UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
ESTUDO COMPARATIVO DO VO2 MÁXIMO EM ATLETAS PROFISSIONAIS JOGADORES
DE FUTEBOL DE CAMPO SUBMETIDOS AO TESTE ERGOESPIROMÉTRICO
Allen Washington Duarte Magalhães
Luana Fernandes de Aguiar Estumano
Belém – Pará
2006
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
ESTUDO COMPARATIVO DO VO2 MÁXIMO EM ATLETAS PROFISSIONAIS JOGADORES
DE FUTEBOL DE CAMPO SUBMETIDOS AO TESTE ERGOESPIROMÉTRICO
Allen Washington Duarte Magalhães
Luana Fernandes de Aguiar Estumano
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao
curso de Fisioterapia do Centro de Ciências
Biológicas e da Saúde da Universidade da
Amazônia – UNAMA, como parte dos requisitos
necessários à obtenção de graduação em
Bacharel em Fisioterapia orientado pela
Professora Carla Cristina Alvarez Serrão.
Belém – Pará
2006
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
ESTUDO COMPARATIVO DO VO2 MÁXIMO EM ATLETAS PROFISSIONAIS JOGADORES
DE FUTEBOL DE CAMPO SUBMETIDOS AO TESTE ERGOESPIROMÉTRICO
Allen Washington Duarte Magalhães
Luana Fernandes de Aguiar Estumano
Avaliado por:
______________________________________
Data: ________/_________/__________
Belém – Pará
UNAMA
2006
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
DEDICATÓRIA
Dedicamos esta monografia a Deus.
A nossos pais, Paulo e Rainilza, Vicente e Aparecida
com todo amor e carinho.
Aos nossos irmãos Aliandro e Giselle, pelo
positivismo.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
AGRADECIMENTOS – Allen Magalhães
Dedico a minha querida e amada mãe Rainilza Magalhães, incessante em seu trabalho para darme educação. Agradeço-lhe com carinho e muito amor por ser essa mãe maravilhosa, que sempre
respeitou minha profissão e hoje a senhora pode se orgulhar e quando olhar para trás verá que
todo esforço não foi em vão.
Em verdade, especialmente dedico esta monografia ao melhor professor e mestre que tive até
hoje e que terei por toda minha vida, meu pai Paulo Magalhães. Ascendeu ao céu sem poder ver
em matéria, meu sorriso no rosto ao terminar esta etapa da minha vida, mas sei que onde estiver,
verá minha alegria. Perpetuarei todos os ensinamentos dele, desde as centenas de aulas do
colégio, para o vestibular, até os ensinamentos deixados na metade desta monografia. Ficam
ainda os ensinamentos de pai, os quais nunca se extinguirão. Faltou bem pouco para lhe dizer:
terminei pai, eu consegui.
Sinceros agradecimentos à Dra. Carla Cristina Alvarez Serrão por aceitar orientar o crescimento
da nossa árvore, com ética e profissionalismo. Quando tudo parecia estar acabado, e que iríamos
ser podados pela raiz, surgiu um braço forte e amigo em quem podemos confiar e com ela
conseguimos a nossa melhor orientação, para nos reerguer e terminar esta etapa acadêmica com
chave de ouro. Muito obrigado!
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
Ao co-orientador e amigo Dr. Marcelo Martins Maneschy, pelo interesse em abraçar nosso
projeto. Foi o oxigênio para manter viva a árvore. Cedeu-nos o espaço necessário para tornar a
teoria em realidade, juntamente com suas palavras de apoio e o incentivo de lutar e vencer.
Aprendi com você meu amigo: “Desistir realmente é mais fácil que continuar lutando”.
À pessoa que participou deste ideário junto a mim, Luana Estumano. Pelos nossos fracassos, que
se tornaram vitórias, pelas nossas brigas que se transformaram em união, pelas águas de chuva e
períodos nublados quando após fez-se o sol, pelas dezenas de “não” ditos a nós, que no futuro
converteram-se em milhares de “sim”, pela companhia incessante, pelas lágrimas pelo ombro
amigo, pelo cansaço compartilhado, pelo conhecimento mutuamente doado sem interesses.
Destino minha lealdade e amizade infinita a você, pois meu crescimento se deu porque estavas
junto a mim nessa batalha. Plantamos juntos, colhemos juntos.
Agradeço aos meus avós Nilza e Duarte, incansáveis a ajudar na minha formação, desde quando
criança. Obrigado por fazerem parte do meu sucesso.
Ao meu irmão Aliandro Magalhães, o galho que nunca arrebentou. Estava o tempo todo ao meu
lado, sempre regando com muito conhecimento meus estudos, juntamente com seu
companheirismo e compreensão, ajudou-me sempre a fazer o melhor.
Aos meus tios Mauro Magalhães e Mirna Magalhães por ajudar na minha formação acadêmica.
Foram frutos que contribuíram para hoje poder estar escrevendo minha tese de conclusão de
curso.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
Aos meus amigos, não posso esquecer, que ficam nas pontas dos galhos, mas que quando o vento
sopra, aparecem novamente entre uma folha e outra.
Aos jogadores de futebol de campo do Clube Tuna Luso Brasileira e toda equipe técnica do
clube, em especial ao Juca e Maria (M. J.).
Aos professores que nos auxiliaram neste projeto: Maria Lúcia, Carlos Dorneles, Noely Mesquita
e Aloísio Alves. Muito obrigado por guiar o conhecimento de dois pequenos arbustos perante a
imensa floresta que é o saber.
E, finalmente, em agradecimento especial ao parasita que surgiu durante o ciclo da evolução da
árvore que iniciamos a plantar, pois sem ele, não conheceríamos os bons frutos da esplendorosa
árvore fisioterapia.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
AGRADECIMENTOS – Luana Estumano
Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta caminhada, pela
força concedida nos momentos de tristeza e cansaço e pela oportunidade de estar concluindo mais
uma etapa da minha vida.
Aos meus pais, Maria Aparecida e Vicente pelo amor e carinho que me dispensaram, sempre
incentivando e valorizando o que eu fazia, proporcionando a realização de meus objetivos através
dos seus esforços e sacrifícios de uma vida inteira, ensinando-me, assim, a sempre viver com
integridade e caráter.
A família Fernandes de Aguiar por toda dedicação, suporte e paciência que tiveram comigo.
A família Estumano pelo aconchego, força e abrigo que me ofereceram incondicionalmente.
A família Duarte Magalhães por ter me acolhido e dado apoio no momento em que mais precisei.
Um agradecimento em especial a “minha dupla” de tcc, Allen Magalhães. Você bem sabe as
dificuldades que passamos, os muitos e quase incontáveis “não” que levamos, os inúmeros
suspiros de “é, não vai ser dessa vez”, os momentos de tristeza por não termos sido
compreendidos, as alegrias, e essas sim, foram muitas apesar de tudo, os dias diretos de cansaço
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
em frente ao computador, as noites acordados, as brigas, pazes, mas acima de tudo muito
companheirismo, carinho e estímulos trocados. As críticas construtivas... Hoje bem sei que elas
não são apanágios de inimigos, constitui, antes, um dos deveres da amizade.
Você sabe o quanto é especial em minha vida e posso dizer que sem você eu não teria
conseguido...
A Paulo Magalhães (in memoriam), pelos momentos de sabedoria, conselhos e amizade.
Agradeço também aos meus amigos de infância, que tiveram e tem participação até hoje em
minha vida e em meu caráter, Bernardo, Juliana, Andreza, Ivo, Isabela, Alexandre, Erikinha,
Ariadne, Dilleny, foram tantas brincadeiras, passeios e pizzas de madrugada. Vocês moram em
meu coração.
Ao amigo da família Rodrigo (Peri), que por inúmeras vezes consertou meu computador e me
tirou de cada enrascada.
Como esquecer dos amigos feitos na universidade? Jamais! Mariana, tem um dedão seu presente
na realização desta tese, você bem sabe, e não tenho palavras pra agradecer e pra expressar o
quanto você é importante pra mim e pra nós! Thais (Tica), irmã-amiga, sempre presente na minha
vida, puxou muito minha orelha, me deu muito colo quando o cansaço já queria tomar conta de
mim. Breno, Lidiane, Kamilla, Lorena, William, pelo tempo que estivemos juntos, brincadeiras,
etc., que souberam ouvir minhas lamentações e reclamações, e me incentivaram a prosseguir, e
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
tantos outros que mesmo direta ou indiretamente, sem saber, contribuíram para a realização desta
monografia.
A nossa orientadora Carla Serrão por sua dedicação, paciência e apoio conosco durante o período
que convivemos.
A nosso co-orientador Marcelo Maneschy, pela idéia inicial da possível realização desta
monografia, pelos momentos de descontração quando o cansaço apresentava-se evidente, seu alto
astral foi, sem dúvida, contagiante e muito significativo para nós! Muito Obrigada!
Também gostaríamos de agradecer aos membros da banca, por participarem e opinarem neste
trabalho, dando sua honrosa contribuição.
Obrigada a todos por fazerem parte da minha vida.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
EPÍGRAFE
E o dia da verdade vai raiando,
Esparguindo luzes por todos os quatro
Pontos cardeias,
Transformando cada gota de orvalho
Em diante puríssimo, pondo uma cintilação
Brilhante nas trevas e essas trevas vão cedendo
Às suaves cores do arrebol,
Cores que com vivacidade,
Vão-se colorindo até o romper do sol!
(Paulo Sérgio Fortes Magalhães)
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
RESUMO
ESTUMANO, L. F. A.; MAGALHÃES, A. W. D. Estudo Comparativo do VO2 Máximo em
Atletas
Profissionais
Jogadores
de
Futebol
de
Campo
Submetidos
ao
Teste
Ergoespirométrico. Universidade da Amazônia – UNAMA, Belém-Pa, 2006.
O consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) pode ser definido como a máxima capacidade de
captação (pulmões), transporte (coração e vasos) e utilização do oxigênio (principalmente pelos
músculos), durante exercício dinâmico. Sua mensuração pode ser indicada para a avaliação da
função cardiorrespiratória, em pneumo ou cardiopatas, por exemplo, até a predição de
desempenho em atletas, sendo a ergoespirometria o exame recomendado para esta mensuração,
pela sua melhor identificação do limiar anaeróbio e por permitir maiores níveis de VO2 máximo.
Comparar jogadores de futebol de campo de diferentes posições táticas – zagueiros e atacantes –
no que diz respeito à diferença do consumo máximo de oxigênio, através do teste
ergoespirométrico. O estudo utilizou 13 jogadores de futebol de campo composto por grupos de 5
zagueiros e 8 atacantes entre 20 e 30 anos de idade, do sexo masculino. Dentre os resultados
obtidos estatísticamente, através do teste “t” de student com índice de significância p
0,05, não
observou-se nenhuma significância ao que diz respeito em comparação do VO2 máx entre os dois
grupos em questão, concluindo que não há diferença entre VO2 máx de zagueiros e atacantes.
Palavras-chave: Consumo Máximo de Oxigênio, Ergoespirometria, Jogadores de Futebol.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
ABSTRACT
ESTUMANO, L. F. A.; MAGALHÃES, A. W. D. Comparative Study of the Maximum VO2
Professional Athletes Football Players Submitted of Field to the Ergoespirometric Test.
University of Amazonia - UNAMA, Belém-Pará, 2006.
The maximum consumption of oxygen (VO2 max) can be defined as the maximum capacity of
captation (lungs), transport (heart and vases) and use of the oxygen (mainly for the muscles),
during dynamic exercise. It`s measure can be indicated for the evaluation of the cardiorespiratory
function, in pneumo or in people with heart disease, for example, until the prediction of
performance in athlete, being the ergoespirometric the examination recommended for this
measure, for its better identification of the anaerobic threshold and for allowing to greaters levels
of maximum VO2. To compare football players of field of different tactical positions - zagueiros
and attacking - in that it says respect to the difference of the maximum consumption of oxygen,
through the ergoespirometric test. The study it used 13 football players of composed field for
groups of 5 zagueiros and 8 aggressors between 20 and 30 years of age, of the masculine sex.
Amongst the gotten results statistical, through test "t" of student with index of significance p
0,05, did not observe no significance to that máx says respect in comparison of the VO2 enters the
two groups in question, concluding that it does not have difference between VO2 máx of
zagueiros and aggressors.
Key-words:
Maximum Consumption of Oxygen, Ergoespirometry, Football Players.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
FIGURA 01 – Ergoespirômetro.................................................................................................49
FIGURA 02 – Monitor com Gráficos Plotados em Tempo Real...............................................49
FIGURA 03 – Derivações. Vista Lateral Esquerda....................................................................52
FIGURA 04 – Derivações. Vista Frontal....................................................................................52
FIGURA 05 – Fixação da Máscara de Silicone, com Cabresto..................................................53
FIGURA 06 – Fixação da Máscara de Silicone, com Cabresto. Vista Lateral Esquerda............53
FIGURA 07 – Início do Exame Ergoespirométrico....................................................................54
FIGURA 08 – Fase de Recuperação em sedestação após terceiro minuto..................................55
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
LISTA DE TABELAS
TABELA 01 – Consumo Máximo de Oxigênio entre Atacantes e Zagueiros...............................57
TABELA 02 – Relação de Idade (anos) entre Atacantes e Zagueiros...........................................58
TABELA 03 – Relação de Peso (Kg) entre Atacantes e Zagueiros...............................................59
TABELA 04 – Relação da Freqüência Cardíaca de Pico entre Atacantes e Zagueiros.................60
TABELA 05 – Relação da Estatura (m) entre Atacantes e Zagueiros...........................................61
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
LISTA DE GRÁFICOS
GRÁFICO 01 – Consumo Máximo de Oxigênio entre Atacantes e Zagueiros............................57
GRÁFICO 02 – Relação de Idade (anos) entre Atacantes e Zagueiros. ......................................58
GRÁFICO 03 – Relação de Peso (Kg) entre Atacantes e Zagueiros. ..........................................59
GRÁFICO 04 – Relação da Freqüência Cardíaca de Pico entre Atacantes e Zagueiros. ............60
GRÁFICO 05 – Relação da Estatura (m) entre Atacantes e Zagueiros. ......................................61
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Acetil CoA
Acetilcoenzima-A.
ADP
Adenosina - Difosfato.
ATP
Adenosina - Trifosfato.
ATP-PC
Sistema do fosfagênio.
C3H6O3
Ácido láctico.
CRF
Capacidade Residual Funcional.
CO2
Gás Dióxido de Carbono.
FC
Freqüência Cardíaca.
FC máx
Freqüência Cardíaca Máxima.
FIFA
Federação Internacional de Futebol.
GTP
Guanosina trifosfato.
H2O
Água.
H2CO3
Ácido Carbônico.
IMC
Índice de Massa Corporal.
INTERCOR
Clínicas Integradas do Coração SA.
LA
Limiar anaeróbio.
MET
Quantidade de Energia Gasta Durante o Exercício.
mmHg
Milímetros de Mercúrio.
mmol
milimol.
NADH
Nicotinamida adenina dinucleotídeo.
NaHCO3
Bicarbonato de sódio.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
PaCO2
Pressão arterial de Gás-Carbônico.
PAD PRÉ-ESF
Pressão Arterial Diastólica pré-esforço.
PAD MÁX
Pressão Arterial Diastólica máxima.
PAS PRÉ-ESF
Pressão Arterial Sistólica pré-esforço.
PAS MÁX
Pressão Arterial Sistólica máxima.
PCr
Fosfocreatina.
Pdi
Pressão através do Diafragma.
Ph
Potencial Hidrogênico.
Pi
Fosfato inorgânico.
Pw
Pressão Torácica.
POT MÁX
Potência máxima.
QR
Débito Cardíaco.
s
Segundos.
SpO2 INICIAL
Saturação Periférica de Oxigênio Inicial.
SpO2 FINAL
Saturação Periférica de Oxigênio Final.
UNAMA
Universidade da Amazônia.
VCO2
Volume de Dióxido de Carbono.
VE
Ventilação.
VO2
Volume de Oxigênio.
VO2 máx
Consumo Máximo de Oxigênio.
VO2 PICO
Pico de Oxigênio.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
LISTA DE SÍMBOLOS
ÄG
Caloria por Mol de Substância.
%
Porcentagem.
Maior ou igual.
Menor ou igual.
=
Igual.
±
Mais ou menos.
/
por.
~
equivalente.
®
Registrado.
AVR
Membro superior direito.
AVL
Membro superior esquerdo.
AVF
Membro inferior esquerdo.
C
Carbono.
cm
Centímetro.
D1
Membro Superior direito e membro superior esquerdo.
D2
Membro Superior direito e membro inferior esquerdo.
D3
Membro Superior esquerdo e membro inferior esquerdo.
H+
íon Hidrogênio.
Kcal
Quilocaloria.
Kg
Quilograma.
Km
Quilômetro.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
m
Metro.
Na
Sódio.
O2
Gás Oxigênio.
“R”
Razão de trocas respiratórias.
V1
4º Espaço Intercostal com a borda esternal direita.
