Universidade Aberta do Nordeste e Ensino à Distância são marcas registradas da Fundação Demócrito Rocha. É proibida a duplicação ou reprodução desse fascículo. Cópia não autorizada é crime. Matemática e suas Tecnologias Matemática Adriano Aquino, Carlos Mattos, Márcio Rebouças e Samyo Praciano TO I U T GRA ublicaçãro p e Esta pode s da. o a ã z n li ercia e: com o sit / n l e v oní m.br Disp w.fdr.co 12 ww nem20 e 6 0 122 Prezado(a) Leitor(a), temática e suas Tecnologias, nto referentes à área de Ma ime hec con do s eto obj dos udos exponencial, logarítmica, Dando continuidade aos est mial do 2º grau, funções ino pol ção fun re sob gem uma aborda faremos, neste fascículo, . ades e suas trigonometria e estatística er, com precisão, suas habilid olv env des sa pos que a par , ial e resolva os exercícios Leia atentamente este mater competências nessa área. Bom estudo! Função Polinomial do 2º Grau −b ± b² − 4ac , na qual uma raiz é 2a -b - b² - 4ac −b + b² − 4ac e a outra é x = . Gex= 2a 2a Esse tópico da matemática elementar é muito abrangente no que diz respeito a aplicações no cotidiano. Tais aplicações estão presentes na economia, na engenharia, na indústria – só para citar alguns exemplos. da fórmula x = Definição ralmente, as raízes são simbolizadas por x’ e x”. Toda função f : → , definida por f(x) = ax2 + bx + c, na qual a 0, b e c são números reais, é dita função polinomial do 2o grau ou simplesmente função quadrática. O seu gráfico é uma curva chamada parábola. A construção do gráfico pode ser realizada facilmente quando conhecemos a concavidade, as raízes reais (se existirem) e os pontos extremos absolutos da parábola. A expressão b2 – 4ac é chamada discriminante, pois, através de seu sinal, podemos discriminar a quantidade de pontos de intersecção da parábola com o eixo x. Geralmente, o discriminante é representado pela letra grega maiúscula ∆, isto é, ∆ = b2 – 4ac. Se as raízes não são reais, então a parábola não intercepta o eixo das abscissas (eixo x), pois, geometricamente, as raízes reais de uma função quadrática são as abscissas dos pontos pertencentes à parábola que estão sobre o eixo x. Observe os casos: i) a > 0 Concavidade da parábola quando representa uma função quadrática A concavidade da parábola está diretamente relacionada com o sinal do coeficiente a em y = ax2 + bx + c. a > 0: concavidade voltada a < 0: concavidade voltada para baixo para cima ii) a < 0 Raízes ou zeros da função quadrática São os valores numéricos (reais ou não) atribuídos a x que anulam ax2 + bx + c, isto é, tornam ax2 + bx + c = 0. Esses valores numéricos são obtidos por meio Universidade Aberta do Nordeste 123 Coordenadas do vértice/ máximos e mínimos – 9, cujas raízes são 1 e − O ponto V, de ordenada máxima (ou mínima) do gráfico de uma função quadrática, é denominado Vértice. Suas −b − ∆ coordenadas são , . A ordenada desse ponto 2a 4a fornece o valor máximo (ou mínimo) da função, de acordo com a seguinte regra: I) a > 0 (parábola côncava para cima) rada: 9 , tem a seguinte forma fato2 9 f(x) = 2 . ( x − 1) . x − − , 2 ou seja, 9 f(x) = 2 . ( x − 1) . x + . 2 Essa forma pode ser obtida de imediato quando se conhecem as raízes e o coeficiente a. Questão comentada Com 140 metros lineares de tela de arame, um fazendeiro construiu dois currais: um quadrado e um retangular, este de comprimento igual ao triplo da largura. O fazendeiro resolveu escolher para medida do lado do quadrado um valor que torne a soma das áreas dos currais a menor possível. Qual é a área de cada curral? Solução comentada −∆ O valor y = é dito valor mínimo da função. O núme4a ro x = −b é o valor de x que torna o valor de y o menor 4a possível (mínimo). II) a < 0 (parábola côncava para baixo) Supondo que a medida da largura do curral retangular é x metros, a medida do comprimento será de 3 x metros. Assim, restam 140 – 8x metros de tela de arame para construir o curral em forma de quadrado; portanto, a medida de cada lado desse curral é 35 – 2x metros lineares. Denotando por S a soma das áreas desses currais, teremos S = x . 3x + (35 – 2 x)² = 3x² + 1.225 – 140 x + 4 x² = 7x² – 140 x + 1.225. O valor mínimo dessa área é dado pelo valor mínimo da função quadrática real de variável real definida por y = 7 x² – 140 x + 1.225. Esse valor mínimo é atingido quando x é igual a = −b , isto é, x 2a − ( −140) 140 = = 10. Sendo x = 10 m, as dimensões do 2.7 14 curral retangular são 10m x 30m, e as dimensões do curral quadrado são 15m x 15m. Assim, a área do curral retangular é de 300 m² e a do curral em forma de quadrado é 225 m². −∆ é dito valor máximo da função. 4a −b O número x = é o valor de x que torna o valor 4a O valor y = Questão comentada O gráfico mostra a trajetória de uma pedra atirada para cima, obliquamente em relação à horizontal: de y o maior possível (máximo). A parábola toca o eixo das ordenadas (eixo y) no ponto (0, c). Logo o valor c na função ff:: → , definida por f(x) = ax2 + bx + c, a ≠ 0, indica a ordenada do ponto no qual a parábola intercepta o eixo y. Forma fatorada de uma função quadrática A função ff:: → , definida por f(x) = ax + bx + c, a ≠ 0, pode ser reescrita na forma f(x) = a.(x – x’).(x – x”), em que x’ e x” são as raízes (reais ou não) da função. Assim, a função ff:: → , definida por f(x) = 2x2 + 7x 2 124 Os valores nos eixos Ox e Oy indicam, respectivamente, as distâncias, em metro, percorridas pela pedra na horizontal e na vertical (altura). Sabendo-se que essa trajetória é parabólica, qual foi a altura máxima atingida pela pedra? Solução comentada A parábola em questão intercepta o eixo Ox nos pontos de abscissas 0 e 100. Logo, as raízes da função quadrática associada à parábola são x’ = 0 e x” = 100, consequentemente, sua forma fatorada é f(x) = a . (x – 0) . (x – 100). Como (80,16) é ponto da parábola, temos que f(80)=16. Utilizando a forma fatorada e f(80) = 16, teremos: a ⋅ (80 − 0) ⋅ (80 − 100) = 16 16 16 1 = =− = − 0,01 . Logo: a= 80 ⋅ ( −20) − 1.600 100 f(x) = – 0,01 . (x – 0) . (x – 100) f(x) = – 0,01x2 + x A altura máxima, em metro, atingida pela bola é dada pelo valor máximo dessa função. Este valor é dado pela ordenada do vértice, isto é, − 1² − 4 ⋅ ( − 0,01) ⋅ 0 ∆ 1 = = 25 . =− 4a 4 ⋅ ( − 0,01) 0,04 Para aprender mais! A) 17,5 m. C) 12,5 m. E) 7,5 m. B) 15,0 m. D) 10,0 m. garítmica Funções exponencial e lo Existem vários fenômenos que podem ser descritos por meio de relações exponenciais ou logarítmicas. Dentre eles podemos citar, por exemplo: reprodução de bactérias, desintegração de uma substância radioativa, estudo do pH e do nível sonoro de um determinado ambiente. Essas duas funções também serão objeto de estudo nesse módulo. Definição de função exponencial Define-se função exponencial de base a, 0 < a ≠ 1, a funçãoff:: → , cuja lei básica de formação é f(x) = ax. O seu gráfico é uma curva cujo aspecto depende do valor da base a. Caso 1: a > 1 1. Após uma análise de mercado, concluiu-se que um produto seria vendido em conformidade com a expressão Q = 2.000 – 100P, na qual Q representa a quantidade que será vendida ao preço unitário P, em real. Além disso, o lucro, em real, por unidade vendida é P – 10. Qual deverá ser o preço unitário desse produto, que tornará máximo o lucro total? A) R$ 10,00. C) R$ 20,00. E) R$ 30,00. B) R$ 15,00. D) R$ 25,00. 