Conceitos básicos SAPOS ® . . . coloca o na posição! Serviço de posicionamento por satélites das agências geodésicas alemãs Associação das Agências Geodésicas dos Estados da República Federal da Alemanha (AdV) Estações de Referência SAPOS® Legenda Estação de referência em operação, cuja indicação corresponde a sua localização Conexão internacional com estações de referência AGNES da Suíça Conexão internacional com estações de referência 06-GPS da Holanda Conexão internacional com estações de referência da Agência Federal de Padronização e Geodésia (Bundesamtes für Eich- und Vermessungswesen, BEV) e da Academia Austríaca de Ciências (Österreichischen Akademie der Wissenschaften, ÖAW) da Áustria Rede para posicionamento em tempo real no continente Rede para posicionamento em tempo real na costa Copyright: Landesbetrieb Geoinformation und Vermessung Hamburg Conteúdo Estações de Referência SAPOS® ........................................................................... 2 Produtos SAPOS® .................................................................................................... 3 SAPOS® Nacional ..................................................................................................... 4 GNSS – Sistemas Globais de Navegação por Satélites ...................................... 5 Princípios básicos do GNSS diferencial e da disposição e cálculos em rede .. 6 Formato dos dados e meios de comunicação ..................................................... 7 Gerenciamento da qualidade SAPOS® ................................................................... 8 Seleção de aplicações SAPOS® ............................................................................. 9 Sistemas de referência geodésicos .................................................................... 10 Glossário SAPOS® ...................................................................................................11 Contatos ................................................................................................................. 12 2 Produtos SAPOS® O Serviço de Posicionamento por Satélite SAPOS® é um projeto comum da Associação das Agências Geodésicas dos Estados da República Federal da Alemanha (Arbeitsgemeinschaft der Vermessungsverwaltungen der Länder der Bundesrepublik Deutschland, AdV). SAPOS® baseia-se na técnica do Posicionamento Global por Satélites (GPS) e compreende uma rede homogênea em toda a extensão nacional composta de mais de 250 estações de referência de funcionamento contínuo. Os dados registrados SAPOS® estão disponíveis com diferentes níveis de precisão, de modo que os usuários, através de medições GPS diferenciais, podem melhorar a precisão de seus posicionamentos de acordo com suas necessidades individuais. As informações SAPOS® podem ser utilizadas tanto em aplicações em tempo real como para o tratamento dos dados no pós-processamento. SAPOS® oferece as seguintes áreas de serviço: • SAPOS®-HEPS Serviço de posicionamento altamente preciso em tempo real Com o SAPOS® HEPS pode-se alcançar precisões entre 1 e 2 centímetros no posicionamento horizontal e entre 2 e 6 centímetros na posição vertical com posicionamento em tempo real. Os dados de correção são resultantes das medidas de fase da portadora e são transmitidas em intervalos de 1 segundo através de rádio móvel (GSM) ou rádio de banda de 2 m em formato padrão RTCM. Através da disposição em rede das estações de referência SAPOS®, os erros dependentes da distância são minimizados e portanto ganha-se uma melhor precisão e confiança na determinação de coordenadas (posições). Possíveis áreas de aplicação: Projetos de engenharia e engenharia civil, sistemas de geoinformação (GIS) com necessidade de alta precisão, levantamento de propriedades, planejamentos, construções, distribuição e manutenção de linhas de abastecimento de serviços públicos,... • SAPOS®-EPS Serviço de posicionamento em tempo real SAPOS® EPS oferece a possibilidade de posicionamento em tempo real com precisão entre 0,5 e 3 metros. As correções do código são transmitidas no âmbito nacional através de FM (método RASANT) e através de ondas longas (método ALF) no formato padrão RTCM. Opcionalmente também podese receber os dados em intervalos de 1 segundo através de rádio móvel (GSM) ou rádio de banda de 2 m. Possíveis áreas de aplicação: Navegação de veículos, gerenciamento de frotas de veículos, agências e organizações com tarefas de segurança, sis- temas de geoinformação (SIG), navegação marítima e fluvial, hidrografia,... SAPOS®-GPPS/GHPS Serviço de posicionamento geodésico preciso/altamente preciso Os mais altos níveis de precisão exigem que os dados sejam calculados em pós-processamento. O SAPOS® GPPS e o SAPOS® GHPS são dois serviços que permitem alcançar uma precisão de 1 centímetro ou mesmo da ordem de milímetros, tanto em coordenadas horizontais como em altura respectivamente. As informações SAPOS® são disponibilizados ao usuário no formato padrão RINEX por e-mail, através da internet (ftp-download) ou por qualquer outro meio digital. SAPOS® GPPS oferece a possibilidade também de uma solução “quase-online”, em que os dados RINEX podem ser obtidos ainda no campo. As informações SAPOS® em intervalos de rastreio de 1 segundo são disponibilizadas em menos que 30 dias, enquanto que os dados gerados em intervalos de 15 segundos são arquivados permanentemente em meios digitais. Caso seja solicitado, podem ser disponibilizados também dados em intervalos de rastreio menores que 1 segundo. Possíveis áreas de aplicação: Fotogrametria, laser scanning, levantamentos básicos, sistemas de referência para a geodésia nacional, investigações de processos geodinâmicos,... 