V2
4º Espaço Intercostal com a borda esternal esquerda.
V3
5º espaço intercostal esquerdo, entre V2 e V4.
V4
5º Espaço Intercostal esquerdo na linha hemiclavicular esquerda.
V5
5º Espaço intercostal esquerdo na linha axilar anterior.
V6
5º Espaço intercostal esquerdo na linha axilar média.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 1
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................................... 3
2.1 Anatomia do Sistema Respiratório ...................................................................................... 3
2.2 Mecânica e Fisiologia do Sistema Respiratório.................................................................. 7
2.3 Bioquímica .......................................................................................................................... 12
2.3.1 Extração da Energia dos Nutrientes................................................................................ 12
2.3.2 Adenosina Trifosfato – ATP ........................................................................................... 13
2.3.4 Energia livre ..................................................................................................................... 17
2.3.6 Formação de ATP no ciclo do ácido Cítrico.................................................................. 20
2.3.7 Formação de grandes quantidades de ATP pela oxidação do hidrogênio.................... 21
2.3.8 Resumo da formação de ATP durante a degradação da glicose ................................... 22
2.4 Aspectos Nutricionais......................................................................................................... 23
2.5 Fisiologia do Exercício....................................................................................................... 27
2.6 Características do Futebol .................................................................................................. 39
2.7 Ergoespirometria................................................................................................................. 41
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA INVESTIGAÇÃO ................................................ 45
3.1 Caracterização do Estudo ................................................................................................... 46
3.2 Amostragem ........................................................................................................................ 46
3.2.1 Critérios de Inclusão........................................................................................................ 47
3.2.2 Critérios de Exclusão....................................................................................................... 47
3.3 Técnicas para Coleta de Dados .......................................................................................... 48
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
4 RESULTADOS..................................................................................................................... 57
5 DISCUSSÃO.......................................................................................................................... 62
6 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 66
BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................... 67
APÊNDICES ............................................................................................................................. 72
Apêndice I – Ficha de Avaliação Ergoespirométrica ............................................................. 72
Apêndice II – Anamnese Antecedente ao Exame Ergoespirométrico................................... 73
Apêndice III – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido............................................... 75
Apêndice IV – Carta de Pedido................................................................................................ 77
Apêndice V – Aceite do Orientador......................................................................................... 78
Apêndice VI – Carta de Autorização da Clínica Intercor SA. ............................................... 79
Apêndice VII – Carta de Autorização do Clube Tuna Luso Brasileira. ................................ 80
Apêndice VIII – Termo de Consentimento para Uso de Imagem para Trabalho de
Pesquisa de Conclusão de Curso de Fisioterapia da Universidade da Amazônia –
UNAMA. ................................................................................................................................... 81
ANEXOS ................................................................................................................................... 82
ANEXO A – Carta de Aprovação do Comitê de Ética da Universidade da
Amazônia – UNAMA............................................................................................................... 82
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
1 INTRODUÇÃO
O exercício físico faz parte do cotidiano dos seres humanos, desde os primórdios da sua
existência. A aplicação do esforço físico, como método diagnóstico, data do início do século
passado e, apesar do desenvolvimento de novas técnicas diagnósticas, ainda ocupa espaço
destacado na medicina moderna (STEIN e FÁBIO VILAS-BOAS, 2003).
Embora pareçam existir poucas dúvidas quanto à melhora na qualidade de vida e, sobretudo,
na condição de saúde alcançada através de um programa de condicionamento físico, esses
benefícios dependem de uma prescrição de exercício adequada, no que diz respeito a sua
intensidade, duração, freqüência e modalidade. Dentre esses fatores, a intensidade do exercício
parece ter um papel de destaque no resultado final alcançado (RONDON et al., 1998).
Exercícios físicos requerem interação de mecanismos fisiológicos para capacitar os sistemas
cardiovasculares e respiratório a fornecerem a demanda de aumento de energia dos músculos em
contração. As respostas de cada sistema devem ser ligadas à respiração celular e entre elas para
preservar o estado do meio ambiente interno, manter a homeostase (WASSERMAN et al., 2005).
Para o mesmo autor, ambos os sistemas são conseqüentemente exigidos durante o exercício.
Suas habilidades para responder adequadamente a estes esforços é uma medida de sua
competência funcional ou “saúde”.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
2
Para Balikian, (2002), o futebol de campo é uma atividade complexa, que exige do jogador o
desenvolvimento de diversas capacidades físicas, motoras e psíquicas. O grau de
desenvolvimento das capacidades físicas no futebol é fator determinante do nível desportivo do
jogador. Por esse motivo, essas aptidões também devem ser trabalhadas fora do campo de jogo.
Segundo o mesmo autor, diferentes estudos têm mostrado que o deslocamento dos jogadores
durante as partidas é determinado principalmente pela posição ou função tática exercida. Além
disso, o nível do campeonato exerce influência na distância total percorrida durante o jogo. Estes
dados sugerem que, dependendo da função tática que exerce no time, cada jogador tem um nível
de solicitação metabólica, que, por sua vez, exige e gera adaptações diferenciadas nos processos
de produção de energia.
De acordo com Yazbek Jr., (1998) a ergoespirometria ou teste de esforço cardiopulmonar é
um procedimento não-invasivo, para avaliar o desempenho físico ou a capacidade funcional
quase sempre concomitante ao eletrocardiograma de esforço.
O mesmo autor cita que, o método de avaliação com gases expirados, característica básica da
ergoespirometria, apresenta-se como mais uma arma na propedêutica não-invasiva para
determinar a real capacidade funcional de atletas e pacientes com comprometimento
cardiovascular e/ou pulmonar.
Ao longo dos anos o esporte vem evoluindo tanto no âmbito geral como no específico de
cada modalidade. O treinamento físico específico possibilita ao preparador físico e ao atleta um
maior rendimento em sua modalidade. Há uma busca quase que incessante por parte dos
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
3
pesquisadores para descobrir metodologias que façam com que o atleta chegue mais próximo de
seu máximo rendimento (PERGHER, 2005).
Vale enfatizar que os preparadores físicos, na maioria dos casos, utilizam treinamento
especifico para o futebol, mas não para cada posição, o que pode significar uma redução na
performance de alguns atletas (PERGHER, 2005). Segundo Rondon, et al., (1998), pouco se
conhece a respeito da relação existente entre a intensidade de exercício prescrita, de forma
indireta, e a intensidade estabelecida pelos limiares ventilatórios.
Desta maneira, em busca de um melhor condicionamento físico e melhores resultados,
tornam-se necessários maiores conhecimentos e esclarecimentos no que diz respeito à existência
de diferença nos valores de Consumo Máximo de Oxigênio (VO2 máx) entre atletas jogadores
profissionais de futebol de campo, zagueiros do sexo masculino, e atletas jogadores profissionais
de futebol de campo, atacantes do sexo masculino.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Anatomia do Sistema Respiratório
Segundo Dirceu (1999) o sistema respiratório não tem um funcionamento independente e
isolado, mas trabalha em interação com outros órgãos e sistemas. Ele pode ser definido como um
sistema de vias aéreas (superiores e inferiores), unido a um par de pulmões os quais são
revestidos pela pleura pulmonar e estão contidos na caixa torácica ligada ao coração e interage
com o sistema circulatório no processo de trocas gasosas, provendo o organismo de oxigênio.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
4
Moore e Dalley (2001) afirmam que os movimentos da parede torácica e diafragma durante a
inspiração produzem aumentos no volume intratorácico e nos diâmetros do tórax. Conseqüentes
mudanças de pressão resultam na introdução de ar nos pulmões (inspiração), alternadamente,
através do nariz, da boca, laringe e traquéia e na expulsão de ar dos pulmões (expiração), através
das mesmas vias.
Os mesmos autores dizem que com cada respiração, os músculos da parede torácica –
trabalhando em conjunto com o diafragma e os músculos da parede abdominal – variam o volume
da cavidade torácica, primeiro expandindo a capacidade da cavidade, permitindo desse modo a
expansão dos pulmões, depois diminuindo o volume da cavidade, principalmente através de seu
relaxamento, fazendo com que os pulmões expulsem o ar.
De acordo com Dirceu (1999), as vias aéreas superiores compreendem as narinas, a cavidade
nasal, as coanas, o complexo nasobucofaringolaríngeo e a laringe. Nesses segmentos existem
estruturas indispensáveis para a preparação do ar captado na atmosfera, a fim de que atinja as
outras estruturas mais sensíveis e delicadas dos pulmões.
Segundo Dangelo e Fattini (1998), a cavidade nasal comunica-se com o meio externo através
das narinas, situadas anteriormente, e com a porção nasal da faringe posteriormente, através das
coanas.
Para Dirceu (1999) as vias aéreas inferiores são constituídas por um sistema tubular
denominado árvore brônquica, que tem início na traquéia, segue pelos brônquios e bronquíolos e
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
5
termina nos alvéolos. A partir dos segmentos bronquiais, as vias aéreas inferiores penetram nos
pulmões, passando, portanto, a fazer parte desse órgão.
Tortora e Grabowski (2002) afirmam que na borda superior da quinta vértebra, a traquéia se
divide no brônquio principal direito, que entra no pulmão direito, e no brônquio principal
esquerdo, que entra no pulmão esquerdo. O brônquio principal direito é mais vertical, mais curto
e mais largo do que o esquerdo.
Essa característica de afunilamento dos condutos aéreos da árvore brônquica possibilita, por
um lado, melhor distribuição aérea nos pulmões, e por outro, um fluxo menos laminar e mais
turbulento na região de bifurcação. Em condições normais, o ar, ao passar pela traquéia, adquire
velocidade bem maior do que quando passa pelos bronquíolos ou pelos brônquios de fino calibre.
O fluxo aéreo da respiração pode ser alterado quando, na luz desses condutos aéreos, ocorre uma
mudança na velocidade e quantidade de ar (DIRCEU, 1999).
Tortora e Grabowski (2002) comentam que entrando nos pulmões, os brônquios principais se
dividem para formar brônquios menores – os secundários (lobares), um para cada lobo do
pulmão, sendo no pulmão direito com três lobos e o pulmão esquerdo com dois lobos. Os
brônquios secundários continuam a se ramificar, formando brônquios ainda menores, chamados
de brônquios terciários (segmentares), que se dividem em bronquíolos. Os bronquíolos, por sua
vez, ramificam-se repetidamente e os menores ramificam-se em tubos ainda menores, chamados
de bronquíolos terminais.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
6
Para Dirceu (1999), os bronquíolos respiratórios situam-se entre os bronquíolos terminais e
os alvéolos, devido à fina parede e à rica rede capilar que existe nesse local, em algumas regiões
já começa a surgir uma interação do ar com o sangue (troca gasosa). Sua morfologia é semelhante
à dos alvéolos. Esse segmento não mais é considerado via de condução, mas, em companhia dos
alvéolos, constitui a área ou zona de troca gasosa.
Para Mcardle et al., (1998) os pulmões proporcionam a superfície de separação entre o
sangue e o meio ambiente externo gasoso alveolar circundante. Sua função principal é a permuta
gasosa: os pulmões transferem oxigênio do ar para o sangue venoso e transferem dióxido de
carbono desse sangue para as câmaras alveolares, de onde é expelido subseqüentemente para o ar
ambiente (atmosférico).
O sistema respiratório, juntamente com o coração ocupam a maior parte interna do tórax. O
tórax é constituído por um arcabouço osteomuscular cartilágino, tendo como estruturas principais
as costelas, as vértebras torácicas, o osso esterno e a cartilagem condroesternal, todos revestidos e
intercalados por músculos esqueléticos. Esse conjunto de estruturas denomina-se gradil costal
(DIRCEU, 1999).
Para Moore e Dalley (2001) a caixa torácica da fixação aos músculos do pescoço, tórax,
membros superiores, abdome e dorso. Os próprios músculos do tórax elevam e abaixam a caixa
torácica durante a respiração. Porque as estruturas mais importantes no tórax – coração, traquéia,
pulmões, grandes vasos e a própria parede torácica – estão em movimento constante.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
7
Segundo Mcardle et al., (1998) o ar ambiente é levado e permutado pelo ar presente nos
pulmões através do processo da ventilação pulmonar. O ar que penetra pelo nariz e pela boca flui
para dentro da porção condutiva do sistema ventilatório, onde é ajustado à temperatura corporal,
filtrado e umedecido quase complemente ao passar através da traquéia. Esse processo de
condicionamento do ar continua à medida que o ar inspirado penetra nos dois brônquios, que são
os grandes tubos que funcionam como condutos primários que conduzem para dentro de cada um
dos pulmões. Os brônquios se subdividem em numerosos bronquíolos, que conduzem o ar
inspirado através de um caminho tortuoso e estreito até que acaba se misturando com o ar
existente nos ductos alveolares. Esses ductos são circundados complemente por alvéolos
microscópicos, que são os ramos terminais do trato respiratório.
2.2 Mecânica e Fisiologia do Sistema Respiratório
A ventilação pulmonar é o processo, pelo qual, os gases são trocados entre a atmosfera e os
alvéolos pulmonares. O ar flui entre a atmosfera e os pulmões devido às diferenças alternadas de
pressão criadas pela contração e relaxamento dos músculos respiratórios. A velocidade do fluxo
de ar e a quantidade de esforço necessário para respirar também são influenciadas pela tensão
superficial dos alvéolos, complacência dos pulmões e resistência das vias aéreas (TORTORA e
GRABOWSKI, 2002).
Tortora e Grabowski (2002) descrevem que assim como é certo para o sangue fluir pelos
vasos sangüíneos, a velocidade do fluxo de ar pelas vias aéreas depende tanto da diferença de
pressão quanto da resistência: o fluxo de ar é igual a diferença de pressão entre os alvéolos e a
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
8
atmosfera dividido pela resistência. As paredes das vias aéreas, especialmente dos bronquíolos,
oferecem alguma resistência ao fluxo de ar normal dentro e fora dos pulmões. À medida que os
pulmões se expandem durante a inalação, os bronquíolos se dilatam, porque suas paredes são
puxadas para fora, em todas as direções. A resistência das vias aéreas então aumenta, durante a
exalação, à medida que o diâmetro dos bronquíolos diminui. Também, o grau de contração, ou
relaxamento, do músculo liso nas paredes das vias aéreas regula o diâmetro das vias aéreas e
assim a resistência. Sendo que a resistência nasal representa por volta de 50% da resistência total,
deste modo, apenas 10-20% da resistência total é atribuída aos bronquíolos menores, de diâmetro
inferior a 2,0mm (DOUGLAS, 2000).
De acordo com Mcardle et al., (1998), o sistema ventilatório pode ser subdividido em duas
partes: uma zona condutora, que inclui a traquéia e os bronquíolos terminais; e uma zona
transicional e respiratória, que inclui os bronquíolos respiratórios, os ductos alveolares e os
alvéolos.
De acordo com Dirceu (1999), a ventilação dos pulmões consiste em apenas uma das três
condições básicas da respiração (ventilação, perfusão, difusão). E segundo West (2002), que
explica a difusão de acordo com a lei de Fick descrevendo que a velocidade de transferência de
um gás através de uma lâmina de tecido é proporcional à área do tecido e à diferença de pressão
parcial entre os dois lados, e inversamente proporcional à espessura do tecido, que Berne e Levy
(2000) descrevem como um fluxo passivo de moléculas entre regiões nas quais as moléculas
específicas têm atividades químicas diferentes.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
9
A ventilação ocorre graças a um sistema de fole que envolve o conjunto tórax/pulmões. Tal
sistema é ativado a cada incursão de ar, devido às alterações pressóricas intratorácicas, e
intrapulmonares que ocorrem em relação à pressão atmosférica ambiental (DIRCEU, 1999).
Isto significa que, para haver o fluxo inspiratório, a pressão intrapulmonar deve ser menor do
que a pressão do meio ambiente e que, para haver o fluxo expiratório, o inverso deve ocorrer,
com a diferença de pressões. Desde que, obviamente, normalmente, respira-se sem alterações da
pressão do meio ambiente, é necessário que haja mudanças da pressão intrapulmonar
(DOUGLAS, 2000).
Um dos aspectos menos intuitivos da mecânica da parede torácica é que o diafragma e o
abdome são componentes importantes da parede torácica. Quando os pulmões estão na
Capacidade Residual Funcional (CRF), e a pressão, através da parede torácica, é igual em toda
parte, à Pressão através do Diafragma (Pdi), também é igual à Pressão Torácica (Pw). No
indivíduo em supinação, com diafragma e músculos abdominais relaxados, a pressão abdominal é
igual à pressão atmosférica. A diferença de pressão não balanceada empurra o diafragma em
direção à cabeça, dentro da cavidade torácica, até que seu estiramento passivo desenvolva força
suficiente para opor-se à ação interna (compressiva) da diferença de pressão (BERNE e LEVY,
2000).
