<ifl*'' i Q-A gjg P»^ ■ N» -DEZEMBRO-88 CONJUNTURA PONTO DE VÍSTA CEFURIA EDITORIAL Neste boletim estamos apresentando alguns fatores que influenciaram as eleições como o ajuste econômico, a reorganização do poder na Constituição, o pacto social, etc. para você fazer a sua análise, selecionamos alguns artigos pós-eleições. Contém também este Ponto de Vista um comentário acompanhado de mapas do Estado do Paraná apresentando os municípios com os partidos dos prefeitos eleitos, além de um comentário sobre a participação popular na Constituinte Estadual. ELEIÇÕES ü PMDB m PTB PDT D PDS ■ PT ilPFL 0 PARANÁ APÓS AS ELEIÇÕES ^r NOTAS SOBRE ANALISE' AS ELEIÇÕES MUNICIPAIS NO PARANÁ O resultado das eleições do último dia 15 de novembro nos municípios paranaenses veio comprovar o que já era do conhecimento de todos: a população do Paraná é, em sua maioria, conservadora e avessa as mudanças. Enquanto no resto do Brasil, aconteceu uma virada à esquerda, aqui os votos foram para a oposição, mas a oposição de direita. É o que nota-se do resultado obtido pelo PTB, que elegeu 69 prefeitos, o PDS com 15 prefeitos, e até o PDC com dois prefeitos, um dos quais, no município de Ponta Grossa, foi a vitória mais festejada pela UDR do Paraná. Refazendo o arco ideológico dos partidos, apresentado no Ponto de Vista n9 10, de outubro de 1988, o resultado é o seguinte: PTB PDS PDC PFL PL DIREITA 69 prefeitos (21,7%) 16 prefeitos ( 5,0%) 2 prefeitos! 0,6%) 35 prefeitos (11,0%) 17 prefeitos ( 5,4%) PMDB 153 prefeitos (48,1%) PDT 24 prefeitos ( 7,6%) ESQUERDA PT 2 prefeitos (0,6%) O PMDB, como era esperado, elegeu o maior número de prefeitos, porém a maioria em pequenas cidades sem grande expressão política e/ou econômica. Seu melhor resultado foi na região Oeste, onde conquistou entre outras, as prefeituras de Cascavel, Toledo e Foz do Iguaçu. Mas existem sérias acusações de fraude eleitoral em Cascavel, e o caso está na justiça. O PTB também não tem grandes cidades entre as 69 que conquistou, seu melhor resultado foi em Paranaguá onde elegeu um ex-prefeito que já foi ligado ao PMDB. As prefeituras das cidades mais importantes do estado, Curitiba, Londrina, Guarapuava, ficaram com o PDT, o que não significa um alinhamento imediato com as idéias de seu líder Leonel Brizola, porque o PDT no Paraná foi formado por gente que veio do antigo PDSe do PFL. Particularmente em Curitiba seu candidato foi eleito com o apoio do PTB e do PFL. Os mapas a seguir dão uma idéia de como ficou o Paraná depois das eleições e antes de começar a "dança" de troca de partido dos novos prefeitos. NOVOS PREFEITOS FILIADOS AO : W. PDC mmmm ^ " '^ V fonte: 0 E.PR 27.11.8 ANALISE NOTAS SOBRE A CONJUNTURA Os acontecimentos da seguinte conjuntura têm como pano de fundo a crise do modelo econômico e do regime político. É nesse quadro que se movimentam as principais forças sociais: — burguesia local, capital internacional, forças armadas, igreja, e classe trabalhadora — procurando na nova organização política e econômica, a defesa dos seus interesses. Essa defesa é tanto maior quanto cada força estiver organizada e com um projeto de sociedade. A classe trabalhadora é justamente a menos organizada e sem um projeto claro assumido pelas massas, porque as forças dominantes sempre usaram de todos os expedientes para impedira sua organização (repressão, atrelamento, assistencialismo, etc). Os principais fatos que hoje mais revelam essa luta entre as forças sociais são o pacto social, choque fiscal (déficit público), política salarial, greves, e as eleições. Fatos que estão ligados a dois problemas maiores — o ajuste econômico e a nova reorganização do governo. AJUSTE ECONÔMICO Para que a economia capitalista brasileira retome o seu crescimento é preciso um "ajuste", isto é, arrumar recursos para novos investimentos. Ou se faz este ajuste por um pacto democrático ou pela lei do mais forte. Num primeiro momento o mais forte foi o capital estrangeiro que está conseguindo receber anualmente mais de 12 bilhões de dólares, mais ou menos 5% do Produto Interno Bruto (PIB), ás custas do aperto no mercado interno, isto é, dos assalariados. Outra política, em uso até o presente, éa tentativa de controle do déficit público, isto é, de cortes no gasto público (investimentos sociais e mesmo econômicos, arrocho no funcionalismo), programa de privatização (venda de estatais), e choque fiscal (aumento da receita do governo). Acontece