MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO SECRETARIA DE ENSINO SUPERIOR COORDENAÇÃO DAS COMISSÕES DE ESPECIALISTAS DE ENSINO COMISSÃO DE ESPECIALISTAS DE ENSINO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DESCRIÇÃO DA ÁREA E PADRÕES DE QUALIDADE DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS BRASÍLIA, DEZEMBRO - 1997 2 ÍNDICE PG 1.INTRODUÇÃO..................................................................................................... 2. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 2.1 Breve histórico.................................................................................................... 2.2 Situação atual...................................................................................................... 2.2.1 Distribuição regional dos cursos de graduação em Ciências Biológicas............. 2.2.2 Distribuição regional dos cursos de pós-graduação na área específica de Ciências Biológicas.................................................................................................... 2.2.3. Distribuição regional do número de candidatos nos cursos de Ciências Biológicas, número de vagas, relação candidatos/vaga e demanda potencial............... 2.3. Perfil do profissional........................................................................................... 2.4. Mercado de trabalho........................................................................................... 2.5. Diretrizes curriculares......................................................................................... 2.6. Considerações gerais.......................................................................................... 3. PADRÕES DE QUALIDADE 3.1. Classificação....................................................................................................... 3.2. Parâmetros de análise.......................................................................................... 3.3. Requisitos para apresentação e análise de projetos.............................................. 3.3.1. Da mantenedora............................................................................................... 3.3.2. Do estabelecimento.......................................................................................... 3.3.3. Caracterização do curso................................................................................... 3.3.4. Projeto pedagógico.......................................................................................... 3.3.5. Corpo docente................................................................................................. 3.3.6. Plano de carreira e política de qualificação....................................................... 3.3.7. Biblioteca........................................................................................................ 3.3.8. Laboratórios.................................................................................................... 3.3.9. Infra-estrutura física....................................................................................... 3.3.10. Apoio e acompanhamento discente................................................................ 3.3.11. Administração acadêmica do curso................................................................. 3.4. Graus de exigência.............................................................................................. ANEXO I Quadro da relação nominal dos docentes................................................................... ANEXO II Formulários para avaliação de cursos......................................................................... 3 3 5 5 7 8 9 9 10 11 12 12 12 12 12 13 13 13 13 13 14 14 14 14 14 16 18 3 1. INTRODUÇÃO Este documento trata do estabelecimento de padrões de qualidade para os cursos de Ciências Biológicas no Brasil e de uma descrição atualizada da área de abrangência desses cursos, enfocando a formação do profissional, o mercado de trabalho e a distribuição no país de cursos de: 1) Bacharelado em Ciências Biológicas • modalidade médica • outras modalidades 2) Licenciatura em Ciências Biológicas 3) Licenciatura em Ciências - Habilitação Biologia Este trabalho se justifica enquanto estabelecimento de diretrizes para elaboração de critérios pelas comissões de avaliação de cursos do MEC, em cumprimento ao Art. 4º item IX da Lei de Diretrizes e Bases de 30 de dezembro de 1996. Tem como objetivo dar suporte às avaliações, fornecendo critérios, requisitos legais e modelos tanto para análise de solicitação de abertura de novos cursos quanto de reconhecimento de cursos já em funcionamento. A intenção, neste caso, não é a de limitar propostas, mas de identificar os patamares ideais mínimos requeridos. Da seriedade do trabalho dos avaliadores no momento da autorização de funcionamento ou avaliação posterior dos cursos existentes, dependerá o futuro da área de Ciências Biológicas. 2. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 2. 