Ainda de acordo com os autores, quando a pessoa esta de pé, a pressão abdominal diminui
porque o peso do conteúdo abdominal o empurra para baixo e para fora, contra a parede
abdominal anterior. Ao final da expiração, a pressão abaixo do diafragma é igual à pressão
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
10
pleural, isto é, a pressão transdiafragmática é zero e, portanto, não há tensão sobre o diafragma. O
diafragma se move caudalmente para a cavidade abdominal, até que a parede abdominal anterior
esteja suficientemente distendida, em posição à pressão abdominal elevada. A transferência da
Pw, através do diafragma, quando a pessoa está em supinação, para a parede abdominal anterior,
quando a pessoa está de pé, explica porque a CRF aumenta quando alguém assume a posição
vertical.
O gradil costal movimenta-se a cada respiração, expandindo-se na fase inspiratória
(expansibilidade toracopulmonar) e retraindo-se na fase expiratória (recuo elástico). Na fase
expiratória ocorre o relaxamento dos músculos inspiratórios, e entram em ação as forças elásticas
dos pulmões. O ritmo e a profundidade da ventilação pulmonar são alterados em função do
esforço respiratório, resultante de exercícios físicos ou de alterações nas pressões parciais de O2
(PaO2) e de CO2 (PaCO2), bem como Ph sangüíneo (DIRCEU, 1999).
Ainda o mesmo autor relata que à medida que o volume dos pulmões, dessa forma, a pressão
dentro dos pulmões, chamada de pressão alveolar (intrapulmonar), cai de 760 para 758 mmHg. É
assim estabelecida uma diferença de pressão entre a atmosfera e os alvéolos.
Na respiração corrente normal, o nível do diafragma move-se cerca de 1cm mais ou menos,
mas em inspiração e expiração forçadas pode ocorrer uma excursão total de até 10 cm. Quando o
diafragma está paralisado, ele se move para cima em vez de para baixo com a inspiração, porque
a pressão intratorácica cai (WEST, 2002).
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
11
O principal músculo inspiratório é o diafragma, que separa a cavidade torácica da abdominal;
apesar de funcionar como uma só unidade. A contração do diafragma faz com que este músculo
se mova para baixo pela existência central do centro frênico, em direção ao abdome, aumentando
todo o volume da caixa torácica, principalmente no sentido vertical (DOUGLAS, 2000).
Para o mesmo autor, os músculos intercostais externos, inervados pelos nervos intercostais,
também são músculos inspiratórios; sua contração eleva as costelas, de modo a movê-las para
cima e para fora, aumentando o volume torácico, no sentido ântero-posterior e, um pouco menos,
no lateral. Os músculos acessórios da inspiração incluem os músculos escalenos que elevam as
duas primeiras costelas, e os esternocleidomastóideos que elevam o esterno. Outros músculos que
desempenham um pequeno papel incluem os das asas do nariz, que causam abertura das narinas,
e pequenos músculos no pescoço e cabeça. (WEST, 2002), e que segundo Douglas (2000), outros
músculos podem atuar, menos significativamente, como milohióideo, digástrico, músculos da
laringe, platisma e outros, diminuindo a resistência ao fluxo aéreo.
A expiração é passiva durante a respiração tranqüila. O pulmão e a parede torácica são
elásticos e tendem a retornar as suas posições de equilíbrio após serem expandidos ativamente
durante a inspiração. Durante o exercício e hiperventilação voluntária, a expiração torna-se ativa.
Os músculos mais importantes da expiração são os da parede abdominal incluindo o reto do
abdome, músculos oblíquos interno e externo, e o transverso do abdome. (WEST, 2002), e, já
para Douglas (2000), a contração destes músculos flexiona o tronco, abaixa as últimas costelas e
diminui o volume abdominal, empurrando o diafragma relaxado para cima.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
12
A expiração resulta da retração elástica da parede do tórax e pulmões, ambos tendo tendência
natural a retornar à sua posição após terem sido esticados. Duas forças direcionadas para dentro
contribuem para a retração elástica: a retração das fibras elásticas, que foram esticadas durante a
inspiração; e a tração, para dentro, da tensão superficial, devido à película de líquido alveolar
(TORTORA e GRABOWSKI, 2002).
Os músculos intercostais internos ajudam a expiração ativa tracionando as costelas para
baixo e para dentro (opostos à ação dos músculos intercostais externos), assim diminuindo o
volume torácico. Além disso, eles enrijecem os espaços intercostais a fim de impedir que eles se
salientem para fora durante o forcejamento abdominal (WEST, 2002).
2.3 Bioquímica
2.3.1 Extração da Energia dos Nutrientes
Para Guyton e Hall (1997), as principais substâncias de onde as células extraem energia são,
por um lado, o Oxigênio, e por outro lado, um ou mais de um tipo de alimento que reage com o
Oxigênio – Carboidratos, Gorduras e Proteínas. Todos os carboidratos são convertidos em glicose
pelo trato digestivo e pelo fígado antes de chegarem às células. As proteínas são convertidas em
aminoácidos e as gorduras em ácidos graxos. No interior da célula, esses nutrientes reagem
quimicamente com o oxigênio, sob a influência de várias enzimas, que controlam a velocidade
dessas reações e que também canalizam a energia liberada na direção apropriada.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
13
Quase todas as reações oxidativas ocorrem no interior das mitocôndrias e a energia que é
liberada é usada, em sua maior parte, para formar um composto com teor muito alto de energia: a
adenosina – trifosfato (ATP) (GUYTON e HALL, 1997).
Ainda Guyton e Hall (1997), citam que o ATP, mas não o nutriente original, é usado em toda
a célula para energizar quase todas as reações metabólicas intracelulares.
2.3.2 Adenosina Trifosfato – ATP
O ATP (adenosina trifosfato) é armazenado em todas as células musculares. A célula só
consegue realizar seu trabalho especializado a partir da energia liberada pela desintegração do
ATP (FOSS, 2000).
O mesmo autor relata que a estrutura do ATP consiste em um componente muito complexo,
adenosina, e três partes menos complicadas, denominados de grupos fosfato.
Segundo Foss (2000), as ligações entre os dois grupos fosfato terminais representam as
denominadas ligações de alta energia. Quando é eliminado 1 mol dessas ligações fosfato são
liberadas de 7 a 12 quilocalorias de energia e são formados adenosina difosfato (ADP) e mais
fosfato inorgânico (Pi).
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
14
2.3.3 Fontes de ATP
Para Foss (2000), existem três processos comuns produtores de energia para a síntese de
ATP: o sistema ATP-PC (ou sistema do fosfagênio), no qual a energia para o ressíntese do ATP
provém apenas de um único composto, a fosfocreatina (PCr); glicólise anaeróbica, o sistema que
gera ácido lático mas que proporciona ATP a partir da degradação parcial da glicose ou do
glicogênio na presença do oxigênio e o sistema aeróbico, que envolve o uso de oxigênio e que, na
verdade, possui duas partes: a parte A consiste no término da oxidação dos carboidratos e a parte
B envolve a oxidação dos ácidos graxos e de alguns aminoácidos. Ambas as partes do sistema
aeróbico tem continuidade no Ciclo de Krebs como via final de oxidação e já que proteínas
também podem ser oxidadas pelo Ciclo de Krebs, este é denominado corretamente de via final
comum para os substratos alimentares.
De acordo com Wasserman et al., (2005), cada qual é criticamente importante para uma
resposta normal aos exercícios e cada qual exerce papéis diferentes na resposta bioenergética
total. Por exemplo: da oxidação aeróbica do carboidrato e ácidos graxos provém a principal fonte
de produção de ATP e se torna a única fonte durante o exercício sustentado de intensidade
moderada. Este mecanismo é naturalmente dependente de uma resposta do sistema
cardiorrespiratório para que o fornecimento de O2 às células seja adequado à regeneração
aeróbica, de todo o ATP necessário à atividade. Por outro lado, os depósitos locais de PCr
provêm a maioria do fosfato altamente energético necessário às primeiras fases do exercício. A
Cr é rapidamente hidrolizada pela creatinoquinase em creatina e fosfato inorgânico (Pi). A
energia liberada nessa reação pode ser usada para regenerar ATP a partir da adenosina difosfato
(ADP) e Pi na miofibrila. Esta reação é essencial porque as reservas de O2 no músculo ao início
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
15
do exercício, estão relativamente baixas. Assim, a PCr serve como fonte imediata de regeneração
de ATP. Mas, além disso, está também intimamente ligada ao controle da utilização do O2, tanto
que o perfil de troca da PCr é frequentemente considerado uma variante substituta àquela do
consumo muscular de O2.
Ainda o mesmo autor cita que, se o exercício é muito pesado a ponto das necessidades
energéticas das células atingirem o limite da capacidade de energia proveniente da geração a
partir do O2 e PCr, então outras fontes de ATP contribuem. A glicólise anaeróbica produz ATP a
partir de glicose ou glicogênio sem a necessidade de O2, mas com a produção de ácido lático. O
ácido lático é produzido pela redução do piruvato. Assim, o piruvato serve como oxidante para
regenerar NAD+ quando a célula se torna criticamente pobre em O2.
Segundo Foss (2000), todos os três fornecedores de energia para a ressíntese do ATP operam
da mesma maneira no geral. A energia liberada pela degradação das substâncias alimentares e a
energia liberada quando a PCr é hidrolisada são utilizadas para refazer novamente a molécula de
ATP. A energia liberada pela desintegração dos alimentos e de PCr está ligada ou acoplada
funcionalmente às necessidades energéticas para a ressíntese de ATP a partir de ADP e Pi.
Os autores ainda falam que uma pequena quantidade de ADP (radical de ácido fosfórico
clivado quando o ATP libera energia – Adenosina Difosfato) é transformado em ATP pela
energia liberada durante essa conversão.
Ainda os mesmos autores descrevem que a maior parte do ATP sintetizado na célula é
formado nas mitocôndrias. O ácido pirúvico derivado dos carboidratos, os ácidos graxos dos
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
16
lipídios e os aminoácidos das proteínas são todos convertidos no composto Acetil-coenzima A
(AcetilCoA) na matriz mitocondrial. Esta substância, AcetilCoA é degradada em uma série de
reações químicas catalisadas por enzimas, na matriz mitocondrial, produzindo no final CO2 e
H2O. Este conjunto de eventos é conhecido como Ciclo de Krebs ou Ciclo do Ácido Cítrico.
Seguindo ainda a descrição dos mesmos autores, eles afirmam que os átomos de Hidrogênio
são reativos e combinam com o O2 que se difundiu na mitocôndria. Isso libera uma grande
quantidade de energia que é usada pelas mitocôndrias para converter grandes quantidades de
ADP em ATP na membrana interna da mitocôndria num processo denominado cadeia
respiratória.
Guyton e Hall (1997) ainda afirmam que para cada 2 elétrons que passam por toda a cadeia
de transporte de elétrons (representando a ionização de 2 átomos de hidrogênio), ocorre síntese de
até 3 moléculas de ATP.
O processo de fosforilação oxidativa consiste na conversão do ADP em ATP. Este processo
ocorre pela utilização de energia gerada quando um gradiente de prótons atravessa um grande
complexo protéico em direção a matriz mitocondrial. Este complexo é denominado ATPsintetase.
A etapa final do processo consiste na transferência do ATP do interior da mitocôndria de
volta ao citoplasma. Esse processo ocorre por difusão facilitada através da membrana interna e, a
seguir, por difusão simples através da membrana mitocondrial externa permeável (GUYTON e
HALL, 1997).
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
17
Segundo Guyton e Hall (1997), o ATP é utilizado para as seguintes funções:
Transporte através das membranas, para fornecer energia para o transporte de Sódio através
da membrana celular;
Síntese de compostos químicos para promover a síntese de proteínas pelos ribossomos;
Trabalho mecânico para fornecer energia necessária durante a contração muscular.
Os mesmos autores descrevem que, o ATP fornece energia necessária para células
especializadas para que executem trabalho mecânico, já que cada contração de uma fibra
muscular exige o consumo de imensas quantidades de ATP.
Citam ainda que, o ATP sempre está disponível para liberar energia de forma rápida e
explosiva de acordo com as necessidades da célula. Para repor o ATP usado pela célula,
acontecem outras reações químicas lentas, que degradam carboidratos, lipídios e proteínas,
usando a energia derivada delas para formação de novo ATP, sendo que mais de 95% desse ATP
é formado nas mitocôndrias.
Seguindo ainda a descrição dos autores, a energia para os processos fisiológicos das células
não é o calor, mas sim a energia para provocar o movimento mecânico no caso da função
muscular, concentrar solutos na secreção glandular e efetuar outras funções.
2.3.4 Energia livre
De acordo com Guyton e Hall (1997), a quantidade de energia liberada pela oxidação
completa de um alimento = energia livre de oxidação do alimento representado pelo símbolo ÄG
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
18
é expressa em termos de cal por mol de substância. Exemplo: energia livre liberada pela oxidação
de 1 mol de glicose (180 gramas de glicose) é de 686.000 cal.
ÄG 1 mol gl = 686.000 cal
Os autores afirmam que o ATP é um composto intermediário que tem a capacidade de
participar de reações acopladas – reações com o alimento para extrair energia e reações
observadas em muitos mecanismos fisiológicos para fornecer energia necessária para a sua
operação. 90% de todos os carboidratos são utilizados para a formação de ATP. Como a oxidação
completa de uma molécula grama de glicose libera 686.000 cal de energia, e visto que são
necessárias apenas 12.000 cal para formar uma molécula – grama de ATP, ocorreria grande perda
de energia se a glicose fosse imediatamente decomposta em água e dióxido de carbono para
formar apenas uma molécula de ATP.
2.3.5 Ciclo do Ácido Cítrico
De acordo com Guyton e Hall (1997), todas as células contêm uma extensa série de
diferentes enzimas que propiciam a clivagem gradativa da molécula de glicose, uma parte de cada
vez, em etapas sucessivas, sendo a energia liberada em pequenas quantidades para formar uma
molécula de ATP, ao todo, para cada mol de glicose utilizado pelas células.
A próxima etapa na degradação da molécula de glicose é conhecida como Ciclo do ácido
Cítrico (também determinado Ciclo dos Ácidos Tricarboxílicos ou Ciclo de Krebs). Trata-se de
uma sequência de reações químicas, nas quais o radical acetil de Acetil-CoA é degradado a
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
19
dióxido de carbono e átomos de hidrogênio. Todas essas reações ocorrem na matriz mitocondrial
(GUYTON e HALL, 1997).
Para Foss (2000) o ácido pirúvico formado durante a glicólise aeróbica penetra nas
mitocôndrias e continua sendo desintegrado por meio de uma série de reações que recebem a
denominação de Ciclo de Krebs.
Para Guyton e Hall (1997), os átomos de hidrogênio liberados são subsequentemente
oxidados, liberando quantidades enormes de energia para formar ATP.
Seguindo a afirmação dos autores, na etapa inicial do ciclo do ácido cítrico, a acetil-CoA
combina-se com o ácido Oxalacético para formar ácido Cítrico. A coenzima A da Acetil-CoA é
liberada e pode ser utilizada repetidamente para a formação de quantidades ainda maiores de
Acetil-CoA a partir do ácido Pirúvico. Todavia, o radical acetil passa a constituir parte integrante
da molécula de ácido Cítrico. Durante as etapas sucessivas do ciclo do ácido Cítrico, são
acrescentadas várias moléculas de água, e ocorre liberação de dióxido de carbono e átomos de
hidrogênio em várias etapas do ciclo.
Ainda com os autores acima descritos, durante o Ciclo de Krebs, ocorrem inúmeros eventos
importantes: É produzido dióxido de carbono, ocorre oxidação (e redução) e é produzido ATP
pela conversão de um composto intimamente aparentado, guanosina trifosfato (GTP).
De acordo com Foss (2000), imediatamente o CO2 é removido do Ácido Pirúvico,
transformando-o de um composto com três carbonos para um composto com dois carbonos (um
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
20
grupo acetil). Esse grupo acetil combina-se com a coenzima A para formar acetil coenzima A. O
CO2 também é formado no Ciclo de Krebs. Todo o CO2 produzido difunde-se para o sangue,
sendo carreado para os pulmões, onde é eliminado do corpo.
Segundo Guyton e Hall (1997), o resultado final de todo o ciclo do ácido cítrico, ilustra que,
para cada molécula de glicose originalmente metabolizada, duas moléculas de acetil-CoA entram
no ciclo do ácido cítrico juntamente com seis moléculas de água. Estas são degradadas em 4
moléculas de dióxido de carbono, 16 átomos de hidrogênio e 2 moléculas de coenzima A, Além
disso, verifica-se a formação de pequena quantidade de ATP.
Foss (2000) afirma que, a produção de CO2 e a remoção de elétrons no Ciclo de Krebs estão
assim relacionadas: o ácido pirúvico (em sua forma modificada) contém carbono (C), hidrogênio
(H) e oxigênio (O); quando o H é removido, apenas o (C) e o (O) permanecem. Assim sendo, no
ciclo de Krebs o ácido pirúvico é oxidado, resultando na produção de CO2. O resultado final é a
formação de água e de unidades de ATP.
