Universidade do Vale do Paraíba- UNIVAP
Faculdade de Educação e Artes-FEA
Mirela Santos Aguiar
PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO DE APOIO AO PROFESSOR DE
BIOLOGIA SOBRE O TEMA SEXUALIDADE.
São José dos Campos – SP
2014.
MIRELA SANTOS AGUIAR
PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO DE APOIO AO PROFESSOR DE BIOLOGIA
SOBRE O TEMA SEXUALIDADE.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado á
comissão de Graduação do Curso de Ciências
Biológicas
–
Licenciatura
Plena,
da
Universidade do Vale do Paraíba como requisito
para obtenção do titulo de Licenciatura em
Ciências Biológicas.
Orientador:
Prof.
MSc.
Guimarães Prianti Junior
São José dos Campos -SP, 2014
Antonio
Carlos
MIRELA SANTOS AGUIAR
PRODUÇÃO DE MATERIAL DE APOIO AO PROFESSSOR DE BIOLOGIA,
SOBRE O TEMA SEXUALIDADE.
Banca Examinadora:
_______________________________________________
Profº. Me. Antônio Carlos Guimarães Prianti Júnior
_______________________________________________
Profª. Me. Celenrose Costa Zaroni
_______________________________________________
Profª. Me. Maria Amélia da Silva A. de Almeida
_______________________________________________
Profª. Me. Karla Andressa Ruiz Lopes
São José dos Campos,____ de __________________2014.
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus por ter me guiado nessa caminhada, seguindo sempre o
caminho da honestidade e perseverança, aos meus familiares que da maneira deles, ajudaram
como puderam.
A minha querida Marilene de Brito R Grassi Lima, secretária da FEA, que de inúmeras
maneiras sempre esteve disposta a ajudar, orientar, escutar, se tornando aquela luz quando
mais precisava.
Ao meu grande amado e amigo, Carlos Henrique Rodrigues, que me compreendeu nos
momentos difíceis, foi feliz junto comigo e me ajudou, muitas vezes apenas por estar ao meu
lado, minha eterna gratificação.
Meus queridos amigos que sempre estiveram por perto de alguma maneira, me
incentivando para continuar, e nunca desistir, e em especial um grande amigo Eduardo
Flausino de Souza, que em infinitas vezes me ajudou, e esteve ao meu lado nessa jornada da
Graduação.
A todos os professores da UNIVAP, os que antecederam fazer minha graduação possível,
e em especial ao meu querido orientador Antônio Carlos Guimaraes Prianti Junior, que
aceitou me guiar nesse projeto, meus sinceros agradecimentos.
Obrigada a todos que participaram dessa etapa da minha vida de alguma maneira,
motoristas, faxineiros, porteiros, secretários, bibliotecários, a todos os profissionais que me
ajudaram a realizar esse sonho tão sonhado, obrigada.
Resumo
A falta de recursos para apresentação de conteúdos de maneira dinâmica, ainda é um
grande problema nas escolas, assim metodologias lúdicas e alternativas vêm tornando-se uma
ferramenta crucial no processo de ensino aprendizagem do educando. Desse modo o presente
trabalho tem como objetivo produzir um material didático, destinado ao professor de biologia
nas séries do Ensino Médio, enfatizando o tema sexualidade. Elaborando modelos
anatômicos, de maneira explicativa, do sistema reprodutor masculino e feminino, e a
confecção de folders explicativos sobre tema: Doenças Sexualmente Transmissíveis, Métodos
Contraceptivos, Higiene Íntima, junto a pesquisas e estudos atualizados sob os temas, e um
manual de confecção dos modelos, para que o educador possa reproduzir o material. Foi
realizada uma pesquisa bibliográfica em livros didáticos para observar a abordagem do tema.
A partir do material produzido o professor pode conduzir a aula de maneira diferenciada, e
fazendo com que os alunos construam o conhecimento, diante as observações e questões
levantadas bem como ainda estimular o espírito critico, podendo aproximar a teoria da prática,
disseminando conhecimento com os folders explicativos.
Palavras-chave: Modelos Anatômicos, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Métodos
contraceptivos e Higiene Íntima.
Abstract
The lack of resources for presentation of contents so dynamic, it is still a big problem in
schools, recreational and methodological alternatives are becoming a crucial tool in the
teaching learning process polite. Thus the present study aims to produce teaching materials
for the biology teacher at the school average grades, emphasizing the theme of sexuality.
Elaborating anatomical models, explanatory way, male and female reproductive system, and
the preparation of explanatory brochures on topic: sexually transmitted diseases,
contraception, intimate hygiene, along with updated research and studies under the themes,
and manual production of models so that the educator can reproduce the material. A literature
search was conducted to look at textbooks approach the subject. The material produced from
the teacher can lead the class in a different way, and causing students to construct knowledge,
and observations on the issues raised and further stimulate critical spirit and can bring the
theory of practice, disseminating knowledge with explanatory brochure.
Keywords: anatomical models, sexually transmitted diseases, contraceptive methods and
personal hygiene.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Pelve Masculina ........................................................................................................ 19
Figura 2- Pelve Feminina ......................................................................................................... 21
Figura 3- Material utilizado para base ...................................................................................... 24
Figura 4- Preparação inicial da peça ........................................................................................ 24
Figura 5- Corte do contorno da peça concluido ....................................................................... 25
Figura 6-Processo de revestimento ........................................................................................... 25
Figura 7-Peças revestidas ......................................................................................................... 26
Figura 8- Estruturas desenhadas nas peças ............................................................................... 26
Figura 9-Dobras do Folder ....................................................................................................... 28
Figura 10-Formato de dobra charuto ........................................................................................ 28
Figura 11- Modelo Masculino finalizado ................................................................................. 32
Figura 12- Modelo feminino finalizado ................................................................................... 33
Figura 13-Capa e contra capa do manual ................................................................................. 34
Figura 14-Apresentação e Índice do manual. ........................................................................... 34
Figura 15- Lista de materiais e preparação da base e da peça .................................................. 35
Figura 16- Corte da peça com estilete e finalização da base. ................................................... 35
Figura 17- Processo de revestimento ........................................................................................ 36
Figura 18- Revestimento Frontal e Inicio dos desenhos das estruturas .................................... 37
Figura 19- Processo de desenho ............................................................................................... 37
Figura 20- Fase de desenho finalizado e Início do de pintura .................................................. 38
Figura 21- Pintura das estruturas .............................................................................................. 39
Figura 22- Identificação das estruturas e Modelos finalizados ................................................ 39
Figura 23- Considerações finais e Listas de figuras. ................................................................ 40
Figura 24- Índices dos modelos, frente .................................................................................... 41
Figura 25- Índices dos modelos, verso ..................................................................................... 41
Figura 26- Folder de Doenças Sexualmente Transmissíveis, capa .......................................... 42
Figura 27- Folder de Doenças Sexualmente Transmissíveis, parte interna.............................. 42
Figura 28- Folder de Método Contraceptivo, capa ................................................................... 43
Figura 29- Folder de Método Contraceptivo, parte interna ...................................................... 43
Figura 30- Folder de Higiene Íntima e Exames Preventivos, capa. ......................................... 44
Figura 31- Folder de Higiene Íntima e Exames Preventivos, face interna ............................... 44
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 9
2. OBJETIVOS ................................................................................................................... 11
2.1 Objetivos Gerais ........................................................................................................... 11
3.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 12
3.1 Ensino e Aprendizagem ................................................................................................ 12
3.2. Ensino da Biologia-Sexualidade ................................................................................. 14
3.3. Metodologias lúdicas ................................................................................................... 16
3.4. Sistema Reprodutor Masculino ................................................................................... 18
3.5. Sistema Reprodutor Feminino ..................................................................................... 21
4. METODOLOGIA ........................................................................................................... 23
4.1. Público Alvo ................................................................................................................ 23
4.2. Plano de Aula ............................................................................................................... 23
4.3. Modelo Anatômico dos Sistemas ................................................................................ 23
4.3.1. Índice dos modelos .................................................................................................. 27
4.3.2. Manual dos Modelos ................................................................................................. 27
4.4. Folders informativos .................................................................................................... 27
5. RESULTADOS .............................................................................................................. 29
5.1. Plano de Aula ............................................................................................................... 29
5.2. Modelo Anatômico dos Sistemas ............................................................................... 32
5.3. Manual dos Modelos .................................................................................................... 34
5.4. Índice dos Modelos ..................................................................................................... 41
5.5. Folders Informativos .................................................................................................... 42
6. DISCUSSÃO .................................................................................................................. 45
7. CONCLUSÃO ................................................................................................................ 47
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 48
9. RECURSOS FINANCEIROS ........................................................................................ 48
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 49
9
1. INTRODUÇÃO
Mirela Aguiar-2014
Ensinar Biologia, para os Parâmetros Curriculares de Ensino (PCN, 2000), é desenvolver
no educando a curiosidade e o gosto de aprender, estimulando o questionamento para um
cidadão crítico, e a investigação, permitindo a formação de conceitos e construção de
conhecimento. Ainda o ensino dessa disciplina tem grande papel na construção do educando
como uma visão de mundo, levando- o a formação de conceitos relacionados a sociedade, e na
formação de um cidadão.