1 Breve Histórico A área de estudo em Ciências Biológicas teve sua regulamentação em 1962 quando o Conselho Federal de Educação fixou o currículo mínimo e a duração dos cursos de História Natural no país (Parecer no 325/62), o que contribuiu para a formação de profissionais que atendiam às demandas de pesquisa e ensino no 3º grau, ao ensino da Biologia no 2o grau e de Ciências Físicas e Biológicas no 1o grau. Dois anos após (1964), o CFE fixou o currículo mínimo para o Curso de Ciências Biológicas (Licenciatura) adequando o antigo curso de História Natural às exigências da especialização e da demanda referente à separação das áreas biológica e geológica. A partir desta época surgem os Institutos de Geociências e/ou Escolas de Geologia no país. Desde então os egressos dos cursos de Ciências Biológicas, vêm atendendo ao ensino de Biologia no 2o grau e de Ciências no 1o grau além da produção de conhecimento básico e aplicado nas diversas sub-áreas da biologia através da pesquisa. 4 Ainda em 1964, o CFE instituiu as chamadas “licenciaturas de 1o ciclo” ou “licenciaturas curtas” alegando a falta de professores e a exigência de um professor com formação global (generalista) para atender ao 1o grau. Estabeleceu o currículo mínimo e a duração para os cursos de Licenciatura em Ciências para o 1o grau (Parecer 81/65). A partir de 1965 o país passou a contar com dois profissionais com formação diferente para atender a mesma demanda, ou seja, Ciências no 1o grau (TABELA 1). Em 1970, foi estabelecido o currículo mínimo e duração do bacharelado, modalidade médica, organizando as duas formações (Licenciatura e Bacharelado) em uma estrutura que se mantém até os dias de hoje. Em 1974, o CFE estabeleceu a plenificação dos cursos de Licenciatura em Ciências para o 1o grau, através da Resolução 30/74, fixando o currículo mínimo e a duração do Curso de Licenciatura em Ciências - Habilitação Biologia. A partir de então, foi ampliada a formação diferenciada do mesmo profissional, para atender a mesma demanda, agora, a Biologia no 2º grau. Em 1979, a profissão de biólogo foi regulamentada pela lei n.º 6684/79 que determinou as áreas de atuação e previu as possibilidades de sua atuação em elaboração de projetos de pesquisa, orientação e assessoria à empresas, realização de perícias e assinatura de laudos nas diversas áreas do conhecimento biológico. A mesma lei regulamentou a profissão de biomédico, permitindo a este profissional o exercício das seguintes atividades: análise físico-química e microbiológica, serviços de radiografia, de hemoterapia e radiodiagnóstico além de planejar e executar pesquisa científica no campo de sua especialidade. TABELA 1 - PARECERES E RESOLUÇÕES REFERENTES À FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CFE Parecer 325/62 Resoluções Currículo mínimo História Natural Parecer 30/64 Currículo mínimo Ciências Biológicas Parecer 81/65 Currículo mínimo Licenciatura Ciências 1o grau Currículo mínimo Ciências Biológicas (Bacharelado modalidade médica) Organizou o currículo mínimo de Ciências Biológicas (Licenciatura e Bacharelado) Currículo mínimo Ciências - Habilitação Biologia (Licenciatura) Parecer 571/66 Parecer 107/70 (Resolução de 04/02/70) Parecer 1687/74 (Resolução 30/74) Funções Professores de 3º grau, de Ciências Físicas e Biológicas no 1o grau e Biologia no 2o grau Professores de 3º grau, de Biologia no 2o grau e Ciências no 1o grau Professores de Ciências para o 1o grau Operadores laboratoriais de Biologia aplicada à Medicina Professores de 3º grau, Biologia no 2o grau e Ciências no 1o grau. Pesquisadores em diversas áreas da Biologia Professores de 3º grau, de Biologia no 2o e Ciências no 1o grau 5 2.2 Situação atual Segundo o documento MEC/SESU (1994), o profissional da área de Ciências Biológicas está atualmente sendo formado por cerca de 369 cursos de graduação, em diversas Faculdades isoladas e Universidades, localizadas em todas as regiões geo-políticas do país. A maioria deles (65%) formada por cursos de Licenciatura em Ciências-Habilitação Biologia, apenas 34,7% correspondem a cursos de Ciências Biológicas e o de Licenciatura em Ciências para o 1º grau (Licenciatura curta) está em franco declínio (0,3%) (TABELA 2). As tabelas que se seguem serão importantes na tomada de decisões sobre a criação de novos cursos de Ciências Biológicas no país. TABELA 2 - FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS POR CURSOS DE GRADUAÇÃO NA ÁREA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS CURSOS CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - Licenciatura e Licenciatura/Bacharelado QUANT. n.º % 60 16,3 52 14,0 CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - Bacharelado 16 4,4 CIÊNCIAS - Licenciatura Curta CIÊNCIAS- HABILITAÇÃO (resolução 30/74) 01 240 0,3 65,0 BIOLOGIA PROFISSIONAIS Professores para o 3º grau, de Biologia para o 2º grau e de Ciências para o 1º grau Professores para o 3º grau, técnico em Biologia e pesquisador Professores de Ciências para o 1º grau Professores de Biologia para o 2º grau e Ciências para o 1º grau TOTAL 369 100 FONTE: Catálogo Geral de Instituições de Ensino Superior - Graduação e Pós-Graduação. MEC/SESU, 1994. 