APREENDENDO ANATOMIA DENTRO DO ZOOLÓGICO
Figueiredo, S.I.S.1; Guimarães, F.R.1; Souza, S.P.1; Teixeira, K.F.S.1
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Universidade Federal do Mato Grosso
Universidade Federal do Mato Grosso, FAMEVZ - DCBPA. Av. Fernando Corrêa da Costa, nº
2367 - Bairro Boa Esperança. Cuiabá - MT - 78060-900, [email protected]
Palavras-chave: anatomia; museu, zoológico.
Introdução: A educação é uma das funções centrais dos museus, que possibilitam a
complementação da aprendizagem, ampliam as possibilidades pedagógicas e despertam para a
importância do conhecimento científico, contribuindo com o crescimento do nível educacional da
população. No entanto, suas ações só se justificam, social e culturalmente, em função de seu
público1, 2,3. Neste sentido, o Laboratório de Anatomia Comparada da FAMEVZ/UFMT criou em
parceria com o Zoológico da UFMT, o Museu Anatômico de Animais Selvagens (MAAS),
situado dentro do zoológico. Métodos: As atividades realizadas no museu são gerenciadas pelo
projeto de extensão “Bicho por Dentro”, que tem como objetivo permitir que o público visitante
do zoológico possa realizar visitas monitoradas ao museu e assim contemplar o seu acervo
anatômico, composto por esqueletos de várias espécies de animais silvestres. O material
exposto é oriundo de animais selvagens que vieram a óbito no próprio zoológico, sendo suas
carcaças submetidas a técnicas de maceração e clareamento para logo após serem montados
seus esqueletos. O MAAS funciona aos finais de semana, feriados e durante a semana, com
agendamento de visitas escolares. Possui ainda caráter itinerante, levando seu acervo,
inclusive, para outros municípios. Resultados e Discussão: O MAAS ao abrir suas portas aos
estudantes oferece novas opções para o trabalho didático. Atua como um meio de comunicação
para difusão da ciência, a qual não deve limitar-se ao espaço fechado da sala de aula,
assumindo-se como espaço de educação informal e como partícipe da alfabetização científica
dos indivíduos4, aguçando a curiosidade em relação às ciências e contribuindo para melhorar o
processo de ensino-aprendizagem5. O acervo é composto por esqueletos de espécies como
sucuri (Eunectes sp), ema (Rhea americana), jacaré-do-pantanal (Caiman yacare), lobo guará
(Chrysocyon brachyurus), veado catingueiro (Mazama gouazoupira), cutia (Dasyprocta sp),
macaco-aranha (Ateles paniscus) tuiuiú (Jabiru mycteria), anta (Tapirus terrestris), gavião real
(Harpia harpyja), tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla) entre outros. Aberto ao público
desde 2007, o museu já foi visitado por aproximadamente 30.000 pessoas. Conclusões: O
aumento do número de visitantes e o interesse do público pelo projeto demonstram que os
objetivos têm sido alcançados e que o MAAS constitui um espaço alternativo de educação,
além de contribuir com a conscientização para a preservação da fauna silvestre.
REFERÊNCIAS
1. Fernández., L. A., (1993). Museología. Introducción a La Teoria Y Práctica Del Museo. Istmo,Espana, pp.424.
2. Da Silva., F. B., (2005). A dinâmica de um museu de ciências naturais: a transformação paradigmática do museu
zoobotânico Augusto Ruschi. 173 p. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Passo Fundo, RS.
3. De Marchi., A.C. B.; Silva., F. B.; Testa., C. D., (2007). CV- Muzar- Uma Comunidade Virtual de Aprendizagem que
aproxima os Museus de Ciências Naturais da Escola. En: XXVII Congresso da SBC E XII Workshop sobre
informática na escola, Rio de Janeiro - RJ. Anais... Rio de janeiro, pp. 297-304.
4. De Marchi., A.C.B.; Testa., C.D.; Costa., A.C.R., (2005). Um ambiente de comunidade virtual baseado em objetos
de aprendizagem para apoiar a aprendizagem em museus. Novas Tecnologias na Educação CINTED -UFRGS, v. 3
(1).
5. Porto., F. S., (2008). O Impacto de Exposições Museológicas na Motivação para Aprender Ciências. 145 p.
Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Ensino de Ciências) - Universidade de Brasília, Brasília, DF.
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