Memórias eterna de Élson João Antônio Branco Uma saudade inesquecível e imortal de uma perda familiar. A última página que fechou uma história marcada com lágrimas na existência da família. Elson com 6 meses de idade A história da vida de um menino que nasceu em 15 de maio de 1965, na Barra da Fortuna, Tenente Portela, estado do Rio Grande do Sul. Élson João Antônio filho de Teobaldo e Veronica Bottega Branco. Ele, desde berço expressava um olhar místico, de forma enigmática, que refletia uma sensação límpida e sábia, mas que parecia se percebia algo oculto e profundo nele, o invisível. Recebeu seu batismo católico aos 6 meses de idade, na capela de Km 12, sendo seus padrinhos Pedro Bottega e Teresa Branco, sendo comemorado com um humilde jantar entre familiares. Cresceu saudável contemplando horizontes de um futuro próspero, com muitos desejos. Na Barra da Fortuna foram 2 anos iniciais numa aprendizagem de trabalhar e viver em família. O tempo passava e assim via se confirmando a trajetória de desenvolvimento do menino. Bem cedo começou ler e escrever na escola junto com seus pais professores, que tinha muita facilidade em compreender o meio, a história do mundo em que vivia. O seu primeiro banco escolar foi na Escola Estadual de Barra do Gravatá, Braga/RS, cursou até a 5ª série, concluindo o primeiro grau numa escola Estadual da cidade de Braga. Durante esse tempo caminhava 6 km todos os dias até a escola, por estrada irregular do interior. Era um belo menino, com grande expectativa no destino de sua de sua vida, ele era espontâneo e participativo com a família, na escola e grupos de suas relações. Time da Escola. Élson com a bola, coluna da frente. Quando menino jogou futebol no time da escola, também treinava no Internacional de Sítio Tunes, uma localidade vizinha. Certa vez ele foi colocado no time adulto, ainda menino, recebendo proteção dos companheiros, ele teve a sorte de fazer um gol contra um time de outra localidade. Lembro-me como se fosse hoje, ainda menino sendo enriquecido de pequenas glórias, para os pais e para ele era um júbilo, muita honra, momentos felizes. Na localidade de Barra do Gravatá, Braga, nasceu em 15 de junho de 1971, um lindo menino, o mano, Gerson Luiz Carlos, com uma diferença de 6 anos de idade. O Élson ajudava os pais cuidar seu irmão e estudava. Naquela localidade foram 9 anos de atividades de intensa labuta. 2 O Elson acompanhando seu irmão Gerson com 2 anos Havia segundo grau somente na cidade de Campo Novo, município vizinho, onde toda a família se transferiu para lá. O pai trabalhando na Escola estadual São Francisco de Sales e a mãe no grupo escolas da sede. Ao memorizar a cultura e ideais familiares, o menino Elson se preparava para receber sua primeira comunhão, um culto tradicional religioso de costumes ancestral cristão. Com todo empenho frequentou o curso ministrado por catequistas na paróquia de Campo Novo Primeira comunhão na paróquia de Campo Novo 3 Ele estudava no Colégio Comercial de Campo Novo e começou atividades de trabalho onde conseguia recursos para sustento próprio junto com os pais. Na sequência a ordem de prioridade eram os estudos, no terceiro ano concluiu o segundo grau, já pensando em seu futuro preparava-se para fazer vestibular para realizar um curso superior. Em Campo Novo enquanto aluno e cidadão ele participava com disponibilidade e prazer do mundo coletivo e assumia liderança no meio estudantil. Representando a Escola – Semana da pátria Em 25 de julho de 1978 nasceu Bianca Meneia, uma bela menina para dar perfeição à pátria familiar, o Élson com 13 anos e o Gerson com 7 anos. Ambos eram saudosos, espontâneos e colaboradores com a família. Os dois meninos ajudavam os pais cuidar e proteger a irmãzinha Bianca, tudo era uma vida de sacrifícios e de exigências pelas dificuldades econômica que a família sofria, mas era imensa a vontade e a esperança de todos familiares ter um futuro de vida, de paz, saúde e de felicidade. Em Campo Novo foram 6 anos de lida incessante nos trabalhos pela vida. Eram momentos de muitos sonhos. 