que este programa por enquanto só foi colocado em prática nos cortes aos gastos sociais e salários do funcionalismo donde, novamente a perda é dos trabalhadores. Todo esse esforço acabou sendo engolido pela burguesia através da inflação e do crescimento da dívida interna. De novo prevaleceu a lei do mais forte, e não a democracia. Em outras palavras, não so conseguiu um "jeito" estável, democrático, e insto para que o sacrifício ne- V cessário para retomar o crescimento econômico fosse distribuído igualmente por conta da inflação, da divida interna, do pacto social. Enquanto isso a conta vai sendo paga pelos assalariados e a economia usurpada (engolida) pelo capital estrangeiro e pelo empresariado. CONSTITUINTE E REORGANIZAÇÃO DO PODER Um momento importante de reorganização política e econômica foi a Constituinte, que estabeleceu as bases da nova reorganização do poder. Um desses aspectos relevantes é que com a vigência da nova Constituição, no plano federal, a decisão final sobre questões econômicas vitais para o país passa do Executivo (Presidência da República), para o Legislativo (Congresso Nacional). Quer dizer, a administração econômica do país não pode mais ser feita através de pacotes (decretos-lei) mas de projeto de lei que passem e sejam debatidos e aprovados pelo Congresso. PACTO SOCIAL Ressurge, de outro lado, a proposta do pacto social, uma iniciativa do empresariado e de alguns setores sindicais, depois incluindo o governo. O compromisso social assinando a 4/11 propunha:a reversão da inflação e a retomada do crescimento econômico, sendo que a principal iniciativa prática da primeira rodada de negociações foi estabelecer uma lista de preços para uma cesta de produtos, com o objetivo de estabilizar a inflação. Na reunião de 7/12 o Comitê Empresarial apresentou as seguintes reivindicações: flexibilização de preços (leia-se maior índice de inflação), revisão do índice acertado para janeiro, redução imediata dos gastos do governo com pessoal (demissões e arrocho salarial), agilização do programa de privatização (rápida venda de empresas estatais) e participação dos partidos políticos. Como se vê, enquanto os empresários vão passando a sua proposta, os trabalhadores desempenham até agora um papel quase decorativo, de assistentes do espetáculo de "despreendimento e patriotismo" dos empresários. A experiência do pacto até agora mostra: a)- a fragilidade do pacto — porque forças importantes como a CUT, os partidos, o Congresso ficaram de fora (ver janela). ANALISE --URGENTE 06/12/1988 ANAXlbt • b)- as medidas não incluíram o estabelecimento de sanções (penas) contra aquelas que descumprem o pacto. c)- enquanto se discute deixar a inflação como está, os ganhos sociais dos trabalhadores conquistados com a nova Constituição (50% hora extra, horas adicionais até a instalação do turno de revezamento de 6 horas, etc.) vão sendo anulados pelas altas taxas de inflação (mesmo pactuadas); d)- lances escusos (malandragens), escondidas atrás do pacto — tentativa do capital internacional, e seus testas de ferro de passar a "conversão das exportações"; manobra de Sarney para atropelar os governadores, diminuindo as receitas estaduais, e forçando o pagamento da dívida. ELEIÇÕES Pode-se dizer que o país passou a maior parte do ano de 88 num certo compasso de espera. De modo inesperado, as eleições municipais de 15 de novembro quebraram o "suspense" e puseram em marcha um processo que parecia congelado. As vitórias do PT, PDT, PSDB e PSB nas principais cidades foram um prosseguimento da transformação que se iniciou com as jornadas pelas diretas-já em 1984. Assim, no plano municipal, os governos mais importantes passaram ás mãos da esquerda política. E nesse avanço é preciso destacar a escalada do PT, escalada que não deve ser creditada unicamente ao voto de protesto, mas que reflete também o avanço dos movimentos sociais urbanos. (Veja box) pg 05 Outro fato novo é o aparecimento do PT como um partido moderno e de massas, com programa e quadros. Nesse sentido deve forçar outros partidos e segmentos sociais a também se organizarem mais claramente. Com isso talvez se desfaça a geléia partidária brasileira. A nova situação política do país fica pois marcada por duas transferências de poder. No plano federal, do executivo para o legislativo. No plano municipal de prefeituras governadas por partidos de direita para partidos de centro-esquerda. Estas transferências, se