2.3.6 Formação de ATP no ciclo do ácido Cítrico
De acordo com Guyton e Hall (1997), não há liberação de grande quantidade de energia
durante o ciclo do ácido Cítrico em si, em apenas uma das reações químicas – durante a
transformação do ácido alfa-cetoglutárico em ácido succínico – forma-se uma molécula de ATP.
Por conseguinte, para cada molécula de glicose metabolizada, 2 moléculas de acetil-CoA passam
pelo ciclo do ácido cítrico, formando cada uma delas uma molécula de ATP; ao todo, formam-se
2 moléculas de ATP.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
21
2.3.7 Formação de grandes quantidades de ATP pela oxidação do hidrogênio
A despeito de todas as complexidades da glicólise, do ciclo do ácido cítrico, da
desidrogenação e da descarboxilação, formam-se quantidades extremamente pequenas de ATP
durante todos esses processos – apenas 2 moléculas de ATP na glicólise e mais 2 no ciclo do
ácido cítrico para cada molécula de glicose metabolizada. Todavia, quase 90% do ATP total
formado durante o metabolismo da glicose são formados durante a oxidação subsequente dos
átomos de hidrogênio que são liberados durante as etapas iniciais da degradação da glicose. Com
efeito, a principal função dessas etapas iniciais consiste em tornar o hidrogênio da molécula de
glicose disponível em formas passíveis de serem utilizadas para oxidação (GUYTON e HALL
19997).
Continuando com os autores, a oxidação do hidrogênio é efetuada por uma série de reações
catalisadas por enzimas nas mitocôndrias que clivam cada átomo de hidrogênio em um íon
hidrogênio e um elétron e utilizam eventualmente os elétrons para combinar o oxigênio
dissolvido dos líquidos com moléculas de água, formando íons hidroxila. A seguir, os íons
hidrogênio e hidroxila combinam-se uns com os outros para formar água. Durante a seqüência
das reações oxidativas, ocorre liberação de quantidades enormes de energia para formar ATP. A
formação de ATP por este processo é denominada fosforilação oxidativa. Todo o processo ocorre
nas mitocôndrias por meio de um mecanismo altamente especializado, o mecanismo
quimiosmótico.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
22
2.3.8 Resumo da formação de ATP durante a degradação da glicose
Durante a glicólise, formam-se quatro moléculas de ATP, enquanto ocorre consumo de duas
para a fosforilação inicial da glicose, a fim de desencadear o processo, isso leva a um ganho
efetivo de duas moléculas de ATP. Durante cada volta do ciclo do ácido cítrico, forma-se uma
molécula de ATP (GUYTON E HALL, 1997).
Guyton e Hall (1997) ainda afirmam que, todavia, como cada molécula de glicose é clivada
em duas moléculas de piruvato, para cada molécula de glicose metabolizada ocorrem duas voltas
do ciclo, com produção final de duas moléculas de ATP.
Seguindo a citação dos autores, durante todo o processo de degradação da glicose, verifica-se
a liberação de um total de 24 átomos de hidrogênio na glicólise e no ciclo do ácido cítrico. Ocorre
oxidação de 20 desses átomos, juntamente com o mecanismo quimiosmótico, com liberação de
até três moléculas de ATP para cada dois átomos de hidrogênio metabolizado. Esse processo
produz 30 moléculas de ATP.
Ainda de acordo com Guyton e Hall (1997), os quatro átomos de hidrogênio restantes são
liberados pela sua desidrogenase no esquema oxidativo quimiosmótico da mitocôndria, de modo
que, para esses quatro átomos de hidrogênio, apenas duas moléculas de ATP são habitualmente
liberadas para dois átomos de hidrogênio oxidados, produzindo um total de quatro moléculas de
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
23
ATP. Somando todas essas moléculas de ATP formadas, obtemos o número máximo de 38
moléculas.
Os autores continuam afirmando que, uma importante maneira pela qual o ATP ajuda a
controlar o metabolismo energético consiste em provocar inibição alostérica da enzima
fofofrutoquinase. Como esta enzima promove a formação de frutose 1,6-difosfato, que é uma das
etapas iniciais da série de reações glicolíticas, o efeito final do excesso de ATP é, portanto,
bloquear a glicólise, o que, por sua vez, interrompe a maior parte do metabolismo dos
carboidratos. Por outro lado, o ADP produz alteração alostérica oposta nessa enzima, aumentando
acentuadamente sua atividade. Por conseguinte, toda vez que o ATP for utilizado para os tecidos
para a obtenção de energia, isso reduz a inibição da enzima pelo ATP, mas, ao mesmo tempo,
aumenta a sua atividade em consequência da formação de ADP, de modo que o processo
glicolítico é posto em ação. Em pouco tempo ocorre reposição da reserva celular total de ADP.
2.4 Aspectos Nutricionais
O futebol envolve exercícios intermitentes e a intensidade do esforço físico depende do
posicionamento do atleta, qualidade do adversário e importância do jogo (GUERRA, et al.,
2001).
A atividade física é conseqüência de um trabalho muscular. A energia necessária para tal
trabalho deriva da combustão de compostos orgânicos. Estes compostos se armazenam nos
compartimentos que compõem a massa corporal. Desta forma, a composição corporal tem uma
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
24
relação tanto com a atividade física quanto com o sedentarismo. Portanto, a intensidade, a
freqüência e a duração de uma atividade física interferem nos tecidos adiposo, muscular e ósseo
(COHEN e ABDALLA, 2005).
O futebol é uma modalidade de esporte com exercícios intermitentes de intensidade variável.
Aproximadamente, 88% de uma partida de futebol envolvem atividades aeróbias e, os 12%
restantes, atividades anaeróbias de alta intensidade. Durante um jogo de futebol, os jogadores
percorrem aproximadamente 11 quilômetros, sendo que a média da distância coberta no primeiro
tempo é 5% maior que a do segundo tempo. Nessa distância temos atividades que perfazem 3,2
quilômetros de caminhadas, 1,8 quilômetro de corridas e 1,0 quilômetro em sprints (período de
esforço de alta intensidade), entre outras (GUERRA, et al., 2001) e (DENADAI, 2002).
De acordo com Guerra et al., (2001), 8 a 12% da distância total coberta por jogo são
realizados em velocidade de sprint, as corridas de baixa intensidade representam 35% e as de alta
intensidade, de 8,1 a 18% do tempo total do jogo. A distância percorrida pelos jogadores de
meio-campo (10,2 a 11 km) é significativamente maior que a dos zagueiros (9,1 a 9,6 km) e
atacantes (10,5 km), sendo estes últimos os jogadores que mais realizam sprints.
Estimar a composição corporal tem fundamental importância não apenas na determinação do
estado nutricional do indivíduo, mas também na influência sobre o rendimento esportivo que
varia entre modalidades e até mesmo dentro das modalidades (COHEN e ABDALLA, 2005).
A nutrição e o treinamento são alguns aspectos fundamentais para que o jogador de futebol
tenha bom desempenho. A demanda energética dos treinamentos e competições requer que os
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
25
jogadores consumam uma dieta balanceada, particularmente rica em carboidratos (GUERRA, et
al., 2001).
Os jogadores de futebol são atletas que treinam em intensidade moderada a alta, tendo
necessidades energéticas diárias em torno de 3.150 a 4.300 kcal (GUERRA, et al., 2001).
Para Guerra et al., (2001), os jogadores de futebol podem iniciar o jogo com baixos níveis de
glicogênio muscular, devido, entre outros fatores, aos hábitos alimentares e ao número excessivo
de jogos e treinos, sendo que a sua depleção depende de fatores como intensidade do exercício,
condicionamento físico, modalidade do exercício, temperatura ambiente e dieta pré-exercício.
Segundo Guerra et al., (2001), durante o jogo de futebol, existe relação direta entre as
concentrações iniciais do glicogênio muscular, as distâncias percorridas e os níveis de esforços
dos jogadores durante a segunda metade da partida, podendo influenciar o desempenho no
campo, pois, na sua ausência, o trabalho muscular é mantido pela energia fornecida pela gordura,
em processo totalmente aeróbio e, portanto, em eficiência (rapidez) geralmente 50% abaixo da
normalidade.
A ingestão de carboidratos dez minutos antes do início de um jogo diminui a utilização de
glicogênio muscular em 39%, aumenta a velocidade de corrida e a distância percorrida na
segunda metade da partida em 30% (GUERRA, et al., 2001).
Para Guerra et al., (2001), a ingestão de carboidratos é também importante para a
recuperação após o exercício. O termo recuperação envolve processos nutricionais, como a
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
26
restauração dos estoques hepáticos e musculares de glicogênio, reposição de fluidos e eletrólitos,
regeneração e reparo de lesões causadas pelo exercício e adaptação após o estresse catabólico.
O sistema de energia anaeróbio também é utilizado em eventos aeróbios. Exercícios
intermitentes como futebol e basquete, usam a combinação de aeróbio e anaeróbio, que resulta
em quebra rápida de glicogênio muscular (COHEN e ABDALLA, 2005).
Cohen e Abdalla, (2005) relatam que exercícios aeróbios permitem o uso de combustível por
mais tempo. Exercícios de baixa ou moderada intensidade (menos de 60% do VO2 máx.) usam
combustível principalmente das células de gordura. O treinamento resulta em alterações do nível
hormonal, fazendo com que seu tecido gorduroso lance ácidos graxos na circulação sanguínea e
estes, juntamente com as células gordurosas, são combustíveis para esforços de baixa intensidade.
Os mesmos autores ainda afirmam que entre 60 a 80% do VO2 máx., metade do combustível
provém do glicogênio muscular e glicose sanguínea enquanto a outra metade, da gordura e
pequena parte da proteína. Quando o esforço excede 80% do VO2 máx., menos de 25% das suas
necessidades vêm da gordura. O ácido láctico também impede a utilização de gordura como fonte
de energia. Quando o glicogênio armazenado no músculo diminui, a gordura tem que prover a
energia adicional necessária; por isso, quanto mais longo o treino, mais gordura é utilizada. Para
a gordura se transformar em fonte de energia, faz-se necessário manter um certo nível de
carboidrato. Em exercício de longa duração (4 a 6 horas) e baixa intensidade, a gordura pode
prover de 60% a 70% do total de energia.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
27
Quanto maior for o condicionamento, mais eficiente é a produção de energia aeróbia a uma
determinada intensidade, conseqüentemente se utiliza mais gordura e menos glicogênio
armazenado (COHEN e ABDALLA, 2005).
Ainda os autores afirmam que, quanto maior a capacidade máxima aeróbia do indivíduo,
maior é o limiar do lactato, o que lhe permite usar mais gordura e menos glicogênio.
A prática do exercício aumenta a capacidade de armazenar glicogênio no músculo quando se
inicia um exercício (COHEN e ABDALLA, 2005).
2.5 Fisiologia do Exercício
Segundo Frisselli e Mantovani (1999) podemos definir a resistência de um futebolista como
a capacidade de resistir ao cansaço, mantendo o mesmo nível e qualidade de suas ações motoras
técnicas e táticas, bem como a velocidade de seus deslocamentos durante toda a partida. A
resistência, no futebol, se manifesta de forma muito variada dependendo das transformações
bioquímicas e da forma como a energia é solicitada.
Distinguimos três formas de energia: (FRISSELLI e MANTOVANI, 1999).
A Fonte Anaeróbia Alática: é relacionada com a utilização dos fosfagênios para a ressíntese
de ATP.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
28
A Fonte Anaeróbia Lática: é relacionada com a degradação dos hidratos de carbono, com a
insuficiente presença do oxigênio, razão pela qual produz como subproduto o ácido lático.
A Fonte Aeróbia: é relacionada com a oxidação mediante a presença do oxigênio dos
hidratos de carbono e das gorduras.
Cada uma dessas fontes apresenta critérios de capacidade, potência e eficiência diferentes. O
aperfeiçoamento das capacidades de resistência é conseguido através de uma combinação de
meios e métodos de treinamento que desenvolvam tanto o componente geral como o componente
especial (ZAKHAROV, 1992 apud FRISSELLI e MANTOVANI, 1999).
Para Frisselli e Mantovani (1999), o aperfeiçoamento da resistência especial de um
futebolista é conseguida nos jogos, amistosos e oficiais, bem como durante o treinamento
utilizando exercícios específicos. Porém, somente esse tipo de exercício é insuficiente para uma
completa adaptação do organismo, devido ao caráter misto da produção e ressíntese energética
durante um jogo de futebol, assim sendo, é necessário influir seletivamente no aperfeiçoamento
das diferentes manifestações de resistência.
Continuando com o mesmo autor, apesar da necessidade de desenvolver-se todas as fontes de
ressíntese energética, durante uma partida de futebol não se requer níveis muito altos de
capacidade aeróbia, quando comparados com outros esportes. A potência aeróbia normalmente é
avaliada através da capacidade de consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo). No Brasil os
valores de equipes profissionais situam-se em torno de 57 a 60 ml/kg/min-1.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
29
A mensuração das trocas gasosas respiratórias se faz pela determinação dos volumes de
oxigênio e de gás carbônico da ventilação pulmonar, num período de tempo pré-estabelecido
(SILVA e TORRES, 2002).
Os mesmos autores citam que, atualmente, a técnica mais utilizada para isto é a da
“espirometria de circuito aberto” computadorizada, cujo avaliado inspira o ar ambiente e tem sua
expiração direcionada para um equipamento com analisadores eletrônicos de gases. Através da
mensuração da ventilação pulmonar (por fluxômetro) e sabendo-se as frações de O2 e de CO2
inspirados (20,93 e 0,03%, respectivamente), as diferenças com as medidas obtidas no ar
expirado possibilitam a informação da quantidade de O2 consumido e de CO2 produzido.
Os mesmos autores afirmam que, o consumo máximo de oxigênio (VO2 máx) – pode ser
definido como a máxima capacidade de captação (pulmões), transporte (coração e vasos) e
utilização do oxigênio (principalmente pelos músculos), durante exercício dinâmico, envolvendo
grande massa muscular corporal. É representado pela abreviatura “VO2 máx”, cujo V é o volume
consumido por minuto. A determinação do VO2 máx tem sido amplamente utilizada na literatura
como um dos principais indicadores da capacidade para realização de exercícios físicos de longa
duração. Como o consumo de oxigênio cresce proporcionalmente com a carga de trabalho e,
sendo o VO2 máx o “limite” deste aumento, existe uma relação direta entre este parâmetro e a
capacidade de desempenho para atividades com duração acima de 2 a 3 minutos, quando a
produção energética aeróbia passa a predominar. Entretanto, não podemos esquecer que, no
esforço máximo, a produção energética total é determinada pela produção aeróbia de energia,
traduzida pelo VO2 máx, e também por um componente anaeróbio variável, cuja participação
pode ser importante.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
30
Segundo Turíbio Neto (2001), o consumo de oxigênio (VO2) é uma medida objetiva da
capacidade funcional, ou seja, da capacidade do organismo em ofertar e utilizar o oxigênio para a
produção de energia; aumenta linearmente com o trabalho muscular crescente, sendo considerado
máximo (VO2 máx) quando nenhum aumento adicional ocorre com o incremento de cargas.
Conforme será amplamente discutido posteriormente, nenhum outro parâmetro é tão preciso ou
reproduzível como o VO2 máx. É determinado pela capacidade de se aumentar o débito cardíaco
e direcionar o fluxo sanguíneo para os músculos em atividade; sua utilização, portanto, como
índice de aptidão física é de grande valia na avaliação funcional de atletas.
Para o autor, o VO2 máx pode ser caracterizado como um índice que fornece avaliação da
capacidade funcional de transporte e utilização de oxigênio, sendo o volume de ejeção sistólico
máximo o principal fator limitante de captação máxima de oxigênio na maioria dos indivíduos. O
VO2 máx tem sido bastante utilizado no diagnóstico e no prognóstico de aptidão física e
desempenho em atletas. Sua limitação, no aspecto prático, deve-se ao fato de existir grande
homogeneidade desse índice em atletas de elite. Assim, a expectativa de discriminação ou
previsão de desempenho em grupos de elite de uma mesma modalidade esbarra na seleção natural
prévia que o esporte impõe. Sua maior aplicação prática acaba por ser caracterizada pela
avaliação longitudinal do atleta em diferentes períodos de treinamento.
A mensuração do VO2 máx pode ser indicada por várias razões, desde a avaliação da função
cardiorrespiratória, em pneumo ou cardiopatas, por exemplo, até a predição de desempenho em
atletas (SILVA e TORRES, 2002).
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
31
Silva e Torres (2002) citam que, no entanto, em muitos casos, como em estudos científicos
ou nas avaliações que exijam maior precisão (para alguns tipos de diagnóstico clínico ou de
desempenho atlético), não se deve preterir a sua obtenção direta. A medida do VO2 máx pela
Ergoespirometria é um processo bastante confiável (coeficiente de correlação teste-reteste = 0,95
e de erro = 2,4%).
