Universidade do Vale do Paraíba- UNIVAP Faculdade de Educação e Artes-FEA Mirela Santos Aguiar PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO DE APOIO AO PROFESSOR DE BIOLOGIA SOBRE O TEMA SEXUALIDADE. São José dos Campos – SP 2014. MIRELA SANTOS AGUIAR PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO DE APOIO AO PROFESSOR DE BIOLOGIA SOBRE O TEMA SEXUALIDADE. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á comissão de Graduação do Curso de Ciências Biológicas – Licenciatura Plena, da Universidade do Vale do Paraíba como requisito para obtenção do titulo de Licenciatura em Ciências Biológicas. Orientador: Prof. MSc. Guimarães Prianti Junior São José dos Campos -SP, 2014 Antonio Carlos MIRELA SANTOS AGUIAR PRODUÇÃO DE MATERIAL DE APOIO AO PROFESSSOR DE BIOLOGIA, SOBRE O TEMA SEXUALIDADE. Banca Examinadora: _______________________________________________ Profº. Me. Antônio Carlos Guimarães Prianti Júnior _______________________________________________ Profª. Me. Celenrose Costa Zaroni _______________________________________________ Profª. Me. Maria Amélia da Silva A. de Almeida _______________________________________________ Profª. Me. Karla Andressa Ruiz Lopes São José dos Campos,____ de __________________2014. Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus por ter me guiado nessa caminhada, seguindo sempre o caminho da honestidade e perseverança, aos meus familiares que da maneira deles, ajudaram como puderam. A minha querida Marilene de Brito R Grassi Lima, secretária da FEA, que de inúmeras maneiras sempre esteve disposta a ajudar, orientar, escutar, se tornando aquela luz quando mais precisava. Ao meu grande amado e amigo, Carlos Henrique Rodrigues, que me compreendeu nos momentos difíceis, foi feliz junto comigo e me ajudou, muitas vezes apenas por estar ao meu lado, minha eterna gratificação. Meus queridos amigos que sempre estiveram por perto de alguma maneira, me incentivando para continuar, e nunca desistir, e em especial um grande amigo Eduardo Flausino de Souza, que em infinitas vezes me ajudou, e esteve ao meu lado nessa jornada da Graduação. A todos os professores da UNIVAP, os que antecederam fazer minha graduação possível, e em especial ao meu querido orientador Antônio Carlos Guimaraes Prianti Junior, que aceitou me guiar nesse projeto, meus sinceros agradecimentos. Obrigada a todos que participaram dessa etapa da minha vida de alguma maneira, motoristas, faxineiros, porteiros, secretários, bibliotecários, a todos os profissionais que me ajudaram a realizar esse sonho tão sonhado, obrigada. Resumo A falta de recursos para apresentação de conteúdos de maneira dinâmica, ainda é um grande problema nas escolas, assim metodologias lúdicas e alternativas vêm tornando-se uma ferramenta crucial no processo de ensino aprendizagem do educando. Desse modo o presente trabalho tem como objetivo produzir um material didático, destinado ao professor de biologia nas séries do Ensino Médio, enfatizando o tema sexualidade. Elaborando modelos anatômicos, de maneira explicativa, do sistema reprodutor masculino e feminino, e a confecção de folders explicativos sobre tema: Doenças Sexualmente Transmissíveis, Métodos Contraceptivos, Higiene Íntima, junto a pesquisas e estudos atualizados sob os temas, e um manual de confecção dos modelos, para que o educador possa reproduzir o material. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica em livros didáticos para observar a abordagem do tema. A partir do material produzido o professor pode conduzir a aula de maneira diferenciada, e fazendo com que os alunos construam o conhecimento, diante as observações e questões levantadas bem como ainda estimular o espírito critico, podendo aproximar a teoria da prática, disseminando conhecimento com os folders explicativos. Palavras-chave: Modelos Anatômicos, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Métodos contraceptivos e Higiene Íntima. Abstract The lack of resources for presentation of contents so dynamic, it is still a big problem in schools, recreational and methodological alternatives are becoming a crucial tool in the teaching learning process polite. Thus the present study aims to produce teaching materials for the biology teacher at the school average grades, emphasizing the theme of sexuality. Elaborating anatomical models, explanatory way, male and female reproductive system, and the preparation of explanatory brochures on topic: sexually transmitted diseases, contraception, intimate hygiene, along with updated research and studies under the themes, and manual production of models so that the educator can reproduce the material. A literature search was conducted to look at textbooks approach the subject. The material produced from the teacher can lead the class in a different way, and causing students to construct knowledge, and observations on the issues raised and further stimulate critical spirit and can bring the theory of practice, disseminating knowledge with explanatory brochure. Keywords: anatomical models, sexually transmitted diseases, contraceptive methods and personal hygiene. LISTA DE FIGURAS Figura 1- Pelve Masculina ........................................................................................................ 19 Figura 2- Pelve Feminina ......................................................................................................... 21 Figura 3- Material utilizado para base ...................................................................................... 24 Figura 4- Preparação inicial da peça ........................................................................................ 24 Figura 5- Corte do contorno da peça concluido ....................................................................... 25 Figura 6-Processo de revestimento ........................................................................................... 25 Figura 7-Peças revestidas ......................................................................................................... 26 Figura 8- Estruturas desenhadas nas peças ............................................................................... 26 Figura 9-Dobras do Folder ....................................................................................................... 28 Figura 10-Formato de dobra charuto ........................................................................................ 28 Figura 11- Modelo Masculino finalizado ................................................................................. 32 Figura 12- Modelo feminino finalizado ................................................................................... 33 Figura 13-Capa e contra capa do manual ................................................................................. 34 Figura 14-Apresentação e Índice do manual. ........................................................................... 34 Figura 15- Lista de materiais e preparação da base e da peça .................................................. 35 Figura 16- Corte da peça com estilete e finalização da base. ................................................... 35 Figura 17- Processo de revestimento ........................................................................................ 36 Figura 18- Revestimento Frontal e Inicio dos desenhos das estruturas .................................... 37 Figura 19- Processo de desenho ............................................................................................... 37 Figura 20- Fase de desenho finalizado e Início do de pintura .................................................. 38 Figura 21- Pintura das estruturas .............................................................................................. 