Cada indivíduo é um ser único, com suas características de tempo e espaço em relação ao
aprendizado, em busca de respeitar esse tempo para a concretização do conhecimento, e ainda
estimular o aluno a se interessar pelo estudo, o uso de metodologias lúdicas proporciona um
ambiente dinâmico em sala de aula e prazeroso, sendo uma maneira de driblar as dificuldades
de passar conteúdos maçantes, sendo uma ferramenta auxiliadora e inovadora na construção
do conhecimento cognitivo (PEREIRA, 2001).
Ao abordar temas como o corpo humano, estabelecemos relações importantes entre os
diferentes sistemas nele presentes, tal como as diferenças em cada ser humano, indicando que
cada pessoa é única e sendo possível trabalhar atitudes de respeito, com seu próprio corpo e
para com próximo (BRASIL, 1998).
É presente para toda a sociedade a importância da discussão do tema sexualidade na
escola, comenta pela sua influência na formação da criança e do adolescente, no caráter
pessoal e social. Um assunto de atual discussão é o aumento dos índices de gravidez na
adolescência é um dado extremamente preocupante, que esta relacionada a um caráter social,
comportamental, econômico, e educacional (SAITO, 2000).
Tal importância sobre o assunto reflete na UNFPA (Fundo de população das Nações
Unidas), onde o tema do relatório anual de 2013 é “Maternidade precoce: enfrentando o
desafio da gravidez na adolescência”, que publica o seguinte dado: estima-se que todos os
dias nos países em desenvolvimento, aproximadamente 20 mil meninas com menos de 18
anos dão a luz, e 200 morrem a cada ano com complicações s na gravidez e no parto. O
relatório ainda aponta as principais causas, tais como casamento precoce, pobreza, violência
sexual, restrições a políticas de métodos anticoncepcionais, a falta de acesso á educação e
serviços de saúde relacionados ao tema.
10
Desse modo o presente trabalho tem como objetivo produzir um material de apoio ao
professor, na disciplina de biologia e abordar através de folders explicativos, temas
relacionados sobre sexualidade.
Mirela Aguiar-2014
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2. OBJETIVOS
2.1 Objetivos Gerais
Mirela Aguiar-2014
Construir material pedagógico com intuito de estimular o ensino aprendizagem do tema
sexualidade apresentando o conteúdo de maneira lúdica e divertida, consequentemente
facilitando a construção de conhecimento do educando.
2.2 Objetivos Específicos
Como objetivos específicos propõem-se:
•
Confeccionar modelos anatômicos para relacionar teoria e prática;
•
Elaborar quatro folders com temas relacionados com sexualidade; e
•
Construir um manual de construção dos modelos.
12
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 Ensino e Aprendizagem
Mirela Aguiar-2014
A aprendizagem é um processo de desenvolvimento intelectual, e está diretamente
relacionada à ação do sujeito ao meio, segundo Piaget (1998), esta acontece em etapas,
assimilação que é um mecanismo que incorpora as comparações de objetos, esquemas, e
estruturas intelectuais que o sujeito dispõe a certo momento. O equilíbrio é um processo
que abrange todas as ações envolvidas, os obstáculos, dificuldades encontradas, resistência
do objeto assimilado, onde o educando lida com essas situações, e o por fim a
acomodação, que é um mecanismo complementar das mesmas situações acima citada,
partindo que o educando se reajuste com as propostas e particularidades dos objetos
apresentados.
Segundo a teoria de Vygotsky, mencionado por Coelho ( 2012) a aprendizagem é um
processo contínuo, apresentando também níveis de desenvolvimento nas relações sociais,
dois tipos são identificados, o desenvolvimento real que refere-se as conquistas
relacionadas aquelas que a criança consegue desenvolver sozinha, sem o auxilio do outro
individuo, e o desenvolvimento potencial que refere-se ao aprendizado em grupo, com a
influencia do outro nesse processo, em especial nesse caso as experiências são mais
importantes, pois é através do dialogo, das relações e da colaboração de outra pessoa que o
educando consegue construir um conceito, um aprendizado significativo.
Werneck (2006) cita a construção do conhecimento, em seu trabalho e comenta como
ela deve ser construída, que esta deve corresponder a ponto de vista já descrito, junto ao
consenso universal com certa coerência de raciocínio, não sendo possível “construir” seu
conhecimento individual, sem ter vínculo com os saberes universais e ou sociais e
científicos.
Nesse processo de aprendizagem, o professor carrega um papel muito importante, além
de mediador, na construção do conhecimento científico, pessoal e social, e inserindo o
educando a entender o que se passa ao seu redor, ele ainda busca a compreender e aceitar
que cada ser humano é único e apresenta um estilo individual de aprendizagem, diferenças
sociais e culturais, de acordo com seu tempo e espaço (CERQUEIRA, 2006).
Diante isso, a escola e professores estão apresentando um papel de complemento da
educação familiar, dando suporte , quando se trata de formação de opinião, dando noções
de responsabilidade, e inserção de conceitos sociais e éticos e nos demais aspectos
preparando-os os jovens para a vida adulta (GOMES, 2002). Piaget (1998),cita também
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em sua obra o papel do professor, que não é apenas ensinar, mas utilizar métodos para que
que proporcione um ambiente que a própria criança descubra, crie situações problemas
para construir um conhecimento.
Mirela Aguiar-2014
Balestra (2005) menciona a importância da assimilação das experiências novas com as
já existentes, ao relacionar conhecimentos adquiridos com situações atuais, é possível
mostrar ao educando um conhecimento significativo, e próximo a realidade do mesmo.
Contudo, toda a escola e sua comunidade, não só o professor e o sistema escolar,
precisam se mobilizar e se envolver para produzir as novas condições de trabalho, de
modo a promover a transformação educacional pretendida. ( BRASIL,1998).