0pWRGR 6HUYLoR 0HLRGH7UDQVPLVVmR 3UHFLVmR (TXLSDPHQWR 7HPSRUHDO +(36 5iGLRPyYHO*60FREULPHQWRQDFLRQDO 5iGLRGHEDQGDGHPRSFLRQDO ,QWHUQHW175,3HPLPSODQWDomR DFPSRVLomR KRUL]RQWDO DFPDOWXUD 5HFHSWRUJHRGpVLFR*36 FRP57.PRGHPSDUD UHFHSomRGRVGDGRV 7HPSRUHDO (36 DP 5HFHSWRU'*36GHXPD IUHTXrQFLDPRGHPSDUD UHFHSomRGRVGDGRV 3yV SURFHVVDPHQWR *336 *+36 )05$6$17FREULPHQWRQDFLRQDO 2QGDORQJD$/)FREULPHQWRQDFLRQDO 5iGLRPyYHO*60 5iGLRGHEDQGDGHPRSFLRQDO ,QWHUQHW175,3HPLPSODQWDomR ,QWHUQHW(PDLOPHLRGLJLWDO FP FP 5HFHSWRU*36JHRGpVLFR DFHVVRj,QWHUQHW 6HUYLoR ,QWHUYDOR 8QLGDGH &XVWR )RUPDWR +(36 VHJXQGR PLQXWR ¼ 57&0 (36 VHJXQGRV VHJXQGR QmRVHDSOLFD DQR WDULID~QLFDFRPDFRPSUDGRUHFHSWRU$/)5$6$17 ¼*60UiGLRGHEDQGDGHP 57&0 *336*+36 VHJXQGR VHJXQGR PLQXWR PLQXWR ¼ ¼ 5,1(; 3 SAPOS® Nacional As estações de controle SAPOS em cada um dos Estados alemães são responsáveis pela geodésia oficial, que consiste em realizar o sistema de referência espacial (tridimensional) oficial de cobertura nacional, homogênea, baseado em métodos da tecnologia dos satélites. Isto é uma parte fundamental da manutenção da infra-estrutura que deve ser proporcionada aos Estados. Já hoje, existe a necessidade de fornecer os dados, nacionalmente, aos demais usuários. ® Com o objetivo de fornecer aos clientes SAPOS®, um serviço SAPOS® uniforme em toda a Alemanha, com interfaces e formatos padrões, as seguintes resoluções foram tomadas na plenária AdV: • SAPOS® como responsabilidade estatal da geodésia nacional, utilização e aproveitamento dos dados SAPOS® através de outras instituições públicas e privadas O SAPOS® foi desenvolvido como suporte para a execução das atividades das agências estatais de geodésia e cadastro. Por essa razão, são os Estados os responsáveis exclusivos pela implementação e manutenção das estações de referência SAPOS®, incluindo o processamento e a distribuição oficial de seus dados. Os dados SAPOS® são dados que são registrados como sinais de satélite pelas estações de controle SAPOS® e, junto com dados descritivos adicionais sobre as estações de referência, são disponibilizados em formatos especiais para o uso adequado por parte de diferentes clientes da SAPOS®. Os dados SAPOS® compreendem tanto as informações da rede como podem ser derivados do processamento em rede. Além da utilização dos dados SAPOS® em aplicações diretas de georreferenciamento, estes podem ser fornecidos às instituições públicas ou privadas para criar serviços próprios baseados em SAPOS®. Os dados processados pelos usuários a partir das informações básicas fornecidas por SAPOS®, e seus produtos derivados, não são dados SAPOS® e consequentemente não são dados oficiais. 4 • Padronização do SAPOS® - Alemanha Princípios básicos para o SAPOS® HEPS É necessário estabelecer o conceito para a padronização do SAPOS® HEPS nacionalmente. Este conceito não admite alternativas específicas para algum Estado alemão. A proposta de uma padronização dos componentes SAPOS® deveria abranger uma grande variedade; aí, deve-se pré-definir qual o padrão que é obrigatório para todos os fornecedores SAPOS® (Padrão Obrigatório SAPOS®) e quais os componentes são os produtos derivados, os chamados „add on“ (Padrão Opcional SAPOS®). SAPOS® HEPS foi construído com um caráter multifuncional. Meios de Transmissão O rádio móvel é empregado como meio para transmissão dos dados entre o fornecedor do serviço e o usuário, garantindo desta forma a maior cobertura possível. O Padrão Obrigatório SAPOS® corresponde a transferência de dados de correção por GSM, enquanto que o Padrão Opcional SAPOS® compreende a transmissão usando rádio de banda de 2m. Formato dos Dados O formato padrão da informação para a interface com o usuário é o RTCM 2.3. No Padrão Obrigatório SAPOS® os tipos de mensagem são 20/21 (não codificados e não comprimidos). No Padrão Opcional SAPOS® são RTCM-AdV (codificados e compridos), bem como RTCM 2.3, os tipos de mensagens são 18/19 (não codificados e não comprimidos). Introdução da disposição e cálculo em rede O Padrão Obrigatório SAPOS® compreende a disposição e cálculos em rede das estações de controle SAPOS®. Isso aumenta a confiança e a precisão do SAPOS® HEPS e assegura sua continuidade além das fronteiras interestaduais, de modo que pode evitar-se problemas de extrapolação. Os resultados da disposição e cálculos em rede são fornecidos aos usuários SAPOS® em forma de parâmetros de correção de superfície (Flächenkorrekturparametern, FKP) ou como estações virtuais de referência (Virtuelle Referenzstation, VRS). O Padrão Obrigatório SAPOS® corresponde à transmissão de FKP e o Padrão Opcional SAPOS® é o cálculo de uma VRS. • Acordos sobre uma sede central dos Estados para a preparação e concentração dos dados de posicionamento por satélite (Zentrale Stelle SAPOS®) Conforme desejado por muitos clientes SAPOS®, a partir de 1 de outubro de 2003 estebeleceu-se a sede central da SAPOS® na LGN (Landesvermessung und Geobasisinformation Niedersachsen), em Hannover. Este é o provedor autorizado para tratar com aqueles usuários que desejam trabalhar com dados SAPOS® em mais de um Estado da República Federal. Após a introdução do padrão unificado SAPOS® , isto é um outro passo para qualificação de um serviço homogêneo e único em todo o país. A sede central SAPOS® é encarregada das seguintes tarefas: – Disponibilizar os dados SAPOS® e informar sobre os deveres e os direitos dos usuários, incluindo os custos correspondentes definidos segundo os acordos da AdV. – Promover e comercializar os dados SAPOS® entre clientes de caráter nacional, isto é, aqueles que desenvolvem projetos que envolvem mais de um Estado federal. – Apoiar a AdV na coordenação de atividades de nível federal – Compilar os dados SAPOS® gerados no âmbito nacional. – Apoiar tecnicamente a utilização da rede além das fronteiras estaduais. • Parceria Privada Pública (PPP) Em termos de abertura de mercado de geo-dados, a AdV gostaria de cada vez mais formar parcerias de venda com os fornecedores de serviço privado. Estas cooperações PPP são bem-vindas politicamente, porque é economicamente significante e desejável que os investimentos do setor público do SAPOS® sejam usados por tantos usuários quanto possíveis. Com este objetivo, em maio de 2002, a AdV e a companhia Ruhrgas AG assinaram um „Memorandum of Understanding“ (MoU) sobre as metas estratégicas e os acordos básicos para a utilização e a comercialização dos dados SAPOS®, em todo o país, por parte da Ruhrgas AG (serviço de posicionamento ascos). Os parceiros assinaram um contrato formal em 8 de abril de 2003, a Ruhrgas AG e a AdV, na Feira de Hannover (Hannover Messe). GNSS – Sistemas Globais de Navegação por Satélites Nos anos 70, iniciou nos E.U.A. e na antiga URSS o desenvolvimento dos dois sistemas de navegação por satélite globais (GNSS) disponíveis hoje, o NAVSTAR-GPS e o GLONASS. Ambos os sistemas foram originalmente construídos para fins militares visando garantir o posicionamento em tempo real bem como disponibilizar informações precisas de tempo. Enquanto havia nenhuma restrição à utilização civil com o GLONASS russo, os E.U.A. reduziram com a Disponibilidade Seletiva (desde maio de 2000 desativado) e o „Anti-Spoofing“ a precisão atingível para usuários não militares. Essencialmente, as