4 Com a mãe na formatura de 2º grau ao receber certificado. O menino Élson concluiu o segundo grau e fez vestibular na Unijuí, onde ingressou no curso de administração de Empresas. Os pais são professores estaduais conseguiram transferência para Ijuí em 1982, a partir de março. Em contato com o Professor Paulo Frizzo conseguiu emprego para o Élson, na biblioteca da Unijuí/RS, onde estudava e trabalhava. A família se organizou de forma precária, onde o estudo e trabalho era a meta que se devia seguir. A Bianca, maninha de 3 anos era levada pelo Élson até a Escola Maternal da EFA. O pai na Coordenadoria de Educação, a mãe professora na Escola do Osvaldo Aranha e o Gerson estudava e também ia buscar a Bianca na Escola pela disponibilidade maior de tempo. Uma vida cotidiana com pouco espaço das pessoas da família, havendo a necessidade utilizar a colaboração de todos. 5 Bianca Mineia O menino Élson, adolescente sendo aprovado com resultados satisfatório na faculdade, bem como, com ótimo desempenho no trabalho, ia vencendo obstáculos e apreciando os louvores da vida acadêmica. No segundo ano foi transferido para o setor administrativo onde funciona o arquivo da informática da universidade. Eram dia e noite de trabalho e aulas incessantemente, mas tudo tem uma recompensa, na lei do justo. Jovem, homem de ideias, lutador, responsável pelo dever, sonhador e construtor soberano do bem, do justo. Percebia-se a sua força ética como projeto pessoal de vida, com uma visão afrente no tempo. Sonhador e fiel aos seus princípios, sendo receptivo de um vasto número de amizades com colegas, professores, parentes, familiares e meninas que lhe queriam. Ele era um menino galã e de postura no mundo social. Uma tarde de 13 de março de 1983, quis o destino fatídico, logo após o meio dia ele recebeu seu amigo e colega Valdir Jaime Rohloff, que o convidou para irem na lagoa da pedreira banhar-se. Às 15 horas da tarde chegou um estudante da faculdade, moço de Campo Novo em nossa casa e informou que houve um acidente com o Élson, que estava sendo divulgado pelo rádio. 6 Imediatamente encaminhamos ao local e chegando lá, já se percebeu que era fatal o destino do nosso menino. Presenciamos aquela imagem trágica, ele estava deitado sem vida na praia da lagoa, uma tragédia mortal. Fim irreversível que motivou um golpe de eterna dor para haver lágrimas no decorrer de todos os tempos, enquanto se vive carregamos o luto. Uma vida ceifada que deixou um colorido jovem nas águas límpidas do lago da Pedreira. Um testemunho da história de um personagem jovem, que permanecerá na memória das gerações, como marca eterna de uma vida, momento em que fechou o livro, no local onde tombou Élson Branco. Élson era assim quando foi embora. 7 Comentários divulgados no “ijui.com”, em novembro de 2011 Helena Branco - São Miguel do Oeste (SC)+ 0 Enviado Qui, 19 de Janeiro de 2012 Élson João Antônio Branco, sobrinho, amado, inteligente e muito amigo de seus tios e avós. O Élson cresceu brincando, sorrindo e muito feliz. Ao se tornar adolescente mostrou sua capacidade de valorizar a cada coisa que possuía, entre essa a companhia da família. Acreditava na força da natureza e de Deus, falava desse universo lindo que vivemos e que deixou cedo para nós, quem somos nós para questionar as decisões de Deus. Teobaldo e Verônica ficam só com a saudade do Élson, porque vocês