39 Figura 22- Identificação das estruturas e Modelos finalizados ................................................ 39 Figura 23- Considerações finais e Listas de figuras. ................................................................ 40 Figura 24- Índices dos modelos, frente .................................................................................... 41 Figura 25- Índices dos modelos, verso ..................................................................................... 41 Figura 26- Folder de Doenças Sexualmente Transmissíveis, capa .......................................... 42 Figura 27- Folder de Doenças Sexualmente Transmissíveis, parte interna.............................. 42 Figura 28- Folder de Método Contraceptivo, capa ................................................................... 43 Figura 29- Folder de Método Contraceptivo, parte interna ...................................................... 43 Figura 30- Folder de Higiene Íntima e Exames Preventivos, capa. ......................................... 44 Figura 31- Folder de Higiene Íntima e Exames Preventivos, face interna ............................... 44 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9 2. OBJETIVOS ................................................................................................................... 11 2.1 Objetivos Gerais ........................................................................................................... 11 3.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 12 3.1 Ensino e Aprendizagem ................................................................................................ 12 3.2. Ensino da Biologia-Sexualidade ................................................................................. 14 3.3. Metodologias lúdicas ................................................................................................... 16 3.4. Sistema Reprodutor Masculino ................................................................................... 18 3.5. Sistema Reprodutor Feminino ..................................................................................... 21 4. METODOLOGIA ........................................................................................................... 23 4.1. Público Alvo ................................................................................................................ 23 4.2. Plano de Aula ............................................................................................................... 23 4.3. Modelo Anatômico dos Sistemas ................................................................................ 23 4.3.1. Índice dos modelos .................................................................................................. 27 4.3.2. Manual dos Modelos ................................................................................................. 27 4.4. Folders informativos .................................................................................................... 27 5. RESULTADOS .............................................................................................................. 29 5.1. Plano de Aula ............................................................................................................... 29 5.2. Modelo Anatômico dos Sistemas ............................................................................... 32 5.3. Manual dos Modelos .................................................................................................... 34 5.4. Índice dos Modelos ..................................................................................................... 41 5.5. Folders Informativos .................................................................................................... 42 6. DISCUSSÃO .................................................................................................................. 45 7. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 47 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 48 9. RECURSOS FINANCEIROS ........................................................................................ 48 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 49 9 1. INTRODUÇÃO Mirela Aguiar-2014 Ensinar Biologia, para os Parâmetros Curriculares de Ensino (PCN, 2000), é desenvolver no educando a curiosidade e o gosto de aprender, estimulando o questionamento para um cidadão crítico, e a investigação, permitindo a formação de conceitos e construção de conhecimento. Ainda o ensino dessa disciplina tem grande papel na construção do educando como uma visão de mundo, levando- o a formação de conceitos relacionados a sociedade, e na formação de um cidadão. Cada indivíduo é um ser único, com suas características de tempo e espaço em relação ao aprendizado, em busca de respeitar esse tempo para a concretização do conhecimento, e ainda estimular o aluno a se interessar pelo estudo, o uso de metodologias lúdicas proporciona um ambiente dinâmico em sala de aula e prazeroso, sendo uma maneira de driblar as dificuldades de passar conteúdos maçantes, sendo uma ferramenta auxiliadora e inovadora na construção do conhecimento cognitivo (PEREIRA, 2001). Ao abordar temas como o corpo humano, estabelecemos relações importantes entre os diferentes sistemas nele presentes, tal como as diferenças em cada ser humano, indicando que cada pessoa é única e sendo possível trabalhar atitudes de respeito, com seu próprio corpo e para com próximo (BRASIL, 1998). É presente para toda a sociedade a importância da discussão do tema sexualidade na escola, comenta pela sua influência na formação da criança e do adolescente, no caráter pessoal e social. Um assunto de atual discussão é o aumento dos índices de gravidez na adolescência é um dado extremamente preocupante, que esta relacionada a um caráter social, comportamental, econômico, e educacional (SAITO, 2000). Tal importância sobre o assunto reflete na UNFPA (Fundo de população das Nações Unidas), onde o tema do relatório anual de 2013 é “Maternidade precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência”, que publica o seguinte dado: estima-se que todos os dias nos países em desenvolvimento, aproximadamente 20 mil meninas com menos de 18 anos dão a luz, e 200 morrem a cada ano com complicações s na gravidez e no parto. O relatório ainda aponta as principais causas, tais como casamento precoce, pobreza, violência sexual, restrições a políticas de métodos anticoncepcionais, a falta de acesso á educação e serviços de saúde relacionados ao tema. 10 Desse modo o presente trabalho tem como objetivo produzir um material de apoio ao professor, na disciplina de biologia e abordar através de folders explicativos, temas relacionados sobre sexualidade. Mirela Aguiar-2014 11 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivos Gerais Mirela Aguiar-2014 Construir material pedagógico com intuito de estimular o ensino aprendizagem do tema sexualidade apresentando o conteúdo de maneira lúdica e divertida, consequentemente facilitando a construção de conhecimento do educando. 2.2 Objetivos Específicos Como objetivos específicos propõem-se: • Confeccionar modelos anatômicos para relacionar teoria e prática; • Elaborar quatro folders com temas relacionados com sexualidade; e • Construir um manual de construção dos modelos. 