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O dia em que a Polícia Lutou
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São Paulo, 2012
1ª Edição
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Torres, J. F.
J. F. Torres /O dia em que a Polícia LutouSão Paulo: LP-Books 2012.
96p; 21cm
ISBN 978-85-7869-xxxx
1. Literatura 2.Ficção. I. Título.
S824e
CDU 82-3
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Apresentação
Quando tudo parecia que ia se tornar uma inércia total,
eis que o milagre aconteceu.
Desde algum tempo eu vinha um pouco desgastado com
a inércia e assim, de maneira inesperada, uma injeção de
ânimo,
veio devolver a paz, a esperança e o amor. forçosamente, isso
me faz parodiar uma antiga canção popular, (talvez não tão
popular por aqui), onde o compositor emocionado diz: “the
life begain again...”
Como que do nada, a vida voltou a fazer sentido... numa
tarde morna, escura, um pouco chuvosa, logo depois do início
de uma caminhada pacífica em prol da solicitação de alguns
benefícios... a tarde explodiu em bombas... e não é sem
emoção
que observo as imagens revoltantes daquele 16 de outubro...
mas, foi justamente nesse dia, que a minha vontade de dizer
“basta” manifestou-se ainda mais forte, e eu compreendi tudo
aquilo que dantes suspeitava: há um preço para tudo; há um
preço para viver bem; há um preço que se paga quando se
afronta um reacionário; há um preço para tudo... pelo menos
eu pude dormir tranquilo, embora tenha acordado um pouco
“quebrado!”.
Mas, os meus 6,5% foram suados... ouviram “colegas” das
fardas! E assim, a tropa de choque cumpriu sua missão: despiu
a democracia do governador José Serra e me proporcionou,
então, momentos maravilhosos de inspiração para falar
algumas
coisas que vinham há muito tempo guardadas:
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Obrigado pelo carinho «tropa de choque» e como
não poderia ser de outra maneira, termino e começo com a
introdução de uma poesia, também de minha autoria:
"NA TESTA, TRAGO AS MARCAS DO COMBATE,
DO EMBATE QUE TRAVEI POR MELHORIA NO
CORPO, NA MATÉRIA TENHO OS ff EMA TO
(VERNÁCULO NÃO IDENTIFICADO) MAS, MINHA
'LMA ANTEGOZA A ALEGRIA.
NÃO PUDE ME FURTAR A VIOLÊNCIA DE
VER TANTOS DIREITOS SUPLANTADOS. EU TINHA
QUE FAZER ALGUMA COISA PORQUE NUNCA
QUEDAREMOS DERROTADOS.
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DEDICATÓRIA
Dedico este modesto trabalho e não é falsa modesta, é
modesto mesmo, a todos os empenhados trinta e cinco mil
policiais civis, independentemente de cargos, tempo de
carreira.
E obedecendo a lógica perfeita dos fatos, dedico àqueles,
cinco
mil (ou mais) que ali estiveram de corpo presente,
representando
a todos os outros. A todos que deixaram seus lares
aconchegantes
da capital, do interior de São Paulo, para erguer sua faixa. Sabe
o que vocês são? Sem hipocrisia, vocês são heróis!* (*herói:
l -s.m.homem (ou mulher) extraordinário (a) por seus feitos
guerreiros, SEU VALOR ou sua magnamidade - Dic. Aurélio)
. Vieram em busca de solução e de paz e encontraram
violação
de seus direitos e de tudo aquilo que se entendia até então,
por liberdade individual, democracia, direitos humanos. Mas
não há de ser nada. Dedico, então, a todos aqueles policiais
anónimos, que bravamente lutaram e naquelas circuntâncias,
eu
tenho certeza que dariam suas vidas, para terem seus direitos
atendidos que ratifica denominação heroísmo
acima exposto. Dedico também, a minha filhinha Giovana, de
cinco anos, que chorou ao ver pela televisão, o seu pai
ferido,
fiel combatente, ao colega Lúcio e cada um individualmente,
de todas as carreiras que participaram, que por espaço não os
posso mencionar, infelizmente, mas estão.