2.2.1 Distribuição regional dos cursos de graduação em Ciências Biológicas A maioria dos cursos de Licenciatura em Ciências para o 1º grau está na região Sudeste (52,5%) e destes, 85,7% são de Escolas Particulares. A região Norte é a que apresenta menor freqüência de cursos (4,2%) e a maioria deles é federal (80%) (TABELA 3). Embora a distribuição por região dos cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas seja mais equilibrada do que o de Ciências, a maior parte ainda se concentra na região Sudeste (33,3%), continuando a predominância das Escolas Particulares (75%) (TABELA 4). A região Norte é a que apresenta menor quantidade de cursos de graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura = 8,3%, Licenc/Bach = 1,9% e Bacharelado = 0), porém demonstra um maior investimento da área Federal (80%) (TABELAS 3,4,5,6). A região Sudeste apresenta a maior freqüência de cursos de Ciências Biológicas com as duas modalidades (Licenciatura e Bacharelado) (48,2%), mas a predominância de Instituições Particulares está na região Centro-Oeste (60%) dos 5 cursos existentes na região) (TABELA 5). 6 Existem 16 cursos de Ciências Biológicas em todo o país que só possuem modalidade Bacharelado. Estes cursos estão concentrados na região Sudeste (81,2%) e na dependência administrativa de Instituições Particulares (61,5%) (TABELA 6). TABELA 3 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS PARA O 1º GRAU (C/ HABILITAÇÃO) POR REGIÃO GEO-POLÍTICA, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA REGIÕES DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Partic. Municipal Estadual % % % TOTAL Federal % % SUL 32 60,3 08 15 11 20,7 02 3,8 SUDESTE 108 85,7 12 9,5 05 4,0 01 0,8 CENTRO-OESTE 06 31,6 01 5,3 09 47,4 03 15,8 NORDESTE 04 12,5 05 15,6 17 53,1 06 18,8 NORTE 02 20 0 0 0 0 08 80,0 TOTAL 152 63,3 26 10,8 42 17,5 20 8,3 Obs: estão incluídas todas as habilitações (Química, Física, Matemática e Biologia) 53 126 19 32 10 240 22,0 52,5 8,0 13,0 4,2 100 FONTE: Catálogo Geral de Instituições de Ensino Superior - Graduação e Pós-Graduação. MEC/SESU, 1994. TABELA 4 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS POR REGIÃO GEO-POLÍTICA, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA REGIÕES DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Partic. Municipal Estadual % % % TOTAL Federal % % SUL 09 69,0 01 7,7 01 7,7 02 15,4 13 21,6 SUDESTE 15 75,0 0 0 03 15,0 02 10,0 20 33,3 CENTRO-OESTE 0 0 0 0 04 36,4 07 63,6 11 18,3 NORDESTE 04 36,9 0 0 06 54,5 01 9,0 11 18,3 NORTE 01 20,0 0 0 0 0 04 80,0 05 8,3 TOTAL 29 41,3 01 1,6 14 23,3 16 26,6 60 10 FONTE: Catálogo Geral de Instituições de Ensino Superior - Graduação e Pós-Graduação. MEC/SESU, 1994 7 TABELA 5 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE LICENCIATURA/ BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS POR REGIÃO GEO-POLÍTICA, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA REGIÕES DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Partic. Municipal Estadual % % TOTAL Federal % % % SUL 04 40,0 02 20,0 02 20,0 02 20,0 10 17,9 SUDESTE 12 44,4 01 3,7 06 22,2 08 29,6 27 48,2 CENTRO-OESTE 03 6,0 0 0 0 0 02 40,0 05 8,9 NORDESTE 02 22,2 0 0 0 0 07 77,8 09 16,0 NORTE 01 20,0 0 0 0 0 04 80,0 05 8,9 TOTAL 21 40,4 03 5,8 08 15,4 20 38,5 52 100 FONTE: Catálogo Geral de Instituições de Ensino Superior - Graduação e Pós-Graduação. MEC/SESU, 1994 TABELA 6 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE BACHARELADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS POR REGIÃO GEO-POLÍTICA, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA REGIÕES DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Partic. Municipal Estadual % % % TOTAL Federal % % SUL 02 100 0 0 0 0 0 0 02 12,5 SUDESTE 08 61,5 01 7,7 03 23,0 01 7,7 13 81,2 CENTRO-OESTE 01 100 0 0 0 0 0 0 01 6,3 NORDESTE 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 NORTE 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TOTAL 11 68,7 01 6,3 03 18,7 01 6,3 16 100 FONTE: Catálogo Geral de Instituições de Ensino Superior - Graduação e Pós-Graduação. MEC/SESU, 1994 2.2.2. Distribuição regional dos cursos de pós-graduação na área específica de Ciências Biológicas Os cursos de Pós-Graduação em Ciências Biológicas estão concentrados na região Sudeste (59%), dos quais 66,1% na área Estadual e 32% na área Federal. Em seguida aparece a região Sul com 18%; nesta região o investimento Federal é maior (68,4%) (TABELA 7). 8 TABELA 7 - DISTRIBUIÇÃO DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS POR REGIÃO GEO-POLÍTICA, DE ACORDO COM A DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA REGIÕES DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA Municipal Estadual Federal Partic. % % % N.