12 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Ensino e Aprendizagem Mirela Aguiar-2014 A aprendizagem é um processo de desenvolvimento intelectual, e está diretamente relacionada à ação do sujeito ao meio, segundo Piaget (1998), esta acontece em etapas, assimilação que é um mecanismo que incorpora as comparações de objetos, esquemas, e estruturas intelectuais que o sujeito dispõe a certo momento. O equilíbrio é um processo que abrange todas as ações envolvidas, os obstáculos, dificuldades encontradas, resistência do objeto assimilado, onde o educando lida com essas situações, e o por fim a acomodação, que é um mecanismo complementar das mesmas situações acima citada, partindo que o educando se reajuste com as propostas e particularidades dos objetos apresentados. Segundo a teoria de Vygotsky, mencionado por Coelho ( 2012) a aprendizagem é um processo contínuo, apresentando também níveis de desenvolvimento nas relações sociais, dois tipos são identificados, o desenvolvimento real que refere-se as conquistas relacionadas aquelas que a criança consegue desenvolver sozinha, sem o auxilio do outro individuo, e o desenvolvimento potencial que refere-se ao aprendizado em grupo, com a influencia do outro nesse processo, em especial nesse caso as experiências são mais importantes, pois é através do dialogo, das relações e da colaboração de outra pessoa que o educando consegue construir um conceito, um aprendizado significativo. Werneck (2006) cita a construção do conhecimento, em seu trabalho e comenta como ela deve ser construída, que esta deve corresponder a ponto de vista já descrito, junto ao consenso universal com certa coerência de raciocínio, não sendo possível “construir” seu conhecimento individual, sem ter vínculo com os saberes universais e ou sociais e científicos. Nesse processo de aprendizagem, o professor carrega um papel muito importante, além de mediador, na construção do conhecimento científico, pessoal e social, e inserindo o educando a entender o que se passa ao seu redor, ele ainda busca a compreender e aceitar que cada ser humano é único e apresenta um estilo individual de aprendizagem, diferenças sociais e culturais, de acordo com seu tempo e espaço (CERQUEIRA, 2006). Diante isso, a escola e professores estão apresentando um papel de complemento da educação familiar, dando suporte , quando se trata de formação de opinião, dando noções de responsabilidade, e inserção de conceitos sociais e éticos e nos demais aspectos preparando-os os jovens para a vida adulta (GOMES, 2002). Piaget (1998),cita também 13 em sua obra o papel do professor, que não é apenas ensinar, mas utilizar métodos para que que proporcione um ambiente que a própria criança descubra, crie situações problemas para construir um conhecimento. Mirela Aguiar-2014 Balestra (2005) menciona a importância da assimilação das experiências novas com as já existentes, ao relacionar conhecimentos adquiridos com situações atuais, é possível mostrar ao educando um conhecimento significativo, e próximo a realidade do mesmo. Contudo, toda a escola e sua comunidade, não só o professor e o sistema escolar, precisam se mobilizar e se envolver para produzir as novas condições de trabalho, de modo a promover a transformação educacional pretendida. ( BRASIL,1998). 14 3.2. Ensino da Biologia-Sexualidade Diante tantos questionamentos e fatores históricos que influenciaram, no início do século Mirela Aguiar-2014 XX, nos anos de 20 e 30, o assunto sexualidade era apenas discutido entre professores, médicos, entre outros profissionais, questões de higiene, e de algumas doenças venéreas, e foi apenas em 1928 no Congresso nacional de Educadores que foi aprovado o Programa de Educação Sexual que seria trabalhado com crianças acima de 11 anos (AQUINO; MARTELLI, 2012). A escola participaria com uma metodologia diferenciada daquela tradicional, necessitando por parte dos professores uma determinada capacitação por um especialista para trabalhar o assunto (MONTARDO, 2008). A problemática se torna também papel da escola, que auxiliará nas questões científicas, biológicas, autoconhecimento, respeito com si e para com o próximo, assim a disciplina de biologia pode ser uma das disciplinas mais relevantes e merecedoras da atenção dos alunos, fazendo com que eles além de compreender os conceitos básicos da matéria, sejam capazes de refletir sobre suas ações, o que acontece ao seu redor, e qual seu papel na sociedade. (KRASILCHIK, 2004). A área de ciências e biologia possui por sua riqueza diversidade de temas e conteúdos, que pode ser apresentada de formas diferenciadas aos alunos, aumentando o aprendizado significativo; com isso o professor torna-se papel importante em criar condições para que isso aconteça (BRASIL, 1998). Falar sobre sexualidade é falar sobre as relações entre seres, trocas de afeto, carinho, desejos, vontades, beijos, abraços e sexo, de um modo geral todos os processos das relações com outras pessoas e consigo própria. (AQUINO; MARTELLI, 2012). Essa simples palavra tão falada e tão pouco esclarecida, gerou e geram sobre a história inúmeras discussões, entre religiões, políticas públicas, escola, família, saúde da mulher, pecado, perversões, o que certo? ou errado?, todos esses pensamentos são de acordo com sua educação, cultura, mitos, comportamentos e tempo/ espaço do meio onde vive, que vai determinar sua posição perante assunto. Para que aluno do ensino médio consiga situar-se e compreender de um modo geral, sua existência, é importante partir de uma idéia macro para uma micro, assim ficará então mais significativo, entendendo que o organismo é fruto das relações entre sistemas, aparelho e órgãos, que são formados por um conjunto de células que se interagem (BRASIL, 2000). O processo de transição e de desprendimento, dito na forma de rompimento de vínculos infantis, rumo a um amadurecimento a vida adulta é inevitável, podendo acontecer de forma 15 conflituosa ou não, onde o adolescente busca adaptar-se ao seu ambiente social e diferenças físicas e fisiológicas, e aceitar as diferenças do seu eu, elaborando maneiras de investigação, para a resolução de seus próprios problemas, junto á busca de um sentido do seu papel mundo Mirela Aguiar-2014 (BECKER, 1999). Figueiró (2009) cita em sua obra que, ao falamos sobre assunto sexualidade na escola, lidamos com várias barreiras, onde deparamos em sala de aula a questão do despreparo dos professores em lidar com o tema, o contexto social em que os alunos estão inseridos, e considerando que os mesmo vêm carregados com uma bagagem de informação cultural, tabus, preconceitos, dificultando a discussão aberta e esclarecedora sobre o assunto. Sexualidade é falar do social e individual, do cultural e do biológico, do emocional e do racional, assim a escola lida com esse assunto cotidianamente, querendo ou não, esta palavra tão comentada e pouco esclarecida encontra-se em todo o cotidiano do adolescente, seja em gestos de carinho, nas brincadeiras com os colegas, nas curiosidades em conhecer seu corpo, na violência sexual e em inúmeros outros atos. Pela interdisciplinaridade, que a própria palavra carrega com ela, cabe a escola, família, e sociedade caminhar junto para o esclarecimento dos conceitos, e fazer do jovem, adolescente um adulto, ciente de suas ações, e respeito com seu próprio corpo e com o do próximo, amadurecendo sua relações (AQUINO; MARTELLI, 2012). 