14
3.2. Ensino da Biologia-Sexualidade
Diante tantos questionamentos e fatores históricos que influenciaram, no início do século
Mirela Aguiar-2014
XX, nos anos de 20 e 30, o assunto sexualidade era apenas discutido entre professores,
médicos, entre outros profissionais, questões de higiene, e de algumas doenças venéreas, e foi
apenas em 1928 no Congresso nacional de Educadores que foi aprovado o Programa de
Educação Sexual que seria trabalhado com crianças acima de 11 anos (AQUINO;
MARTELLI, 2012).
A escola participaria com uma metodologia diferenciada daquela
tradicional, necessitando por parte dos professores uma determinada capacitação por um
especialista para trabalhar o assunto (MONTARDO, 2008).
A problemática se torna também papel da escola, que auxiliará nas questões científicas,
biológicas, autoconhecimento, respeito com si e para com o próximo, assim a disciplina de
biologia pode ser uma das disciplinas mais relevantes e merecedoras da atenção dos alunos,
fazendo com que eles além de compreender os conceitos básicos da matéria, sejam capazes de
refletir sobre suas ações, o que acontece ao seu redor, e qual seu papel na sociedade.
(KRASILCHIK, 2004).
A área de ciências e biologia possui por sua riqueza diversidade de temas e conteúdos, que
pode ser apresentada de formas diferenciadas aos alunos, aumentando o aprendizado
significativo; com isso o professor torna-se papel importante em criar condições para que isso
aconteça (BRASIL, 1998).
Falar sobre sexualidade é falar sobre as relações entre seres, trocas de afeto, carinho,
desejos, vontades, beijos, abraços e sexo, de um modo geral todos os processos das relações
com outras pessoas e consigo própria. (AQUINO; MARTELLI, 2012). Essa simples palavra
tão falada e tão pouco esclarecida, gerou e geram sobre a história inúmeras discussões, entre
religiões, políticas públicas, escola, família, saúde da mulher, pecado, perversões, o que certo?
ou errado?, todos esses pensamentos são de acordo com sua educação, cultura, mitos,
comportamentos e tempo/ espaço do meio onde vive, que vai determinar sua posição perante
assunto.
Para que aluno do ensino médio consiga situar-se e compreender de um modo geral, sua
existência, é importante partir de uma idéia macro para uma micro, assim ficará então mais
significativo, entendendo que o organismo é fruto das relações entre sistemas, aparelho e
órgãos, que são formados por um conjunto de células que se interagem (BRASIL, 2000).
O processo de transição e de desprendimento, dito na forma de rompimento de vínculos
infantis, rumo a um amadurecimento a vida adulta é inevitável, podendo acontecer de forma
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conflituosa ou não, onde o adolescente busca adaptar-se ao seu ambiente social e diferenças
físicas e fisiológicas, e aceitar as diferenças do seu eu, elaborando maneiras de investigação,
para a resolução de seus próprios problemas, junto á busca de um sentido do seu papel mundo
Mirela Aguiar-2014
(BECKER, 1999).
Figueiró (2009) cita em sua obra que, ao falamos sobre assunto sexualidade na escola,
lidamos com várias barreiras, onde deparamos em sala de aula a questão do despreparo dos
professores em lidar com o tema, o contexto social em que os alunos estão inseridos, e
considerando que os mesmo vêm carregados com uma bagagem de informação cultural,
tabus, preconceitos, dificultando a discussão aberta e esclarecedora sobre o assunto.
Sexualidade é falar do social e individual, do cultural e do biológico, do emocional e do
racional, assim a escola lida com esse assunto cotidianamente, querendo ou não, esta palavra
tão comentada e pouco esclarecida encontra-se em todo o cotidiano do adolescente, seja em
gestos de carinho, nas brincadeiras com os colegas, nas curiosidades em conhecer seu corpo,
na violência sexual e em inúmeros outros atos. Pela interdisciplinaridade, que a própria
palavra carrega com ela, cabe a escola, família, e sociedade caminhar junto para o
esclarecimento dos conceitos, e fazer do jovem, adolescente um adulto, ciente de suas ações, e
respeito com seu próprio corpo e com o do próximo, amadurecendo sua relações (AQUINO;
MARTELLI, 2012).
16
3.3. Metodologias lúdicas
O lúdico origina-se do latim ludus, que significa brincar, e esteve presente em todas as
Mirela Aguiar-2014
épocas da humanidade, de acordo com seu contexto histórico vivido pelos povos, e pelos
pensamentos de cada marco da história que influenciava. (ANNA, 2011).
Atualmente entende-se que processos de memorização, para fixação de conteúdos não
estimulam a construção do conhecimento, fazem com que a aprendizagem seja momentânea,
e logo será esquecida. Assim ferramentas facilitadoras de ensino que foge do método
tradicionalista, tem se tornado uma proposta rica na aplicação de conteúdos.
Segundo o Brasil (2000), para que consiga transmitir suas ideias em diferentes situações,
os educadores devem utilizar de diversas linguagens de aprendizado, por exemplo, quando
falamos sobre o corpo humano, é importante dar destaque as relações entre o corpo e meio
ambiente, seja com aulas práticas ou teóricas, a influências dessas para um todo.
De acordo como o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI,
cabe ao professor o papel de direcionar e estruturar e estimular os campos de das brincadeiras
na vida das crianças, disponibilizando objetos e jogos e possibilitando um tempo e espaço
para essas brincadeiras (BRASIL, 1998).
A pesquisa feita por Campos, Bortoloto e Felício (2002), que realizaram uma experiência
de utilizar de um jogo para aplicação do conteúdo da Evolução de Vertebrados e sua
Genética, onde além de adquirir o aprendizado, eles deram sua posição perante a metodologia
utilizada. De um modo geral os alunos citaram, “muito criativo”, “interessante” e “
interativo”.
Jogos didáticos apresentam a capacidade de ser incentivar, maximizar relações, estimular a
inteligência e o criativo, sociabilizar a vida em grupo e ainda construir o conhecimento de
forma divertida e dinâmica (CAMPOS, BORTOLOTO, FELÍCIO, 2002; LONGO, 2012).
Duso (2012) menciona o crescimento do uso de modelização como uma alternativa para
o ensino de Biologia, Química, apesar do crescimento, os modelos representacionais são ainda
pouco usados, como uma ferramenta facilitadora do ensino, o que é lamentável pelo fato de
possuir um alto valor significativo de aprendizagem. Guimarães (2011) e Oliveira (2012)
discutem a importância desse material como ferramenta a ser utilizada com educandos com
dificuldades de aprendizado, e ou especiais, pelo fato de apresentar diferentes texturas,
proporções, tornando-se um recurso de inclusivo, independendo das características físicas,
sensoriais, mentais diferenciadas dos outros educandos.
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Os folders surgiram inicialmente como ferramenta de comunicação, propaganda e
marketing, especificamente para campanhas publicitárias, onde se caracteriza pela presença
de ser um impresso em uma folha, com no mínimo uma dobra, que permite transmitir de
Mirela Aguiar-2014
forma objetiva e rápida o conteúdo sem cansar o leitor, e seu contato com o leitor permite
uma transmissão de conhecimento e interação social (PAULA, 2014).