foram contemplados com a graça de viver com ele por dezessete anos. Quanto ao parque da Pedreira será iluminado pela força do poder de Deus e com a garra e inteligência do Élson Branco. Paz e Amor para todos . Ana Paula Branco - São Miguel do Oeste (SC)+ 0 Qui, 19 de Janeiro de 2012 Enviado O que se pode imaginar de uma pessoa que toda a sua família fala bem? No mínimo fascinante seria a resposta, alguém com a alma de um anjo, esse com asas lindas e douradas, pois dizem que esses são os nossos protetores, alguém com o espírito jovem, com vontade de viver e sem medo de ser feliz, vivendo o hoje e deixando a amanhã por conta do destino, coisa que todos deveríamos fazer, mas por covardia não o fazemos. Um primo que nunca conheci, mas como diz a musica” Cedo ou tarde ,a gente vai se encontrar, tenho certeza, numa bem melhor”, um dia a gente se conhece, em um lugar bem melhor que esse, o lugar lindo que você está, e pode parecer besteira, mas te sinto perto, sei que você também olha por mim, e sei que posso contar com você, sei que o meu grande gosto pelo 8 dia do seu aniversário não é mera coincidência. Um menino, um rapaz, um homem lindo, que deixou amores, família e amigos fisicamente, mas está ao nosso lado o tempo todo, e que ira nos guiar pelo melhor caminho, um guia, um filho amado, um primo, um irmão, um sobrinho, um amor... alguém presente no coração de todos e na lembrança da maioria, um primo que eu invejo quem conheceu. Fica com Deus meu anjo, e tudo o que você merece será realizado, com amor da tua prima que ainda ira conhecer! Lori e Agustinho Bottega - Ijuí (RS) Teobaldo e Verônica são primos muito queridos, valiosos para nossa família, amigos de todos os momentos. Professores, extremamente carinhosos com todos, humildes e ricos em sabedoria, com uma estrutura familiar muito sólida, criaram seus filhos, no caminho do bem, propiciando a eles oportunidades, para que fossem felizes e realizassem seus sonhos. Infelizmente, o menino Elson, com apenas 17 anos de idade, jovem carismático e inteligente, com um futuro brilhante, nos deixou prematuramente, num acidente, exatamente nas águas da pedreira, que agora deve transformar-se no Parque da Pedreira. Apoiamos integralmente a ideia de que este Parque seja denominado Parque Elson Branco, como uma iniciativa para homenagear este jovem que teve sua vida interrompida nas águas do lago do parque. Queremos que esta justa homenagem leve conforto ao Teobaldo e a Veronica, que mesmo com a irreparável perda, nunca deixaram de atuar ativamente na comunidade, como escritores, presidente do Bairro, trabalho atuante na área da saúde, como membro da pastoral da saúde e como Presidente fundadora da Naturvidas, cooperativa de atuação na saúde preventiva. Verli Petri - Santa Maria (RS)+ 0 Novembro de 2011 9 Enviado Dom, 27 de Tantos comentários atuais... tantos anos se passaram... a memória é assim: plena em saturações e em lacunas... eu subi as escadas da casa enlutada naquele mês de março... minhas pernas relutavam, meu corpo todo tremia muito... aos nove anos não acreditava que a natureza pudesse ser traída: em minha inocência, os filhos não poderiam morrer antes dos pais, dos avós... mas isso acontece e dói... meu primo mais velho, admirado por todos partira... Acho justa a proposta de nomear o Parque da Lagoa da Pedreira e imagino que esse lugar possa ser um espaço público bom de se viver... o nome do Elson deve representar um bom lugar e o poder público de Ijuí precisa se comprometer com isso também. Verli Petri. . Cassios M. Branco - Doutor Mauricio Cardoso (RS)+ 0 Enviado Qui, 24 de Novembro de 2011 Como o senhor e sua família sabem infelizmente nós não tivemos a oportunidade de conhecer o Élson. Agora