Os mesmos autores afirmam que num teste de esforço progressivo máximo, o aumento do
VO2 com a intensidade do exercício pode apresentar uma estabilização (platô), apesar de um
aumento na carga de trabalho. Nesta situação, considera-se que foi alcançado um limite
fisiológico do sistema de fornecimento e utilização de oxigênio, ou seja, o VO2 máx. A carga de
exercício pode continuar a aumentar, sem crescimento adicional do VO2, mas isto está
intimamente correlacionado à participação do metabolismo anaeróbio, dependendo também do
nível de motivação do avaliado. Normalmente, é o avaliado quem interrompe o teste, após atingir
uma possível “exaustão”. Entretanto, por ser subjetiva, esta decisão acaba sendo muito
influenciada por diversos fatores, especialmente psicológicos, que podem não levar a um esforço
máximo efetivo.
Os autores continuam afirmando que a observação deste platô nem sempre é possível em
adultos, especialmente idosos, sedentários e doentes, além de ser raramente encontrado em
crianças. Para corroborar, também são comumente adotados como indicadores do VO2 máx,
embora menos precisos: uma razão de trocas respiratórias (“R”) maior que 1,0 (podendo superar
1,10 ou 1,15); a obtenção de uma FC próxima ou acima da máxima (FC máx) prevista para a
idade; sinais de intolerância aos esforços (sensação subjetiva de fadiga, tontura, palidez facial,
etc.) e níveis sanguíneos de lactato atingindo ou superando 70 a 80mg/100mL de sangue (cerca
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
32
de 8 a 10mmol). Deve-se ressaltar que não é esperada a ocorrência simultânea destes critérios
num mesmo teste. Procurando-se evitar a coleta de sangue, alguns cientistas estabeleceram que a
obtenção de pelo menos dois dos seguintes critérios validaria o VO2 máx: R 1,15; FC máx
atingida dentro de um desvio de ± 10 da FC máx prevista; e a observação de um platô de
estabilização, após incremento de carga. Quando os critérios para determinação do VO2 máx não
são satisfeitos, ou a limitação do teste possa ter sido provocada por fatores musculares locais (e
não por mecanismos hemodinâmicos centrais), utiliza-se o termo “pico de VO2” para o valor
mais alto de consumo de oxigênio obtido durante este teste de esforço.
Ainda os autores citam a respeito que o VO2 máx tem uma importante influência genética.
Estudos iniciais estimaram que a herança genética era responsável por até 93% da variabilidade
do VO2 máx. Posteriormente, outros trabalhos tentaram mostrar o efeito da hereditariedade sobre
o VO2 máx, porém com a detecção de menores taxas (25 a 50%). Esta herança faz com que, após
alcançado o potencial geneticamente determinado, o treinamento não surta mais efeito sobre o
VO2 máx. Mesmo neste caso, é comum verificarem-se melhoras de desempenho, pois a
capacidade para o trabalho prolongado também depende da tolerância a intensidades submáximas
de esforço, num percentual elevado em relação ao VO2 máx.
Continuando com as citações dos autores, o fato de atletas muito bem condicionados
conseguirem prolongar o esforço, em intensidades próximas de seu VO2 máx, podendo
independer da melhora deste último, é um exemplo de que o VO2 máx não pode justificar
totalmente a capacidade de manutenção de um exercício. Tudo isto serviu para impulsionar o
aparecimento de diversas linhas de pesquisa, para que se encontrassem métodos e parâmetros
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
33
mais sensíveis na detecção dos efeitos do treinamento e de alterações de desempenho em cargas
submáximas. Dentre estes parâmetros está o “limiar anaeróbio”, discutido a seguir.
Para Silva e Torres (2002), o débito cardíaco aumenta no início do exercício na posição
vertical expandindo o volume de ejeção e o ritmo cardíaco. O ritmo cardíaco aumenta enquanto o
tônus vagal diminui.
Ainda seguindo os autores, o volume de ejeção cresce devido à inotropia cardíaca aumentada
e retorno venoso diminuído resultante dos gradientes de pressão causados pela compressão de
veias pelos músculos em contração e pressão intratorácica diminuída acompanhando respiração
profunda aumentada. Enquanto o exercício continua, aumentos ainda maiores no débito cardíaco
são alcançados predominantemente pelo aumento no ritmo cardíaco, com volume de ejeção
permanecendo
relativamente
constante,
especialmente
em
taxas
de
trabalho
acima,
aproximadamente, dos 30% do pico de VO2.
Para os autores, os leitos vasculares pulmonares se dilatam ao início do exercício em
consonância com o aumento na saída ventricular direita e da pressão na artéria pulmonar. Esta
dilatação resulta na perfusão de unidades pulmonares previamente não perfundidas nos leitos
vasculares pulmonares normais, sendo responsável pelo fato de que há somente um pequeno
aumento na pressão da artéria pulmonar enquanto o fluxo sanguíneo pulmonar aumenta no
pulmão normal. Uma baixa resistência vascular pulmonar é essencial para a resposta normal do
ventrículo esquerdo ao exercício. Sem isso, o fracamente muscularizado ventrículo direito não
poderia prontamente bombear o sangue venoso através da circulação pulmonar para o lado
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
34
esquerdo do coração a uma taxa rápida o suficiente para efetivar o aumento de débito cardíaco
necessário a sustentar a respiração celular.
Segundo os autores, porque o aumento no débito cardíaco é menor do que o aumento no
VO2, a extração de O2 deste e adição de CO2 para o sangue capilar do músculo deve crescer. O
fluxo de sangue no músculo aumenta de acordo com sua atividade metabólica. Por causa da
queda no PO2 capilar e do efeito Bohr é possível extrair 75% a 85% do O2 circulando através do
leito capilar do músculo trabalhando ao máximo.
O fornecimento de oxigênio às células musculares é dependente de cinco fatores:
Débito cardíaco; Distribuição da perfusão aos tecidos necessitando de O2; Perfil de pressão
parcial de O2 no sangue capilar; Concentração de hemoglobina; Afinidade da hemoglobina por
O2.
O transporte de O2, a partir do sangue para a mitocôndria, é dependente da manutenção de
um gradiente de difusão adequado para O2 enquanto o sangue percorre os músculos se
contraindo. O gradiente de PO2 entre o sangue e as células é alto na extremidade arterial do
capilar, mas diminui assim que o sangue se aproxima da extremidade venosa do capilar,
dependendo do fluxo de O2/razão da taxa metabólica (WASSERMAN, et al, 2005).
Ainda de acordo com Wasserman et al., (2005), o débito cardíaco obviamente deve
desempenhar papel chave no suprimento de O2 às células. Ao início do exercício na postura
vertical, o volume de ejeção aumenta virtualmente e imediatamente a magnitude sendo
dependente do grau relativo individual de aptidão, idade e tamanho. Em pessoas jovens
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
35
excepcionalmente aptas (condicionadas), o volume de ejeção pode aumentar tanto quanto 100%;
o aumento é muito menor em pessoas menos aptas e mais idosas. Após o aumento inicial no
volume de ejeção que ocorre em níveis baixos de exercícios, o crescimento do débito cardíaco
ocorre predominantemente pelo aumento no ritmo cardíaco; ritmo este que geralmente aumenta
linearmente com VO2.
Limiares anaeróbios – desde o início dos anos 30, aceita-se que o VO2 aumenta linearmente
com o incremento de carga, mas a concentração de lactato no sangue altera-se muito pouco desde
o repouso até determinadas cargas de trabalho (40 a 70% do VO2 máx), durante um exercício de
intensidades progressivas. Três décadas depois, surgiram protocolos de avaliação para tentar
identificar o momento da transição entre as cargas onde haveria predominância do metabolismo
aeróbio para aquelas em que o metabolismo anaeróbio seria o mais importante. Ultrapassado este
“limite” (limiar), a concentração de lactato aumentaria, com a ventilação (VE) e a produção de
CO2 (VCO2) crescendo desproporcionalmente ao incremento do VO2. Isto levou cientistas à
utilização de curvas ventilatórias e de lactato para a determinação destes limiares (SILVA e
TORRES, 2002).
Segundo os autores acima descritos, a partir dos anos 70, avaliações destas curvas passaram
a ser adotadas com mais freqüência em exames de cardiopatas e portadores de insuficiência
cardíaca. Atualmente, a aplicação destes limiares tem sido difundida na avaliação e controle de
atletas, indivíduos saudáveis ou pacientes participantes de programas de treinamento; no
diagnóstico diferencial das limitações da capacidade física; e na análise do efeito de diversas
terapias.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
36
Segundo Silva e Torres (2002) apud Wasserman et al., (2005), propuseram que, nas cargas
de trabalho onde ocorre aumento da concentração de lactato sanguíneo (geralmente entre 40 e
70% do VO2 máx), estaria havendo a ativação da glicólise anaeróbia para suplementar a produção
energética aeróbia. No entanto, outros autores têm defendido em seus estudos que a glicólise
anaeróbia somente passaria a contribuir significativamente em cargas acima de 70% do VO2 máx,
propondo que se evite a correlação direta entre a aceleração da atividade do metabolismo
anaeróbio e o aumento do lactato no sangue, inclusive na denominação dos limiares, sugerindo o
termo “limiar de lactato” como mais adequado. A hipóxia muscular foi considerada, nos estudos
iniciais, como a causa deste acúmulo. Embora ainda seja um tema controverso, com alguns
pesquisadores acreditando que a disponibilidade de oxigênio para a musculatura esquelética seja
o fator mais importante para o acúmulo de lactato, outros trabalhos têm questionado esta tese.
Uma velocidade de glicólise aumentada, com incremento da produção de NADH, pode superar a
capacidade de envio dos hidrogênios (H+) para o interior das mitocôndrias.
Para Silva e Torres (2002), esta falha de sincronia entre a formação de NADH e o sistema de
transporte de hidrogênio pode causar a produção de ácido láctico (resultado do recebimento, pelo
ácido pirúvico, destes hidrogênios não transportados), sem ter havido, necessariamente, hipóxia
da célula muscular. Outra razão aventada é o recrutamento cada vez maior de fibras musculares
“rápidas” (tipo II), pelo aumento da intensidade de esforço. Nelas predomina a transformação de
piruvato em lactato, o que provoca maior produção deste último, mesmo com uma adequada
oferta de oxigênio. Também é apresentada como possível causa do “limiar de lactato” uma
redução da sua taxa de remoção sanguínea. Alguns trabalhos com animais sugerem que um
aumento de ácido láctico pode ocorrer por uma maior produção e/ou pela diminuição de sua
velocidade de remoção. Independente destas discussões (campo aberto para a busca de
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
37
conclusões definitivas), o resultado final será um incremento do lactato sanguíneo, que pode ser
devido a um destes fatores ou a uma combinação deles.
De acordo com os autores, por isso, o “limiar anaeróbio” (ou “limiar de lactato”) está
intimamente relacionado ao ácido láctico, que apresenta variações de concentração de acordo
com a intensidade de exercício, com tendência de acúmulo em cargas mais elevadas. O termo
“limiar anaeróbio” é utilizado para identificar, em testes de esforço, os “limites” de intensidade
onde ocorrem incrementos abruptos da concentração de ácido láctico (e de lactato sanguíneo), o
que traz importantes repercussões fisiológicas.
Segundo os autores acima citados, o ácido láctico é neutralizado no sangue por uma
substância alcalina (o bicarbonato), presente no organismo, formando um sal (lactato), conforme
a seqüência mostrada abaixo.
C3H6O3 (ácido láctico) + NaHCO3 (bicarbonato de sódio)
(H2CO3
LACTATO de Na + H2CO3
H2O + CO2) => LACTATO de Na + H2O + CO2.
Seguindo com a afirmativa dos autores acima, esse processo de acúmulo ocasiona queda do
pH sanguíneo (pH do ácido láctico ~ 3,8; pH celular ~ 7) e acelera o consumo de bicarbonato. A
tentativa do organismo em tamponar esse ácido láctico em excesso vai resultar em lactato, água e
gás carbônico. Este CO2 “extra”, originado no tamponamento, vem juntar-se ao CO2 produzido
pelo metabolismo aeróbio (via ciclo de Krebs e sistema de transporte de elétrons), o que vai
provocar um desequilíbrio na relação VCO2/VO2 (o VCO2 aumenta muito, comparado ao VO2).
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
38
É quando observamos um aumento importante na “razão de trocas respiratórias” (R), ou seja: R =
VCO2
/ VO2
R (“aceleração de R”).
O consumo máximo de oxigênio (VO2 máx.) é a variável fisiológica que melhor descreve a
capacidade funcional dos sistemas cardiovascular e respiratório. É aceito como o índice que
representa a capacidade máxima de integração do organismo em captar, transportar e utilizar o
oxigênio para os processos aeróbios de produção de energia durante a contração muscular. Pode
ser expresso em termos absolutos (l/min) ou relativo à superfície corpórea (ml/kg/min)
(DENADAI, 1999 apud CAMPEIZ, 2001).
Para Campeiz et al., (2001), o VO2 máx. no futebol, é uma das variáveis fisiológicas mais
estudadas e os resultados de diversos estudos reforçam a sua importância, evidenciando que o
estímulo do sistema cardiorrespiratório nos treinamentos tem merecido atenção prioritária quando
comparado com o estímulo neuromuscular.
Durante as partidas os futebolistas realizam esforços curtos, intensos e decisivos
caracterizados predominantemente por anaeróbios aláticos com uma concentração lática entre 4 a
9 mMol, sendo o metabolismo aeróbio requerido principalmente nos momentos de recuperação
entre esses esforços.
De acordo com o mesmo autor, muitos estudos de mensuração e determinação do consumo
máximo de oxigênio, com medições diretas e indiretas, foram feitos, podendo-se destacar Carzola
e Fahri (1998), Silva et al., (1999), Bangsbo (1994), Bosco (1993), apud Campeiz (2001),
evidenciando a necessidade de valorização de uma preparação física bem desenvolvida, e apoiada
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
39
em princípios bem fundamentados cientificamente. Esse parâmetro fisiológico é de grande
importância para qualificar o nível de capacidade funcional dos futebolistas e para possibilitar a
identificação do sistema energético mais adequado à produção e ressíntese da energia.
Continuando com o autor, o consumo máximo de oxigênio é a variável mais estudada no
futebol. Vários estudos demonstram através de mensurações diretas e indiretas constituir-se uma
variável indispensável para tornar o atleta apto ao desempenho de alto nível, bem como para
recuperar dos esforços curtos e intensos característicos do jogo.
Na literatura verifica-se, que o padrão de VO2 máx. em futebolistas é de aproximadamente
55-60 ml/kg/min (AOKI, 2002 apud CAMPEIZ, 2001).
2.6 Características do Futebol
O esporte é, sem dúvida, o grande fenômeno da atualidade, propiciando estudos e reflexões
como forma de democratizar o conhecimento. Ele tem sido cada vez mais difundido na
sociedade. O futebol é um esporte que envolve um grande número de competições num mesmo
período de tempo. Campeonatos Estaduais, Brasileiro, Copa do Brasil, Mercosul, Conmebol,
Taça Libertadores da América, são competições com a participação de equipes brasileiras.
Mesmo sabendo da suposta prioridade destinada em algumas destas competições, estas
prioridades podem mudar com os resultados obtidos naquelas (VENDITE, et al., 2005).
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
40
Segundo o autor, levando-se em consideração ser a modalidade mais procurada e difundida
no Brasil, transforma-o no centro das atenções, na busca da fundamentação científica. Ao mesmo
tempo em que várias competições acontecem é preciso lembrar que os jogadores são os
“mesmos”, os quais passam por uma bateria de jogos, tendo como intervalo, às vezes, um dia de
descanso.
A evolução do futebol como jogo desportivo tem passado, cada vez mais, pelo estudo e
sistematização de elementos relativos a duas realidades interdependentes: o jogo e o jogador.
De acordo com o autor, o futebol é a modalidade esportiva mais praticada no mundo, com
participantes em todas as faixas etárias e diferentes níveis, e aproximadamente 400 milhões de
adeptos no mundo, sendo que desses 30 milhões se encontram no Brasil. De acordo com a
Federação Internacional de Futebol (FIFA) existem aproximadamente mais de 200 milhões de
atletas licenciados pela federação em todo o mundo.
Para Silva, et al., (2005), esse esporte caracteriza-se por apresentar grande contato físico,
movimentos curtos, rápidos não contínuos, tais como aceleração, desaceleração, mudanças de
direção, saltos e pivoteamento.
O futebol é um jogo interessante, aonde durante uma temporada anual, algumas equipes
chegam a realizar perto de 80 partidas. A experiência e os resultados de pesquisas científicas tem
mostrado, que ao utilizar exercícios específicos, pautados em dados quantitativos dos elementos
do jogo de futebol, o treinador de futebol consegue obter uma melhor performance técnica dos
jogadores e, consequentemente na preparação global da equipe (VENDITE, et al., 2005).
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
41
Para o mesmo autor, a procura das razões que levam uma equipe a ser mais eficaz que outra,
quanto se pensa no resultado final de uma partida de futebol, é um dos objetivos dos técnicos,
treinadores e estudiosos do assunto.