Para uma proposta lúdica obter seu esperado resultado no processo educacional, é
essencial promover diversas situações que chamam a atenção dos alunos, que desperta o
desejo de resolver as situações - problemas propostas, que cria um ambiente de reflexões
sobre um determinado assunto e permiti aos educandos avaliar quanto ao desempenho, de um
modo individual e em grupo. Assim, metodologias alternativas são úteis, quando
acompanhado por alguém que analise essa relação entre o jogo e o jogador de modo crítico
(BROUGÈRE, 2003).
18
3.4. Sistema Reprodutor Masculino
Mirela Aguiar-2014
As explicações iniciais sobre reprodução eram mais místicas do que científicas, o
pensamento como Deus o criador de mundo, sempre influenciou nas questões da criação onde
sempre havia duas posições, a da igreja, que tinha sua opinião e dos cientistas que tentavam
provar de forma concreta a verdadeira origem do homem, e como ele se disseminava
(CASTAÑEADA, 1995). E foi em 1853 que a Fertização foi descrita de maneira apropriada,
onde o espermatozóide entrava no óvulo, gerando um embrião (JACOB, 1990).
Os sistemas reprodutores em geral asseguram a continuidade da espécie, mas para isso
acontecer, os órgãos masculinos precisam tornar-se propícios a gerar outro indivíduo, assim o
processo de maturação dos mesmos ocorre por volta dos 10 a 14 anos, mais que pode variar
de pessoa (SWATZBERG, 2007).
Segundo Guyton e Hall (2008), citam que as funções corporais são reguladas pelo sistema
nervoso e sistema endócrino, possuindo inter-relações entre eles, geralmente o sistema
hormonal está envolvido com todas as funções metabólicas do corpo. As mudanças no corpo
ocorrem durante o processo da puberdade, a maturação dos órgãos genitais, seguindo para a
preparação do organismo a reproduzir-se, que está diretamente relacionada com o sistema
endócrino, na liberação e produção de hormônios responsáveis para que cada uma dessas
etapas aconteça.
O sistema reprodutor masculinos é composto pelas estruturas pênis, ânus e escroto são
órgãos externos masculinos, canal vertebral, sacro, reto, Cóccix, Próstata, Canal anal, Ânus,
Esfíncter externo do ânus, profundo, Superficial, Subcutâneo, Glândula bulbouretral,
Diafragma urogenital, Escroto, Corpo cavernoso, Óstio externo da uretra, Prepúcio, Glande
do pênis, Uretra esponjosa, Epidídimo, Ducto deferente, Bexiga, Ducto ejaculatório, Vesícula
seminal, Cavidade abdominal Sínfise púbica, Uretra Prostática são estruturas internas.
(JACOB, 1990).
19
Mirela Aguiar-2014
Figura1. Pelve masculina. Representação um corte sagital medial da pelve masculina, onde as setas
indicam os nomes das estruturas.
Fonte: (DANGELO, 2006).
É nos testículos, órgão oval recoberto por uma camada de pele chamada escroto, onde
cerca de 900 túbulos seminíferos espiralados (compostos por células germinativas em vários
estágios), nos quais são formados por meiose os espermatozóides (células haploides) pelo
processo da espermatogênese, que começa por volta do 13 anos e continua para o resto da
vida. (GUYTON; HALL, 2008; SPENCE, 1991).
O epidídimo é uma rede de ductos e canais que transporta os espermatozóides dos
testículos para o exterior do corpo, através de ductos eferentes e contrações de musculatura
lisa durante a ejaculação, onde ainda ao passar pelo epidídimo finaliza seu processo de
maturação (SPENCE, 1991; JACOB, 1990)
O sêmen é uma mistura de espermatozóide dos testículos e fluidos seminais, da próstata e
das glândulas bulbouretrais, durante a ejaculação cerca de 2 ml de volume é liberado, onde
possui 300 milhões de espermatozóides; sua alta alcalinidade ( ph 7,5) que protege do ph
ácido da vagina ( SPENCE, 1991).
O pênis é o órgão da cópula, quando não estimulada é uma estrutura flácida. É composto
por colunas longitudinais de tecido erétil (corpo cavernoso, corpo esponjoso), com capacidade
de aumento quando estimulado sexualmente. As artérias que suprem de pênis dilatam sobre
pressão de sangue, por estímulos parassimpáticos, entrando nos espaços cavernosos de tecido
erétil, à medida que esses espaços se preenchem , expandem-se e comprimem as veias retendo
todo o sangue, fazendo com que o pênis fique ereto (JACOB, 1990).
Quando amadurecidas as estruturas reprodutoras do homem ele está apto a gerar
descendentes, o processo de fertilização. Se acontecer o coito, o espermatozóide alcança o
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óvulo (oócito secundário feminino), e entra no mesmo com auxilio de enzimas secretoras do
Acrossoma – porção mais extrema do espermatozóide, perdendo a cauda e entrando na zona
pelúcia, imediatamente óvulo se torna impenetrável, a presença do pronúcleo induz o oócito
Mirela Aguiar-2014
liberar o segundo corpo polar feminino, e a uniam dos dois gametas resulta em um zigoto com
46 cromossomos, a parte do pai e da mãe (JACOB, 1990).
21
3.5. Sistema Reprodutor Feminino
O aparelho reprodutor feminino inclui ovário, trompas de falópio (tubas uterinas), útero,
Mirela
vagina. Anatomicamente outras estruturas estão envolvidas, ânus, colo
do Aguiar-2014
útero, reto, sacro,
lábio menor e maior, clitóris, uretra, sínfise púbica, bexiga que envolve esse sistema
(SPENCE, 1991).
Figura 2. Pelve Feminina. Representação de um corte sagital-mediano feminino, onde as setas indicam
os nomes das estruturas.
Fonte: (SPENCE, 1991)
As mulheres ao contrário dos homens possuem um tempo “determinados” a gerar
descendentes, que acontece da menarca até a menopausa, nesse período 400 folículos
primordiais desenvolvem-se para expelir seus óvulos, esse processo dura aproximadamente 40
anos, variando de mulher (GUYTON; HALL, 2008) . Esse período se caracteriza pela
menstruação – descamação endometrial, se não haver fecundação. O ciclo menstrual pode ter
duração de 28 dias, variando de 22 a 35 dias, esse ciclo pode ser dividido em três fases;
FASE MENSTRUAL: é o período do ciclo onde a camada funcional do endométrio
descama-se, esse fluxo é composto por sangue, tecido endometrial desintegrado, secreções
das glândulas uterinas e muco. Para que esse ciclo continue, a glândula adeno-hipófise
estimula os hormônios LH e FSH ativando o ciclo ovariano a prosseguir seu desenvolvimento
(JACOB, 1990; SPENCE, 1991).
FASE PROLIFERATIVA: começa em torno do quinto dia após o fim da fase menstrual, e
estende-se até a ovulação – ponto médio do ciclo, essa etapa caracteriza-se pela estimulação
do estrogênio, para causar o espessamento da camada funcional do endométrio. O LH por sua
vez age no folículo maduro, causando a ruptura, que é a ovulação, por volta do 14º dia de um
ciclo regular de 28 dias (JACOB, 1990; SPENCE, 1991).
22
FASE SECRETORA: o corpo lúteo produz estrógeno e progesterona em altos níveis, e
inibe a liberação de LH e FSH pela hipófise. O endométrio diferencia-se em um tipo de tecido
secretor, disponibilizando um ambiente apropriado para a implantação do embrião, se não
Mirela Aguiar-2014
houver implantação as atividades funcionais diminuem e as alterações degenerativas iniciam
novamente o ciclo (JACOB, 1990; SPENCE, 1991).