2. A figura abaixo ilustra uma ponte suspensa por estruturas metálicas em forma de arco de parábola. Os pontos A, B, C, D e E estão no mesmo nível da estrada, e a distância entre quaisquer dois deles, consecutivos, é 25 m. Sabendo-se que os elementos de sustentação BF, CG e DH são todos perpendiculares ao plano da estrada e que a altura do elemento central CG é 20 m, a altura de DH é Nesse caso, temos uma curva crescente que intercepta o eixo das ordenadas no ponto (0,1) e cuja assíntota é o eixo das abscissas. Caso 2: 0 < a < 1. Nesse caso, temos uma curva decrescente que intercepta o eixo das ordenadas no ponto (0,1) e cuja assíntota é o eixo das abscissas. Questão comentada Quando uma droga passa pelo fígado e pelos rins, é metabolizada e eliminada a uma taxa que depende da droga adminis- Universidade Aberta do Nordeste 125 trada. Para o antibiótico ampicilina, 40% da droga é eliminada a cada hora. Após t horas de ingestão da droga, qual é o percentual da droga que foi eliminada do corpo do paciente? Solução comentada Supondo que a quantidade administrada no paciente tenha sido Q0 mg, após 1 hora, a quantidade eliminada será Q0 . 0,6; após 2 horas, Q0 . (0,6)2; após 3 horas, Q0 . (0,6)3, e assim por diante. Nessas condições, após t horas, a quantidade Q eliminada pelo corpo do paciente será de Q0 . (0,6)t mg, isto é, Q = Q0 . (0,6)t mg. O exemplo mostra que a quantidade de droga eliminada pelo organismo do paciente decai exponencialmente, em função do tempo. Logaritmo Considerando a, b e x números reais, tais que 0 < a ≠ 1 e b > 0, e sendo x o expoente que deve ser dado ao número a para se obter b, dizemos que x é o logaritmo de b na base a. Em símbolos: ax = b ⇔ loga b = x a: base b: logaritmando (ou antilogaritmo) x: logaritmo Além disso, são válidas as seguintes propriedades: Sendo 0 < a ≠ 1, b > 0, c > 0 e β ≠ 0 : P1: loga (b ⋅ c ) = logab + logac b P2: loga = logab − logac c P3 : logabα = α ⋅ logab P4 : logaβ b = 1 ⋅ logab β Por fim, existindo a necessidade de se efetuar uma mudança na base do logaritmo, digamos, da base a para a base c, podemos fazer isso através da seguinte regra: logc b , onde 0 < a ≠ 1, b > 0 e 0 < c ≠ 1 loga b = logc a Função logarítmica Sendo 0< a ≠ 1 e x > 0, toda função f: *+ → definida por f (x) = loga x é denominada função logarítmica de base a. O seu gráfico é uma curva cujo aspecto depende do valor da base a. Caso 1: a > 1 Exemplos log3 81 = 4, pois 34 = 81 log7 7 = 1, pois 71 = 7 3 1 log 1 8 = − , pois 2 4 4 − 3 2 =8 Observações I) Se a base do logaritmo for igual a 10 (base do sistema de logaritmos decimais), podemos omiti-la. Assim, por exemplo, log 7 é o mesmo que log107. II) Se a base do logaritmo for o número irracional e = 2,71828182... (base do sistema de logaritmos naturais ou neperianos), podemos utilizar a notação ln. Assim, por exemplo, loge7 é o mesmo que ln 7. A partir do uso da definição de logaritmo, é fácil constatar que: Sendo 0 < a ≠ 1; b > 0 e c > 0: logaa = 1 loga1 = 0 alogab = b logab = logac ⇔ b = c 126 Nesse caso, temos uma curva crescente que intercepta o eixo das abscissas no ponto (1,0) e cuja assíntota é o eixo das ordenadas. Caso 2: 0 < a < 1 Nesse caso, temos uma curva decrescente que intercepta o eixo das abscissas no ponto (1,0) e cuja assíntota é o eixo das ordenadas. Exemplo O nível sonoro N, em decibel, pode ser calculado em função da intensidade I do som em watt por metro quadrado, através da relação N = 10.log(I.1012). O gráfico de N em função de I está construído a seguir: Em quantos meses a quantidade de água do reservatório se reduzirá à metade do que era no início? A)5. C)8. E)10. B) 7. D)9. 4. Em uma experiência para se obter cloreto de sódio (sal de cozinha), coloca-se num recipiente certa quantidade de água do mar e expõe-se o recipiente a uma fonte de calor para que a água evapore lentamente. A experiência termina quando toda a água se evapora. Em cada instante t, a quantidade de água existente no recipiente (em litro) é dada pela expressão Questão comentada Sabe-se que a pressão atmosférica varia com a altitude do lugar. Em Fortaleza, ao nível do mar, a pressão é de 760 milímetros de mercúrio (760 mmHg). Em São Paulo, a 820 metros de altitude, ela cai um pouco. Já em La Paz, capital da Bolívia, a 3.600 metros de altitude, a pressão cai para, aproximadamente, 500 mmHg. Nesta cidade, o ar é mais rarefeito do que em São Paulo, ou seja, a quantidade de oxigênio no ar em La Paz é menor do que em São Paulo. Adaptado de: www.searadaciencia.ufc.br (acesso em: 2ago.2006) Esses dados podem ser obtidos pela equação 760 , que relaciona a pressão atmosférica P, h = 18.400 ⋅ log P dada em mmHg, com a altura h, em metro, em relação ao nível do mar. A cidade de Tetonia, no estado americano de Idaho, localiza-se a 1.840 m acima do nível do mar. Qual é a pressão atmosférica existente em Tetonia? Utilize a aproximação 10 10 = 1,258 Solução comentada Fazendo h = 1.840 m na equação dada, teremos 1 760 760 1 760 ⇔ = 1010 1.840 = 18.400 ⋅ log = ⇒ log P P 10 P 760 760 760 = 10 = ≈ 604,1 mmHg P= 1 10 1,258 10 10 Para aprender mais! 3. Num período prolongado de seca, a variação da quantidade de água de certo reservatório é dada pela relação q (t) = q0.2–0,1.t, sendo q0 a quantidade inicial de água no reservatório e q(t) a quantidade de água no reservatório após t meses. 10k Q(t) = log , sendo k uma constante positiva e t em hora. t+1 Sabendo que havia inicialmente 1 litro de água no recipiente, ao fim de quanto tempo a experiência terminará? A) 7 horas. C) 9 horas. E) 18 horas. B) 8 horas. D) 16 horas. Trigonometria Desde a sua origem, que remonta ao século II a.C., a trigonometria foi se desenvolvendo, desde o argumento teórico a respeito da proporcionalidade entre os lados correspondentes de dois triângulos semelhantes – encontrado no Papiro de Hind – até o simbolismo analítico atual, que permite sua utilização em inúmeras aplicações nos mais diversos ramos da Matemática e da Física, como também em outros campos do conhecimento humano. Neste módulo, exaltaremos as noções básicas desse assunto, desde a noção de triângulo retângulo e suas razões trigonométricas até as funções trigonométricas fundamentais. Um triângulo é dito retângulo quando um de seus ângulos internos mede 90°. O lados que formam o ângulo reto (90°) são chamados catetos (do grego káthetos, que significa “perpendiculares”), e o terceiro lado é chamado hipotenusa (do grego hypoteínousa, que significa “linha estendida por baixo”). Universidade Aberta do Nordeste 127 De acordo com o triângulo da figura anterior, temos que c b sen θ = e cos θ = e c2 + b2 = a2. Assim, podemos afira a 2 2 c² + b² a² c b 2 2 = = 1. mar que sen θ + cos θ = + = a² a² a a A seguir, temos as razões trigonométricas para os ângulos de medidas 30°, 45° e 60°: Em todo e qualquer triângulo retângulo, vale a seguinte relação entre as medidas de seus lados: “O quadrado da medida da hipotenusa é igual a soma dos quadrados das medidas dos catetos”. a = b +c 2 2 2 sen cos θ = tg θ = medida do