16 3.3. Metodologias lúdicas O lúdico origina-se do latim ludus, que significa brincar, e esteve presente em todas as Mirela Aguiar-2014 épocas da humanidade, de acordo com seu contexto histórico vivido pelos povos, e pelos pensamentos de cada marco da história que influenciava. (ANNA, 2011). Atualmente entende-se que processos de memorização, para fixação de conteúdos não estimulam a construção do conhecimento, fazem com que a aprendizagem seja momentânea, e logo será esquecida. Assim ferramentas facilitadoras de ensino que foge do método tradicionalista, tem se tornado uma proposta rica na aplicação de conteúdos. Segundo o Brasil (2000), para que consiga transmitir suas ideias em diferentes situações, os educadores devem utilizar de diversas linguagens de aprendizado, por exemplo, quando falamos sobre o corpo humano, é importante dar destaque as relações entre o corpo e meio ambiente, seja com aulas práticas ou teóricas, a influências dessas para um todo. De acordo como o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI, cabe ao professor o papel de direcionar e estruturar e estimular os campos de das brincadeiras na vida das crianças, disponibilizando objetos e jogos e possibilitando um tempo e espaço para essas brincadeiras (BRASIL, 1998). A pesquisa feita por Campos, Bortoloto e Felício (2002), que realizaram uma experiência de utilizar de um jogo para aplicação do conteúdo da Evolução de Vertebrados e sua Genética, onde além de adquirir o aprendizado, eles deram sua posição perante a metodologia utilizada. De um modo geral os alunos citaram, “muito criativo”, “interessante” e “ interativo”. Jogos didáticos apresentam a capacidade de ser incentivar, maximizar relações, estimular a inteligência e o criativo, sociabilizar a vida em grupo e ainda construir o conhecimento de forma divertida e dinâmica (CAMPOS, BORTOLOTO, FELÍCIO, 2002; LONGO, 2012). Duso (2012) menciona o crescimento do uso de modelização como uma alternativa para o ensino de Biologia, Química, apesar do crescimento, os modelos representacionais são ainda pouco usados, como uma ferramenta facilitadora do ensino, o que é lamentável pelo fato de possuir um alto valor significativo de aprendizagem. Guimarães (2011) e Oliveira (2012) discutem a importância desse material como ferramenta a ser utilizada com educandos com dificuldades de aprendizado, e ou especiais, pelo fato de apresentar diferentes texturas, proporções, tornando-se um recurso de inclusivo, independendo das características físicas, sensoriais, mentais diferenciadas dos outros educandos. 17 Os folders surgiram inicialmente como ferramenta de comunicação, propaganda e marketing, especificamente para campanhas publicitárias, onde se caracteriza pela presença de ser um impresso em uma folha, com no mínimo uma dobra, que permite transmitir de Mirela Aguiar-2014 forma objetiva e rápida o conteúdo sem cansar o leitor, e seu contato com o leitor permite uma transmissão de conhecimento e interação social (PAULA, 2014). Para uma proposta lúdica obter seu esperado resultado no processo educacional, é essencial promover diversas situações que chamam a atenção dos alunos, que desperta o desejo de resolver as situações - problemas propostas, que cria um ambiente de reflexões sobre um determinado assunto e permiti aos educandos avaliar quanto ao desempenho, de um modo individual e em grupo. Assim, metodologias alternativas são úteis, quando acompanhado por alguém que analise essa relação entre o jogo e o jogador de modo crítico (BROUGÈRE, 2003). 18 3.4. Sistema Reprodutor Masculino Mirela Aguiar-2014 As explicações iniciais sobre reprodução eram mais místicas do que científicas, o pensamento como Deus o criador de mundo, sempre influenciou nas questões da criação onde sempre havia duas posições, a da igreja, que tinha sua opinião e dos cientistas que tentavam provar de forma concreta a verdadeira origem do homem, e como ele se disseminava (CASTAÑEADA, 1995). E foi em 1853 que a Fertização foi descrita de maneira apropriada, onde o espermatozóide entrava no óvulo, gerando um embrião (JACOB, 1990). Os sistemas reprodutores em geral asseguram a continuidade da espécie, mas para isso acontecer, os órgãos masculinos precisam tornar-se propícios a gerar outro indivíduo, assim o processo de maturação dos mesmos ocorre por volta dos 10 a 14 anos, mais que pode variar de pessoa (SWATZBERG, 2007). Segundo Guyton e Hall (2008), citam que as funções corporais são reguladas pelo sistema nervoso e sistema endócrino, possuindo inter-relações entre eles, geralmente o sistema hormonal está envolvido com todas as funções metabólicas do corpo. As mudanças no corpo ocorrem durante o processo da puberdade, a maturação dos órgãos genitais, seguindo para a preparação do organismo a reproduzir-se, que está diretamente relacionada com o sistema endócrino, na liberação e produção de hormônios responsáveis para que cada uma dessas etapas aconteça. O sistema reprodutor masculinos é composto pelas estruturas pênis, ânus e escroto são órgãos externos masculinos, canal vertebral, sacro, reto, Cóccix, Próstata, Canal anal, Ânus, Esfíncter externo do ânus, profundo, Superficial, Subcutâneo, Glândula bulbouretral, Diafragma urogenital, Escroto, Corpo cavernoso, Óstio externo da uretra, Prepúcio, Glande do pênis, Uretra esponjosa, Epidídimo, Ducto deferente, Bexiga, Ducto ejaculatório, Vesícula seminal, Cavidade abdominal Sínfise púbica, Uretra Prostática são estruturas internas. (JACOB, 1990). 19 Mirela Aguiar-2014 Figura1. Pelve masculina. Representação um corte sagital medial da pelve masculina, onde as setas indicam os nomes das estruturas. Fonte: (DANGELO, 2006). É nos testículos, órgão oval recoberto por uma camada de pele chamada escroto, onde cerca de 900 túbulos seminíferos espiralados (compostos por células germinativas em vários estágios), nos quais são formados por meiose os espermatozóides (células haploides) pelo processo da espermatogênese, que começa por volta do 13 anos e continua para o resto da vida. (GUYTON; HALL, 2008; SPENCE, 1991). O epidídimo é uma rede de ductos e canais que transporta os espermatozóides dos testículos para o exterior do corpo, através de ductos eferentes e contrações de musculatura lisa durante a ejaculação, onde ainda ao passar pelo epidídimo finaliza seu processo de maturação (SPENCE, 1991; JACOB, 1990) O sêmen é uma mistura de espermatozóide dos testículos e fluidos seminais, da próstata e das glândulas bulbouretrais, durante a ejaculação cerca de 2 ml de volume é liberado, onde possui 300 milhões de espermatozóides; sua alta alcalinidade ( ph 7,5) que protege do ph ácido da vagina ( SPENCE, 1991). O pênis é o órgão da cópula, quando não estimulada é uma estrutura flácida. É composto por colunas longitudinais de tecido erétil (corpo cavernoso, corpo esponjoso), com capacidade de aumento quando estimulado sexualmente. As artérias que suprem de pênis dilatam sobre pressão de sangue, por estímulos parassimpáticos, entrando nos espaços cavernosos de tecido erétil, à medida que esses espaços se preenchem , expandem-se e comprimem as veias retendo todo o sangue, fazendo com que o pênis fique ereto (JACOB, 1990). Quando amadurecidas as estruturas reprodutoras do homem ele está apto a gerar descendentes, o processo de fertilização. Se acontecer o coito, o espermatozóide alcança o 20 óvulo (oócito secundário feminino), e entra no mesmo com auxilio de enzimas secretoras do Acrossoma – porção mais extrema do espermatozóide, perdendo a cauda e entrando na zona pelúcia, imediatamente óvulo se torna impenetrável, a presença do pronúcleo induz o oócito Mirela Aguiar-2014 liberar o segundo corpo polar feminino, e a uniam dos dois gametas resulta em um zigoto com 46 cromossomos, a parte do pai e da mãe (JACOB, 1990). 