alf disse... As ilusões dos bens inesgotáveis são isso mesmo... uma ilusão! … Quem leu o «outramargem» saberá a minha explicação para o petróleo: ele formouse na Terra inicial, cuja atmosfera disporia de umas 50 atm de CO2 e muito hidrogénio, a uma temperatura de muitas centenas de graus; a pressão atmosférica era então superior a 300 atm. Nestas condições, formam-se necessariamente hidrocarbonetos, portanto necessariamente que se formou petróleo na Terra inicial. Atendendo às quantidades de H e C disponíveis, podemos afirmar que o primeiro oceano foi de petróleo, embora fosse um oceano mais pequeno que o actual. Este petróleo, na base de uma atmosfera de alta pressão, foi injectado nas fendas que se abriram na crusta terrestre e, parte dele, ficou retido em formações rochosas com cavidades. Por isso, hoje encontra-se petróleo em todas as formações rochosas com essas características. Os pesquisadores de petróleo só se preocupam em pesquisar essas formações rochosas, porque sabem que aí há sempre petróleo. Como está sob pressão, não admira que ele possa migrar de uma profundidade maior para uma cavidade já despejada pela exploração petrolífera, criando a ilusão de que se «criou»; mas não creio que isso aconteça actualmente porque não há H nas profundidades. Há muito petróleo mas é finito e a única coisa que é infinita são as nossas necessidades energéticas. Além disso, o petróleo irá ter no futuro uma importância muito grande: é a fonte de CO2 que temos. Como saberão, o CO2 é indispensável à vida. Mas «gasta-se», forma compostos que se precipitam, como carbonatos e outros. Por isso, desde os primórdios da Terra que vem a diminuir e já atingiu níveis que colocam a vida em começo de extinção. O nível mínimo para a Vida é cerca de 180 ppm. Actualmente temos o dobro. O problema do CO2 é como o problema dos adubos, ou seja, dos compostos de azoto. Temos uma agricultura pujante porque somos actualmente capazes de fabricar estes compostos a partir do azoto atmosférico; mas os oceanos enfrentam actualmente uma grande carência de azoto e isto vai tornar-se um problema grave no futuro. Portanto, sustentar a química da vida vai ser um grande desafio e é melhor não gastar petróleo à tola porque vai ser necessário para produzir... CO2! 22 Outubro, 2009 12:05 Quando pensamos sobre o conceito de pico petrolífero devemos levar em conta que o petróleo fácil, leve, a poucos metros a superfície é cada dia mais difícil de obter em quantidades significativas. Há por aí muitas moléculas de hidrocarbonetos. Mas estas não são fáceis, leves e de tão fácil extracção como anteriormente. A maior parte das moléculas de hidrocarbonetos que vamos usar no futuro serão «pesadas», com muitos átomos de carbono e poucos átomos de hidrogénio. Nada na vida (nem nos recursos naturais) é "inesgotável", nem a própria vida, nem os próprios recursos, que são finitos. O paradigma petrolífero pauta-se pelos crescentes custos da sua exploração por meios tecnológicos em processos BARATOS, ou seja, economicamente viáveis. spear disse... … Não posso deixar de dizer e há um grande número de boas referências a sustentá-lo, que as recentes descobertas no Brasil no chamado pré-sal são uma das possíveis evidências desta teoria, que como poderão apreciar na literatura que refiro, dão conta de hidrocarbonetos em migração do interior profundo da Terra. Ou seja haverá hidrocarbonetos a vários níveis de profundidade e em que os níveis menos profundos já estarão em larga medida consumidos, apesar do reenchimento de muitos reservatórios, pelo que há que furar cada vez mais fundo para descobrir hidrocarbonetos, a profundidades claramente impróprias para qualquer hipótese de degradação orgânica como previsto pelas teorias biológicas da origem dos hidrocarbonetos…. Deixo-vos estas referências: http://www.wired.com/wired/archive/8.07/gold_pr.html http://en.wikipedia.org/wiki/Abiogenic_petroleum_origin http://en.wikipedia.org/wiki/Thomas_Gold http://oilismastery.blogspot.com/ http://www.gasresources.net/ 15 Novembro, 2009 22:12