A evolução do futebol caracteriza-se por uma alta exigência física, técnica e psicológica,
além do aspecto tático que vem se constituindo num fator decisivo para a obtenção de sucesso de
uma equipe (FERNANDES, 1994 apud VENDITE, et al., 2005).
O futebol moderno requer que os jogadores estejam em constantes deslocamentos, estando
com ou sem a posse de bola, e esse aumento considerável de suas funções lhes rendeu inclusive a
denominação de jogadores “universais” (GODIK, 1996 apud VENDITE, et al., 2005).
Isso transformou a preparação tática específica numa área de crescente interesse e a prova
disso são os inúmeros sistemas de jogo que surgiram com a evolução do esporte (CUNHA,
2001).
2.7 Ergoespirometria
A ergoespirometria é um exame de grande aplicação prática, tanto para o atleta como para os
praticantes de atividade física não-competitiva (TURÍBIO NETO, 2001).
Para Serra (1997), a ergoespirometria tem sido recomendada, pela sua melhor identificação
do limiar anaeróbio e por permitir maiores níveis de VO2 máximo, os denominados protocolos de
rampa. Caracterizam-se por incrementos de carga em reduzido intervalo de tempo - até mesmo de
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
42
6s – idealmente com duração total do exercício entre 8 e 12min. Tais limites temporais seriam os
adequados, 8 minutos para que o esforço não viesse a ser interrompido por fadiga muscular
láctica precoce ou por esgotamento das reservas de glicogênio. A aplicação de questionários
preditores da capacidade aeróbica máxima ao indivíduo testado, indicaria qual o VO2 estimado a
ser alcançado aos 10 min de exercício, assim como seu grau de incremento.
Segundo Rondon (1998), a ergoespirometria computadorizada veio proporcionar um avanço
importante para o desenvolvimento de um programa de condicionamento físico, uma vez que
possibilita avaliar, de maneira precisa, a capacidade cardiorrespiratória e metabólica, através da
medida direta do consumo de oxigênio máximo e da determinação dos limiares ventilatórios –
limiar anaeróbio (LA) e ponto de compensação respiratória. Esses limiares fornecem, de forma
não-invasiva e com grande precisão, as intensidades de exercício em que predominam o
metabolismo aeróbio e anaeróbio, possibilitando uma prescrição adequada e individualizada da
intensidade do condicionamento físico. Em nossa experiência, essa prescrição é atingida com o
exercício físico realizado de maneira regular, numa faixa de intensidade que varia entre o LA e o
ponto de compensação respiratória.
De acordo com o autor, para a atividade física, seja para iniciantes ou indivíduos com
atividade regular, é o teste que discrimina a intensidade de exercício aeróbio a ser prescrita,
considerando-se, obviamente, as informações da ergometria tradicional, implícitas no
procedimento, associadas às informações sobre o mecanismo de transporte de gases envolvidos.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
43
Na avaliação fisiológica de atletas, das mais variadas modalidades, é o teste que se impõe
pela quantidade de informações e pela facilidade de execução. É utilizado para o diagnóstico das
necessidades energéticas específicas nas diferentes modalidades, para o diagnóstico das
capacidades funcionais individuais (avaliação dos índices de aptidão física, obtenção de médias
de referência, cálculo dos desvios percentuais e diagnóstico geral da aptidão física), no
treinamento específico, ou seja, num determinado esporte coletivo, como, por exemplo, no
futebol, para diferenciar o treinamento para grupos de funções táticas distintas (zagueiros,
laterais, volantes ou atacantes) e, ainda, na evolução dos índices de aptidão física com a
reavaliação periódica, o diagnóstico individual da evolução e a periodização do treinamento
(TURÍBIO NETO, 2001).
Segundo Tebexreni (2001), uma maneira interessante que vem sendo descrita há poucos anos
para a realização de testes visando à determinação mais acurada da capacidade funcional é o
emprego dos chamados protocolos de rampa, nos quais o incremento de carga ocorre
continuamente.
De acordo com o mesmo autor, caracteristicamente, os protocolos de rampa, em esteira,
iniciam-se com um período de aquecimento ou “preparação”, que varia de 1 a 3 minutos,
caminhando confortavelmente e, a seguir, incrementa-se progressiva e continuamente a
velocidade e inclinação (esteira) de acordo com a capacidade individual estimada para o paciente,
procurando atingir o consumo máximo de oxigênio num período de tempo predeterminado de 10
minutos.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
44
Continuando com o autor, para a obtenção de melhores dados para interpretação das
respostas fisiológicas e determinação do VO2 máx ou VO2 de pico num teste de esforço, os
incrementos de carga devem ser uniformes em magnitude e duração, num período não inferior a 8
e nem superior a 12 minutos, características mais facilmente definidas quando se aplica um
protocolo individualizado do tipo rampa.
Para o mesmo autor, nos protocolos de rampa, o aumento da carga de trabalho é contínuo, de
tal forma que as condições do estado de equilíbrio não sejam atingidas, sendo limitação o
requerimento da estimativa prévia da capacidade funcional individual, baseada numa escala de
atividade que, se mal delimitada, pode ocasionar teste de “endurance” ou, ainda, provocar a
interrupção precoce da avaliação.
Segundo o mesmo autor, quando efetivamos um teste cardiopulmonar com a finalidade
específica de determinar a potência aeróbia e definir os índices de limitação funcional, devemos
individualizar a avaliação.
Para o autor, os protocolos em esteira resultam em VO2 máx 10% a 20% maiores que em
bicicleta.O protocolo de rampa em esteira evidencia a melhor relação entre VO2 e carga de
trabalho, diminuindo os erros associados quando se estima o VO2 predito por carga.
De acordo com o autor, para atletas, os protocolos devem ser individualizados, iniciando-se
com um curto período de caminhada, seguido por aumento gradual para ritmo de corrida habitual,
em torno do terceiro ou quarto minutos, e, então, por incrementos de 2,5% ou 5,0% a cada 2
minutos até a exaustão, para que, dessa maneira, o teste se desenvolva dentro do período de
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
45
tempo de 12 minutos, freqüentemente atingindo-se inclinações superiores a 15%, o que acarreta
grande desconforto. Segundo os autores, esses protocolos são excelentes para a determinação do
consumo máximo de oxigênio (VO2 máx).
A escolha do protocolo deve ser realizada de acordo com a finalidade específica de cada
caso, respeitando as características individuais do atleta e, se possível, o gesto esportivo
(TEBEXRENI, 2001).
3 ASPECTOS METODOLÓGICOS DA INVESTIGAÇÃO
A pesquisa do tipo experimental de campo, a partir de uma abordagem quantitativa em que
analisará somente valores obtidos na coleta, e será iniciada em conformidade com o Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade da Amazônia (UNAMA), e da Superintendência de Pesquisa
(SUPES). A confirmação da participação no estudo será determinada pela assinatura do próprio
avaliado, através de um termo de consentimento elaborado para este fim, o qual esclarece ao
mesmo as peculiaridades da pesquisa. A coleta de dados será realizada na Clínica INTERCOR –
Clínicas Integradas do Coração SA., onde fica localizado o ambiente da pesquisa para coleta de
dados do teste ergoespirométrico de esforço cardiopulmonar.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
46
3.1 Caracterização do Estudo
O Estudo adotado é do tipo experimental de campo, a partir de uma abordagem quantitativa
em que analisará somente valores obtidos na coleta.
3.2 Amostragem
Para este estudo a amostra estimada será de 13 atletas, do sexo masculino, voluntários, com
idades de 20 a 30 anos, que se enquadrem nos critérios de inclusão do estudo, sendo 5 atletas do
sexo masculino, jogadores profissionais de futebol de campo que assumem posição tática de
zagueiro e 8 atletas do sexo masculino, jogadores profissionais de futebol de campo que assumem
posição tática de atacantes, preenchendo desta forma os requisitos para a participação no estudo.
Os atletas admitidos no estudo, se assim o desejarem terão a possibilidade de realizar o teste
ergoespirométrico, cuja finalidade é a verificação do esforço cardiopulmonar, para avaliação do
consumo máximo de oxigênio. Desta forma haverá dois grupos: um grupo composto por atletas
profissionais de futebol de campo do sexo masculino que assumem a função tática de zagueiro e
outro grupo composto por atletas profissionais de futebol de campo do sexo masculino que
assumem a função tática de atacante
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
47
3.2.1 Critérios de Inclusão
Jogadores profissionais de futebol de campo, voluntários, do sexo masculino que possuam
função tática de Zagueiros e Atacantes, que não possuam treinamento tático específico;
Jogadores profissionais de futebol de campo cuja idade encontra-se entre 20 e 30 anos;
Jogadores profissionais de futebol de campo que não tenham realizado atividade física
vigorosa nas 24h que antecedem os experimentos;
Jogadores profissionais de futebol de campo que possuam valores de IMC (segundo a
O.M.S. o índice normal é entre 18.5 e 25) e medidas de altura equivalentes a 1.60 a 1.85m;
Jogadores profissionais de futebol de campo que não tenham utilizado nenhuma substância
estimulante no dia anterior e nem no dia da realização do teste;
Jogadores profissionais de futebol de campo que possuam posicionamento tático específico;
Jogadores profissionais de futebol de campo que realizaram avaliação médica prévia, cujos
resultados descartem qualquer alteração a nível cardiovascular ou outros quaisquer que
impossibilitem ou contra-indiquem a realização do exame.
Jogadores que estejam em temporada pelo seu clube.
3.2.2 Critérios de Exclusão
Todos os jogadores profissionais de futebol de campo que não se enquadrem nos critérios de
inclusão;
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
48
Jogadores profissionais de futebol de campo que sofreram intercorrências, de qualquer
natureza, no período anterior ao teste ou que não tenham ainda se recuperado das mesmas e que
possa vir a alterar significativamente o andamento e posterior resultado do teste;
Jogadores profissionais de futebol de campo que apresentem, durante a anamnese e exame
físico prévios, alterações cardiovasculares, músculo-esqueléticas, respiratórias, metabólicas ou
outras;
Jogadores profissionais de futebol de campo que estejam em jejum (pelo menos uma hora de
pós-prandial).
3.3 Técnicas para Coleta de Dados
Elaborou-se uma ficha de avaliação ergoespirométrica (APÊNDICE I), para analisar os
dados dos valores obtidos no estudo. Para tal procedimento e obtenção dos dados do estudo, será
utilizado uma esteira ergoespirométrica do modelo (Centurion 200) da marca MICROMED®,
uma balança com estadiômetro da marca TOLEDO®, uma maca, um ergoespirômetro do modelo
Metalyzer II, da marca CÓRTEX® (Figura 01), uma máscara de silicone com cabresto, um
oxímetro digital de pulso do modelo OXP – 10, da marca IMAE® , um desfibrilador do modelo
HSO 1, da marca INSTAMED®, uma bala de oxigênio da marca WHIT MED®, um
Esfigmomanômetro Anaeróide (0~300mmHg) da marca Solidor®, um Estetoscópio Rappaport
Premium da marca Glicomed®, um aparelho de refrigeração Splitt, da marca GREE® (Eletronic
Appliances), um programa de computador Windows XP, um monitor de 17” da marca AOC®
(Figura 02), uma impressora modelo Laser Jet 1300, da marca HP®, e uma cadeira ergonômica da
marca Ergoflex®.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
49
Para coleta de dados todos os 13 atletas avaliados receberão as mesmas orientações somente
de um avaliador, onde o outro avaliador analisará apenas a coleta de dados.
Figura 01 – Ergoespirômetro.
Fonte: Clínica Intercor, 2006.
Figura 02 – Monitor com Gráficos Plotados em Tempo Real.
Fonte: Clínica Intercor, 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
50
A ansiedade gerada na expectativa do exame, bem como a utilização da máscara de silicone
e pelo indivíduo antes do início do teste, poderá eventualmente alterar o comportamento das
variáveis ventilatórias. Portanto, é necessário um esclarecimento prévio da prova a ser feita e, em
alguns casos, um treino com o sistema sem preocupação com o registro. Para estar apto a realizar
a prova de esforço cardiopulmonar máximo, o atleta será submetido a uma avaliação cardiológica
prévia, que será realizada por um médico especializado em cardiologia, descartando quaisquer
alterações cardiológicas e/ou fisiopatológicas que venham a interferir que o avaliado realize o
teste.
Para maior segurança do atleta, na INTERCOR – Clínicas Integradas do Coração, local onde
será realizada a prova, haverá uma equipe médica de plantão especializada no momento da prova
de esforço cardiopulmonar máximo, composta por cardiologistas, cirurgiões cardiovasculares e
por uma técnica de enfermagem, assim como todo material necessário para reanimação cardíaca e
entubação orotraqueal, dentro da sala de exame, com um aparelho desfibrilador, um ventilador
mecânico Bird Mark 7, uma bala de oxigênio e uma maca. Todos estes equipamentos montados e
prontos para serem utilizados caso ocorra alguma intercorrência durante a prova. No local de
realização de prova, estarão presentes somente 5 (cinco) pessoas: o avaliado, um fisioterapeuta,
dois avaliadores e mais uma técnica de enfermagem.
Para início do teste, pede-se ao atleta que traje uma roupa adequada para realizar a prova
ergoespirométrica, podendo utilizar um short que lhe seja confortável, par de meias e tênis
apropriados, que não impeçam a realização do teste.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
51
Já trajado adequadamente, o atleta será submetido a um processo de limpeza, realizado por
uma técnica de enfermagem presente no local do exame, iniciando-se primeiramente com a
tricotomia utilizando barbeadores descartáveis nos locais das doze derivações, limpando-as com
álcool isopropílico, já que o mesmo possui um maior desempenho bactericida e proporciona
melhor limpeza no local das derivações; posteriormente remove-se o álcool das derivações com
gaze. Pede-se então ao avaliado que realize um alongamento de membros inferiores, voltado para
posterior de coxa – ísquiotibiais, posterior de perna – tríceps sural e anterior de perna – tibial
anterior, para prevenir possíveis lesões musculares durante o teste, mantendo o bom desempenho
e segurança física do avaliado no momento da prova. Pede-se ao atleta que suba na esteira.
Colocam-se e fixam-se com esparadrapo os eletrodos nas 12 derivações simultâneas. AVL,
AVR, AVF, DI, DII, DIII, V1, V2, V3, V4, V5, V6 (Figuras 03 e 04). Inicia-se a anamnese do
avaliado, sobre antecedentes cardíacos e cardiovasculares, medicamentos utilizados, presença de
diabetes, hipertensão, tabagismo, dislipidemia, obesidade, estresse, antecedentes familiares de
cardiopatia e avaliação nutricional (Apêndice II). Orienta-se o avaliado para como prosseguir
durante a prova, onde o mesmo não poderá falar e não poderá realizar força excessiva de
preensão na mão ao segurar no ergômetro durante o exame. O avaliado indicará o grau de
cansaço através de utilização de jogo de sinais realizados com os dedos, onde “1 dedo” representa
fácil, “2 dedos” começando a sentir cansaço e “3 dedos” chegando a exaustão e o bater com a
palma da mão sobre o painel da esteira, que indica a hora de parar devido extrema exaustão, ou
outro sintoma que lhe impeça de continuar a prova, durante aproximadamente os 10 (dez)
minutos de duração do exame.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
52
Figura 03 – Derivações. Vista Frontal.
Figura 04 – Derivações. Vista Lateral
Fonte: Clínica Intercor, 2006.
Fonte: Clínica Intercor, 2006.
Segundo Battistella et al., (2001), uma quantidade mínima de água deverá ser fornecida ao
examinado antes do esforço a ser realizado, para ser evitada sensação desagradável de
ressecamento com o uso da máscara facial de silicone. Conecta-se o oxímetro digital de pulso ao
dedo do atleta avaliado, para iniciar a coleta de sinais vitais de freqüência cardíaca e saturação
periférica de oxigênio, coloca-se a braçadeira do esfigmomanômetro no braço esquerdo do atleta
avaliado, aferindo-se a pressão arterial do atleta antes do início da prova e a cada 2 (dois) minutos
durante a realização da mesma.
Conecta-se a turbina à máscara e logo após fixa-se a máscara no rosto do avaliado
juntamente com um cabresto (Figuras 05 e 06). Pede-se ao paciente uma inspiração e expiração
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
53
profunda, para verificar se há fuga de ar pela máscara, orientando-o a segurar na braçadeira de
apoio do ergômetro, sem haver a necessidade de força de preensão na mesma, observando o
relaxamento muscular dos ombros e do tórax, evitando a respiração superficial.
Figura 06 – Fixação da Máscara de Silicone,
com Cabresto.Vista Lateral Esquerda.
Fonte: Clínica Intercor, 2006.
Figura 05 – Fixação da Máscara de Silicone,
com Cabresto.
Fonte: Clínica Intercor, 2006.
