Gestão Pública Descentralização Por seu tamanho e complexidade, é impossível pensar a gestão da cidade de São Paulo de forma centralizada. As desigualdades entre as regiões da cidade exigem do poder público uma maior proximidade com as pessoas. A instalação das subprefeituras foi extremamente importante nesse processo, contudo, falta muito ainda para que elas desempenhem seu papel de fortalecimento do poder local. Fortalecimento das subprefeituras e o aumento da descentralização de recursos e grau de decisões. A proposta aqui é que as subprefeituras deixem de ser meros setores administrativos e passem a gerir efetivamente políticas e recursos em suas respectivas regiões. A escolha do subprefeito ou da subprefeita será feita seguindo critérios de competência e não apenas indicações político-partidárias. Serão feitas audiencias públicas com um ou mais candidatos ao cargo e um plebicito com a comunidade. Aumentar a participação da população na decisão sobre as intervenções públicas e a aplicação de recursos na sua localidade e em questões que afetam o município como um todo. Metas e indicadores de desempenho. A Prefeitura adotará metas e indicadores para medir o desempenho da administração e a melhoria dos indicadores da cidade. Nesse sentido, as subprefeituras são atores fundamentais para o cumprimento dos compromissos de gestão assumidos. Por essa razão, as subprefeituras serão avaliadas periodicamente e participarão ativamente do processo de planejamento. Criação ou fortalecimento dos conselhos gestores, municipais e regionais da cidade. A proposta é permitir o pleno funcionamento dos conselhos da cidade com o fornecimento de infra-estrutura necessária para àqueles que ainda não têm. Além de permitir a interação concreta com a administração central como, por exemplo, com a previsão de reuniões periódicas com a Prefeita para análise dos trabalhos, cumprimento do planejado e encaminhamento de demandas. Além disso, será estimulada a participação social nesses espaços, fornecendo estrutura de comunicação e informação para possibilitar uma atuação mais participativa por parte da população. Horizontalidade A cultura gerencial sempre foi um trabalho baseada em estruturas fixas hierárquicas. Muitas vezes, esse tipo de prática gera uma grande distância entre as decisões centrais e os anseios da população e das próprias secretarias e subprefeituras. Uma medida inicial é gerir a cidade de forma mais integrada, promovendo espaços de trocas de informações entre as secretarias e demais órgãos públicos e, mais do que isso, planejar e executar de forma integrada, evitando desperdício, duplicidade, desorganização e falta de integração entre as políticas públicas do município. ● Restabelecimento da Secretaria de Governo como órgão Intersecretarial do Município de São Paulo. Com reuniões periódicas, o processo de integração das secretarias e órgãos estratégicos municipais começará no primeiro dia de gestão. O processo incluirá a definição e compartilhamento das principais metas e indicadores do município, assim como a integração dos programas públicos municipais. Além disso, as avaliações serão feitas de forma coletiva para alinhar periodicamente as ações em função do resultado esperado e afinar os desafios que aparecem no decorrer da gestão. O primeiro trabalho do Conselho será a reunião inicial de planejamento da nova gestão, da qual participarão todos os secretários, subprefeitos e demais gestores estratégicos. Planejamento O planejamento é peça fundamental para uma gestão. Ele permite o alcance de metas econômicas e sociais através de um processo que possibilita a seleção das melhores alternativas, empregando-se, para tanto, os meios mais aptos. Por isso, exigemse mecanismos para avaliar e escolher caminhos, de modo a auxiliar a tomada de decisão dos agentes públicos. Além disso, um planejamento levado sério e encampado seriamente pela administração ajuda a prevalência do interesse público (objetivos sociais). Para isso, é fundamental ter acesso a todas as informações municipais (dados econômicos e sociais como informações gerenciais). Portanto, será desde a posse da nova gestão ue muitas metas hoje pensadas como programa de governo poderão ser, de fato, quantificadas de acordo com a realidade administrativa e orçamentária a ser encontrada. Além disso, é importante seguir (por vezes resgatar) os processos de planejamento realizados até então, como o Plano Diretor Estratégico do município, retomando as etapas pendentes como a definição dos planos regionais, ampliando a participação popular. ● Plano de Metas (estabelecimento de metas de curto, médio e longo prazo). Isso acontecerá tendo em vista o Plano Diretor Estratégico para as metas de longo prazo. Para as metas de médio