cateto adjacente a θ medida da hipotenusa medida do cateto oposto a θ medida do cateto adjacente a θ 45o 60o 1/2 /2 /2 cos /2 tg /3 /2 1/2 1 Além das razões mencionadas anteriormente, temos as definições de secante, cossecante e cotangente de um ângulo q, cujas respectivas abreviaturas são sec q, cossec q e cotg q. sec θ = Podemos definir, no triângulo retângulo, as seguintes razões trigonométricas: medida do cateto oposto a θ sen θ = medida da hipotenusa 30o cos θ 1 1 , cossec θ = e cotg θ = cos θ sen θ sen θ A relação fundamental cos2q, + sen2q = 1 sugere que, para todo ângulo q, os números x = cos q e y = sen q são as coordenadas de um ponto da circunferência de raio 1 e centro na origem (0,0), isto é, x2 + y2 = 1. Tal circunferência é chamada circunferência unitária ou círculo unitário ou ciclo trigonométrico. Considerando o triângulo ABC da figura a seguir, podemos escrever c c b , cos θ = e tg θ = a a b É possível concluir que sen θ = c sen θ c a ⇒ tg θ = tg θ = = b b cos θ a 128 Assim, as coordenadas do ponto B, extremidade do arco AB, nos dão, respectivamente, o cosseno e o seno do arco que tem origem em A e extremidade em B, medido no sentido positivo de percurso (adotado como sendo o anti-horário). métrico a seguir, considerando a reta que passa pelos pontos O e P de modo que sua intersecção com a reta paralela ao eixo y passando por A seja o ponto T, denominamos tangente de q (e indicamos por tg q) a medida algébrica do segmento AT. Essa conclusão é igualmente válida quando se trabalha com um arco de medida negativa. Em vista do que foi dito, podemos construir uma tabela para o seno e o cosseno de alguns ângulos. Questão comentada Observe a bicicleta e a tabela trigonométrica. Com apenas uma explanação, podemos efetuar as conclusões necessárias. Por exemplo, o arco de medida cos 3π = 0 2 tem extremidade no ponto D (0,–1), partindo de A (1,0). sen 3π 2 = 1 As coordenadas do ponto D fornecem, respectivamente, o cosseno e o seno do arco de origem em A e extremidade nesse ponto. Assim, concluímos que ( ) ( ) ( 2) sen ( 3π ) = 1 2 cos 3π Ângulo (em graus) SENO COSSENO TANGENTE 10 0,174 0,985 0,176 11 0,191 0,982 0,194 12 0,208 0,978 0,213 13 0,225 0,974 0,231 14 0,242 0,970 0,249 =0 A tabela a seguir fornece os valores do cosseno e do seno de 0 p 2 p 2p cos 1 0 –1 0 1 sen 0 1 0 –1 0 Dado o número real q ∈ [0,2p], θ ≠ π 3π , repree θ≠ 2 2 Os centros das rodas estão a uma distância PQ igual a 120 cm e os raios PA e QB medem, respectivamente, 25 cm e 52 cm. De acordo com a tabela, a medida do ângulo AÔP, em radianos, tem o seguinte valor A) C) E) p 2 13p 180 B) D) p 15 7p 90 p 12 sentando o comprimento do arco AP do ciclo trigono- Universidade Aberta do Nordeste 129 Solução comentada Função Tangente Observe a reprodução de parte da figura dada no problema: No triângulo PQR, temos que π f : − x ∈ ; x = + kπ, k ∈ → 2 f(x) = tgx agudo cujo seno vale 0,225, é igual a 13°. Como p rad equiπ 13 f : − x ∈ ; x = + kπ, Imagem: k ∈ → valem a 180°, 13° equivalem a ⋅ π rad. 2 p 180 Período: f(x) = tgx Gráfico: tangenoide (acima) sen θ = 27 = 0,225 . De acordo com a tabela, o ângulo 120 As principais funções trigonométricas são as funções seno, cosseno e tangente, definidas como se segue. Função Seno ff:: → f(x) = sen x Imagem: [–1,1] Período: 2p Gráfico: senoide (acima) Função Cosseno f f:: → f(x) = cos x Imagem: [–1,1] Período: 2p Gráfico: cossenoide (acima) 130 Período de uma função é o comprimento do intervalo, medido no eixo das abscissas, no qual a função passa por um ciclo completo de variação. As funções definidas por y = sen x e y = cos x completam um ciclo de variação quando x varia em um intervalo de comprimento 2p radianos, e a função definida por y = tg x completa um ciclo de variação quando x varia em um intervalo de comprimento p radianos. Questão comentada A conjugação da atração gravitacional entre os corpos do sistema Terra – Lua – Sol é o principal fator responsável pela ocorrência das marés, quando as águas do mar atingem limites máximo e mínimo com determinada regularidade. A altura da maré (em metros) observada em uma praia do litoral nor- t 6 destino é aproximada pela função f(t) = 1,5 + cos π , em que o tempo t é medido em horas e 0 ≤ t ≤ 24. A figura a seguir é parte do gráfico da referida função, desenhado em um período: Com base nesses dados, considere as seguintes afirmativas: (I) Depois das 18 h, a maré começa a secar. (II) Às 6 h, a maré atinge a altura mínima. (III) Às 9 h, a maré está secando. (IV) A média entre as alturas máxima e mínima é de 1,5 m. (V) Às 3 h, a maré está enchendo. Assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas, obtém-se a seguinte sequência A) F – F – V – V – F B) V – F – V – F – V C) V – V – F – F – V D) F – F – V – V – V E) F – V – F – V – F Solução comentada Analisando o gráfico, é possível inferir que a função completa um ciclo de variação quando x varia de 0 a 12. Assim, a função tem período 12, significando que, a cada 12 horas, temos um período completo de esvaziamento e enchimento da maré. Em um intervalo de tempo de 24 horas, a maré seca entre 0h e 6 h e entre 12 e 18 h. Enche entre 6 h e 12 h e entre 18h e 24 h. Atinge a altura máxima de 2,5 m nos instantes 0 h, 12h e 24 h e atinge a altura mínima nos instantes 6 h e 18 h. A média entre a alturas máxima e mínima é 6. Em 20 de abril de 2012, a maré alta, em uma praia do litoral cearense, ocorreu à meia-noite. A altura da água é uma função periódica do tempo, pois oscila regularmente entre a maré alta e a maré baixa. A altura H, em metros, da maré nesta praia é apro π ⋅ t , em que ximada pela função H = 1,5 + 1,49 ⋅ cos 6,2 t é o tempo em horas desde a meia-noite de 20 de abril de 2012. Na referida praia, o intervalo de tempo entre duas marés altas sucessivas é de 2,5m + 0,5m 3m = = 1,5m . 2 2 A) B) C) D) E) Desse modo, são falsas as afirmativas (I), (III) e (V). Resposta: E Ampliando conhecimentos para o Enem Para aprender mais! 5. O método padrão para determinar a altura de uma árvore ou de um mastro de bandeira, por meio de triângulos retângulos, não funciona quando se tem de medir a altura de uma montanha, porque os contrafortes e a própria base desta interferem na medida da distância horizontal do observador até o ponto situado diretamente sob o cume da montanha. Porém, o problema frequentemente pode ser resolvido fazendo-se duas observações. Suponha que P e Q sejam dois pontos que estão no mesmo plano da base da montanha, como mostra a figura. Suponha também que os ângulos segundo os quais se vê o cume da montanha, a partir de P e Q, meçam, respectivamente, 32° e 20,5°. Qual é a altura da montanha? Dados; tg 20,5° = 0,4 e tg 32° = 0,6 11 horas. 6 horas. 12 horas. 6 horas e 12 minutos. 12 horas e 24 minutos. 1. Pedro dispõe de R$ 640,00 para cercar um terreno retangular. Sabe-se que o preço do metro linear das cercas dos lados e do fundo é de R$ 8,00 e da cerca da frente é R$ 24,00. As dimensões do terreno de área máxima que Pedro pode cercar, nessas condições, são: A) 20 m x 25 m C) 10 m x 25 m E) 15 m x 20 m 2. Certa indústria pode produzir x aparelhos por dia, e o custo C(x) para produzir um desses aparelhos é dado pela função −x² + 12x + 5, se 0 ≤ x ≤ 10 C(x) = 3 − x + 40, se 10 < x ≤ 20 2 Se, em um dia, foram produzidos 9 aparelhos e, no dia seguinte, 15 aparelhos, a diferença entre o maior e o menor custo de produção por unidade, nesses dois dias, foi de A)R$12,00 C)R$15,00 E)R$20,00 A) 931 metros. C) 1.000 metros. E) 1.500 metros. B) D) 950 metros. 