mantidas, terão conseqüências importantes para o realinhamento das forças políticas e para a superação dos impassses que sufocam o país. Estas mudanças, no entanto estão seriamente ameaçadas de frustração pela crise inflacionária. v^eS NEGOCIAÇÕES SOB PRESSÃO NAO E 0 FANTASMA DA HIPERINFLAÇAO QUE EMPURRA A MAIORIA DOS EMPRESÁRIOS PARA A MESA DO PACTO, E SIM UM PERSONAGEM DE CARNE E OSSO. TRATA-SE DO GENERAL IVAN DE SOUZA MENDES, MINISTRO CHEFElK) SNI, QUE ESTA POR TRÁS DA MAIORIA DAS OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIA DO GOVERNO SARNEY. DURANTE AS REUNIÕES, 0 CHEFE DO GABINETE CIVIL, RONALDO COSTA COUTO, APELA PARA 0 PATRIOTISMO DOS PRESENTES. MAIS TARDE, 0 GENERAL IVAN TELEFONA E PRATICAMENTE OBRIGA-OS A ADERIR. ANÁLISE -/"" Folha de S.Paulo - 21.11.88. OS NOVOS PREFEITOS DAS CAPITAIS E ■ i ■ 11111 iii 11 '^ Rio d» Jan»lro (RJ) . , j', . .'i ,|, 111111111111111111111 iii n ' Macapá (AP) • ■' " ;' !'$olv(Hfcf(BA)*t: ^ ir, Tertitno (PI) -Marctllò Altncar (PDT) Natal (RN) . Vllmo Maio (PDT) : Jo8o Coplberlbo (PSB) ' _ F Ftrnando Joi4 (PM08) '.'* Heràclita Fartei (PMDB) (sc) ;'';<' ■.Wf; tilrtttólftoAmlmW^/f;: frws f«í5o (pii ^':T:r:r>'ii»páB:reridiP0T)xr;ti,.r.^r::;3 rríiorionípõiii i Rio Bronco (AC) SSe Paulo (SP) Lulia Erundlna (PT) Vltôf Io (ES) Vlter Buait (PT) ' ;^1fk!íf(i»É)-«Tr^S*Su4Jõaáui«ç3v'âi^ ; .« Maceió (AL) f Belo Horlionte (MG) " '.'TTGoiânia (GO) ;:;< Jorge Krjlume (PDS) Pimento do Velgo (PSDB): Nion Albernai (PMDB) Ç«tóWIÍ(MÁ)'*^ Fortoleia (CE) . Guilherme Palmeira (PFL) mmmi^^sx& ^èd»rl» F^m - Ciro Gomei (PMDB) (!..«.•.•«»■■«•»« Belém (PA) ' . Sohld Xeríon (PTB) ^Çorfi^ÇMi (MSlTSrVWdiCCfttlKojPTBl ^SSKSTSI .' • Porto Velho (RO) ' ' ' ' ' Franclico Erte (PTB) ^íow (AACLteí^.Arthgr ^^^^ ^Arocòlu (SE) WellInBlon Polxflo (PSB) t!r'?.'l!'!|.*If.,.f<,'.v.'r;'.,i'.;t ■**í ^r.t ■ rTfTfi *rrtÍV,??,T< ......■■! OS ELEITOS NAS DEZ PRINCIPAIS CIDADES DO INTERIOR DE SÃO PAULO l:::"v-!':!l-!!!'l ■I SÕo Joié doi Campüi < (> '' Joaquim Bftvllacquo (PTB)' '"í-' W5fiS;t&i1cmè■dóSu|•Já^^B^lü(itort6r«tla(PT6jJ',^ r, RlbtlrOo Preto . : i. Welton Catparinl (PDC) ■ ■ 'IfSK io»f ao iio,pr^:C5^:<rMt^;!ò7iãw«ir?dá J»:oiiviifi(p^ Dlodemo \ Jo»é Auguito Romoi (PT) DANTE O Estado ;fíM'::'í'lí'^'íi'í!>';V''> ,', . l I . li1!1! f I l1»'»'!'!1^» ffW» 'tr''• '1 > * » ■ Sdo Bornardo do Campo ■•' Campino» Maurício Soarvs (PT) ' > Jocó Blttor (PT) ipanw.^wr^içr-íf^ ^ T»ima a* SOüM (pi) •";M;. • Oioieo do Paraná - 22.11.88. Franclico Roni (PTB) A/ Í-OLHA DE S.PAULO Quarto-tolio, 30 de novembro de 1988 Votos, partidos e candidatos pós-urnas NEWTON RODRIGUES A análise completa das cieigòes municipais, do último dia 15, requer o tuhulamenlo dos números cm todos os Estados e sua comparação com os resultados obtidos pelos diferentes partidos nos pleitos anteriores, com destaque para o de 1982 que foi o último do gênero, pois, em 1985, a disputa limitou-se a duzenlas unidades, entre elas incluídas as capitais, enquanto as de i!)iir> foram a|H!iuis de âmbito federal e municipal, üs elementos já disponíveis permitem, entretanto, caracterizar alguns aspectos fundamentais das transformações políticas havidas e dos novos problemas que clus suscitam. Apesar da liberalização do sistema dominante iniciada em 1974 e que resultará, no mesmo ano, na virada oposicionista (10 vitórias majoritárias para o Senado) e de sua consolidação, em 197U, mesmo enfrentando a trucagem deformadora do pleito, embora travada entre cinco partidos (PDS, PDT, Kl", PFB e PMDB) a disputa municipal foi nacionalmente binaria, um préliu entre pedessistas e pecmedebistas. Só em Silo Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul o PDT, o PT e o PTB marcaram presença efetiva e ■ só um deles conseguiu expressiva vitória com o êxito de Leonel Êrizola, eleito governador, a conulsta da cadeira senatorial e das inaiores bancadas na Câmara dos Deputados e na Assembléia Legislativa. Os números segundo os quais o partido oficial triunfara em 22 Estados, foram insuficientes para esconder a realidade que lã brotara anlon. Para assegurar o exilo do sistema de que era delegado, JoAo Figueiredo fez um "paço" eleitoral ainda mais Indecoroso do que o anteriormente passado por Geiscl. O ponto mais importante dessa nova falsificação foi a vinculaçflo total dos votos que freava a captação de sufrágios pelos novos partidos, asfixiando-lhes «s legendas, e facilita va o trabalho das máquinas oficiais, asseguradas