21 3.5. Sistema Reprodutor Feminino O aparelho reprodutor feminino inclui ovário, trompas de falópio (tubas uterinas), útero, Mirela vagina. Anatomicamente outras estruturas estão envolvidas, ânus, colo do Aguiar-2014 útero, reto, sacro, lábio menor e maior, clitóris, uretra, sínfise púbica, bexiga que envolve esse sistema (SPENCE, 1991). Figura 2. Pelve Feminina. Representação de um corte sagital-mediano feminino, onde as setas indicam os nomes das estruturas. Fonte: (SPENCE, 1991) As mulheres ao contrário dos homens possuem um tempo “determinados” a gerar descendentes, que acontece da menarca até a menopausa, nesse período 400 folículos primordiais desenvolvem-se para expelir seus óvulos, esse processo dura aproximadamente 40 anos, variando de mulher (GUYTON; HALL, 2008) . Esse período se caracteriza pela menstruação – descamação endometrial, se não haver fecundação. O ciclo menstrual pode ter duração de 28 dias, variando de 22 a 35 dias, esse ciclo pode ser dividido em três fases; FASE MENSTRUAL: é o período do ciclo onde a camada funcional do endométrio descama-se, esse fluxo é composto por sangue, tecido endometrial desintegrado, secreções das glândulas uterinas e muco. Para que esse ciclo continue, a glândula adeno-hipófise estimula os hormônios LH e FSH ativando o ciclo ovariano a prosseguir seu desenvolvimento (JACOB, 1990; SPENCE, 1991). FASE PROLIFERATIVA: começa em torno do quinto dia após o fim da fase menstrual, e estende-se até a ovulação – ponto médio do ciclo, essa etapa caracteriza-se pela estimulação do estrogênio, para causar o espessamento da camada funcional do endométrio. O LH por sua vez age no folículo maduro, causando a ruptura, que é a ovulação, por volta do 14º dia de um ciclo regular de 28 dias (JACOB, 1990; SPENCE, 1991). 22 FASE SECRETORA: o corpo lúteo produz estrógeno e progesterona em altos níveis, e inibe a liberação de LH e FSH pela hipófise. O endométrio diferencia-se em um tipo de tecido secretor, disponibilizando um ambiente apropriado para a implantação do embrião, se não Mirela Aguiar-2014 houver implantação as atividades funcionais diminuem e as alterações degenerativas iniciam novamente o ciclo (JACOB, 1990; SPENCE, 1991). De acordo com Linhares, Giraldo e Baracat (2010) o sistema reprodutor feminino apresenta um mecanismo de defesa extremamente importante para a mulher, á flora vaginal, que possui a capacidade de manter o meio saudável, ph estável, e impede a proliferação de micro-organismos estranhos, que venham prejudicar seu funcionamento correto, entretanto além de fatores endógenos, o uso de contraceptivos, as fases do ciclo menstrual, a gestação, o uso de duchas ou produtos desodorantes, a utilização de antibióticos ou outras medicações pode alterar, aumentando ou diminuindo as vantagens seletivas de micro-organismos na região vaginal. A vagina é o órgão de copula feminino, seu canal se estende colo do útero até o exterior do corpo, se se comunica superiormente com a cavidade uterina através do óstio, em mulheres virgens essa cavidade é parcialmente fechada pelo hímen, que é distendido e dilacerado durante o intercurso sexual (DANGELO, 2006; SPENCE, 1991). Dangelo, (2006) menciona que do ponto de vista para a reprodução humana o organismo feminino é mais complexo que o masculino, pois possui a capacidade de abrigar e proporcionar o desenvolvimento de um novo ser vivo. O útero é onde o embrião se aloja e desenvolve-se até o nascimento, esse órgão é dividido em três cavidades, endométrio, miométrio e perimétrio, o endométrio em especial possui uma importância muito grande na demanda nutricional para o feto, desse modo os ciclos ovarianos são interrompidos e a fim de manter essa camada em alto nível de estágio de desenvolvimento (SPENCE, 1991). As Tubas uterinas são tubos flexíveis, que se estendem do fundo do útero a cada lado do mesmo, as fimbrias é uma porção adjacente das tubas que não necessariamente fazem contato com os ovários, estas funcionam como tentáculos para guiar o óvulo para o interior da tuba, e são contrações peristálticas que o conduzem até a cavidade uterina. Os ovários são estruturas ovaladas posicionadas na porção superior da cavidade pélvica, dentro dos ovários estão os folículos vesiculares em vários estágios de desenvolvimento, é nos folículos que desenvolve os óvulos, ainda é responsável por elaborar hormônios sexuais femininos. 23 4. METODOLOGIA 4.1. Público Alvo Mirela Aguiar-2014 O projeto tem como publico alvo, adolescentes de escolas pública e privadas, com faixa etária de 16 a 17 anos, matriculados no 2° ano do ensino médio. 4.2. Plano de Aula Elaborou-se um plano de aula, onde o professor irá fazer um levantamento bibliográfico para elaboração da aula teórica, seguindo as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais, utilizando esquemas, imagens, dados estatísticos para melhor fixação do conteúdo. Foi utilizado o programa Microsoft Word 2010, fonte Times New Roman, tamanho12. O roteiro de aula teórica terá as seguintes informações: 1. Características gerais de cada sistema; 2. Morfologia e anatomia; 3. Fisiologia; 4. Doenças sexualmente transmissíveis; 5. Métodos de prevenção de doenças, e gravidez indesejada; e 6. Saúde e Higiene Íntima. 4.3. Modelo Anatômico dos Sistemas O modelo anatômico é de propriedade do professor, logo seu tempo de produção é variável. Para a construção foi feito um levantamento bibliográfico sobre o assunto coletando imagens sobre suas anatomias, assim duas imagens foi selecionadas para usar como base Figura 1 e 2. Os sistemas serão projetados para que os alunos visualizem um corte sagitalmedial da cintura pélvica. Utilizou-se com uma base firme de madeira reciclada para fixar a peça , uma placa de isopor moldada e revestida com massa de biscuit e colorida com tinta de tecido, onde as estruturas estarão identificadas e enumeradas. 24 Para o preparo da base inicialmente, foram retirados as duas faces laterais da caixa e os pregos, essas foram lixadas com uma lixa de madeira tamanho 100, e pintadas com tinta de tecido cinza deixando uma fresta como guia para colocar os pregos para fixar a peça de Mirela Aguiar-2014 isopor. Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 A B Figura 3. Material utilizado para base. A: Caixa de madeira inteira, B: Faces laterais a serem utilizadas. Para a peça de isopor, foi utilizada uma placa de laje de construção civil, 12x40x100 cm, dividida em três partes iguais com o auxilio do estilete, com cada parte possuindo 12x40x100 cm, desse modo foi marcado o contorno de cada imagem com caneta para tirar o excesso e dar forma ao modelo. Na Figura 5 é possível ver as peças prontas para revestimento. Mirela Aguiar-2014 A Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 B Figura 4. Preparação inicial da peça. A: Placa de isopor já dividido, B: Marcação do contorno na peça, sistema masculino, C: Corte de todo contorno com o estilete. C 25 Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 A B Figura 5. Corte do contorno da peça concluído. A: Sistema Reprodutor Feminino, B: Sistema Reprodutor Masculino. Em ambos é possível observar uma base reta que posteriormente, fixará a base de madeira. Utilizou-se 2kg de massa de biscuit natural para o processo de revestimento das peças. Essa foi aberta e com auxilio do rolo de macarrão e amido de milho caso apresente uma aparência pegajosa, e passada cola de artesanato por toda a peça e aplicado a massa, tirando os excessos com a tesoura e fazendo as emendas com palito de madeira e água. Para a face da frente foi utilizado um espessura de massa aproximadamente de 5mm a 6mm para dar profundidade para as estruturas, já para as demais 3mm a 4 mm. Para as duas peças foram feitas a mesma metodologia. Mirela Aguiar-2014 A Mirela Aguiar-2014 B Mirela Aguiar-2014 C Figura 6. Processo de revestimento. A: Abertura da massa de preferencia tamanho grande para evitar emendas, B: Passagem de cola de artesanato ou de isopor para a fixação da massa, essencial, e C: Realização das emendas, com água e palito pressionando levemente e unindo as duas extremidades. 