tecnologias e a funcionalidade do dois GNSS pouco diferem. Eles consistem de três segmentos: o segmento espacial (satélites), o segmento de controle (estações de monitoramento e controle, estações de transmissão no solo) e segmento do usuário (equipamento de recepção). Os satélites GNSS enviam, em duas ondas portadoras moduladas, códigos gerados por relógios atômicos, mensagens de navegação e informação sobre as condições do sistema. O segmento de controle cuida do cálculo das efemérides (órbitas dos satélites) e da geração do tempo GPS. NAVigation Satellite Timing And Ranging - Global Positioning System (NAVSTAR-GPS) O segmento espacial GPS consiste no momento de 29 satélites. Devido a sua constelação é possível a qualquer momento em todos os lugares da superfície da Terra receber simultaneamente dados de, pelo menos, 4 até 12 satélites. Os satélites circulam a terra em uma altura de 20.230 km em seis planos de trajetória com uma inclinação (em relação ao plano do equador) de 55°. As trajetórias dos satélites (nós ascendentes) estão separadas entre si de 60°. Os satélites necessitam de aproximadamente 11 horas e 58 minutos para uma revolução. Uma mesma constelação de satélite ocorre diariamente cerca de 4 minutos mais cedo num determinado lugar de observação. uma volta ao redor da Terra, os satélites precisam de 11 horas e 16 minutos aproximadamente. A precisão atingível do GLONASS para usuários civis corresponde aproximadamente ao GPS americano com a Disponibilidade Seletiva desativada. Atualmente, o GLONASS é apenas parcialmente utilizável. Galileo GPS-Satellit Com a desativação da Disponibilidade Seletiva, a precisão no posicionamento com GPS para usuários civis foi melhorada de aproximadamente 100 m em ≤ 13 m com 95% de probabilidade (Ministério da Defesa dos EUA, 2001). Planeja-se futuramente a continuação da expansão do sistema por GPS (por exemplo, frequência de uma terceira portadora, código C/A em L2). A união européia (EU) e a organização espacial européia (ESA) trabalham atualmente na construção do Galileo, que é um GNSS civil independente. Os custos foram estimados em aproximadamente 3,2 bilhões de Euros. O financiamento deve ser dividido entre o setor público e o privado. A constelação do Galileo consistirá em 30 satélites que estarão em órbita a uma altura de 23.616 km da Terra em três níveis de GLObal NAvigation Satellite System (GLONASS) O segmento espacial GLONASS atingiu até o final dos anos 90 o total de 24 satélites, contudo atualmente devido a falta de manutenção permanecem apenas 10 satélites à disposição. Os satélites circulam ao redor da Terra em uma altura de 19.100 km em três níveis de trajetória com uma inclinação de 64,8°. As trajetórias dos satélites estão separadas entre si de 120°. Para Galileo-Satellit trajetória com uma inclinação de 56°. O tempo para circular a Terra é de 14,4 horas. Com relação à precisão, disponibilidade e integridade, o Galileo deve ser superior ao GPS. Além disso, através da interoperabilidade, o Galileo e o GPS irão otimizar o posicionamento por satélite. Dessa forma, a qualidade do serviço SAPOS® também será sempre melhor. A entrada em funcionamento do Galileo é prevista para o ano de 2008. GLONASS-Satellit 5 Princípios básicos do GNSS diferencial e da disposição e cálculos em rede • Tempo real GNSS Diferencial (com apoio em uma única estação de referência) Com posicionamento em tempo real diferencial, as correções são calculadas pela comparação entre pseudodistâncias medidas e as distâncias geométricas determinadas das coordenadas conhecidas. Essas correções calculadas são disponibilizadas em formato padrão e transmitidas, através de um meio de comunicação apropriado, imediatamente ao receptor móvel em campo. Aí pode-se assumir que, nas proximidades de uma estação de referência, sendo os erros semelhantes, os receptores móveis podem eliminar ou reduzir o efeito dos erros sobre o sistema com os dados de correção. As observações da estação de referência representam a influência dos erros da estação móvel com precisão limitada. Quanto maior for a distância até a estação de referência, pior será a precisão de representação. Fala-se aqui também de erros dependentes da distância. A distância possível até uma estação de referência depende da precisão de posicionamento desejada pelo usuário. Necessitando-se de uma precisão média da ordem de 0,5 a 3 metros (solução por código), a distância pode chegar a uns 100 quilômetros. Caso seja necessário uma precisão mais alta da ordem de 1 a 2 centímetros (solução por fase), a distância é restringida principalmente pelas influências da ionosfera. Com uma atividade ionosférica normal ou suave, distâncias de até 20 quilômetros são possíveis. Com uma atividade ionosférica forte, a distância máxima até a estação de referência restringese a menos que 5 quilômetros. Esses dados são também fortemente dependentes da qualidade do equipamento do usuário (receptor com uma ou duas frequências, antena, processamento dos dados, etc.) e geometria dos satélites. Ainda com relação à dependência da distância, os erros são oriundos da modelagem insuficiente das órbitas dos satélites e atrasos troposféricos. Disposição e cálculo em rede das estações de referência Erros dependentes da distância podem ser reduzidos fortemente através do ajuste simultâneo dos dados de 6 uma rede de estações de referência. Este processo é conhecido como «disposição e cálculo em rede». Nesta ocasião, as variações espaciais das componentes dos erros são calculadas baseado nas observações de estações de referência bem distribuídas na rede e cujas coordenadas são conhecidas com alta precisão. O aspecto fundamental deste método é a solução das ambigüidades da fase na rede das estações de referência. Pela comparação entre as pseudodistâncias medidas entre os satélites GNSS e as estações de referência, com a distância geométrica derivada das coordenadas, calcula-se os resíduos ionosféricos e geométricos (troposfera e trajetória do satélite). Estes resíduos servem como base para a determinação dos modelos polinomiais de superfície que descrevem o comportamento das correções. Com ajuda deste princípio sobre rede podese atender exigências maiores de precisão, da ordem de 1 a 2 centímetros, mesmo a uma distância entre a estação móvel e a estação de referência entre 30 e 50 quilômetros. Podendo, portanto, o usuário SAPOS® conseguir lucros econômicos consideráveis no desenvolvimento de seus