e curto prazo, além do Plano, a proposta é continuar com as boas iniciativas, rever ações de acordo com novas metas estabelecidas ou resgatadas, aproveitando análises e avaliações realizadas pela gestão anterior e suas secretarias, além de inovar em ações não contempladas pela gestão até então. ● Criação de sistema de informação, monitoramento e avaliação gerencial. Dificilmente as administrações públicas municipais no país possuem um sistema de informação gerencial. Esse sistema deve fornecer aos secretários e demais gestores públicos municipais informações que permitam uma eficiente tomada de decisão. Toda gestão terá acesso a um sistema único de informações e monitoramento que possibilitará acesso integral de todos os atores: administração central, secretarias, subprefeituras e órgãos estratégicos. Além disso, um sistema de monitoramento acompanhará as diferentes esferas da gestão em relação às metas compromissadas. As avaliações periódicas sobre a sua execução apontarão os problemas no processo e boas práticas, verificando se as metas de curto ou médio prazo estão sendo implementadas em direção à consecução das metas de longo prazo. Isso possibilitará a apresentação de relatórios anuais e a correção de rumos. ● Definição de indicadores por subprefeituras. Muitos indicadores já existem sobre os diversos temas e para diversas áreas da cidade. Indicadores sociais e econômicos. A proposta é definir um grupo básico de indicadores ligado ao Plano de Metas da Prefeita que se pretende seguir nas diferentes regiões da cidade. ● Apresentação de relatórios periódicos sobre o desempenho da Prefeitura. A Prefeitura apresentará periodicamente relatórios à disposição da sociedade contendo o seu desempenho em relação às metas, além de análise sobre as políticas e os desafios enfrentados. A proposta é prestar contas para a sociedade sobre os resultados, ou seja, a evolução da qualidade de vida no município. ● Criação de um centro autônomo municipal de informação e planejamento permanente para reunir idéias e propostas para a cidade. A informação é relevante para o planejamento e, por isso, receberá total apoio político da Prefeita. A proposta é gerar um sistema de informação que reúna o que existe sobre a cidade e outras informações importantes que ainda não são coletadas. Isto pressupõe uma articulação com o governo estadual e federal para que as informações sejam comparáveis e evite-se o desperdício, além de fortalecer uma parceria vital com outros organismos de informação. Além disso, outras parcerias são bem-vindas com entidades que patrocinam ou fazem pesquisas, como o Sistema S, organizações sociais, federações de classe, universidades, entre outras. Esse centro deverá reunir um setor de documentação que junte as informações gerais sobre a cidade e região e os indicadores sociais, ambientais e econômicos. Tal centro deverá ser aberto para, além da administração pública, pesquisadores, universidades, empresários, consultores, organizações sociais. Todos devem encontrar informações que possam ser úteis para guiar suas atividades. Além de ser aberto ao público (fisicamente e pela internet). Além disso, esse instituto ou núcleo promoverá discussões permanentes sobre a cidade e reunirá idéias e propostas para o desenvolvimento futuro e melhoria da qualidade de vida na cidade. Outra característica essencial desse centro é sua autonomia, o que evitará manipulações de quaisquer gestores públicos. ● Região Metropolitana: Liderar projeto para discutir e planejar intervenções na região, em conjunto com o governo do Estado e a União. Não é possível pensar a cidade de São Paulo sem pensar na Região Metropolitana e, mais ainda, já na macrometrópole formada pela junção das regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas e das microrregiões de Sorocaba, Jundiaí e São José dos Campos. Para isso, é fundamental a reunião de todos os municípios vizinhos num processo de planejamento conjunto, visando o estabelecimento de metas e ações conjuntas de curto, médio e longo prazo. Nesse processo é muito importante a participação da Secretaria Estadual de Assuntos Metropolitanos da Emplasa-Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano, relegada a um segundo plano nas últimas administrações estaduais. Eficiência As entidades corporativas têm dificuldade para inovar. Isso é ainda mais verdade no caso da administração pública. Mudar uma estrutura e os processos já fortemente arraigados é o grande desafio. A inovação por sua vez pode acontecer com a mudança de paradigma advinda da entrada de novos gestores com essa intenção, como é o caso da Soninha Prefeita, que alia planejamento levado a sério com participação popular e foco na qualidade de vida das pessoas. Recursos