º TOTAL % % SUL 03 15,8 0 0 03 15,8 13 68,4 19 18 SUDESTE 01 1,6 0 0 41 66,1 20 32,2 62 59 CENTRO-OESTE 0 0 0 0 0 0 07 100 07 07 NORDESTE 0 0 0 0 0 0 12 100 12 11 NORTE 0 0 0 0 0 0 05 100 05 05 TOTAL 04 3,8 0 0 44 41,9 57 54 105 100 FONTE: Catálogo Geral de Instituições de Ensino Superior - Graduação e Pós-Graduação. MEC/SESU, 1994 2.2.3. Distribuição regional do número de candidatos aos cursos de Ciências Biológicas, número de vagas, relação candidato/ vaga e demanda potencial A maior relação candidato/vaga para os Cursos de Ciências Biológicas ocorre na região Norte, com uma demanda de 6,5 e a menor está na região Sul, com 1,2 candidatos/vaga. A média geral no país é de 3,2 candidatos/vaga (TABELA 8). Considerando a potencialidade da demanda em relação à faixa etária, verifica-se que em todas as regiões existe menos de uma vaga para cada candidato em potencial (TABELA 9). TABELA 8 - DEMANDA POR VAGA NO VESTIBULAR PARA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DE ACORDO COM O NÚMERO DE CONCLUINTES DO 2º GRAU, POR REGIÃO GEO-POLÍTICA REGIÃO CONCLUINTES 2º GRAU VAGAS INSCRITOS RELAÇÃO CANDIDATO/VAGA SUL 121.438 1.536 2.901 1,2 SUDESTE 355.273 5.594 17.433 3,1 CENTRO-OESTE 54.683 1.030 3.287 3,2 NORDESTE 172.370 1.587 6.351 4,0 NORTE 45.070 347 2.257 6,5 TOTAL 748.834 10.094 32.229 3,2 FONTE: Relação de IES por Curso de Ciências Biológicas por Região e UF - MEC/Seus/DAIN, 1994 9 TABELA 9 - ESTIMATIVA DE VAGAS NO VESTIBULAR PARA CIÊNCIAS BIOLÓGICAS EM RELAÇÃO À POPULAÇÃO EM IDADE DE INGRESSO NO 3º GRAU, POR REGIÃO GEOPOLÍTICA. REGIÃO POPULAÇÃO DE 18 A 24 ANOS N.º % VAGAS N.º VAGAS/POPULAÇÃO % SUL 2.879.253 14,5 1.536 15,2 0,05 SUDESTE 8.181.508 41,2 5.594 55,4 0,07 CENTRO-OESTE 1.356.899 6,8 1.030 10,3 0,07 NORDESTE 5.576.005 28,1 1.587 15,7 0,03 NORTE 1.879.098 9,4 347 3,4 0,02 TOTAL 19.872.763 100 10.094 100 0,05 FONTE: Relação de IES por Curso de Ciências Biológicas por Região e UF - MEC/SESu/DAIN, 1994 2.3. Perfil do profissional O biólogo se caracteriza por ser um profissional atualizado, com formação sólida dos princípios e teorias da biologia, capaz de lidar tanto a nível técnico quanto experimental com a elaboração e execução de projetos, capaz de relacionar ciência, tecnologia e sociedade, analisando as implicações sociais da Ciência e dos produtos tecnológicos. A sua formação deve assegurar conhecimentos básicos de física, química, matemática e estatística e permitir abertura para inovações futuras, com habilidade de leitura e interpretação de artigos científicos na área da biologia. O professor de biologia e de ciências deve, além do perfil descrito acima, se caracterizar por compreender e ser capaz de intervir no processo de aprendizagem de seus alunos, articulando o discurso epistemológico sobre a ciência; ser consciente de seu papel na formação de cidadãos críticos e ser capaz de analisar a realidade, contextualizando nela sua atividade educativa. 2.4. Mercado de Trabalho A definição sobre o mercado de trabalho para o biólogo está contida no documento sobre Organização Curricular dos Cursos de Ciências Biológicas - Proposta para discussão, do Conselho Federal de Biologia (CFB) (1994). Nele, o mercado é considerado diversificado, tendendo a aumentar e encontrado em locais como: Institutos de Pesquisa, Empresas Públicas e Privadas, Indústrias de Alimentos, de Fertilizantes, de Biocidas, de Laticínios, de Produtos Farmacêuticos, etc; Parques e Reservas Ecológicas, Secretarias e Fundações de Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia, Museus, Herbários e Biotérios, Instituições de ensino de 1º, 2º e 3º graus. 10 O exercício das funções neste mercado encontra amparo legal tanto na Legislação Federal (Lei 6.684/79 e Decreto 88.438/83) quanto na estadual, além de normas complementares expedidas pelo CFB, discriminando as atribuições generalizadas pela Lei Federal. Interessante ressaltar a consideração proposta naquele documento, que diz: “A formação do profissional não deve limitar-se a apenas repetir um fazer rotineiro. Deve também exercitar o espírito crítico e propor novas formas de atuação no mercado de trabalho.” 2.5. Diretrizes Curriculares O documento referido no item 2.3 também pode ser consultado neste aspecto. Nele são sugeridos Princípios Norteadores considerando a inegável explosão de conhecimentos ocorrida nas últimas duas décadas e o surgimento de numerosas novas opções de trabalho. Assim, levando-se em conta os objetivos da formação do profissional e as definições contidas na nova LDB/ dezembro de 1996 (Lei n.º 9394), dispensamos a padronização do curso num currículo mínimo e adotamos diretrizes norteadoras já propostas no documento do CFB, que são: a) Considerar a implantação do Currículo como experimento que deve ser permanentemente controlado e avaliado, a fim de que possam ser feitas, no devido tempo as correções que se mostrarem necessárias; b) Basear o delineamento do currículo no perfil do profissional que se quer formar; c) Permitir ao futuro biólogo uma visão ampla de todos os níveis de organização biológica; d) Estimular no âmbito das disciplinas, a realização de experimentos ou de pequenos projetos de pesquisa; e) Estimular as atividades que socializem o conhecimento produzido tanto pelos corpos docente quanto discente; f) Submeter os conteúdos a uma análise crítica com vistas a identificar o essencial e o acessório, garantindo o domínio desse essencial para cada área de conhecimento ou atuação; g) Distribuir os conteúdos em torno de alguns temas integradores que deverão estar presentes e interligados ao longo de todo o curso; h) Estabelecer claramente os objetivos de cada disciplina, especificando os conhecimentos, habilidades e atitudes que devem ser adquiridos; i) Favorecer a realização de estágios, com realização de monografia ou dissertação, para aprimoramento do estudante. 