projetos. Atualmente, os resultados obtidos pela metodologia descrita estão disponíveis ou em forma de parâmetros de correção de superfície (FKP - Flächenkorrekturparametern) ou como estação de referência virtual (VRS). Ambos são procedimentos para representação dos resultados gerados pela disposição e cálculo em rede. No caso do FKP, são fornecidos além das correções das estações individuais originais para cada satélite, as informações de correção do cálculo em rede em forma de parâmetros de superfície, referente à posição de uma estação de referência. O receptor móvel deve ler o FKP e processar junto com as correções da estação individual (individualização do FKP). Quase todos os receptores GPS geodésicos modernos estão preparados para trabalhar desta maneira hoje. Mediante a representação da informação da rede na forma de VRS, geram-se e transmitem-se as correções correspondentes a uma estação de referência que estaria localizada (virtualmente) nos arredores próximos da posição do usuário, sem que esta tenha sido trabalhada diretamente. Assim, o usuário deve informar previamente à central da rede sua posição aproximada, de modo que possa receber as correções livres de erros dependentes da distância. • Pós-processamento No pós-processamento como em tempo real, as medidas de fase originais do receptor GNSS constituem a base da determinação do posicionamento diferencial. As fontes de erro dependentes da estação e da distância ao ponto de controle são tratadas com modelos e estratégias similares, e aqui também o processamento da ambiguidade da fase da portadora é a chave para coordenadas altamente precisas. Em geral, os modelos da eliminação dos parâmetros e da estimação dos parâmetros são diferentes. No primeiro procedimento, as diferenças das medidas de fase da portadora servem como observações sendo que certos parâmetros de perturbação já foram removidos. No segundo procedimento, utilizam-se as observações não diferenciadas e, como na estratégia de rede para o posicionamento em tempo real, todos os parâmetros adicionais são calculados de forma rigorosa, visando descrever-se a realidade tão bem quanto possível. O pós-processamento é usado também com intervalos de dados mais longos para alcançar altas precisões, de poucos milímetros sobre distâncias muito grandes como são necessários na geodésia nacional ou na geodinâmica. Além destas aplicações estáticas, também trajetórias de objetos cinemáticos podem ser determinadas posteriormente de forma exata, como por exemplo, na fotogrametria. Qualquer usuário com um receptor GNSS, que registre dados dos satélites integrados a uma rede de estação de referência como SAPOS®, pode reunir informações RINEX das estações de referência circunvizinhas para utilizar num pós-processamento. O uso simultâneo de vários receptores com várias sessões geram soluções com altas precisões entre estações vizinhas. Precisões mais altas, como por exemplo a determinação precisa de altitudes, são obtidas com medições estáticas de até 24 horas de duração. Formato dos dados e meios de comunicação Formato dos dados SAPOS® HEPS / EPS Para seus serviços em tempo real, SAPOS® utiliza o formato RTCM na versão atual 2.3. São definidos diversos tipos de mensagens para diferentes tipos de dados, assim pode-se ajustar os conteúdos que serão entregues conforme as respectivas solicitações. No serviço SAPOS® HEPS, diversos tipos de mensagens podem ser geradas de acordo com a solicitação do usuário. Todos os Estados da República Federal da Alemanha comprometeram-se em disponibilizar informações processadas diretamente pelo receptor GPS disponíveis em formato do tipo de mensagem RTCM 20 e 21 (Padrão Obrigatório, incluindo os demais tipos de mensagens adicionais), mais os dados processados em rede em forma de FKP, não codificado e não comprimido, para uso diretamente no receptor GPS. Além disso, os Estados podem oferecer outros tipos de mensagens (Padrão Opcional) conforme a necessidade dos usuários. Entre essas estão os tipos de mensagens RTCM 18 e 19 bem como a apresentação dos dados processados pela rede em forma de VRS. Além disso, pode-se disponibilizar dados codificados e comprimidos em formato RTCM-AdV. No SAPOS® EPS, as correções das pseudodistâncias são fornecidas com informações adicionais correspondentes. As correções de pseudodistâncias são transmitidas em tipo de mensagem RTCM 1. Isto foi introduzido com a versão 2.0 do RTCM e é usado nas versões posteriores sem alteração. serviço em tempo real. A principal vantagem dos dados derivados por este procedimento é que as tarefas padrões do pós-processamento podem ser resolvidas de forma mais rápida e simples. Meios de comunicação SAPOS® HEPS O meio padrão de transmissão de informações utilizado no SAPOS® HEPS é o GSM, que corresponde ao atual padrão europeu para rádio móvel. Este meio é utilizado na maioria dos posicionamentos com SAPOS® HEPS na Alemanha. Está disponível quase homogeneamente em todo o país, seus custos são baixos e é, em geral, aceito. Opcionalmente, caso seja necessário, os dados HEPS são transmitidos através de rádio de banda de 2 m. No momento, trabalha-se para a instalação de um modo de comunicação baseado no protocolo de Internet (IP). Com este procedimento, os dados SAPOS® poderão ser transferidos através de qualquer meio que suporte um IP. Com relação à aplicações móveis, existe atualmente o GPRS (General Packet Radio Service), e futuramente também o UMTS (Universal Mobile Telecommunications System). A Agência Federal para Cartografia e Geodésia (Bundesamt für Kartographie und Geodäsie, BKG) desenvolveu uma definição de protocolo chamado NTRIP, que foi apresentado ao Comitê Especial RTCM No. 104 (SC-104). EPS Os dados EPS podem ser recebidos no âmbito nacional através de FM (método RASANT) e ondas longas (método ALF). Meios de transmissão opcionais são o GSM, o rádio de banda de 2 m e futuramente através do NTRIP. GPPS / GHPS Para a transferência dos dados GPPS/GHPS, utiliza-se normalmente a internet. Os dados são enviados aos usuários por FTP ou por e-mail. Além disso, os dados podem ser entregues em meios digitais de armazenamento de dados (por exemplo, CD-ROM) e, em alguns casos, através de correio eletrônico. GPPS / GHPS As opções para o pós-processamento GPPS e GHPS trabalham com o formato RINEX na versão atual 2.1. Este é um formato de dados ASCII e compreende um cabeçalho e os demais dados. No cabeçalho estão as informações gerais da estação como por exemplo o número e o nome da estação, informações sobre o receptor GPS utilizado e sobre a antena GPS, as coordenadas da estação, a altura da antena, etc. As informações dos dados rastreados (medições) estão escritas por época no restante da mensagem. Como produto especial no GPPS encontra-se a estação virtual de referência (VRS ). Os dados pertinentes são calculados a partir da rede de estações de controle, do mesmo modo que no Precisões alcancáveis no posicionamento horizontal em função da distância até a estação de referência. Exemplo de resultados obtidos ao aplicar-se FKP e VRS para um satélite observado simultaneamente por três estações de contrôle da rede. Esses resultados são igualmente válidos se se considera um número maior de estações de referência. 