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José Carlos Limeira
José Carlos Limeira Marinho
Santos nasceu em Salvador-BA,
no dia 1º de maio de 1951; filho de
Carlos Marinho Santos e Anelita
Limeira Marinho Santos, pertence
a uma família de Cachoeira,
recôncavo baiano. Os primeiros
cinco anos da sua infância foram
vividos na rua Júlia Fetal, no
Campo da Pólvora, em Salvador,
hoje um bairro mais ligado a
questões jurídicas, pois lá se
encontra o Fórum Rui Barbosa,
espécie de “Corte Suprema” da
Bahia. Após os cinco anos foi para
o corredor da Lapinha, número 17. Em entrevista o poeta afirma que “a Lapinha e a
Liberdade exerceram uma influência muito forte na minha vida, porque é a Liberdade
que me mostra mais radical e contundentemente, de forma mais imediata, as
contradições dessa enorme cidade. Um bairro eminentemente negro.”
Militante do Movimento Negro brasileiro, participou da Direção de diversas entidades
como o IPCN – Instituto de Pesquisa das Culturas Negras, do qual foi vicepresidente cultural –, fundou o primeiro Bloco Afro Cultural do Rio de Janeiro, o Afro
Axé Terê Babá e o GENS – Grupo de Escritores Negros de Salvador. Participa do
Coletivo de Escritores Negros Brasileiros e vem publicando poemas e contos na
coletânea Cadernos Negros desde seus primeiros números. Pesquisador da
literatura produzida por afro-descendentes, tem feito palestras em universidades em
todo o Brasil. Verbete na “Enciclopédia de Literatura Brasileira”, verbete em “Quem é
Quem na Negritude Brasileira”, colabora com vários jornais e revistas nacionais e
estrangeiras.
Concluiu o curso de Engenharia Operacional Mecânica, em 1976, na Universidade
de Santa Úrsula no Rio de Janeiro. Atualmente está cursando Letras na
Universidade Católica de Salvador. Escreve e publica contos, poemas, crônicas e
artigos desde os anos setenta, tendo trabalhos traduzidos em vários idiomas e
estudados como objeto de teses e dissertações, no Brasil e no exterior. No
momento, um novo trabalho encontra-se no prelo: Malakê - poesia. Nesse livro,
Limeira busca construir, acima da memória individual, uma arqueologia das origens
culturais e políticas de toda uma geração das comunidades afro-descendentes de
Salvador e do recôncavo baiano, principalmente Cachoeira. Seus textos tem sido
utilizados por organizações não governamentais como fundamento para a
construção de slogans e banners voltados às políticas de inclusão social e racial.
Limeira foi Assessor Especial da Reitoria da Universidade do Estado da Bahia.
Participou em 1999 do Programa de Visitantes Voluntários patrocinado pela USIA,
tendo visitado vinte universidades americanas tradicionalmente negras e entidades
culturais voltadas à promoção social. Faz parte dos Conselhos Editoriais do Jornal
Multicampi e das Revistas Administração Pública: Vista e Revista, Conhecer e
Revista do Cepaia.
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Coordenou no Brasil um Programa de Intercâmbio com a Universidade de Maryland,
proporcionando a imersão na cultura e realidade brasileiras de estudantes de
graduação e pós-graduação, tendo planejado e executado diversos outros
programas para visitas de entidades voltadas à promoção do crescimento de
comunidades carentes, assim como para sua sustentabilidade, seguindo o exemplo
do projeto efetuado e realizado com o grupo Miami Fellowship Initiative em 2001.
Participou da criação e coordenação do Projeto de Capacitação de Trabalhadores
Culturais Afro-descendentes que atendeu em cursos, treinamentos e diversas ações
voltadas à cidadania cerca de 3700 pessoas ligadas às Instituições de matriz
africana da cidade de Salvador e região.
Participa de atividades comunitárias e religiosas do povo negro brasileiro, possuindo
excelente trânsito e diálogo com as mais diversas organizações, desde os blocos
afro e afoxés até as comunidades religiosas da cidade de Salvador e recôncavo
baiano. É sócio contribuinte da sociedade Steve Biko ganhadora do Prêmio Nacional
de Direitos Humanos.
Defensor das Políticas de Ação Afirmativa para inclusão Social dos Afrodescendentes e Indígenas, empenhou-se na Campanha de Esclarecimento da
Comunidade, realizando inúmeras palestras em escolas, associações comunitárias,
universidades, entre outras organizações, além de proporcionar esclarecimento aos
organismos da imprensa, para promoção do apoio à decisão do Conselho
Universitário da UNEB quando da reserva de vagas para afro-descendentes no
Vestibular de 2003.
Organizou e coordenou diversos encontros e atividades voltadas à inclusão da
terceira idade tendo se tornado constante colaborador da UATI – Universidade
Aberta à Terceira Idade da UNEB.
É músico prático habilitado pela Ordem dos Músicos do Brasil e colabora com
diversos Blocos Afro-Culturais da cidade de Salvador como, por exemplo, o Ilê Aiyê,
Arca do Axé, entre outros.
Constantemente convidado a realizar palestras em organizações da sociedade civil,
estuda as questões sócio-econômicas dos menos assistidos, conhecendo as
realidades destes. Foi Palestrante no Programa Raça e Democracia nas Américas,
Sacramento Califórnia Julho de 2001; dialoga com organizações do Brasil e exterior
sobre problemas que afetam as comunidades negras.
Mantém fortes laços de amizade com diversas representações diplomáticas de
países africanos com destaque para as da África do Sul e de Angola. Nesta linha,
coordenou em Salvador as comemorações do Aniversário de Independência da
África do Sul em 2002.
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