1.200 metros. B) 15 m x 15 m D) 10 m x 20 m B) R$14,50 D)R$17,50 3. Um posto de combustível vende 10.000 litros de álcool por dia a R$ 1,50 cada litro. Seu proprietário percebeu que, para cada centavo de desconto que concedia por litro, eram vendidos 100 litros a Universidade Aberta do Nordeste 131 mais por dia. Por exemplo, no dia em que o preço do álcool foi R$ 1,48, foram vendidos 10.200 litros. Considerando x o valor, em centavos, do desconto dado no preço de cada litro e V o valor, em R$, arrecadado por dia com a venda do álcool, a expressão que relaciona V e x é A) B) C) D) E) V = 10.000 + 50x – x2. V = 10.000 + 50x + x2. V = 15.000 – 50x – x2 . V = 15.000 + 50x – x2. V = 15.000 – 50x + x2. 4. Os biólogos observaram que, sob condições ideais, o número de bactérias de uma determinada cultura cresce segundo um modelo exponencial. Esse modelo está descrito a seguir Q = 2.000 . e0,05.t Foto meramente ilustrativa de uma cultura de bactérias. Nesse modelo, Q representa o número de bactérias presentes na cultura no instante t, dado em minutos, e e é a base do sistema de logaritmos naturais. A partir do número inicial de bactérias presentes nessa cultura, em quanto tempo esse número duplica? (Use ln 2 = 0,69) A) B) C) D) E) 13,8 minutos (13 minutos e 48 segundos) 14 minutos 15,2 minutos (15 minutos e 12 segundos) 15,9 minutos (15 minutos e 54 segundos) 16,4 minutos (16 minutos e 24 segundos) 5. Em um experimento para testar a memória de curto prazo, L. R. Peterson e M. J. Peterson observaram que a probabilidade P(t) de que um indivíduo consiga lembrar-se de uma lista de números e letras, t segundos depois de examiná-la, é dada por P(t) = 0,89 . [0,01 + 0,99 . (0,85)t] Segundo esse modelo matemático, qual é a probabilidade de que o indivíduo se lembre da lista imediatamente após examiná-la? 132 A) 11 %. C)51%. E)100%. B) 15%. D)89%. 6. Sabe-se que, sob certas condições em laboratório, o crescimento da população de bactérias duplica em intervalos regulares e a taxa de crescimento aumenta exponencialmente (20, 21, 22, 23,..., 2n) em que n é o número de gerações. Portanto, temos uma situação real que pode ser representada matematicamente. Se a população de bactérias começa com 100 indivíduos e dobra a cada 3 horas, então o número N de bactérias após t horas é N = 100 . 2t/3 Em quanto tempo, a partir do início da contagem de 100 bactérias, a população atingirá 50.000 bactérias? Use, se necessário: log25 = 2,32 A) B) C) D) E) Aproximadamente 20 horas. Aproximadamente 21 horas. Aproximadamente 22 horas. Aproximadamente 25 horas. Aproximadamente 27 horas. 7. Tratar com números que variam em escalas muito grandes, por exemplo, de 0,000000000001 a 10.000.000.000, pode ser problemático. O trabalho pode ser realizado de forma mais eficiente se forem usados os logaritmos dos números (no exemplo dado, a variação dos logaritmos decimais desses números seria apenas de –12 a 10). Um exemplo de aplicação de escala logarítmica está no cálculo da intensidade de som. A escala logarítmica decibel para a medição da intensidade sonora é definida I como D = 10 ⋅ log −12 , sendo D o nível sonoro, em 10 decibel, e I é a intensidade sonora, em watt por metro quadrado. Uma intensidade sonora de 104 watts por metro quadrado provoca a perfuração instantânea do tímpano. O nível sonoro, em decibel, que corresponde a essa intensidade de som é igual a A)150. C)160. E)170. B) 155. D)165. 8. No sistema circulatório, a circulação do sangue se realiza com um gasto mínimo de energia. Quanto menor a resistência ao fluxo em um vaso sanguí- neo, menor a energia gasta pelo coração. Assim, o sistema vascular sanguíneo opera de tal forma que a circulação do sangue do coração através dos órgãos do corpo e de volta ao coração é executada com mínimo de gasto de energia possível. Assim, é razoável esperar que, quando a artéria se ramifica, o ângulo entre a artéria “mãe” e a artéria “filha” deve minimizar a resistência total ao fluxo do sangue. Nesta última aproximação, a distância entre o observador e o prédio vale A) 25 m. C) 17 m. E) 18 m. 10.O Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, no período de 1941 a 1970, analisou a média diária de temperatura na cidade de Fairbanks, no estado americano do Alasca. Foi utilizada uma função senoide para ajustar os dados coletados: 2π f(x) = 37 ⋅ sen ( x − 101) + 25 , em que f(x) é a 365 A figura mostra uma artéria “filha” de raio r sendo uma ramificação a partir de uma artéria “mãe” de raio R. O sangue flui na direção das setas, do ponto A para o ramo em B e, a partir daí, para C e para D. Considerando a resistência do sangue em fluir do ponto A para o ponto B e, a partir daí, do ponto B para os pontos C e D, e a viscosidade do sangue, é possível deduzir que o ângulo q r4 que minimiza essa resistência é tal que cos θ = 4 R No caso de uma “artéria mãe” de diâmetro 50 mm com uma ramificação (“artéria filha”) de diâmetro 42 mm, o ângulo q de ramificação que minimiza a resistência do fluxo de sangue nessas artérias é igual a use A) C) E) 4 p 2 p 3 p 8 = 1,68 B) D) B) 22 m. D) 16 m. temperatura em graus Fahrenheit e x é o número de dias contados a partir do início do ano, isto é, x = 1 é o 1º dia do ano, x = 2 é o 2o dia do ano e assim por diante. De acordo com a modelagem proposta, sabendo que as escalas Celcius (C)e Fahrenheit (F) estão relacionadas pela equação C = F − 32 , a temperatura média, 5 9 em 12 de abril de 1941, foi de A) B) C) D) E) – 5 oC. – 3,9 oC. – 0 oC. – 1 oC. – 5 oC. Estatística p 4 p 6 5 9. O ângulo, sob o qual um observador vê o topo de um prédio de 88 m de altura, duplica quando ele se aproxima 110 m do prédio, e triplica quando ele se aproxima mais 50 m, conforme a figura a seguir. A palavra estatística provém do latim status, que significa estado. Foi cunhada pelo matemático alemão Gottfried Achenwall por volta da metade do século XVIII. Sobre essa palavra, acumularam-se descrições e dados relativos ao estado ou ao país. Tais descrições e dados se tornaram verdadeiras ferramentas administrativas. A origem da estatística moderna remonta a duas áreas de interesse que, na aparência, pouco têm em comum: governo e jogos de azar. Os governos vêm utilizando, de longa data, recenseamentos para contar indivíduos e propriedades. No início do século XIX, foram elaborados métodos estatísticos para os jogos de azar, como “cara ou coroa”, “vermelho ou preto”, “par ou ímpar”, etc. A partir daí, esses métodos passaram a ser aplicados na vida real, em que os resultados eram “menino ou menina”, “vida ou morte” e assim por diante, estudando situações envolvendo um elemento de incerteza ou chance. Universidade Aberta do Nordeste 133 A estatística é uma coleção de métodos para planejar experimentos através da coleta, da organização, da análise e da interpretação