pelas eleições indiretas para os governos estaduais e a eliminação dos pleitos municipais de todos as capitais e outras cidades importantes, a prelexlo de serem áreas de segurança nacional ou estâncias hldrominerais. Apesar disso, em sete Estados, a oposição, tomada em conjunto ou separadamente, fez a maioria das bancadas estaduais, com destaque para Rio do Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Diferentemente, o pleito de agora, adiado por conluio dos grandes partidos, teve como uma de suas principais características enorme dispersão paitidária (nu Riu, 10 oi ganizações elegeram vereadores) mais acentuada, natutaluicntc, nus áreas de maior concentração urbana e mais elevado nível de industrialização. Dessa forma, em nenhum dos principais centros do pais nem o Íírefeilo foi eleito por maioria absodemonstrado raízes firmes em setouta do votos, nem mesmo conseguiu res do campo. E óbvio que seu êxito ultrapassar Índices em torno de 3U% se deveu, em parte, a polarização de dos sufrágios. O duplo escrutínio, última hora, englobando mesmo a aconselhável mesmo em eleições de alta classe média o que é verificável poucos partidos mostrou-se, como Ceio triunfo de seus candidatos em era de esperar, ainda mais necessáairros ricos, como se dera no rio em disputas de múltiplas siglas. Ceará, em 1985. Mas esse é um Mais importante do que isso: o aspecto menor, embora não despreprocesso eleitoral vigente, dito proí-hel, pois foi por ter face própria, não disfarçada, que o petismo pôde porcional, demonstrou sua incapacidade de garantir maiorias legislatipolarizar setores ideológicos e capivas firmes, alomlza as rcpresenlntalizar o sentimento de protesto, também espraiado iios votos nulos e ções c, de fato, reduz quase sempre brancos. A grande Indagação de os chefes de Executivo eleitos à agora consistem em saber se essa situação de prisioneiros das Câmacorrente será capaz de resistir à ras municipais, convidundo-os a vertigem do poder e do êxito, terá choques ou a condenáveis bargamaturidade para distinguir os fatonhas. Marcello Alencar, prefeito res permanentes dos eventuais em designado do Rio, só conta com 12 seu triunfo e capacidade do adminisvereadores do PDT, em um total de trar a crise de crescimento a que os 42; Erundina, vitoriosa cm São resultados das urnas poderá levá-la. Paulo, está em idênlica situação c o Outro aspecto a destacar é que o mesmo quadro se apresenta em partido fundado por Lula foi o único todos os principais centros. a crescer pela esquerda ideológica, As eleições municipais confirmapois não se poderá considerar na ram, portanto, um traço comum aos mesma categorias os êxitos do PDT demais pleitos: revelam tendências, no Rio, com sua mensagem populismomentaneamente acenlnadas por ta, nem, muito menos, as vitórias estados emocionais, mas nem consocolhidas que obteve em Natal, com lidam correntes de opinião, nem, Wllma Mala, representante de uma muito menos, mostraram-se aptas a das oligarquias locais, nem em São Institucionalizar programas de go- . Luts c Curitiba, onde Jackson Barreverno e partidos, também eles to e Jaime Lerner, sobre prestigio eventuais. 0 aspecto catárlico, punipessoal reconhecido, recelwram votivo mas não organizalivo, dos tos de coligações nada ideológicas. nossos pleitos, presente durante 43 Da mesma forma, a legen ia do PSB nnos de convocaçfio As urnas, conem Manaus, onde em boa hora firmou-se outra vez c Isso constitui ajudou a derrotar Gilberto Mcstrium dos sintomas mais graves de nho, não foi de fulo de esquerda, ao uma crise de sistema que dcbalde se passo que o PCB e o PC do B procurará esconder com palavras. cavalgaram legendas, ficando nuDe certo modo, o 15 de novembro mericamente dcmoaslada sua falta de 1988 foi pítra o PMDB a réplica do de votos para conquistar cadeiras que fora, para a Arena, o 15 de com suas próprias forças. novembro de 1974; a queda das Com eleições presidenciais a menuvens, a contundente entrada na nos de um ano, em um quadro geral realidade adversa. 