26 Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 A B Figura 7. Peças revestidas. A: Peça revestida com massa de biscuit natural, modelo feminino, B: Modelo masculino. Para passar o desenho base na peça de isopor foi utilizado, um palito de madeira, um de plástico com um aponta arredondada e outra ponte aguda (espaçador de cutícula) e água. Ao projetar a imagem foi possível dar um pouco de profundidade no desenho por causa da espessura da massa. Mirela Aguiar-2014 A Mirela Aguiar-2014 B Figura 8. Estruturas desenhadas nas peças. A: Modelo masculino, apresentando suas respectivas estruturas, B: Modelo feminino, e seu aparelho reprodutor. Para o processo de pintura usamos tinta de tecido em diferentes cores (camurça-525, amarelo canário-589, pêssego-566, vermelho natal-984, branco-519, cinza-933, ocre ouro573) e pinceis de diferentes tamanhos. Não se seguiu um padrão de cor, com as cores que tínhamos foi realizadas variações de cores, mais clara com adição de branco e cores mais 27 escuras ao natural. Depois foram unidas a base e a peça, foi passado cola na base e nos pregos para melhor fixação. 4.3.1. Índice dos modelos Mirela Aguiar-2014 Confeccionaram-se primeiramente os números a serem colados com cola de artesanato na peça. Utilizou do programa Microsoft Word 2010, para produção dos números, fonte Time New Roman 12, negrito, quadrados de 0,7mm/0,7mm de tamanho, impressos em folha sulfite A4, e depois colados na peça. Para o índice foi usado o mesmo programa e fonte, e orientação paisagem, divida ao meio onde a frente tinha as estruturas listradas de cada sistema e no verso as respectivas imagens utilizadas como base para a proposta, Figura 1 e 2. 4.3.2. Manual dos Modelos O manual foi construído a partir do programa Microsoft Word 2010, fonte Times New Roman 12 e para títulos 14, impressos em folha sulfite A4 e encadernado, apresentando todas as etapas da confecção dos modelos e algumas dicas de alternativas de materiais, tornando possível sua reprodução. 4.4. Folders informativos Com a supervisão do professor, os alunos irão formar quatros grupos, assim serão sorteados pelo professor os temas dos folders que cada grupo ficará responsável por realizar. O educando pode utilizar de qualquer ferramenta disponível na escola para realizar a pesquisa, livros, internet, revistas, entre outras fontes, assim obtendo informações suficientes sobre o tema o folheto será produzido e impresso, deixando disponível para os outros alunos da escola. Os temas dos folhetos são Doenças Sexualmente Transmissíveis, Métodos Contraceptivos, Higiene Íntima e Exames periódicos, um dos focos principal dos informativos a “Mais que aprender, e se conhecer”. O folder foi confeccionado a partir de uma folha do tamanho A4,impresso em papel couche, no formato de dobra charuto, onde apresentará três dobras, a interna com 97 mm de largura, e a contra capa e capa com 100 mm largura. 28 Mirela Aguiar-2014 Interna Contra Capa capa Figura 9. Dobras do Folder. As linhas tracejadas representam onde o folder vai ser dobrado, presença de duas dobras e três faces. Figura 10. Formato de dobra charuto. Esse tipo de dobra exige medidas especificas para que obtenha o resultado desejado. Fonte: http://www.impressul.com.br/?p=1838 29 5. RESULTADOS 5.1. Plano de Aula Mirela Aguiar-2014 O plano de aula funcionará com guia das propostas, onde o educador pode se planejar na aplicação do conteúdo, e ajusta-lo de acordo com a carga horária disponível para o tema. O critério de avaliação não foi descrito no plano aula, para o professor escolher o metodologia utilizada par avaliação. Plano de aula Data: 28/08/2012 Horário: 10h40min às 12h20min Duração: 320 min Local e Sala: E.E “CEL Eduardo José de Camargo”- SALA: 09 Curso: 2° ano do Ensino Médio Matéria: Biologia Tema: Saúde Assunto: Educação Sexual Objetivos Gerais Apresentar os métodos de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis de maneira didática, junto ao risco que leva a saúde do jovem, mostrando também as consequências de uma gravidez precoce e a fisiologia da reprodução humana. Objetivos Específicos: Todos os alunos serão capazes de: 1. Conhecer o risco das DSTs e seu crescimento exponencial. 2. Conscientizar-se das consequências de uma gravidez precoce na vida dos adolescentes. 3. Identificar os métodos anticoncepcionais mais comuns-camisinha. 4. Utilizar os métodos anticoncepcionais. Alguns alunos serão capazes de: 1. Compreender a gravidade de uma atitude imatura de uma relação sexual sem prevenção. 2. Conhecer as doenças sexualmente transmissíveis mais frequentes e suas proporções diante a um determinado grupo de populações. 3. Aprender sobre o autoconhecimento de seus órgãos reprodutores e o do sexo oposto. Conhecimento Prévio Possuir um conhecimento de Anatomia Humana sua Fisiologia e os órgãos envolvidos. 30 Conteúdo Programático • Sistema genital masculino e feminino; • Hormônios que envolvem esses sistemas; • Exames rotineiros masculinos e femininos; • Higiene intima; • O ato sexual; • Doenças sexualmente transmissíveis; • Gravidez na adolescência; • Métodos anticoncepcionais; e • Estatísticas e dados sobre o assunto. Mirela Aguiar-2014 Recursos didáticos Gráficos e tabelas apresentando estatísticas da população em relação às DSTs, e a gravidez precoce, a apresentação prática dos métodos anticoncepcionais e seu uso em sala de aula, utilização de modelos anatômicos do sistema genital masculino e feminino e, confecção de um folder sobre educação sexual, dinâmica de grupo. CRONOGRAMA DE AULAS Aula ( h/a) 1º 2º Conteúdo programático 0 - 15 min: introdução ao conteúdo características gerais como auxílio do livro didático. 15 - 35 min: Principais mudanças de criança física e morfológica de um adolescente. 35 - 50 min: Aplicação da aula teórica junto a utilização dos modelos anatômicos das glândulas secretoras dos hormônios masculinos e femininos sistemas, introdução das características gerais, dos sistemas reprodutores femininos e masculinos. 0 – 25 min: Sistema Reprodutor masculino, características gerais, com auxilio dos modelos anatômicos apresentando cada órgão, a produção de espermatozóides, e hormônios relacionados. 25 – 50 min: Sistema Reprodutor feminino, características, utilização dos modelos anatômicos demostrando cada órgão, ciclo menstrual, período fértil, e hormônios envolvidos. 31 3º 4º 5º 6º 7º 8º 0 – 15 min: Exames rotineiros masculinos e femininos, orientando para prevenção de doenças. 15 – 25 min: Higiene íntima do homem e da mulher, cuidados básicos para evitar alergias, irritações e doenças. Mirela Aguiar-2014 25 – 50 min: Como ocorre o ato sexual com auxilio dos modelos anatômicos, e com acontece quando um óvulo é fecundado ( gravidez). 0 – 15 min: Apresentação das mais frequentes Doenças Sexualmente Transmissíveis ocorrentes no Brasil e no mundo. 15 – 30 min: Maneiras de contágio das principais doenças. 30 – 50 min: Tratamentos, vacinas e métodos para controle das doenças e que atitudes preventivas tomas para evitas, orientas a procuras a rede de saúde para fazer exames periódicos. 0 – 15 min: As consequências da gravidez na adolescência, os riscos que a adolescência e a criança ficam expostos. 15 – 30 min: As dificuldades e a posição da sociedade e da família perante tal situação. 30 – 50 min: Um documentário sobre o assunto demonstrando depoimentos de adolescentes que passam por essa fase e como eles lidaram com a situação. OBS: Os primeiros 30 min dessa aula serão em forma de debate, onde os alunos junto ao professor discutirão sobre o assunto, colocando seu ponto de vista. 0 -10 min: Disposição dos alunos em formato de meia lua na sala de aula, com a mesa do professor a vista de todos, com os métodos contraceptivos dispostos sobre a mesa. 10 – 50 min: Demonstração de qual a maneira correta de usar cada método, com o auxilio dos modelos anatômicos, suas possíveis alterações diante ao uso, a maneira correta de descarte. 