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INTRODUÇÃO
Há coisas contra as quais se deve forçosamente lutar, das
quais, não temos o menor controle, o menor o domínio ou a
certeza exala onde vai dar e onde nos vai levar. Porém, uma
coisa é certa: alguém tem que fazer. E parece que assim tem
sido, desde o principio dos tempos.
Assim que trabalhos sofisticados,
inteligências primorosas deixaram para a posteridade,
começaram insignificantes de às
aparentemente desconexas, comportamentos bizarros, os
quais
no entanto, em muitas oportunidades salvaram a humanidade
do caos, quando tudo parecia perdido.
Veja-se, por exemplo, o trabalho dos grandes
compositores clássicos, cujas obras completas maravilhosas,
começaram de uma mísera seminima. Sob esse aspecto,
quantas descobertas científicas surgiram do “acaso” e que
falar
da ciência da Anatomia, cujos primeiros percursores, acabaram
mortos quanto os cadáveres que traficavam?
Porém, por outro lado, o lado obscuro do ser humano,
possui recônditos inimagináveis e muitas na maioria das vezes,
nesses sorrios benignos, geralmente “fáceis” no meio desses
homens de política, escondem o horror e maldade.
Mais grave que tudo isso ainda, é quando todos esses
homens de sorrisos agradáveis, se juntam e estabelecem um
sistema de poder e de governo... Ai nada, nada na face desse
globo terrestre é capaz de destituí-los de seus reinados,
tamanho
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o poder e força maléfica que constituem.
É assim, que vejo todo esse poder atualmente no poder,
todos os poderes engedrados em prol de beneficiar o
ocupante
do cargo máximo em detrimento de todos os servidores
públicos ativos e não ativos.
Esse tipo de gente só teme uma coisa só: as urnas!
Porque Judiciário, Público,
Regionais Federais, dão a mínima, por quê? Porque nunca
serão
responsabilizados e se o forem nunca serão condenados e se
forem condenados nunca serão punidos e se forem punidos
nunca serão presos e o ciclo se reinicia.
Porém, alguém tem que dar o primeiro passo, o maior
arranha-céu existente na face da Terra, acredito eu que na
China, só teve um tijolo mais importante que o último que foi
colocado: o primeiro que foi introduzido.
De qualquer forma, agindo dessa maneira, o governo só
estabelece parâmetros para mais ainda restabelecer a nossa
fé:
o primeiro deles é acreditar e o segundo é quando se ganha
acreditar que um dia se vai receber, o que, obviamente, não
acontece, mas, continuamos, acreditando, e nossa fé vai
aumentando, até que um dia quem sabe por essas tragédias
inexplicáveis do destino, aconteça algo improvável como por
exemplo, a queda do “Muro da Vergonha” que separava as
duas Alemanhas, a queda e morte (ainda que não totalmente
legitima) do ditador Saddan Hussein e finalmente, o governo
não somente reconheça quando perde, mas, de preferência
que
pague o que deve.
Pois, dessa não bem São
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Paulo, para esse partido, para o Brasil perante outras nações
e principalmente para àquele que se candidata à vaga
presidenciável. Obra majestosa é a muralha da China.
Quantas dezenas de trabalhadores foram ali soterrados,
quantas sem pais filhos, sem
irmãos, para satisfazer a loucura de ditadores fanáticos e
prepotentes, no entanto, é a maior obra na face terrestre
com seus três mil e quinhentos quilômetros de extensão, cuja
proporção se vê da lua em homenagem aos mortos e feridos
que deram seu suor, seu sangue, para a construção de um
monumento a posteridade.
No que tange a Policia Civil, há necessidade de brio,
honestidade, amor e dedicação para que pelo menos os seus
netos e os meus, usufruam de Segurança Pública
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A éTIcA DO ADvOgADO:
A ética do advogado: é no capítulo VIII, Art. 31. onde se
lê: O advogado deve proceder de forma que o torne
merecedor
de respeito, que contribuía para o prestígio da classe e da
advocacia.