tivemos a oportunidade de conhecer um pouco de sua história. Quanto ao local onde infelizmente perdeu sua vida, apoiamos a ideia de levar seu nome. Não podemos dizer o quanto sabemos a dor que o senhor e sua família sofrem por essa triste perda. Mas podemos dizer que sabemos que vocês tem coragem para enfrentar essa triste realidade. Um abraço ao senhor e sua família. Cassios M. Branco e família. Elaine Batista Trindade - Ijuí (RS)+ 1 Enviado Dom, 20 de Novembro de 2011 OI, ACHO MUITO JUSTO COLOCAR O NOME DELE NESTA PRAÇA. PARABENIZO QUEM TEVE ESTA LINDA IDEIA. Ane Pasche - Criciúma (SC)+ 0 Enviado Qui, 17 de Novembro de 2011 Concordo plenamente que o parque leve o nome deste moço, morava nas proximidades da "Fidene", e lembro com muita emoção deste dia. 10 Mais tarde conheci a Bianca, menina linda e iluminada, mesmo morando tão longe não tenho mais notícias, mas que Deus continue iluminando esta família... Paulo Cesar Machado - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Qui, 17 de Novembro de 2011 LEMBRO DAQUELE DIA COMO SE NÃO FIZESSE TANTO TEMPO, EU TINHA DEZESSETE ANOS, E PERCEBI A TAMANHA TRISTEZA DE TODOS NAQUELA SALA, E DE QUANDO EM QUANDO ME VEM NA MEMÓRIA, QUANDO ENCONTRO O PROFESSOR, POR ACASO, PRINCIPALMENTE... ACHO EXCELENTE A IDEIA DA HOMENAGEM, APESAR DA RELAÇÃO ENTRE O PARQUE E O ELSON TER SIDO UM MOMENTO DE MUITA TRISTEZA... MAS A HISTÓRIA É CONSTRUÍDA, ENFIM, DE MOMENTOS MARCANTES. João Paulo Manfio - Ijuí (RS)+ 0 Novembro de 2011 Prezados Teobaldo e Verônica. Enviado Qui, 17 de Texto emocionante. Conheci o Élson João Antônio Branco, na FIDENE, onde trabalhávamos e estudávamos. Sempre nos encontrávamos nas salas de aula, nos corredores, no relógio ponto, no cafezinho do recreio e nos eventos recreativos. Era um moço muito inteligente, competente e sempre de bem com a vida. Todos gostavam muito de seu jeito de viver e ser. Quis o destino levá-lo muito cedo para o descanso eterno. Uma tragédia inesperada que entristeceu Ijuí naquela tarde. Acompanhei o velório na casa de vocês e o enterro. Um dos dias mais tristes de minha vida e de todos seus colegas e amigos. Ele, com certeza, teria um futuro brilhante. Tenho certeza que descansa em paz. Guardem as boas lembranças. Saudades Eternas. Fiquem com saúde. 11 Camila Kozloski - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Qui, 17 de Novembro de 2011 Lembro do acontecido pelo que minha mãe, muito emocionada relatava. Na época eu tinha 4 anos de idade. Queridos professores, amigos e vizinhos, é muito difícil escrever nossa história nesse palco da vida quando o destino resolve mudar a direção e deixar somente a saudade no lugar de um filho. Quero poder estar na inauguração desse parque, contando desde já com a emocionante notícia de que ele se chamará Élson Branco. Que o conforto de Deus possa amenizar a dor sentida com a alegria dessa homenagem. Eliana Ribas Maciel - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Qua, 16 de Novembro de 2011 Queridos Teobaldo e Verônica: Tenho muito viva a lembrança daquele dia muito triste. Tínhamos jogos do grupo de jovens da Paróquia São Geraldo, o JUPA, no qual o Élson começava a participar. O Élson combinou de vir no jogo, mas não apareceu. Logo depois chegou a notícia, o jogo terminou e fomos cabisbaixos para a casa de vocês. Éramos adolescentes e não conseguíamos entender a situação e o tamanho da nossa tristeza. O tempo passa, mas a lembrança fica, de um jovem muito carismático, responsável e muito querido. Acredito que fica a sugestão para o nome da praça. . Maura Theobald - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Qua, 16 de Novembro de 2011 Eu acredito que o Livro não se fechou e a história desse menino maravilhoso