0 "xfl Sarney", de crise, é impossível prever; a ainda irreallzado. sublimou se no influência real que terá o vej-edito de "xfl PMDB", corrido pelos eleitores 15 de novembro na sucessão de aos quais atraiçoara em nauseabunSarney Costa. Afinal, há muitos das reincidências. E os grandes fatores em jugo, além dos êxitos do vitoriosos, no sentido imediato, foPT e do PDT e o desabe do PMDB, ram os partidos hostis ao centro c à confinado aos grotões do PDS. Esse direita, ou como tais tidos, sobretudo partido, aliás, deu sinais de recupeo PT. Em seis anos, a partir de roção (a votaçlo de Maluf é'um medíocre atuação de 1982, quando exemplo) c o mesmo se pode dizer somente cm SAo Paulo alcançou do- PTB (que somou Prefeituras votação expressiva (nove deputados como ns de São Caetano, Bel^m, estaduais, para dois no Rio, um em Campo Grande e Porto Velho), Minas e nenhum em Pernambuco, enquanto o PFL firmou-se, nacioParaná, Rio Grande do Sul, Bahia e nalmente, como força de centro Ceará), passando pelo êxito eventual capaz Ho ganhar Recife, tradicioo limitado de 1085, em Eorlulezn, nalmente 'Ma esquerda". A massa atinge ele o cllmux com a espetacude imponderáveis ainda é demasialar vitória cm São Paulo, Santos, dc grande, com candidatos braceSão Bernardo, Diadema, Campinas, jando para sair do poço a que lhes a conquista de Porto Alegre e conduziu a derrota, c novos fatores Vitória e os brillimstes segundos ainda entrarão em ação, como o lugares no Rio e Belo Ilorizonte. impacto do "voto menudo", pelo O Partido dos Trabalhadores toringresso no corpo eleitoral 'dos nou-se uma forçn |>ollticu pondera JoveiiH que irão fazer 10 anos no ano vel, a ser considerada em qualquer vindouro, e o duplo escrutínio que análise séria, uma organiz-«çau que alterará para melhor toda a técnica cresceu nos principais centros urbaeleitoral em uso. nos e industriais, além de ter Continua m pág. seguinte SL TEXTOS Isso e u presença forlo de Lula c ürizola trazem ao painel das cogitações de círculos conservadores, até nomes csconjurados antes, como o de Mário Covas (cujo PSDB fracassou por falia de identidade, salvo em Minas) e luz borbulhar mais de uma dezena de nomes, pois onde não hâ lideranças todo mundo é candidato ao comando. lh\ também ras coaxando cm alvoroço e grus onsiosos para servi-las. NIWTON Dl AlIViOíl ÜOOalOUI» * joinaUlln • anallilo polllko: foi nlllix da r»vl»lo "S*nhor". • do |oinoi O Pai»". dii«lori»dülofct>«l« do joinol "Cofrdo da Manha' • colabofoilof d* di»iioi pubtlcof A«* carlocot. Folha de S.Paulo - 28.11.88. Os números das capitais LA se vêo qtinse duas Felnnnaa das eleições mimlclpuiB e atmiê é dlíivil ixcapur dus avaliações impreaaionisUis, Já que nAo M números oficiais definitivos que permitem análises mais precisas do pleito. O que há á disposição são dados ainda extra-oficiais nas capitais ou tolalizações em alguns poucos Estados. Com os resultados que colheu nas capitais, o PT ficou em primeiro iugnr, com 2,8 milhões de votos; seguido pelo PMDB, com 2,3 milhões; PDS, com 1,7 milhão; PUT, com l.S milhão; PSDB, com 993 mil e PFL, em sexto lugar, com 702 mil. A estes núinoros falia acrescentar os dos grotfcs, o fumWo do pais, que deverão favorecer PMDB e PFL, mas também os de cidades como as do ABCD paulista ou Londrina, no Paraná, mais uvunçadns e populosas que muitns cupilüis, onde o PT e PDT se saíram melhor. O que há de mnls esi>etuciiliir nestes números, sem dúvida, 6 a primeira colocaçiU) do PT, que elegeu os prefeitos de São Pnulo, Porto Alegre e Vitória e loi segundo colocado no iílo. Belo llorltonte e Goiânia. O PDS aparece em terreiro luntir mas do sim nrca de votos devem ser descontudos os conquistados pttr Esperidião Amin, eleito pelo partido cm Florianópolis mas que já declarou apoiar Leonel Brizola na sucessão presidencial; o resultado de Maluf em S3o Paulo deve ser creditado, em grande pnite, na conta do candidato, e não do partido. O PFL, do qual se deve desconlur os votos Brasília conseguidos em João Pessoa ao prefeito eleito pela legenda. Wilson Braga, que também orizolou, acaba ganhando alguns outros, não computados, pelas coligações que fez em várias capitais, como Belo Horizonte, onde o titular da chapa á Prefeitura era do PSDB. Brizola, evidentemente, é o que ganha mais, com as adesões de Braga e Amin, o que, na verdade, coloca o p;ir tido em terceiro lugar, à (rente do PDS. Deve ser registrado o desempenho claudicante do PTB nas capitais, que ficou em oitavo lugar com pouco mnis de meio milhão de votos; sem uma figura carismática como J.ipio Quadros num grande centro, o partido se reduziu à sua real dimensão. A votação plíia dos PCs, que não somaram nem WJ mil volos /«.im seus candidatos a prefeitos nus aiplluls tninMm ó dlgnu denolii. A esquerda, com PT, PDT, os PCs, PVePIÍ, recebeu 4,4 milhões de votos. A ceutro-esquei da, com PSDB e PSB, 1,2 