O hábito não faz o monge!
Grande verdade contida nessas pequenas palavras, ou
seja, não é pela roupa de clérigo, que fará o sujeito ser melhor
ou mais virtuoso que os demais seres humanos. Assim, não é
pela universidade que se cursa e pela roupa que se veste que
se
conquistará respeito e respaldo social se, além do
aprendizado,
toda a ética sobre a ciência e respeito ao ser humano não for
colocado em prática!
Uma filantrópica, multimilionária, a fim de provar que
qualquer criatura sobre a face da terra, tem direito a
aprendizado,
introduziu em Harvard, seu macaco chipanzé de estimação. Ao
término, teve um macaco formado, mas... um macaco!
Pode parecer estranha a citação, e até possa pensar-se
mesmo, uma ofensa ao causídico, mas, isso é constatação de
uma realidade histórica, uma vez que aqueles que realmente
conquistaram destaque na sociedade e isso os séculos
provaram,
felizmente, para nós, infelizmente para eles, não foram
aqueles,
cujos pais milionários compraram seu direito de cursar as
melhores faculdades, sem precisar desembolsar nenhum
tostão
por isso, além daquele “previamente estabelecido” e só.
Em suma, furtando o direito daqueles que realmente
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precisam de um ensino público. Os quais, enxotados para essas
centenas de universidades privadas, cansam-se e abandonam
tudo, por, digamos assim, caixa baixo... outrossim, “as letras
não salvam aos homens e não darão jamais, virtude aos
símios!”
Para ilustrar parte, dessa minha retórica, não posso
“furtar-me” a citar (talvez mais de uma vez eu já tenha citado
em lugar inúmeros esse mas,
mais uma vez não faz mal), a obra “A Origem da Desigualdade
Entre os Homens”, de Jean-Jacques Rousseau, ou no seu
original, como preferem os (pretensos) intelectuais: “Discours
sur L’ origine De 1’Inégalité parmi lês Hommes et si elle est
autorisé para Ia LoÍ Naturelle!”.
Com a palavra Rousseau: “admira-se a magnificência de
alguns curiosos que fizeram ou mandaram fazer, com grandes
despesas, viagens ao Oriente, com sábios e pintores, para
desenhar cortiços e decifrar ou copiar inscrições.”.
Custa-me, contudo, conceber como, num século em que
todos se jactam de belos conhecimentos não se encontrem
dois homens bem unidos, ricos, um em dinheiro, outro em
gênio ambos amando a glória e aspirando à imortalidade, que
sacrifiquem vinte escudos ser de
fortuna e o outro, dez anos de sua vida, numa célebre viagem
ao redor do mundo para estudar, nem sempre pedras e
plantas,
mas, por uma vez, os homens e os costumes e que, depois de
tantos séculos empregados em medir e considerar a casa, se
lembrem de enfim de procurar conhecer seus habitantes...»
E pelo que me consta, o nosso amigo advogado, ainda
não se deu ao trabalho das pesquisas... sequer do estudo as
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plantas... ou já?
Outrossim, para finalizar e sobre a teoria do macaco, é
nesse trecho do filósofo, onde fica clara toda explicação: « (...)
muitas vezes, tem-se levado a Paris, (selvagens), para Londres
e para outras cidades e com toda pressa lhes mostramos (eles
motraram), nosso luxo, nossas riquezas e todas as nossas artes
mais úteis e curiosas.
Tudo isso nunca despertou neles senão uma ‹admiração
estúpida’, sem o menor movimento de cobiça. (...) Van der
Stel,
governador do Cabo (Cabo da Boa Esperança), tendo tomado
um hotentote (espécie de ser primitivo), mandou educá-lo
nos princípios da religião cristã e na prática dos costumes da
Europa. Vestiram-no ricamente, ensinaram-lhe DIVERSAS
LÍNGUAS e seus progressos corresponderam muito bem aos
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