De acordo com Linhares, Giraldo e Baracat (2010) o sistema reprodutor feminino
apresenta um mecanismo de defesa extremamente importante para a mulher, á flora vaginal,
que possui a capacidade de manter o meio saudável, ph estável, e impede a proliferação de
micro-organismos estranhos, que venham prejudicar seu funcionamento correto, entretanto
além de fatores endógenos, o uso de contraceptivos, as fases do ciclo menstrual, a gestação, o
uso de duchas ou produtos desodorantes, a utilização de antibióticos ou outras medicações
pode alterar, aumentando ou diminuindo as vantagens seletivas de micro-organismos na
região vaginal.
A vagina é o órgão de copula feminino, seu canal se estende colo do útero até o exterior do
corpo, se se comunica superiormente com a cavidade uterina através do óstio, em mulheres
virgens essa cavidade é parcialmente fechada pelo hímen, que é distendido e dilacerado
durante o intercurso sexual (DANGELO, 2006; SPENCE, 1991).
Dangelo, (2006) menciona que do ponto de vista para a reprodução humana o organismo
feminino é mais complexo que o masculino, pois possui a capacidade de abrigar e
proporcionar o desenvolvimento de um novo ser vivo.
O útero é onde o embrião se aloja e desenvolve-se até o nascimento, esse órgão é dividido
em três cavidades, endométrio, miométrio e perimétrio, o endométrio em especial possui uma
importância muito grande na demanda nutricional para o feto, desse modo os ciclos ovarianos
são interrompidos e a fim de manter essa camada em alto nível de estágio de desenvolvimento
(SPENCE, 1991).
As Tubas uterinas são tubos flexíveis, que se estendem do fundo do útero a cada lado do
mesmo, as fimbrias é uma porção adjacente das tubas que não necessariamente fazem contato
com os ovários, estas funcionam como tentáculos para guiar o óvulo para o interior da tuba, e
são contrações peristálticas que o conduzem até a cavidade uterina. Os ovários são estruturas
ovaladas posicionadas na porção superior da cavidade pélvica, dentro dos ovários estão os
folículos vesiculares em vários estágios de desenvolvimento, é nos folículos que desenvolve
os óvulos, ainda é responsável por elaborar hormônios sexuais femininos.
23
4. METODOLOGIA
4.1. Público Alvo
Mirela Aguiar-2014
O projeto tem como publico alvo, adolescentes de escolas pública e privadas, com faixa
etária de 16 a 17 anos, matriculados no 2° ano do ensino médio.
4.2. Plano de Aula
Elaborou-se um plano de aula, onde o professor irá fazer um levantamento bibliográfico
para elaboração da aula teórica, seguindo as orientações dos Parâmetros Curriculares
Nacionais, utilizando esquemas, imagens, dados estatísticos para melhor fixação do conteúdo.
Foi utilizado o programa Microsoft Word 2010, fonte Times New Roman, tamanho12.
O roteiro de aula teórica terá as seguintes informações:
1. Características gerais de cada sistema;
2. Morfologia e anatomia;
3. Fisiologia;
4. Doenças sexualmente transmissíveis;
5. Métodos de prevenção de doenças, e gravidez indesejada; e
6. Saúde e Higiene Íntima.
4.3. Modelo Anatômico dos Sistemas
O modelo anatômico é de propriedade do professor, logo seu tempo de produção é
variável. Para a construção foi feito um levantamento bibliográfico sobre o assunto coletando
imagens sobre suas anatomias, assim duas imagens foi selecionadas para usar como base
Figura 1 e 2. Os sistemas serão projetados para que os alunos visualizem um corte sagitalmedial da cintura pélvica.
Utilizou-se com uma base firme de madeira reciclada para fixar a peça , uma placa de
isopor moldada e revestida com massa de biscuit e colorida com tinta de tecido, onde as
estruturas estarão identificadas e enumeradas.
24
Para o preparo da base inicialmente, foram retirados as duas faces laterais da caixa e os
pregos, essas foram lixadas com uma lixa de madeira tamanho 100, e pintadas com tinta
de tecido cinza deixando uma fresta como guia para colocar os pregos para fixar a peça de
Mirela Aguiar-2014
isopor.
Mirela Aguiar-2014
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A
B
Figura 3. Material utilizado para base. A: Caixa de madeira inteira, B: Faces laterais a serem utilizadas.
Para a peça de isopor, foi utilizada uma placa de laje de construção civil, 12x40x100 cm,
dividida em três partes iguais com o auxilio do estilete, com cada parte possuindo 12x40x100
cm, desse modo foi marcado o contorno de cada imagem com caneta para tirar o excesso e dar
forma ao modelo. Na Figura 5 é possível ver as peças prontas para revestimento.
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A
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B
Figura 4. Preparação inicial da peça. A: Placa de isopor já dividido, B: Marcação do contorno na peça,
sistema masculino, C: Corte de todo contorno com o estilete.
C
25
Mirela Aguiar-2014
Mirela Aguiar-2014
A
B
Figura 5. Corte do contorno da peça concluído. A: Sistema Reprodutor Feminino, B: Sistema Reprodutor
Masculino. Em ambos é possível observar uma base reta que posteriormente, fixará a base de madeira.
Utilizou-se 2kg de massa de biscuit natural para o processo de revestimento das peças.
Essa foi aberta e com auxilio do rolo de macarrão e amido de milho caso apresente uma
aparência pegajosa, e passada cola de artesanato por toda a peça e aplicado a massa, tirando
os excessos com a tesoura e fazendo as emendas com palito de madeira e água. Para a face da
frente foi utilizado um espessura de massa aproximadamente de 5mm a 6mm para dar
profundidade para as estruturas, já para as demais 3mm a 4 mm. Para as duas peças foram
feitas a mesma metodologia.
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A
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B
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C
Figura 6. Processo de revestimento. A: Abertura da massa de preferencia tamanho grande para evitar
emendas, B: Passagem de cola de artesanato ou de isopor para a fixação da massa, essencial, e C: Realização
das emendas, com água e palito pressionando levemente e unindo as duas extremidades.
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Mirela Aguiar-2014
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A
B
Figura 7. Peças revestidas. A: Peça revestida com massa de biscuit natural, modelo feminino, B: Modelo
masculino.
Para passar o desenho base na peça de isopor foi utilizado, um palito de madeira, um de
plástico com um aponta arredondada e outra ponte aguda (espaçador de cutícula) e água. Ao
projetar a imagem foi possível dar um pouco de profundidade no desenho por causa da
espessura da massa.
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A
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B
Figura 8. Estruturas desenhadas nas peças. A: Modelo masculino, apresentando suas respectivas
estruturas, B: Modelo feminino, e seu aparelho reprodutor.
Para o processo de pintura usamos tinta de tecido em diferentes cores (camurça-525,
amarelo canário-589, pêssego-566, vermelho natal-984, branco-519, cinza-933, ocre ouro573) e pinceis de diferentes tamanhos. Não se seguiu um padrão de cor, com as cores que
tínhamos foi realizadas variações de cores, mais clara com adição de branco e cores mais
27
escuras ao natural. Depois foram unidas a base e a peça, foi passado cola na base e nos pregos
para melhor fixação.
4.3.1. Índice dos modelos
Mirela Aguiar-2014
Confeccionaram-se primeiramente os números a serem colados com cola de artesanato na
peça. Utilizou do programa Microsoft Word 2010, para produção dos números, fonte Time
New Roman 12, negrito, quadrados de 0,7mm/0,7mm de tamanho, impressos em folha sulfite
A4, e depois colados na peça.