milhão. As forças de cenlro e ccnlrodireitn, agrupadas em sua maioria no PMDB e PFL, <:onseiviiram jxmco mais de 3 milhões de votos; o mesmo tanto foi destinado a direita, composta grosso modo iw/o PDS, PTB, PL e PDC. Agrupando-se ainda mais os votos, chega-se a um quase empate técnico: os partidos de esquerda e centro-esquerda com 5,7 milhões oe votos e dos de cenlro, erntro-direilaedireita com 6,1 milhões. Mauro Lopeü Folha ãs S.Paulo - 11.12.88. A situação político-eleitoral afeta relações com credores GILSON SCHWARTZ Eipeclal pard • Falha A situíiçflo política e mesmo o calendário eleitoral dos países devedores têm sido fatüfes importantes Êo relacionamento òom credores. )m alguns casos recentes a luta contra a inflação andou lado a lado com alívios no trato da divida externa, como no México, Argentina, Bolívia, Chllo ei até Israel. No Brasil, et)tra-se agoqi num período Crucial, o, ano de eleições presidenciais. Nesse contexto sao mais compreensíveis as declarações do presidente Snrnoy, alarinlBlas quanto ao avante das esquerdas. Quanto mais grave parecer a situação, maiores aé chancefe! de Credores oficiais e privadas compreenderem a necessidade de ual^uma folga financeira; para garantir a estabilidade da tlransiçãoiiidemocrátlca. Completando o quadro, o governo já acena.com & possiblllduu.* de mudanças no ritmo e Intensidade de conversão da divida. Essa mexida no acordo com os credores pode ser o estopim de revisões mais ousadas no ano que vem. H Há pouco mais de Um nno o México decidiu reduzir o Ímpeto dus conversões do dividil. O ■ México estava entrando em fase eleitoral e a contenção da inflação tornava-se cruciai. Com menos conversões diminuiriam as pressões inflacionárlas. JA no inicio .de 1!)1W o México anunciava com alarde um novo plano de emissão de bônus para conversão de divida velha em divida nova, aproveitando os descontos no mercado secundário. O plano não foi o sucesso que se esperava, mas introduziu no cenário da crise da divida um novo elemento: a intervençáo direta do govenro dos EUA, cujo Tesouro garantia a emissão dos bõnua, O apoio pulttico dos EUA também se tornou claro na Argentina a pouco mais de um ano das eleições, num quadro de ameaçador fortalecimento do peronismo. O Plano Primavera, de agosto, foi precedido de viagens de autoridades econômicas c do próprio Alfonsin aos EUA, onde não faltaram declarações oficiais de apoio político ao governo argentino. O subsecretário de Assuntos Inleramericanos dos EUA, iíobert Gelbard, chegou a dar declarações públicas de apoio à Argenlina enquanto corriam negociações com o FMI. O exemplo boliviano é de um didallsmo rude: o controle du infla- São no pais ocorreu com moratória a divida externa, compra de pelo menos metade da divida com banco privados a 11% do valor de face no mercado secundário c rolagem facilitada do resto, com organismos Internacionais e governos. Tudo isso, ressalte-se, no contexto de uma guerra contra o império da cocaína que checou a envolver até a presença de tropas dos EUA no pais. O caso chileno, de outro lado, é uma exceção em lermos de conversão de divida, mas que só teve sucesso porque o alvo das operações foi o sistema produtivo cHalul. Ou seja, riovamenle umu opção política clara a favor da internacionalização abriu caminho para a adesão dos credores è conversão. Mesmo em Ism^l, onde a divida externa não chega a ser um problema agudo, o congelamento de preços ocorreu junto com uma ajuda de US$3 bilhões dos EUA. Esses vários exemplos mostram que a relação entre politica econômica e fatores políticos não é desprezível. Apura que o cenário político brasileiro sofícu mudanças intensas e inesperadas, nbrem-se possibillilades de mudança de rumo na coiuluçito da [tollticu econômica Com apoio dos credores. V _08. TEXTOS Folha de S.Paulo - 17.12.88 Prosperidades FoVia de S.Paulo - 17.12. Eu também quero 0 Congresso encerrou o ano legislativo com chave de ouro. Em obediência Irrestrita ao que recomendam oe programas dos seus partidos, sompns sensíveis ò problemática social, deputados e seimüorcs Uilciaram uma inusitada política de distribuição de rendas. Começaram, 6 verdade, recheando os piúprios bolsos. Mas qual é o problema? Hi que se começar por algum lugar. Dentro do espirito uatoUno que tomou conta de Brasília, os parlametttarca se autopresentearam com um aumento que eleva seus salários para a Invejável quantia de Cz$ 7,5 irilhõès. Muitos estão criticando a decisão. São. pessoas iatoreasadas em denegrir a Imagem do Legislativo « dos políticos. E gente que n&o entendeu a boa Intenção da medida. Os parlamentares, na verdade, quiseram ensinar à nação, aos eieltores, o caminho mais curto para subir na vida sem muito esforço: basta conseguir uma vaga de deputado ou de senador. 