Humanos. Os recursos humanos de uma instituição são o seu principal bem. É preciso mudar a lógica reinante no país de pouca valorização dos servidores públicos. São eles os reais executores das políticas do município e de atendimento nos serviços municipais. É preciso aumentar o investimento em treinamento e capacitação, desde o período de experiência, além de rever a política de planos e carreiras, para valorizar os bons profissionais, e uma política de remuneração. Outra inovação é a instituição de avaliação permanente de desempenho, uma tendência do poder público que seguirá a política prevista nesse programa de governo, que é a prestação de contas do município à sociedade, desde a Prefeita até os demais servidores. De todas as formas, essas definições serão feitas em conjunto com as organizações de classe. ● Capacitação permanente. A capacitação deve ser feita de forma permanente em parcerias com universidades, institutos e empresas ou pela própria administração municipal. Alguns temas devem ser gerais como administração pública, orçamento gestão responsável, cultura de paz, entre outros, e outros dependerão da área de atuação do servidor. ● Planos de carreira e salário. Além da capacitação permanente, é preciso investir na revisão e atualização do processo de planos de carreira e das faixas salariais. ● Avaliação de desempenho. Como todos os gestores do município, inclusive a Prefeita, os servidores serão inseridos no processo de monitoramento e avaliação de desempenho que será implantado na Prefeitura. Num primeiro momento, será feito ou aproveitado, se houver, um diagnóstico da relação atual entre os funcionários e a dinâmica da máquina pública municipal. Em seguida, um processo de criação de uma nova proposta será feita de forma participativa para depois ser implantada por toda a administração. ● Utilização da internet para a aquisição de bens e serviços. A meta dessa gestão será que todos os processos de aquisição de bens e serviços da Prefeitura estejam informatizados e oferecidos ao público em dois anos. Isso se aplica a vários serviços como licitações públicas eletrônicas, pregões eletrônicos e outros tipos de mercados digitais. A informatização e disponibilização na internet desses processos, além de gerar agilidade, dá transparência ao processo e possibilita o combate à corrupção. Isso se aplicará tanto à administração central quanto a secretarias, subprefeituras, autarquias e empresas públicas. ● Ampliar acesso da população a serviços municipais e para a participação política popular. De novo a informatização total da Prefeitura auxiliando a eficiência da gestão e a melhoria da qualidade dos serviços públicos. Outras ações que serão facilitadas virtualmente, além de pagamentos de contas e tributos, agendamento de consultas médicas, matrículas na rede pública, obtenção de alvará, notificação de óbito, acompanhamento do tráfego da cidade, acompanhamento de solicitações de serviços públicos, processos e denúncias na ouvidoria e outros órgãos públicos. ● Integração virtual dos dados por munícipe entre os órgãos municipais. Para ter eficiência no atendimento ao público é fundamental que a Prefeitura tenha um registro da relação entre o cidadão e a Prefeitura e que isso esteja disponível entre os órgãos municipais. Todo o atendimento será informatizado e o histórico do relacionamento do cidadão ficará registrado. ● Efetivação do sistema de indicadores que mede a qualidade dos serviços públicos na cidade. ● Qualificação e melhoria do serviço 156/SAC. Parcerias Em virtude da complexidade da gestão eficiente de uma cidade como São Paulo, é essencial a parceria com diferentes atores na cidade em vários campos de atuação como estudos e análises, planejamento e execução de políticas públicas, intervenções urbanas ou consultas. ● Universidades públicas e privadas e Empresas Juniores. ● Agências de Desenvolvimento. ● Federações e Sindicatos. ● Sistema S. ● Sociedade civil organizada. Transparência A exigência de transparência do poder público não é novidade, mas ainda é incipiente na prática política. Ao mesmo tempo, trata-se de uma obrigação dos gestores públicos e um direito da sociedade. Esse é o primeiro passo que possibilita a participação popular, sua fiscalização e sua cobrança. Sem a transparência não é possível acompanhar e avaliar a gestão eleita. Contudo, mesmo uma administração dita transparente pode não sê-lo se não dispõe as informações de forma clara e acessível. Ao cidadão deve ser fácil acessar, física ou virtualmente, as informações que deseja; mas também deve ser fácil a ele entendê-las, disponibilizando-as em linguagem e formato acessíveis. ● Instalação de auditorias da máquina pública. Analisar fluxogramas, organogramas, bem como a parte