7 Gerenciamento da qualidade SAPOS® Com relação à modernidade do serviço, entende-se a qualidade de SAPOS® como a soma das necessidades satisfeitas em cada um dos grupos de demanda do produto SAPOS®. Segundo a definição DIN EN ISO 8402,a qualidade é o conjunto de características e atributos de um produto ou da prestação de um serviço que lhe confere sua aptidão para satisfazer as necessidades explícitas e as implícitas. As características básicas de qualidade para SAPOS® foram estabelecidas pela plenária da AdV, em novembro de 2001, como um padrão a nível federal do serviço. Isso abrange o Padrão Obrigatório SAPOS®, o Padrão Opcional SAPOS® e compreende os princípios fundamentais para o serviço SAPOS® HEPS, a seleção dos meios para a transferência dos dados, os formatos utilizados para apresentar esses dados e a disposição e cálculo em rede das estações de referência SAPOS®. Estas especificações seguem as regras inerentes à técnica e são aptas a desenvolver-se e a complementar os avanços tecnológicos que surgirem. A definição deste padrão segue, no sentido atual de um ciclo de qualidade, a etapa de sua realização, a qual se identifica principalmente pelas características e atributos da prestação de serviços SAPOS®. Isso inclui, por exemplo, a redundância do sistema, os dispositivos de alarme para alertar sobre alguma falha do sistema, a validação do sistema, o serviço de informação ao usuário, bem como a precisão adequada, a confiabilidade e a disponibilidade do serviço. Como exemplo das inúmeras políticas adotadas para assegurar a alta qualidade de SAPOS®, dois exemplos atuais podem ser descritos brevemente: Ajustamento diagnóstico das estações de referência SAPOS® Calibração das antenas das estações de referência SAPOS® O cálculo das correções em rede a partir das estações de referência SAPOS® para o posicionamento em tempo real oferecido pelo serviço SAPOS® HEPS, requer que a precisão das coordenadas tenha um desvio padrão da ordem de 10 mm com relação ao sistema de referência ETRS89, o que garante um processo de modelagem ótimo, para que o usuário disponha de uma solução de ambiguidades rápida e confiável. Um aspecto fundamental é a necessidade que esta precisão seja alta em todo o âmbito nacional e que se mantenha homogênea, principalmente quando um usuário SAPOS® necessita de informações simultâneas de mais de um Estado Federal. SAPOS® trabalha segundo a resolução da plenária da AdV, de abril de 2002, com dados de calibração absoluta para suas mais de 250 estações de controle, realizando assim as chamadas ADVNULLANTENNA nos seus dados de correção. Este procedimento, orientado pelo nível internacional da técnica, é empregado através das calibrações individuais de cada uma das antenas instaladas nas estações de referência. O Comitê Técnico SAPOS®, que consiste de representantes da indústria GNSS e representantes da SAPOS®, recomendam e apoiam expressamente esta metodologia. Por esse motivo, a Agência Federal de Cartografia e Geodésia (Bundesamt für Kartographie und Geodäsie, BKG), no ano de 2003, por incumbência da AdV conduziu o ajustamento diagnóstico de todas as estações de referência, no qual analisou o cumprimento dos requisitos mencionados acima e indentificou a possível vulnerabilidade de alguns lugares. De acordo com a definição e a realização da qualidade SAPOS®, o ciclo permanente de qualidade contínua na sua terceira fase, com a medição, controle e adaptação da qualidade, ou seja, o gerenciamento diário da qualidade. Através de um estreito contato com seus usuários e fabricantes das equipes de medição, o SAPOS® está permanentemente fazendo adaptações e melhoramentos. A plenária da AdV decidiu em maio de 2003 adotar os resultados do ajustamento diagnóstico como as coordenadas oficiais, homogêneas, para as estações de referência SAPOS®. Variação do centro de fase L1 de uma antena GPS em função do azimute e da elevação 8 Seleção de aplicações SAPOS® Agrimensura e cadastro Levantamentos geodésicos e topográficos Levantamentos cadastrais Ordenamento territorial Trânsito veicular e transporte público Fotografia: Berliner Verkehrsbetriebe (BVG) Navegação de veículos Administração de frotas veiculares Telemática de tráfego Sistema de coordenação de tráfego Laserscanning e vôos fotogramétricos Modelos digitais do terreno (Digitale Geländehöhenmodelle, DGM) Modelos digitais de superfície (Digitale Oberflächenmodelle, DOM) Modelos 3D de cidades Controle de inundações Projetos de engenharia Medição de deformações Serviços de segurança Fotografia: Berliner Polizei Construção de estradas Traçado de construções Manutenção de linhas de abastecimento de serviços públicos Sistemas de geoinformação (GIS) Serviços de Segurança: Polícia, corpo de bombeiros, prevenção de acidentes Visitas oficiais Transporte de valores Contrôle geodésico de construções (por exemplo pontes, barragens) Levantamentos geodinâmicos e científicos Agricultura e meio-ambiente Serviço de meteorologia Hidrografia Levantamentos marinhos Batimetria Busca por naufrágios Pesquisa climática Previsão do tempo Determinação dos parâmetros atmosféricos na troposfera e estratosfera Explotação de superfície controlada Agricultura precisa Controle de rendimentos agrícolas Documentação sobre contaminação vegetal Cadastro agrícola 9 Sistemas de referência geodésicos Os sistemas de posicionamento por satélites fornecem coordenadas X,Y,Z, que se referem a um sistema tridimensional cartesiano, cuja origem coincide com o centro da Terra. O eixo X corta o equador no meridiano zero (Greenwich). O eixo Z coincide com o eixo médio de rotação da terra. O eixo Y é perpendicular aos eixos X e Z de modo que definese um sistema dextrógiro. O plano XY