11 2.6. Considerações Finais O curso de Licenciatura Curta em Ciências para o 1º grau (Parecer n.º 81/65 do Conselho Federal de Educação) não conseguiu ter sucesso. Talvez por apresentar um currículo com grande carga horária em matemática e não satisfazer os alunos vocacionados para a Biologia ou por outro lado com grande carga horária de Biologia, o que não favorece os alunos interessados em Matemática. Além disso, o híbrido destes dois conteúdos distribuídos num curso de curta duração não favorece um aprofundamento em nenhuma das duas áreas, resultando nos alunos um sentimento de “conhecimento superficial”. Neste sentido, consideramos que esta modalidade de curso deveria ser definitivamente substituída por cursos de licenciatura plena distintos para cada área das Ciências. Poderia sim, serem discutidos cursos de formação de professores de Ciências (com conteúdos de Biologia, Física e Química) para 1º grau, pois a formação do biólogo é insuficiente para ministrar os conteúdos de Física e Química do ensino fundamental. Existe escassez de vagas em cursos de 3º grau para os egressos do 2º grau (TABELA 9). Portanto o número de cursos superiores pode ainda sofrer aumento, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. Entretanto, percebe-se também uma baixa relação candidato/ vaga para os cursos de Biologia. Seria relevante um investimento na divulgação dos cursos de Ciências básicas, da importância da área e dos profissionais para a sociedade, no sentido de despertar maior interesse dos jovens. Além disso, as TABELAS 3, 4, 5 e 6 mostram que existe um desequilíbrio regional de atuação das dependências administrativas federal, estadual, municipal e particular na manutenção de cursos de Ciências Biológicas, com predomínio de particulares no Sul e Sudeste. Como um curso de Ciências Biológicas de boa qualidade é um curso dispendioso, com pouca possibilidade de lucro, seria importante um maior investimento do setor público, para a garantia da formação de bons profissionais. 12 3. PADRÕES DE QUALIDADE 3.1. Classificação Um curso de graduação em Ciências Biológicas deverá preencher alguns requisitos mínimos para autorização de funcionamento, aqui caracterizados como Padrões de Qualidade. As observações que se seguem estabelecem esse requisitos e padrões, obedecendo a uma classificação de qualidade distribuída, em cada caso, pelos conceitos A, B, C, D que correspondem às avaliações conceituais abaixo. • Curso de Nível A - qualidade ótima • Curso de Nível B - qualidade boa • Curso de Nível C - qualidade razoável • Curso de Nível D - sem qualidade 3.2. Parâmetros de análise Os Padrões de Qualidade serão conferidos de acordo com a análise dos seguintes itens: 1) Projeto pedagógico 2) Corpo docente 3) Biblioteca 4) Laboratórios e equipamentos 5) Infra-estrutura física 6) Apoio e acompanhamento discente 7) Administração acadêmica 3.3. Requisitos para apresentação e análise de projetos Os projetos a serem apresentados pelas IES deverão apresentar a seguinte documentação, em forma de projeto, que contenha os dados gerais da Instituição e do curso pretendido, organizados da seguinte maneira: 3.3.1. Da Mantenedora • Denominação, qualificação e condição jurídica, situação fiscal e para-fiscal; • Capacidade patrimonial e condições econômico-financeiras; • Experiência na área educacional. 3.3.2. Do Estabelecimento • Denominação e caracterização da infra-estrutura a ser utilizada; • Planejamento econômico - financeiro do processo de implantação do curso, com indicação das fontes de receita e principais elementos de despesa; • Síntese dos Curricula Vitae dos dirigentes, indicando sua experiência na área educacional e comprovação de sua idoneidade; • Regimento. Observação: As informações devem ser documentadas e apresentadas em volume único. No caso de Instituição que já possua curso autorizado, além dessa documentação, deve apresentar de forma sumária o seu histórico, suas principais atividades e área de atuação. 13 3.3.3. Caracterização do curso Para a caracterização, devem ser apresentados de forma clara e objetiva, os seguintes dados: • Concepção, finalidade e objetivos do curso; • Modalidades ou habilitações; • Perfil profissional pretendido; • Número de vagas ofertadas para o curso no vestibular; • Duração do curso; • Carga horária do curso; • Regime do curso (seriado ou por créditos); • Turno (s) de funcionamento. 3.3.4. Projeto pedagógico • Grade de disciplinas (obrigatórias, optativas e complementares); • Carga horária das disciplinas; • Ementário e bibliografia básica; • Dinâmica da metodologia do ensino; • Critérios de avaliação da aprendizagem; • Projetos de pesquisa e extensão. 