continua sendo escrita... Élson continua vivo na lembrança de seus familiares e agora entre nós que através deste Portal conhecemos a sua história de vida. 12 Com certeza a Administração Municipal deveria fazer essa homenagem ao Élson dando seu nome ao Parque da Pedreira. Beate Anelise Ristow - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Qua, 16 de Novembro de 2011 Comovente história. Seria uma merecida homenagem à família Branco, tão bem relacionada em Ijuí. Sandra Bado - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Qua, 16 de Novembro de 2011 Olá! Sou professora e geógrafa. Sempre tematizo as questões socioambientais e especialmente às de Ijuí. Este fato muitas vezes é lembrado quando discutimos a pedreira municipal, lugar cheio de significados e cotidiano de vida. Assim, achei ótima a sugestão. Luis Fernando Arbo - Ijui (RS)+ 0 Enviado Qua, 16 de Novembro de 2011 Recordo o meu irmão Maurício Arbo comentando com profundo pesar esse triste episódio. Tenho um profundo amor pela família Branco. Fui colega da Bianca e sou amigo do Gerson e dos seus pais (Teobaldo e Verônica) a quem devo muito do que sou enquanto ser humano. APÓIO A IDEIA LANÇADA: PARQUE DA PEDREIRA ÉLSON BRANCO!!! Professor Ivo Ney Kuhn - Ijuí (RS)+ 0 de Novembro de 2011 Enviado Qua, 16 Estimados Verônica e Teobaldo: Fui colega de Trabalho e de Aula do Curso de Administração de Empresas de seu filho Élson. Suas palavras simplesmente afloraram toda a saudade contida nestes 28 anos e meio que se passaram. Toda vez que passava por perto da pedreira a imagem do colega vinha e me emociono cada vez que lembro. 13 A homenagem é muito justa e me engajo na campanha. Um forte Abraço. Professor Ivo Ney Kuhn Marli Meiger Siekierski - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Qua, 16 de Novembro de 2011 Amigos Teobaldo e Veronica: Sabemos que a perda de um ente querido jamais será esquecida. E como diz um pensamento de autor desconhecido: "Ninguém morre enquanto permanecer vivo no coração de alguém". A bela lembrança do filho de vocês e a coragem de escrever sobre ele com certeza ainda dói no coração dos amigos, mas oportuniza que nós possamos dizer: Sim! Achamos maravilhosa a ideia de denominar o parque da pedreira de Parque da Pedreira Élson Branco. Prof. Hilário Barbian - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Qua, 16 de Novembro de 2011 Amigos professores Teobaldo e Veronica Branco: Não vou esconder que me emocionei ao ler o texto onde o senhor conta a história da sua família e do falecimento do Élson João Antônio Branco. Me emocionei porque rememorei tudo que vivi naquela tarde de 13 de março de 1983 e sofri junto com os senhores a perda do Élson que conheci muito bem porque era nosso colega na então Fidene, tendo eu o filiado ao Sindicato da categoria que estávamos organizando uma vez que era o presidente. Estive junto ao infausto acontecimento naquela tarde. Cheguei ao local junto com os bombeiros e antes dos senhores terem chegado e tomarem ciência da tragédia que acabara de acontecer. Nunca conversei sobre isso em sinal de respeito e de solidariedade à dor que até hoje os atingem e que se pode constatar na leitura do texto. Da margem do lago vi quando os bombeiros localizaram o corpo e o trouxeram à tona e o colocaram num barco e o trouxeram à margem. Era uma cena tétrica que eu não queria acreditar. Aliás, ninguém queria e podia acreditar. O Élson era querido 14 por todos, tal como o senhor afirma no texto. Vi quando o senhor e a professora Verônica chegaram ao local. Vi quando a professora Veronica e o senhor tentavam abraçar o corpo inerte do filho e o chamavam à vida, mas ele não respondia mais. Guardo bem na retina e na memória quando a professora