“ destaque FENACAM Novos Órgãos Sociais tomam posse para o Mandato 2011/2013 22 | E S PAÇO R U R A L E d i ç ã o n º 7 8 N o passado dia 4 de Janeiro tomaram posse os membros dos Órgãos Sociais da FENACAM para o mandato de 2011/ 2013. A FENACAM é a representante legal, político-institucional das Caixas de Crédito Agrícola portuguesas e para além desta função, gere um conjunto de serviços de apoio às Caixas Agrícolas. A cerimónia de posse, teve lugar numa conhecida unidade hoteleira de Lisboa e contou com a presença de mais de 300 convidados entre os quais o Ministro da Agricultura, o Secretário de Estado do Emprego e Formação Profissional, o Secretário de Estado da Agricultura, Assessores do Presidente da República e do Primeiro Ministro; antigos Ministros como Duarte Silva, Gomes da Silva, Capoulas Santos, Sevinate Pinto e Pedro Lynce; Deputados; os Presidentes das Câmaras de Azambuja, Amares, Gouveia e uma Vereadora da Câmara de Santarém em representação do seu Presidente; representantes das Caixas Agrícolas associadas; muitos outros convidados e diversos representantes de Organizações Agrícolas e da Economia Social. A Caixa Central fez-se representar pelo seu Presidente do Conselho de Administração Executivo João Costa Pinto, pelos Administradores Licínio Pina, José Maia Alexandre e Renato Feitor, tendo participado também os Presidentes das Empresas do Grupo e diversos colaboradores da FENACAM e da CAIXA CENTRAL. Estiveram presentes a maioria das Caixas Agrícolas, representadas pelos seus Presidentes e restantes membros dos Conselhos de Administração, assim como também estiveram presentes diversos colaboradores de muitas Caixas. Após a tomada de posse do novo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, dada pelo Presidente cessante, o empossado deu posse aos restantes membros efectivos eleitos. Seguiram-se os discursos do novo Presidente da FENACAM, do Ministro da Agricultura e do Presidente da Mesa que encerrou os trabalhos. CURRICULUM VITAE Francisco João Bernardino da Silva Lista dos Órgãos Sociais MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente Carlos Alberto Courelas Vice-Presidente Pedro Manuel do Nascimento Secretário Fernando Martins Carrilho Secretário José Duarte Brando Albino CONSELHO FISCAL Presidente João Manuel Correia da Saúde Relator Manuel António Chaveiro de Sousa Soares Secretário Francisco Eduardo das Neves Rebelo Presidente da Direcção › 60 Anos › Natural de Albufeira › Engº Agrónomo PERFIL PROFISSIONAL › Deputado na IV (1985/87), V (1987/91), VI (1991/95) Legislaturas › Presidente do Conselho de Administração da Caixa Agrícola de Azambuja › Secretário-Geral da CONFAGRI › Membro do Comité Económico e Social da União Europeia (CESE) Carlos Alberto Courelas Presidente da Mesa da Assembleia Geral › 59 Anos › Natural de Pombal › Curso Geral do Comércio, Curso Comp. de Contabilidade e Adm. e frequência do Curso Sup. de Gestão Bancária › Técnico Oficial de Contas PERFIL PROFISSIONAL › Membro da Provedoria da Santa Casa da Misericórdia de Pombal, do Rotary Clube de Pombal, do Conselho Geral de Agrupamentos de Escolas Gualdim Pais e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Pombal › Membro do CA da Caixa Agrícola de Pombal › Presidente do CG e de Supervisão da CCCAM Presidente Francisco João Bernardino da Silva Vice-Presidente Arnaldo Filipe Rodrigues dos Santos Secretário António Germano Fernandes de Sá e Abreu Tesoureiro César da Silva Ferreira Vogal João Batista Moreira Peres Presidente do Conselho Fiscal › 54 Anos › Natural de Tavira › Licenciado em Organização e Gestão de Empresas › Técnico Oficial de Contas e Auditor › Curso de “Motivation and Leadership” na Ashridge Bussiness School do Reino Unido PERFIL PROFISSIONAL › Director Financeiro Internacional do Grupo Petchey Leisure – Albufeira (Hotelaria e Turismo) › Presidente do Conselho de Administração da Caixa Agrícola de Albufeira › Membro do Conselho Consultivo da Caixa Central 23 DIRECÇ ÇÃO DIRECÇÃO | E S PAÇO R U R A L E d i ç ã o n º 7 8 João Manuel Correia da Saúde A FENACAM é o rosto da representação político-institucional de natureza cooperativa, das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo. Entrevista Francisco Silva Novo Presidente da Direcção da FENACAM 24 | E S PAÇO R U R A L E d i ç ã o n º 7 8 mentos e as suas propostas, as Caixas Agrícolas votaram e optaram claramente pela equipa que liderei e pelo programa que lhes apresentámos. A nossa eleição gerou um conjunto de expectativas, de objectivos e exigências, a que se associa o facto de em 2011 se comemorar o Centenário do Crédito Agrícola. Pessoalmente estou motivado para que, apesar das dificuldades existentes, possamos dignificar o momento e afirmar a Federação. A cerimónia da tomada de posse dos novos Órgãos Sociais, como primeiro acto do Centenário, foi um momento importante e revelador do que somos, no Crédito Agrícola português, capazes de fazer. DIRECÇÃO DA FENACAM (ESQ › DIR) César Ferreira, A. Sá e Abreu, Francisco Silva, Arnaldo Santos e João Peres A FENACAM elegeu os novos Órgãos Sociais para o triénio 2011-2013, nos quais foi empossado como novo Presidente da Direcção. Como encara esta eleição? Foi uma eleição democrática como é timbre da Federação, em que os candidatos apresentaram os seus argu- Como caracteriza o papel da FENACAM no seio do Universo Nacional do Crédito Agrícola Mútuo? A FENACAM é a “casa