0 currículo exigido não precisa ser vasto. Dona exemplos de pobreza curricular podem ser pinçados sem dificuldades na lista doa que se elegeram. O trabalho não é propriamente árduo. Não existe cartão de ponto e a presença em plenário não 6 sequer obrigatória. A vantagem definitiva, que dispensa novos ar- Brasília gumontos, é o fato de que se podv aumcuLur o próprio salário. Em apenas 15 dias, o salário dos parlamentares voou de Cz$ 2,6 milhões para os atuais Czf 7,5 milhões. Isso sem que nenhuma greve ou negociação tivesse do ser feita. Existo coisa mclborf O primeiro aumento foi votado IUí madrugada do dia 1' de dezombiv. Antes que os funcionários tivessem a oportunidade de apagar as luzes do plenário, a remuneração de deputados e senawres saltou fiara Cz$ 4,7 milhões. O resto veio Junto com o aumento dos funcionários públicos, anteontem. O cidadão que levar ao pó da letra a lição transmitida pelos congressistas não perderá tempo procurando candidatos sérios na próxima eleição; se transformará no próprio candidato. Quando não se consegue Interromper uma festa barulhenta, pode-se optur por entrar na dança, llá apenas um risco: sempre haverá um vizlnlio descontente, disposto a chamar a polícia. 0 espaço no Congresso nüo comporta a evolução de muitos dançarinos. Nesle caso, o melhor talvez sela Interromper imediatamente a bagunça e colocar ordem na casa. Todos os brasileiros precisam se sentir representados no parlamento. Joslai de Souia A fórmuíii adotada pulo presidcnle Sanwy pava dar um aumento exlra aos tnimares, ai peío fim da Constitialo, foi equiparar o vencimento de general quatro cutrelas no de ministro do Supremo Tribunal Federal, uplicando o reaiuste proporcio/ud para o rosto da oficialidade. O Senado, unlconlcm, vquiparou o vcncinwnto do ministro do STF ao de sciunlor, passaruio-o do Cz$ 1,477 milliiio para Cz$ 4,7(H) uiilhôes. Mas, para janeiro, deputados e senadores já se asseguram Cz$ 7,tM0 milhões. Pela cadeia de equiparações, portanto, os generais logo se juntarão nos altos magistrados, senadores e deputados em saWrios dignos de presidente de grande nwilinaciunal. E o resto da oficialidade constituirá a mais bem remunerada profissão do pais. V ANALISE CONSTITUINTE ESTADUAL E PARTICIPAÇÃO POPULAR O Regimento Interno da Assembléia Estadual Constituinte, aprovado em última votação no dia 15 de dezembro de 1988, estabelece entre outras coisas a forma da participação popular na Constituição Estadual. A partir de 16 de janeiro de 1989 as Comissões Temáticas da Constituinte terão 45 dias para fazerem o Ante-Projeto de Constituição. As entidades da sociedade civil, associações de moradores e outras associações do movimento popular, poderão até o dia 15 de fevereiro encaminhar sugestões a estas Comissões. As sugestões poderão ser apresentadas por uma entidade legalmente existente e que tenha funcionado no último ano pelo menos, bastando a assinatura de seu presidente; ou por abaixo assinado de 1500 pessoas, das quais as cinco primeiras são responsáveis pela proposta. Porém a participação popular não deverá terminar no dia 15 de fevereiro. Qualquer avanço ou conquista popular que se queira na Constituição do Paraná só vai acontecer se as forças populares estiverem mobilizadas e presentes nas votações na Assembléia, pois sem um mínimo de pressão não se vai conseguir nada. Mesmo que só exista pouca coisa para tentar con- seguir. Pois a Constituinte Estadual não tem competência, isto é, não tem permissão para fazer leis sobre uma porção de assuntos que são da competência da União, ou seja, do Governo Federal. Por exemplo, a Constituinte Estadual não pode fazer leis sobre a Reforma Agrária, o Direito dos Trabalhadores, etc. Mas alguma coisa é possível conseguir, como o direito à iniciativa popular de leis, para poder continuar a fazer leis estaduais, mesmo depois de pronta a nova Constituição; e outras leis que ajudem a melhorar a qualidade de vida, como, por exemplo, as que proíbem ou limitam a poluição, as que tratam da organização do espaço urbano, etc. Já existem vários fóruns reunindo-se para participar da Constitinte, entre eles o