de dados e deles extrair conclusões. Em estatística, utilizamos extensamente os termos população e amostra. Esses termos, que serão agora definidos, estão no próprio cerne da estatística. Uma população é uma coleção completa de todos os elementos (valores, pessoas, medidas) que têm pelo menos uma característica comum. Uma amostra é um subconjunto formado por elementos extraídos de uma determinada população. Um censo é uma coleção de dados relativos a todos os elementos de uma população, obtidos através de uma pesquisa. Por exemplo, uma pesquisa eleitoral utiliza uma amostra de 3.000 eleitores e, com base nos resultados, formula conclusões acerca da população de todos os 130 milhões de eleitores brasileiros. Vale lembrar que em estatística, o termo população não significa necessariamente pessoas. Podemos ter uma população de palitos de fósforos defeituosos, para citar apenas um exemplo. Estreitamente relacionados com os conceitos de população e amostra, estão os conceitos de parâmetro e estatística. Um parâmetro é uma medida numérica que descreve uma característica de uma população. Uma estatística é uma medida numérica que descreve uma característica de uma amostra. Por exemplo, em uma pesquisa feita com 10.000 pessoas escolhidas aleatoriamente, 2.650 (ou 26,5%) pessoas possuíam computador. Como a cifra 26,5% se baseia em uma amostra, e não em toda a população, trata-se de uma estatística. Já, se uma pesquisa feita entre os 26 governadores estaduais do Brasil mostra que 22 (ou 84,6%) deles possuem computador, a cifra de 84,6% é um parâmetro porque se baseia em toda a população de governadores estaduais. As características estudadas de uma população são chamadas variáveis. Por exemplo, na compra de um aparelho de TV, além da marca, podemos escolher as dimensões da tela, os recursos disponíveis, bem como o preço. Cada uma dessas características – marca, dimensões da tela, recursos disponíveis e preço – é chamada de variável. A estatística é geralmente iniciada com base em um conjunto de dados. Ao estudarmos esse conjunto de dados, é conveniente agrupá-los e resumi-los, construindo uma tabela de frequências ou distribuição de frequências. Entende-se por frequência a quantidade de valores que se enquadram em uma determinada categoria. Exemplo: Numa pesquisa sobre os preços, em reais, de um modelo de notebook, em 10 lojas de informática, foram coletados os seguintes valores: 1.350 1.350 1.100 1.350 1.350 1.100 1.810 1.100 1.350 1.410 Podemos organizar os dados relativos à variável preço do seguinte modo: Preço (R$) Frequência absoluta Frequência absoluta acumulada Frequência relativa Frequência relativa acumulada 1.100 3 3 30% 30% 1.350 5 3+5=8 50% 30% + 50% = 80% 1.410 1 3+5+1=9 10% 30% + 50% + 10% = 90% 1.810 1 3 + 6 + 1 + 1 = 10 10% 30% + 50% + 10% + 10% = 100% Total 10 – 100% – Os números do lado direito da tabela (distribuição de frequências) representam as frequências absolutas ou simplesmente frequências dos valores da variável preço. Quando as frequências absolutas são comparadas com o total de valores da distribuição, teremos as chamadas frequências relativas, geralmente em porcentagem. Para obtermos mais detalhes sobre a variável estu134 dada até certo ponto, podemos somar cada frequência absoluta com as frequências absolutas anteriores. Essa nova frequência é dita frequência absoluta acumulada. As frequências acumuladas são úteis quando o objetivo é saber a quantidade ou a porcentagem (frequência relativa acumulada) até uma determinada faixa de valores. Por exemplo, se quisermos saber quantos notebooks custam, até no máximo R$ 1.410,00, basta encontrar na frequência absoluta acumulada, a quantidade referente ao valor R$ 1.410,00: 09 notebooks. Quando lidamos com grandes conjuntos de dados, e, às vezes, até lidando com conjuntos nem tão grandes, pode ser bem problemático obter uma boa visualização das informações transmitidas. Em geral, é necessário que reordenemos ou agrupemos os dados da variável em classes (intervalos) para compactar essas informações. O preço que pagamos, por isso, é a perda de alguns pormenores acerca dos dados, mas, em geral, compensa. Ruído 60 64 68 72 Um estudo feito pela Secretaria do Meio Ambiente de uma grande cidade brasileira mostrou que a poluição sonora na cidade atingiu níveis alarmantes, colocando-a como uma das cidades mais barulhentas do planeta. Os dados a seguir se referem aos níveis de ruído (em decibéis) de algumas áreas residenciais da cidade, em valores aproximados. Frequência Frequência acumulada Frequência relativa Frequência relativa acumulada 60 5 5 15,62% 15,62% 64 12 17 37,50% 53,12% 68 11 28 34,38% 87,5% 72 3 31 9,38% 96,88% 76 1 32 3,12% 100% 32 – 100% – ⊥ ⊥ ⊥ ⊥ ⊥ 56 Exemplo: Total De acordo com os dados obtidos, é possível concluir, por exemplo, que 11 áreas residenciais apresentam ruído inferior a 68 decibéis e maior ou igual a 64 decibéis; 9,38% das áreas residenciais apresentam ruído maior ou igual a 68 decibéis e inferior a 72 decibéis; 96,88% das áreas residenciais analisadas apresentam ruído inferior a 72 decibéis. Em geral, quando as distribuições de frequências são construídas principalmente para condensar grandes conjuntos de dados e apresentá-los numa forma simples de interpretar, é melhor representá-las graficamente. Representar graficamente significa fazer um desenho que sintetize, de maneira clara, o comportamento de uma ou mais variáveis. Quando empregados corretamente, os gráficos podem evidenciar, em uma forma visual eficiente e atraente, os dados e as informações que precisam transmitir. Observe o exemplo: Um estudo com uma amostra de 200 alunos do a 2 série do Ensino Médio em escolas públicas de uma cidade revelou que suas idades variam de acordo com a tabela. Classe (idade) Frequência absoluta Frequência relativa 15 18 9% 16 44 22% 17 52 26% Classe (idade) Frequência absoluta Frequência relativa 18 48 24% 19 38 19% TOTAL 200 100% Observe que cada classe é representada por um único número, isto é, a amostra foi separada em classes unitárias. Os dados dessa tabela podem ser representados graficamente de diversas formas. Gráfico de linha (ou de segmentos) Nesse tipo de gráfico, apenas os extremos dos segmentos de reta que compõem a linha oferecem informações sobre os dados da amostra. Veja: Universidade Aberta do Nordeste 135 Gráfico de barras verticais Nesse tipo de gráfico, as frequências são indicadas no eixo vertical. Veja Por exemplo, para a classe 18 anos, o ângulo central do setor tem medida igual a 24% de 360°: 360° . 