mãe” de tudo o que de imediato foi feito, no Crédito Agrícola, após a institucionalização da Liberdade e da Democracia no nosso País e da sua fundação em 1978. Foi da FENACAM que partiram as grandes iniciativas de “ destaque O sector financeiro atravessa momentos de alguma dificuldade e incerteza. Como perspectiva o futuro do Crédito Agrícola no panorama nacional? As Caixas Agrícolas portuguesas terão um futuro cada vez mais participativo e actuante na vida dos cidadãos e das empresas do nosso País. Desde a Agricultura, ao Comércio, passando pela Indústria e Serviços; o Crédito Agrícola estará cada vez mais presente e actuante, com a sua incomparável valência de banca de proximidade. No discurso de tomada de posse referiu que a FENACAM deverá assumir a sua vocação. Em seu entender, qual deverá ser a vocação da FENACAM? A vocação da FENACAM é a de representar as Caixas Agrícolas portuguesas numa lógica político-institucional defendendo os interesses das mesmas, a nível interno junto da Administração pública e das Organizações de que faz parte e também a nível internacional. Associada à função de representação, a FENACAM deve prestar às Caixas Agrícolas, serviços de alta qualidade, contribuindo assim para a evolução, desenvolvimento e modernização das suas associadas. Quanto ao passado, não tenho muita vocação ou disponibilidade para falar do mesmo, conto com a participação construtiva de todas as Caixas para construirmos o futuro e serei sempre factor de inclusão e não de divisão. No que se refere ao assumir a vocação, tal depende das expectativas de quem observa e assim uns acharão que a assumpção, é a adequada, outros não tanto. Numa organização centenária há sempre altos e baixos, a nós compete-nos trabalhar para credibilizar e engrandecer a instituição, respeitando a sua história e seguindo exemplos de boas práticas e do desempenho de bons dirigentes, com quem tivemos oportunidade de conviver e aprender! Temos entretanto de vencer algumas barreiras legislativas que entravam o nosso desempenho e assim dar prioridade à aprovação de um novo Regime Jurídico, o que faremos em breve junto das Autoridades. Quais são os principais objectivos traçados por estes novos Órgãos Sociais para a FENACAM? Há um conjunto de objectivos que são preocupações do nosso mandato e que vão desde a comemoração dignificante do Centenário, passando pela reforma A FENACAM é uma das fundadoras da CONFAGRI. Como avalia o papel da Confederação no presente e no futuro? A CONFAGRI vive um período de luto pelo falecimento do seu carismático Presidente de sempre – Comendador Fernando Mendonça, que liderou a Confederação durante 25 anos, sem nunca ter faltado a uma reunião da Direcção ou a uma Assembleia e sempre com apoio, quase unânime, dos Sectores confederados. A CONFAGRI tem de se preparar para viver sem o seu falecido Presidente. Hoje, a Confederação tem uma grande estabilidade ao nível dos diferentes Órgãos, uma capacidade técnica reconhecida e um desempenho importante na Agricultura do País e nas suas áreas de intervenção. Resolveremos oportunamente a questão do futuro Presidente com grande dignidade e responsabilidade. Como Secretário-Geral que acompanhou o Presidente Fernando Mendonça durante cerca de 25 anos, gostaria de lhe prestar uma reconhecida e marcante homenagem, no que sei ser acompanhado por muitas outras pessoas do Sector e que passa por a curto/médio prazo erguermos uma nova Sede Social, que funcione como a “catedral” do Cooperativismo Agrícola português. A nova Sede era um projecto do Presidente que em vida não o concretizou, devido a dificuldades financeiras que temos vivido nos últimos anos. Na minha perspectiva, é a maior homenagem que lhe podemos prestar, identificando a futura Sede com a pessoa do Presidente falecido, perpetuando assim a sua memória. Já estamos a trabalhar nesse objectivo. | E S PAÇO R U R A L E d i ç ã o n º 7 8 de alguns serviços da Federação, à negociação de um novo Regime Jurídico que dê às Caixas Agrícolas um desempenho de Bancos universais, numa lógica partilhada de actuações e responsabilidades, entre outros objectivos. Só assim poderemos contribuir para dar resposta às crescentes e exigentes solicitações que os nossos associados e clientes nos colocam, ao enquadramento regulamentar que nos baliza e ao mercado. 25 agregação, mobilização e modernização das Caixas Agrícolas, nomeadamente as lutas pelos Regimes Jurídicos de 1982 e de 1991, marcos fundamentais do Crédito Agrícola de hoje, no Portugal democrático. Com a criação da Caixa Central em 1984 e do Sistema Integrado (SICAM) a partir de 1991; é óbvio que passando a ter o Crédito Agrícola uma cúpula bicéfala, uma cúpula politico – institucional – FENACAM e outra, do SICAM, de natureza financeira – CAIXA CENTRAL, as opções e os objectivos estruturantes devem e têm de ser partilhadas e concertadas. Sendo a FENACAM a cúpula político-institucional de todas as Caixas Agrícolas portuguesas, é lógico que terá sempre a sua autonomia e identidade de pensamento, mas em matéria de grandes opções deve concertar posições, em primeira linha com a Caixa Central e também deve ouvir as Caixas Agrícolas não associadas da Federação. Foi esse o meu compromisso eleitoral, sufragado e apoiado pelas Caixas Agrícolas associadas da Federação e será assim que agiremos daqui para a frente. Esta é a minha posição e este será o meu desempenho e o da minha equipa.