Veronica tentava tomar o corpo do filho morto em seus braços para protegê-lo e ao mesmo tempo bradava aos gritos a dor que sentia. Vi quando queria abraçar o Élson dentro do barco mas seus braços caiam para um e outro lado fazendo um ruído lúgubre no fundo da embarcação. Todos, absolutamente todos os que estavam presentes se emocionaram com aquela cena chocante e choraram juntos. Lendo o seu texto, eu compreendi o que o senhor e a professora Veronica gostariam que acontecesse. Na vossa humildade que lhe são características, se bem entendi as entrelinhas, o pai Teobaldo e a mãe Veronica, assim como os irmãos Gerson Luiz Carlos e Bianca Meneia gostariam que o local se chamasse Parque da Pedreira Élson João Antônio Branco. Ou para simplificar, de Parque da Pedreira Élson Branco. A vossa reivindicação é mais do que justa. Já vi inúmeras vezes logradouros públicos levaram o nome de alunos que pereceram em acidentes em rodovias que passam junto a escolas ou mesmo outros tipos de acidentes. O que vale nestas situações é o respeito e o valor ao ser humano. Sinto que a família Branco encontraria a solidariedade e paz com esta homenagem ainda que passados 28 anos do triste acontecimento. Penso que as autoridades, principalmente o Prefeito Ballin e o vice-prefeito Bira, serão sensíveis ao humilde pedido. Professor Teobaldo, o seu texto, eu tenho certeza, vai encontrar eco em muitos corações. E, sinceramente, penso que 15 a melhor homenagem que se pode fazer a um jovem que pereceu involuntariamente nas águas do lago da Pedreira é homenageá-lo com seu nome: Parque da Pedreira Élson Branco. . Daniela Marckevitz - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Ter, 15 de Novembro de 2011 JÁ PASSEI POR ESSA DOR, QUE NÃO TEM NOME NEM FIM. E MESMO QUE O TEMPO, OS DIAS, OS ANOS PASSEM, NADA É CAPAZ DE AMENIZAR. NADA MAIS JUSTO, OU MAIS BONITO DO QUE SE POSSA REALIZAR ESSA JUSTÍSSIMA HOMENAGEM A ESSE FILHO (IRMAO, AMIGO, COLEGA, COMPANHEIRO) QUE MESMO QUE SE PASSE O TEMPO, PERMANECE VIVO NO CORAÇÃO DOS QUE O AMOU E AINDA AMA. APOIANDO ESSA BELA HOMENAGEM E NA TORCIDA PARA QUE REALMENTE SE CONCRETIZE. Wilson Nascimento - Camboriú (SC)+ 0 Enviado Ter, 15 de Novembro de 2011 Como faz bastante tempo já não estou mais lembrado sobre o acontecimento. Acredito que o ocorrido deve ter causado grande comoção, tanto na ambiente familiar da vítima, como na comunidade acadêmica e também na sociedade ijuiense. Em hora muito oportuna, o pai do falecido houve por bem suscitar a lembrança do seu filho querido. Não resta qualquer dúvida de que é de bom alvitre atribuir a denominação do local de Élson Branco, para que se perpetue a memória de quem foi bom filho, bom amigo, bom aluno e que por certo, se sua vida não fosse tão tragicamente extinta, seria, também, um cidadão de grande valor. Saudações. Almiro Fortes - Ijuí - Campo Novo (RS)+ 0 Enviado Ter, 15 de Novembro de 2011 Impossível não se emocionar com o relato do professor Teobaldo. E com o comentário do professor Hilário as lágrimas rolam soltas pela face. E quem é pai e mãe, sabe que no fundo da alma uma pequena parte de si se perdeu, morreu, 16 evanesceu... Confesso que não conheço a família Branco, mas impossível permanecer incólume à sugestão quanto ao nome do Parque. Apoio incondicionalmente a sugestão do nome e faço coro aos que aqui manifestam sua vontade positivamente. Que esses pais, que há quase 30 anos carregam a maior dor que um pai pode ter, tenham nesse espaço e nessa homenagem o alento do reconhecimento a esse jovem, que infelizmente não pôde nos apresentar tudo o que seu potencial evidenciava, mas querido que era, mesmo após esses 30 anos permanece vivo na memória dos que o conheceram. Saúde e paz. Claudio