24% = 86,4° Histograma Quando as classes são intervalos reais, a representação da distribuição de frequências em um sistema de eixos é feito por um tipo de gráfico chamado histograma. Considere o exemplo: Para avaliar o consumo de água em um bairro, considerou-se uma amostra de 25 residências, cujos consumos em certo mês, em metro cúbico, foram organizados na seguinte distribuição de frequências: Gráfico de barras horizontais Nesse tipo de gráfico, as frequências são indicadas no eixo horizontal. Veja: Classe (consumo em m3) Frequência absoluta Frequência relativa [6,14[ 4 16% [14,22[ 6 24% [22,30[ 3 12% [30,38[ 7 28% [38,46[ 5 20% TOTAL 25 100% Essa tabela corresponde ao seguinte histograma: Gráfico de setores Para a construção do gráfico de setores, dividimos o círculo em setores de modo que os ângulos centrais tenham medidas proporcionais às frequências relativas das classes. Veja: A diferença entre o histograma e o gráfico de barras é que cada retângulo do histograma descreve a frequência dos dados agrupados em intervalo real; no gráfico de barras, cada barra descreve a frequência de uma classe unitária (um único número). Frequentemente, um conjunto de números pode reduzir-se a uma ou a algumas medidas numéricas que resumem o conjunto. Duas características importantes dos dados que as medidas podem evidenciar são: I) o valor central mais típico II) a dispersão dos números A característica I) é uma medida de tendência central, enquanto a característica II) é uma medida de dispersão. 136 As medidas de tendência central são usadas para indicar um valor que tende a tipificar ou a representar melhor um conjunto de números. As três medidas mais usadas são a média, a mediana e a moda. A média aritmética é a ideia que ocorre à maioria das pessoas quando se fala em média. Como ela possui certas propriedades matemáticas convenientes, é a mais importante das três médias mencionadas aqui. A média aritmética (m) é calculada dividindo-se a soma dos elementos ( ∑ x ) pelo número (N) de elementos. Em símbolos: µ= ∑x N Por exemplo, se um estudante fez quatro provas e obteve as notas 83, 94, 95 e 86, a sua nota média é µ= 83 + 94 + 95 + 86 = 89,5. 4 A fórmula anterior para calcular a média aritmética supõe que cada observação tenha a mesma importância. Nos casos em que um valor do conjunto tem uma maior importância do que um outro valor, isso deve ser levado em consideração. Por exemplo, o professor informa à classe que haverá duas provas valendo cada uma 30% do total de pontos do curso, e uma prova final valendo 40%. O cálculo da média deve levar em conta os pesos desiguais das provas. Essa média aritmética é chamada média ponderada. O cálculo dessa média é feito através da expressão n média ponderada = ∑w i =1 n i . xi ∑w i =1 i em que wi é o peso do elemento xi. Assim, um estudante que obtém 80 na primeira prova, 90 na segunda e 96 na prova final terá nota média igual a 80 . 30% + 90 . 30% + 96 . 40% 2.400% + 2.700% + 3.840% = = 30% + 30% + 40% 100% 8.940% = = 89,4. 100% É importante salientar que: I) Quando adicionamos uma constante a cada elemento de um conjunto de valores, a média aritmética fica adicionada a essa constante. II) Quando multiplicamos cada elemento de um conjunto de valores por uma constante, a média aritmética fica multiplicada por essa constante. Questão comentada A nota final de um curso é dada pela média ponderada de quatro provas – três provas parciais e uma prova final – sendo que o peso da prova final é o quádruplo do peso da prova parcial. Dois alunos, Carlos Alberto e Plauto, que fizeram esse curso, obtiveram as seguintes notas: Carlos Alberto: 72, 80 e 66 nas provas parciais e 82 na prova final. Plauto: 81, 87 e 73 nas provas parciais e 78 na prova final. De acordo com a situação apresentada, pode-se inferir que A) Carlos Alberto obteve nota final maior que a nota final de Plauto. B) As notas finais dos alunos Carlos Alberto e Plauto foram as mesmas. C) Carlos Alberto obteve nota final inferior a 72. D) Plauto obteve nota final superior a 87. E) A nota final de Plauto foi inferior a 80. Solução comentada Sejam x e 4x os pesos das provas parcial e final, respectivamente. As notas finais dos alunos Carlos Alberto e Plauto foram as seguintes: Carlos Alberto: Nota final = = 72 ⋅ x + 80 ⋅ x + 66 ⋅ x + 82 ⋅ (4 ⋅ x) = 7⋅ x 546 ⋅ x = 78. 7⋅ x Plauto: Nota final = = 81⋅ x + 87 ⋅ x + 73 ⋅ x + 78 ⋅ (4 ⋅ x) = 7. x 553 ⋅ x = 79. 7⋅ x Assim, a nota final de Plauto foi inferior a 80. Uma segunda medida do meio de um conjunto é a mediana. Sua característica principal é dividir um conjunto ordenado de dados em dois grupos iguais em quantidade; a metade terá valores inferiores ou iguais à mediana, a outra metade terá valores superiores ou iguais à mediana. Para calcular a mediana, é necessário primeiro ordenar os valores do mais baixo ao mais alto. Em seguida, conta-se até a metade dos valores para achar a mediana. Por exemplo, a mediana do conjunto 5, 6, 8, 12, 29, 45 67 é 12; 12 está na posição central da distribuição ordenada. No conjunto cujos elementos ordenados são 3, 4, 4, 4, 4, 4, 4, 5, 6, 10, 10, a mediana é igual a 4, pois o termo que ocupa a posição central vale 4. Universidade Aberta do Nordeste 137 Para o conjunto 7, 8, 9, 10, o valor da mediana será dado pela média aritmética dos dois valores centrais, ou 8+9 seja, = 8,5 . 2 O processo para determinar a mediana é o seguinte: 1. Ordene os valores. 2. Verifique se há um número ímpar ou par de valores. 3. Para um número ímpar de valores, a mediana é o valor do meio. Para um número par de valores, a mediana é a média aritmética dos dois valores centrais. Questão comentada No estudo da distância de frenagem de carros de passeio num asfalto plano, seco e limpo, 21 motoristas que estavam a 50 km/h conseguiram, após o acionamento dos freios, parar totalmente os carros nas distâncias – as chamadas distâncias de frenagem – indicadas na tabela a seguir: A) C) E) Distância de frenagem (em metro) Frequência (no de carros) 20 21 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 1 3 1 1 1 1 1 2 1 4 1 1 1 2 Total 21 Qual é a mediana dessas distâncias de frenagem? 28 metros. B) 29 metros. 30 metros. D) 31 metros. 32 metros. Solução comentada Colocando em ordem crescente essas 21 distâncias de frenagem, aquela que irá ocupar a posição central (11a posição) é a distância 28 metros. Logo, a mediana dessa distribuição é 28 metros. A terceira medida de tendência central é a moda, que é o valor que ocorre com maior frequência num conjunto. Por exemplo, dados os números 10, 10, 8, 6, 10, há três 10’s e um de cada um dos outros números. O valor mais frequente – a moda – é 10. No conjunto 10, 138 10, 6, 6, 5, 5, não há moda, pois cada um dos elementos aparece um número igual de vezes. Já o conjunto 5, 5, 5, 7, 4, 4, 4, 9, 9 é bimodal, pois os elementos mais frequentes são 5 e 4 (cada um deles aparece três vezes). A moda é o valor que ocorre com maior frequência. Questão comentada O Sr. Péricles, um pequeno comerciante (dono de mercadinho) da Região Metropolitana de Fortaleza, localizado em Eusébio, tem por hábito – via de regra – , ao fazer novos pedidos aos fornecedores, escolher somente os produtos que tiveram “maior saída”, isto é, mais vendidos. Intuitivamente, esse comerciante – que sabe apenas as quatro operações aritméticas –, ao renovar os pedidos, está utilizando a ideia de A) moda. B) média aritmética. C) média harmônica. D) mediana. E) desvio padrão. Solução comentada Os produtos com “maior saída” são aqueles que são vendidos em maior quantidade. Nesse caso, a escolha desses produtos está associada à ideia de moda. Uma característica da maioria dos conjuntos de dados é que os valores não são todos iguais entre si; de fato, a extensão de sua variabilidade é de fundamental importância