9 INTRODUÇÃO Há coisas contra as quais se deve forçosamente lutar, das quais, não temos o menor controle, o menor o domínio ou a certeza exala onde vai dar e onde nos vai levar. Porém, uma coisa é certa: alguém tem que fazer. E parece que assim tem sido, desde o principio dos tempos. Assim que trabalhos sofisticados, inteligências primorosas deixaram para a posteridade, começaram insignificantes de às aparentemente desconexas, comportamentos bizarros, os quais no entanto, em muitas oportunidades salvaram a humanidade do caos, quando tudo parecia perdido. Veja-se, por exemplo, o trabalho dos grandes compositores clássicos, cujas obras completas maravilhosas, começaram de uma mísera seminima. Sob esse aspecto, quantas descobertas científicas surgiram do “acaso” e que falar da ciência da Anatomia, cujos primeiros percursores, acabaram mortos quanto os cadáveres que traficavam? Porém, por outro lado, o lado obscuro do ser humano, possui recônditos inimagináveis e muitas na maioria das vezes, nesses sorrios benignos, geralmente “fáceis” no meio desses homens de política, escondem o horror e maldade. Mais grave que tudo isso ainda, é quando todos esses homens de sorrisos agradáveis, se juntam e estabelecem um sistema de poder e de governo... Ai nada, nada na face desse globo terrestre é capaz de destituí-los de seus reinados, tamanho 10 o poder e força maléfica que constituem. É assim, que vejo todo esse poder atualmente no poder, todos os poderes engedrados em prol de beneficiar o ocupante do cargo máximo em detrimento de todos os servidores públicos ativos e não ativos. Esse tipo de gente só teme uma coisa só: as urnas! Porque Judiciário, Público, Regionais Federais, dão a mínima, por quê? Porque nunca serão responsabilizados e se o forem nunca serão condenados e se forem condenados nunca serão punidos e se forem punidos nunca serão presos e o ciclo se reinicia. Porém, alguém tem que dar o primeiro passo, o maior arranha-céu existente na face da Terra, acredito eu que na China, só teve um tijolo mais importante que o último que foi colocado: o primeiro que foi introduzido. De qualquer forma, agindo dessa maneira, o governo só estabelece parâmetros para mais ainda restabelecer a nossa fé: o primeiro deles é acreditar e o segundo é quando se ganha acreditar que um dia se vai receber, o que, obviamente, não acontece, mas, continuamos, acreditando, e nossa fé vai aumentando, até que um dia quem sabe por essas tragédias inexplicáveis do destino, aconteça algo improvável como por exemplo, a queda do “Muro da Vergonha” que separava as duas Alemanhas, a queda e morte (ainda que não totalmente legitima) do ditador Saddan Hussein e finalmente, o governo não somente reconheça quando perde, mas, de preferência que pague o que deve. Pois, dessa não bem São 11 Paulo, para esse partido, para o Brasil perante outras nações e principalmente para àquele que se candidata à vaga presidenciável. Obra majestosa é a muralha da China. Quantas dezenas de trabalhadores foram ali soterrados, quantas sem pais filhos, sem irmãos, para satisfazer a loucura de ditadores fanáticos e prepotentes, no entanto, é a maior obra na face terrestre com seus três mil e quinhentos quilômetros de extensão, cuja proporção se vê da lua em homenagem aos mortos e feridos que deram seu suor, seu sangue, para a construção de um monumento a posteridade. No que tange a Policia Civil, há necessidade de brio, honestidade, amor e dedicação para que pelo menos os seus netos e os meus, usufruam de Segurança Pública 13 A éTIcA DO ADvOgADO: A ética do advogado: é no capítulo VIII, Art. 31. onde se lê: O advogado deve proceder de forma que o torne merecedor de respeito, que contribuía para o prestígio da classe e da advocacia. O hábito não faz o monge! Grande verdade contida nessas pequenas palavras, ou seja, não é pela roupa de clérigo, que fará o sujeito ser melhor ou mais virtuoso que os demais seres humanos. Assim, não é pela universidade que se cursa e pela roupa que se veste que se conquistará respeito e respaldo social se, além do aprendizado, toda a ética sobre a ciência e respeito ao ser humano não for colocado em prática! Uma filantrópica, multimilionária, a fim de provar que qualquer criatura sobre a face da terra, tem direito a aprendizado, introduziu em Harvard, seu macaco chipanzé de estimação. Ao término, teve um macaco formado, mas... um macaco! Pode parecer estranha a citação, e até possa pensar-se mesmo, uma ofensa ao causídico, mas, isso é constatação de uma realidade histórica, uma vez que aqueles que realmente conquistaram destaque na sociedade e isso os séculos provaram, felizmente, para nós, infelizmente para eles, não foram aqueles, cujos pais milionários compraram seu direito de cursar as melhores faculdades, sem precisar desembolsar nenhum tostão por isso, além daquele “previamente estabelecido” e só. Em suma, furtando o direito daqueles que realmente 14 precisam de um ensino público. Os quais, enxotados para essas centenas de universidades privadas, cansam-se e abandonam tudo, por, digamos assim, caixa baixo... outrossim, “as letras não salvam aos homens e não darão jamais, virtude aos símios!” Para ilustrar parte, dessa minha retórica, não posso “furtar-me” a citar (talvez mais de uma vez eu já tenha citado em lugar inúmeros esse mas, mais uma vez não faz mal), a obra “A Origem da Desigualdade Entre os Homens”, de Jean-Jacques Rousseau, ou no seu original, como preferem os (pretensos) intelectuais: “Discours sur L’ origine De 1’Inégalité parmi lês Hommes et si elle est autorisé para Ia LoÍ Naturelle!”. Com a palavra Rousseau: “admira-se a magnificência de alguns curiosos que fizeram ou mandaram fazer, com grandes despesas, viagens ao Oriente, com sábios e pintores, para desenhar cortiços e decifrar ou copiar inscrições.”. Custa-me, contudo, conceber como, num século em que todos se jactam de belos conhecimentos não se encontrem dois homens bem unidos, ricos, um em dinheiro, outro em gênio ambos amando a glória e aspirando à imortalidade, que sacrifiquem vinte escudos ser de fortuna e o outro, dez anos de sua vida, numa célebre viagem ao redor do mundo para estudar, nem sempre pedras e plantas, mas, por uma vez, os homens e os costumes e que, depois de tantos séculos empregados em medir e considerar a casa, se lembrem de enfim de procurar conhecer seus habitantes...» E pelo que me consta, o nosso amigo advogado, ainda não se deu ao trabalho das pesquisas... sequer do estudo as 15 plantas... ou já? Outrossim, para finalizar e sobre a teoria do macaco, é nesse trecho do filósofo, onde fica clara toda explicação: « (...) muitas vezes, tem-se levado a Paris, (selvagens), para Londres e para outras cidades e com toda pressa lhes mostramos (eles motraram), nosso luxo, nossas riquezas e todas as nossas artes mais úteis e curiosas. Tudo isso nunca despertou neles senão uma ‹admiração estúpida’, sem o menor movimento de cobiça. (...) Van der Stel, governador do Cabo (Cabo da Boa Esperança), tendo tomado um hotentote (espécie de ser primitivo), mandou educá-lo nos princípios da religião cristã e na prática dos costumes da Europa. Vestiram-no ricamente, ensinaram-lhe DIVERSAS LÍNGUAS e seus progressos corresponderam muito bem aos