0 – 25 min: Estatísticas e dados sobre DSTs no Brasil e no mundo, gravidez na adolescência e consequências, vacinas disponíveis na rede publica, dados que possam informar e criar um novo conceito sobre sexualidade. Regra dos S: Segurança, Saúde e Sexualidade. 25 – 50 min: Dinâmica de mitos e verdades. Cada aluno terá que fazer uma pergunta anonimamente, e colocar em uma urna, quando todos acabarem serão sorteados as perguntas e assim discutidas e definidas como mito ou verdade, onde cada aluno vai escrever em seu caderno cada mito e cada verdade. Caso os alunos, por algum motivo não faça sua pergunta o mesmo perderá o ponto de participação, assim o professor deverá fazer ao menos 10 questões caso isso aconteça. 0 – 50 min: Divisão dos alunos em quatro grupos, sorteios dos temas de cada folder e inicio da pesquisa sobre os temas que serão abordados , em livros, revistas, jornais, folhetos informativos, internet, com todos os recursos disponíveis na escola. Caso não seja concluído a pesquisa os educandos terão de finalizar em casa e trazer pronto. Sobre revisão do professor cada folder os mesmos serão impressos e distribuídos na escola. 32 5.2. Modelo Anatômico dos Sistemas O modelo finalizado apresenta as estruturas enumeradas, a base unida com a peça e o processo de coloração concluído, possuindo todas as faces pintadas. Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 A B Mirela Aguiar-2014 C Figura 11. Modelo Masculino Finalizado. A: Mostra o modelo na vista frontal, as numerações dos órgão e a diferenciação das estruturas pelas cores, B: Vista lateral do modelo, sendo possível observar a camada de gordura da pele, e o revestimento e coloração lateral, C: Vista superior do modelo, sendo possível observar a coloração da peça de uma outra visão. 33 Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 Mirela Aguiar-2014 A B Mirela Aguiar-2014 C Figura 12. Modelo Feminino finalizado. A: Mostra o modelo na vista frontal, as numerações dos órgão e a diferenciação das estruturas pelas cores, B: Vista lateral do modelo, sendo possível observar a camada de gordura da pele, e o revestimento e coloração lateral, C: Vista superior do modelo, sendo possível observar a coloração da peça de uma outra visão. 34 5.3. Manual dos Modelos O manual foi uma opção pensada para que o professor possa reproduzir seus próprios Mirelaadquiri-los, Aguiar-2014 sempre modelos, ainda apresenta dicas com outras opções de materiais, onde estimulando a criatividade, e a utilização de metodologias alternativas para melhor enriquecimento da aplicação do conteúdo. Figura 13. Capa e contra capa do manual. Constituindo o nome do autor, ano que foi produzido e titulo do manual. A B Figura 14. Apresentação e Índice do manual. A: É uma breve introdução da importância do material, direcionando-se diretamente ao leitor e as figuras dos modelos finalizados, B: Apresenta a paginação do manual, separando as etapas da confecção. 35 Mirela Aguiar-2014 A B C Figura 15. Lista de materiais e preparação da base e da peça. A: Apresenta todos os materiais utilizados para a produção do modelo, B: Primeira etapa, preparação da base, retiradas dos pregos e armazenamentos dos mesmos para a utilização posteriormente, C: Preparação da peça de isopor, divisão da placa de em três partes iguais e utilização de duas. Na Figura 15, todos os materiais utilizados são listados, as tintas de tecido mostradas em tabela com o número e marca, caso o leitor queira reproduzir como a proposta. A preparação da base de madeira é a primeira etapa do trabalho, retiradas dos pregos e armazenamento, pois posteriormente irá se usa-los e ainda o corte da placa de isopor em três partes iguais, com as medidas que cada parte ficou. A B C Figura 16. Corte da peça com estilete e finalização da base. A: Imagens utilizadas como base para confecção dos modelos, marcação do contorno da imagem na peça para realizar o corte, B: Fase de corte finalizada, figura dos dois modelos frente e verso, C: Finalização da base pintura e colocação dos pregos para fixar a peça posteriormente. 36 Na figura 16, observamos a etapa desenho onde foi marcado o contorno de cada imagem base e retirado o excesso com estilete, posteriormente vemos os dois modelos finalizados a etapa de moldura, ainda a segunda etapa se inicia, onde a base de madeira e finalizada, Mirela Aguiar-2014 pintada e colocada os pregos para fixação. A B C Figura 17. Processo de revestimento. A: Descrição detalhada de como iniciar o processo de revestimento da peça com a massa de biscuit, B: Revestimento lateral e acabamentos, C: Como fazer as emendas, e peça parcialmente concluída. A Figura 17 apresenta o processo de abertura da massa e aplicação na peça, de forma detalhada de como realizar essa etapa, qual a espessura ideal, passar cola de artesanato antes de aplicar a massa e ainda como fazer as emendas, com água e palito, unindo a massa, e para melhor acabamento a passagem do rolo sobre as emendas, deixando mais homogêneo possível. 37 Mirela Aguiar-2014 A B C Figura 18. Revestimento Frontal e Inicio dos desenhos das estruturas. A: Cobertura frontal da peça com uma espessura maior que as demais. B: Desenhos das estruturas, reto, C: Desenhos das demais estruturas com auxilio do palito. Na Figura 18, a etapa de aplicação da massa na parte frontal da peça, com espessura maior para dar profundidade nos desenhos, ainda ás técnicas de desenho utilizadas, com palito e água, fazendo também o uso do recurso de assimilação com outras formas para facilitar o desenho, por exemplo, na C, o bulbo do pênis foi projetado com se fosse metade de um coração. A B C Figura. 19. Processo de desenho. A: Desenho da sínfise púbica e corpo cavernoso do modelo masculino, B: Apresenta o desenho do modelo masculino e continuação do feminino, C: Desenho do útero, tuba uterina e ovário. 38 A Figura 19 é possível perceber claramente o processo de assimilação de estruturas existentes com os órgãos reprodutivos, por exemplo, o para o desenho do ovário a proposta foi pensar em um mamão cortado ao meio sem semente, para a tuba uterina e ovário foi Mirela Aguiar-2014 pensado em uma mão segurando uma bola, desse modo facilita a projeção do desenho. A B C Figura 20. Fase de desenho finalizado e Início do de pintura. A: Peça do modelo feminino, desenho finalizado, B:Terceira etapa, pintura da peça onde é pele, C: Pintura da camada de gordura da pele e do reto. Na Figura 20, observamos o desenho já finalizado do sistema feminino e o início do processo de pintura, nessa etapa não houve um padrão seguido, com as cores escolhidas foram feitas variações de claro com adição de branco e escura ao natural. 39 Mirela Aguiar-2014 A B C Figura 21. Pintura das estruturas. A, B e C descrevem detalhadamente o processo de pintura, onde as setas indicam a cor usada nos órgão apresentados. Na Figura 21, é possível observar o processo de pintura dos modelos e a diferenciação das cores para cada estrutura, como dito anteriormente não houve um padrão, desse modo pode ficar a critério de cada um que desejar a reprodução da proposta mudar ou seguir as cores do material, A B C Figura 22. Identificação das estruturas e Modelos finalizados. A: Listagem dos órgãos e numeração dos mesmos, B e C: Modelos finalizados, estruturas identificadas e enumeradas. 