é formado pelo plano médio do Equador e o plano XZ corresponde ao plano do meridiano médio de Greenwich. A terra pode ser considerada numa primeira aproximação como uma esfera e numa segunda aproximação como um elipsóide. Para a descrição da figura da Terra é necessário além de um modelo matemático um modelo físico que leva em conta a influência da gravidade. A superfície representada por um líquido em total repouso se comporta de forma Para poder descrever a Terra matematicamente introduz-se um modelo elipsoidal da Terra, como superfície de referência, que efetivamente tem boa aproximação com a superfície da Terra. A partir deste elipsóide, chamado de referência, define-se a posição 3D de um ponto através das coordenadas elipsoidais (latitude , longitude e altura elipsoidal h) Na Europa, introduziu-se o Sistema de Referência Terrestre Europeu 1989 (European Terrestrial Reference System 1989, ETRS89) como sistema de referência geodésico, cujas coordenadas se representam, inicialmente, em um sistema cartesiano tridimensional, ou alternativamente sobre um sistema elipsoidal de coordenadas que corresponde ao elipsóide GRS80 (Geodetic Reference System 1980). Elipsóide tal que, todas as partes são perpendiculares à direção da força de gravidade e, representa uma superfície de nível ou equipotencial. O geóide é a superfície de nível que corresponde a superfície média do mar prolongada para o continente. Por causa das estruturas geológicas existentes, o geóide é muito irregular, e, por isso sua descrição matemática e física é muito difícil. Caso fossem realizadas medições ponto a ponto sobre a superfície da Terra com gravímetros, poderia-se assim modelar os desvios em relação ao elipsóide (ondulação geoidal). As superfícies de nível não servem como planos de referência para a obtenção de coordenadas horizontais, mas são ótimas para a definição das alturas. Por essa razão, as coordenadas horizontais foram obtidas independentemente das alturas até que a geodésia por satélites e cálculos precisos do geóide permitiram definir uma referência completamente tridimensional. 10 A utilização posterior destas posições 3D se dá através da projeção dos pontos elipsoidais sobre um plano. Entre 1991/95, a AdV introduziu oficialmente, a nível federal, como sistema de referência o ETRS89 e como projeção única as coordendas do sistema UTM para todos os pontos da geodésia nacional e da base cadastral. Esta resolução foi adotada pelo Estado de Brandemburg em 1996. Outros Estados federais encontram-se no momento em fase de adaptação; os demais tenderão a seguílos nos próximos anos. Atualmente, nos Estados que formam a antiga República Democrática da Alemanha se continua utilizando o elipsóide de Krassowski ou o elipsóide de Bessel, o qual também é a referência atual para os Estados na, anteriormente denominada, República Federal da Alemanha. Em ambos os casos, ainda se utiliza como projeção cartográfica o sistema Gauß-Krüger. A transferência de coordenadas elipsoidais em outros sistemas de referência, como por exemplo, a Triangulação Fundamental Alemã 1990 (Deutsche Hauptdreiecksnetz 1990, DHDN90) ou outros sistemas de referência geodésicos, nos Estados federais pode ser realizada apenas através da transformação / conversão, uma vez que estes sistemas de referência referem-se a outros elipsóides. O sistema de referência vertical oficial é a Rede Principal de Alturas da Alemanha 1992 (Deutsches Haupthöhennetz 1992, DHHN92), cuja superfície de referência é o quase-geóide. O datum do sistema DHHN92 é o ponto Wallenhorst (próximo a Osnabrück), que corresponde a um nó da rede de nivelamento européia. A decisão de utilizar como alturas oficiais as alturas normais permite, especialmente com relação à SAPOS®, uma ótima combinação das alturas com as resultantes das medições dos satélites. Em relação à SAPOS®, as altitudes elipsoidais definidas no ETRS89 podem ser transformadas em alturas sobre o Ponto Zero de Alturas Normais (Normalhöhennull, NHN) da DHHN92 através da utilização de modelos quase-geoidais. • Geóide Glossário SAPOS® AdV: (Arbeitsgemeinschaft der Vermessungsverwaltungen der Länder der Bundesrepublik Deutschland), Associação de Agências Geodésicas dos Estados da República Federal da Alemanha: é a assembléia das agências geodésicas dos Estados juntamente com os Ministérios federais de Transportes, da Construção e da Moradia, do Interior e Defesa. Está abaixo da coordenação da conferência permanente dos ministérios e senados do interior dos Estados. ALF (Accurate Positioning by Low Frequency), Posicionamento Preciso por Baixa Frequência: serviço para transmissão de correção DGPS para toda a Alemanha através de ondas longas (123,kHz). Antena zero (Nullantenne): termo geral para uma antena GNSS quase livre de erros. Esta condição se alcança através da correção dos dados medidos ao aplicar-se as variações (>variações do centro de fase da antena) e os (>offset do centro de fase) obtidos a partir da calibração da antena. Coordenadas Gauß-Krüger: coordenadas planas retangulares da geodésia nacional alemã. Elas originamse da projeção conforme (sem deformação dos ângulos) do elipsóide sobre um plano (na antiga República Democrática Alemã: Bessel e Krassowski, na anteriormente denominada República Federal da Alemanha: Bessel). Os meridianos de tangência são projetados sem deformação nem fator de escala (Projeção Transversa de Mercator). As zonas de projeção se extendem 3° nos Estados da antiga República Federal e 3°/6° nos da exRepública Democrática Alemã. Coordenadas UTM (Universal Transversal Mercator): coordenadas planas retangulares que se originam de uma projeção conforme (sem deformação dos ângulos) do elipsóide sobre um plano. Suas zonas de projeção se extendem 6° e o meridiano central se representa com um fator de escala m=0,9996. Disposição e cálculos em rede (Vernetzung): metodologia SAPOS® para minimizar a influência dos erros dependentes da distância presentes no posicionamento GNSS diferencial. Estes erros, que compreendem os gerados na ionosfera, troposfera e trajetórias dos satélites, são convenientemente modelados e representados através (>FKP) ou (>VRS) para serem transmitidos aos usuários SAPOS®. Esta metodologia facilita maiores precisões e tempos de inicialização de posicionamento mais curtos, o que se traduz em amplas vantagens econômicas aos usuários SAPOS®. DREF91 (Deutsches Referenznetz 1991), Rede de Referência Alemã 1991: rede de referência alemã