3.3.5. Corpo docente As IES deverão fornecer os seguintes dados, em forma de tabela conforme modelo em anexo (página 16): • Relação dos docentes com a respectiva titulação; • Para cada título obtido: - titulação; - área de concentração/ especialização; - instituição e ano de conclusão • Disciplina (s) para a(s) qual (quais) está designado; • Regime de trabalho; • Data de admissão. 3.3.6. Plano de carreira e política de qualificação (especialmente em pós-graduação) As IES deverão informar o plano de carreira docente, especificando os níveis salariais e a relação hora/ aula e tempo de contrato. 3.3.7. Biblioteca • Lista dos livros do acervo; • Lista de periódicos assinados pela biblioteca; • Política adotada para atualização do acervo de livros e periódicos, bem como de contratação de pessoal especializado (bibliotecário e outros); • Condições de acesso ao material bibliográfico, fornecendo as seguintes informações: - horários de acesso; - forma de acesso e empréstimo; - facilidades de reservas; - disposição do acervo. 14 • Reprografia e infra-estrutura para recuperação de informações (INTERNET, Bancos de dados, etc.); • Espaço físico para leitura individual e trabalho em grupo; • Área física disponível 3.3.8. Laboratórios • Especificidade de acordo com a modalidade pretendida; • Equipamentos; • Quantidade; • Área física disponível. 3.3.9. Infra-estrutura física • Salas de aula utilizadas pelo curso, área total, capacidade, iluminação e ventilação; • Salas e gabinetes para professores; • Salas/ laboratórios para ensino especializado; • Áreas de circulação, de lazer, sanitários; • Salas de estudo para alunos. 3.3.10. Apoio e acompanhamento discente Apresentar plano de apoio e acompanhamento discente envolvendo os seguintes itens: • Orientação acadêmica; • Programa de bolsas da própria Instituição e dos órgãos de fomento; • Programa de monitoria; • Área de convivência estudantil; • Apoio ao Centro acadêmico; • Serviço assistencial. 3.3.11. Administração acadêmica do curso • Indicar a composição e as atribuições da coordenação e do colegiado do curso; • Pessoal de apoio técnico e administrativo; • Horário de trabalho do coordenador. Observação: Os itens 3.3.3 e 3.3.11 serão avaliados somente em caso de reconhecimento de cursos. 3.4. Graus de exigência As informações e ou verificações dos itens 3.3.3 a 3.3.12, tem seus Padrões de Qualidade definidos com base nos critérios contidos no Formulário de Avaliação anexo (página 19). Com base na análise do projeto apresentado, a comissão de especialistas emitirá seu parecer conclusivo, que levará em conta a qualidade do projeto. A abertura de cursos poderá ser autorizada, quando evidenciadas as exigências mínimas (Conceito Global C). 15 ANEXO I QUADRO DA RELAÇÃO NOMINAL DOS DOCENTES DE ACORDO COM AS SUAS CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS (Exemplo) PROFESSOR DISCIPLINA NÍVEL DEPACHO ADMISSÃO / DEMEC Madalena Oliveira Metodologia Científica Assistente 235/ 95 01/02/97 João Fagundes Fraga Biologia Geral I Biologia Geral II Zoologia I Zoologia II Titular 245/ 95 01/03/95 CARGA CARGA HORÁRIA HORÁRIA Seman./ Seman. TURMA TOTAL 02 68 04 04 03 04 136 136 102 136 TITULAÇÃO Graduação Curso Cienc.Biol./ Univ.Fedr. Minas Gerais - 1970 Especialização Filosofia da Cienc / Univ.Fedr. Minas Gerais 1977 Mestrado Filosofia da Cienc / Univ.Fedr. Minas Gerais - 1993 Graduação Ciências Habil.Biologia/ Univ.Uberlândia- MG 1984 Especialização Microbiologia/ PUC, MG - 1986 Doutorado Fisiologoa / UFMG - 1996 17 ANEXO II MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR COMISSÃO VERIFICADORA FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO PARA RECONHECIMENTO DE CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEZEMBRO - 1997 19 IDENTIFICAÇÃO: Processo n.º: Mantenedora: Endereço: Mantida: Município: Assunto: Número de vagas: Parecer n.º: 1 - PROJETO PEDAGÓGICO ÍTENS a) Estrutura curricular b) Ementário das disciplinas, carga horária, bibliografia básica e adequação ao perfil do profissional c) Dinâmica da metodologia de ensino d) Critérios de avaliação e) Projetos de pesquisa e extensão SATISFATÓRIO Conceito: B A RAZOÁVEL C INSATISFATÓRIO D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente os itens a) e b) e mais outros 2 itens (satisfatórios ou razoáveis) C= atendidos pelo menos razoavelmente os itens a) e/ou b) D= não atendido satisfatoriamente os itens a) e b) 20 3- CORPO DOCENTE 3.1 - Titulação TITULAÇÃO a) Graduado b) Aperfeiçoamento / Especialização c) Mestre d) Doutor Total QUANTIDADE % O identificador da qualificação do corpo docente será dado pela fórmula: IQCD = Doutor x 4 + Mestre x 3 + Especialista x 2 + Graduado x 1 = N.