Inicia-se então o analisador de gases. Aguarda-se, para isto, VE, QR e consumo de oxigênio
(VO2) adequados. A VE de repouso ideal para início do exercício situa-se entre 8 e 15L/min, o
QR entre 0,85 e 0,95 e o VO2 de repouso próximo a 3,5mL/kg/min, correspondente a 1 MET e
VE/VO2 e VE/VCO2 entre 25 e 37mL/Kg/min, e as condições de temperatura ambiente próximo
a 22ºC±2.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
54
A partir deste momento, inicia-se o protocolo de rampa, onde os valores de velocidade e
inclinação são escolhidos de forma inespecífica de acordo com o biotipo de cada atleta testado
durante a prova. Sendo então esclarecido para o atleta que o mesmo deverá iniciar o teste
caminhando e assim que sentir necessidade deverá correr. Inicia-se então o exame (Figura 07).
Figura 07 – Início do Exame Ergoespirométrico.
Fonte: Clínica Intercor, 2006.
Os protocolos de esforço preconizados devem, como sempre, ser individualizados,
independente do ergômetro utilizado. Tem sido recomendado, pela melhor identificação do limiar
anaeróbio e por permitir maiores níveis de VO2 máximo, os denominados protocolos de rampa
(SERRA, 1997).
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
55
Segundo Yazbek (1998), ao término da prova, quando o avaliado chega a “exaustão”, iniciase a fase de recuperação, com duração de 4 (quatro) minutos. Quando o teste transcorre sem
intercorrências pressóricas, eletrocardiográficas, ou sintomatológicas, dos 4 minutos destinados a
recuperação, 2 minutos são percorridos em caminhada com velocidade de recuperação, e os
outros 2 minutos são destinados a posição sentada do atleta, onde a partir do terceiro minuto,
desconecta-se a máscara e consequentemente os registros ventilatórios (Figura 08).
Figura 08 – Fase de Recuperação em sedestação após terceiro minuto.
Fonte: Clínica Intercor, 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
56
3.4 Análise e Interpretação dos Resultados
Os dados obtidos foram organizados em forma de gráficos e tabelas no programa Microsoft
Excel, com posterior análise estatística no Pacote Estatístico BioEstat 4.0 de (AYRES, 2006),
utilizando a Análise Descritiva para caracterização da amostra, tendo como referência o Teste
“T” de Student para comparação entre as diferentes posições táticas e os diferentes momentos,
adotado um nível de significância p
0,05, ou 5%, além do registro fotográfico dos atletas
submetidos ao teste ergoespirométrico nos dias de análises.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
57
4 RESULTADOS
TABELA 01 – Consumo Máximo de Oxigênio entre Atacantes e Zagueiros.
Atacantes
Tamanho da amostra
Mínimo
Máximo
Amplitude Total
Mediana
Média Aritmética
Variância
Desvio Padrão
Coeficiente de Variação
8
50.2
66.0
15.9
58.8
58.4
33.6
5.8
9.92%
Zagueiros
5
50.1
57.0
6.9
55.4
54.7
7.2
2.7
4.91%
p-valor = 0.2148
Fonte: Dados do autor, 2006.
GRÁFICO 01 – Consumo Máximo de Oxigênio entre Atacantes e Zagueiros.
60
58
56
54
52
Atacantes
Zagueiros
Fonte: Dados do autor, 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
58
TABELA 02 – Relação de Idade (anos) entre Atacantes e Zagueiros.
Atacantes
Tamanho da amostra
Mínimo
Máximo
Amplitude Total
Mediana
Média Aritmética
Variância
Desvio Padrão
Coeficiente de Variação
Zagueiros
8
20.0
27.0
7.0
23.0
22.5
6.0
2.4
10.89%
5
20.0
28.0
8.0
21.0
22.6
11.8
3.4
15.20%
p-valor = 0.9521
Fonte: Dados do autor, 2006.
GRÁFICO 02 – Relação de Idade (anos) entre Atacantes e Zagueiros.
22.6
22.6
22.5
22.5
Atacantes
Zagueiros
Fonte: Dados do autor, 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
59
TABELA 03 – Relação de Peso (Kg) entre Atacantes e Zagueiros.
Atacantes
Tamanho da amostra
Mínimo
Máximo
Amplitude Total
Mediana
Média Aritmética
Variância
Desvio Padrão
Coeficiente de Variação
8
60.0
79.0
19.0
69.0
68.8
41.9
6.5
9.42%
Zagueiros
5
68.0
80.0
12.0
76.0
75.0
20.0
4.5
5.96%
p-valor = 0.0865
Fonte: Dados do autor, 2006.
GRÁFICO 03 – Relação de Peso (Kg) entre Atacantes e Zagueiros.
75
70
65
Atacantes
Zagueiros
Fonte: Dados do autor, 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
60
TABELA 04 – Relação da Freqüência Cardíaca de Pico entre Atacantes e Zagueiros.
Atacantes
Tamanho da amostra
Mínimo
Máximo
Amplitude Total
Mediana
Média Aritmética
Variância
Desvio Padrão
Coeficiente de Variação
8
181.0
202.0
21.0
188.0
188.4
41.4
6.4
3.42%
Zagueiros
5
176.0
202.0
26.0
185.0
188.8
134.7
11.6
6.15%
p-valor = 0.9931.
Fonte: Dados do autor, 2006.
GRÁFICO 04 – Relação da Freqüência Cardíaca de Pico entre Atacantes e Zagueiros.
188.8
188.6
188.4
188.2
188.0
Atacantes
Zagueiros
Fonte: Dados do autor, 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
61
TABELA 05 – Relação da Estatura (m) entre Atacantes e Zagueiros.
Atacantes
Tamanho da amostra
Mínimo
Máximo
Amplitude Total
Mediana
Média Aritmética
Variância
Desvio Padrão
Coeficiente de Variação
Zagueiros
8
161.0
178.0
17.0
173.0
171.4
44.8
6.7
3.91%
5
175.0
183.0
8.0
180.0
179.2
12.7
3.6
1.99%
p-valor = 0.0362
Fonte: Dados do autor, 2006.
GRÁFICO 05 – Relação da Estatura (m) entre Atacantes e Zagueiros.
180
175
170
165
Atacantes
Zagueiros
Fonte: Dados do autor, 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
62
5 DISCUSSÃO
A tabela e gráfico 01, demonstram o resultado da análise do VO2 máx entre as duas posições
táticas, obtendo resposta não significativa, sem diferença real entre as duas categorias no quesito
VO2 máx, concordando com Balikian et al., (2002), quando afirma a existência de diferença de
VO2 máx apenas nas posições táticas de laterais e meio-campistas, podendo ser parcialmente
explicado com base nos dados de estudos que, comparando o deslocamento de jogadores em
partidas, verificaram que meio-campistas e laterais percorriam distâncias cerca de 5% maiores
que atacantes e zagueiros. Dessa forma, inferimos que, o maior volume de corrida em jogos
oficiais e coletivos pode resultar em adaptações funcionais que se expressam em valores
diferenciados de limiar anaeróbio.
Por outro lado, os valores menores de VO2 máx para os grupos de zagueiros e atacantes
podem ser explicados por ambas as posições terem funções táticas relacionadas a um setor
restrito do campo, o setor defensivo para os zagueiros que desempenham marcação e/ou
cobertura dos laterais e meio-campistas, e o setor ofensivo para os atacantes, cujas obrigações
incluem armação, finalização e marcação da saída de bola próximo à meta adversária
(BALIKIAN et al., 2002).
Para Campeiz (2001) a dinâmica mais participativa dos atletas durante as partidas exige um
valor mínimo de 60 ml/kg/min. O mesmo autor compara o desempenho de futebolistas brasileiros
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
63
com os dados existentes na literatura especializada sobre futebol, demonstrando que os índices de
limiar anaeróbio e VO2 máximo foram semelhantes e até mesmo superior a vários resultados de
estudos publicados; por outro lado, ao se considerar as posições dos jogadores, afirma que não há
um consenso definido sobre os níveis mais adequados de VO2 máx para os futebolistas.
Ainda de acordo com o mesmo autor, vários pesquisadores demonstram que o VO2 máximo
é importante para a prática do futebol devido principalmente à longa duração do jogo. Portanto a
produção de energia proveniente do sistema aeróbio parece suprir 80 a 90% da demanda
energética durante uma partida de futebol, sendo recomendado aperfeiçoar e melhorar a
eficiência do sistema oxidativo-aeróbio através do treinamento.
De acordo com Reilly, Bangsbo e Frank (2000) as demandas fisiológicas do futebol variam
com a taxa de trabalho em diferentes posições.
Existem características fisiológicas específicas para essa modalidade esportiva. As posições
específicas também apresentam características fisiológicas diferenciadas (BARBANTI, 1996). É
evidente que as demandas fisiológicas do futebol variam com a taxa de trabalho em diferentes
posições, assim como existem variações no VO2 máx. em relação às diferentes posições.
(REILLY; BANGSBO; FRANKS, 2000).
De acordo com Helgerud et al., (2001) atletas com maiores índices de VO2 máx. tendem a
participar mais das partidas, apresentando um menor índice de fadiga.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
64
Tendo isto em vista, jogadores que apresentam maior índice de VO2 máx, apresentam uma
dinâmica mais participativa durante os jogos, apresentando maior volume de jogo, através de seu
desempenho, contribuindo para que o seu time obtenha melhores resultados durante as partidas,
através da sua melhor performance.
Considerando que o treinamento dos atletas analisados neste estudo não era específico por
posição, Pereira (2004) sugere que as diferenças observadas de VO2 máx se devem a adaptações
impostas pelas tarefas específicas de cada função.
No gráfico e tabela 02 referentes estatisticamente a Idade entre as posições táticas de
atacantes e zagueiros, apresentam resultados estatísticos não significativos, pois neste critério, os
grupos apresentam praticamente valores idênticos, comprovado pela literatura de Verderi (2000),
que cita que o VO2 máx diminui aproximadamente 5 a 15% por década iniciando a partir de 2530 anos de idade. Este declínio de VO2 máx pode ser atribuído ao processo de envelhecimento na
redução da capacidade cardíaca e na diferença da oxigenação arteriovenosa. Apoiando-se neste
dado de Verderi (2000), podemos afirmar a não significância da variável em questão, pelo fator
dos atletas apresentarem equivalentes faixas etárias.
A tabela e gráfico 03 que analisam o peso entre Atacantes e Zagueiros, não apresentam um
bom marcador de separação entre essas duas posições táticas. Já que, apresentam média
aritmética de peso para Atacantes igual a 68.8Kg, com Desvio Padrão (DP = ± 6.5) e para
Zagueiros equivalente a 75Kg, com (DP = ± 4.5), comparado com a literatura de Guerra et al.,
(2001) onde descreve que um futebolista de 75kg gasta, durante o treinamento, 1.360kcal e tem
consumo máximo de oxigênio de 60 a 67ml/kg de peso/min. Tornando, desta forma, impossível
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
65
se obter diferenças significativas entre as duas posições táticas analisadas em questão, já que
ambas possuem aproximadamente o mesmo peso em Kg, possuindo desta forma, segundo
literatura pesquisada o mesmo patamar da variável de VO2 máx.
A tabela e gráfico 04, mostram a análise estatística da Freqüência Cardíaca de Pico entre as
duas posições táticas, não obtendo resultado estatístico significativo para a amostra. Isso se deve
ao fato de atacantes e zagueiros executarem a maior parte de suas corridas com “sprint” e
corridas aceleradas, diferentemente de outras posições táticas, concordando assim com a
literatura de (PERGHER, 2005).
A tabela e gráfico 05, referentes a altura dos atletas em questão, é significante, indicando que
os zagueiros são em média 7,8cm mais altos que os atacantes. Segundo Reilly, Bangsbo e Frank
(2000) as características antropométricas apresentam uma certa heterogeneidade entre cada
posição desta prática esportiva. Os goleiros e os zagueiros são mais altos que os jogadores de
outras posições, por exemplo.
Tendo em vista que os sagüeiros analisados, apresentaram resultados significativos no que
diz respeito a estatura, quando comparados aos atacantes, contradizendo a análise do VO2 máx,
quando os atacantes atingiram níveis superiores de consumo máximo de oxigênio durante o
exame, tornando assim, a análise de que zagueiros apresentam estatura maior que atacantes, e
atacantes atingiram no momento o exame ergoespirométrico valores superiores aos dos
zagueiros.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
66
6 CONCLUSÃO
O Consumo Máximo de Oxigênio não apresentou diferença real quando comparado entre os
atletas jogadores de futebol de campo, que assumem posição tática de atacantes e zagueiros. Não
havendo comprovação positiva para treinamento específico para este dado analisado entre as duas
posições táticas em questão. Diante disso, faz-se necessário a continuidade deste estudo, levandose em consideração uma maior amostra e maiores pesquisas em relação a estatura heterogênea
apresentada entre jogadores de diferentes posições relacionadas ao seu VO2 máximo.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
67
BIBLIOGRAFIA
BALIKIAN, P. et al., Consumo Máximo de Oxigênio e Limiar Anaeróbio de Jogadores de
Futebol: Comparação Entre as Diferentes Posições. Revista Brasileira de Medicina do
Esporte. Ribeirão
Preto –
SP. Volume: 08. número: 02. 2002.
Disponível
em:
http://www.scielo.br Acesso em: 06 set. 2006.
BATTISTELLA, L. R. et al., Ergoespirometria: Tipos de Equipamentos, Aspectos
Metodológicos e Variáveis Úteis. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
São Paulo: número 03. páginas 682- 694. 2001. Disponível em: http://www.scielo.br Acesso em:
02 ago. 2006.
BARBANTI, V. J. Treinamento Físico: Bases Científicas. 3ª. Edição. São Paulo: CLR Balieiro.
Página 116. 1996.
CAMPEIZ, J. M. et al., Análise de Variáveis Aeróbias e Antropométricas de Futebolistas
Profissionais: Juniores e Juvenis. Faculdade de Educação Física/UNICAMP Vol 2. N 01. 2001
Disponível
em:
http://www.unicamp.br/fef/publicacoes/conexoes/v2n1/ArtigoCampeiz.pdf
Acesso em: 05 set. 2006.
COHEN, M. e ABDALLA, R. J. Lesões nos Esportes – Diagnóstico. Prevenção. Tratamento.
Rio de Janeiro: Editora Revinter, 2005.
CUNHA, S. A. et al., Análise da Variabilidade na Medição de Posicionamento Tático no
Futebol. Revista Paulista Educação Física, São Paulo, 15(2): 111-16, jul./dez. 2001. Disponível
em: http://www.unicamp.br/fef/Laboratorios/Lib/download/XICBBPombo.pdf Acesso em: 02
ago. 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
68
DANGELO, J. G. e FATTINI, C. A. Anatomia Básica dos Sistemas Orgânicos. São Paulo:
Editora Atheneu, 1998.
DENADAI, B. S. Determinação do limiar anaeróbio em jogadores de futebol com paralisia
cerebral e nadadores participantes da Paraolimpíada de Sidney 2000. Revista Brasileira de
Medicina do esporte. Rio de Janeiro: vol. 08, número 03. 2002. Disponível em:
http://www.scielo.br Acessado em: 20 de nov. 2006.
DIRCEU, C. Fisioterapia Respiratória Básica. São Paulo: Editora Atheneu, 1999.
DOUGLAS, C. R. Tratado de Fisiologia. 4ª edição. São Paulo: Editora Robe, 2000.
FOSS, M. L. e KETEYAN, S. J. Fox – Bases Fisiológicas do Exercício e do Esporte. Rio de
Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000.
FRISSELLI, A. e MANTOVANI, M. Futebol: Teoria e Prática. São Paulo: Editora Phorte,
1999.
GUERRA, I. et al., Aspectos Nutricionais do Futebol de Competição. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte. Rio de Janeiro: vol. 07, número 06. 2001. Disponível em:
http://www.scielo.br Acessado em: 10 nov. 2006.
GUYTON, A. e HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 9ª. Edição. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara Koogan. 1997.
HELGERUD, J. et al., Aerobic endurance training improves soccer performance. Medicine
& Science in Sports & Exercise. Volume 33, número 11, páginas 1925-1931. 2001.
MCARDLE, W.D. et al., Fisiologia do Exercício. 4ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan, 1998.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
69
MOORE, K. L. e DALLEY, A. F. Anatomia Orientada para Clinica. 4 ª Edição. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Koogan, 2001.
PEREIRA, J. L. Correlação entre desempenho técnico e variáveis fisiológicas em atletas de
futebol. Dissertação de Mestrado defendida como pré-requisito para a obtenção do título de
Mestre em Educação Física. Departamento de Educação Física. Universidade Federal do Paraná.
Disponível
em:
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/4735/1/Disserta%3F%3Fo-
CD.pdf Acessado em: 14 out. 2006.
PERGHER, R. L. Estudo da Capacidade Cardiorrespiratória de Jogadores de Futebol de
Campo Entre Meio-Campistas e Atacantes. Porto Alegre. 2005. Disponível em:
http://ww.ipct.pucrs.br/microg/nuba/tccs2005_nuba.htm Acesso em: 20 ago. 2006.