medida com GPS em 1991 e calculada até 1994, seus pontos estão ligados aos pontos do EUREF93 (>EUREF89). Efeito de multicaminho (Multipath): os multicaminhos originam-se da reflexão difusa ou reflexa dos sinais dos satélites por superfícies localizadas nos arredores das antenas GNSS. Daí o sinal não atinge diretamente o receptor. O efeito de multicaminhos pode resultar em problemas na determinação da ambiguidade e perda de precisão. No posicionamento estático estes efeitos apresentam normalmente períodos de 30 segundos a 1 hora, enquanto que no posicionamento cinemático (objetos em movimento) aparecem esporadicamente devido à constante mudança na situação. Já que não se pode eliminar os multicaminhos, recomenda-se um segundo posicionamento independente com uma outra configuração de satélites. Alemanha através de (>EUREF),(>DREF) e através de redes geodésicas estaduais. Nó ascendente: é o ponto de uma órbita elíptica em que o satélite intercepta o plano equatorial do Sul ao Norte. ETRS89 (European Terrestrial Reference System 1989), Sistema de Referência Terrestre Europeu 1989: o ETRS89 é a parte européia do (>ITRS) com relação à época de referência 1989.0 e foi fixado à parte rígida da placa euroasiática. A (>AdV) adotou, em 1991, o ETRS89 como sistema oficial de referência para a República Federal da Alemanha. NTRIP (Networked Transport of RTCM via Internet Protocol): técnica para transmissão de dados GNSS pela Internet. EUREF89 (European Reference Frame 1989), Marco de Referência Europeu 1989: designação da campanha GPS realizada em maio de 1989 na Europa para estabelecimento de uma rede de referência européia. A orientação da rede se determinou a partir das estações fundamentais do (>ETRF89) junto com os elementos locais de centragem. As campanhas GPS realizadas posteriormente para a ampliação ou melhoramento da rede serão calculadas com relação ao ano de referência 1989, para considerar a deriva de placas continentais, como foi feito com a campanha GPS EUREF93 para o processamento do (>DREF91). FKP (Flächenkorrekturparameter), Parâmetro de Correção da Superfície: metodologia para representação (e transferência) dos erros residuais modelados mediante a (>disponibilização e cálculo em rede). Os FKP são transmitidos no tipo de mensagem (59) formato (>RTCM), definido e publicado por SAPOS®. Geodésia nacional: disciplina encarregada de proporcionar uma referência unificada pela definição de coordenadas (levantamentos geodésicos fundamentais) e a cartografia básica estatal (levantamento topográfico do país). Os produtos da geodésia nacional formam a base de apoio para todos os levantamentos de georreferenciamento. Geóide: é um modelo físico para descrição da forma da Terra que atende a distribuição irregular da massa interna terrestre. Em contraste com o relevo real da Terra, o geóide é uma superfície suavizada com uma orientação normal ou perpendicular em todos os pontos. Esta superfície de nível do campo gravitacional da Terra representa a superfície média dos mares (sem marés). O geóide pode ser utilizado como superfície de referência da altitude ou para representação do campo gravitacional da Terra, para os cálculos geodésicos utiliza-se, ao contrário, como superfície de apoio o (>elipsóide de referência). GNSS (Global Navigation Satellite System), Sistema Global de Navegação por Satélites: conceito geral para sistemas de navegação e posicionamento baseados no satélite. GNSS não é apenas limitado ao GPS, mas também refere-se ao GLONASS, o sistema planejado Galileo bem como o sistema de expansão local (por exemplo EGNOS). GSM (Global System for Mobile Communications), Sistema Global para Comunicações Móveis: padrão internacional para o rádio móvel digital. Gravidade: valor da aceleração vertical no campo gravitacional da Terra, que é formado pelas forças gravitacionais da massa da Terra e outros corpos celestes bem como forças centrífugas de rotação da Terra. O campo gravitacional da Terra sofre variações por causa das marés, a pressão atmosférica e outras influências. Elipsóide de referência: é a superfície matemática próxima ao (>geóide), cujas dimensões e orientação são escolhidos de tal maneira que melhor se adeque ao geóide em uma região ou a nível global. O elipsóide de referência é a superfície de referência para a definição de coordenadas horizontais, não inclui referência física para as alturas. ITRF89 (International Terrestrial Reference Frame 1989), Marco Internacional de Referência Terrestre 1989: realização para a época 1989.0, do sistema de referência (>ITRS) do Serviço Internacional de Rotação Terrestre e Sistemas de Referência (International Earth Rotation and Reference Systems Service, IERS). Esta realização, aceita mundialmente, baseia-se em medições laser por satélite, medições laser de distâncias para a lua e observações simultâneas globais de quasares (Very Long Baseline Interferometry). ETRF89 (European Terrestrial Reference Frame 1989), Marco de Referência Terrestre Europeu 1989): o ETRF89 é um componente do (>ITRF89) e foi formado pelas estações européias do Serviço Internacional de Rotação da Terra e Sistemas de Referência (International Earth Rotation and Reference Systems Service, IERS). Estes pontos, com suas coordenadas definidas para a época 1989.0, constituem a primeira realização (materialização) do (>ETRS89). O ETRF89 foi densificado na ITRS (International Terrestrial Reference System) Sistema Internacional de Referência Terrestre: o ITRS é um sistema de referência geocêntrico do Serviço Internacional de Rotação Terrestre e Sistemas de Referência (International Earth Rotation and Reference Systems Service, IERS). Foi fixado através da direção do eixo médio de rotação terrestre (eixo Z) e do ponto médio zero sobre o Equador (intersecção com o Meridiano de Greenwich, eixo X). Offset do centro de fase: discrepância entre o centro de fase eletrônico e o centro mecânico de uma antena GNSS. As medições das fases das ondas portadoras se referem ao centro de fase eletrônico da antena, enquanto que o processamento das observações utiliza um centro de fase médio que coincide com seu centro mecânico. A diferença (offset) entre estes centros determina-se mediante a calibração da antena (>antena zero, >variações do centro de fase da antena). Quase-geóide: é um modelo similar ao (>geóide). Ao contrário do geóide, o Quase-geóide pode ser determinado diretamente das medições de gravidade. A diferença entre o geóide e o quase-geóide