na Estatística. Considere o exemplo: Num hospital em que o pulso de cada paciente é medido três vezes por dia, o paciente Carlos Alberto acusou os valores 72, 76 e 74, enquanto o paciente Plauto acusou os valores 72, 91 e 59. A pulsação média de cada paciente é a mesma – 74 – existindo, no entanto, uma diferença de variabilidade. Enquanto a pulsação do Carlos Alberto é estável, a de Plauto apresenta uma grande flutuação. Esse exemplo retrata a necessidade de medir a extensão da variação ou dispersão dos dados; as medidas correspondentes que fornecem essa informação são denominadas medidas de dispersão. As medidas estatísticas que descrevem o comportamento de um grupo de valores em torno das medidas de tendência central recebem o nome de medidas de dispersão ou de variabilidade. As principais medidas são conhecidas como variância e desvio-padrão. Se um grupo de N valores x1, x2,...,xn possui média aritmética m, então as diferenças x1 – m, x2 – m,..., xn – m são denominadas desvios da média. Se tomarmos a média dos quadrados dos desvios, calculamos a chamada variância populacional. Geralmente utilizamos a letra grega minúscula sigma (σ) elevada ao quadrado para simbolizar a variância. N σ2 = ( x1 − µ ) 2 + ( x 2 − µ ) + ....... + ( xN − µ ) 2 2 N = ∑ (x i=1 i − µ) 2 N Na interpretação da variância, pode surgir alguma dificuldade em relação à unidade de medida dos elementos do grupo de valores. Por exemplo, quando os elementos do grupo representam comprimentos em metros, a variância representa um resultado em metros quadrados. Para contornar o problema, tomamos a raiz quadrada do resultado. Com isso, teremos uma medida com a mesma natureza dos valores do grupo. Essa medida é o desvio-padrão populacional. O símbolo adotado para o desvio-padrão é s N σ= ( x1 − µ ) 2 + ( x 2 − µ ) + ....... + ( xN − µ ) 2 N 2 = ∑ (x i i=1 − µ) 2 N Exemplo: Retomando a situação inicial das pulsações dos pacientes Carlos Alberto e Plauto, temos: Carlos Alberto: pulsações 72, 76 e 74; Média das pulsações: 74. Plauto: pulsações: 72, 91 e 59; Média das pulsações: 74. O desvio-padrão das pulsações do paciente Carlos Alberto é σ= (72 − 74 ) 2 O desvio-padrão é uma forma de dizer a que distância os valores do grupo estão da média aritmética. Quanto menor o desvio-padrão, mais próximos os valores estão da média aritmética. Dependendo da finalidade, um desvio-padrão grande é um bom resultado. Também pode ocorrer um desvio-padrão pequeno como resultado satisfatório. Por exemplo, se estivermos fabricando peças para uma máquina, é melhor que o desvio-padrão dos tamanhos das peças seja pequeno para que tenhamos certeza de que todas as peças sejam aproximadamente iguais. Por outro lado, se estivermos examinando os salários de uma grande empresa multinacional, o desvio-padrão desses salários deverá ser grande em vista da disparidade entre os salários dos funcionários (muitos funcionários ganhando pouco e um pequeno grupo ganhando muito). É importante salientar que: I) Quando adicionamos uma constante a cada elemento de um conjunto de valores, o desvio-padrão não se altera. II) Quando multiplicamos cada elemento de um conjunto de valores por uma constante, o desvio-padrão fica multiplicado por essa constante. Para aprender mais! 7. A tabela de frequências a seguir informa o número de filhos dos 80 funcionários de uma escola. Número de filhos Frequência 0 20 1 36 2 14 3 8 4 2 + ( 76 − 74 ) + ( 74 − 74 ) 8 = ≈ 1,63. 3 3 2 2 O desvio-padrão das pulsações do paciente Plauto é σ= (72 − 74 ) 2 + ( 91− 74 ) + (59 − 74 ) 518 = ≈ 13,14. 3 3 2 2 O primeiro desvio-padrão, 1,63, indica que os valores do primeiro grupo estão, em média, a uma distância 1,63 (aproximadamente) da média das pulsações do paciente Carlos Alberto. Já o segundo desvio-padrão indica que os valores do segundo grupo estão, em média, a uma distância 13,14 (aproximadamente) da média das pulsações do paciente Plauto. Com isso, podemos concluir que a pulsação com maior dispersão em torno da média foi a do paciente Plauto. A pulsação do paciente Carlos Alberto apresentou uma maior homogeneidade, portanto mais estável. A média e o desvio-padrão correspondente ao número de filhos dos funcionários são, nessa ordem, iguais a 1,2 e 1,01. Supondo que cada funcionário da escola tenha um novo filho, qual será o novo desvio-padrão correspondente ao número de filhos dos funcionários? A)1,01 B)2,2 C)0,2 D)1,2 E)2,01 Universidade Aberta do Nordeste 139 8. Gustavo e Lucas são estudantes do 2ª série do Ensino Médio. Eles estão disputando uma bolsa de estudos para o próximo ano na instituição na qual estudam. O critério de desempate é o desempenho mais regular nas disciplinas Física, Português e Química, desde que a nota final em cada disciplina seja igual ou superior a 4. Entende-se por desempenho mais regular aquele em que as notas finais nessas disciplinas apresentem uma menor dispersão em relação à média aritmética dessas notas. A seguir, temos a tabela que apresenta as notas finais desses alunos nas referidas disciplinas: 12. Geralmente as populações de bactérias crescem exponencialmente com o tempo. Por exemplo, se uma população inicial de 500 bactérias de uma determinada colônia triplica a cada 10 minutos, o número N de bactérias no instante t ≥ 0, em minuto, é dado t Disciplina Nota Disciplina Nota Física 7,0 Física 10,0 Português 10,0 Português 10,0 Química 7,0 Química 4,0 Qual dos dois candidatos conseguiu a bolsa de estudos? Gustavo, pois a média é maior que a mediana das notas. Lucas, pois a mediana é maior que a média das notas. Lucas, pois obteve a maior moda. Gustavo, pois obteve menor desvio-padrão. Lucas, pois obteve menor desvio-padrão. Ampliando conhecimentos para o Enem 11. Quando se administra uma medicação a um paciente, a droga entra na corrente sanguínea, depois passa pelo fígado e pelos rins, quando é metabolizada. A eliminação da droga pelo organismo depende da droga específica. Por exemplo, para o medicamento propanolol (utilizado no tratamento da hipertensão arterial e da cardiopatia isquêmica), 50% da droga presente no corpo do paciente é eliminada a cada 6 horas. Uma dose de propanolol tem 40 mg. A tabela, a seguir, mostra a quantidade, em mg, de propanolol eliminada pelo organismo, em função do tempo, em horas, de um paciente que ingeriu uma dose da droga. 140 A)linear. B) quadrática. C)modular. D) exponencial. E)trigonométrica. Lucas Gustavo A) B) C) D) E) A função que fornece a quantidade Y, em mg, de propanolol eliminada pelo organismo, em função do tempo X, em horas, é Tempo (h) Massa eliminada (mg) 0 6 12 18 . . . 40 20 10 5 . . . pela lei exponencial N = 500 . ( 3)10 . Foi realizado um experimento com uma colônia da bactéria E. coli, cuja população dobra a cada 20 minutos. Colocou-se, inicialmente, em um tubo de ensaio, uma amostra de 1.000 bactérias por mililitro. No final do experimento, obteve-se um total de 4.096 x 106 bactérias por mililitro. O tempo total de experimento foi de A) B) C) D) E) 3 horas e 40 minutos. 3 horas e 20 minutos. 3 horas. 4 horas e 10 minutos. 4 horas. 