jurídica e financeira das diversas secretarias, departamentos e empresas públicas. ● Divulgar na internet informações atualizadas e claras sobre dados, serviços, funcionários orçamentos e pagamentos da Prefeitura. ● Disponibilizar o NovoSeo no site da Prefeitura para acompanhamento online da população. Como vereadora, Soninha, já havia proposto projeto de lei que pretendia propiciar à sociedade paulistana o acesso irrestrito ao Sistema de Execução Orçamentária (NovoSeo), por meio de sua disponibilização na rede mundial de computadores. O Programa NovoSeo foi criado com o intuito de dar agilidade aos órgãos da administração na gestão de seus recursos, com integração das informações referentes às suas despesas e receitas. Seu acesso é hoje restrito a membros da administração e do legislativo municipal. A proposta visa atender ao princípio da transparência da gestão fiscal, consagrado na Constituição Federal, no artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como no artigo 81 da Lei Orgânica do Município. ● Divulgação dos nomes dos servidores públicos municipais concursados, comissionados e terceirizados. Combate à corrupção ● Simplificação e informatização de processos como obtenção de licenças, alvarás, etc. ● Divulgação do orçamento e sua execução de forma clara e acessível. Transparência nas compras realizadas pela prefeitura por meio da informatização total dos processos e seu andamento. ● Instalação de disque-denúncia para receber denúncias de corrupção e estabelecimento de parceria com organizações. Participação popular e controle social ● Implantar os Conselhos de Representantes na cidade em cada um dos 96 distritos. ● Além de Conselhos de Escola, Conselhos Gestores de Parques e Unidades de Sáude, Conselhos de Monitoramento (ex.: albergues), Conselhos Temáticos...) ● Regulamentação do plebiscito e referendo na cidade. Como vereadora Soninha foi responsável, junto com o ex-vereador Paulo Teixeira, pela aprovação da Lei nº 14.004, de 14 de junho de 2005, que regulamenta a Lei Orgânica do Município em matéria de plebiscito, referendo e iniciativa popular. Contudo, a lei sofreu inúmeros vetos. A proposta é resgatá-la para que o plebiscito, referendo e iniciativa popular venham a ser efetivados e se tornem parte da prática da cidade. ● Fortalecer a Ouvidoria do Município. ● Enquetes e pesquisas de opinião eletrônicas. E-democracia: pesquisa feita via site buscando opiniões dos munícipes sobre projetos e intervenções da Prefeitura. ● Audiências públicas periódicas ● Calendário fixo de plenárias nas subprefeituras ● Voluntariado. Uma cidade se constrói com a ajuda de todos. A Prefeitura estimulará a prática cidadã em São Paulo e a desconstrução da prática política paternalista e a apropriação do que é público. Para isso, além de formação para a cidadania, a Prefeitura abrirá espaço para aqueles que quiserem ajudar em ações municipais solidárias. A proposta de a Prefeitura liderar isso é a importância da integração das ações individuais com esforços coletivos realizados pela Prefeitura. Isso ajudará ao município alcançar suas metas sociais e de qualidade de vida de forma coordenada e colaborativa. Responsabilidade social Há muito se sabe do poder de compra de bens e serviços do setor público. Por essa razão, importantes medidas podem ser tomadas pela Prefeitura em diversas áreas sociais e ambientais. Algumas medidas serão tomadas nos contratos e compras da Prefeitura, tais como algumas já descritas em outros itens do programa de governo: ● Contratos com cláusulas sociais para todos os contratos firmados pelos órgãos públicos municipais com fornecedores que envolverão, inclusive, a cadeia produtiva do fornecedor, tais como o combate ao trabalho escravo e infantil, editais de licitação com critérios de impacto e desempenho ambiental, cumprimento de cotas de deficiência e de aprendizagem e outras que a Prefeitura julgar necessárias. ● Exigência de certificação ambiental de madeira adquirida pela Administração Pública Municipal. ● Inclusão, nos editais, de materiais, bens e serviços que priorizem a preservação do meio-ambiente. As Subprefeituras ● Nomear subprefeitos (as) por mérito e competência ● Criar postos de atendimento das Subprefeituras em cada um dos 96 distritos e aumentar sua autonomia e recursos. ● Ampliar os canais de participação da população com a criação de conselhos temáticos em cada bairro, que se reúnem no conselho do Distrito, que por sua vez se reúnem no Conselhão da Subprefeitura. ● Fazer e executar os Planos de Bairro com intensa participação popular. ● Desburocratizar e informatizar o atendimento, ampliando a transparência e clareza das informações relacionadas a administração pública e a cidade de modo geral, combatendo a corrupção