Conselho Estadual da Condição Feminina, a Associação de Funcionários da COMEC, a Comissão de Acompanhamento da Constituinte da CNBB-Sul II, a Associação de Professores do Paraná, o Movimento de Participação Popular na Constituinte, além de outras. Informe-se na sua região, comunique-se conosco, organize-se e PARTICIPE. V 09 SOMOS O SANTO DiAS INVENCÍVEL No aslallo das ruas do Socorro uma mancha do sangue tingiu nossos peitos 2 Tudo começou nas Senzalas na iuln dos nogros nn luco Boronn dnn llndns oscrovns n trlsloza o o rosislõncio eslampodus. nos canaviais dn Cuionia e cafezais do império um mar negro de esperança de trabalho erguido do revolta semeada por anos a fio. 3 Tudo começou no grilo de guerra de Zumbi no quilombo dos Paimares, somos filhos do Zumbi — ninguém podo domar-nos — Tudo começou na coragem dos guaranis, dos tupis o outros trlbus somos filhos da selva e da liberdade somos feitos de alma nua como os corpos despidos de nossos índios — ninguém nos corrompe — 5 Somos filhos da república comunista dos guaranis plantada nos sete povos das missões, do seus pássaros, de seus potes de barro e seus produtos repartidos em comum do cheíe invencível Sepé Tiarajú e da resistência de seus guerreiros. Tudo começou nas favelas do Canudos (serlflo do Rohin) na comunidade universal de Antônio Conselheiro e do comandante guerrilheiro Pajeú somos filhos da inleligôncia organlzaliva do anailabelo JoSo Abadde somos soldados do exército do Canudos que derrotou 3 exércitos da república opressora 7 Somos filhos das revoltas comunitárias do Corlealado (no Pernná o Sla. Catarina) do moesies Zé Maria e do conselho de guerra dos 7 pares-de-(rança somos herdeiros dos redutos Implantados em seus campos, onde o Individualismo era o maior pecado lutamos em seus exércitos contra a companhia americana e vencemos durante-muitos anos expedições pelegas e Nascemos das cinzas de tontas revoltas e eslamos mais fortes do que nunca viemos da revoluçáo dos alfaiates na Bahia da revolta dos Cabanos no Pará da Belaiada em Maranhão no Recife, da revoluçflo Praieira das subievações do Norte e tentas outras como a guerra dos farrapos, no sul 11 Somos o Tlrndontos da tnconfidôncia Mineira e continuamos conspirando 12 e a ser ainda filhos de imigrantes socialistas 13 Corn Lomplflo roinumüs no conguço por móis do 20 anos somos a alma Justiceira dos sertanejos dos posseiros dos que sempre plantaram as semonlos nesta terra o ceitorom os campos dos quo sompre fabricaram as panelas dos que sempre so revoltaram contra a tirania e NUNCA MORRERAM 14 Eslamos aqui vivos como nunca em Sfio Bornardo, Diadema Sto. Andró, Sfto Caetano na Mooca, Taluapó, Aricanduvo, Ponha, om Sto. Amoro, Ouusco, Gueirulhon no surro, no riiur, rios campos na baixada flumlnimso em Contagem, Curitiba, Recife nas tuas fábricas, que nós movemos nas tuas casas, que construímos nas luas ruas, quo cimentamos dirigindo teus carros, que fabricamos empunhando tuas armas, folias por nós manejando teus tanques do guerra (náo te dá medo. General?) 15 Dos patrões, somos o pesadelo os fantasmas do governo e punhal espetado no coraçfio do traidor estamos na indigestfio dos ministros somos a Insonia dos Generais e o logo que dnstroo ns entranhas do poiogo — NUNCA MOHHtMOS — 1t3 Somos o Santo Dias da Silva suas rnflos, o cor de sua pele seus dentes, sou suor, somos sun alegria, sua losln seus pés, sua camisa, sua sodo do justiça seu café da manh.1, sua dura jornada seu enlardocer, sua ternura sou prazor, sou sono somos suo luta o sou ódio seu amor, sua vida. somos seu sangue espalhado nas ruas de Socorro vonnoiho como Bandeira 17 Somos o vento, a água, e o sal da terra somos as snmenles quo gorminam o somos os Irulos maduros 18 Somos a Idéia eterna da vitória e somos as brasas desta fornalha ordondo 19 Aprendei de uma vez patrões, generais, e pelogos: somos os olhos e a febre revolucionária de Anita Garlbaidi 10 Somos o sangue correndo nas veias e a revolta conslanlo dos negros mlnoitos culerrodos nos liiiiols do Ouro Preto, Vila Mlca e Morlana — NUNCA MORREMOS — POIS SOMOS A ALMA DO POVO BRASILEIRO v iy_ í*»^ o^jfíjç^a-t^swcsrKffT^g^ fcwl)loTgf'iBr'-'KTDrT5c ^^o^ o to tu ' M 50125 l- o: a. 5 "PONTO DE VISTA" - é uma publicação mensal, de circulação interna, elaborado pela Equipe de Conjuntura do Centro de Formação Urbano Rural Irmã Araújo - CEFUR1A Rua Dr. Muricy, 5A2 - 99 andar - sala 905 - Curitiba - Paraná - Fone: 234-7833. í»<