Para o índice foi usado o mesmo programa e fonte, e orientação paisagem, divida ao meio
onde a frente tinha as estruturas listradas de cada sistema e no verso as respectivas imagens
utilizadas como base para a proposta, Figura 1 e 2.
4.3.2. Manual dos Modelos
O manual foi construído a partir do programa Microsoft Word 2010, fonte Times New
Roman 12 e para títulos 14, impressos em folha sulfite A4 e encadernado, apresentando todas
as etapas da confecção dos modelos e algumas dicas de alternativas de materiais, tornando
possível sua reprodução.
4.4. Folders informativos
Com a supervisão do professor, os alunos irão formar quatros grupos, assim serão
sorteados pelo professor os temas dos folders que cada grupo ficará responsável por realizar.
O educando pode utilizar de qualquer ferramenta disponível na escola para realizar a
pesquisa, livros, internet, revistas, entre outras fontes, assim obtendo informações suficientes
sobre o tema o folheto será produzido e impresso, deixando disponível para os outros alunos
da escola.
Os temas dos folhetos são Doenças Sexualmente Transmissíveis, Métodos Contraceptivos,
Higiene Íntima e Exames periódicos, um dos focos principal dos informativos a “Mais que
aprender, e se conhecer”.
O folder foi confeccionado a partir de uma folha do tamanho A4,impresso em papel
couche, no formato de dobra charuto, onde apresentará três dobras, a interna com 97 mm de
largura, e a contra capa e capa com 100 mm largura.
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Mirela Aguiar-2014
Interna
Contra
Capa
capa
Figura 9. Dobras do Folder. As linhas tracejadas representam onde o folder vai ser dobrado, presença de
duas dobras e três faces.
Figura 10. Formato de dobra charuto. Esse tipo de dobra exige medidas especificas para que obtenha o
resultado desejado.
Fonte: http://www.impressul.com.br/?p=1838
29
5. RESULTADOS
5.1. Plano de Aula
Mirela Aguiar-2014
O plano de aula funcionará com guia das propostas, onde o educador pode se planejar na
aplicação do conteúdo, e ajusta-lo de acordo com a carga horária disponível para o tema. O
critério de avaliação não foi descrito no plano aula, para o professor escolher o metodologia
utilizada par avaliação.
Plano de aula
Data: 28/08/2012
Horário: 10h40min às 12h20min
Duração: 320 min
Local e Sala: E.E “CEL Eduardo José de Camargo”- SALA: 09
Curso: 2° ano do Ensino Médio
Matéria: Biologia
Tema: Saúde
Assunto: Educação Sexual
Objetivos Gerais
Apresentar os métodos de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis de maneira
didática, junto ao risco que leva a saúde do jovem, mostrando também as consequências
de uma gravidez precoce e a fisiologia da reprodução humana.
Objetivos Específicos:
Todos os alunos serão capazes de:
1. Conhecer o risco das DSTs e seu crescimento exponencial.
2. Conscientizar-se das consequências de uma gravidez precoce na vida dos adolescentes.
3. Identificar os métodos anticoncepcionais mais comuns-camisinha.
4. Utilizar os métodos anticoncepcionais.
Alguns alunos serão capazes de:
1. Compreender a gravidade de uma atitude imatura de uma relação sexual sem
prevenção.
2. Conhecer as doenças sexualmente transmissíveis mais frequentes e suas proporções
diante a um determinado grupo de populações.
3. Aprender sobre o autoconhecimento de seus órgãos reprodutores e o do sexo oposto.
Conhecimento Prévio
Possuir um conhecimento de Anatomia Humana sua Fisiologia e os órgãos envolvidos.
30
Conteúdo Programático
•
Sistema genital masculino e feminino;
•
Hormônios que envolvem esses sistemas;
•
Exames rotineiros masculinos e femininos;
•
Higiene intima;
•
O ato sexual;
•
Doenças sexualmente transmissíveis;
•
Gravidez na adolescência;
•
Métodos anticoncepcionais; e
•
Estatísticas e dados sobre o assunto.
Mirela Aguiar-2014
Recursos didáticos
Gráficos e tabelas apresentando estatísticas da população em relação às DSTs, e a
gravidez precoce, a apresentação prática dos métodos anticoncepcionais e seu uso em sala
de aula, utilização de modelos anatômicos do sistema genital masculino e feminino e,
confecção de um folder sobre educação sexual, dinâmica de grupo.
CRONOGRAMA DE AULAS
Aula
( h/a)
1º
2º
Conteúdo programático
0 - 15 min: introdução ao conteúdo características gerais como auxílio do livro
didático.
15 - 35 min: Principais mudanças de criança física e morfológica de um adolescente.
35 - 50 min: Aplicação da aula teórica junto a utilização dos modelos anatômicos das
glândulas secretoras dos hormônios masculinos e femininos sistemas, introdução das
características gerais, dos sistemas reprodutores femininos e masculinos.
0 – 25 min: Sistema Reprodutor masculino, características gerais, com auxilio dos
modelos anatômicos apresentando cada órgão, a produção de espermatozóides, e
hormônios relacionados.
25 – 50 min: Sistema Reprodutor feminino, características, utilização dos modelos
anatômicos demostrando cada órgão, ciclo menstrual, período fértil, e hormônios
envolvidos.
31
3º
4º
5º
6º
7º
8º
0 – 15 min: Exames rotineiros masculinos e femininos, orientando para prevenção de
doenças.
15 – 25 min: Higiene íntima do homem e da mulher, cuidados básicos para evitar
alergias, irritações e doenças.
Mirela Aguiar-2014
25 – 50 min: Como ocorre o ato sexual com auxilio dos modelos anatômicos, e com
acontece quando um óvulo é fecundado ( gravidez).
0 – 15 min: Apresentação das mais frequentes Doenças Sexualmente Transmissíveis
ocorrentes no Brasil e no mundo.
15 – 30 min: Maneiras de contágio das principais doenças.
30 – 50 min: Tratamentos, vacinas e métodos para controle das doenças e que atitudes
preventivas tomas para evitas, orientas a procuras a rede de saúde para fazer exames
periódicos.
0 – 15 min: As consequências da gravidez na adolescência, os riscos que a
adolescência e a criança ficam expostos.
15 – 30 min: As dificuldades e a posição da sociedade e da família perante tal situação.
30 – 50 min: Um documentário sobre o assunto demonstrando depoimentos de
adolescentes que passam por essa fase e como eles lidaram com a situação.
OBS: Os primeiros 30 min dessa aula serão em forma de debate, onde os alunos junto
ao professor discutirão sobre o assunto, colocando seu ponto de vista.
0 -10 min: Disposição dos alunos em formato de meia lua na sala de aula, com a mesa
do professor a vista de todos, com os métodos contraceptivos dispostos sobre a mesa.
10 – 50 min: Demonstração de qual a maneira correta de usar cada método, com o
auxilio dos modelos anatômicos, suas possíveis alterações diante ao uso, a maneira
correta de descarte.
0 – 25 min: Estatísticas e dados sobre DSTs no Brasil e no mundo, gravidez na
adolescência e consequências, vacinas disponíveis na rede publica, dados que possam
informar e criar um novo conceito sobre sexualidade. Regra dos S: Segurança, Saúde e
Sexualidade.