13. A Associação de Corretores de Imóveis de uma grande cidade brasileira mantém um banco de dados das casas à venda existentes. Uma lista usa a mediana dos preços das casas vendidas e outra usa a média dos preços das casas vendidas. As vendas para o primeiro trimestre de 2011 são mostradas no gráfico a seguir. Determinando o preço médio da média dos preços e o preço mediano das medianas dos preços das casas no 1o trimestre de 2011, é possível concluir que o preço médio é superior ao preço mediano em A) R$ 250.00,00. C) R$ 350.00,00. E) R$ 450.00,00. B) D) R$ 280.00,00. R$ 400.00,00. 16.Os gráficos de setores exibidos a seguir ilustram a distribuição percentual do consumo de energia elétrica no Brasil dos diversos setores e do setor industrial. 14. O generoso diretor-presidente de uma grande empresa deseja conceder a todos os seus 19 executivos um aumento de salário. Ele está na dúvida se deve dar a todos um aumento direto de R$ 1.000,00 ou se deve aumentar os salários em 5%. O salário médio dos executivos é de R$ 50.000,00, a mediana desses salários é de R$ 20.000,00 e a moda é de R$ 10.000,00. A partir desses dados, pode-se concluir que, A) se o diretor-presidente optar pelo aumento de R$ 1.000,00, o salário médio dos executivos ficará aumentado de R$ 1.000,00, mas a moda e a mediana dos salários não sofrerão qualquer alteração. B) se o diretor-presidente optar pelo aumento de 5%, a média, a moda e a mediana desses salários serão aumentadas em 5%. C) se o diretor-presidente tiver em mente aumentar o mínimo possível a média da folha salarial dos executivos, o ideal é conceder a todos um aumento de 5%. D) se algum executivo estiver ganhando a média dos salários, o mais vantajoso para ele é um aumento salarial de R$ 1.000,00. E) antes do aumento, não é possível afirmar que algum executivo ganhava R$ 20.000,00. 15.Uma pesquisa realizada com 280 pessoas fez o levantamento da frequência anual de visitas ao dentista. Os resultados aparecem na tabela a seguir: Número de visitas ao dentista por ano Número de pessoas 0 63 1 105 2 39 3 47 4 16 5 ou mais 10 Total 280 Qual é o número mediano de visitas anuais ao dentista? A)1. C)2. E)3. B) 1,5. D)2,5. Os gráficos mostram que, a respeito do consumo de energia elétrica no Brasil, é válido afirmar que A) o setor de metais consome menos que o comercial. B) o setor público consome menos que o de alimentos. C) o setor residencial consome menos que o químico e o de metais juntos. D) o setor de papel consome 4,1% do total de energia. E) o setor químico e o de alimentos consomem juntos menos que o residencial. 17.Os dados seguintes referem-se à mortalidade infantil dos estados da região Nordeste no início do século XXI e indicam o número de crianças que morrem no primeiro ano de vida entre 1.000 crianças nascidas vivas. Alagoas 64,4 Pernambuco 57,5 Bahia 44,7 Piauí 44,4 Ceará 51,6 Rio Grande do Norte 47,9 Maranhão 52,8 Sergipe Paraíba 59,4 44,5 A variância dos dados apresentados é igual a 47 (valor aproximado). Admitindo que um programa de governo consiga reduzir em 10% as taxas de mortalidade infantil em todos os estados do Nordeste, qual será o valor aproximado do desvio-padrão dos novos resultados obtidos? (Use, se necessário, A)6,21 C)7,59 E)47 47 ≅ 6,9) B) 6,90 D)42,30 Universidade Aberta do Nordeste 141 18. Uma companhia telefônica deseja saber se as reclamações dos clientes sobre o tempo de espera no atendimento telefônico de clientes são justificáveis ou não. Uma relação de 15 chamadas registra os seguintes tempos de espera: Cliente 1 Tempo de espera (min) Cliente 5,5 2 3 10,3 6,6 9 4 5 6 6,8 9,5 6,7 10 11 7 8 Tempo de espera (min) 0,5 9,2 7,6 10,7 Cliente 13 14 15 Tempo de espera (min) 6,0 8,6 4,5 A) Marco, pois a média e a mediana são iguais. B) Marco, pois obteve menor desvio-padrão. C) Paulo, pois obteve a maior pontuação da tabela, 19 em Português. D) Paulo, pois obteve maior mediana. E) Paulo, pois obteve maior desvio-padrão. 12 9,2 2,9 A média e o desvio-padrão dessa relação são, respectivamente, 6,37 e 3,25. As informações fornecidas revelam que A) para uma espera média de 6 minutos e 22 segundos aproximadamente, os tempos de espera de cada cliente variam, em média, 3 minutos e 15 segundos em torno do tempo médio de espera. B) o tempo mais frequente de espera foi de 10,7 minutos. C) o tempo mediano foi de 6,7 minutos. D) o tempo de espera do cliente 10 está distanciado do tempo médio de espera em menos de 1 desvio-padrão. E) existe pelo menos 1 cliente dessa amostra, cujo tempo de espera está distanciado do tempo médio de espera, em mais de 2 desvios-padrão. 20. Em um cenário ainda calmo na manhã de domingo, um grupo chamava atenção dos frequentadores da Praia do Futuro com luvas, sacolas em mãos e olhos atentos para o lixo deixado na areia. O mutirão de limpeza da Praia do Futuro, fruto das mobilizações realizadas pelo grupo Consciência Limpa, reuniu pessoas interessadas em compartilhar a ideia de que a ação e o exemplo são poderosos para o hábito de cuidar da cidade. Fonte: Jornal o Povo. Edição no 28.099, de 7/5/2012. Em uma amostra com 15 voluntários, a quantidade de sacolas que cada um deles utilizou no recolhimento do lixo está exibida na tabela a seguir: 19. Marco e Paulo foram classificados em um concurso. Para classificação no concurso, o candidato deveria obter média aritmética na pontuação igual ou superior a 14. Em caso de empate na média, o desempate seria em favor da pontuação mais regular. No quadro a seguir, são apresentados os pontos obtidos nas provas de Matemática, Português e Conhecimentos Gerais, a média, a mediana e o desvio-padrão dos dois candidatos. Matemática Português Conhecimentos Gerais Marco 14 15 16 Paulo 8 19 18 Média Mediana Desvio-Padrão Marco 15 15 0,81 Paulo 15 18 4,43 O candidato com pontuação mais regular, portanto mais bem classificado no concurso, é 142 Voluntário No Quantidade de sacolas utilizadas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 10 4 8 3 3 5 8 6 6 5 6 4 6 4 7 A mediana do número de sacolas utilizadas por voluntário da amostra é igual a A)4 B)5 C)6 D)7 E)8 Bibliografia CONSULTADA BARROSO, Juliane Matsubara, 2008. Matemática, Construção e significado 3, Edi Moderna. IEZZI, Gelson, 1939. Fundamentos de Matemática Elementar 2, Atual Editora. LARSON, Ron 2010. Elementary Statistics. Editora Pearson. PAIVA, Manoel Rodrigues, 2009. Matemática 1, 2 e 3. Editora Moderna. GABARITO FASCÍCULO 5 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Para aprender mais! 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 E D D C D B D D B E 11 12 13 14 15 16 17 18 19 C C D Ampliando conhecimentos para o Enem 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 A B C B A B B A D C 11 12 13 14 15 16 A A D B Atenção!! Inscreva-se já e tenha acesso a outros materiais sobre o Enem no www.fdr.com.br/enem2012 Expediente Presidente: Luciana Dummar Coordenação da Universidade Aberta do Nordeste: Eloisa Vidal Coordenação Pedagógica: Ana Paula Costa Salmin Coordenação de Produção Editorial: Sérgio Falcão Apoio Parceria Editor de Design: Deglaucy Jorge Teixeira Projeto Gráfico e Capas: Dhara Sena e Welton Travassos Editoração Eletrônica: Dhara Sena Ilustrações: Karlson Gracie Realização Promoção Universidade Aberta do Nordeste 143