40 A Figura 22 mostra as etapas finais dos modelos, as listas de estruturas enumeradas e como foi feito os números para serem colocados nas peças, á montagem da mesma a base e o Mirela Aguiar-2014 modelo e as figuras deles finalizados em três posições. A B C Figura 23. Considerações finais e Listas de figuras. A: Considerações finais, mostrando a importância do material e as referências das imagens utilizadas como base, B e C: Lista de todas as figuras e respectivas páginas onde elas são apresentadas. Na Figura 23, foram realizadas considerações finais ao leitor, enfatizando a importância de materias lúdicos e ainda as referências das imagens utilizadas como base, também optamos por colocar uma lista de figuras com as respectivas paginações para facilitar o manuseio. 41 5.4. Índice dos Modelos Aguiar-2014 Como complementação dos Modelos Anatômicos, os índices Mirela irá guiar os educando identificando e denominando todas as estruturas em cada sistema de forma enumerada, ainda no verso apresenta as imagens utilizadas como base para a confecção da proposta e suas referências. A B Figura 24. Índices dos modelos, frente. A: Lista de estruturas presente no modelo masculino, B: Lista de figuras presente no modelo feminino. A B Figura 25. Índices dos modelos, verso. A: Corte sagital-medial da pelve feminina, imagem utilizada como base e sua respectiva referência, B: Corte sagital-medial da pelve masculina. 42 5.5. Folders Informativos A proposta do foder informativo é que os educando construa o folder informativo, sobre Mirela Aguiar-2014 supervisão e finalização do professor, desde modo estarei apresentando-lhe os modelos que seriam confeccionados pelos alunos. Autora: Mirela Santos Aguiar- 2014 Figura 26. Folder de Doenças Sexualmente Transmissíveis, capa. Demonstração da capa com o tema, no final do folheto é possível te as referências e um e-mail para contato. Figura 27. Folder de Doenças Sexualmente Transmissíveis, parte interna. Uma abordagem breve e objetiva sobre as mais frequentes doenças sexualmente transmissíveis, tratamentos, sintomas e prevenção. 43 Mirela Aguiar-2014 Autora: Mirela Santos Aguiar- 2014 Figura 28. Folder de Método Contraceptivo, capa. Figura 29. Folder de Método Contraceptivo, parte interna. Descrição dos métodos contraceptivos, como usá-los e sua importância para a saúde. 44 Mirela Aguiar-2014 Autora: Mirela Santos Aguiar- 2014 Figura 30. Folder de Higiene Íntima e Exames Preventivos, capa. Capa com o tema do folheto, a importância dos autoexames masculinos e femininos. Figura 31. Folder de Higiene Íntima e Exames Preventivos, face interna. Demostra como cuida de suas peças íntimas que material higienizador usar nas regiões íntima e como usar. 45 6. DISCUSSÃO O uso de metodologias lúdicas proporciona ao educando a curiosidade e o gosto por Mirela Aguiar-2014 aprender, e ainda dribla as dificuldades de inserir conteúdos maçantes, inovando o modo de conhecimento (PEREIRA, 2001; BRASIL, 1998). De acordo com Campos; Bortoloto e Felício (2012), essas metodologias atuam como um instrumento fundamental na aprendizagem, estimulando o interesse do aluno, desenvolvendo diferentes níveis de experiência pessoal, e em grupo. A utilização de modelos anatômicos, como material de aprendizagem, revela um alto valor de aprendizagem significativa, de modo que proporciona uma relação teórica com o real (DUSO, 2012). Partindo dessa proposta, Guimarães, (2011) e Oliveira (2012), mencionam tal importância ainda como uma ferramenta inclusiva de educandos com dificuldades de aprendizado, podendo sentir as diferentes texturas, e proporções, sendo um importante recurso para acessibilidade, independendo das características físicas ou sensoriais diferenciadas dos educandos. Segundo Paula (2014), a elaboração de folders pelo educando, quando realizada em grupo possibilita criar um ambiente de questionamentos, discussões, ideias e opiniões diferentes, e ainda revisão de conteúdo aplicado para a confecção do mesmo. Paula (2014) ainda menciona a importância da supervisão do educador nesse processo, analisando os erros e corrigindo com os próprios alunos, a fim de fixar um conceito. Folders explicativos permitem também que o conhecimento seja intensificado, expandido, e compartilhado multiplicando saberes e experiências, estimulando o dialogo familiar e interação social (OLIVEIRA, 2012; FONSECA, 2004). As relações observadas em atividades em grupo agem de maneira ativa e interativa, fazendo com que o aluno situa-se em um grupo, debata suas ideias e compreensões, aprenda a respeitar e fazer-se respeitar no ambiente que ele está inserido, criando uma linha de argumentativa onde os alunos são testados, instigando-os e estimulando-os a participar dos questionamentos levantados, desse modo elaborando um conceito com um conjunto de ideias discutidas (BRASIL, 2000). Diante o tema sexualidade, a escola e os professores apresentam um papel de complemento da educação familiar, dando suporte ao educando, a respeito de formação de opinião, conhecimento sobre doenças e prevenções, inserindo conceitos sociais e éticos, em geral dando noções de responsabilidade, e preparando-os os jovens para a vida adulta (GOMES, 2002). Mesmo assim, percebemos que nas práticas pedagógicas, a sexualidade tem um 46 destaque de cunho biológico, onde as atividades são voltadas a palestras, que médicos e enfermeiros, ou outro tipo de profissionais da saúde ministram o conteúdo para os alunos, essa metodologia possui um caráter significativa, mas não suficiente para esclarecer as Mirela Aguiar-2014 dúvidas, e quebras de tabus sobre o assunto (AQUINO; MARTELLI, 2012). Além dos fatos de risco com a própria saúde dos adolescentes e do feto gerado com a gravidez indesejada, deparamos com os riscos de abandono escolar, consequentemente o baixo nível de escolaridade, e a ausência de planos futuros tanto em grau de escolaridade como em estruturação familiar. As consequências da gravidez precoce podem interferir no desenvolvimento pessoal e social, sendo considerado um problema de saúde publica (RODRIGUES, 2010). 47 7. CONCLUSÃO Após a elaboração deste trabalho, concluímos que nossos objetivos foram atingidos e que as metodologias aqui propostas serem de grande valia para o ensino,Mirela mas Aguiar-2014 sua dificuldade na confecção destas, seja pelo amplo levantamento bibliográfico, ou pela grande demanda de tempo para a construção das mesmas, acaba não sendo executadas em salas de aula. 48 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Através do trabalho foi possível observar a importância de metodologias alternativas para facilitar a aplicação de assuntos maçantes e ou polêmicos. Mirela Aguiar-2014 Os modelos anatômicos em geral aproximam da realidade e facilitam o aprendizado, pois uni a teoria da prática, passando de uma teoria a material concreto. Com a proposta é possível construir um material de alto valor de aprendizado, e reutilizando os materiais, ainda o educador poderá utilizar o modelo em outras aulas. Assim, os folders explicativos disponíveis aos educandos, foi uma metodologia utilizada para especificar o conhecimento e a pesquisa, mostrando a importância para tal assunto tanto falado e tão pouco esclarecido. Ainda se torna uma ferramenta de interação entre família escola e conhecimento. É possível traçar outra linha de raciocínio, onde concluímos que apesar das metodologias propostas apresentarem um grande valor para a educação, é explicita a dificuldade de confecção destas, seja pela demanda de tempo e dedicação para reproduzi-las, pela extensa pesquisa e levantamento bibliográfico. 9. RECURSOS FINANCEIROS Todo o material utilizado para construir as atividades propostas será adquirido com recursos próprios. 49 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANNA, A.S. A história do lúdico na educação. REMAT, v.6, n.2, p.19-36, Mirela Aguiar-2014 Florianopolis-SC. 2011. AQUINO, C.; MARTELLI, A. C. Escola e educação: uma relação necessária. 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