25 – 50 min: Dinâmica de mitos e verdades. Cada aluno terá que fazer uma pergunta
anonimamente, e colocar em uma urna, quando todos acabarem serão sorteados as
perguntas e assim discutidas e definidas como mito ou verdade, onde cada aluno vai
escrever em seu caderno cada mito e cada verdade. Caso os alunos, por algum motivo
não faça sua pergunta o mesmo perderá o ponto de participação, assim o professor
deverá fazer ao menos 10 questões caso isso aconteça.
0 – 50 min: Divisão dos alunos em quatro grupos, sorteios dos temas de cada folder e
inicio da pesquisa sobre os temas que serão abordados , em livros, revistas, jornais,
folhetos informativos, internet, com todos os recursos disponíveis na escola. Caso não
seja concluído a pesquisa os educandos terão de finalizar em casa e trazer pronto.
Sobre revisão do professor cada folder os mesmos serão impressos e distribuídos na
escola.
32
5.2. Modelo Anatômico dos Sistemas
O modelo finalizado apresenta as estruturas enumeradas, a base unida com a peça e o
processo de coloração concluído, possuindo todas as faces pintadas.
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Mirela Aguiar-2014
Mirela Aguiar-2014
A
B
Mirela Aguiar-2014
C
Figura 11. Modelo Masculino Finalizado. A: Mostra o modelo na vista frontal, as numerações dos órgão e
a diferenciação das estruturas pelas cores, B: Vista lateral do modelo, sendo possível observar a camada de
gordura da pele, e o revestimento e coloração lateral, C: Vista superior do modelo, sendo possível observar a
coloração da peça de uma outra visão.
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A
B
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C
Figura 12. Modelo Feminino finalizado. A: Mostra o modelo na vista frontal, as numerações dos órgão e a
diferenciação das estruturas pelas cores, B: Vista lateral do modelo, sendo possível observar a camada de
gordura da pele, e o revestimento e coloração lateral, C: Vista superior do modelo, sendo possível observar a
coloração da peça de uma outra visão.
34
5.3. Manual dos Modelos
O manual foi uma opção pensada para que o professor possa reproduzir seus próprios
Mirelaadquiri-los,
Aguiar-2014 sempre
modelos, ainda apresenta dicas com outras opções de materiais, onde
estimulando a criatividade, e a utilização de metodologias alternativas para melhor
enriquecimento da aplicação do conteúdo.
Figura 13. Capa e contra capa do manual. Constituindo o nome do autor, ano que foi produzido e titulo
do manual.
A
B
Figura 14. Apresentação e Índice do manual. A: É uma breve introdução da importância do material,
direcionando-se diretamente ao leitor e as figuras dos modelos finalizados, B: Apresenta a paginação do
manual, separando as etapas da confecção.
35
Mirela Aguiar-2014
A
B
C
Figura 15. Lista de materiais e preparação da base e da peça. A: Apresenta todos os materiais utilizados
para a produção do modelo, B: Primeira etapa, preparação da base, retiradas dos pregos e armazenamentos
dos mesmos para a utilização posteriormente, C: Preparação da peça de isopor, divisão da placa de em três
partes iguais e utilização de duas.
Na Figura 15, todos os materiais utilizados são listados, as tintas de tecido mostradas em
tabela com o número e marca, caso o leitor queira reproduzir como a proposta. A preparação
da base de madeira é a primeira etapa do trabalho, retiradas dos pregos e armazenamento, pois
posteriormente irá se usa-los e ainda o corte da placa de isopor em três partes iguais, com as
medidas que cada parte ficou.
A
B
C
Figura 16. Corte da peça com estilete e finalização da base. A: Imagens utilizadas como base para
confecção dos modelos, marcação do contorno da imagem na peça para realizar o corte, B: Fase de corte
finalizada, figura dos dois modelos frente e verso, C: Finalização da base pintura e colocação dos pregos
para fixar a peça posteriormente.
36
Na figura 16, observamos a etapa desenho onde foi marcado o contorno de cada imagem
base e retirado o excesso com estilete, posteriormente vemos os dois modelos finalizados a
etapa de moldura, ainda a segunda etapa se inicia, onde a base de madeira e finalizada,
Mirela Aguiar-2014
pintada e colocada os pregos para fixação.
A
B
C
Figura 17. Processo de revestimento. A: Descrição detalhada de como iniciar o processo de revestimento
da peça com a massa de biscuit, B: Revestimento lateral e acabamentos, C: Como fazer as emendas, e peça
parcialmente concluída.
A Figura 17 apresenta o processo de abertura da massa e aplicação na peça, de forma
detalhada de como realizar essa etapa, qual a espessura ideal, passar cola de artesanato antes
de aplicar a massa e ainda como fazer as emendas, com água e palito, unindo a massa, e para
melhor acabamento a passagem do rolo sobre as emendas, deixando mais homogêneo
possível.
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Mirela Aguiar-2014
A
B
C
Figura 18. Revestimento Frontal e Inicio dos desenhos das estruturas. A: Cobertura frontal da peça com
uma espessura maior que as demais. B: Desenhos das estruturas, reto, C: Desenhos das demais estruturas
com auxilio do palito.
Na Figura 18, a etapa de aplicação da massa na parte frontal da peça, com espessura maior
para dar profundidade nos desenhos, ainda ás técnicas de desenho utilizadas, com palito e
água, fazendo também o uso do recurso de assimilação com outras formas para facilitar o
desenho, por exemplo, na C, o bulbo do pênis foi projetado com se fosse metade de um
coração.
A
B
C
Figura. 19. Processo de desenho. A: Desenho da sínfise púbica e corpo cavernoso do modelo masculino, B:
Apresenta o desenho do modelo masculino e continuação do feminino, C: Desenho do útero, tuba uterina e
ovário.
38
A Figura 19 é possível perceber claramente o processo de assimilação de estruturas
existentes com os órgãos reprodutivos, por exemplo, o para o desenho do ovário a proposta
foi pensar em um mamão cortado ao meio sem semente, para a tuba uterina e ovário foi
Mirela Aguiar-2014
pensado em uma mão segurando uma bola, desse modo facilita a projeção do desenho.
A
B
C
Figura 20. Fase de desenho finalizado e Início do de pintura. A: Peça do modelo feminino, desenho
finalizado, B:Terceira etapa, pintura da peça onde é pele, C: Pintura da camada de gordura da pele e do reto.
Na Figura 20, observamos o desenho já finalizado do sistema feminino e o início do
processo de pintura, nessa etapa não houve um padrão seguido, com as cores escolhidas foram
feitas variações de claro com adição de branco e escura ao natural.
39
Mirela Aguiar-2014
A
B
C
Figura 21. Pintura das estruturas. A, B e C descrevem detalhadamente o processo de pintura, onde as
setas indicam a cor usada nos órgão apresentados.
Na Figura 21, é possível observar o processo de pintura dos modelos e a diferenciação das
cores para cada estrutura, como dito anteriormente não houve um padrão, desse modo pode
ficar a critério de cada um que desejar a reprodução da proposta mudar ou seguir as cores do
material,
A
B
C
Figura 22. Identificação das estruturas e Modelos finalizados. A: Listagem dos órgãos e numeração dos
mesmos, B e C: Modelos finalizados, estruturas identificadas e enumeradas.
40
A Figura 22 mostra as etapas finais dos modelos, as listas de estruturas enumeradas e como
foi feito os números para serem colocados nas peças, á montagem da mesma a base e o
Mirela Aguiar-2014
modelo e as figuras deles finalizados em três posições.
A
B
C
Figura 23. Considerações finais e Listas de figuras. A: Considerações finais, mostrando a importância do
material e as referências das imagens utilizadas como base, B e C: Lista de todas as figuras e respectivas
páginas onde elas são apresentadas.