Omar Nunes - Rio Grande (RS)+ 0 Enviado Ter, 15 de Novembro de 2011 Um parque urbano sempre é uma boa ideia, argumento em que embaso minha opinião favorável à proposta do Sr. Teobaldo Branco. Juntar esta boa ideia com a homenagem a uma pessoa que teve sua vida ceifada ainda na juventude, mais forte torna o argumento. Por fim, mesmo não sendo mais morador de Ijuí, habitam minha memória lembranças fraternas da cidade, tanto do Élson Branco, que foi meu colega de trabalho na Biblioteca Central da então FIDENE, quanto do lugar, eis que fui morador do Bairro Pindorama, nas adjacência do futuro Parque. Tomara que a proposta se transforme em realidade! Rigoberto Pereira - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Ter, 15 de Novembro de 2011 Eu apóio esta ideia: Parque da Pedreira Élson Branco. .. já tá no Facebook. #Parque Élson Branco. . Ruth Fricke - Ijuí (RS)+ 0 Enviado Ter, 15 de Novembro de 2011 17 Verônica e Teobaldo, eu, o João e minhas filhas tínhamos arrecém ido a Campinas (janeiro de 1983) onde eu iria fazer o mestrado de Estatística na Unicamp, passamos muitas dificuldades, vivendo só de bolsa, sem salário, sobrevivemos. Mas a notícia da tragédia nos apanhou de surpresa lá a 1.300 km e choramos muito. Nossas meninas mais velhas o conheceram e a dor sentida reviveu nossa própria perda da filha Sandra Elisa. Eu não esqueço minha tragédia familiar, ocorrida em 1969. Vocês não esquecem a perda do menino Élson. A cada minuto que passa a dor é maior, acima de tudo a maior dor é a perda de um filho. Não é natural, não é lógico, a gente quer trocar de lugar com ele, quer ficar inerte para que ele tenha vida e somos absolutamente incapazes de realizar essa troca, na nossa cabeça, natural e justa. Já vivemos, eles não, tinham tantos caminhos, tantas escolhas, ... que ficam para trás, uma incógnita, perdida na cerração de uma manhã de outono, mas que sabemos seria brilhante como a amostra de vida nos deu a perceber. Apoio a ideia de chamar de Parque da Pedreira Élson Branco e que tenha um memorial contando sua história e de outros que lá se banharam e foram traídos pela vida, não necessariamente a perdendo. Aliás, acho que o memorial deve conter a história de vida das pessoas que ali trabalharam, e fizeram suas moradas humildes no entorno, lutando contra a adversidade com tenacidade e coragem e que ainda estão ali: histórias, fotos, depoimentos, mensagens,... Lembro que no início dos anos 80 realizávamos nossas primeiras reuniões nessas moradas do Bairro Thomé. E a lembrança que tenho era de um povo lutador que sabia o que queria, reivindicava com clareza e era justo em suas reivindicações. Acredito firmemente que nosso prefeito Ballin e nosso viceprefeito Bira serão sensíveis a esta homenagem. 18 Vilmar Bagetti - Santa Maria (RS)+ 0 Enviado Ter, 15 de Novembro de 2011 Olá Teobaldo. Parabéns pela escrita e pelo filho, que é teu e da Verônica. Lembro do Élson como aluno da Escola de Primeiro Grau São Francisco de Sales (nome antigo da escola). Era um menino que se destacava nas aprendizagens e no esporte. Vocês podem ter orgulho de ter um filho com muitas qualidades, e eu como professor digo a mesma coisa. Lembro também que no início da década de 1980, eu voltava de Ijuí, havia levado a Lúcia, minha esposa que estudava na "Fidene". Aí dei uma carona ao Elson e ao Neto Paim da Motta. Falamos de futuro e de sociedade nesta viagem. E o Élson conversava como adulto. Lembro como se fosse hoje. Um grande abraço. Teu amigo, Vilmar Bagetti. Simone Moraes - Cruz Alta (RS)+ 0 Enviado Ter, 15 de Novembro de 2011 Fica a sugestão para que o Parque leve o NOME deste menino, ou uma das atrações do Parque, como por exemplo a Praça tenha como nome ÉLSON BRANCO. 19