REILLY, T.; BANGSBO, J.; FRANKS, A. Anthropometric and physiological predispositions
for elite soccer. Journal of Sports Sciences. Vol. 18, páginas: 669 – 683, 2000.
RONDON, M. U. P. B. et al., Comparação entre a Prescrição de Intensidade de Treinamento
Físico Baseada na Avaliação Ergométrica Convencional e na Ergoespirométrica. Arquivo
Brasileiro de Cardiologia. São Paulo: volume 70. número 03. páginas: 159 – 166. 1998.
Disponível em: http://www.scielo.br Acesso em: 06 set. 2006.
SERRA, S. Considerações Sobre Ergoespirometria. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. Rio de
Janeiro: volume 68. número 04. 1997. Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br Acesso em:
05 set. 2006.
SILVA, A. A. et al., Fisioterapia Esportiva: Prevenção e Reabilitação de Lesões Esportivas
em Atletas do América Futebol Clube. Anais do 8º Encontro de Extensão da UFMG. Belo
Horizonte
–
03
a
08
de
outubro
de
2005.
Disponível
http://www.ufmg.br/proex/arquivos/8Encontro/Saude_26.pdf Acesso em: 05 set. 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
em:
70
SILVA, A. C. e TORRES, F. C. Ergoespirometria em Atletas Paraolímpicos Brasileiros.
Revista Brasileira de Medicina do Esporte. São Paulo: volume 08. número 03. 2002. Disponível
em: http://www.scielo.br Acesso em: 02 ago. 2006.
STEIN, R. e FÁBIO VILAS-BOAS. Normatização de Técnicas e Equipamentos para
Realização de Exames em Ergometria e Ergoespirometria. Arquivo Brasileiro de Cardiologia.
São Paulo. Volume: 80, páginas: 458-464. 2003. Disponível em: http://www.scielo.br Acesso
em: 02 ago. 2006.
TEBEXRENI, A. S. Protocolos Tradicionais em Ergometria, suas Aplicações Práticas
“Versus” Protocolo de Rampa. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
São Paulo: número 03. páginas: 519 – 528. 2001. Disponível em: http://www.bireme.br Acesso
em: 05 ago. 2006.
TORTORA, G. J. e GRABOWSKI, S.R. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Rio de Janeiro:
Editora Guanabara Koogan, 2002.
TURÍBIO NETO, L. B., TEBEXRENE, A. S., TAMBEIRO, V. L. Aplicações Práticas da
Ergoespirometria no Atleta. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. São
Paulo: número 03. páginas: 695 – 705. 2001. Disponível em: http://www.revistasocesp.com.br
Acesso em: 05 set. 2006.
VENDITE, L. L. et al., Scout No Futebol: Uma Análise Estatística. Instituto de Matemática e
Estatística/UNICAMP, Faculdade de Educação Física/UNICAMP. Vol 1. N 02. 2005. Disponível
em: http://www.unicamp.br/fef/publicacoes/conexoes/v1n2/5_scoutnofutebol.pdf Acesso em: 05
set. 2006.
VERDERI, E. Exercise and Aging. American College of Sports Medicine. 2002. Disponível em:
http://www.acsm.org Acessado em: 20 nov. 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
71
WASSERMAN, K. et al., Prova de Esforço – Princípios e Interpretação. 3ª Edição. Rio de
Janeiro: Editora Revinter, 2005.
WEST, O. B. Fisiologia Respiratória Moderna. 6ª edição. São Paulo: Editora Manole, 2002.
YAZBEK JR., P. et al., Ergoespirometria. Teste de Esforço Cardiopulmonar, Metodologia e
Interpretação. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. São Paulo: volume 71. número 05. 1998.
Disponível em: http://www.scielo.br Acesso: 20 ago. 2006.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
72
APÊNDICES
Apêndice I – Ficha de Avaliação Ergoespirométrica
NOME:____________________________________________________SEXO:_________
IDADE:______ALTURA:________IMC:_________PROFISSÃO:___________________
POSIÇÃO TÁTICA:____________________________________________________
DATA: ____/____/____
SINAIS VITAIS
FC REPOUSO: _____BPM
FCmáx. AO ESFORÇO: ______BPM
PAS PRÉ-ESF.: ______mmHg
PAS MÁX.:______mmHg
PAD PRÉ-ESF.: ______mmHg
PAD MÁX.: ______mmHg
SpO2 INICIAL:_____%
SpO2 FINAL:_____%
PARÂMETROS
VO2MÁX.:_____ML/KG/MIN
VCO2: _______L/MIN
PULSO DE O2:______
VEO2:_______ L/MIN
VE:_____BTPS L/MIN
VECO2:______ L/MIN
VO2 PICO:_____ML/KG/MIN
DURAÇÃO DA PROVA:___________(HH:MM:SS)
DISTÂNCIA PERCORRIDA: ________ KM
POT MÁX.: _______ W
__________________________________________________
AVALIADOR
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
73
Apêndice II – Anamnese Antecedente ao Exame Ergoespirométrico
Nome: ____________________________________________________
Idade: _______
Peso: ______
Altura: _______
Teste Ergoespirométrico: 1ª vez? SIM ( ) NÃO ( )
Antecedentes Pessoais Cardíacos e Cardiovasculares
Assintomático: SIM ( ) NÃO ( )
Revasc. Miocárdio: SIM ( ) NÃO ( )
Valvopatias: SIM ( ) NÃO ( )
Infarto do Miocárdio: SIM ( ) NÃO ( )
Estresse: SIM ( ) NÃO ( )
Angina Pectoris: SIM ( ) NÃO ( )
Diabetes: SIM ( ) NÃO ( )
Hipertensão Arterial Sistêmica: SIM ( ) NÃO ( )
Dislipidemia: SIM ( ) NÃO ( )
Obesidade: SIM ( ) NÃO ( )
Ausência de antecedentes familiares de cardiopatia: SIM ( ) NÃO ( )
Grau de Parentesco: ________________
Hábitos Pessoais
Etilismo: SIM ( ) NÃO ( )
Tabagismo: SIM ( ) NÃO ( )
História atual
Queixas: SIM ( ) NÃO ( ) Qual? ________________
Patologias: SIM ( ) NÃO ( ) Qual? ________________
Medicamentos: SIM ( ) NÃO ( ) Qual?________________
Tratamentos e etc. SIM ( ) NÃO ( ) Qual?________________
Tratamento Odontológico: SIM ( ) NÃO ( )
Apresenta Déficits
Cardiocirculatório: SIM ( ) NÃO ( ) Qual? ________________
Locomotor: Presença de lesões recentes ou crônicas. SIM ( ) NÃO ( )
Qual? ________________
Neurológico: Acidente Vascular Encefálico: SIM ( ) NÃO ( )
Neuropatias: SIM ( ) NÃO ( )
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
74
Antes de Realizar o Teste Ergoespirométrico
Sente Dor no Peito? SIM ( ) NÃO ( )
Sente-se Confortável para Realizar o Exame? SIM ( ) NÃO ( )
Hábitos Alimentares em Temporada
Ingestão de Carboidratos? SIM ( ) NÃO ( )
Ingestão de Glicose? SIM ( ) NÃO ( )
Reposição Hídrica? SIM ( ) NÃO ( )
Hábitos Alimentares Antes das Partidas de Futebol
Ingestão de Carboidratos? SIM ( ) NÃO ( )
Ingestão de Glicose? SIM ( ) NÃO ( )
Monitorização Hídrica? SIM ( ) NÃO ( )
Hábitos Alimentares Durante as partidas
Ingestão de Carboidratos? SIM ( ) NÃO ( )
Ingestão de Glicose? SIM ( ) NÃO ( )
Monitorização Hídrica? SIM ( ) NÃO ( )
Hábitos Alimentares Após as Partidas de Futebol
Ingestão de Carboidratos? SIM ( ) NÃO ( )
Ingestão de Glicose? SIM ( ) NÃO ( )
Reposição Hídrica? SIM ( ) NÃO ( )
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
75
Apêndice III – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
ESTUDO COMPARATIVO DO VO2 MÁXIMO EM ATLETAS PROFISSIONAIS JOGADORES DE FUTEBOL
DE CAMPO SUBMETIDOS AO TESTE ERGOESPIROMÉTRICO.
Você está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa acima citado. O documento abaixo
contém todas as informações necessárias sobre a pesquisa que estamos fazendo. Sua colaboração
neste estudo será de muita importância para nós, mas se desistir a qualquer momento, isso não
causará nenhum prejuízo a você.
Eu, ....................................................................................................................., portador da Cédula
de identidade, RG ............................. , e inscrito no CPF/MF....................................... nascido em
_____ / _____ /_______, abaixo assinado, concordo de livre e espontânea vontade em participar
como voluntário(a) do estudo: “ESTUDO
PROFISSIONAIS
JOGADORES
ERGOESPIROMÉTRICO”.
DE
COMPARATIVO DO
FUTEBOL
DE
CAMPO
VO2
MÁXIMO EM ATLETAS
SUBMETIDOS
AO
TESTE
Declaro que obtive todas as informações necessárias, bem como todos
os eventuais esclarecimentos quanto às dúvidas por mim apresentadas.
Estou ciente que:
I) O estudo se faz necessário para que se possam descobrir as possíveis alterações apresentadas
em relação às posições táticas do futebol de campo, através do teste ergoespirométrico (teste
que mede a quantidade de consumo máximo de oxigênio), entre zagueiros e atacantes através
da indicação de avaliação cardiorrespiratória;
II) Serão feitos testes ergoespirométricos em atletas do sexo masculino que possuem funções
táticas de zagueiros e atacantes no futebol de campo;
III) As coletas serão feitas apenas para este estudo e em nada influenciarão no meu tratamento;
não vai me curar e não irá me causar nenhum problema, exceto um pequeno cansaço no
momento da corrida;
IV) A participação neste estudo não tem objetivo de me submeter a um tratamento, bem como
não me acarretará qualquer ônus pecuniário com relação aos procedimentos médico-clínicoterapêuticos efetuados com o estudo;
V) Tenho a liberdade de desistir ou de interromper a colaboração neste estudo no momento em
que desejar, sem necessidade de qualquer explicação;
VI) A desistência não causará nenhum prejuízo à minha saúde ou bem estar físico;
VII) Os resultados obtidos durante este ensaio serão mantidos em sigilo, mas concordo que
sejam divulgados em publicações científicas, desde que meus dados pessoais não sejam
mencionados;
VIII) Caso eu desejar, poderei pessoalmente tomar conhecimento dos resultados, ao final deste
estudo.
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
76
( ) Desejo conhecer os resultados deste estudo.
( ) Não desejo conhecer os resultados deste estudo.
Belém, _____ de ______________ de 2006.
( ) Atleta / ( ) responsável..................................................................................................
PROFA.CARLA CRISTINA ÁLVAREZ SERRÃO E MARCELO MARTINS MANESCHY
Responsáveis pelo Projeto
Responsável pelo projeto: PROFA.CARLA CRISTINA ÁLVAREZ SERRÃO. Telefone para contato:
(91) 3229-3595 / 99419463.
Avaliadores: Allen Washington Duarte Magalhães. Telefones para contato: (091) 81265669 /
99623969.
Testemunha 1: ____________________________________________________________
NOME/ RG/ TELEFONE
Testemunha 2: ____________________________________________________________
NOME/ RG/ TELEFONE
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
77
Apêndice IV – Carta de Pedido
Belém, 28 de outubro de 2006.
Ilmo Sr. Marcelo Martins Maneschy
Senhor Diretor
No intuito de realizarmos a pesquisa “ESTUDO COMPARATIVO DO VO2 MÁXIMO EM ATLETAS
PROFISSIONAIS JOGADORES DE FUTEBOL DE CAMPO SUBMETIDOS AO TESTE ERGOESPIROMÉTRICO”,
para Trabalho de Conclusão de Curso em Fisioterapia, solicitamos os bons ofícios de V. Sa. No
sentido de autorizar a execução da mesma na Clínica INTERCOR – Clínicas Integradas do
Coração, por vós dirigido.
Informamos que essa pesquisa será orientada pela fisioterapeuta Carla Cristina Álvarez
Serrão e co-orientada pelo fisioterapeuta Marcelo Martins Maneschy, no período de setembro a
outubro de 2006.
Esperando atendimento, agradecemos antecipadamente.
Cordialmente,
Allen Washington Duarte Magalhães
Acadêmico do 4º ano do curso de Fisioterapia da UNAMA.
Luana Fernandes de Aguiar Estumano
Acadêmica do 4º ano do curso de Fisioterapia da UNAMA.
_______________________________
Carla Cristina Alvarez Serrão
Fisioterapeuta – CREFITO: 229993
_______________________________
Marcelo Martins Maneschy
Fisioterapeuta – CREFITO: 60997 – F
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
78
Apêndice V – Aceite do Orientador
UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA - UNAMA
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
CURSO DE FISIOTERAPIA
Eu, Carla Cristina Alvarez Serrão, aceito orientar o trabalho dos alunos Allen
Washington Duarte Magalhães e Luana Fernandes de Aguiar Estumano, intitulado de
“ESTUDO COMPARATIVO DO VO2 MÁXIMO EM ATLETAS PROFISSIONAIS JOGADORES DE
FUTEBOL DE CAMPO SUBMETIDOS AO TESTE ERGOESPIROMÉTRICO”,
declarando ter total
conhecimento das normas de realização de trabalhos científicos do curso de fisioterapia da
UNAMA para 2006, estando ciente da necessidade de minha participação como membro
componente da banca examinadora por ocasião da defesa do trabalho. Declaro ter
consciência do conteúdo temático do anteprojeto entregue, para o qual dou meu aceite
pela assinatura deste documento.
_______________________________________________
Carla Cristina Alvarez Serrão
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
79
Apêndice VI – Carta de Autorização da Clínica Intercor SA.
A INTERCOR – Clínicas Integradas do Coração autoriza os alunos Allen Washington Duarte
Magalhães e Luana Fernandes de Aguiar Estumano do Curso de Fisioterapia da Universidade da
Amazônia - UNAMA a realizarem dentro de suas dependências a pesquisa de campo com o
seguinte tema “ESTUDO
COMPARATIVO DO
VO2
MÁXIMO EM ATLETAS PROFISSIONAIS
JOGADORES DE FUTEBOL DE CAMPO SUBMETIDOS AO TESTE ERGOESPIROMÉTRICO”,
sob
orientação da Dra. Carla Cristina Alvarez Serrão, nos períodos de Setembro/2006 à
Outubro/2006.
___________________________
Maurício Martins Maneschy
Diretor Administrativo
PDF Creator - PDF4Free v2.0
___________________________
Marcelo Martins Maneschy
Co-orientador
http://www.pdf4free.com
80
Apêndice VII – Carta de Autorização do Clube Tuna Luso Brasileira.
No intuito de realizarmos a pesquisa “ESTUDO COMPARATIVO DO VO2 MÁXIMO EM ATLETAS
PROFISSIONAIS JOGADORES DE FUTEBOL DE CAMPO SUBMETIDOS AO TESTE ERGOESPIROMÉTRICO”,
para Trabalho de Conclusão de Curso em Fisioterapia, comunicamos ao departamento médico do
Clube Tuna Luso Brasileira, que a Clínica INTERCOR – Clínicas integradas do Coração,
disponibiliza a realização do exame ergoespirométrico aos jogadores de futebol de campo do
clube.
Informamos que esta pesquisa será realizada pelo fisioterapeuta Dr. Marcelo Martins
Maneschy responsável pelo resultado do exame ergoespirométrico.
Esperando atendimento, agradecemos antecipadamente.
Cordialmente,
___________________________
____________________________
Dr. Marcelo Martins Maneschy
Responsável do Departamento Médico
Fisioterapeuta – CREFITO: 60997 – F
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
81
Apêndice VIII – Termo de Consentimento para Uso de Imagem para Trabalho de Pesquisa de
Conclusão de Curso de Fisioterapia da Universidade da Amazônia – UNAMA.
Eu,___________________________________________________________________________,
RG_____________________________, CPF________________________________, residente e
domiciliado em________________________________________________________________,
bairro____________________
na
cidade
de_________________,
estado_____________,
autorizo Allen Washington Duarte Magalhães e Luana Fernandes de Aguiar Estumano, alunos do
4º ano de fisioterapia da UNAMA, a usar minha imagem na impressão do trabalho de pesquisa
intitulado “Estudo Comparativo do VO2 Máximo em Atletas Profissionais Jogadores de
Futebol de Campo Submetidos ao Teste Ergoespirométrico”. Sem fins lucrativos.
Belém,_____de___________de 2006
________________________________________________
Assinatura
Testemunhas:
____________________________________________
Nome/RG/CPF
____________________________________________
Nome/RG/CPF
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
82
ANEXOS
ANEXO A – Carta de Aprovação do Comitê de Ética da Universidade da Amazônia
– UNAMA
PDF Creator - PDF4Free v2.0
http://www.pdf4free.com
Download

estudo comparativo do vo2 máximo ematletas profissionais