º de docentes Conceito: A B C D Critérios: A= 3,26 - 4,0 B= 2,51 - 3,25 C= 1,76 - 2,50 D= 1,0 - 1,75 3.2 - Regime de trabalho REGIME a) Tempo Integral (40 horas) b) Tempo parcial (20 horas) c) Horista ≥ 11 horas d) Horista ≤10 horas Total Conceito: A Nº DOCENTES B C Critérios: A= pelo menos 10 % em tempo integral e 40% em tempo parcial B= menos de 10% em tempo integral mas, 40% em tempo parcial C= 30% em tempo parcial D= 80% de horistas % D 21 3.3 - Relação do número de disciplinas ministradas por número de docentes TOTAL DE DISCIPLINAS Conceito A TOTAL DE DOCENTES B C D Critérios: A= entre 0 e 1,0 B= entre 1,1 e 1,5 C= entre 1,6 e 2,0 D= acima de 2,0 3. 4 - Adequação dos docentes às disciplinas ADEQUAÇÃO a) adequada b) aproximada c) inadequada Total Conceito N.º DOCENTES A Critérios: A= 100% de adequação B= 75% a 99% de adequação C= 50% a 74% de adequação D= menos de 50% de adequação B % C D 22 3.5 - Plano de carreira e política de qualificação do corpo docente: ÍTENS SATISFATÓRIO RAZOÁVEL INSATISFATÓRIO a) Plano de qualificação b) Plano de carreira c) Apoio aos docentes na participação de eventos científicos d) Apoio aos docentes na realização de pós-graduação e) Remuneração de acordo com a titulação Conceito A B C D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente ou razoavelmente os itens a) e mais outros 3 itens C= atendidos satisfatoriamente apenas o item a) D= não atendidos satisfatoriamente os itens a) e e) AVALIAÇÃO FINAL DO CORPO DOCENTE ITENS CONCEITO a) Titulação b) Regime de trabalho c) Relação disciplinas/ docentes d) Adequação docentes/ disciplinas e) Plano de carreira e política de qualificação * A= 4, B= 3, C= 2, D= 0 CONCEITO FINAL Critérios: A= MA ≥ 3,26 B= 2,51 ≥ MA ≥ 3,25 C= 1,76 ≥ MA ≥ 2,5 D= MA ≥ 1,75 VALOR ATRIBUÍDO * 23 4 - BIBLIOTECA ÍTENS SATISFATÓRIO RAZOÁVEL INSATISFATÓRIO * a) Existência ou previsão de títulos atendendo às referências bibliográficas das disciplinas do curso b) Existência ou previsão de periódicos na área c) Existência ou previsão de espaço físico d) Existência ou previsão de espaço físico para sala de aula/ trabalho individual e de grupo e) Catalogação do acervo nas normas dos serviços bibliográficos f) Informatização do acervo g) Política de atualização e expansão do acervo * A qualificação “insatisfatório” é também atribuída no caso de insuficiência ou inexistência de informações. Conceito A B C D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente 5 itens C= atendidos satisfatoriamente pelo menos 3 itens D= não atendidos satisfatoriamente os itens a), b), f), e g) 5 – LABORATÓRIOS ÍTENS a) Especificidade b) Equipamentos c) Quantidade d) Área física SATISFATÓRIO INSATISFATÓRIO * * A qualificação “insatisfatório” é também atribuída no caso de insuficiência ou inexistência de informações. Conceito A B Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente os itens a), b) e c) C= atendidos satisfatoriamente os itens a) e b) D= não atendido satisfatoriamente nenhum item 6 – INFRA-ESTRUTURA FÍSICA C D 24 ÍTENS SATISFATÓRIO INSATISFATÓRIO * a) Salas de aula, área total, capacidade, iluminação e ventilação b) Áreas de circulação, lazer e sanitários c) Salas e gabinetes para docentes d) Salas de estudo para alunos * A qualificação “insatisfatório” é também atribuída no caso de insuficiência ou inexistência de informações. Conceito: A B C D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente os itens a), b) e c) C= atendidos satisfatoriamente os itens a) e b) D= não atendido satisfatoriamente nenhum item 7 – APOIO E ACOMPANHAMENTO DISCENTE ÍTENS a) Orientação acadêmica b) Programa de bolsas c) Programa de monitoria d) Área de convívio estudantil e) Apoio ao Centro acadêmico f) Serviço assistencial SATISFATÓRIO INSATISFATÓRIO * * A qualificação “insatisfatório” é também atribuída no caso de insuficiência ou inexistência de informações. Conceito: A B Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente pelo menos 4 itens C= atendidos satisfatoriamente pelo menos 2 itens D= não atendido satisfatoriamente nenhum item C D 25 8 – ADMINISTRAÇÃO ACADÊMICA DO CURSO ÍTENS a) Atribuições do Colegiado b) Composição do Colegiado c) Tempo de dedicação do coordenador SATISFATÓRIO INSATISFATÓRIO * * A qualificação “insatisfatório” é também atribuída no caso de insuficiência ou inexistência de informações. Conceito A B C D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente pelo menos 2 itens C= atendidos satisfatoriamente pelo menos 1 item D= não atendido satisfatoriamente nenhum item 9 – RESULTADO DA AVALIAÇÃO ÍTENS CONCEITO VALOR ATRIBUÍDO * a) Projeto pedagógico b) Corpo docente c) Biblioteca d) Laboratório e) Infra-estrutura f) Apoio e acompanhamento discente g) Administração acadêmica Média Final PESO VALOR PONDERADO 6 5 4 2 1 1 1 20 * A=4, B=3, C=2, D=0 Conceito Global: Critérios: A= MF > 3,26 B= MF entre 2,51 e 3,25 C= MF entre 1,76 e 2,5 D= MF até 1,75 A B C D 26 10 - GRAU DE EXIGÊNCIA PARA AUTORIZAÇÃO E RECONHECIMENTO DE CURSO, EXIGE-SE O CONCEITO GLOBAL MÍNIMO C . BRASÍLIA, DEZEMBRO DE 1997 Tania Kobler Brazil Mairy Barbosa Loureiro dos Santos Mª Cristina Lima de Castro 27 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR COMISSÃO VERIFICADORA FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO PARA AUTORIZAÇÃO DE CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS DEZEMBRO - 1997 28 IDENTIFICAÇÃO: Processo n.