é em geral menos que 1 metro. RASANT (Radio Aided Satellite Navigation Technique), Técnica de Navegação por Satélite apoiada por rádio): procedimento para transmissão dos dados de correção DGPS através do sistema de dados rádio FM. RINEX (Receiver Independent Exchange Format), Formato de Intercâmbio Independente do Receptor: é um formato ASCII, aceito internacionalmente, que é independente do receptor, para o intercâmbio de dados rastreados. Foi desenvolvido em 1989 na Universidade de Berna e serve para o armazenamento e transmissão das observações GNSS, efemérides e dados meteorológicos. RTCM (Radio Technical Commission for Maritime Services), Comissão Técnica de Rádio para Serviços Marítimos: organização americana para o desenvolvimento de padrões de comunicação em áreas marinhas. O Comitê Especial No. 104 (SC-104) desenvolveu e implementou os formatos requeridos para a transmissão em tempo real de observações e correções dos sistemas GNSS. Estes formatos são aceitos mundialmente e foram adotados como padrão para as aplicações em tempo real. Selective Availability (Disponibilidade Seletiva): medida tomada pelo Ministério da Defesa dos Estados Unidos para diminuir a precisão dos posicionamentos realizados com o GPS, especialmente daqueles usuários não autorizados. As efemérides contidas nas informações de navegação dos satélites são falsificadas e provocam um desequilíbrio no oscilador do satélite. A Disponibilidade Seletiva foi desativada em 2 de maio de 2000. Superfície de Referência: superfície definida matematicamente, ou fisicamente ou através de uma rede de pontos de controle existentes, que relaciona-se com as coordenadas horizontais, alturas ou valores do potencial gravitacional (>gravidade). Variações do Centro de Fase da Antena (Antennenphasenzentrums-Variationen, APV, ou Phase-CenterVariations, PCV): uma antena GNSS não possui um centro de fase pontual, ao contrário, o centro varia dependendo da direção dos sinais que chegam dos satélites. O PCV descreve a variação da frente de onda verdadeira com relação a uma frente média de onda esférica ao redor do centro médio eletrônico (>offset do centro de fase). As variações do centro de fase devem ser consideradas no processamento dos dados GPS diferenciais (SAPOS® HEPS, SAPOS® GPPS, SAPOS® GHPS), especialmente com o emprego de diferentes tipos de antena (>antena zero). As antenas das estações de referência são calibradas individualmente. As antenas móveis podem ser corrigidas com os resultados de uma calibração protótipo. VRS (Virtuelle Referenzstation), Estação virtual de referência: método para representação (e transferência) dos erros residuais modelados na (>disposição e cálculos em rede). Dos dados das estações de referência SAPOS® e do modelamento dos erros residuais são gerados os dados para uma estação de controle localizada, virtualmente, nas proximidades do receptor móvel do usuário. 11 Contatos Zentrale Stelle SAPOS® Sede Central SAPOS® c/o LGN Podbielskistraße 331 30659 Hannover Fone: (05 11) 6 46 09 - 2 22 Fax: (05 11) 6 46 09 - 1 68 E-Mail: [email protected] Landesvermessungsamt Baden-Württemberg – SAPOS® – Postfach 10 29 62 70025 Stuttgart Fone (07 21) 9 21-18 41 Fax (07 21) 91 85-3 74 E-Mail [email protected] Hessisches Landesvermessungsamt Geodätischer Raumbezug Postfach 32 49 65022 Wiesbaden Fone (06 11) 5 35-53 45 Fax (06 11) 5 35-54 90 E-Mail [email protected] Landesvermessungsamt Sachsen Referat 24 – Festpunktnetze Postfach 10 02 44 01072 Dresden Fone (03 51) 82 83-24 01 Fax (03 51) 82 83-62 40 E-Mail [email protected] Bayerisches Landesvermessungsamt SAPOS® – Bayern Postfach 22 00 04 80535 München Fone (0 89) 21 29-10 30 Fax (0 89) 21 29-2 12 23 E-Mail [email protected] Landesvermessungsamt Mecklenburg-Vorpommern Dezernat 21 – SAPOS®, Nutzung der Raumbezugssysteme – Postfach 12 01 34 19018 Schwerin Fone (03 85) 74 44-4 20 Fax (03 85) 74 44-4 12 E-Mail [email protected] Landesamt für Landesvermessung und Geoinformation Sachsen-Anhalt Service-Center Barbarastraße 2 06110 Halle (Saale) Fone (03 45) 13 04-5 55 Fax (03 45) 13 04-9 99 E-Mail [email protected] Senatsverwaltung für Stadtentwicklung Abteilung III – Geoinformation, Vermessung, Wertermittlung Hohenzollerndamm 177 10713 Berlin Fone (0 30) 90 12-56 15 Fax (0 30) 90 12-37 09 E-Mail [email protected] LGN SAPOS® – Niedersachsen Podbielskistraße 331 30659 Hannover Fone (0511) 6 46 09-2 22 Fax (0511) 6 46 09-1 68 E-Mail [email protected] Landesvermessung und Geobasisinformation Brandenburg Geodätischer Raumbezug Heinrich-Mann-Allee 103 14473 Potsdam Fone (03 31) 88 44-5 08 Fax (03 31) 88 44-1 26 E-Mail [email protected] Landesvermessungsamt Nordrhein-Westfalen – Fachbereich SAPOS® – Muffendorfer Straße 19 - 21 53177 Bonn Fone (02 28) 8 46-13 20 Fax (02 28) 8 46-10 02 E-Mail [email protected] GeoInformation Bremen Team 20 – Grundlagenvermessung/SAPOS® Postfach 10 43 67 28043 Bremen Fone (04 21) 3 61-1 04 23 Fax (04 21) 3 61-1 67 11 Email [email protected] Freie und Hansestadt Hamburg Landesbetrieb Geoinformation und Vermessung LGV 311 – Bezugssysteme / IT-Betreuung Postfach 10 05 04 20003 Hamburg Fone (0 40) 4 28 26-50 00 Fax (0 40) 4 28 26-50 80 E-Mail [email protected] Landesamt für Vermessung und Geobasisinformation Rheinland-Pfalz Fachbereich 25 / Satellitengestützte Positionierungsdienste Ferdinand-Sauerbruch-Straße 15 56073 Koblenz Fone (02 61) 4 92-3 64 Fax (02 61) 4 92-3 65 E-Mail [email protected] Landesamt für Kataster-, Vermessungs- und Kartenwesen SAPOS® – Saarland Von der Heydt 22 66115 Saarbrücken Fone (0681) 9712-2 22 Fax (0681) 9712-2 00 E-Mail [email protected] Landesvermessungsamt Schleswig-Holstein Abteilung 2 – Grundlagenvermessung und Topographie – Postfach 50 71 24062 Kiel Fone (0431) 3 83-20 75 Fax (0431) 3 83-20 99 E-Mail [email protected] Thüringer Landesvermessungsamt Dezernat 32 – SAPOS® – Hohenwindenstraße 13a 99086 Erfurt Fone (03 61) 3 78-33 13 Fax (03 61) 3 78-33 99 E-Mail [email protected] Bundesamt für Kartographie und Geodäsie Abteilung Geodäsie Richard-Strauss-Allee 11 60598 Frankfurt am Main Fone (0 69) 63 33-3 91 Fax (0 69) 63 33-4 25 E-Mail [email protected] Bundesanstalt für Gewässerkunde Referat Geodäsie Postfach 20 02 53 56002 Koblenz Fone (0261) 13 06-52 32 Fax (0261) 13 06-52 80 E-Mail [email protected] www.sapos.de SAPOS® é uma marca registrada da Geodésia Nacional Alemã Março de 2005 12 Tradução: Sylvana Melo dos Santos, MSc. Universidade Federal de Pernambuco, Brasil