Na Figura 23, foram realizadas considerações finais ao leitor, enfatizando a importância de
materias lúdicos e ainda as referências das imagens utilizadas como base, também optamos
por colocar uma lista de figuras com as respectivas paginações para facilitar o manuseio.
41
5.4. Índice dos Modelos
Aguiar-2014
Como complementação dos Modelos Anatômicos, os índices Mirela
irá guiar
os educando
identificando e denominando todas as estruturas em cada sistema de forma enumerada, ainda
no verso apresenta as imagens utilizadas como base para a confecção da proposta e suas
referências.
A
B
Figura 24. Índices dos modelos, frente. A: Lista de estruturas presente no modelo masculino, B: Lista de
figuras presente no modelo feminino.
A
B
Figura 25. Índices dos modelos, verso. A: Corte sagital-medial da pelve feminina, imagem utilizada como
base e sua respectiva referência, B: Corte sagital-medial da pelve masculina.
42
5.5. Folders Informativos
A proposta do foder informativo é que os educando construa o folder informativo, sobre
Mirela Aguiar-2014
supervisão e finalização do professor, desde modo estarei apresentando-lhe
os modelos que
seriam confeccionados pelos alunos.
Autora: Mirela Santos Aguiar- 2014
Figura 26. Folder de Doenças Sexualmente Transmissíveis, capa. Demonstração da capa com o tema, no
final do folheto é possível te as referências e um e-mail para contato.
Figura 27. Folder de Doenças Sexualmente Transmissíveis, parte interna. Uma abordagem breve e
objetiva sobre as mais frequentes doenças sexualmente transmissíveis, tratamentos, sintomas e prevenção.
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Mirela Aguiar-2014
Autora: Mirela Santos Aguiar- 2014
Figura 28. Folder de Método Contraceptivo, capa.
Figura 29. Folder de Método Contraceptivo, parte interna. Descrição dos métodos contraceptivos, como
usá-los e sua importância para a saúde.
44
Mirela Aguiar-2014
Autora: Mirela Santos Aguiar- 2014
Figura 30. Folder de Higiene Íntima e Exames Preventivos, capa. Capa com o tema do folheto, a
importância dos autoexames masculinos e femininos.
Figura 31. Folder de Higiene Íntima e Exames Preventivos, face interna. Demostra como cuida de suas
peças íntimas que material higienizador usar nas regiões íntima e como usar.
45
6. DISCUSSÃO
O uso de metodologias lúdicas proporciona ao educando a curiosidade e o gosto por
Mirela Aguiar-2014
aprender, e ainda dribla as dificuldades de inserir conteúdos maçantes,
inovando o modo de
conhecimento (PEREIRA, 2001; BRASIL, 1998). De acordo com Campos; Bortoloto e
Felício (2012), essas metodologias atuam como um instrumento fundamental na
aprendizagem, estimulando o interesse do aluno, desenvolvendo diferentes níveis de
experiência pessoal, e em grupo.
A utilização de modelos anatômicos, como material de aprendizagem, revela um alto valor
de aprendizagem significativa, de modo que proporciona uma relação teórica com o real
(DUSO, 2012). Partindo dessa proposta, Guimarães, (2011) e Oliveira (2012), mencionam tal
importância ainda como uma ferramenta inclusiva de educandos com dificuldades de
aprendizado, podendo sentir as diferentes texturas, e proporções, sendo um importante recurso
para acessibilidade, independendo das características físicas ou sensoriais diferenciadas dos
educandos.
Segundo Paula (2014), a elaboração de folders pelo educando, quando realizada em grupo
possibilita criar um ambiente de questionamentos, discussões, ideias e opiniões diferentes, e
ainda revisão de conteúdo aplicado para a confecção do mesmo. Paula (2014) ainda menciona
a importância da supervisão do educador nesse processo, analisando os erros e corrigindo com
os próprios alunos, a fim de fixar um conceito. Folders explicativos permitem também que o
conhecimento seja intensificado, expandido, e compartilhado multiplicando saberes e
experiências, estimulando o dialogo familiar e interação social (OLIVEIRA, 2012;
FONSECA, 2004).
As relações observadas em atividades em grupo agem de maneira ativa e interativa,
fazendo com que o aluno situa-se em um grupo, debata suas ideias e compreensões, aprenda a
respeitar e fazer-se respeitar no ambiente que ele está inserido, criando uma linha de
argumentativa onde os alunos são testados, instigando-os e estimulando-os a participar dos
questionamentos levantados, desse modo elaborando um conceito com um conjunto de ideias
discutidas (BRASIL, 2000).
Diante o tema sexualidade, a escola e os professores apresentam um papel de complemento
da educação familiar, dando suporte ao educando, a respeito de formação de opinião,
conhecimento sobre doenças e prevenções, inserindo conceitos sociais e éticos, em geral
dando noções de responsabilidade, e preparando-os os jovens para a vida adulta (GOMES,
2002). Mesmo assim, percebemos que nas práticas pedagógicas, a sexualidade tem um
46
destaque de cunho biológico, onde as atividades são voltadas a palestras, que médicos e
enfermeiros, ou outro tipo de profissionais da saúde ministram o conteúdo para os alunos,
essa metodologia possui um caráter significativa, mas não suficiente para esclarecer as
Mirela Aguiar-2014
dúvidas, e quebras de tabus sobre o assunto (AQUINO; MARTELLI, 2012).
Além dos fatos de risco com a própria saúde dos adolescentes e do feto gerado com a
gravidez indesejada, deparamos com os riscos de abandono escolar, consequentemente o
baixo nível de escolaridade, e a ausência de planos futuros tanto em grau de escolaridade
como em estruturação familiar. As consequências da gravidez precoce podem interferir no
desenvolvimento pessoal e social, sendo considerado um problema de saúde publica
(RODRIGUES, 2010).
47
7. CONCLUSÃO
Após a elaboração deste trabalho, concluímos que nossos objetivos foram atingidos e que
as metodologias aqui propostas serem de grande valia para o ensino,Mirela
mas Aguiar-2014
sua dificuldade na
confecção destas, seja pelo amplo levantamento bibliográfico, ou pela grande demanda de
tempo para a construção das mesmas, acaba não sendo executadas em salas de aula.
48
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através do trabalho foi possível observar a importância de metodologias alternativas para
facilitar a aplicação de assuntos maçantes e ou polêmicos.
Mirela Aguiar-2014
Os modelos anatômicos em geral aproximam da realidade e facilitam o aprendizado, pois
uni a teoria da prática, passando de uma teoria a material concreto.
Com a proposta é possível construir um material de alto valor de aprendizado, e
reutilizando os materiais, ainda o educador poderá utilizar o modelo em outras aulas.
Assim, os folders explicativos disponíveis aos educandos, foi uma metodologia utilizada
para especificar o conhecimento e a pesquisa, mostrando a importância para tal assunto tanto
falado e tão pouco esclarecido. Ainda se torna uma ferramenta de interação entre família
escola e conhecimento.
É possível traçar outra linha de raciocínio, onde concluímos que apesar das
metodologias propostas apresentarem um grande valor para a educação, é explicita a
dificuldade de confecção destas, seja pela demanda de tempo e dedicação para reproduzi-las,
pela extensa pesquisa e levantamento bibliográfico.
9. RECURSOS FINANCEIROS
Todo o material utilizado para construir as atividades propostas será adquirido com
recursos próprios.
49
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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