º: Mantenedora: Endereço: Mantida: Município: Assunto: Número de vagas: Parecer n.º: 1 - PROJETO PEDAGÓGICO ÍTENS a) Estrutura curricular b) Ementário das disciplinas, carga horária, bibliografia básica e adequação ao perfil do profissional c) Dinâmica da metodologia de ensino d) Critérios de avaliação e) Projetos de pesquisa e extensão SATISFATÓRIO Conceito: B A RAZOÁVEL C INSATISFATÓRIO D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente os itens a) e b) e mais outros 2 itens (satisfatórios ou razoáveis) C= atendidos pelo menos razoavelmente os itens a) e/ou b) D= não atendido satisfatoriamente os itens a) e b) 29 3- CORPO DOCENTE 3.1 - Titulação TITULAÇÃO a) Graduado b) Aperfeiçoamento / Especialização c) Mestre d) Doutor Total QUANTIDADE % O identificador da qualificação do corpo docente será dado pela fórmula: IQCD = Doutor x 4 + Mestre x 3 + Especialista x 2 + Graduado x 1 = N.º de docentes Conceito: A B C D Critérios: A= 3,26 - 4,0 B= 2,51 - 3,25 C= 1,76 - 2,50 D= 1,0 - 1,75 3.2 - Regime de trabalho REGIME a) Tempo Integral (40 horas) b) Tempo parcial (20 horas) c) Horista ≥ 11 horas d) Horista ≤10 horas Total Conceito: A Nº DOCENTES B C Critérios: A= pelo menos 10 % em tempo integral e 40% em tempo parcial B= menos de 10% em tempo integral mas, 40% em tempo parcial C= 30% em tempo parcial D= 80% de horistas % D 30 3.3 - Relação do número de disciplinas ministradas por número de docentes TOTAL DE DISCIPLINAS Conceito A TOTAL DE DOCENTES B C D Critérios: A= entre 0 e 1,0 B= entre 1,1 e 1,5 C= entre 1,6 e 2,0 D= acima de 2,0 3. 4 - Adequação dos docentes às disciplinas ADEQUAÇÃO a) adequada b) aproximada c) inadequada Total Conceito N.º DOCENTES A Critérios: A= 100% de adequação B= 75% a 99% de adequação C= 50% a 74% de adequação D= menos de 50% de adequação B % C D 31 3.5 - Plano de carreira e política de qualificação do corpo docente: ÍTENS SATISFATÓRIO RAZOÁVEL INSATISFATÓRIO a) Plano de qualificação b) Plano de carreira c) Apoio aos docentes na participação de eventos científicos d) Apoio aos docentes na realização de pós-graduação e) Remuneração de acordo com a titulação Conceito A B C D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente ou razoavelmente os itens a) e mais outros 3 itens C= atendidos satisfatoriamente apenas o item a) D= não atendidos satisfatoriamente os itens a) e e) AVALIAÇÃO FINAL DO CORPO DOCENTE ITENS CONCEITO a) Titulação b) Regime de trabalho c) Relação disciplinas/ docentes d) Adequação docentes/ disciplinas e) Plano de carreira e política de qualificação * A= 4, B= 3, C= 2, D= 0 CONCEITO FINAL Critérios: A= MA ≥ 3,26 B= 2,51 ≥ MA ≥ 3,25 C= 1,76 ≥ MA ≥ 2,5 D= MA ≥ 1,75 VALOR ATRIBUÍDO * 32 4 - BIBLIOTECA ÍTENS SATISFATÓRIO RAZOÁVEL INSATISFATÓRIO * a) Existência ou previsão de títulos atendendo às referências bibliográficas das disciplinas do curso b) Existência ou previsão de periódicos na área c) Existência ou previsão de espaço físico d) Existência ou previsão de espaço físico para sala de aula/ trabalho individual e de grupo e) Catalogação do acervo nas normas dos serviços bibliográficos f) Informatização do acervo g) Política de atualização e expansão do acervo * A qualificação “insatisfatório” é também atribuída no caso de insuficiência ou inexistência de informações. Conceito A B C D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente 5 itens C= atendidos satisfatoriamente pelo menos 3 itens D= não atendidos satisfatoriamente os itens a), b), f), e g) 5 – LABORATÓRIOS ÍTENS a) Especificidade b) Equipamentos c) Quantidade d) Área física SATISFATÓRIO INSATISFATÓRIO * * A qualificação “insatisfatório” é também atribuída no caso de insuficiência ou inexistência de informações. Conceito A B Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente os itens a), b) e c) C= atendidos satisfatoriamente os itens a) e b) D= não atendido satisfatoriamente nenhum item 6 – INFRA-ESTRUTURA FÍSICA C D 33 ÍTENS SATISFATÓRIO INSATISFATÓRIO * a) Salas de aula, área total, capacidade, iluminação e ventilação b) Áreas de circulação, lazer e sanitários c) Salas e gabinetes para docentes d) Salas de estudo para alunos * A qualificação “insatisfatório” é também atribuída no caso de insuficiência ou inexistência de informações. Conceito: A B C D Critérios: A= atendidos satisfatoriamente todos os itens B= atendidos satisfatoriamente os itens a), b) e c) C= atendidos satisfatoriamente os itens a) e b) D= não atendido satisfatoriamente nenhum item 7 – RESULTADO DA AVALIAÇÃO ÍTENS CONCEITO VALOR ATRIBUÍDO * a) Projeto pedagógico b) Corpo docente c) Biblioteca d) Laboratório e) Infra-estrutura Média Final PESO VALOR PONDERADO 6 5 4 3 2 20 * A=4, B=3, C=2, D=0 Conceito Global: Critérios: A= MF > 3,26 B= MF entre 2,51 e 3,25 C= MF entre 1,76 e 2,5 D= MF até 1,75 A B C D 34 10 - GRAU DE EXIGÊNCIA PARA AUTORIZAÇÃO E RECONHECIMENTO DE CURSO, EXIGE-SE O CONCEITO GLOBAL MÍNIMO C . BRASÍLIA, DEZEMBRO DE 1997 Tania Kobler Brazil Mairy Barbosa Loureiro dos Santos Mª Cristina Lima de Castro